DESTAQUE
Bom Despacho (MG), 28 Outubro 2022
Ano XXXIII - Nº 1.643 • Fundado em 12/05/1989
FERNANDO
CABRAL
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Bom Despacho (MG), 28 Outubro 2022 • Grátis 1 EXEMPLAR
Vote com consciência e esperança
BD, berço de muitos escritores
Página 6
Página 8
Dona Fiota: eu tenho a palavra
LÚCIO EMÍLIO JR.
Página 9
ALEXANDRE MAGALHÃES
Futuro, filosofia e lições de vida Página 11
Anel Rodoviário é uma obra fundamental para desenvolvimento de Bom Despacho Em entrevista exclusiva ao Portal iBOM / Jornal de Negócios, o prefeito Bertolino da Costa fala da proposta de financiamento do Anel Rodoviário de Bom Despacho pela Caixa Federal (PAG. 5)
Projeto Flores de Ocaia Paulo Miúdo e sua gera renda cultivando conquista gigantesca a natureza no Potro do Futuro PÁGINA 4
PÁGINA 4
Seções Eleitorais de Bom Despacho, Moema e Martinho Campos
PÁGINA 7
VEJA NA PÁGINA 3
Governo de Minas envia equipe para conhecer Portal iBOM e JN
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Bom Despacho (MG), 28 Outubro 2022
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Preso após tentar roubar padaria e um supermercado Em ambos os locais assaltante simulou estar armado. Cliente reagiu, ele correu mas foi pego pela Polícia MIlitar.
A Polícia Militar prendeu um homem no início da noite de sábado (22/10) por tentativa de roubo na padaria Panolli e no supermercado VAP, na Praça Altino Teodoro. Segundo o Portal iBOM apurou, ele primeiro exigiu dinheiro de um dos caixas do supermercado VAP dizendo estar com uma arma debaixo da camisa. Como o caixa disse que não tinha dinheiro, o homem saiu do supermercado e foi para a padaria, que fica em frente. Na Panolli tentou aplicar o mesmo golpe. Entretanto, atendentes da padaria perceberam que ele apenas fingia estar armado. Um cliente
da padaria então partiu para cima do assaltante, que saiu correndo e desceu a rua Marechal Floriano Peixoto rumo à Praça da Estação. Nesse trajeto ele foi pego por uma equipe da PM, que tinha sido acionada por um funcionário do VAP e chegou rapidamente no local. A apuração do iBOM também indicou que o rapaz, de 25 anos de idade, admitiu ter praticado outros dois roubos da mesma forma em Bom Despacho. Ele tem passagem na Polícia por roubo e porte de drogas. O acusado foi preso e ficou à disposição da Justiça. (Imagem ilustrativa)
Bom Despacho (MG), 28 Outubro 2022
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Luminárias LED ganham espaço nas vias públicas Toda a iluminação pública de Bom Despacho está sendo trocada por luminárias de LED. De acordo com dados fornecidos ao Portal iBOM pela Prefeitura, de 15/8 a 25/10 foram colocadas 2.149 luminárias. “Falta substituir 3.921 lâmpadas para que o parque de iluminação fique 100% LED”, explicou a engenheira Paula Antunes, da Secretaria de Obras. Lâmpadas LED iluminam mais e gastam menos energia. Até o momento já foram contemplados com as novas luminárias os bairros Alvorada, Babilônia, Residencial Pedro Tavares Gontijo, Fátima, Gran Viver, Jaraguá, Jardins, Liberdade, Mangabeiras, Mirante, Morada do Sol, Nossa Senhora Aparecida, Novo São Vicente, Olegário Maciel, Ozanan, Realengo, Santa Lúcia 1 e 2, Santo Agostinho, Santo Antônio, São Francisco, São Geraldo, São Lucas e Simião Ferreira, além do Engenho do Ribeiro e as marginais da MG-164. A troca continuará pelos bairros até chegar nas áreas sem LED da região central da cidade. O custo total para instalar as luminárias de LED é de R$ 14 milhões. A empresa contratada para executar o trabalho tem prazo até o próximo ano para concluir o serviço. “Mas solicitamos à empresa que acelere a troca das lâmpadas na expectativa de implantar a nova iluminação até dezembro”, afirmou Bertolino.
Governo de Minas envia equipe para conhecer Portal iBOM e JN Equipe liderada pelo subsecretário de Comunicação, Eduardo Mineiro, veio conhecer as pessoas envolvidas na produção de conteúdo jornalístico publicado no Portal iBOM e no Jornal de Negócios. O subsecretário de Comunicação do Governo de Minas, Eduardo Mineiro, fez uma visita ao Portal iBOM / Jornal de Negócios na quarta-feira, 26/ 10. Ele veio acompanhado dos jornalistas Thiago Macedo Augusto, coordenador de Mídia do Governo de Minas, e Richard Lanza, coordenador Núcleo de Relacionamento com a Imprensa do Interior do Governo de Minas. Eles foram recebidos pelo editor Alexandre Borges e o colunista Fernando Cabral, representando todos os colaboradores do jornal. O local escolhido para o encontro foi o Café com Prosa, ambiente voltado para reuniões empresariais no bairro do Rosário. A visita segue determinação do governador Romeu Zema.
O objetivo era conhecer as pessoas envolvidas na produção do conteúdo jornalístico veiculado no Portal iBOM / Jornal de Negócios.
“Estamos aqui hoje com vocês porque primeiro a equipe de comunicação do Governo de Minas fez uma avaliação para saber quais são os principais meios de comunicação de Bom Despacho. Vocês estão de parabéns pela qualidade do Portal iBOM”, afirmou.
“Estamos visitando os principais veículos do Estado para que a gente possa estabelecer uma parceria (…) para fazer uma comunicação cada vez mais assertiva e regionalizada, valorizando a força da comunicação do interior do Estado. Afinal, 73% dos mineiros moram no interior”, explicou o subsecretário Eduardo Mineiro. O trabalho foi iniciado em julho. Desde então o subsecretário está percorrendo as principais cidades de cada uma das regiões do Estado de Minas.
Da esquerda para a direita estão Eduardo Mineiro, Alexandre Borges, Fernando Cabral, Richard Lanza e Thiago Macedo no encontro realizado no Café com Prosa
No encontro, o editor Alexandre Borges mostrou ao subsecretário edições do Jornal de Negócios de até 33 anos atrás e falou dos planos de migração do jornal para as plataformas eletrônicas, em especial o Portal iBOM. Já o colunista Fernando Cabral destacou a opção editorial do jornal e do site de priorizar conteúdos ligados a Bom Despacho e região. “É um jornal que mostra o que nossa cidade tem de melhor”, finalizou.
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Bom Despacho (MG), 28 Outubro 2022
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Flores de Ocaia gera renda cultivando a natureza Projeto implantado por Emater e Prefeitura gera renda para mulheres da zona rural com produção de mudas ornamentais e frutíferas ROBERTAGONTIJOTEIXEIRA Viviani Helena de Melo Sincero é nutricionista-extensionista de bem estar social na Emater de Bom Despacho. Foi através dela, em uma visita ao Mato Seco, que conheci o projeto Flor de Ocaia. Segundo Viviani, em 2018 a Emater fez um diagnóstico social em fazendas localizadas nos arredores de Bom Despacho. Esse levantamento constatou a dificuldade de obtenção de renda própria pelas mulheres que permaneciam no campo acompanhando seus maridos. O mesmo levantamento apontou também que moradoras das fazendas próximas ao Mato Seco tinham o hábito de cultivar plantas – atividade que lhes dava muito orgulho. Assim, em 2019, a Emater apresentou à Prefeitura de Bom Despacho uma proposta de assistência técnica e extensão rural com o objetivo de promover a inclusão produtiva daquelas mulheres. O projeto foi chamado Flores de Ocaia em homenagem à língua da Tabatinga – em que Ocaia significa mulher. A ideia era que as mulheres dos arredores do Mato Seco, através do olhar atento da Viviani, passassem a cultivar mudas de plantas nativas diversas, ornamentais e frutíferas, para comercialização. Assim elas poderiam transformar seu ofício prazeroso numa forma de contribuir para a renda familiar.
A proposta e os planos, aprovados pela Prefeitura em 2020, tiveram que aguardar a execução para no ano seguinte devido à pandemia da Covid, que levou ao adiamento de muitos planos e ceifou milhares de vidas. Mas em 2021, com apoio do prefeito Bertolino, o projeto nasceu, cresceu e tomou forma. Em agosto deste ano completou um ano de existência e segue crescendo e dando bons frutos. A iniciativa já conta, inclusive, com o apoio de empresas locais como a Citrovan, por exemplo, da Rose Helen, que se encantou com a ideia e quis logo participar e contribuir. Ela reuniu o grupo sob a coordenação da Viviani, apresentou-lhes técnicas básicas de cultivo de mudas e firmou uma parceria comercial importante com o projeto. Desde então, as mulheres do Flor de Ocaia cultivam e fornecem mudas para a Citrovan. Dentre as narrativas e sonhos dessas mulheres, destaco aqui o depoimento da Vitória. Ela me disse ter muita vontade de crescer, produzir em quantidades maiores e ampliar a realização desse sonho, junto com suas companheiras de grupo. Segundo a Viviani, o Mulheres de Ocaia tem despertado o interesse de outras empresas da região, interessadas em fazer parcerias com as meninas. Para mim, essa possibilidade de criar renda própria para mulheres que não querem
deixar suas casas na roça para morar na cidade é uma coisa maravilhosa. Ainda mais quando a essa oportunidade vêm agregadas histórias de geração de vida, preservação de natureza e cultivo de espécies.
São pequenas e importantes ações como essas que nos fazem crer que não demos errado como ser humano. Que, a despeito de toda violência, ganância e intolerância existentes no mundo, basta uma pequena
semente bem plantada e nutrida para colhermos belos gestos e frutos. Que o projeto Flor de Ocaia cresça, floresça, ganhe o mundo e que essas mulheres possam, de fato, ter renda própria, valor profissional
reconhecido e, assim, melhorar a qualidade da sua vida familiar e também de toda a sua comunidade. Roberta Gontijo Teixeira é bacharel em Direito, ambientalista e servidora pública federal
A conquista gigante do Paulo Miúdo O treinador de cavalos bom-despachense Paulo Henrique da Silva Mesquita, 32 anos, conhecido como Paulo Miúdo, foi o campeão do 43° Potro do Futuro, mais importante prova equestre do Brasil, realizada pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha. O título foi conquistado dia 17/10, em Araçatuba/SP. “Para mim, essa vitória é a realização do sonho de todos os treinadores de cavalos. É o prêmio mais importante da nossa modalidade e representa um salto muito grande na minha carreira”, afirmou Paulo ao Portal iBOM. Paulo Miúdo é filho de Edson Fernando Mesquita e Ângela Aparecida da Silva Mesquita. Nasceu e foi
criado no bairro São José, em frente ao Parque de Exposições de Bom Despacho, onde sua família mora até hoje. Estudou na Escola Coronel Robertinho. A paixão por cavalos começou ainda criança. “Meu pai trabalhava cuidando de fazendas de outras pessoas. Meu tio, conhecido como Tõe das Éguas, tinha carroça e fazia fretes na cidade. Eu gostava de ajuda-lo no trabalho. Meus pais nunca tiveram fazenda, mas eu frequentava fazendas de amigos. Sempre gostei muito de cavalos”, conta. Em 2018, aos 27 anos de idade, Paulo saiu de Bom Despacho e foi para Itaúna, a 103 km de distância. Lá montou um centro de treinamento de equinos,
Veja notícias diárias da cidade no Portal iBOM
onde cuida de animais dele próprio e de clientes. “Treino o cavalo para ser montado, obedecer aos comandos e depois o direciono para as modalidades que o dono quiser”, explica. Hoje, o centro de treinamento atende a 50 cavalos e tem fila de espera. Paulo Miúdo diz ter saudades de Bom Despacho. “Gosto muito da cidade. Tenho família e muitos amigos aí. Pelo menos uma vez por mês faço questão de ir a Bom Despacho”. Planos para o futuro? “Hoje eu vivo do cavalo. É a minha paixão. Por isso quero investir no meu trabalho, treinar cavalos e deixa-los realmente bons. E conquistar mais campeonatos como o Potro do Futuro”, concluiu.
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ENTREVISTA: Bertolino da Costa Neto
Anel Rodoviário é uma obra fundamental para o desenvolvimento de Bom Despacho de licitação. Além disso, a Prefeitura está preparada para custear parte da construção do anel com recursos próprios caso necessário. Só dependemos dos vereadores autorizarem o financiamento pela Caixa.
Em entrevista exclusiva ao Portal iBOM / Jornal de Negócios, o prefeito Bertolino da Costa fala da proposta de financiamento do Anel Rodoviário de Bom Despacho pela Caixa Federal. O projeto de lei autorizativa para a contratação do financiamento foi enviado à Câmara em caráter de urgência dia 13 de outubro.
Alguns vereadores questionaram o trajeto por onde vai passar o anel e quem serão os beneficiados com a obra...
Bertolino fala também da sua expectativa de que os vereadores aprovem a proposta este ano, antes do recesso legislativo, para que a Prefeitura possa entrar com a proposta na Caixa em janeiro, assim que a instituição disponibilizar novos recursos para o Programa de Financiamento à Infraestrutura. Na entrevista, Bertolino explica sobre o trajeto do anel, fala da continuidade da duplicação da BR 262 e do asfaltamento da estrada que liga Bom Despacho a Dores do Indaiá. Você encaminhou o projeto à Câmara com pedido de urgência. Ainda há recursos na Caixa Federal para financiar a obra? Bertolino - Os recursos do Programa de Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa) para 2022 já se esgotaram. Mas em janeiro do próximo ano a Caixa Federal libera novos recursos, que ficam disponíveis para todas as prefeituras do Brasil. Então, se a Câmara aprovar o projeto agora, antes dos vereadores entrarem de recesso, em janeiro, quando a Caixa reabrir a linha de crédito, a Prefeitura já terá cumprido todas as exigências para contratar o financiamento da obra. Portanto, tudo agora depende da Câmara, porque o Executivo só pode dar sequência com a documentação exigida se o projeto for aprovado pelos vereadores. Aí, em janeiro, a Caixa confirmando o empréstimo, a Prefeitura faz a licitação e começa a executar a obra. Em que pé está a tramitação do projeto na Câmara? A Câmara está analisando e pediu alguns documentos adicionais. Os vereadores solicitaram os documentos dia 20, quinta-feira. Na sexta, dia 21, enviamos todos. O superintendente executivo de governo da Caixa, Cláudio Mendonça, marcou de vir a Bom Despacho nesta sextafeira, 28, com uma equipe
O prefeito de Bom Despacho, Bertolino da Costa Neto (Foto ASCOM PMBD) técnica para reunir-se com os vereadores e esclarecer qualquer dúvida que eles ainda tenham.
de lei autorizando o financiamento da obra pela Caixa Federal.
E o projeto da obra?
Qual é o custo previsto para construir o anel?
O projeto estrutural está pronto, com todos os croquis, planilhas orçamentárias e demais documentos. Ele também foi enviado para a Câmara junto com o projeto
No projeto, a obra está orçada em R$ 72 milhões. A Prefeitura tem um crédito pré-aprovado de R$ 100 milhões na Caixa Federal para financiar o anel rodoviário. Mas queremos
pegar R$ 60 milhões porque não precisamos mais que isso. Por quê? Como a Prefeitura de Bom Despacho paga seus compromissos rigorosamente em dia e recebeu conceito A na análise da capacidade de pagamento do Tesouro Nacional, nós esperamos reduzir o custo da obra na fase
Veja bem: o anel terá aproximadamente 15 km de extensão. Grande parte dele, algo em torno de 11 km, vai passar por estradas rurais que já existem. Essas estradas serão alargadas, melhoradas e pavimentadas. A outra parte do anel, com cerca de 4,2 km, pega trechos onde será preciso abrir estrada. A grande maioria dos proprietários desses trechos quer a construção do anel. Todos os proprietários serão beneficiados com valorização dos seus terrenos. Aliás, não é de hoje que o traçado do futuro anel estava previsto. O que estamos fazendo agora é partindo de fato para fazer a obra. Mesmo assim, se algum proprietário tiver qualquer restrição, vamos sentar, conversar e resolver amigavelmente. Nosso objetivo é construir uma grande obra que é fundamental para o desenvolvimento de Bom Despacho. Uma obra que vai beneficiar não apenas os proprietários, mas a cidade inteira. E o prolongamento da Avenida Dr. Juca? Nosso projeto é abrir uma avenida que vai começar no final da Dr. Juca e chegar até o anel rodoviário. Esse prolongamento terá extensão aproximada de 3 km. Vai criar um novo corredor de desenvolvimento que beneficiará principalmente toda a região do Cidade Nova. No projeto, qual é o prazo de construção do anel rodoviário? A previsão de entrega é de 18 meses. Isso, claro, após aprovação da Câmara, preparação dos documentos, aprovação da Caixa e licitação da obra. Importante ressaltar que a execução do projeto será acompanhada e fiscalizada pela Caixa Federal, através do seu programa de políticas públicas. Pelo projeto, o anel vai sair na BR 262, próximo à fábrica do fubá Rocinha. Como será feita essa ligação com a
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rodovia, já que o governo federal divulgou que vai continuar a duplicação da 262? Semana passada estive com o Guilherme Sampaio, diretor da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), em Brasília. Fui ver com ele como está o andamento da nova concessão para retomar a duplicação da BR 262. O diretor me afirmou que a primeira parte a ser duplicada pela nova concessionária será o trecho que vai de Nova Serrana até o trevo de Moema. Nesse encontro também apresentei ao diretor Guilherme Sampaio o traçado do anel rodoviário de Bom Despacho e seu ponto de intersecção com a 262. Guilherme analisou, reconheceu a importância da obra e disse que a ANTT vai incluir, no projeto da duplicação, um trevo no ponto de intersecção da rodovia com o anel para garantir mais segurança aos usuários, já que o local vai receber muito tráfego de caminhões. Pedi também ao diretor da ANTT que o projeto da duplicação leve em conta o grande volume de veículos que utilizam a estrada do Pica pau e o trevo atual, no cruzamento da 262 com a MG 164. Para quando está prevista a continuidade da duplicação? Na mesma semana em que estive lá, a ANTT publicou no Diário Oficial a abertura da consulta pública sobre o projeto da nova concessão da BR 262, entre Betim e Uberaba. A nova concessionária a ser licitada ficará no lugar da Triunfo Concebra. O diretor Guilherme Sampaio me disse que a expectativa da ANTT é abrir a licitação no primeiro semestre de 2023. Na edição anterior do Jornal de Negócios o seu secretário de Relações Institucionais, Fernando Andrade, afirmou que Zema se comprometeu a asfaltar a ligação entre Bom Despacho e Dores do Indaiá. Sai mesmo? Sim, O governador Romeu Zema fez comigo o compromisso de asfaltar essa estrada. Depois disso, eu e o prefeito de Dores, Alexandro Coelho Ferreira, nos reunimos com o secretário de Infraestrutura do Estado, Fernando Marcato, para ressaltar a importância dessa ligação para as duas cidades. O secretário Marcato incluiu o asfaltamento no cronograma de obras do Governo de Minas para 2023.
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Bom Despacho (MG), 28 Outubro 2022
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Neste domingo vote com consciência e esperança entupindo as redes sociais, os blogs, as caixas postais e até as ações judiciais.
FERNANDO
CABRAL
Faltam poucos dias para que o eleitor vá às urnas decidir quem e quais propostas governarão o Brasil pelos próximos quatro anos (e seus reflexos muito além). É nas urnas que o eleitor decidirá para onde será direcionado o dinheiro dos seus impostos: mais educação? melhores salários? mais investimentos em saúde? Mais empregos?
Fernando Cabral é licenciado em Ciências Biológicas, advogado, auditor federal e ex-prefeito de Bom Despacho
Acolher as diferenças, a diversidade e as divergências está na essência da democracia. Até porque, se a unanimidade fosse a regra o país não precisaria de eleições. Não haveria propostas alternativas, não haveria embates, não haveria acordos e concessões. No entanto, a vida não é assim. A vida é conflituosa. Pessoas diferentes têm crenças diferentes e têm propostas diferentes. Além disto, as propostas não são apenas para solucionar problemas reconhecidos no presente, mas também para evitar problemas futuros.
Mas, a despeito da baixaria e apesar da falta de propostas, o eleitor tem um recurso poderoso: nestas eleições ambos os candidatos a presidente já foram presidentes antes. Por isto não é difícil para quem assim desejar ultrapassar o mar de lama das campanhas e enxergar além da cortina de fakenews. Basta ver o que cada um fez na presidência. Qual administrou melhor o país? Qual trouxe os maiores benefícios para o povo? Qual tornou o Brasil um país melhor para se viver?
As propostas também servem para indicar o futuro que queremos para nós e para as gerações que nos sucederão. Opiniões e propostas não nascem de geração espontânea. Elas nascem da educação, dos conhecimentos e da experiência de vida de cada um. Por exemplo, é natural que uma pessoa rica, vinda de família rica, possa pensar que o melhor para o país é ter gasolina barata, passagens aéreas de baixo custo e que poucos impostos sejam cobrados sobre o valor de bebidas importadas como uísque e vinho ou sobre carros de luxo. Por outro lado, a mãe que labuta todos os dias para criar sua família pode querer coisas bem mais simples, como uma boa escola para seus filhos, um SUS que funcione muito bem, um salário-mínimo que atenda às suas necessidades essenciais. São pontos diferentes.
de
vistas
O pobre não é pobre por escolha. Para começar, ele nasce pobre. Por ter nascido pobre, a vida lhe é mais difícil. Não tem do bom e do melhor. Muitas vezes lhe falta o essencial. As dificuldades são enormes. Os obstáculos muitas vezes são intransponíveis. Já o rico muitas vezes nasceu rico. Não conheceu a dureza da vida; não passou falta. Por isto mesmo, nem sempre se identifica com o sofrimento do pobre e não se compadece do seu sofrimento. Mas muitos abrem os olhos e se solidarizam. Querem que os pobres tenham mais oportunidades. De qualquer forma, o berço rico e o berço pobre costumam gerar visões diferentes do mundo e das eleições. Um sente falta de gasolina barata para os seus passeios, da viagem de
O segundo turno chegou. Mais uma vez, o país vai às urnas dividido. Numa democracia esta divisão é normal quando ela se refere ao número de votos depositados nas urnas. A situação se resolveria de forma elegante: se alguém tiver a metade mais um dos votos, ganha. Se houver empate, o mais idoso ganha. Tudo dentro da lei e de acordo com a democracia. O problema do nosso segundo turno para a presidência é que o país está dividido não pela forma de desejar o melhor para o país, mas sim pela forma de causar o maior dano ao próximo.
descanso nas Bahamas, do caviar russo para seu deleite. O outro sente falta do pãozinho para o café da manhã e do arroz com feijão para o almoço e jantar. Mas, na democracia mesmo esta visão diferente dos problemas do mundo não é obstáculo. A diversidade de opiniões, a cegueira quanto às necessidades alheias e as diferentes visões de mundo podem ser acolhidas pela democracia e seus efeitos nocivos podem ser limitados e eventualmente eliminados. Numa democracia nenhuma visão de mundo é vitoriosa para sempre. Hoje uma tendência ganha, amanhã outra ganha. Vem daí a necessidade de alternância de poder. A cada mudança são testadas novas ideias, novas práticas, novas propostas. Com o tempo, as que não dão certo são eliminadas e as que dão certo são aperfeiçoadas. É assim que acontece o progresso humano. No Brasil, a cada quatro anos os brasileiros têm oportunidade de escolher: vamos continuar como está por mais quatro anos, ou vamos mudar e tentar algo novo? Ou vamos talvez voltar a algo que já tivemos no passado e gostaríamos de ter novamente? É para este tipo de decisão que o povo vai às urnas a cada quatro anos. E a cada vez que esta decisão importante vai ser tomada, temos as campanhas eleitorais. Seu objetivo é um só: permitir que o eleitor tome conhecimento das propostas que os candidatos têm para solucionar nossos problemas, evitar problemas futuros e — principalmente — criar um futuro melhor para todos. Era isto que deveríamos estar vivendo agora: um debate de
ideias, de propostas, de soluções. Contudo, não é o que está acontecendo. A coisa não vai nada bem. O propósito da campanha eleitoral tem sido sistematicamente frustrado. Acompanhando as redes sociais vemos que os ativistas — e até alguns candidatos — estão mais interessados em atacar pessoas, religiões e crenças do que apresentar propostas, discutir ideias analisar a realidade, prospectar o futuro. No meio destes ataques, vemos que a verdade é o que menos importa. Parece que ninguém liga para os fatos, nem para os mais óbvios, mais documentados, mais sabidos. A história recente do Brasil parece que desapareceu da memória dos ativistas. É como se eles não se lembrassem do que aconteceu, o que foi feito e o que deixou de ser feito nos últimos quatro anos, dez anos, vinte anos. Eles vivem numa realidade paralela, virtual, inventada conforme a conveniência de cada momento. É uma campanha cheia de baixarias e contra fantasmas que os próprios ativistas criam ou tiram da cova. São muitos. No entanto, não vale a pena divulgá-los aqui mais uma vez. O que o eleitor deve fazer é desprezar fofocas, boatos, fakenews e fantasmas que já deveriam ter sido exorcizados há muitas décadas ou até há séculos. A atenção do eleitor deveria estar concentrada em descobrir, discutir e escolher (pelo voto) as propostas que considera melhores. Propostas que, infelizmente, estão escondidas sob a enxurrada de baixarias que estão
São perguntas que cada um pode e deve responder com sua memória e com seu coração. O resto é fácil: é só dirigir-se à sua seção eleitoral no dia 30, teclar sua preferência na urna inviolável e ir para casa esperar o resultado. Se o seu candidato preferido ganhar, será hora de comemorar. Mas ainda que seu candidato perca, ainda assim, haverá motivos para comemorar. Primeiro, comemorar o voto com consciência, voto livre e desimpedido que você deu. O voto da sua escolha e não da escolha de alguém mais. Esta sensação de liberdade para escolher é gratificante. Segundo, comemorar a democracia. Comemorar por termos o direito sagrado — que deveria também ser inviolável — de podermos participar da escolha dos nossos mandatários. Comemorarmos a esperança de que o eleito governe com respeito às regras democráticas que o conduziram ao poder. Comemorarmos a esperança de que, sob o império da lei, daqui a quatro anos haverá nova oportunidade para que cada um refaça suas escolhas. O momento do voto é aquele que iguala todos os brasileiros de forma perfeita. Pobre ou rico, branco ou preto, velho ou novo, todos têm o mesmo peso. Não se ofenda com quem pensa diferente de você. Seu vizinho, seu parente, seu amigo não é seu inimigo, mesmo que não apoie o mesmo candidato que você apoia. Não brigue. Respeite. Domingo, dia 30, vá às urnas. Lá é só com você e o que você acredita. Não se omita. Não se abstenha. Vote com consciência e com esperança. Vote.
DESTAQUE
Bom Despacho (MG), 28 Outubro 2022
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Localização das Seções Eleitorais Seções Eleitorais de BOM DESPACHO 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24 e 25
Escola Coronel Praxedes
31, 32, 33, 34, 35, 36, 44, 93 e 95, 96 e 120
Colégio Miguel Gontijo
37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 46, 47, 48, 49, 104 e 118
Escola Chiquinha Soares
45, 50, 103, 116, 125, 142, 189 e 199
Escola Professor Wilson Lopes
26, 27, 28 e 29
CESEC Prof’ Zaira Batista Teixeira
Rua Miguel Dias, 40 - Centro
Praça Milton Campos, 140 – Vila Aurora
Rua Martinho de Oliveira, 40 – São João
Av. Manoel Costa, 311 – Bairro de Fátima
Rua Cel. Lery Santos, 30 – Olegário Maciel
52, 53, 107, 132, 148 e 197
Escola João Dornas Filho Rua João Paulo II, 243 - Ozanan
54, 59, 61, 84, 106 e 114
Escola Martinho Fidelis Rua Pedro Simão Vaz, 235 – Jardim Anjos
55, 56, 57, 58, 60, 62, 81, 82 e 128
Colégio Tiradentes PMMG Vila Militar
66, 67, 68, 69 e 142
Escola Maria Guerra Engenho do Ribeiro
87
Capivari dos Marçal Antiga Escola Municipal
85
Corrego Areado Igreja do Córrego Areado
88
Mato Seco Escola Virgílio Antônio da Silva
97, 98, 101, 105, 108, 113, 117, 121 e 127
CEMEI D. Liquinha / Antiga D. Duca
63, 64, 65, 99, 102, 111, 119, 131 e 139
Escola Coronel Robertinho
112, 135, 138, 188 e 198
Antigo CAIC
Rua Pitangui, 450 – São Vicente
Rua Cisalpino M. Gontijo, 475 - São José
Av. Ana Rosa, 1.555 - Ana Rosa
115, 124, 136, 147 e 196
Centro Educação Infantil Dona Zulma Rua Santa Clara, 75 - Rosário
122, 126, 137, 184 e 200
Escola D. Duca / Antiga Tancredo Neves Rua Jadir R. Campos, 105 - Aeroporto 2
134
Passagem Salão Comunitário da Passagem
141, 144, 149 e 193
Escola Irmã Maria Praça José Alves M. Filho, 44 – São Vicente
140 e 187
Prefeitura Municipal / Antigo SESC Av. Maria C. Del Duca, 150 - Jaraguá
Seções Eleitorais de MARTINHO CAMPOS 150, 151, 152, 153, 154, 155, 156, 157 e 158
Escola Dr. José Gonçalves
159, 160, 161, 162, 163, 164, 165, 166, 167 e 168
Escola Geraldo de Assis
169, 170, 171 e 172
Albert Isaacson
173 e 174
Buriti Grande
175, 176, 177, 178 179, 180 e 181
Ibitira
182
Boa Vista
183, 185 e 190
Escola Dona Ducarmo Teixeira
186 e 191
CEMEI Dona Turca
Seções Eleitorais de MOEMA
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70, 71, 72, 73, 110, 129 e 130
Escola Chico Marçal
74, 75, 76, 77, 78 e 133
Escola Professora Dona Maria de Lourdes Lacerda
79, 80, 91, 100 e 109
Escola Quincas Lacerda
92 e 201
Escola Professora Maria Saninha
123 e 195
Escola Venina Gomes
145 e 194
CEMEI Geraldo Ferreira da Costa
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Bom Despacho (MG), 28 Outubro 2022
DESTAQUE
Bom Despacho, berço de escritores assimilaram bem o que o pai Jair Coimbra lhes ensinou! Eles são, creio, cerca de dez irmãos. Dos que conheço, são todos admiravelmente bem dotados em diversos campos da cultura. Na música e execução de variados instrumentos, então, os meninos do Jair Coimbra são geniais! Alberto se sente à vontade no mundo dos conhecimentos culturais como o demonstra em seus escritos.
Tadeu de Araújo Teixeira é professor, escritor e fundador da ABDL
Pelo que me foi dado procurar e conhecer no Centro-Oeste mineiro e vizinhanças, somos um município onde o florescer da literatura tem se desenvolvido num progresso sem igual na região. Parte desse progresso se deve à influência da fundação de nossa Academia de Letras. Novéis escritores aqui nascidos ou que aqui vieram viver têm surgido a cada ano em grandes perspectivas, engrandecendo e orgulhando nossos valores culturais. Fiz um registro desta ascensão literária dos anos 60 até a presente época, que apresento, em parte, hoje a meus leitores. Seis autores até os anos 60 De certo tempo para cá, nasce a cada ano um novo livro e muitos novos escritores, em Bom Despacho. Em meus tempos de estudante do 2º grau, nos anos 60, eu contava apenas 6 autores por aqui: José d’Avó Gontijo (poesias em brochura), João Gontijo, autor de “O Bonifácio”, uma crônica humorística da política bom-despachense. Uma coletânea de poemas da Dona Liquinha. Algumas publicações juvenis do Padre Jayme Lopes Cançado. Algumas preciosas produções do Brasinha (Itamar de Oliveira). Uma pesquisa histórica sobre o município de Bom Despacho do Dr.Laércio Rodrigues. Cerca de 55 escritores ou mais atualmente Consultando o baú de minhas memórias e a minha biblioteca particular, contei esta semana 55 cinco escritores de 1960 pra cá. Enriquecemos a literatura com cerca de 85 a 90 publicações literárias em vários campos das letras: romances, poesias, crônicas. Entre elas a coleção de crônicas e contos publicada em Recife pelo editor Carlos A. Lopes, pesquisas históricas de Bom Despacho e do Engelho do Ribeiro, genealogias, biografias, folclore, etc. O interessante é a crescente participação da mulher nesse campo das artes literárias na cidade. Creio que já passam de 20 o número de mulheres escritoras entre nós, numa atividade em que o sexo feminino estava, tempos atrás, praticamente excluído em todo o país. Estou listando atores e obras bom-despachenses para leválas a meus leitores proximamente. Os campeões de edições Entre nós os líderes de
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edições de livros são Geraldo Rodrigues (Geraldinho do Engenho) e Alexandre Cesário, ambos com cerca de 15 ou mais publicações. “Gandavos”, cerca de 10 livros, se bem me lembro. Uma coleção publicada durante 5 anos, aproximadamente, por Carlos A. Lopes, em Recife (PE), com minha participação e do Ronan Thales de Oliveira, Geraldinho do Engenho, João Batista Silva, Neusa Ramos e Denise Coimbra, e mais algum nome cuja lembrança me tenha escapado da memória. Autores de 3 ou mais obras Gerado Hamilton de Menezes da Academia BomDespachense de Letras. E ainda Itamar de Oliveira, o Brasa, Neusa Ramos, Gísila Couto, Humberto Lara (exprofessor da Unipac), Fernando Humberto, Alberto Coimbra, Jacinto Guerra, Orlando Ferreira de Freitas e algum outro mais. Novos lançamentos “O Homem e o Poeta”, de Paulo Teixeira Campos, crônicas de um dos melhores escritores da cidade, retiradas do jornal “O Bom Despacho” dos anos de 1960 e 1961 e de arquivos da família, lançado com a minha colaboração, de Lúcio Emílio Júnior e de seus filhos Lélida, Paulo César, Viviane e Júlio César. O autor produziu essas crônicas, jovem ainda, com idade de 21 a 22 anos. No primor de seu estilo e de sua linguagem concisa e moderna, Paulinho Teixeira Campos nos deixou uma obra prima de literatura. Alberto Coimbra: cronista talentoso “Menino Bonito”, “As Ruas do Rio de Janeiro”, “Expressões do Futebol” são os três últimos livros publicados por Alberto Coimbra neste mês de outubro, entre outros já laçados anteriormente. Numa de suas páginas de “Menino Bonito” ele diz: - Papai nos ensinou a valorizar em primeiro lugar a cultura. E como eles (os filhos)
O Alberto Coimbra em suas crônicas apresenta altos conhecimentos de história antiga e atual, geografia, religião e costumes de povos do Brasil, de Minas e de Bom Despacho. Memória privilegiada, discorre sobre artes variadas, cinema, teatro, música, arquitetura e literatura. Jovem ainda, morou no Rio de Janeiro. Ele desfila, em suas narrativas, conhecimentos sobre os pontos turísticos e históricos, monumentos, personagens, bem como os encantos, as ruas, praias e becos, de pontos encantadores ou recantos humildes da Cidade Maravilhosa. Quem o lê tem a impressão de que Alberto conhece o Rio e lá morou desde seus primórdios. Discorre com conhecimento de causa sobre o futebol de ontem e de hoje de Bom Despacho. De Minas e do Rio. Na música cita de cor artistas de TV, cinema, filmes nacionais e internacionais do nosso país, da Itália, da França, dos Estados Unidos, de época variadas. O que é bom de ler nos seus livros é que cada página não tem nada de monotonia, não. O leitor se sente preso pela torrente de informações e emoções que vão desfilando sob seus olhos. Conhecedor também das ciências, da filosofia, de psicologia, se sente no direito de expressar o que entender, mesmo se forem pesadas e pornográficas. Diga-se, de passagem, raras vezes. Cenas que para alguns leitores tidas como obscenas e inaceitáveis, mas que, na verdade, nos fazem fugir da hipocrisia e aceitá-las como burgueses que apreciam sem pudores a exposição de uma pintura de um nu artístico. Aprecio ler Alberto Coimbra, leio certos livros seus, às vezes, de uma assentada. Outros autores Outros autores de livros recentes em Bom Despacho tenho ainda para desfilar nesta coluna. Livros da tríade que têm como tema a primeira rua de Bom Despacho, depois da Cruz do Monte, a Rua do Céu do Mozart Foschete, Rua do Céu de Ordália Bernardes e a Rua do Céu da Gísila Couto. Tem também a última publicação do Fernando Humberto e um livreto infantil bem ilustrado de Alex Moreira Rocha, presidente fundador da Academia de Letras de Bom Despacho e outros. Esses ficam pra depois.
DESTAQUE
Dona Fiota: eu tenho a palavra
Bom Despacho (MG), 28 Outubro 2022
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O assalto que virou meme Uma tentativa desastrada de assalto à loja do Empório Cardume, na rua Padre Vilaça, centro da cidade, no início da madrugada, repercutiu muito nas redes sociais de Bom Despacho. Primeiro, devido à falta de jeito do assaltante, que parecia meio perdido. Depois, pela reação inocente da única vítima que foi roubada, a empresária Rosa Maria de Araújo, 57 anos – conhecida como Rosa da Nacional Baterias – que estava chegando na hora e acabou sendo alvo do bandido. A reação dela acabou virando um meme.
LÚCIO EMÍLIO JR. Lúcio Emilio do Espírito Santo Júnior é filósofo, professor e escritor.
O documentário, disponível no youtube, Eu tenho a Palavra (2012) traz uma personagemchave da nossa cidade e cultura: Dona Fiota, apelido de Maria Joaquina dos Santos (1931-2019), uma das falantes mais importantes da Língua do Negro da Costa. No filme, ela encontra um estudante africano da UFMG, Amadeu Chitacumula.
Eu tenho a Palavra é um documentário etnográfico do IPHAN, dirigido por Lilian Sola Santiago, Nesse documentário, são mostrados Amadeu, angolano, e Dona Fiota, bom-despachense, num encontro emocionante. Quando Fiota fala em “curimar”, ou seja, comer, dar comer aos animais, Amadeu reconhece prontamente aquela palavra. Fiota é falante da “língua do negro da Costa” e Amadeu é falante de quimbundo e mbundo. Eu Tenho a Palavra é um documentário que pretende contribuir para a valorização da participação da cultura banto, preservada pela oralidade, na configuração do patrimônio cultural brasileiro. Se levarmos em consideração que a língua viva de um povo é o testemunho mais antigo da história desse povo, os dados obtidos no domínio da língua, da religião e das tradições orais no Brasil revelam a presença banto como a mais antiga e superior em número e em distribuição geográfica no território brasileiro, por mais de três séculos consecutivos. Testemunho desse fato é o próprio vocabulário associado à escravidão, com palavras tais como quilombo, senzala, mocambo, mucama, assim como o vocabulário religioso afro-brasileiro, onde os mais conhecidos são candomblé, umbanda, catimbó, macumba. Ainda hoje há registros de falares isolados em comunidades rurais, vestígios de antigos quilombos, que preservam um sistema lexical banto, como a “língua do negro da Costa” ou “Gira (língua, gíria) da Tabatinga”, ainda falada no quilombo de Tabatinga, situado no bairro Ana Rosa, periferia da cidade de Bom Despacho (MG). A “língua do negro da Costa”
era falada nas antigas senzalas das fazendas do interior de Minas Gerais e, com ela, os escravos podiam se comunicar livremente. Dona Fiota conta: “A gente não podia falar o nome do trem. Tem assango? Não, não tem assango. Tem cambelera? Não, cambelera também não. Tem caxô? Nada de caxô. Então, minha mãe falava: ‘Catingueiro caxô. Caxô o quê? No Curimã. Ela estava avisando que o patrão havia chegado. Aprendi essa língua com a minha mãe. Ela falava todo dia para mim até eu aprender. Isso traz toda uma história pra gente, tanto das partes alegres, como das tristes”. O outro personagem é Amadeu Fonseca Chitacumula, um estudante angolano no Brasil. Conhecedor e amante de sua cultura, ele comenta no documentário que Dona Fiota tem antepassados em Angola. O que ela fala é mais da língua umbundo, então ela pode ser de Huambo ou de Bié (estados angolanos). Possivelmente veio da região sul de Angola, de Huambo. O que ela fala, segundo ele, tem poucas palavras de quimbundo e em grande parte é umbundo. Depois de se cumprimentarem em português, Dona Fiota pronunciou frases no dialeto que aprendera com a mãe. Chitacumula, surpreendentemente, entendia tudo o que dona Fiota dizia, e traduzia etimologicamente a origem de suas expressões, comparando com sua língua natal, o umbundo. A língua umbundo é falada pela etnia banta ovimbundo, da qual Chitacumula faz parte, e que constitui cerca de 40% da população de Angola. Nesse documentário, Bom Despacho aparece mais fotogênica do que nunca. Com a palavra, Dona Fiota.
Assista ao vídeo apontando a câmera do celular para o QR Code abaixo
“Quando o assaltante entrou aqui dentro nós achamos que era brincadeira”, afirmou ao Portal iBOM a empresária Renata Máximo, 35 anos, dona do estabelecimento. Ela estava sentada na mesa com os últimos clientes da noite quando o assaltante chegou mascarado e começou a rodear a mesa. “Percebi que era sério depois que o rapaz começou a exigir dinheiro de todos. Estávamos num grupo de amigos, todos muito tranquilos, e levamos numa boa”. O assaltante queria dinheiro. Não se preocupou em pegar celulares, bolsas e outros pertences que estavam à vista. Só queria dinheiro. Enquanto ele andava pra lá e pra cá, com o braço debaixo da camisa dizendo que estava armado, um dos cientes chegou a se levantar e foi até a porta. Apontando para as câmeras do estabelecimento, Renata ainda aconselhou o assaltante. “Vai embora. Não tem dinheiro. Vai embora. Aqui tem câmeras. Vai dar ruim pra você”. O rapaz hesitou, viu um carro parando perto da porta do estabelecimento, saiu e foi na sua direção. Era a Rosa chegando. “Desci do carro sorrindo e brincando. Aí o assaltante veio na minha direção e eu abri os braços para dar um abraço nele. Achei que era uma brincadeira dos amigos que estavam dentro do bar”, disse ela ao Portal iBOM. Ela só entendeu o que estava realmente acontecendo quando gritaram do bar: “Tia Rosa, é assalto mesmo!”. Rosa conta que esta foi a primeira vez na vida em que foi assaltada. “Na hora não tive medo. Foi tudo muito rápido. A ficha só caiu depois que ele correu com minha bolsa e eu entrei no bar. Aí meus amigos vieram me dar apoio”. A empresária conta que ligou para a Polícia Militar porque na bolsa roubada estavam todos os seus documentos, além de 150 reais em dinheiro. “Não quis sair atrás do assaltante porque seria um risco. Acho que a vida vale muito mais do que ele roubou”. Uma guarnição da PM foi até o bar, pegou o vídeo com as
Rosa: "achei que era uma brincadeira Renata: aconselhando o assaltante a ir dos amigos". embora. "Vai dar ruim pra você".
imagens do assalto e saiu atrás do ladrão. “Dez minutos depois os policiais voltaram com a minha bolsa, que eles acharam jogada na rua. O assaltante só levou mesmo os 150 reais. Cartões, cheque e documentos estavam todos lá. Por sorte eu estava sem meu celular na hora, porque eu o havia esquecido carregando
no outro bar em que estava antes”.
saindo e encontrando os amigos para tomar cerveja”.
O caso viu meme na cidade. “Printaram o vídeo no momento em que eu abri os braços e começaram a me enviar dizendo que queriam um abraço e 150 reais. Mas isso não vai mudar meu jeito de ser. Terei mais cuidado, mas continuarei
Já para Renata Máximo, “manter a calma naquela situação e conversar ajudou muito e pode ter evitado coisa pior, pois estamos todos vulneráveis”. Desde o episódio ela passou a fechar as portas do estabelecimento mais cedo.
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Bom Despacho (MG), 28 Outubro 2022
PM prende dupla que roubou picape e recupera o veículo
DESTAQUE
Dois são presos por ameaçarem policial durante abordagem
Camionete Nissan roubada de dono de cerâmica em Bom Despacho foi perseguida e recuperada em Uberlândia poucas horas depois. Os dois acusados do roubo foram presos. por militares da Patrulha Rural de Uberlândia. Após identificar o veículo os policiais iniciaram a perseguição para interceptalo. Enquanto fazia a perseguição, o motorista da viatura perdeu o controle do veículo numa curva. A viatura capotou e dois dos três militares que estavam nela se feriram - nenhum de forma grave. Eles foram atendidos pelo Corpo de Bombeiros. Na perseguição os fugitivos também perderam o controle da picape Nissan e bateram num barranco. Um deles, armado com um revólver calibre 38, foi preso ainda perto da picape enquanto tentava fugir a pé. O outro conseguiu alcançar um assentamento próximo mas foi perseguido e preso dentro de um barraco. Ambos foram levados para a Delegacia de Polícia Civil, onde ficaram à disposição da Justiça. A picape Nissan foi apreendida pelos policiais. Uma fonte da PM informou que os dois acusados, de 18 e 20 anos, moram no bairro Rosário 2, em Bom Despacho, e possuem várias passagens na Polícia. (Portal iBOM / Imagens postadas em redes sociais)
A Polícia Militar recuperou na tarde da terça-feira (18/10) uma picape Nissan Frontier 4x4 roubada pela manhã no escritório da Cerâmica Palmeiras, localizada no bairro Rosário 2, em Bom Despacho. Dois homens encapuzados invadiram a cerâmica, apontaram um revólver para o proprietário e exigiram as chaves da camionete estacionada na frente. Em seguida entraram no veículo e fugiram na direção do bairro São Vicente. O assalto foi filmado por câmeras de segurança da cerâmica. Diversas equipes da Polícia Militar foram acionadas e fizeram rastreamento na região atrás dos autores. Durante as buscas, os militares descobriram que a camionete foi avistada fugindo na direção da comunidade da Garça. Diante disso a PM colocou suas unidades em alerta na região para identificar e cercar os fugitivos. Poucas horas depois a picape com a dupla foi avistada em Uberlândia, a cerca de 400 km de Bom Despacho. Por meio de uma fonte da Polícia, o Portal iBOM apurou que a camionete foi avistada
Estradas rurais de BD estão sendo impermeabilizadas Aplicação do produto conhecido como "asfalto ecológico" evita buracos, poeira e barro
Dois homens foram presos pela Polícia Militar após reagirem à abordagem do veículo em que um deles estava. A ocorrência começou quando uma equipe policial em patrulhamento deu ordem de parada para uma picape Ford F250 no bairro do Rosário, na tarde de quintafeira (20/10). De acordo com a PM, a picape estava com o parabrisa coberto por película proibida pela legislação vigente por obstruir a visão do condutor. Os militares relataram que, ao abordarem o motorista, de 28 anos, ele teria resistido, desacatado e ameaçado os agentes. Por conta disso acabou recebendo voz de prisão. Ao ser colocado dentro
da viatura o homem continuou resistindo e precisou ser dominado. Ainda segundo a PM, ele teria envolvimento em outras ocorrências de direção perigosa, ameaça e porte ilegal de arma na cidade. Durante a ocorrência, o pai do motorista, de 57 anos, chegou no local. Segundo os militares ele afirmou ser proprietário da camionete, tentou interferir na ação e ainda teria ameaçado um dos policiais. Ele também acabou sendo contido, recebeu voz de prisão e foi colocado na viatura. De acordo com a PM, reagiu e chutou os militares durante a prisão. Ambos foram levados para a Delegacia de Polícia. (Imagem ilustrativa)
PM prende fugitivo da Justiça em Bom Despacho Um homem de 24 anos, foragido da Justiça, foi preso pela Polícia Militar em Bom Despacho. Ele dirigia uma Fiat Elba pela Rua do Rosário quando foi parado numa operação policial na sexta-feira (21/10). Durante a abordagem os militares checaram o nome do motorista no sistema de informações da PM e descobriram que havia um mandado de prisão contra ele expedido pela
Justiça em Divinópolis. O Portal iBom apurou com uma fonte da PM que o fugitivo é natural da cidade de Santo Antônio do Amparo e estava trabalhando como instalador de placas de rua em Bom Despacho. Conforme essa fonte, ele tem passagem na Polícia por tráfico de drogas. Depois de ser identificado o homem recebeu voz de prisão e foi levado para a Delegacia de Polícia Civil.
Jovem tenta fugir da PM com Fox roubado, bate e acaba preso
Na última semana a Prefeitura de Bom Despacho completou a aplicação do integrador de solo nos primeiros 6 km de estradas rurais do município. O trabalho começou no antigo CAIC e está seguindo pela estrada da Passagem. Conhecido como asfalto ecológico, o integrador de solo é um produto impermeabilizante que é incorporado na terra
para aumentar a resistência do terreno, diminuir a formação de poeira, barro e buracos nas estradas rurais. “Não se trata de asfaltamento, mas de um produto que agrega e impermeabiliza a estrada de terra, deixando o solo com resistência parecida com a do asfalto”, explicou ao iBOM o engenheiro civil Fábio Rodrigo de Souza Santos, 45,
secretário de Obras da Prefeitura de Bom Despacho. O prefeito Bertolino afirmou para o iBOM que o integrador de solo “é uma técnica nova que traz economia para os cofres públicos porque deixa a estrada em boas condições por até 5 anos e exige pouca manutenção, facilitando a vida das pessoas que moram ou trabalham na zona rural”. Além disso - ressalta o Prefeito - o
produto “não provoca danos ao meio ambiente nem altera a paisagem das estradas”. A programação da Prefeitura é impermeabilizar um total de 18 km de estradas rurais nessa primeira etapa. O prazo de conclusão dessa etapa vai depender das chuvas. Antes de aplicar o impermeabilizante é necessário compactar e nivelar o solo e fazer saídas de água na estrada.
Um jovem de 22 anos foi preso pela Polícia Militar (PM) após uma perseguição por ruas dos bairros de Fátima e Santa Lúcia, em Bom Despacho. O jovem preso estava num VW Fox que havia sido roubado em Contagem na sexta-feira (14). Uma equipe da PM, que já tinha sido informada do roubo, flagrou o veículo trafegando perto da Prefeitura e se aproximou para fazer a abordagem. Ao ver a Polícia o motorista tentou fugir e foi perseguido. A reportagem do Portal iBOM ouviu uma fonte da PM. Essa fonte informou
que, durante a perseguição, o motorista acabou batendo numa placa e depois num poste, danificando o veículo e estourando um dos pneus. Ele então foi pego pelos militares. Ainda segundo a fonte, o jovem preso já tem passagens por tráfico e porte de armas. Ele disse aos policiais haver comprado o Fox em Martinho Campos por R$ 1.500,00. O autor foi preso e levado para a Delegacia de Polícia Civil. O VW Fox foi apreendido e levado para o pátio do Detran para ser devolvido ao seu proprietário.
DESTAQUE
Bom Despacho (MG), 28 Outubro 2022
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Futuro, filosofia e lições de vida estúpidas do mundo, pois quero sempre saber sobre tudo. Sempre interrompo meu sogro ou sogra para perguntar o significado de cada palavra que não domino ou entendo bem.
ALEXANDRE MAGALHÃES Alexandre Sanches Magalhães é empresário, consultor e professor de marketing, mestre e doutor pela USP e apaixonado por SP e BD
Mas, o mais importante desta frase do Esopo é a segunda parte: “nem tão pequeno que não possa ensinar”. Entendo o “pequeno” como uma criança ou alguém muito humilde, que tem menos educação formal do que nós, mas que pode ter uma vivência ou uma habilidade que não dominamos.
Passei parte da semana em Bom Despacho. Comprei a passagem de São Paulo a Bom Despacho pensando que ficaria uns quinze dias. Cheguei à cidade no sábado pela manhã. Assim que cheguei, li uma mensagem que me havia sido enviada pelo LinkedIn, rede social voltada para negócios, confirmando uma reunião dia 26 de outubro, em São Paulo. E pior, presencial, não pela internet. Fiquei triste, mas assuntos profissionais são prioritários em minha vida, já que dependo de meu salário. Comprei a passagem de volta, cheguei a São Paulo quarta-feira pela manhã e participei da reunião. Contei essa história toda para mencionar a coisa mais óbvia do mundo: não dominamos nosso futuro. Há muita coisa que pode acontecer e mudar nossa realidade.
Domingo, dia da eleição mais importante da história do Brasil, já sabemos quais são os resultados esperados, os possíveis. Uma parte da população ficará muito triste e outra, muito feliz. Espero que os resultados sejam respeitados, apesar de esperar qualquer coisa no domingo à noite, quando os resultados sejam divulgados.
Um acidente, um dinheiro extra, a perda de um emprego, uma gravidez, uma doença, entrar na faculdade, mudar de país, um casamento, um cachorro, um carro, uma viagem, enfim, muitas coisas podem acontecer em nossa curta vida, que pode mudar tudo da noite para o dia.
Sinto-me como aquele sujeito que pula do alto de um prédio e quando está na altura do décimo andar, ainda acha que o futuro pode ser bom. Quem o olha pela janela deste mesmo edifício, sabe que seu futuro está bem perto do passado, bem pertinho do fim.
Eu, por exemplo, ouvi falar pela primeira vez em Bom Despacho por causa de uma viagem para ver baleias em Abrolhos, no meio do mar, no litoral baiano. Conheci minha namorada lá e passei a frequentar a cidade.
Espero que o meu chão seja de água ou de penas de gansos, para que meu futuro não seja como o do personagem da queda livre.
Algumas coisas são inesperadas e outras acontecem por planejamento. Em um jogo de futebol, por exemplo, três resultados são sempre esperados: vitória, empate ou derrota. Claro, a vitória pode ser por um gol de diferença ou por goleada. A derrota também.
Boa eleição a todos e que o respeito prevaleça entre nós, especialmente depois de sabermos os resultados. Um livro sobre nosso futuro Li recentemente o livro “Povo, Poder e Lucro – Capitalismo progressista para uma era de descontentamento”, cujo autor é o vencedor do Prêmio Nobel de Economia, o
estadunidense Joseph E. Stiglitz. O livro narra o capitalismo nos Estados Unidos e foca especialmente no período do ex-presidente Donald Trump. O que este economista narra é exatamente o que está acontecendo no Brasil, pois Trump e Bolsonaro pensam exatamente igual. Portanto, hoje acho que entendo melhor sobre o futuro de nosso país, somente olhando o que aconteceu em nosso vizinho do norte. Concentração de renda, liberalização radical da economia, fim da divisão entre os poderes, ataque ao funcionalismo público, diminuição radical das verbas de saúde, educação, fim da defesa das minorias, das florestas e outras ações que vemos aqui, foram vistas primeiro nos Estados Unidos. Continuo sentindo-me como aquele sujeito que pulou do alto do prédio e está passando pelo décimo andar. Lendo o livro, tenho mais chance de saber o que vou achar ao bater no chão. Vou sentar-me sob uma árvore frondosa e chorar muito... ou não. Filosofia e meu dia a dia Um amigo me indicou uma página no Facebook.
Geralmente, não uso muito o Facebook, a não ser para enviar parabéns aos amigos que são meus contatos nesta rede social. Porém, achei a página muito interessante. Traz pequenas frases de grandes filósofos e me faz pensar sobre a importância da filosofia para entendermos a vida. A página chamase Frases de Sócrates (apesar de não ser somente de Sócrates). Hoje, por exemplo, vi duas frases que passei algum tempo refletindo sobre elas. A primeira é do escritor argelino e francês Albert Camus, autor de vários livros respeitados, como “O Estrangeiro” e “A peste”. A frase é “Só existe um problema filosófico realmente sério: o suicídio. Julgar se a vida vale ou não vale a pena ser vivida é responder à pergunta fundamental da filosofia”.
de decisão. É outra visão, bem diferente da minha, apesar de concordar que só um humano tem a consciência de que pode terminar sua vida quando bem entender. Independente do resultado da eleição, continuemos com a vida, pois vale a pena. Outra frase de hoje que me fez pensar por um bom tempo: “Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar”. O autor é o Esopo, grego muito famoso por ser autor de várias fábulas, que são aquelas histórias nas quais os animais falam e agem como humanos.
Como diria minha falecida avó, só a morte não tem solução. Quando optamos pelo suicídio, não damos a chance de revisão da decisão. E a grandeza do ser humano é a sua capacidade de repensar e rever seus atos. Com o suicídio, isso não é possível, já que a morte é a única coisa sem volta.
Com essa frase, eu concordo plenamente. Desde meus quatro anos de vida estou estudando, sempre. Sempre fui correndo atrás da vida e adaptando meus conhecimentos para minhas novas etapas profissionais e pessoais. Busco aprender coisas que são apenas para diversão, como um novo instrumento musical, uma nova língua, algo que não domino ou não tenho ideia sobre o que é. Em outras palavras, quero aprender coisas novas até meu último suspiro.
Outros dizem que só o ser humano pode cometer suicídio, já que os animais não têm essa capacidade
Meus amigos bomdespachenses devem me achar um chato de galocha, pois faço as perguntas mais
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As histórias que mais me emocionam são as que envolvem os mais humildes, os mais frágeis, talvez por ter dois irmãos gêmeos deficientes mental e fisicamente. Lendo a frase, recordei de um momento que me tocou muito, acontecido nos Jogos Olímpicos de 2000, que aconteceram na Austrália. O COI convidou alguns países sem tradição alguma em esportes para participar das Olimpíadas, como um incentivo. Convidou o país africano de Guiné Equatorial para a prova de natação. Ninguém que sabia nadar se inscreveu e o que demonstrou interesse não sabia nadar. Seu nome? Eric Moussambani. Começou a fazer aulas de natação em uma piscina de 10 metros de comprimento, que era a maior de seu país. Oito meses depois, participou dos jogos na Austrália. Em sua bateria classificatória, na qual não tinha a menor chance de passar, havia três “nadadores” e dois queimaram a largada. Então, Eric nadou sozinho, pela primeira vez em uma piscina de 50 metros de cumprimento. Na segunda metade de seus 100 metros, nadou cachorrinho, parou algumas vezes, quase morreu afogado e fez, como aconteceu comigo, milhões de expectadores chorarem, ao aprender com aquele africano humilde e esforçado um pouco sobre a vida, em como ser um humano cheio de vontade de vencer. Viva a vida! Independente do resultado da eleição.
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Bom Despacho (MG), 28 Outubro 2022
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