DESTAQUE
Bom Despacho (MG), 30 Julho 2022
Ano XXXIII - Nº 1.637 • Fundado em 12/05/1989
FERNANDO
CABRAL
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Bom Despacho (MG), 30 Julho 2022 • GRÁTIS 1 EXEMPLAR
Inaugurado Memorial Nª Srª BD
Rastros de saudade de pessoas
Página 4
Página 8
Relembrando Hildo José do Couto
LÚCIO EMÍLIO JR.
Página 10
ALEXANDRE MAGALHÃES
Mostrando a cidade a um estrangeiro Página 11
Entrevista exclusiva JN: Romeu Zema Expobom foi marcada pelo retorno de produtores e expositores, diz Patrick (Página 9)
Mulher dá à luz dentro de ambulância do SAMU na Praça Matriz PÁGINA 5
Curso da Prefeitura ensina os idosos a usar redes sociais Página 11 Em entrevista exclusiva ao Jornal de Negócios durante a Expobom, o governador Romeu Zema falou do seu governo, de obras para BD e região, do agronegócio, de ideais de vida e da possibilidade de ser candidato a presidente em 2026. Veja nas páginas centrais.
Máscara agora é obrigatória em unidade de saúde
Página 10
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É proibida a reprodução total ou parcial, em qualquer meio de comunicação, dos textos e anúncios produzidos pelo Jornal de Negócios - A publicação não autorizada por escrito sujeita o(s) infrator(es) às penalidades legais - Editor: Alexandre Borges Coelho - Tiragem: 6.500 exemplares – Impresso na Sempre Editora / BH – Editoração e Arte: Jornal de Negócios – Opiniões emitidas em artigos assinados não representam a opinião do Jornal, sendo responsabilidade exclusiva do autor – Distribuição livre em Bom Despacho, Araújos e Engenho do Ribeiro e dirigida em Martinho Campos, Moema, Luz, Pompéu, Abaeté e Nova Serrana
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LICENCIAMENT O AMBIENT AL LICENCIAMENTO AMBIENTAL MARCELO DE ARAUJO, CPF 821.555.42615, torna público que obteve junto a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Morada Nova de Minas, a Licença Ambiental Simplificada LAS/RAS através do processo administrativo n° 00084/2022, para atividade Aquicultura e Tanque Rede e Bovinocultura extensiva, localizada na Fazenda Melancias, Lugar Pitomba.
REQ UERIMENT O DE LICENÇA REQUERIMENT UERIMENTO AMBIENT AL SIMPLIFICAD A AMBIENTAL SIMPLIFICADA Cooperativa Agropecuária de Bom Despacho Ltda, por determinação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Bom Despacho, torna público que solicitou, através do processo 11186/2022, Licença Ambiental Simplificada, para a atividade de centrais e postos de recebimento de embalagens de agrotóxicos e afins, vazias ou contendo resíduos, código n° F-01-08-1, localizado na Avenida das Palmeiras, n° 180, Centro, Bom Despacho/MG.
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Batida frontal grave matou 4 pessoas na MG-176, em Dores
Bom Despacho (MG), 30 Julho 2022
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Equipe de BD fez bonito no Brasileiro de Karatê
ATLETAS de BD se destacaram entre 1.400 competidores do Campeonato Brasileiro de Karatê (Veja na página 5) Uma violenta batida entre dois veículos deixou quatro pessoas mortas na rodovia MG176, perto de Dores do Indaiá, na manhã do dia 22/7. O acidente envolveu um Corcel II e um Honda Civic, que bateram de frente. Quatro ocupantes do Corcel morreram na hora. O veículo ficou destruido. Um quinto ocupante do Corcel, de 51 anos, foi atendido pelo SAMU. Ele estava inconsciente, apresentava várias fraturas e foi levado para o hospital de Dores do Indaiá. Pouco depois o SAMU enviou outra ambulância para fazer sua transferência para o hospital São João de Deus, em Divinópolis, devido à gravidade dos ferimentos.
O motorista do Honda Civic – que pegou fogo após a batida – também foi atendido pela equipe do SAMU de Dores. Ele estava confuso, queixava dor torácica, tinha uma fratura grave na perna e foi levado para o hospital de Dores. O Corpo de Bombeiros de Bom Despacho foi para o local fazer o desencarceramento das quatro vítimas fatais de dentro do Corcel II. Segundo os Bombeiros, todas são do sexo masculino, mas suas identificações e cidade de origem não foram confirmadas pelas autoridades. A causa da batida também não foi divulgada. As Polícias Militar e Civil compareceram no local. ( iBOM / Foto: Corpo de Bombeiros).
Homem foi atropelado por carreta na BR 262
Vítima estava andando e entrou na pista repentinamente. Polícia Rodoviária Federal informou que ele tinha sintomas de embriaguez Um homem foi atropelado por uma carreta no km 478 da BR 262, próximo ao trevo de Bom Despacho, no final da tarde do dia 7/7. Segundo informações passadas à imprensa pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), ele entrou de repente na frente da carreta que trafegava pela rodovia e foi atropelado no meio da pista. A carreta transportava uma
carga de adubo. O homem, de 49 anos, foi socorrido por uma unidade de resgate da Triunfo Concebra e levado para a UPA de Bom Despacho em estado grave. De acordo com as informações da PRF ele apresentava sintomas de embriaguez. A Polícia Rodoviária não informou o nome e nem a cidade de origem da vítima. (iBOM / Foto: PRF).
Memorial reune patrimônio histórico da igreja e de BD Sediado na Cruz do Monte, em prédio de 3 andares construído pela Fundação Bom Despacho, Memorial Nossa Senhora do Bom Despacho vai preservar e expor o patrimônio histórico da Igreja na cidade, elementos do Reinado, da Folia de Reis e da cultura local. Foi inaugurado dia 15/7 o Memorial Nossa Senhora do Bom Despacho. Construido na esquina das ruas Cruz do Monte e Capivari, o Memorial - que pertence à Fundação Bom Despacho - é um espaço destinado a conservar, valorizar e expor um acervo cultural formado por objetos sacros e artísticos, obras de arte e peças antigas. “Não é apenas um memorial sacro, mas um espaço que preserva e valoriza o patrimônio histórico da Igreja em Bom Despacho, elementos do Reinado, da Folia de Reis e a cultura da cidade”, explicou ao iBOM o historiador Felipe Cunha, curador do local. O terreno para a construção do Memorial foi doado pelo exprefeito Fernando Cabral através da Lei n° 2.511, de 28.10.2015. O prédio - que começou a ser erguido em 2018 - tem 3 andares com entradas pelas ruas Cruz do Monte e Capivari. Sua construção custou mais de R$ 500 mil e foi paga com dinheiro de doações e recursos obtidos em eventos promovidos pela paróquia com o objetivo de arrecadar fundos para a obra. Acervo O acervo do Memorial é formado por aproximadamente 500 peças. “Desse total, cerca de 150 peças e 50 fotografias ficarão expostas ao público”, explicou Felipe Cunha. Entre as peças expostas estão itens como o primeiro estatuto da Santa Casa de Bom Despacho, redigido em 1903, uma batina usada pelo Padre Libério e um
antigo confessionário de madeira da igreja matriz de Bom Despacho. Mas para Felipe o item mais importante do acervo é uma imagem de Nossa Senhora do Bom Despacho do século XVIII, feita em madeira entalhada. A imagem, de origem desconhecida, teria sido trazida pelos primeiros colonizadores da região. Ela ficava guardada na Casa Paroquial e durante anos foi levada pelo falecido padre Jayme Lopes Cançado em suas peregrinações pelas comunidades. “A partir de agora”, ressaltou ao iBOM
o curador, “essa imagem, que foi inventariada como patrimônio cultural do município, ficará no Memorial exposta ao público”. Biblioteca - No andar superior do prédio foi instalada uma biblioteca com aproximadamente 1.000 livros. Esse acervo ficará à disposição da comunidade para consulta e pesquisa no local e deverá ser ampliado através de doações. Como o Memorial foi construido num dos pontos mais altos de Bom Despacho – a Cruz do
Monte -, seu andar superior é dotado de grandes janelas que dão visão panorâmica da cidade aos frequentadores. O Memorial ficará aberto à visitação pública. Rosanne Bessas, uma das responsáveis pelo local, disse ao iBOM que, em princípio, as visitas serão guiadas e feitas com horário marcado através de agendamento no escritório paroquial (3521-2108), preferencialmente às segundas, quartas e sextasfeiras na parte da tarde. (iBOM / Foto: iBOM)
Veja como foi a inauguração na coluna de Fernando Cabral (Página 4)
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Bom Despacho (MG), 30 Julho 2022
Inaugurado Memorial Nª Srª Bom Despacho FERNANDO
CABRAL
Fernando Cabral é licenciado em Ciências Biológicas, advogado, auditor federal e ex-prefeito de Bom Despacho
Fotos desta página gentilmente cedidas por Bruno Mota
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Quadrilha que faz ataques a banco foi presa em Samonte
Desde os requintados desenhos rupestres da caverna de Chauvet, passando pelas suntuosas pirâmides do Egito, e chegando à modesta lápide que faz poucos dias colocamos sobre o túmulo de um irmão, um pai, um amigo, temos memoriais que marcam 40 mil anos da passagem dos humanos sobre a terra. Nossa vida é fugaz como um sopro breve, um suspiro que vem e vai sem deixar marcas. Do pó ao pó. Os memoriais, porém, tornam indeléveis os resultados da criação, do labor, das obras que nos deixaram aqueles que vieram ante de nós. Se formos diligentes, talvez tornem indeléveis os frutos do nosso próprio lavor. Os memoriais registram a jornada da humanidade.
Segundo a PM são “indivíduos de alta periculosidade” com extensa ficha criminal Primeiro alerta veio da equipe Tático Móvel que estava na rodovia entre BD e Samonte Polícia mobilizou reforços para caçar e prender os suspeitos durante a madrugada.
Dia 15 passado a Fundação Bom Despacho, ligada à Paróquia Nossa Senhora do Bom Despacho, inaugurou o Memorial de Nossa Senhora do Bom Despacho. O local é simbólico e místico. Segundo nossas lendas, foi ali que se assentaram os primeiros portugueses, negros e mestiços que por aqui aportaram. Local alto que permitia uma visão descortinada em todas as direções. Ele servia bem aos propósitos dos capitães do mato que perseguiam os negros fugitivos; mas também servia bem ao propósito daqueles que procuravam as graças de Deus elevando seus corações ao alto. Enquanto os capitães assestavam seus olhares para o horizonte distante, em busca de sinais de fumaça de algum quilombo, os fiéis elevavam seus olhares em busca do perdão e da salvação. Foi assim
que se implantou ali, logo no início da ocupação europeia, um cruzeiro de madeira de lei e se erigiu uma ermida de pau a pique com teto de sapé. A ermida e o cruzeiro, além de expressão de fé e devoção, também desempenhavam importante papel social. A população era esparsa. As sesmarias eram grandes e as casas podiam distar muitas léguas umas das outras. Assim sendo, domingos e dias santificados representavam ocasião propícia também para a socialização e para a consolidação de um sentimento de comunidade. O cruzeiro lavrado em aroeira que ali se assentou tanto recebeu quanto deu nome ao lugar: Cruz do Monte. A rua estreita e empoeirada que levava da atual Praça da Matriz à Cruz do Monte recebeu o poético nome de Rua do Céu. A outra rua – pouco mais que uma trilha – que também leva-
va ao cruzeiro era conhecida como Rua do Capim. Na confluência das ruas do Céu e do Capim se erigiu agora o Memorial Nossa Senhora do Bom Despacho. Prédio imponente na singeleza, sua modéstia se harmoniza com o local e seus propósitos: constituir-se em memória permanente da profunda fé religiosa dos forasteiros que aqui chegaram, fincaram raízes e deram origem à Bom Despacho de hoje. Na inauguração o acervo já contava com 500 peças, as mais variadas: patenas, cálices, fotografias, livros, documentos históricos, batinas, móveis. Como destaque especial, a imagem de Nossa Senhora do Bom Despacho, entalhada em madeira, provavelmente no século XVIII e trazida pelos portugueses que se estabeleceram por aqui. A inauguração contou com a
presença de autoridades civis e eclesiásticas, e foi abrilhantada pela Banda de Música do 7° Batalhão, por apresentação do cantor e compositor Toninho Saudade e pela encantadora participação do Coral Voz & Vida. O memorial está aberto à visitação pública. Por enquanto, somente mediante agendamento que pode ser feito na Casa Paroquial, na Praça da Matriz. Dizem que aqueles que não conhecem sua história estão condenados a repetir seus erros. Os memoriais, além de aguçarem nossa estesia, nos aproximam de nossas origens e nos ensinam a olhar para o futuro sem negar o passado. Assim como o que seremos tem raízes no que somos, o que somos tem raízes no que fomos. O memorial agora inaugurado coloca à vista um pouco das nossas raízes, as raízes de Bom Despacho.
Cinco homens foram presos pela Polícia Militar escondidos num matagal em Santo Antônio do Monte na manhã de domingo, 24/7. Segundo a PM, eles fazem parte de quadrilha especializada em roubos de caixas eletrônicos que planejava ataques na região. Em vídeo divulgado nas redes sociais, o tenente Oliveira afirmou que o serviço de inteligência da Polícia descobriu que a quadrilha planejava roubar alguma instituição financeira em Santo Antônio ou outra cidade próxima. Ainda de acordo com o tenente Oliveira, todos os presos têm várias passagens pela Polícia e são “indivíduos de alta periculosidade”. O primeiro alerta – conforme apurou o iBOM - foi dado por uma guarnição do Tático Móvel que vinha de Samonte para Bom Despacho. No trajeto os policiais avistaram uma picape Hilux parada no acostamento da rodovia MG164 e retornaram para abordar a camionete. Com a aproximação da Polícia a Hilux arrancou e fugiu em alta velocidade. A PM então montou operação de cerco e bloqueio nos acessos a Santo Antônio do Monte. Quando o motorista da Hilux avistou a viatura da PM na entrada da cidade ele tentou passar por um matagal com o veículo, mas bateu numa cerca e parou. Seus ocupantes fugiram e se embrenharam no mato.
Dentro da Hilux – que tinha sido roubada em Lagoa da Prata no mês de junho e estava clonada – os militares encontraram uma pistola 9mm, munições e carregadores, conjunto de maçarico, miguelitos, ferramentas, pé de cabra, toucas ninja, rádio comunicadores, celulares e droga. A PM então mandou reforços da 50ª Companhia para caçar os suspeitos embrenhados no matagal em Samonte. Os policiais fizeram buscas durante a madrugada e na manhã de domingo encontraram e prenderam 5 suspeitos. Um deles era foragido da Justiça. Além disso apreenderam também um outro veículo que os acusados haviam deixado escondido no mato. Segundo a fonte ouvida pelo iBOM, esse veículo seria usado na fuga pela quadrilha após atacar caixas eletrônicos. (iBOM / Foto: Print de vídeo publicado pela PMMG) Assista ao vídeo do Tenente Oliveira apontando a câmera do celular para o QR Code abaixo:
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Equipe de BD fez bonito no Brasileiro de Karatê
Atletas de Bom Despacho se destacaram no Campeonato Brasileiro de Karatê, que reuniu 1.400 competidores em Uberlândia/MG de 13 a 16 de julho. Dos 15 caratecas que formaram a delegação bomdespachense, dois conseguiram o título de campeão brasileiro em suas categorias, dois foram vicecampeões, três conseguiram medalhas de bronze e os outros nove ficaram entre os 10 melhores caratecas do Brasil em suas categorias. “Esses atletas são exemplo e orgulho para nossa cidade”, afirmou ao iBOM a secretária municipal de Esportes, Roberta Neves. Os 6 primeiros classificados da delegação bomdespachense vão participar da grande final do campeonato brasileiro, no mês de novembro, em São Paulo. Os campeões dessa etapa vão compor a seleção brasileira que
disputará o Pan Americano de Karatê. Esses 6 classificados são Miguel Pinto, campeão brasileiro Kumitê sub-12; Nicolas Gabriel, campeão brasileiro sub 21 – 67 kg e vicecampeão Kumitê Sênior; Jardel Silva Nunes, vice-campeão brasileiro Kumitê Cadete; Paulo Henrique, bronze Kumitê sub 21 67 kg e bronze Sênior; Giovanna Tyelle dos Santos, bronze Cadete 59 kg e Miguel Augusto Vieira, bronze Kumitê sub 21 75 kg e bronze Kumitê Sênior. Também fizeram parte da delegação de Bom Despacho os atletas Laura Beatriz, Mikaelly dos Santos, Sarah Vitória, Luan Vitor Maciel, Carla Vitória, Marco Antônio, Ana Clara, Washington Pereira e Pedro Henrique Costa – todos classificados entre os 10 melhores atletas do Brasil em suas respectivas categorias.
Prefeitura custeia as aulas Atualmente, mais de 220 pessoas de 4 e 60 anos de idade participam das aulas de Karatê oferecidas pela Prefeitura Municipal. As aulas são ministradas pelo instrutor Fabiano César, 32 anos, faixa preta do esporte, nos bairros São Vicente, Ozanam, São José e Esplanada, das 17 às 22 horas. Cada aluno tem duas aulas semanais. Tudo inteiramente gratuito. “A Prefeitura custeia professor, equipamentos, kimonos e até inscrições, lanches e viagens para equipes que participam de competições fora da cidade”, explicou ao iBOM o instrutor Fabiano. Interessados em participar das aulas devem entrar em contato com a Secretaria Municipal de Esportes ou enviar mensagem para Fabiano pelo whatsapp 99809.0225. (iBOM / Foto: Ascom PMBD)
Mulher dá à luz na Praça Matriz, dentro de ambulância do SAMU Uma equipe do SAMU fez um parto na Praça da Matriz de Bom Despacho na manhã da quinta-feira (21/7). A criança – uma menina, chamada Sofia - nasceu dentro da ambulância porque não houve tempo de chegar na Santa Casa. A ocorrência teve início às 7h19, quando o SAMU foi chamado para atender a uma mulher em trabalho de parto no bairro São Vicente. “Nossa equipe pegou o plantão às 7 horas. Esse foi o primeiro atendimento que fizemos e marcou muito o nosso dia”, afirmou ao iBOM a técnica de enfermagem Roseane Priscila Faríades, 34 anos, que fez o parto junto com o técnico de enfermagem Renato Júnior e o condutor socorrista Dênis Costa. Roseane contou ao iBOM que a equipe chegou na residência e encontrou a mulher sentada do lado de fora, sentindo contrações e muita dor. Ela estava na companhia apenas da vizinha, que tinha acionado o SAMU. “Na hora avaliamos a mulher, constatamos que ela já estava em trabalho de parto e a colocamos na ambulância. No trajeto até o hospital fiz outra avaliação e vi que a criança estava nascendo. Não havia mais tempo de chegar na maternidade. Então paramos a ambulância na Praça da Matriz, desligamos a sirene e fizemos o parto. Muitas pessoas rodearam a
ambulância para saber o que estava acontecendo. O atendimento durou 10 minutos. Sofia nasceu às 7h46m. A primeira coisa que fiz foi colocá-la no peito da mãe. Depois disso seguimos para a Santa Casa”. Roseane tem uma filha, mora em Moema e trabalha no SAMU desde 2017, quando o serviço foi implantado na região. Ficou dois anos atuando na base de Nova Serrana e há 3 anos veio para Bom Despacho. Ainda emocionada com o ocorrido, Roseane disse ao iBOM que o atendimento foi muito gratificante para ela e
toda a equipe. “No SAMU a gente pega muita coisa negativa, muita coisa triste, acidentes, mortes. Uma ocorrência que marca pelo lado positivo como essa me deixa até sem palavras para dizer o quanto é bom. Eu sou mãe e uma situação dessa me toca muito. O sentimento maior é de gratidão. Deus colocou essa ocorrência no meu caminho porque sabia que eu daria conta dela. Sei que nossa equipe fez uma grande diferença na vida dessa mulher”, concluiu emocionada. (iBOM / Foto: SAMU)
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Zema: política é uma atividade qu
Em entrevista exclusiva ao Jornal de Negócios durante a Expobom, o governador Romeu Zema falou do seu governo, d Governador, é uma honra recebê-lo aqui. Bom Despacho é um pólo do agronegócio e seu governo tem prestigiado muito esse segmento. Eu começaria perguntando ao senhor: visita de governador costuma ser acompanhada de boas notícias. Que novidades o senhor traz para Bom Despacho e região aqui hoje?
O senhor diz que um dos desafios de governo é lutar para simplificar, desburocratizar e dar mais agilidade à administração pública. Por quê? Este é também um desafio a ser enfrentado pelos municípios, governador? Romeu Zema – Sim. A questão da agilidade é fundamental. Eu venho do setor privado e eu fiquei, em
Em agosto do ano passado o senhor esteve aqui em Bom Despacho para conhecer o projeto de levar água do São Francisco para o Rio Picão. O que achou dele e da perspectiva de criar um pólo de produção de grãos aqui na região.? De que forma o Governo de Minas poderia ou pode ajudar na implantação desse projeto?
Foto: Ricardo Santos
Romeu Zema – Bom, Alexandre, primeiro é uma satisfação estar aqui com você, em Bom Despacho, novamente. Eu sempre menciono, Alexandre, que 80% dos mineiros moram no interior do Estado e que, no passado, a grande maioria das vezes o que nós tivemos aqui em Minas Gerais foram governadores de Belo Horizonte. E eu tenho procurado ser um governador de Minas Gerais estando presente. Notícias boas nós temos procurado trazer sempre e continuamente. Eu sou muito optante daquela tese de que é melhor aquilo que pinga sempre do que uma grande enxurrada seguida de uma grande seca. Então, o que nós temos feito, Alexandre, pelo agronegócio, são diversas lutas. Anunciei aqui hoje – a maioria já sabia – a questão da febre aftosa: a partir do ano que vem Minas Gerais será considerada uma área livre. Com isso, os pecuaristas mineiros vão economizar 700 milhões de reais, que é o custo da aquisição da vacina, do manejo, dos controles, e além disso vão ter a carne valorizada. Então, é um ganho duplo que eles estarão tendo: menos custo e um produto mais valorizado, já que isso abre mercado. Estamos construindo aqui nos municípios vizinhos, tanto de Nova Serrana quanto de Santo Antônio do Monte, duas subestações da Cemig pra poder levar energia trifásica aos micro e pequenos produtores rurais. Isto está sendo feito na região e será estendido para todo o Estado de Minas. Estamos investindo no Pró-Vias, na recuperação de 2.500 quilômetros de estradas, boa parte disso para poder atender a produção rural, que utiliza muito. Temos pago às prefeituras religiosamente em dia por passado e o presente. Isso tem proporcionado a muitas prefeituras a condição de pavimentar, como tem acontecido em algumas – isso varia muito de cidade para cidade – estradas vicinais, estradas rurais. Então hoje nós temos prefeitos – eu gosto muito de citar o prefeito Humberto Souto, de Montes Claros – que estão levando o asfalto para a zona rural. Uma grande facilidade. Isso porque o Estado está assumindo esse compromisso. Temos ainda simplificado a parte tributária, ambiental do produtor rural. Então eu sou um gestor que acredito muito em melhorias contínuas, sempre. É igual o condicionamento físico: você tem de estar sempre praticando, sempre fazendo. Não é um dia fazendo 10 horas de academia que vai resolver sua saúde. Então nós estamos nessa linha.
vai levar desenvolvimento para o Leste de Minas, Vale do Aço, Governador Valadares, e também aqui para o Centro-Oeste rumo ao Alto Paranaíba e Triângulo. É fundamental que ela seja duplicada. E lembrando que ainda é uma rodovia perigosa, com muitos acidentes aqui na serra.
O governador Romeu Zema durante entrevista exclusiva dada ao editor Alexandre Borges certa ocasião, com um empreendimento onde a empresa, naquela época, tinha investido coisa de 10 milhões de reais. Em vez de produzir, em vez de gerar empregos, em vez de pagar impostos, nós ficamos naquela ocasião gastando com vigilância. Por quê? Porque o Estado ficou com o processo engavetado para ser analisado uma assinatura, um carimbo - mais de 3 anos. Então isso acaba afugentando investimentos e inviabilizando. Eu já escutei empresários que investem hoje em Minas Gerais falarem: ‘no passado eu não investia porque ficava lá 5 anos, 7 anos, e você não tinha nem um sim e nem um não’. O que eu cobro da minha equipe é fale o sim ou o não rapidamente. Ao assumir o governo, em 2018, o senhor encontrou o Estado muito endividado. Na sua gestão o senhor pagou aos municípios os repasses financeiros que o governo anterior ficou devendo e manteve em dia os repasses atuais. Qual é a receita desse bolo? Romeu Zema – A receita é economizar, a começar por mim mesmo. Eu sou o governador que mora na minha casa e não no palácio, como os anteriores. Em vez de ter 32 empregadas, pagas pelo governo, eu tenho a minha diarista que eu pago. Em vez de ter 7 aeronaves à disposição eu não tenho nenhuma. E por aí vai. Em vez de ter elevador privativo eu uso o mesmo elevador de todos. E conseguimos enxugar mais de 50 mil cargos na máquina pública, melhorando a segurança, melhorando a educação. Então não é quantidade, é qualidade. Eu acho que fazer a gestão é respeitar o dinheiro do pagador de impostos. O senhor é um empresário realizado financeiramente. Com seu patrimônio poderia viver tranquilamente em
qualquer lugar no Brasil ou do exterior. Mesmo assim, optou por assumir o desafio de ser governador das Minas Gerais. O que o motiva, governador? O que o inspira a encarar esse desafio? Romeu Zema – Eu acho que o próprio nome que você faz aí já menciona: é desafio. Nós seres humanos queremos melhorar, queremos sempre fazer algo além, melhor do que já fizemos no passado. Tive a felicidade de ter uma empresa que eu construí que funciona sem a minha pessoa. Sou muito grato a Minas Gerais, onde a maior parte da empresa opera, e posso dizer que queria contribuir – eu de certa maneira tinha uma dívida. Eu nunca me envolvi com política, nunca participei de campanha e acabei enxergando depois dos 50 anos que você precisa sim participar. Quem não participa como eu fiz está errando porque política é uma atividade que precisa ser exercida por todos. Não ser candidato, mas estar acompanhando, estar cobrando. Então te diria que estou pagando uma dívida do passado. O senhor disse há pouco o que tem afirmado sempre: que o governador precisa estar presente no interior do Estado porque 80% dos mineiros moram no interior. Eu pergunto: como é ser o chefe do executivo num Estado de realidades tão diferentes e com mais de 850 municípios? Romeu Zema – Pra mim não tem sido nada tão difícil porque a minha vida toda eu quase passei abrindo lojas em todo o Estado de Minas, em todas as regiões de Minas. Então eu já tinha conhecimento que o Sul de Minas é diferente do Triângulo, que é diferente aqui do Centro-Oeste, que é diferente do Mucuri, do Jequitinhonha e assim por diante. E diria até que esse meu conhecimento prévio do Estado tem me ajudado, tem facilitado muito a
minha gestão, porque a maioria dos governadores que nós já tivemos em Minas Gerais eram governadores de gabinete. Tinham um histórico prévio de gabinete e governavam dentro do gabinete. E eu sempre apreciei muito a gestão chão de fábrica, que agora a gente pode falar que é chão de rua, né, porque não estou mais dentro do privado. Então, pra mim, tem sido algo quase que natural, uma extensão daquilo que eu faço. Bom Despacho fica entre Belo Horizonte e Araxá, a sua cidade. Por isso o senhor passa frequentemente aqui na porta de Bom Despacho a caminho de casa. O que chama sua atenção nessa parte do Estado? Romeu Zema – Bom, essa estrada eu transito por ela desde criança. Fui muitas vezes com meu pai a Belo Horizonte. Fico muito satisfeito dela já ter uma parte duplicada – Nova Serrana a Belo Horizonte – e muito triste dela não estar totalmente duplicada, principalmente esse trecho de Nova Serrana até Uberaba, porque não precisamos até Araxá, precisamos até Uberaba. Infelizmente a concessão dessa rodovia tem se mostrado uma concessão problemática, a concessionária quer devolver a rodovia, alega desequilíbrio financeiro e eu tenho sempre trabalhado com o Ministério da Infraestrutura no sentido de equacionarmos. A boa notícia que nós temos é que eles estão finalmente encontrando uma solução para o trecho Leste, que é Belo Horizonte até o Espírito Santo, que é desmembrar a 262 da 381, o que não deixa de ser um avanço. Estão cuidando também de relicitar, reconceder essa área aqui. Eu sou um usuário frequente: 80 a 90 por cento das vezes que eu vou para Araxá eu passo por aqui. Inclusive paro sempre ali no Barril [em Luz], onde eu sempre tomo um café, como um pão-de-queijo. Então eu mesmo sofro essas consequências. É uma rodovia que
Romeu Zema – Eu fiquei muito bem impressionado naquela ocasião. Eu já tinha escutado a respeito do projeto. Naquela ocasião inclusive o ex-ministro Alysson Paolinelli estava presente. Nós temos procurado dar total apoio. São projetos que vão envolver questões de licenciamento ambiental, talvez desapropriação. Tudo isso que depender do Estado nós estaremos juntos. E até questão financeira, apesar das nossas dificuldades financeiras, o Estado tem o BDMG que pode estar contribuindo. Isso tudo, já deixei muito claro para as associações, para o prefeito Bertolino, que nós estamos à disposição para poder fazer aquilo que estiver ao nosso alcance. Aqui na região, a rodovia MG164 tem importância estratégica para Bom Despacho e para outros municípios cortados por ela. É também uma estrada muito utilizada pelos estudantes da região que estudam na UNA Bom Despacho e viajam por ela todos os dias para chegar na faculdade. A MG-164, governador, é uma rodovia antiga e tem muitos problemas estruturais. Há planos do seu governo para que essa rodovia seja refeita e melhorada até para atender as demandas também do agronegócio? Romeu Zema – Bom, nós lançamos em fevereiro deste ano o Provias. São 2 bilhões 150 milhões de reais que estão sendo investidos na recuperação de 2.500 km de asfalto, que já existia mas que estava podre. Você fazer a operação tapaburaco você faz uma vez, faz duas, faz três mas chega uma hora que o asfalto tem que ser refeito. E o que nós estamos fazendo, depois de 10 anos somente de operação tapaburaco, é essa recuperação efetiva, completa, do asfalto em 2.500 km. Nós priorizamos nesse momento os piores trechos do Estado. Aqueles que estavam quase que intransitáveis. E vamos ter uma segunda etapa e uma terceira etapa do Provias. Nessa primeira 2.500 km. O ano que vem queremos mais: 2.500, 3.000 dependendo da situação. E com toda a certeza a MG-164 que você cita será contemplada. Ainda não tenho aqui uma previsão exata porque nós temos priorizado aquelas estradas que estavam tipo intransitáveis, o que não é o caso dela que eu passei até recentemente. Precisa se melhorias? Sim. Mas estamos priorizando aquelas em pior situação. Uma outra obra relevante para Bom Despacho é a
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ue precisa ser exercida por todos
de obras para BD e região, do agronegócio, de ideais de vida e da possibilidade de ser candidato a presidente em 2026 construção do anel rodoviário interligando a MG-164 à BR262. A extensão prevista é de 18 km e a previsão de custo é da ordem de R$ 30 milhões. Esse anel vai tirar o trânsito pesado de dentro da cidade, atrair empresas e criar um novo eixo de desenvolvimento em torno da cidade. O prefeito Bertolino já encomendou o projeto e anunciou que pretende investir recursos do município na execução da obra. O Estado pode ou vai ajudar na construção do anel? De que forma isso poderia ser feito? Romeu Zema – O prefeito Bertolino comentou comigo sobre esse projeto que é fundamental para o desenvolvimento de Bom Despacho. Aquilo que estiver ao nosso alcance nós iremos contribuir sim. Queremos que cidades como Bom Despacho venham a ter essa nova área de desenvolvimento que estará conectando a BR-262 à MG-164 e tudo isso significa melhoria do trânsito. Eu saliento aqui também que nós temos tido muito a ajuda dos parlamentares via emendas parlamentares, dos deputados estaduais, federais. Nós temos feito muitas estradas em Minas Gerais a três mãos: Estado, municípios e parlamentares. Então o Estado está disposto a contribuir sim. Não temos condição
de arcar com tudo porque muitas cidades hoje pleiteiam esse tipo de investimento, principalmente aquelas que têm crescido muito como Bom Despacho. Uma das demandas da região é o asfaltamento da ligação entre Araújos e Moema, passando pela Chapada. Esse asfaltamento beneficiaria Bom Despacho, Araújos, Santo Antônio do Monte, Moema, Lagoa da Prata e todo o entorno. Esta obra está nos planos do seu governo? Romeu Zema – Sim, nós temos diversas obras aqui. Não estou com o mapa aqui para dar detalhes, mas está entre algumas das obras que realmente nós temos aí como prioridade. É um trecho, se não me engano, de 15, 20 km que vai propiciar essa conexão. Hoje o senhor conheceu a Expobom. Percorreu os stands e as dependências do Parque de Exposições. Que impressão o senhor leva do evento? E como define a importância da Expobom para o agronegócio local e regional? Romeu Zema – Esse tipo de evento como a Expobom, que está na sua 50ª versão, é um evento que só traz benefícios. Nós temos aqui uma série de expositores, onde o
produtor rural pode ter contato com novas tecnologias, ver aquilo que há de mais moderno. E é um evento que movimenta a economia local, traz pessoas de outras cidades, de outras regiões, que acabam usando aqui de hotéis, de restaurantes, etc. E esse intercâmbio, essa troca de ideias é fundamental para que o homem do campo, que muitas vezes vive ali dentro da sua propriedade, tenha condição de ter contato com aquilo que há de mais produtivo, de mais moderno e estar levando aí para o seu negócio. Então, é um tipo de evento que nós temos incentivado sempre. E fica aqui meus parabéns para o Sindicato Rural, para o Patrick que está aí organizando, promovendo o evento, e também para a FAEMG, que tem sempre apoiado esse tipo de evento, principalmente na gestão do Toninho. O senhor é pré-candidato à reeleição. Pesquisas eleitorais mostram a possibilidade do senhor ganhar no primeiro turno. Mas a pergunta que todos fazem é: quem será seu vice na eleição deste ano? Romeu Zema – Então, a questão do vice eu gostaria já de ter definido, porque nada melhor do que você deixar as coisas prontas. Mas no mundo político a questão do tempo é diferente. Nós tivemos aí há 3 meses atrás a questão de definição de
legenda, de partido, e muitos candidatos deixaram para fazer isso na noite do último dia. Então eu estou convivendo com o mundo político, né, sou um político agora, e vou ter de me adequar a esse ritmo aí. Mas com toda certeza nós teremos essa definição ainda neste mês de julho, porque me parece que é o prazo legal para que haja esse definição. Temos bons nomes aí, mas essa costura está sendo feita todos os dias e, diferentemente do privado em que você bate o martelo e vamos adiante, no mundo político fica assim muita especulação, conversa, etc, mas temos de respeitar essa forma do mundo político. Eu, particularmente, me sinto desconfortável. Gostaria muito de já ter isso definido. Mas depende de terceiros, dos outros, mas vamos escolher um bom nome com certeza. O prefeito de Bom Despacho, Doutor Bertolino, é um apoiador seu. Como é sua relação com Bertolino? Romeu Zema – Minha relação com o Doutor Bertolino é a melhor possível. Tive a satisfação de conhecer o ex-prefeito também, Fernando [Cabral], e tanto com um quanto com outro tem sido uma relação muito respeitosa. E fico muito satisfeito do Bertolino estar conseguindo levar aqui grandes investimentos em prol da cidade, trazendo novas empresas, gerando
empregos aqui, que é aquilo que toda a população de Minas almeja. O senhor é o típico mineiro do interior – aquele que nós dizemos que age calado e come quieto. Mas atrás desse jeito simples do senhor, desse jeito matreiro, o senhor faz planos de vôo maiores? Se for reeleito este ano, está nos seus planos ser candidato à presidência da República em 2026? Romeu Zema – Se alguém me perguntasse há 5 anos atrás se eu seria candidato a governador, eu ia dizer que nunca, nunca passou pela minha mente ser político. E hoje estou aqui como candidato a governador. Eu gosto de fazer cada andar ao seu tempo. Se você está no segundo andar do prédio, vamos planejar o terceiro. Está no terceiro, o quarto. Então nesse momento a minha prioridade é essa pré-campanha a governador de Minas. E se lá na frente nós tivermos um segundo governo bem avaliado, tivermos apoio, eu acho que isso pode acontecer naturalmente, mas não é algo que eu planejo. É algo que eu vejo que tem de acontecer. Vamos resolver Minas primeiro, nós temos grandes desafios em Minas Gerais. Precisamos focar aqui em Minas. E se Minas der muito certo, quem sabe nós poderemos contribuir aí com algo maior, mas por hora meu foco é Minas Gerais.
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Rastros de saudade deixados por pessoas marcantes em BD “A morte não é nada, eu somente passei para o outro lado do caminho. Você que aí ficou, siga em frente. A vida continua linda e bela como sempre foi. (Santo Agostinho)”.
Tadeu de Araújo Teixeira é professor, escritor e fundador da ABDL
Rua do Céu, Palmeiras, Arraial, Nossa Senhora de Fátima, Praça São José e Cia. Limitada Nos primeiros tempos saudosos de nossa infância, as cidades, as praças, as ruas e as fazendas onde vivíamos ficaram para sempre marcadas em nossas memórias. Em Bom Despacho, várias obras literárias tiveram como cenário um desses recantos. Autores diferentes retrataram em livros sua infância ou adolescência na lendária ex-Rua do Céu: Ordália Bernardes, Gísila Couto e Mozart Foschetti. Outra autora narrou sua infância mágica na Avenida das Palmeiras. O poeta Toninho Saudade revive a vida dele e de seus companheiros no Bairro de Fátima. O Alex, meu colega de letras, cofundador da Academia Bom-Despachense de Letras, localizou, no principiante bairro São dos anos 60, o enredo do seu “Arraial de todos os lobos”. De minha parte, a Praça São José foi ponto de inspiração de inúmeras crônicas na minha jornada de escriba amador. Dois de nossos antigos camaradas recentemente nos deixaram e partiram para a outra vida, para o outro lado de nossa humana caminhada. Vou aqui lembrá-los homenageando-os como inapagáveis personagens da Praça São José.
Antônio Ângelo do Couto (Azul) Bom Despacho era conhecida como a terra dos apelidos. Como o Preto do Célio Lobato e o Azul do Antônio do Couto. O Azul morava no antigo casarão de 1915, na praça São José. Sob o prédio em construção, na casa onde ele residiu, Azul resguardou parte daquele solar mais que centenário, com a fachada e data de sua origem, um pedaço precioso da bela arquitetura do município dos princípios do Século XX. Antônio Ângelo do Couto (Azul), dentista, coronel da PMMG, empresário bem sucedido, investiu seu capital em benefício da comunidade que amou e em que viveu. Inesperadamente, nos deixou no dia 12 de julho último. Passou para o outro lado do caminho e foi morar no azul do céu, no azul de Deus, onde, no futuro, o reencontrarão seus amigos, sua família, sua esposa Vera Lúcia Cardoso Couto, os filhos Alexandre e Aurélio e uma netinha suíça recém nascida. Cremados seus restos mortais, a pedido dele, suas cinzas serão lançadas sob as rama-
gens de uma árvore na porta de sua fazenda em Santo Antônio do Monte, juntando-se às de seu fiel amigo Dauro Carvalho Silva, que recentemente também lá foram lançadas. Amigos para sempre!
Aélcio – Preto do Célio Lobato Os filhos do Célio Lobato e Dona Nica são uma prova do que eu disse, que Bom Despacho era a terra dos apelidos. O mais velho, o Aélcio, é o Patota. O Aelson é o Zuca. O Aelton, ficou com o apelido de Bocão. O Aélcio, a gente chamava de Preto. E o mais novo dos filhos homens, esgotados os nomes com a mesma raiz, chamou-se Paulo, cuja alcunha era Baé.
Nos anos de 1956 a 59, fiz amizade com o Preto e a molecada que frequentava a Praça São José.
bacana com quem convivemos saudavelmente.
Com ele e com outros companheiros inesquecíveis, usufruímos a pré e parte de uma adolescência feliz e despreocupada. O Preto era o mais boa pinta de todos e fazia sucesso com as garotas. Era chamado de o Rock Hudson da turma. Um cara formidável. Alegre e comunicativo, atraía a simpatia das pessoas e construía uma bela convivência com o próximo.
Delpe Franco é um fluminense de Caxias. Sua família era de proprietários rurais com aquelas histórias gostosas que só a vida rural pode nos proporcionar. Por isto talvez ele tenha se dado tão bem com minha irmã Ana Tércia com quem se casou nos Estados Unidos. Quando passou a vir a Bom Despacho, periodicamente, Delpe encantou-nos a todos. Parecia-nos mais um filho, um irmão, um parente do que um cunhado. Na grande Nova Iorque onde ele e a Ana viveram por algumas décadas, os dois se constituíam em ponto de apoio e de união da comunida-
Meses atrás, como diz o Rolando Boldrin, ele partiu fora da hora combinada. Deixounos saudades e a recordação de um cara bacana muito
Delpe Franco
de brasileira. Eram muito participativos na igreja e nos eventos sociais. Delpe foi um camarada tão querido e carismático que a seu velório em Nova Iorque compareceram mais de 300 americanos, hispanos e brasileiros, amigos dele. Delpe deixou a Ana Tércia e a todos que o amavam e obedeceu ao inexorável destino de todos nós seres humanos, em 23/05/2021. A memória de sua imagem de um mestre de incomparável e bela convivência humana jamais será esquecida. Suas cinzas repousarão em Bom Despacho.
Dona Geralda do Guilito do Engenho Dona Gerada, esposa do Gui-
lito do Guilo, mais do que uma mãe e dona de casa dedicadíssima, era um baluarte junto a seu esposo no sustento, na criação e na educação de seus 8 filhos, 21 netos e uma bisneta Era o Guilito trabalhando duro na vida rural, negociando porcos, bois, galinhas, bananas, frutas, hortaliças no Engenho, no Mato Seco, no Buriti e em Bom Despacho e algum tempo como serviçal em repartição estadual para o sustento da casa e dona Geralda cuidando da filharada, preparando-os para a vida e para as escolas. Desse lufa-lufa veio a vitória e a recompensa: seus filhos triunfaram como seres humanos e profissionais. São dois médicos. Também tem advogado funcionário do Ministério da Justiça, jornalista da Embrapa, professora, bancária de alto escalão, empresário, contador. Pela assistência e ajuda de Guilito e o acompanhamento constante de Dona Geralda, os netos vêm seguindo a mesma trilha ditada pelos seus pais e avós. Um deles, o jovem Mateus, tornou-se recentemente funcionário de uma multinacional na Holanda. No dia em que Geralda morreu, lembrei-me de Drummond: “Por que Deus permite que as mães vão-se embora? / Mãe não tem limite / é tempo sem hora / luz que não se apaga quando sopra o vento e a chuva desaba / mãe na sua graça é eternidade”. (Carlos Drummond de Andrade) Por isso Geralda não morreu. Com certeza ela viverá junto aos seus. Um passo nesse rumo a família já deu, criou num cômodo da casa o “Museu Geralda”, com um grande acervo de fotos e objetos pessoais a fim de perpetuar sua presença entre eles.
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Expobom 2022 foi marcada pelo retorno de produtores e de expositores, diz Patrick Em entrevista ao Jornal de Negócios, o presidente do Sindicato Rural, Patrick Brauner Resende, faz um balanço da 50ª Expobom. Segundo ele, a maior conquista do evento foi a mudança no seu formato, transformando-se numa feira de negócios. “Entramos numa nova fase muito promissora”, diz. Patrick afirma também que em 2023 o Sindicato terá de remodelar o Parque de Exposições para atender a todos os interessados que já manifestaram interesse no evento do próximo ano. “A Expobom passa a ser referência no CentroOeste de Minas”, diz o presidente. Veja na entrevista a seguir. Que balanço você faz da Expobom 2022? Nossa expectativa foi amplamente superada tanto em relação ao público quanto ao volume de negócios. Mais que isso, conseguimos uma demonstração forte de mobilização política em favor do produtor rural e do agro. Pela primeira vez na história tivemos a presença do governador na Expobom, acompanhado de 3 deputados federais, 3 deputados estaduais, secretário de Estado da Agricultura, lideranças e autoridades da região. Tivemos apoio integral do prefeito Bertolino, que esteve presente todos os dias, e também da Câmara Municipal. Para nós do Sindicato foi uma grande conquista, uma grande honra. Qual foi o volume de negócios alcançado pela feira? Ainda não temos todos os valores fechados. Mas só o resultado de um levantamento
de evento. Entramos numa nova fase muito promissora. Quantos expositores deste ano já confirmaram presença em 2023? Todo expositor que estava lá dentro este ano fez negócio. Se fez negócio quer retornar. A maioria já manifestou seu interesse de estar na Expobom ano que vem.
parcial, feito com algumas das empresas participantes, já ultrapassou a expectativa inicial de R$ 30 milhões. Nos próximos dias teremos os dados completos para divulgar. Importante registrar que muitos negócios iniciados na feira estão sendo concretizados agora porque o Ministério da Agricultura publicou na última semana a portaria da equalização dos juros. Com isso, as cooperativas de crédito estão liberando agora os recursos. Havia negócios feitos e concretizados, mas o dinheiro só foi liberado após a portaria do Ministério. Na sua opinião, qual foi a maior conquista da Expobom? Acho que foi a virada de chave no formato do evento, que começou em 2018, ficou melhor em 2019, parou dois anos por causa da pandemia e este ano bombou. A Expobom tornouse de fato um evento de negócios. Conseguimos superar a fórmula usada durante anos e implementar um novo formato
Haverá mais espaço na feira em 2023? A gente vai ter que remodelar a área do parque para atender a todos. Os que participaram este ano e manifestaram interesse de estar de novo em 2023 e também várias outras empresas que não entraram nesta edição mas já confirmaram seu interesse de participar do próximo evento. O Sindicato planeja novidades para 2023? Basicamente vamos manter o que houve este ano. A 50ª Expobom foi marcada pelo retorno de produtores e expositores. Todos reconhecem que este é o formato ideal da exposição. Traz dinheiro, gera negócios e desenvolvimento para a cidade, melhora a produtividade do agronegócio. Bom Despacho hoje é uma referência regional. Temos um agronegócio diversificado, somos um pólo de agroindústrias. A Expobom passa a ser uma referência do setor no Centro-Oeste de Minas. Realizar eventos com shows caros e rodeios não é função nem prioridade do Sindicato. O Parque de Exposições está à disposição para quem quiser empreender fazendo eventos de shows.
Cooperbom bateu recorde de negócios na Expobom
Da esquerda para a direita estão Carlos Humberto (diretor administrativo Cooperbom), governador Romeu Zema, Marcelo Candiotto (presidente da CCPR), Fúlvio Cardoso (presidente Cooperbom) e Enes Fialho (diretor comercial Cooperbom). Maior patrocinadora da Expobom 2022, a Cooperativa Agropecuária de Bom Despacho comemora bons resultados alcançados na feira. “Foram mais de 3 milhões de reais em vendas no nosso stand, um recorde, incluindo negociações que começaram lá e foram concluidas nos dias seguintes. Além disso, apoiamos o Sindicato nesse importante evento do agronegócio e marcamos presença com nossa linha de produtos”, afirmou ao
iBOM o diretor administrativo Carlos Humberto de Araújo. “Foi um investimento que trouxe retorno para a Cooperbom. O custo do nosso stand, que era o maior da feira, foi dividido entre laboratórios e indústrias parceiros da Cooperativa”, ressaltou o diretor comercial Enes Fialho. A maior parte das vendas foi efetuada para cooperados, com destaque para medicamentos veterinários, adubos e sementes de grãos.
Para o presidente da Cooperativa, Fúlvio Cardoso, “a feira foi muito boa como evento técnico e de negócios voltado para o agro. Foi muito positiva também para Bom Despacho, porque trouxe muitos visitantes de outras cidades interessados em oportunidades de negócio. Acredito que com o impulso tomado este ano a Expobom vai crescer ainda mais daqui pra frente. Ano que vem estaremos presentes com certeza”.
Domingo de acidentes e morte nas rodovias
Dois acidentes graves foram registrados no domingo (24/ 7) próximo a Bom Despacho. O primeiro foi no km 456 da BR 262, envolveu três caminhões e deixou uma pessoa morta. Um caminhão Ford Cargo de Cambé/PR trafegava no sentido Nova Serrana quando invadiu a pista contrária e bateu lateralmente em dois outros caminhões que vinham no sentido contrário. O primeiro deles, um VW 23.250 estava carregado de carvão. O segundo caminhão, um Mercedes Benz Atego, estava vazio. Ambos foram jogados para a lateral da rodovia. Parte da carga de carvão levado pelo caminhão da frente ficou esparramada
na pista. O impacto matou o motorista do Ford Cargo, que não teve sua identidade divulgada. O motorista do caminhão VW teve ferimentos leves, foi atendido pela equipe da concessionária Triunfo Concebra e depois levado para o hospital de Nova Serrana. Já o motorista do caminhão de carvão não se feriu. A rodovia ficou interditada até depois das 10 da manhã, enquanto a Polícia Civil fazia a perícia do acidente e a Triunfo Concebra desobstruia e limpava a pista. O segundo acidente foi no km 130 da rodovia MG-164, próximo ao bairro Simião Ferreira, na saída de Bom
Despacho para Martinho Campos, por volta das 13h30, onde um veículo com duas pessoas capotou e saiu da pista. O Corpo de Bombeiros fez o atendimento das vítimas. O motorista, que foi ejetado do veículo durante o capotamento, apresentava fraturas na região das costelas. Já a passageira tinha fratura no braço e queixava de dores na coluna. Eles foram levados para a UPA de Bom Despacho. A guarnição dos Bombeiros ficou no local do acidente até a retirada do veículo porque havia vazamento de combustível e risco de incêndio do veículo. (iBOM / Foto: Bombeiros)
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Força Sempre: relembrando Hildo José do Couto em 2005
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Máscara volta a ser obrigatória em unidades de saúde
Em 2 dias, casos confirmados de Covid em Bom Despacho saltaram de 238 para 326.
LÚCIO EMÍLIO JÚNIOR Recebi com tristeza, ao final de 2021, a notícia do desaparecimento de Hildo José do Couto, o “Juliano” ou Hildo Eletricista. Ele foi pescar numa fazenda e, ao sair à noite para o açude, desapareceu. Era época de chuvas, rios cheios, supomos que foi levado pelas águas. Aqui relembro sua pessoa através de uma coluna que escrevi para ele no ano distante de 2005, num finado jornal local. A coluna chamavase: Força Sempre: HIldo José do Couto. “A propósito do dia do eletricista, dia 17 de outubro passado, homenageio um amigo que trabalha na área: Hildo José do Couto. Uma curiosidade a respeito do nome de nosso homenageado é que ele tem duas identidades: é Julinho para a família, nome com o qual foi batizado, mas foi registrado como Hildo. Os pais de Hildo eram Pedro Francisco da Silva e Maria Francisca do Couto. A família tinha quatorze filhos, moravam no Código das Pedras, como agregados do coronel Robertinho Queiroz. Quando o coronel morreu, a família mudou-se para a cidade: Vila Gontijo. Curiosidade: há uma irmã desaparecida, Edna Maria do Couto, que foi para Uberlândia e há uns quinze anos não deu mais notícias. Depois de casado com Maria
Aparecida Ramos (com quem teve Michel, David e Leandro), Hildo teve três uniões estáveis: da união com Gislaine veio Daiane; da ligação com Rita de Cássia nasceram Brian, Júlia e Mateus; do convívio com Elaine teve Luan. Na adolescência, Hildo esforçava-se com os irmãos numa olaria da roça do Odílio, garçom no Clube Bom Despacho e, para aprender a dirigir, trabalhou com seu irmão Pedro. Buscou um salário melhor no comercial Pádua, vendendo doces e balas. Algum tempo depois, entrou na Companhia de Eletrificação Rural do Engenho do Ribeiro. Aprendeu a mexer com postes, redes e fios, eletrificação de fazendas. De ajudante de eletricista foi a eletricista profissional. Nessa época, resolveu trabalhar por conta própria, com baixa tensão. Começou fazendo ponto na Eletropeças. No início foi difícil, mas agora está bem mais satisfeito. Hildo mandou um abraço carinhoso para seus nove filhos, para as mães deles e suas famílias; agradece também aos clientes que o têm apoiado esses anos todos, dá lembranças também à comissão técnica da Brasmatec, da Casa do Eletricista, Rio Branco, Eletroferragens e ao Faísca.” Lúcio Emilio do Espírito Santo Júnior é filósofo, professor e escritor.
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Decreto publicado no dia 13/ 7 tornou obrigatório o uso de máscaras em todos os serviços de saúde públicos e privados de Bom Despacho. A medida, veiculada no Diário Oficial do município, “se faz necessária para proteger pacientes e profissionais da saúde de doenças respiratórias”, informou a Assessoria de Comunicação da Prefeitura. Entre essas doenças respiratórias está a Covid, que, segundo a secretária municipal de Saúde, Tamara Bicalho, apresentou “aumento considerável de casos nos últimos dias”. Falando ao iBOM, Tamara disse que o sistema municipal de Saúde já registrava “aproximadamente 40 casos confirmados de Covid por dia em Bom Despacho”. Ainda segundo Tamara, o que mais “motivou a volta da obrigatoriedade” é que os pacientes estavam indo às unidades de saúde sem máscara e se recusando a colocá-la no local. “O maior número de queixas veio da Santa Casa. A pessoa chegava no PA com sintomas gripais e sem a máscara”, disse ao iBOM. “Por isso a gente tomou essa decisão de voltar com a obrigatoriedade, porque a recomendação do uso de máscara sempre existiu” - e não vinha sendo cumprida. O Decreto 9.501, publicado dia 13/7, torna obrigatório “o uso de máscara de proteção para circulação e permanência de pessoas nas áreas destinadas aos serviços de saúde (hospitais, unidades básicas de saúde, clínicas, etc), em espaço público ou privado, aberto ou fechado”. (iBOM / Imagem ilustrativa)
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Curso da Prefeitura ensina os idosos a usar redes sociais
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Mostrando minha cidade a um visitante estrangeiro ALEXANDRE
MAGALHÃES Alexandre Sanches Magalhães é empresário, consultor e professor de marketing, mestre e doutor pela USP e apaixonado por SP e BD
Programa criado pela Prefeitura de BD quer promover a inclusão digital de pessoas com mais de 60 anos Estão abertas até 31/7 as inscrições para a primeira turma do programa “Tô na Rede”, que vai ensinar idosos a entrar na Internet em telefones celulares e computadores, e também a navegar em redes sociais. As aulas serão inteiramente gratuitas. O foco do programa é estimular a inclusão digital de pessoas com mais de 60 anos de idade. O “Tô na Rede” é desenvolvido pela Prefeitura através do Bom Despacho Tech Hub e realizado pela IEBT Innovation, empresa especializada de consultoria e gestão. O curso terá aulas uma vez por semana durante 1 mês, dentro do espaço do BD Tech Hub, na sede da Prefeitura. Cada aula terá duas horas de duração. Os horários serão marcados de acordo com a disponibilidade da maioria dos interessados. As aulas práticas serão dadas no celular e no computador, dependendo do interesse do participante. Segundo apurou o iBOM, se o idoso já tiver celular ou notebook é recomendado levá-lo para fazer o treinamento no seu próprio aparelho. Caso não tenha, as aulas serão ministradas em equipamentos cedidos pelo curso. Entre os temas a serem apresentados aos idosos estão o uso e os benefícios de redes sociais, cuidados com fake news e orientações para não cair em golpes por celular, entre outros. A gerente de projetos Luiza Freire, do Bom Despacho Tech Hub, disse ao iBOM que os golpes financeiros contra pessoas da terceira idade vêm crescendo no Brasil. “Os
Luiza Freire: preparar os idosos para eles não cairem em golpes (Foto: arquivo pessoal) idosos, percentualmente, são os que mais sofrem com golpes em redes sociais, e a expectativa é que possamos alertá-los e prepará-los para um uso consciente e seguro”, afirmou. No final do curso os idosos receberão um certificado de participação. Para fazer a inscrição gratuita no programa basta apontar a câmera do celular para o QR Code abaixo, acessar o formulário do programa e preencher os dados pedidos. ( iBOM / Imagem ilustrativa)
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Na quarta-feira retrasada minha empresa recebeu um mexicano, que é responsável pela área de esportes da empresa na América Latina. Ele veio para o Brasil para participar de um evento de esportes, muito focado em futebol. Neste evento havia dirigentes de equipes de futebol, patrocinadores, empresas que fazem serviços para os times, como gerenciar planos de sócios torcedores, enfim, todo o tipo de empresa que pertence à “flora e fauna” do esporte. Foi um prazer mostrar minha cidade para um estrangeiro, o lado ruim e o lado bom. Andamos muito a pé, fomos a todos os tipos de restaurantes, parques, ruas famosas, a lugares pobres e a lugares ricos. Foi como se eu estivesse voltando a minha terra depois de anos passados fora (o que é parcialmente verdade, pois estou ficando mais em Bom Despacho do que em São Paulo). Levei meu amigo mexicano para jogar futebol comigo no domingo de madrugada e ele mostrou-se um atleta, apesar de não ser tão habilidoso com a bola. Como eu, mais correu do que jogou. Depois do futebol, sentamonos com os outros jogadores para tomar umas cervejas e para o mexicano ser “interrogado” pelos brasileiros sobre sua terra natal. Descobri que meu companheiro de trabalho foi um dos melhores jogadores de tênis do mundo, chegando a ser número 26 no ranking da ATP – Associação dos Tenistas Profissionais do mundo todo. Ainda bem que eu o convidei para jogar futebol comigo e não tênis, pois eu seria derrotado sem ver a cor da bola. Para quem quiser ver fotos de meu amigo em ação, basta procurar por “tenista Luis Herrera” no Google e o verá jogando em vários torneios. Encontro com a patrocinadora do Galo No evento Confut, essa feira sobre esportes que mencionei, havia um estande da MRV, patrocinadora do Galo e responsável pela construção do estádio do time. Conversei um pouco com a pessoa de marketing e expliquei que minha empresa fazia pesquisas sobre marcas de produtos e que tinha muita informação sobre as equipes de futebol do mundo todo, inclusive as brasileiras, e que tratávamos os times de todos os esportes como marcas. Abri meu computador de mão e mostrei alguns dados sobre os times brasileiros, com ênfase para os mineiros. Ela adorou o que viu, especialmente, o impacto que sua marca tem nos torcedores do Galo. No geral, patrocinar esportes faz muito bem para as marcas patrocinadoras.
Planejando mostrar BD a meu amigo mexicano Em setembro, meu amigo mexicano, acompanhado de um norte-americano, planeja voltar ao Brasil. Nesta ocasião, haverá uma feira de esportes patrocinada pela CBF – Confederação Brasileira de Futebol – em São Paulo. Minha empresa, a YouGov, terá um estande neste evento e fará algumas palestras sobre a importância de as marcas patrocinarem esportes, ligas e times. Terminando o evento, estou convencendo meus amigos a visitarem alguns times brasileiros para podermos mostrar nossos estudos. Estão na lista todos os grandes times brasileiros, incluindo o Galo, o Cruzeiro e o América. Depois da viagem a BH, planejo dar uma esticada no caminho para que conheçam Bom Despacho. Se eles aceitarem, quero fazer aqui a mesma coisa que fiz em São Paulo, andar
muito e mostrar aquilo que mais gosto nesta cidade. Dentro da cidade, quero mostrar a Praça da Matriz e arredores, onde acontece a vida comercial da cidade, a Avenida Dr. Roberto Queiroz, onde corro, a Praça de Esportes, onde nado e faço exercícios diariamente, comer uma pizza no K Massa ou tomar uma cerveja no Fabinho. Mas, quero reservar um tempo maior para mostrar a natureza que cerca Bom Despacho: correr na Matinha perto dos Cristais, andar de bicicleta pelas estradas de terra perto do Rio Picão, nadar no Rio Lambari perto da Ponte da Amizade, caminhar com eles o caminho da procissão do Padre Libério, levá-los ao encontro dos Rios Lambari e Pará para relaxarem na beira d’água. Se der sorte, ver alguns cortes da Festa do Reinado cantando
pelas ruas da cidade. Gostaria de levar meus amigos, o mexicano e o norteamericano, em um encontro do Circuito dos Ranchos, para que possam escutar a boa música popular brasileira e comer pratos mineiros deliciosos, como a paçoca, um porco assado, moranga, quiabo e muito queijo. Tudo, claro, regado a muita cerveja artesanal da redondeza, como a Avura e a Walls. Se eles aceitarem o convite, dormiremos no sítio da família nos Cristais, para que acordem ouvindo o canto dos pássaros. Enfim, quero mostrar minha segunda cidade para eles e tenho certeza de que vão entender o porquê de minha vontade de um dia adotar Bom Despacho como minha cidade. E que deixem alguns dólares por aqui, para que esta cidade cresça. Tomara que venham!
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Bom Despacho (MG), 30 Julho 2022
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