1Bom Despacho (MG), 30 Setembro 2022 Prefeito assina ordem de serviço de cercamento da Mata do Batalhão em BD Evento foi realizado na sede da Prefeitura com presença do comitê SOS Mata do Batalhão (PÁG. 3) - Descubra a sua seção pela Internet - Percursos do tranporte de eleitores - Localização das Seções EleitoraisQ u a l d o Juliana Santos: lágrimas na chuva VEJA O TEXTO DE LÚCIO EMÍLIO JÚNIOR NA PAG. 9 Ano XXXIII - Nº 1.641 • Fundado em 12/05/1989 Bom Despacho (MG), 30 Setembro 2022 • GRÁTIS 1 EXEMPLAR Primavera e a dança das estações Página 8 Página 9 No dia 2 vamos votar em paz Página 4 FERNANDO CABRAL Juliana: lágrimas na chuva ALEXANDRE MAGALHÃES Mineira de BD passeando por São Paulo Página 11 LÚCIO EMÍLIO JR. BOM DESPACHO 38.923 Eleitores 122 Seções MARTINHO CAMPOS 11.510 Eleitores 38 Seções MOEMA 6.692 Eleitores 24 Seções VEJA NAS PÁGINAS 5, 6 e 7 DESTA EDIÇÃO Oportunidades de emprego e muitos negócios para você. Veja na página 2
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2 DESTAQUEBom Despacho (MG), 30 Setembro 2022
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Vazamento de gás em siderúrgica fez 1 morto e 2 feridos
Prefeito assina ordem de serviço de cercamento da Mata do Batalhão em BD
Três pessoas deram entrada no Pronto Atendimento (PA) na noite de quinta-feira (22), após um acidente na Siderúrgica Bom Despacho, no bairro Ana Rosa. De acordo com informações divulgadas pelo SAMU, as vítimas teriam inalado gás que vazou de equipamento da siderúrgica.
Gabriel Lopes Pereira, socorrido pelo SAMU pouco depois das 23 horas, estava inconsciente e com parada cardiorrespiratória (PCR). Depois de receber os primeiros atendimentos no local ele foi removido para o Pronto Atendimento.
O SAMU chegou a ser chamado novamente às 23h42m, mas durante o trajeto até o local a equipe foi informada que a vítima havia sido levada para o PA por
colegas. Outra vítima também foi levada ao hospital por terceiros.
O iBOM ouviu uma fonte da Santa Casa na manhã da sexta-feira. Essa fonte informou ao site que, apesar dos esforços da equipe do PA, a vítima Gabriel Pereira, que deu entrada na unidade com parada cardiorrespiratória, evoluiu para óbito. Outra vítima atendida no PA foi liberada, enquanto uma terceira pessoa atingida pelo gás continuava internada na Santa Casa em observação.
O site tentou contato com a Polícia Civil para saber o andamento das investigações sobre o acidente e suas causas, mas até a publicação dessa matéria não havia obtido retorno. (iBOM/Foto:SAMU/ Arquivo)
Na terça-feira (27/9), na sede da Prefeitura de Bom Despacho, o prefeito Bertolino da Costa e o novo secretário municipal do Meio ambiente, Leandro Eustáquio de Matos Monteiro, reuniram o grupo SOS Mata e o comandante do 7º BPM, tenente-coronel Renato Pinheiro, para acompanhar a assinatura da ordem de serviço para o início do cercamento da Mata do Batalhão.
Área verde, no centro da cidade, dotada de nascentes,
legado histórico primoroso, a Mata do Batalhão ocupa 39 hectares de ricas fauna e flora.
Segundo a assessoria do Prefeito, o recurso a ser utilizado para fazer o cercamento já está garantido através de emenda parlamentar apresentada pelo deputado federal Luís Tibé.
O passo dado hoje é apenas uma etapa, fruto de uma lutade quase 30 anos. É colheita do empenho de várias pessoas que, em diferentes etapas, buscaram a preservação e manutenção da Mata do Batalhão.
Muitas etapas ainda virão, tais como a formalização do Parque, a criação de um plano de manejo, as ideias e os projetos a serem implementados, a utilização responsável do espaço e outras mais.
É necessário que a comunidade abrace a ideia.
Saímos de Bom Despacho tantas vezes em busca de lugares que nos permitam relaxar e ter contanto com a natureza. Por que não criar uma área de lazer e preservação aqui, no coração da nossa cidade? Por que não
usa-la como fonte de prazer, diversão, contemplação da natureza, turismo, arrecadação e preservação?
Juntos podemos pensar melhor.
A mata hoje é um campo de possibilidades infinitas e se soubermos achar um caminho para entender suas demandas e potenciais, podemos ter ao nosso alcance um local muito promissor e especial para a atual e as futuras gerações.
SAMU atendeu homem com parada cardiorrespiratória após inalar gás que vazou de equipamento da siderúrgica
Na foto acima, da esquerda para a direita estão, em pé: Carlos Gilberto, Elda, Alcides, Tadeu, o secretário Leandro Eustáquio, Alípio, prefeito Bertolino, a representante da empresa que fará o cercamento, Luma Oliveira, o comandante Renato Pinheiro e o secretário de Obras Fábio Santos; sentadas: Juliana e Roberta.
Roberta Gontijo Teixeira
Roberta Gontijo Teixeira é bacharel em Direito, ambientalista e servidora pública federal.
ACOMPANHE NOTÍCIAS DIÁRIAS DE BOM DESPACHO NO SITE DO JORNAL www.iBOM.com.br No dia 2 vamos votar em paz LEIA na colulna de Fernando Cabral (PÁGINA 4) Ipê Campestre Clube revitaliza a área da sua lagoa (PAG. 8) BD terá 2 lançamentos de livros de autores da cidade (PAG. 9) Batida frontal provoca mais uma morte na BR 262 (PAG. 11) Acidente em rotatória matou ciclista de 15 anos (PAG. 11)
No dia 2 vamos votar em paz
Engenharia Social Os sistemas eletrônicos não são perfeitos, mas são muitoseguros. É isto que permite que bancos, cartões de crédito, seguradoras, governos, cartórios, empresas, organizações não governamentais e nós mesmos usemos sistemas eletrônicos todo o tempo.
A ideia da democracia num estado democrático de direito moderno é simples: com base na sua livre vontade, o cidadão vota de acordo com sua consciência, suas crenças, suas esperanças. Somam-se os votos e o candidato que recebe mais votos ganha e vai governar. Ou vai legislar, quando o voto é para o legislativo.
Outro princípio que rege as democracias é a periodicidade das votações e a alternância de poder.
A periodicidade varia de país para país, mas geralmente está entre 4 e 6 anos. A fim de garantir a alternância, os países democráticos ou impedem totalmente a reeleição consecutiva ou permitem apenas umareeleição. É o caso do Brasil e dos países democráticos em geral.
A falta de eleições periódicas, ou a possibilidade de o mandatário se reeleger indefinidamente tem estado muito associado a ditaduras e a governos militares. Exemplos atuais são a China, a Rússia, a Venezuela, a Coreia do Norte. No passado recente tivemos o Chile, Uruguai, Paraguai, Panamá e muitos outros. Entre os exemplos menos recentes tivemos a Alemanha nazista, a Itália fascista, o Brasil getulista, a ditadura franquista (Espanha), a ditadura salazarista (Portugal).
Todas estas ditaduras, no passado e no presente, temiam o voto popular. Assim, ou o aboliam completamente, ou criavam pantomimas para encenar eleições livres.
Com relação à alternância e às eleições periódicas, os Estados Unidos são frequentemente citados como exemplo. A razão é simples: nos seus 250 de independência, eles sempre mantiveram eleições periódicas a cada quatro para eleger o mandatário máximo do país. Nunca houve uma ditadura, nunca houve um golpe de estado, nem mesmo em épocas de grandes crises, como guerra civil, guerras mundiais ou derrocada econômica, como aconteceu em 1929. Ao longo de 250 anos de independência, as eleições foram realizadas a cada quatro anos e o governante antigo substituído pelo novo. Lá também a reeleição só é permitida uma única vez.
No Brasil, desde a promulgação da nova Constituição (1988), temos tido eleições regulares a cada quatro anos. O candidato eleito tem assumido e governado como manda o figurino. Esta periodicidade nas eleições e a garantia da alternância de poder são prerrequisitos para nos colocarmos entre as verdadeiras democracias.
No entanto, alternância de poder e periodicidade das eleições não são suficientes para termos uma democracia. Fal-
Já houve época em que coronéis mandavam seus colonos votarem sob ameaça da chibata. Naquele tempo o voto não era um exercício de democracia, mas um exercício de submissão por medo. Mesmo assim, para evitar qualquer risco para os resultados desejados, os coronéis já entregavam as cédulas preenchidas. Era só o caboclo depositar na urna. Chamava-se voto de marmita. Se mesmo assim alguma coisa falhasse, o coronel ainda poderia dar um jeito para as coisas ficarem do seu gosto. Era só mandar confeccionar a ata da forma
tam três outros elementos: a) a liberdade que os candidatos precisam ter para divulgar suas propostas; b) a liberdade que o eleitor precisa ter para escolher de forma livre e consciente a proposta que mais lhe agrada; e c) a certeza que o voto depositado na urna será contabilizado de forma honesta.
A terceira condição — a exigência de que o voto seja computado de forma honesta — vem sendo muito bem garantida pelas urnas eletrônicas. Pelas urnas eletrônicas porque até o momento se mostraram seguras e invioláveis. E o fizeram tanto no plano teórico quanto no plano prático. Ao longo de quase três décadas elas já resistiram de forma magnífica à análise dos acadêmicos, aos ataques dos hackers e ao teste do tempo.
Quanto ao item a — a liberdade que os candidatos devem ter para divulgar suas propostas — o caminho tem sido mais áspero pois os abusos são continuados. Mentiras, boatos e fakenews têm feito parte de
muitas campanhas tanto no ataque como na defesa. Nas redes sociais vemos candidatos que embelezam em demasia seus próprios atributos e pintam seus adversários como o diabo.
Mesmo assim, na campanha oficial, o cenário é positivo, a despeito de alguns defeitos.
Do lado positivo, todos os candidatos têm espaço para se manifestarem e os abusos mais gritantes são tolhidos pela justiça.
Do lado dos defeitos, temos o alto custo que o cidadão paga e a distribuição do tempo de forma injusta. Como os maiores partidos recebem as maiores fatias de tempo, os candidatos novos, com partidos novos e ideias novas ficam prejudicados.
Quanto ao item b — a liberdade que o eleitor precisa ter para escolher de forma livre e consciente a proposta que mais lhe agrada — ele fica muito prejudicado por causa das fakenews, dos boatos e das mentiras.
que lhe fosse mais conveniente. Era o famoso bico de pena. Com a adoção da urna eletrônica, tudo isto virou passado.
Não existe mais voto de marmita e não existe mais bico de pena. Acabaram-se as fraudes, tão comuns no passado. Tanto que, desde a primeira eleição via urna eletrônica, nunca se registrou nenhuma fraude. Contudo, há uma coisa muito antiga que pensávamos já estar enterrada no passado: a violência eleitoral, que este ano ressurgiu com fôlego renovado.
Tomar decisões erradas faz parte das nossas vidas. Mas, a chance de errarmos aumenta quando recebemos informações falsas ou quando não temos acesso à informações ver-dadeiras. É por isto que boatos, mentiras e fakenews são ruins para as eleições e para a democracia.
Pior ainda é quando a arma do convencimento deixa de ser a retórica, o discurso e o debate e passa a ser a bala, a faca, a porretada. No entanto, é isto que temos visto no Brasil este ano: a troca da civilidade, do respeito mútuo, do argumento convincente pelos tiros, pelas pauladas, pela ameaça de tirar a marmita dos mais pobres.
O eleitor precisa ter absoluta liberdade para escolher. Ele não pode ser pressionado sob nenhum pretexto e de nenhuma forma. Qualquer coisa menos do que liberdade ampla, irrestrita e total neste item representa fraude nas eleições e violação da democracia. Neste aspecto, os atos violentos com que nos deparamos nos jornais representam uma grave violação da ordem democrática. Por isto o eleitor deve se acautelar. Não deve se envolver em discussões onde o clima está acalorado. Ele deve apenas — silenciosamente, se necessário for — se dirigir à urna e depositar seu voto na certeza de que ele conta. Ele é importante. Ele vivifica a democracia e ajuda a construir o Brasil.
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Como os sistemas eletrônicos tendem a ser seguros, os golpistas raramente tentam atacá-lo. Em vez disto, eles atacam as pessoas, o elo fraco do sistema. Por exemplo, eles ligam para o celular se fazendo passar pelo banco, pelo INSS, pela operadora de cartão, por oficial de justiça. Eles sabem que as pessoas são frágeis porque são distraídas, são gananciosas, são esquecidas, são medrosas, são ansiosas. Usando estas fraquezas, eles conseguem a senha da pessoa ou conseguem que a própria pessoa lhes transfira dinheiro. Portanto, não burlam o sistema, eles burlam a confiança das pessoas.
Esta forma de operar chamase engenharia social. Ou seja, engenharia social é a arte de fazer com que a própria vítima transfira dinheiro para o bandido ou lhe entregue a senha para que ele saque o dinheiro, ou faça qualquer outra coisa que beneficie o golpista.
Pois bem, devido à forma como as urnas eletrônicas funcionam, elas são infinitamente mais seguras do que os bancos, os cartões de crédito e os sistemas de todos os governos. A não ser que aconteça algum fenômeno tão inesperado quanto o voo de um unicórnio, cada voto que o eleitor depositar na urna eletrônica será corretamente contado e somado aos votos do seu candidato, se ele tiver — ou dos brancos e nulos, se ele assim tiver decidido.
Mas, é aí que entra a engenharia social: como não existe nenhum método conhecido e factível de violar as urnas eletrônicas, aqueles que temem os resultados que sairão delas usam o sentimento do medo e da ansiedade para instilar na cabeça do eleitor a ideia de que seu voto pode ser mudado após ser registrado na urna. Não pode e não será.
As urnas eletrônicas acabaram com as fraudes eleitorais, principalmente com o voto de marmita e o bico de pena. A tentativa de fraude que agora vemos surgir tem a forma de engenharia social. O golpe se constitui em minar a confiança do eleitor, afastá-lo do seu direito sagrado de votar e talvez fazer com que ele próprio viole o segredo do voto — da mesma forma que as vítimas dos estelionatários revelam suas senhas.
O eleitor não deve cair neste golpe. Domingo, dia 2 de outubro, ele deve se dirigir às urnas e votar. Deve votar com convicção. Deve votar da forma como sua consciência mandar. Deve votar sem medo e com a certeza de que voto conta. Seu voto ajuda a fortalecer a democracia e melhorar nosso futuro.
Neste domingo, que a paz esteja conosco.
FERNANDO
Fernando Cabral é licenciado em Ciências Biológicas, advogado, auditor federal e ex-prefeito de Bom Despacho
4 DESTAQUEBom Despacho (MG), 30 Setembro 2022
CABRAL
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Veja como descobrir a sua seção eleitoral pela Internet
Se você perdeu seu Título de Eleitor é possível consultar o local de votação no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). É fácil e rápido.
Basta informar seu nome, data de nascimento e o nome da sua mãe. Na consulta o site informa o número do seu título, a seção onde vota e o endereço.
Qual documento é necessário para votar?
Na seção eleitoral serão aceitos documentos oficiais com foto, inclusive os digitais: e-Título; Carteira de Identidade, Identidade Social, Passaporte, Certificado de Reservista, Carteira de Trabalho e Carteira Nacional de Habilitação.
Embora não seja obrigatório apresentar o Título de Eleitor, é ele quem traz informações sobre a Zona e a Seção Eleitoral. O e-Título, versão digital do documento, pode ser usado. Outra opção é apresentar o comprovante de votação de eleição anterior, que traz os dados constantes no Título.
O que é o e-Título –ou título de eleitor digital?
O e-Título é um aplicativo de celular que traz a via digital do título de eleitor. Ele permite acesso a informações como título de eleitor digital, situação eleitoral e local de votação. Está disponível para os sistemas IOS e Android.
Celular não pode ser levado para a cabine de votação
A legislação eleitoral proibiu do uso de celulares e equipamentos que possam violar o sigilo do voto na cabine de votação. Ao chegar na seção, eleitoras e eleitores poderão usar o aplicativo ETítulo para se identificar. Mas o uso do celular fica restrito à identificação do eleitor. Antes de se dirigir à urna eletrônica, o eleitor tem que entregar o aparelho aos mesários.
Bom Despacho: mudança na seção do Bom Retiro
Eleitores que votavam no Centro Comunitário do Bom Retiro (seção 112), zona rural de Bom Despacho, este ano votam no antigo CAIC, no bairro Ana Rosa. Haverá transporte gratuito para os eleitores do Bom Retiro vinculados à seção 112. O veículo sairá da Igreja do Bom Retiro às 8 horas e segue diretopara o CAIC. Às 11 horas ele retorna.
Moema: seções da Escola Caramuru foram mudadas
Em Moema, eleitores que votavam na Escola Caramuru (seções 74, 75, 76, 77, 78 e 133), este ano votam na Escola Professora Dona Maria de Lourdes Lacerda, que fica na rua Esplendor, 417, no Recanto dos Sabiás.
Acesse a página do TSE apontando a câmera do celular para o QR Code ao lado
“Continuarei morando aqui na nossa querida Bom Despacho. Meu gabinete será aqui na cidade, onde será mais fácil para o meu povo manter contato comigo e cobrar resultados. Serei funcionário do povo.
“Serei um Deputado Estadual de campo. A Assembleia Legislativa será para mim um espaço para legislar, criar projetos de leis, cobrar obras e melhorias no Estado. Cobrarei presencialmente, dos chefes dos órgãos do Estado, as obras e melhorias em todas as áreas. Pretendo fazer vídeos passando para os eleitores todas as informações e posições que eu obtiver com relação aos requerimentos através dos quais vou cobrar ação dos responsáveis em cada área.
“No cargo de Deputado Estadual serei sempre sincero e transparente com o meu povo, a quem prestarei contas de todos os meus trabalhos. “
Como nessa foto em estou junto com o futuro senador Cleitinho 200, nós estaremos juntos lutando por todos vocês e pelos caminhoneiros.
Para nós, os caminhoneiros são uma categoria muito importante que está esquecida. Eles são importantes porque arriscam suas vidas em rodovias muitas vezes ruins, mal sinalizadas e que comprometem a segurança no trânsito.
Assim, pretendemos, Cleitinho e eu, lutar juntos para conseguir fazer com que todas as rodovias estaduais tenham acostamento. Fiscalizarei todas as nossas MGs e cobrarei do DER o conserto da ponte que liga Moema a Lagoa da Prata na MG-170. Meu objetivo é que todos os motoristas possam transitar com total segurança.“
Termino dizendo que serei um parlamentar diferenciado, que lutará realmente com muita garra e coragem pelo meu povo. Contem comigo.
Estarei sempre lutando por nós.
Valor publicação: R$ 984,00
Eu, Moisés Messias, candidato a Deputado Estadual, natural da querida cidade de Bom Despacho, faço as seguintes propostas para o meu povo:
5Bom Despacho (MG), 30 Setembro 2022DESTAQUE
Percursos e horários do transporte de eleitores
Transporte oferecido pela Justiça Eleitoral para eleitores residentes nas zonas rurais de Bom Despacho, Martinho Campos e Moema
ZONA RURAL DE BOM DESPACHO
Bom Retiro - Fazenda Velha
SAIDA: 08h00 – Igreja da comunidade
RETORNO: 11h00 – Em frente CAIC / BD
Capivari dos MacedosSAÍDA: 08h00 – Pracinha da Igreja
RETORNO: 11h00 - Em frente Escola Coronel Robertinho / BD
Garça SAÍDA: 08h00
RETORNO: 11h00 – Em frente Banco do Brasil / BD
Retiro dos AgostinhoSAÍDA: 08h00
RETORNO: 11h00 – Em frente Banco do Brasil / BD
ZONA RURAL DE MARTINHO CAMPOS
Buriti Grande – Martinho Campos – Ibitira – Albert Isaacson
SAÍDA: 07h30 de Buriti Grande a Albert Isaacson, com desembarque e embarque em Martinho Campos e Ibitira.
RETORNO: 12h00 de Albert Isaacson a Buriti Grande, com desembarque e embarque em Ibitira e Martinho Campos
Os embarques e desembarques serão feitos em frente às Escolas Deputado Emílio (Buriti), Geraldo de Assis e Dr. José Gonçalves (Martinho Campos), Padre Nonô (Ibitira) e Francisco Dias (Albert Isaacson).
Albert Isaacson – Boa Vista – Riacho – Sacramento - Ibitira
SAÍDA: 08h00 de Albert Isaacson a Ibitira, com desembarque e embarque em Boa Vista, Riacho e Sacramento.
RETORNO: 11h00 de Ibitira a Albert Isaacson, com desembarque e embarque em Sacramento, Riacho e Boa Vista.
Os embarques e desembarques serão realizados em frente às Escolas onde estão as seções eleitorais.
Logradouro – Martinho Campos
SAÍDA: 08h00 – Em frente a Capela
RETORNO: 11h00 – Escola Dr. José Gonçalves, em Martinho Campos
Pontal/Barra – Martinho Campos
SAÍDA: 08h00 – Em frente a Associação
RETORNO: 11h00 – Escola Dr. José Gonçalves, em Martinho Campos
Capão do Zezinho - Ibitira – Martinho Campos
SAÍDA: 08h00 do Capão do Zezinho a Martinho Campos, com embarque e desembarque em Ibitira.
RETORNO: 11h00 de Martinho Campos a Capão do Zezinho Os embarques e desembarques no Capão do Zezinho serão em frente ao Posto de Saúde; em Ibitira em frente à Escola Padre Nonô e em Martinho Campos na Escola Dr. José Gonçalves.
ZONA RURAL DE MOEMA
1° Percurso
Saída da Prefeitura às 07h30. Vai para Vargem Grande e Chapada. Retorna a Moema. Saída da Prefeitura às 11h00. Vai para Vargem Grande e Chapada. Retorna a Moema.
2° Percurso
Saída da Prefeitura às 07h30. Vai para Grotadas. Retorna a Moema. Saída da Prefeitura às 11h00. Vai para Grotadas. Retorna a Moema.
3° Percurso
Saída da Prefeitura às 07h30. Vai para Lagoa das Piranhas. Retorna a Moema. Saída da Prefeitura às 11h00. Vai para Lagoa das Piranhas. Retorna a Moema.
4° Percurso
Saída da Prefeitura às 07h30. Vai para Caiçara e Espinho. Retorna a Moema. Saída da Prefeitura às 11h00. Vai para Caiçara e Espinho. Retorna a Moema.
6 DESTAQUEBom Despacho (MG), 30 Setembro 2022
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Localização das Seções Eleitorais
115,
Escola Coronel Praxedes
Rua Miguel Dias, 40 - Centro
Colégio Miguel Gontijo
Praça Milton Campos, 140 – Vila Aurora
Escola Chiquinha Soares
Rua Martinho de Oliveira, 40 – São João
Escola Professor Wilson Lopes
Av. Manoel Costa, 311 – Bairro de Fátima
CESEC Prof’ Zaira Batista Teixeira
Rua Cel. Lery Santos, 30 – Olegário Maciel
Escola João Dornas Filho
Rua João Paulo II, 243 - Ozanan
Escola Martinho Fidelis
Rua Pedro Simão Vaz, 235 – Jardim Anjos
Colégio Tiradentes PMMG
Vila Militar
Escola Maria Guerra Engenho do Ribeiro
Capivari dos Marçal Antiga Escola Municipal
Corrego Areado Igreja do Córrego Areado
Mato Seco
Escola Virgílio Antônio da Silva
105, 108, 113, 117,
102, 111,
112, 135, 138,
198
CEMEI D. Liquinha / Antiga D. Duca Rua Pitangui, 450 – São Vicente
Escola Coronel Robertinho Rua Cisalpino M. Gontijo, 475 - São José
Antigo CAIC Av. Ana Rosa, 1.555 - Ana Rosa
Centro Educação Infantil Dona Zulma Rua Santa Clara, 75 - Rosário
Escola D. Duca / Antiga Tancredo Neves Rua Jadir R. Campos, 105 - Aeroporto 2
Passagem Salão Comunitário da Passagem
Escola Irmã Maria Praça José Alves M. Filho, 44 – São Vicente
Prefeitura Municipal
Antigo SESC Av. Maria C. Del Duca, 150 - Jaraguá
Seções Eleitorais de MARTINHO CAMPOS
150, 151, 152, 153, 154, 155, 156, 157 e 158 159, 160, 161, 162, 163, 164, 165, 166, 167 e 168
169, 170, 171 e 172 173 e 174 175, 176, 177, 178 179, 180 e 181 182 183, 185 e 190 186 e 191
Escola Dr. José Gonçalves
Escola Geraldo de Assis
Albert Isaacson Buriti Grande Ibitira
Boa Vista
Eleitorais
MOEMA
Escola Chico Marçal
Escola Professora Dona Maria de Lourdes Lacerda
Escola Quincas Lacerda
Escola Dona Ducarmo Teixeira CEMEI Dona Turca 70, 71, 72, 73, 110, 129 e 130 74, 75, 76, 77, 78 e 133 79, 80, 91, 100 e 109 92 e 201 123 e 195 145 e 194
Escola Professora Maria Saninha Escola Venina Gomes CEMEI Geraldo Ferreira da Costa
7Bom Despacho (MG), 30 Setembro 2022DESTAQUE 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24 e 25 31, 32, 33, 34, 35, 36, 44, 93 e 95, 96 e 120 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 46, 47, 48, 49, 104 e 118 45, 50, 103, 116, 125, 142, 189 e 199 26, 27, 28 e 29 52, 53, 107, 132, 148 e 197 54, 59, 61, 84, 106 e 114 55, 56, 57, 58, 60, 62, 81, 82 e 128 66, 67, 68, 69 e 142 87 85 88 97, 98, 101,
121 e 127 63, 64, 65, 99,
119, 131 e 139
188 e
124, 136, 147 e 196 122, 126, 137, 184 e 200 134 141, 144, 149 e 193 140 e 187
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Inverno, primavera e a dança das estações
Ele, o ancião do inverno, disse que sim, que voltaria para fazer até os valentões tremerem, se encolherem e agacharem com as forças de uma friagem arrasadora. Falou: “Tá combinado!” E despediu-se com um aceno de adeus.
Primavera
Na roça a gente vê coisas diferentes que na cidade não se vêem. No final da semana passada, 22 de setembro, eu vi o inverno indo embora. Foi aqui na Chácara dos Cristais, onde passei a morar. Saí da cama bem cedinho, no friozinho da manhã, para dar milho pras galinhas, comida para o gato e o cachorro e fubá e frutas pros passarinhos soltos na natureza. Aí topei, no lusco-fusco da aurora, com o inverno. Era um velhinho curvo enrugado. Estava embrulhado num capote quentinho. Trazia um gorro de lã na cabeça, debaixo do qual brilhavam seus olhinhos espertos e marotos.
Ele foi saindo pelo portão de entrada do imóvel. Acenou-me com um gesto de até breve. Disse-me que em 2023 voltaria. Solicitei-lhe então que viesse com a mesma graça e intensidade de 2022. Um invernozinho tão gostoso que dava vontade de a gente ficar na cama até as dez da manhã. Neste ano,
matamos a saudade de velhos invernos que há muitos anos não vivíamos.
Os invernos dos anos 50, 60... Invernos de minha infância e adolescência à beira das fogueiras acesas pelo meu avô na cozinha de sua casa na fazenda do Raposo. Ali, na boca da noite, sentava-se nos tamboretes e nos
banquinhos rústicos toda a família de muitos irmãos, empregados, visitantes fortuitos e contadores de casos e de assombrações. Inverno das manhãs friorentas, em que a gente se levantava da cama e “brucutu” na laje do fogão de lenha para esquentar os braços, as pernas, os peitos e as mãos.
Lá no meu sertão, na boca da noite do dia 23 de setembro, eu também me encontrei com a Primavera, no meio das árvores e nos bosque do meu quintal. Coisa impensável de se encontrar na cidade, com seus prédios, cimento armado e asfalto. Encanteime com aquela donzela linda, com sua vasta cabeleira multicor, soprada pela brisa matinal. Na véspera ela já mostrara a presença de seus ares nos brotos verdinhos que surgiam dos troncos e galhos do arvoredo, mostrando-se radiosa nas flores miúdas que vinham surgindo perfumosas daqui e dali.
Ela, a moça, a mulher
primavera, jovem e exuberante, disse-me que andava muito assustada com os incêndios patrocinados por populares, empresários do agronegócio, e até por autoridades de nosso país primaveril. “Uma pena. Uma lástima. Que dó de cortar o coração”. Ponderei-lhe com revolta e sinceridade.
Mas de qualquer maneira, à minha chácara ela chegou. A rainha, a soberana, perfumada e renovadora, símbolo da vida e da poesia universal.
A rainha Elisabete, a maior e mais longeva de todas as rainhas morreu, mas a eterna e imortal rainha de todas as estações, não. Está de volta. Hoje, na Grã-Bretanha, apesar de já termos um rei, nessa noite fresca de setembro, em vez de bradar “God bless the King”, como manda o hino nacional inglês, eu me curvo ante a Primavera que chegou e faço minha saudação respeitosa: “God bless the Queen!” A rainha das estações! A soberana das flores!
Ipê Campestre revitaliza a área da lagoa
participação e colaboração de outros cidadãos, estão garantido o sucesso de elogiável empreitada.
O projeto de revitalização da Lagoa do Ipê, que recebeu o
Tadeu de Araújo Teixeira é professor, escritor e fundador da ABDL
Dia 22/09 passei alguns momentos acompanhando de perto as obras na execução final dos trabalhos de desassoreamento do lago do Ipê com a retirada, por máquinas,
de algumas toneladas de material como capim areia e barro que entupiam toda a área da lagoa. O Praça e o Dengo Fidélis vêm acompanhando tudo com dedicação e
entusiasmo e buscando recursos junto a empresários e sócios para complementar a verba do Clube. O empenho do Dengo, do Praça e da diretoria da entidade, como a
nome de Ipê Lagoa Parque, foi idealizado pelas jovens arquitetas Carolina Goes e Camila Sampaio. Elas elaboraram um projeto convidativo que integra
natureza, saúde e bem-estar, com atividades para todas as idades. O Ipê Parque será um ambiente de recreação, práticas esportivas e lazer para toda a família.
8 DESTAQUEBom Despacho (MG), 30 Setembro 2022
Juliana Gabriela: lágrimas na chuva
BD terá 2 lançamentos de livros de autores da cidade
Ontem de manhã, quartafeira (21), encontrei Juliana, minha colega de trabalho, pela última vez. Falamos sobre o diário eletrônico. Ela contou que havia jogado no sistema as datas e não as notas dos alunos. Comentou como ele, às vezes, sumia com as nossas coisas. Depois de tudo anotado, de repente, olhava lá e o trabalho suado sumira. Só que agora, quando escrevo essa coluna, as lágrimas descem do meu rosto… Foi a Ju que sumiu.
A Ju, às vezes, parava o carro e me dava carona, em nosso trajeto para o trabalho. Contei a ela – e ela riu muito — que um dia, debaixo de um enorme temporal, um carro parou no lugar onde ela por vezes parava para mim (uma esquina) e eu achei que era ela em gesto salvador. Para minha catástrofe, era um motorista que esperava, debaixo da chuva torrencial, uma outra pessoa que sairia de uma das casas próximas. E que não se solidarizou comigo. Eu cheguei a abrir a porta e sentar, para absoluta perplexidade do dono do carro e meu imenso constrangimento. Ele não chegou a sorrir. Bastou um olhar e meu acolhimento fictício desvaneceu.
De repente, Ju virou só lembranças. Tudo o que vive tem que morrer e um dia eu, que escrevo, e vocês leitores, todos seremos só lembranças. O que se vê, não é mais. O que ela é, agora? Mas, como disse numa belíssima frase o filósofo Mestre Eckart: “se você não viu nada, então você viu Deus”
Então, ontem à tarde, Juliana Gabriela Santos, 38 anos, casada, mãe de dois filhos pequenos, partiu para um país ainda desconhecido. Como disse Shakespeare: “dormir… talvez sonhar”. Que sonhos de menina sonha Juliana agora? Que sonhos vieram? Deste país ainda não descoberto, ninguém jamais regressou.
Numa cena das mais lindas do cinema, na minha opinião, no filme Blade Runner, o replicante Roy Batty disse a Deckard ao salvá-lo da morte enquanto chovia: “Euvicoisas que vocês não imaginariam. Naves de ataque em chamas aolargodeÓrion.Euviraiosc brilharem na escuridão próximos ao Portal de Tannhäuser. Todos esses momentos se perderão no tempo, como lágrimas na chuva. Hora de morrer.” E, quando ele morre, uma pomba branca sobe ao lado dele.
Ju foi no mundo essa porta que se abre no temporal, essa mão que ajuda o próximo, tal a dedicação e generosidade que demonstrou no trabalho, junto aos filhos, aos alunos. Essa partida abrupta nos deixa incrédulos, pensando na orfandade de seus filhos pequenos e na falta que ela fará.
Eu sempre dizia a ela que eu precisava ajudá-la financeiramente com as caronas, mas ela nunca aceitou. Eu estava pensando em como, um dia, retribuir.
Agora eu escrevo esse agradecimento nessa coluna, mas não há mais como agradecer-lhe pessoalmente.
Os agradecimentos, como aqueles momentos que o andróide comentou, ficaram perdidos para sempre, como lágrimas na chuva...
Dois lançamentos de livros de autores bom-despachenses estão programados para a última semana de setembro. O primeiro é “Mineiridades”, do escritor Fernando Humberto Resende. Com 150 páginas, o livro traz 50 crônicas que “narram o cotidiano de uma cidade” e “relatam com muito bom humor o nosso dia-a-dia, nossas lutas, vitórias, alegrias e as transformações na sociedade”, afirmou o autor ao Jornal de Negócios.
Fernando explica que, por conta da pandemia da Covid19, as pessoas se isolaram. “Mineirinho desconfiado ficou quietinho em casa. Até parece que ficou sisudo, de pouco papo. Aí escrevi um livro de amenidades”. A obra, diz
Fernando, “é uma descrição de Minas Gerais e de sua religiosidade. É prosa boa, sem pressa… gostosa”.
A capa do livro reproduz um desenho do Mercado Central de Belo Horizonte. Para o autor, “a melhor personificação da mineiridade são os 90 anos de história e tradição do Mercado Central de BH e seus inúmeros frequentadores”. No Mercado, explica, “encontramos o vendedor, o comprador, o jogador, o torcedor de um time ou o seu rival, o andarilho, o mendigo, a cigana …” e outros tantos.
“Mineiridades” será lançado dia 29, quinta-feira, na Biblioteca Municipal de Bom Despacho, às 19 horas.
“O Homem e o Poeta”
Já no dia 30 será lançado “O Homem e o Poeta”, livro que traz textos de Paulo Teixeira Campos, falecido em 2010. O professor e filósofo Lúcio Emílio Júnior, colunista do Jornal de Negócios, diz, na contracapa do livro, que a obra resgata “um cronista da nossa cidade, Paulo Teixeira Campos (19392010), (…) “da mesma geração de grandes cronistas brasileiros, como, por exemplo, seu homônimo, Paulo Mendes Campos, bem como de outros mineiros como Fernando Sabino, Otto Lara Resende e Paulo Mendes Campos”.
Lúcio Emilio observa que embora Paulo “tenha sonhado em um dia editar um livro, nunca levou adiante essa sua ambi-
ção”, mesmo tendo condições financeiras para tal”.
Por isso, Lúcio afirma que o lançamento de “O Homem e o Poeta” está “recuperando para a literatura brasileira um autor de valor, em especial para a crônica”. Ele classifica de “incrível” o “faro” que Paulo Campos tinha “para o que é importante nas situações cotidianas e relações sociais, como ele vai direto ao ponto; como são bem realizados os retratos que ele elabora do colega de redação Nicomedes, do professor Magela, dentre outros”.
O lançamento de “O Homem e o Poeta” acontece no auditório do Colégio Millenium (Rua Padre Vilaça, 95), dia 30 de setembro, a partir das 19 horas.
9Bom Despacho (MG), 30 Setembro 2022DESTAQUE
LÚCIO LÚCIO EMÍLIO JR.EMÍLIO JR.EMÍLIO JR.EMÍLIO JR. Lúcio Emilio do Espírito Santo Júnior é filósofo, professor e escritor. ACOMPANHE O JORNAL NOS CANAIS DIGITAIS
Acidente em rotatória matou ciclista de 15 anos
PM e testemunhas informaram que ciclista ultrapassou caminhão-trator pela direita e foi atingido por um dos reboques na rotatória.
Um grave acidente no início da noite de sexta (23), na rotatória da Rua do Rosário com a Avenida Dr. Roberto, causou a morte de um adolescente de 15 anos que estava numa bicicleta.
De acordo com informações passadas ao iBOM por fonte da Polícia Militar, um caminhãotrator da marca DAF, placa BEH9D82, puxando 2 tanques semirreboques, desceu a Rua do Rosário e entrou na rotatória. O adolescente veio de bicicleta no mesmo sentido e entrou na rotatória
ultrapassando a carreta pela direita. Nesse momento ele foi atingido por um dos reboques que fazia a curva. O ciclista caiu e uma das rodas do reboque passou por cima da bicicleta e das suas pernas.
O adolescente, com uma das pernas quebradas e forte sangramento, foi socorrido por uma viatura dos Bombeiros e levado ao Pronto Atendimento. Procurada pelo iBOM, uma fonte da Santa Casa disse ao site que o jovem chegou no PA em situação gravíssima devido aos ferimentos e à perda de
sangue. “Apesar do esforço da equipe médica da Santa Casa para salvar sua vida, ele não resistiu e acabou morrendo por falência múltipla dos órgãos”, informou ao iBOM.
O motorista do caminhão disse à Polícia Militar que não viu o ciclista ultrapassando pela direita e nem percebeu que ele havia sido atingido pelo reboque. Só deu conta do que havia acontecido quando foi alertado por pessoas que estavam próximas do local. Nesse momento o motorista parou o caminhão e desceu
para ajudar no socorro.À PM ele inclusive se ofereceu para fazer o teste do bafômetro com o intuito de comprovar que não estava sob efeito de álcool. O motorista permaneceu no local e foi submetido ao teste do bafômetro pela Polícia Militar. Como o teste não apontou uso de álcool ele foi liberado.
O adolescente, de nome Alysson Gabriel da Silva Carvalho, morava no bairro São José e era jogador da equipe sub-15 do Famorine.
(iBOM/Imagemilustrativa)
Batida frontal provoca mais uma morte na 262 PMRv prende motorista com duas pistolas em BD
Por volta de 8h30 de sábado (24), um Fiat Palio com placa de Bom Despacho que seguia no sentido Luz bateu de frente num caminhão Mercedes que vinha na direção contrária. A colisão foi na altura do km 471 da rodovia, na descida após o Posto Caxuxa, pouco depois do trevo de Bom Despacho.
Com a batida o Palio ficou destruído. Seu motorista morreu no local. O corpo foi retirado das ferragens por equipes de resgate dos Bombeiros e da concessionária Triunfo Concebra. Já o caminhão, com placa de Belo Horizonte, teve a frente parcialmente destruida. De acordo com o SAMU, seu motorista teve apenas escoriações leves.
A BR 262 foi interditada nos dois sentidos para o atendimento da ocorrência. Depois que a Polícia Civil fez a perícia
do acidente o corpo da vítima foi liberado para a funerária.
Em redes sociais, amigos do motorista do Palio afirmaram que minutos antes da colisão
ele tomou um café no restaurante do Posto Caxuxa e saiu do local em alta velocidade. (iBOM / Foto: Bombeiros)
Um homem de não informada foi preso em Bom Despacho pela Polícia Militar Rodoviária por porte ilegal de armas. A prisão aconteceu segundafeira (26), na rodovia MG-164, km 136, perto dos Cristais. O acusado estava numa picape Fiat Toro de Martinho Campos que foi parada pelos policiais.
Em vídeo postado na Internet, o tenente Gleydson, da 7ª Cia. de Polícia Militar Rodoviária (foto), informou que durante a abordagem os policiais suspeitaram da atitude do motorista e fizeram buscas no veículo. Nessa busca encontraram duas pistolas: pistola Taurus .40 e uma Beretta 6.35, além de dois carregadores e 47 munições. O vídeo registra também o momento em que os militares encontram as duas armas debaixo do banco da Toro.
As armas e munições foram apreendidas. O motorista recebeu voz de prisão e foi levado para a Delegacia de Polícia Civil de Bom Despacho. (iBOM/Foto/vídeo:PMRv)
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10 DESTAQUEBom Despacho (MG), 30 Setembro 2022
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Mineira bom-despachense passeando por São Paulo
Há duas semanas minha namorada visitou-me em São Paulo. Passou perto de duas semanas lá, passeando, visitando parques, como o Horto Florestal, indo ao cinema, andando de metrô e de trem. Enfim, vivendo um pouco da cidade de São Paulo.
Em um dos dias que ela estava lá, saímos para almoçar. Além de mim, estavam meu chefe estadunidense e um companheiro mexicano.
Escolhemos um restaurante bem paulistano, com mesas nas calçadas, gente branca de bem com a vida, excluindo as minorias da clientela, reservando a esses grupos as funções de serviçais. Triste São Paulo!
Minha namorada sentou-se entre mim e o estadunidense. Como já era esperado, conversou alegremente com todos e, sem perceber, a cada frase dirigida ao estadunidense, cutucava-o no braço. Percebendo que ele estava um pouco incomodado com as dedadas em seu braço, eu pedi desculpas a ele, explicando que os mineiros que conheço são muito próximos e usam muito as mãos para conversar. Meu chefe tentou disfarçar seu incômodo, mas acabou admitindo: “estou um pouco incomodado com isso (as cutucadas)”. Todos rimos e minha namorada, desde então, conta essa história para todos seus amigos, tentando explicar que os brasileiros em geral, e os mineiros em particular, e os bom-despachenses especificamente, usam muito as mãos em suas conversas e contatos com as pessoas. As culturas são diferentes e não há certo e errado, apenas maneiras diferentes de ver a vida e de viver. E viva as diferenças! E viva o respeito por cada uma delas!
umas caipirinhas maravilhosas de jabuticaba, já que ninguém é de ferro. Barrigada, ou pancetta, como chamamos em São Paulo, papada de porco, cabeça de porco, entre outras iguarias foram consumidas neste jantar. E tudo foi aprovado pela mineiríssima bom-despachense. E o melhor de tudo: é um restaurante relativamente barato, se considerarmos a fama que tem, as duas horas de fila diárias ou seis meses para conseguir uma reserva no local.
Levar uma mineira para comer carne de porco em São Paulo é como levar um mineiro para experimentar cachaça feita naAustrália ou Polônia. É, no mínimo, muito engraçado!
A maioridade de minha filha
Na semana passada, dia 18, minha filha completou dezoito anos. Adoro quando as pessoas comentam algo como “já? Passou tão rápido, não?”
filha? Terá água na cidade? Lembrando que a cidade de São Paulo ficou com 3% de água apenas em suas represas há dez anos. Haverá violência? Haverá emprego? Minha filha terá uma boa vida? Perguntas assim me impediram de querer ter filhos antes de a Isabella nascer.
Hoje, sou testemunha de alguém que está escolhendo seu caminho, sua profissão, lutando por aquilo que ela considera importante, pelo respeito aos diferentes, pela luta por um mundo melhor, enfim, sou testemunha de que ela me representa e representará para termos um mundo mais humano. Que bom! Fico orgulhoso!
Minha quase terceira idade
assistir ao show do Chico Buarque em Belo Horizonte. Com os grandes da MPB todos na faixa dos oitenta anos ou quase lá, como o próprio Chico, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Paulinho da Viola, Gilberto Gil, Jorge Benjor, Gal Costa, Maria Bethânia, entre dezenas de outros músicos brasileiros, como Hermeto Pascoal, Egberto Gismonti, Renato Teixeira, Tetê Espíndola e Almir Sater (pouco mais novos que os outros) etc etc etc., acredito que não dá para perder qualquer show desses monstros. Levarei alguns lenços para disfarçar as lágrimas...
2) a bom-despachense mais importante de minha vida fará aniversário no meio do mês e não quero perder esse evento por nada.
A vida não é
Nestes dias que passou em São Paulo, cumpri uma antiga promessa: levei minha namorada para comer no restaurante Casa do Porco. Criado por um chef famoso chamado Jefferson Rueda, a casa serve basicamente carne suína.
Este tipo de carne é a base da culinária mineira e eu queria saber quão diferente são os pratos servidos neste restaurante e os que são consumidos nos restaurantes, sítios e fazendas de Bom Despacho.
Foi uma experiência interessante, apesar de que eu não como carne há cinco anos e comi só uma saladinha, que estava maravilhosa. E
O tempo, apesar de ser um fenômeno físico, tem uma percepção muito pessoal. Achamos que algumas coisas passam muito rápido e outras passam muito vagarosamente. Basta ver como o jogo acaba logo, quando nosso time está perdendo e, ao contrário, quando nosso time está ganhando apertado, por um gol de diferença, o tempo não passa.
Meu medo, quando vi minha filha nascer, foi sempre com o futuro da humanidade. Como será a vida adulta de minha
Uma semana depois do aniversário de minha filha, eu completei mais de três vezes mais idade do que a Isabella. Estava em São Paulo na semana passada e vim a Bom Despacho para soprar minhas velinhas aqui no domingo.
Depois disso, já estou me considerando bomdespachense por adoção…
Outubro: haja coração!
Depois da eleição, que passarei em São Paulo, pois considero que todos devem votar neste momento histórico, voltarei a Bom Despacho para passar dois momentos históricos: 1) vou
fácil...
É incrível com ocorrem acidentes nas estradas de Bom Despacho. Sempre que leio o website ou as mídias sociais do Jornal de Negócios, há tristes notícias sobre batidas, atropelamentos e mortes... Muito triste!
Na sexta-feira passada, ao sair da Praça de Esportes e ir ao bar do Tio Vicente e Tia Tita, no bairro São José, logo atrás da Mata do Tio João, passei pela rotatória que fica pertinho do supermercado BH e do Fidelis da Avenida Doutor Roberto. A polícia havia fechado a passagem para quem queria seguir pela Av. Dr. Roberto. Sem saber o que tinha acontecido, vi uma enorme mancha de sangue no asfalto. Horas depois, me contaram que um jovem ciclista havia morrido em um acidente envolvendo um caminhão. Pela versão que ouvi, o jovem sangrou até a morte, já que a ajuda médica não chegou a tempo de salvá-lo. Muito triste! Queimadas e acidentes de trânsito com mortes são as duas coisas que mais me deixam tristes em Bom Despacho.
Apresentando carne de porco para uma bomdespachense
Alexandre Sanches Magalhães é empresário, consultor e professor de marketing, mestre e doutor pela USP e apaixonado por SP e BD
ALEXANDRE ALEXANDRE MAGALHÃES MAGALHÃES
11Bom Despacho (MG), 30 Setembro 2022DESTAQUE
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