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30/12/2010 Na Internet

www.jornaldetondela.com.sapo.pt PREÇO AVULSO C/ IVA 5% INCLUIDO

N.º 1028

* 30 de Dezembro de 2010

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II Série

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Ano XXI

Director: Manuel Ventura da Costa

UM FELIZ NOVO ANO

TONDELA

O MUNDO ENCANTADO DE FILIPA DUARTE Aos nossos correspondentes, colaboradores, leitores, anunciantes e Amigos, não esquecendo os nossos emigrantes espalhados um pouco por todo o Mundo, JORNAL DE TONDELA a todos deseja um NOVO ANO com muita saúde, paz e amor. JORNAL DE TONDELA

pag. 8

MOMENTO ALTO DE FUTEBOL FORA DE CAMPO EM 2010 pag. 5

Hospital Cândido de Figueiredo de Tondela

Campo de Besteiros

O simbolismo do presépio tradicional pag. 9

NOTA À IMPRENSA pag. 3

MOLELOS

RANCHO CANTARINHAS TEM NOVA DIRECÇÃO pag. 4

CLIENTES DA FARMÁCIA RECEBERAM CABAZES DE NATAL

pag. 4


2 OPINIÃO

30/12/2010

Crónicas de Londres

SÓ P’RA PENSAR!

GILBERTO FERRAZ

O

2010: ANO PARA ESQUECER A NÍVEL INTERNACIONAL

M

ais uma vez a economia do mundo Ocidental dominou o ano que agora termina. Desde o Espaço Europeu, ao Reino Unido e aos Estados Unidos da América, Três das principais economias mundiais foram foco de nova crise, acompanhadas de altos níveis de desemprego. Na UE, a começar pela Grécia, seguida da Irlanda, ambas com a intervenção da UE/FMI, provocando várias greves gerais e o aumento de manifestações e graves distúrbios, situação mais ou menos idêntica paira no nosso país, agravada pelos constantes assaltos provocados pelo aumento do juro da elevada dívida pública, que chegou a ultrapassar a insuportável e inédita taxa dos 7%; o Reino Unido, com um novo governo coligado, a partir de Maio, entre Conservadores e Liberais-Democratas, a adoptar severas medidas inéditas de contenção, com a redução de 15 a 23% dos serviços públicos, aumento do IVA de 17,5 para 20% e o das propinas do ensino superior no triplo, provocando várias e enormes manifestações estudantis, os EUA, ainda a lutar e a sofrer da periclitante situação económico-financeira, com o Presidente Obama a ser vítima de grave rombo eleitoral com a vitória dos Republicanos, a maior dos últimos 72 anos, reduzindo a maioria Democrática no Congresso e a quase eliminação no Senado, o que mais debilita a sua actuação a partir dos meados do próximo mês. Obama, porém, teve um inesperado bónus natalício, com a aprovação do Senado do Tratado Nuclear Russo-Americano sobre a redução do arsenal nuclear dos dois países. Os Republicanos beneficiando do fenómeno ultra-conservador, autoclassificado de Tea Party,

que de partido nada tem, mas que actua no seio do maior partido da oposição, viram a sua posição reforçada. Entretanto, segundo sondagens, o Congresso é humilhado com a percentagem de 13%, a mais baixa de sempre, por parte da aprovação do público. A complicar a já difícil situação geral, o volume das manifestações públicas foi notável. Além das já mencionadas, a França foi de novo cenário, seguidas de greves gerais, estas devido à redução da idade limite da reforma para 62 anos de idade. As perturbações climatéricas, (às quais a Cimeira de Cancún, no México, realizada em meados deste mês, voltou a fechar os olhos a soluções cada vez mais urgentes), foram evidentes com cheias devastadoras, provocando deslizes de terreno tanto na Colômbia como no Brasil, causando enormes danos e ceifando milhares de vidas, incluindo nos Estados Unidos na semana passada, mas principalmente no Paquistão, onde afectou 20 milhões de pessoas e, no Haiti, o tremor de terra, que destruindo a capital, Port au Prince, provocou mais de 230,000 mortes, (seguido, em Outubro, por forte surto de cólera), enquanto isso, na Islândia, a erupção de vulcões provocou a paralisação aérea principalmente no espaço europeu; na Rússia e em Israel irromperam gigantescos incêndios; o Reino Unido foco de invulgares fortes nevões, com temperaturas de 23º negativos, paralisaram principalmente o norte do país, não escapando Londres, normalmente menos afectada, em que viu o maior nevão dos últimos 50 anos! Em termos ecológicos o desastre da plataforma de petróleo da BP no Golfo do México, além de 18 vítimas, provocou enormes danos

ambientais com o governo americano a exigir compensações de dezenas de biliões de euros e, a nível religioso, a Igreja Católica não ficou incólume com o deflagrar do escândalo da pedofilia no seu seio. Todos estes gigantescos acontecimentos ensombraram as atenções mundiais. Neste enorme pano de fundo, embora a cessação quase total da ocupação americana do Iraque e finalmente o acordo inter-partidário para a formação de governo, continuaram as lutas e mortes sectárias; a guerra do Afeganistão, no seu 13ºano, continuou a dominar o cenário bélico mundial, com a demissão do Comandante General Stanley McCristal, acrescida de tensões nas duas Coreias com provocações da nuclear Norte, recrudescendo a velha inimizade entre a China e o Japão. A instabilidade terrorista, proliferou com os ataques de origem muçulmana tanto em atentados, alguns dos quais gorados ou evitados, como a autoemolação de vítimas bombistas provocando inúmeras vítimas em vários pontos do Globo, mas principalmente no Paquistão, Uganda, bem como na Rússia, ali por acção de terroristas Chechenos. Em países muçulmanos, como na Nigéria, Egipto e Indonésia registaram-se grandes manifestações contra minorias cristãs, resultando várias mortes, principalmente na primeira e na última. No Médio Oriente continuaram as tensões entre Israel e Palestinianos, com a morte de um alto dirigente militar do Hamas num hotel do Dubai, atribuída às forças de segurança israelitas, e, mais uma vez, verificou-se a cessação da tentativa de conversações sobre a contínua anexação e construção de acampamentos judeus no

território palestiniano, aumentando a tensão agravada pela morte de manifestantes, num navio turco, que procurava desafiar o boicote israelita a Gaza. No México, continuou o massacre de vítimas devido ao narcotráfico. A China, voltou a ser notícia na violação dos direitos universais, obrigando a Google a encerrar o seu site, naquele vasto e profícuo país, mas o maior escândalo foi o boicote total e protesto contra a atribuição do Prémio Nobel ao seu detido manifestante dos direitos humanos, Liu Xiaobo. Porém, as boas notícias do ano agora findo, foi o salvamento de 33 mineiros no Chile, após 69 dias de grande incerteza quanto ao seu futuro, a contrastar tanto com a China, Rússia, EUA, Nova Zelândia bem como na Turquia em que morreram dezenas de mineiros. No Brasil, depois de bem sucedidas eleições foi eleita a favorita do Presidente Lula, Dilma Rousseff e, na Birmânia, finalmente liberta Aung San Suu Kyi, após 20 anos de detenção domiciliária. E, se em futebol, à Península Ibérica foi negada a realização do Mundial de 2018, a favor de Rússia, a Espanha, depois do título europeu, sagrou-se campeã do mundo, na África do Sul. No domínio das novas tecnologias, a Apple ao lançar o seu novo IPAD revolucionou o mundo da publicação digital e bateu o predomínio mundial da Microsoft e, no vasto espaço cibernético, a WilkiLeaks provocou sensação ao revelar documentação militar e diplomática secreta americana, levando à detenção, e pedido de extradição para os EUA, do seu fundador Julian Assange. NÃO OBSTANTE AS INCERTEZAS, FELIZ 2011, CHEIO DE SAÚDE E...TUDO DO MELHOR!

2010 está prestes a acabar, sinal de que o 2011 está mesmo aí à porta. Será tempo portanto de se fazer balanço do que ficou para trás, e fazer previsões (e porque não sonhar) do que nos espera. Do que ficou para trás, já todos temos disso conhecimento, porque cada um, à sua maneira, sentiu e notou o passar do tempo, com mais ou menos agruras, bem como o que o tempo custou a passar! Pelo menos, e ao menos, que tivesse havido saúde para todos, mas infelizmente nem isso aconteceu para tantos cidadãos. Interessa desde já a pensar no próximo ano, no tudo o que de bom ou de mau ele nos pode presentear, fazendo desde já uma “forcinha” para que pelo menos a saúde, que é o melhor bem desta vida, nos possa acompanhar. Uma boa saúde, portanto, porque todos nós, afinal, sempre queremos chegar ao próximo Natal, sãos e salvos! Mas não acreditamos que vá ser tarefa fácil dominar e ultrapassar as barreiras que nos vão aparecendo no caminho, mormente nos próximos meses, e que vão por à prova toda a nossa capacidade de resistência. O Estado tem muitos juros e muita dívida para pagar, razão porque nos vão aparecer novas e mais medidas de austeridade, novas Leis Laborais, novo Código Contributivo, novos aumentos no custo dos bens e serviços, mais falências, mais desemprego, mais desespero. Dizem as estatísticas que vamos empobrecer à volta de uns 4.700 milhões de euros por dia, fruto da recessão que se espera. Em 5 anos, fecharam 264.000 PME, s e espera-se que em 2011 fecharão umas 40.000! Ora isto representa o atirar para o desemprego mais uns largos milhares de cidadãos, que ficam privados dos seus rendimentos do trabalho e, como uma bola de neve, como não recebem não compram, como não compram não se produz, como não se produz não se gera riqueza, como não há riqueza não há impostos para o Estado arrecadar. E como não arrecada pela via normal, mas como precisa para o equilíbrio da execução orçamental, entra-se no outro campo do aumento da carga fiscal que vai subindo assustadoramente, atrofiando tudo e todos. O FMI, dizem, anda por aí. É o próprio Ministro das Finanças que o “aceita”, como sendo prática corrente, porque até somos todos parceiros europeus! E esta situação, lembrame a forma como a Administração Fiscal trata certas Empresas, que vão tendo algum acompanhamento. Ora, o que até há bem pouco tempo era impensável, agora, pelos vistos é prática corrente os credores vigiarem de perto os seus clientes! Claro que os Governos, este Governo, gosta de mostrar obra feita. Vão gastando, vão consumindo, mas também vão diferindo no tempo os compromissos, porque quando chegar a hora de pagar, outros terão essa tarefa pela frente. Ainda há poucos dias um responsável pelo controle da execução orçamental dizia que as contas do Estado no ano fiscal de 2010 iriam cumprir o défice previsto, para satisfação dos cidadãos, em particular. Se V.Exa. me permite, direi a mesma coisa, mas de outra forma: o défice do Estado vai ser cumprido, como o previsto, para satisfação de Bruxelas e dos credores em geral, mas à custa dos cidadãos, pelo aumento da cobrança de impostos, da carga fiscal e das execuções fiscais. Penso que este pensamento e os factos em si são mais a realidade que se vive. CELSO MATOS

MIGUEL P P.. CARDOSO MÉDICO DENTISTA

Com: IMPLANTOLOGIA e ORTODONTIA

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GERAL 3

30/12/2010

UM CONTO DE NATAL

Hospital Cândido de Figueiredo de Tondela

O pinheiro de S. Martin

NOTA À IMPRENSA

N

a véspera de Natal, o padre da igreja no pequeno vilarejo de S. Martin, nos Pirinéus franceses, se preparava para celebrar a missa, quando começou a sentir um perfume delicioso. Era Inverno, há muito as flores tinham desaparecido – mas ali estava aquele aroma agradável, como se a primavera tivesse surgido fora de tempo. Intrigado, ele saiu da igreja para buscar a origem de tal maravilha, e foi dar com um rapaz sentado na frente da porta da escola. Ao seu lado, estava uma espécie de Árvore de Natal dourada. - Mas que beleza de Árvore! - disse o pároco. - Ela parece ter tocado o céu, já que irradia uma essência divina! E é feita de ouro puro! Onde foi que a conseguiu? O jovem não demonstrou muita alegria com o comentário do padre. - Na verdade, isso que carrego comigo foi ficando cada vez mais pesado e à medida que eu andava, suas folhas ficaram duras. Mas não pode ser ouro, e estou com medo da reação de meus pais. O rapaz contou sua história: - Tinha saído hoje de manhã para ir até a cidade de Tarbes, com o dinheiro que minha mãe havia me dado para comprar uma bela Árvore de Natal. Acontece que, ao cruzar um povoado, vi uma senhora de idade, solitária, sem nenhuma família com quem comemorar a grande festa da Cristandade. Dei-lhe algum dinheiro para a ceia, pois estava certo que poderia conseguir um desconto na minha compra. “Ao chegar em Tarbes, passei diante da grande prisão, e havia uma série de pessoas aguardando a hora da visita. Todas estavam tristes, já que passariam a noite longe de seus entes queridos. Escutei algumas delas comentando que sequer tinham conseguido comprar um pedaço de torta. Na mesma hora, movido pelo romantismo de gente da minha idade, decidi que iria dividir meu dinheiro com aquelas pessoas, que estavam precisando mais que eu. Guardaria apenas uma ínfima quantia para o almoço; o florista é amigo de nossa família, com certeza me daria a Árvore, e eu poderia trabalhar para ele na semana seguinte, pagando assim a minha dívida”. “Entretanto, ao chegar ao mercado, soube que o florista que conhecia não tinha ido trabalhar. Tentei de todas as maneiras conseguir alguém que me emprestasse dinheiro para comprar a Árvore em outro lugar, mas foi em vão”. “Convenci a mim mesmo que conseguiria pensar melhor o que fazer se estivesse com o estômago cheio. Quando me aproximei de um bar, um menino que parecia estrangeiro, perguntou se eu podia lhe dar alguma moeda, já que não comia há dois dias. Como imaginei que certa vez o menino Jesus deva ter passado fome, entreguei-lhe o pouco dinheiro que me sobrava, e voltei para casa. No caminho de volta, quebrei um galho de um pinheiro; tentei ajeitá-lo, cortá-lo, mas ele foi ficando duro como se feito de metal, e está longe de ser a Árvore de Natal que minha mãe espera”. - Meu caro – disse o padre – o perfume desta Árvore não deixa dívidas de que ela foi tocada pelos Céus. Deixe-me contar o resto desta sua história: “Assim que você deixou a senhora, ela imediatamente pediu à Virgem Maria, uma mãe como ela, que lhe devolvesse esta bênção inesperada. Os parentes dos presos se convenceram que tinham encontrado um anjo, e rezaram agradecendo aos anjos pelas tortas que foram compradas. O menino que você encontrou, agradeceu a Jesus por ter sua fome saciada”. “A Virgem, os anjos, e Jesus escutaram a prece daqueles que tinham sido ajudados. Quando você quebrou o galho do pinheiro, a Virgem colocou nele o perfume da misericórdia. À medida que você caminhava, os anjos iam tocando suas folhas, e as transformando em ouro. Finalmente, quando tudo ficou pronto, Jesus olhou o trabalho, abençoou-o, e a partir de agora, quem tocar esta Árvore de Natal, terá seus pecados perdoados e seus desejos atendidos”. E assim foi. Conta a lenda que o pinheiro sagrado ainda se encontra em S. Martin; mas sua força é tão grande que, todos aqueles que ajudam seu próximo na véspera de Natal, não importa quão longe estejam do pequeno vilarejo dos Pirinéus, são abençoados por ele. ESCRITO E ENVIADO POR PAULO COELHO (ESCRITOR BRASILEIRO)

O Conselho de Administração do Hospital Cândido de Figueiredo (HCF), face à noticia inscrita no jornal “Folha de Tondela”, do passado dia 17 de Dezembro, onde se anuncia o “Fim dos Hospital Cândido de Figueiredo” e demais noticias e comentários publicadas a propósito da criação do Centro Hospitalar Tondela – Viseu, EPE, cumprenos esclarecer e transmitir o seguinte: 1. O Hospital Cândido de Figueiredo (HCF) mantém o actual nível de cuidados especializados em Medicina Interna, Cirurgia, Ortopedia, Anestesiologia, Imagiologia e Patologia Clínica prestados no internamento, consulta externa e bloco operatório, o funcionamento do Serviço de Urgência Básica (SUB) nos moldes actuais (24 sobre 24 horas), a que irão acrescer os cuidados paliativos; 2. Será fácil de verificar que o H.C.F. não acabou, nem vai acabar. Com a concretização das obras de remodelação, os ajustamentos técnicos e funcionais necessários à instalação dos cuidados paliativos vai iniciar, isso sim, uma nova etapa na prestação dos cuidados a nível local e regional; 3. O H.C.F. vê, assim, abrir-se a possibilidade de intercâmbio funcional, de recursos técnicos e humanos e de melhora do seu quadro de referenciação estratégico na saúde pública, com os ganhos decorrentes das sinergias e complementaridades a estabelecer no âmbito do Centro Hospitalar, na linha

daquilo que já vem sendo feito desde há alguns anos a esta parte; 4. O novo quadro regulamentar e jurídico vem acentuar as garantias de sustentabilidade do H.C.F., no quadro do Serviço Nacional de Saúde (SNS), e permitir uma efectiva continuidade de cuidados prestados aos doentes, com carácter inovador, nomeadamente, a nível dos cuidados paliativos e em áreas médicas e cirúrgicas que se venham a identificar; 5. A prestação nos cuidados paliativos visa contribuir para superar uma lacuna nos cuidados continuados, dado o envelhecimento da população, o aumento da esperança de vida e a proliferação de patologias crónicas, para além de cumprir uma obrigação ética, moral e social ao criar espaços de prestação de cuidados ainda mais humanizados, independentemente dos interesses particulares ou corporativos que possam ser postos em causa. Em suma, da integração do futuro Centro Hospitalar Tondela – Viseu, EPE resulta claro e inequívoco que o H.C.F. entra no limiar de uma nova etapa no domínio da prestação dos cuidados de saúde, ditada apenas por critérios estritamente clínicos e objectivos nacionais e regionais de saúde, iniciando assim, a construção de um novo paradigma, no seguimento dos mais de 50 anos que já leva a ajudar no tratamento dos doentes do nosso Concelho e das populações vizinhas. Temos que transpirar carinho e solidariedade pela saúde e bem-estar dos nossos idosos e concidadãos. A saúde é um bem comum. TONDELA, 27 DE DEZEMBRO DE 2010 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE CAMPO DE BESTEIROS A Escola com o seu espírito de solidariedade, nesta época de grandes dificuldades económicas que afectam sobretudo as famílias é imprescindível um “combate” permanente e para o qual todos nós temos de estar atentos, comprometidos e empenhados, a Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos de Campo de Besteiros entendeu dinamizar uma campanha de solidariedade que resultou na angariação de produtos alimentares. Desta forma, serão oferecidos dezassete Cabazes de Natal a famílias carenciadas que perten-

cem à área de abrangência do Agrupamento de Escolas do Campo de Besteiros. A todos que contribuíram com “um gesto

simbólico de solidariedade em atenção ao espírito da quadra natalícia, em que os sentimentos de partilha e fraternidade estão mais

despertos na nossa consciência”, UM FELIZ E SANTO NATAL. PROFESSORA DE EMRC JACINTA ALMEIDA

S. O. S. – BOMBEIROS Ocorrências registadas pelos Bombeiros Voluntários de Tondela no período de tempo compreendido entre os dias 20 e 26 de Dezembro de 2010. Foram 131, as chamadas que envolveram 192

Bombeiros, que efectuaram 135 saídas com viaturas, percorreram 6.961 quilómetros, perfazendo, em tempo, 2374h36m. O número de doentes transportados foi de 168.


4 CONCELHO

30/12/2010

Molelos

Molelos

Rancho Cantarinhas tem nova direcção Assembleia-Geral: Presidente – Horácio Gomes Rodrigues, VicePresidente – Cesaltina Figueiredo Coimbra Dias, 1º Secretário – António Arede de Jesus e 2º Secretário – Amadeu Arede Marques de Jesus. Conselho Fiscal: Presidente – Rui Coimbra, 1º Vogal – Paulo Jorge Coimbra Marques, 2º Vogal – Alexandre Ferreira do Vale e Relator – Virgílio Matos Cabaças. Direcção: Presidente – Elvira Marques de Jesus, Vice-Presidente – Sandra Isabel Coimbra Dias, Tesoureiro – Paula Mendes Simões, 1º Secretário – Rosa Maria Coimbra Dias, 2º Secretário – Paula Cristina Rodrigues de Matos, Vogal – Regina Maria Paz Rodrigues Matos, Vogal – Rui Silva Matos, Vogal – Otília Dias Silva Matos e Vogal – Arnaldo Marques Pereira. Foi sorteado também o Cabaz de Natal, no dia 19 de Dezembro, sendo contemplados os números referentes ao 1º Prémio – 0059, 2º Prémio – 0182 e 3º Prémio – 0186. O Rancho “As Cantarinhas de Molelos”, através dos seus novos órgãos sociais eleitos aproveita esta quadra para desejar a todos os concidadãos, um Ano Novo de 2011, cheio de sucessos, profissionais e pessoais. A importância de nunca perder a esperança é algo que deve ser encarado no ano que se avizinha enfrentando assim com redobrado optimismo uma época difícil mas que pode trazer também excelentes oportunidades.

TEXTO E FOTOS: ARMÉNIO PEREIRA

A

ARMÉNIO PEREIRA ABERTO TAMBÉM SÁBADO À TARDE AGORA TÉ ÀS 22 HORAS AGORA,, ABERTO DE SEGUNDA A SEXT SEXTAA AATÉ Medicina Dentária / Ortodontia Ginecologia / Obstetrícia Ortopedia Pneumologia

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FICHATÉCNICA

Registo na DGCS nº 109 629 Depósito legal nº 54581/92 Semanário Regional Independente (Fundado em 10/08/1989) DIRECTOR: Manuel Ventura da Costa E-mail:mventuracosta@sapo.pt REDACÇÃO Arménio Pereira E-mail: armeniopereira@mail.telepac.pt PAGINAÇÃO E MONTAGEM Angelo M. S. Ferreira

Clientes da farmácia receberam cabazes de Natal Farmácia Molelos desenvolve iniciativas ao longo do ano que promovem uma aproximação permanente com os seus clientes, sendo exemplos disso, a caminhada realizada em Maio ou inúmeros rastreios levados a cabo nalgumas freguesias. Na época natalícia também não se fugiu à regra e assim todos aqueles e aquelas que efectuaram compras de medicamentos no mês se Dezembro tiveram a possibilidade de ficarem habilitados a um sorteio de cabazes de Natal para homem e senhora que decorreu nas instalações da farmácia na tarde da véspera do Dia de Natal. Os felizes contemplados foram no caso masculino Eduardo Coimbra Fernandes de Molelos, prémio recebido pela sua esposa e no feminino por Cláudia Sofia Almeida de Tondela que como outra coisa não seria de esperar se deram por bastante satisfeitas por começaram a desembrulhar as prendas antes do período da noite no aconchego dos seus lares. Estes cabazes diferenciados eram compostos

por vários produtos de higiene, dermo-cosmética, perfumaria, para além do indispensável bolo-rei e espumante, cabendo a sorte no caso masculino a Eduardo Coimbra Fernandes de Molelos que

foi recebido pela sua esposa e no caso feminino a Cláudia Sofia Almeida de Tondela. Testemunharam o acto de entrega dos cabazes de Natal com a sua presença a directora técnica

da farmácia e proprietária Carla Soares, tal como o seu marido, Jorge Soares e o presidente da Junta de Freguesia de Molelos, Horácio Rodrigues. Parabéns aos sorteados.

Proprietária da farmácia e Presidente da Junta de Molelos com uma das sorteadas

COLABORADORES Eng.º Hélio Bernardo Lopes, Dr. Cílio Correia, Dr.ª Marta Catarina Rosa, Maria da Conceição Marques Correia, Prof. Sérgio Carvalho, Dr. Leonel Marcelino, João A. Ventura da Costa, Artur Jorge Amaral Leitão CORRESPONDENTES Dr. Elisio Gomes de Matos (Barreiro de Besteiros), Henrique Marques Gonçalves (Caparrosinha), Optacilio de Matos Fragoso (Cortiçada), Herminio Henriques (Corveira), António Lopes de Sousa (Ermida), António Pais Ferreira (Lobão da Beira), José da Cruz Mendes (Mosteiro de Fráguas), Rodrigo Marques Xavier (Parada de Gonta), Amadeu Dias dos Santos (Tonda), Antonino Coimbra dos Santos (Vila Nova da Rainha), Manuel Francisco de Figueiredo (Vilar de Besteiros), Paulo Manuel L. Pereira da Fonseca (C. de Besteiros), Ana Maria de Almeida Simões (Lajeosa do Dão), Joaquim VIegas Conceição (Freimoninho), José Manuel Gomes Ferreira (Coelhoso), Eduardo Pereira Marques (Mouraz), Fausto Varela Macedo (Alvarim) PROPRIEDADE / ADMINISTRAÇÃO COMPOSIÇÃO SEDITON - Soc. Editora Tondelense, Lda Registo na DGCS nº 215 348 - Nº Cont. 502468076 Detentores com mais de 10% do Capital da Empresa, Eduardo António Ferreira Marques Arménio Ferreira Marques R. Dr. Marques da Costa Apartado 97 - 3461-909 Tondela E-mail: jornaldetondela@mail.telepac.pt Site: jornaldetondela.com.sapo.pt

IMPRESSÃO CORAZE - Oliveira de Azeméis Telef.: 256 600 580 - Fax: 256 600 589 E-mail: grafica@coraze.com ASSINATURAS E PUBLICIDADE Eduardo A.F. Marques TELEFONE: 232 822 137 FAX: 232 821 118 ASSINATURAS ANUAL (52 nºs) - NACIONAL = 25,91 Euros (c/IVA) ANUAL (52 nºs) - ESTRANGEIRO(Europa) = 55,12 Euros (c/IVA) ANUAL (52 nºs) - ESTRANGEIRO(Resto Mundo) = 68,35 Euros (c/IVA)

Avulso = 0,60 Euros (c/IVA) Números atrasados = 2,00 Euros (c/IVA) Dia de Saida: Quinta-Feira TIRAGEM NESTA EDIÇÃO 3.000 Exemplares ASSOCIADO DA

Jornal de Tondela, como orgão de informação independente, apartidário e apolítico, está aberto à participação de todos os cidadãos, pelo que a sua colaboração reflecte apenas ideias pessoais que não vinculam o estatuto editorial do Jornal.


OPINIÃO / REPORTAGEM 5

30/12/2010

OS IMPOSTOS E A LEI

O FIM DOS RECIBOS VERDES EM PAPEL

C

om a publicação da Lei n.º 3-B/2010, de 28 de Abril, que aprovou o Orçamento do Estado para 2010, veio introduzirse uma alteração ao art.º 115.º do CIRS, no sentido de permitir a desmaterialização do modelo de recibo a emitir obrigatoriamente pelos titulares de rendimentos da categoria B. No passado dia 29 de Novembro de 2010, foi publicada a Portaria n.º 879-A/2010, que veio aprovar os modelos oficiais de recibo, designado de “recibo verde electrónico” a emitir pelos referidos titulares da categoria B. Assim, de acordo com esta portaria, nem todos os contribuintes têm que utilizar recibos verdes electrónicos, pois esta obrigatoriedade apenas se aplica aos sujeitos passivos que já sejam obrigados à entrega por via electrónica das declarações de IVA ou de IRS porque ultrapassaram o limite de 10.000 • anuais. Para os restantes contribuintes, a adesão aos recibos verdes electrónicos é facultativa, podendo continuar a utilizar os recibos em papel. De acordo com a referida portaria, complementada com um comunicado de Imprensa do Gabinete do Ministro do Estado e das Finanças, de 30 de Novembro de 2010, a emissão dos recibos verdes electrónicos passará a ser obrigatória, a partir do dia 01 de Janeiro de 2011, sendo este novo sistema gratuito e dispensando os contribuintes da compra das cadernetas, o mesmo não se passando com os contribuintes que não sendo obrigados a aderir ao novo sistema e que pelo facto mantenham a emissão dos recibos em papel, deverão os mesmos ser adquiridos nos Serviços de Finanças ao preço unitário de 0,10 •. Os Contribuintes que, sendo obrigados a aderir ao sistema electrónico, não o consigam fazer por ineficácia do próprio sistema, poderão, excepcionalmente, emitir e imprimir, antecipadamente, recibos em branco do Portal das Finanças, sendo que nesta situação os dados dos recibos terão que ser inseridos no Portal das Finanças no prazo de 5 dias úteis seguintes ao momento em que o imposto (IVA e/ ou IRS) for devido. Foi ainda criada uma fase de transição, que permite que, entre 01 de Janeiro a 30 de Junho de 2011, a utilização do sistema electrónico seja facultativo, podendo os contribuintes utilizar o sistema electrónico ou o formato de papel antigo. CELSO COELHO-TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS

Tondela

Momento alto de futebol fora de campo em 2010 TEXTO E FOTO: ARMÉNIO PEREIRA

A

empresa “Já Plurivents” do treinador do Clube Desportivo de Tondela, Filipe Moreira, proporcionou um momento alto de futebol jogado fora das quatro linhas em 2010. Dentro da esfera competitiva como se sabe o CDT ocupa o 1º lugar da tabela classificativa da 2ª Divisão Nacional – Zona Centro, mas nos terrenos onde se movem as tácticas e as estratégias para levar a melhor sobre os adversários também foram protagonistas cinco treinadores portugueses para falarem desta temática no principal auditório da ACERT. Augusto Inácio, Manuel Fernandes, Carlos Brito e Rui Vitória foram os homens e s colhidos para um painel de luxo, mas o primeiro a dar o pontapé de saída foi Artur Jorge Braga Melo Teixeira, também conhecido por “Rei Artur”. Artur Jorge foi o primeiro treinador português a conquistar uma Taça dos Campeões Europeus ao serviço do F.C. do Porto na final de Viena contra o Bayern de Munique no qual sobressaiu o calcanhar de Madjer. A organização trouxe para o debate jornalistas desportivos habituados a esmiuçar o complexo mundo do futebol nacional, cabendo a árdua tarefa a Paulo Sérgio, Alexandre Afonso e Pedro Martins. Antes que alguns dos treinadores começasse a sua abordagem teórica sobre o que era o seu modelo de jogo foi apresentado um vídeo sobre cada um, tendo ainda sido gravado e apresentado outro de um treinador que não pode estar presente mas que nem por isso deixou desta forma mandar uma mensagem na circunstância Toni. Artur Jorge trouxe um contributo interessante ao debate falando da importância de todos aqueles que querem seguir uma carreira no futebol poderem fazê-lo compatibilizando-o com os estudos, o próprio afirmou que sempre teve intenção de continuar a estudar. A certa altura também não descartou a possibilidade de poder vir a treinar um clube ou uma selecção, mas só se for fora de Portugal e ao contrário do que muita gente pensa continua a divertir-se a ver futebol. Fez uma comparação pensada sobre as duas finais da Taça dos Campeões Europeus, de 1987 e Liga dos Cam-

Da esquerda para a direita, Rui Vitória, Artur Jorge, Inácio, Manuel Fernandes e Carlos Brito peões de 2004, ambas vencidas pelo F.C. do Porto, dizendo que nem sempre quando se diz aquilo que se pensa se é correcto. Na primeira, Artur Jorge lembra que o Porto jogava praticamente em casa do adversário e ainda por cima este era muito forte “e estou convencido que quem viu essa final sabia que nós não éramos favoritos, a outra final foi um bocadinho ao contrário, a equipa com quem o Porto jogou era mais fraca e as pessoas pensavam de forma mais positiva…”. Artur Jorge também não fugiu à passagem menos positiva pelo Benfica, lembrando que quando as coisas não correm bem neste clube, normalmente, a culpa é sempre do treinador, mostrando-se com pena das coisas não terem como seria desejável. E quando foi para a Luz até tinha propostas aliciantes do estrangeiro, nomeadamente, do Inter de Milão e do Atlético de Madrid. O conceituado treinador recebeu também em Tondela das mãos do Presidente da Associação de Futebol de Viseu, José Alberto Ferreira, o “Prémio Carreira”, tributando assim o percurso de anos cheio de títulos tanto em Portugal como no estrangeiro.

A COMPETÊNCIA E SERIEDADE Augusto Inácio foi o homem seguinte a falar à plateia de Tondela para dizer que a pressão no futebol entre os treinadores e os jogadores é grande e estes acabam por falar muitas vezes até das suas vidas particulares, “espero que nenhum aproveite aquilo que eu vou dizer, mas quando menos se paga é quando nós nos unimos mais, passa haver uma solidariedade muito grande com todos a tentar a resolver

os problemas uns dos outros…”. No futebol português cada vez se paga menos, não se paga e exige-se e isso é um problema grande que envolve os salários dos jogadores e quando o presidente pede para baixar o orçamento em 30% porque se assim não foi não se pode pagar, “mesmo conseguindo reduzir esse montante às vezes nem assim se consegue”. Relativamente ao modelo de jogo de Augusto Inácio referiu que a grande generalidade do futebol português está mais consagrado no 4-3-3, tal como acontece com a selecção nacional, mas o que o treinador mais gosta é o 35-2 que considera bastante ofensivo. A ausência de títulos num dos seus clubes do coração no caso o Sporting também foi aflorada, afirmando que o melhor exemplo que pode ser dado é com Paulo Bento que saiu e está a fazer uma grande carreira na selecção, considerando que o problema neste clube nunca foi do treinador mas sim estrutural.

A IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA Manuel Fernandes referiu que não é treinador de um só sistema já que o pode alterar muito em função do que o jogo lhe pode dar e das características dos seus jogadores. Assim neste momento, o Plano A, traduz-se no 4-4-2 em Losango, o Plano B é o 4-2-31 e o Plano C, 3-5-2 como o do Augusto Inácio. Em relação ao comportamento dos jogadores, o treinador do Vitória de Setúbal diz que basta que eles trabalhem bem uma vez por dia ou em determinadas fases da época duas, desde que depois vão para casa e tenham uma ali-

mentação condizente. Ao contrário os treinadores é que devem estar ao serviço do clube oito horas por dia. A palestra final antes dos jogos é sempre dada antes da refeição para os intérpretes do espectáculo segundo ele não ficarem indigestos e hoje cada vez é mais difícil que algum treinador consiga esconder a táctica do seu adversário. Questionado se o seu presidente no Setúbal lhe oferecesse o Cardoso, Falcão ou Liedson não hesitou em escolher o avançado do F.C. do Porto. Manuel Fernandes tem estado ligado a equipas que tem subido de divisão, no último caso, a União de Leiria que exigiu que a equipa base que tinha na Liga de Honra, permanecesse e ainda hoje esta equipa está feita. O antigo avançado do Sporting enalteceu as qualidades dos jogadores portugueses, mas reconhece que é preciso saber distinguir os que são de alta competição e os que não são. Esta é a parte mais difícil de saber, porque alguns jogam bem mas não têm nada a ver com a alta competição que é muito mais importante do que jogar futebol. Manuel Fernandes refutou também a ideia de que há uma diferença entre o treinador moderno e os da nova vaga, um dos aspectos mais importantes de uma equipa de futebol chama-se liderança e ela não se impõem mas conquista-se. O “Manel” preparou-se para ser treinador a partir dos 28 anos e lembrou-se do especial José Mourinho na altura com 26 anos de idade com quem trabalhou no Sporting como adjunto de Bobby Robson, elogiando-lhe o carácter e a determinação em singrar no mundo do futebol que já revelava na altura.


6 OPINIÃO

30/12/2010

DESTAQUE DA SEMANA Reflexões de cidadania

Dez sugestões

HÉLIO BERNARDO LOPES

C

AINDA FALTA CLAREZA

F

oram de grande oportunidade as palavras há dias proferidas por D. António Marto, creio que no âmbito de uma visita pastoral à Diocese de Leiria-Fátima, e em que abordou o pântano em que hoje o Mundo está mergulhado, e numa situação para a qual se não vislumbra saída. Se acaso tivesse dúvidas sobre o valor desta estimativa, muito presente junto da generalidade das pessoas em países os mais diversos, bastar-me-iam as palavras de ontem de Manuela Arcanjo, no seu frente-a-frente da RTP N, com Bagão Félix, bem como as considerações de Alfredo Bruto da Costa numa sua entrevista de anteontem. Ora, estas palavras de D. António Marto já vão mais longe do que é usual escutar por via da hierarquia da Igreja Católica. Mesmo, até, da portuguesa. Em todo o caso, estão ainda longe de serem claras e de tratarem a realidade a que se chegou pelos seus verdadeiros nomes. E essa falta de clareza radica, tão-só, nesta coisa simples: não se apontam as causas primeiras, no plano da organização da sociedade, para se ter chegado a esta realidade. É verdade que a globalização está desorientada, sem rosto e sem alma, aparecendo o Mundo como um corpo de gigante, mas com uma mente de anã. Simplesmente, D. António Marto mostra, nesta sua correta apreciação, dois aspectos primeiros que nunca abordou na sua intervenção, tal como sempre se terá dado – estarei errado? – com a Igreja Católica. Em primeiro lugar: a ideia que tem de uma globalização boa e correta é possível, ou não passa de um vulgar sonho que, nessa medida bondosa, até parece interessan-

te? E, em segundo lugar: mesmo que a globalização pudesse funcionar capazmente – com controlo, portanto – poder-seia, ainda assim, esperar no seu seio o surgimento de uma alma realmente forte e atuante? Não vou agora voltar a escrever o que dei à estampa no meu texto, A CRISE DO SISTEMA DE JUSTIÇA, publicado, entre outros lugares, na rubrica Opinião, do sítio, INVERBIS. Aí explico, a dado passo, mas com um desenvolvimento razoável, que o mecanismo da globalização se constitui numa estrutura anti-natural, desde que olhada numa perspetiva científica, e que, por isso mesmo, gerará sempre enviesamentos comportamentais terríveis, dolorosamente vividos através das consequências humanas que acarreta. A globalização desenvolveu-se – seria sempre assim – completamente à revelia dos valores que D. António Marto aponta nesta sua intervenção, sendo a sua motivação exclusivamente económica e financeira, e não como a resultante de uma opção política destinada a servir uma hipotética comunidade global. De resto, essa impossibilidade deriva da correspondente à ausência dos ingredientes mais essenciais à natureza humana. O motor, praticamente único, da globalização é o negócio, com o máximo de lucro e o mínimo de despesa. Não existe outro. Neste sentido, pois, disse muito bem D. António Marto que a bancarrota ética nos levou à bancarrota financeira. O problema está em que aquele que é o único motor da globalização sempre terá de gerar uma estrutura global destinada a gerar negócios com o má-

ximo de lucro e o mínimo de despesa, e completamente à revelia das pessoas e dos seus direitos naturais, pelo que pedir mais ética nos mercados financeiros e uma nova cultura política, sendo aparentemente lógico, não se concatena com a tal natureza da globalização, que é a atrás descrita e que se vai podendo ver ao dia-a-dia. Já todos a conhecem. Mas D. António Marto referiu ainda, e muito bem, que a economia virtual era uma mentira, e que se repercutiu agora na economia real, que é uma verdade hoje difícil de aceitar. Mas agora pergunto eu: onde estava a Igreja Católica, com o Papa e os seus bispos, quando eu me fartei de salientar, e ao longo de muitos anos, que a isto mesmo se chegaria se o caminho trilhado continuasse na senda do famigerado mercado – de facto, o neoliberalismo –, que sempre se teria de saldar numa competitividade sem limites, fatalmente acompanhada da mais vasta adulteração dos direitos naturais das pessoas? Eu tenho de partir do princípio, e que corresponde à realidade, de que a hierarquia da Igreja Católica é constituída por gente muito mais bem preparada do que eu, mesmo gostando muito do saber e de estar a par do funcionamento do Mundo, pelo que não posso deixar de pensar que a Igreja Católica, no mínimo, soube sempre o mesmo que eu, ou seja, que o caminho da doutrina económica posta em vigor, após o fim do comunismo soviético, teria de desaguar num pântano humano, social e ético como o de hoje. Então se a Igreja Católica sabia que as coisas seriam sempre deste tipo, que razões a levaram a pouco ou nada dizer de tal realidade?

Se D. António Marto tivesse estado na sessão do primeiro dia das provas de agregação do académico, Paulo Otero, teria podido acompanhar um mui interessante debate entre o histórico, Pedro Soares Martinez, enquanto arguente, e o agregando, e precisamente em torno da porta de saída para um balizamento moral das sociedades do nosso tempo. Ali mesmo, e até pelo que já conhecia do pensamento de ambos, propendi sempre para as dúvidas, mais que lógicas, do arguente. O tempo, infelizmente, veio dar-me razão. E é por isso que também eu concordo com D. António Marto, quando refere que os governantes (do Mundo) estão sem rumo, sem soluções à vista, sendo essencial que introduzam ética e valores. Simplesmente, pelo que se vai vendo com os mil e um obstáculos que vêm sendo colocados aos mais sãos e humanos objetivos de Barack Obama, também eu penso como o académico ilustre, Pedro Soares Martinez: mudar, claro, mas como? A minha opinião é simples: foi-se longe de mais em matéria de extinção da dimensão humana no seio das sociedades mais desenvolvidas, pelo que se terá atingido um ponto de não retorno. Para se parar este comboio, como a História tem mostrado, é essencial alterar o universo da nossa vivência, o que, em geral, pressupõe grandes ruturas, sempre dolorosas. Um horror que quase todos pensavam ser já coisa do passado. Esta recente intervenção de D. António Marto, sem dúvida muito oportuna e correta, mostra, todavia, que à nossa Igreja Católica continua a faltar clareza na voz. Nota : Este texto está escrito segundo o Novo Acordo Ortográfico

ada português trabalha metade do mês para pagar impostos ao Estado. Temos de o emagrecer. Portugal passou a última década a estagnar. Para que isto não se repita, urge mudar de vida. Neste fim de ano, eis dez sugestões de mudança. Poder político. Esta é a primeira mudança essencial. Só um governo maioritário cria condições para uma governação eficaz. Um governo que não se preocupe em agradar para ganhar eleições. Competência. Precisamos de escolher governantes e deputados em função da competência e não da fidelidade partidária. Recorrendo mesmo a cidadãos independentes. Só com os melhores podemos vencer. Combate à corrupção. O combate de que os políticos pouco falam mas que deve ser a grande prioridade nacional. É essencial dotar as autoridades judiciais de poderes e meios para investigarem e julgarem de forma exemplar. Justiça. Está um caos. Muitas mudanças urgem, mas há duas essenciais – que o poder político respeite a independência dos magistrados e que os magistrados observem exigências de produtividade. A produtividade tem de chegar à Justiça. Máquina do Estado. Cada português trabalha metade do mês para pagar impostos ao Estado. Às suas empresas, institutos, serviços e mordomias. Temos de o emagrecer e acabar com o regabofe. Libertando recursos para as pessoas e para as empresas. Só elas criam riqueza. Competitividade fiscal. Temos hoje impostos altos de mais. Não há condições para poupar e investir. No prazo de uma legislatura, reduzindo a despesa pública, lograremos baixar a carga fiscal, tornando-a atractiva para as pessoas e investidores. Investimento e exportações. É chegada a hora de ter uma ‘obsessão’ saudável. A obsessão por investir e exportar mais. É aqui que os incentivos do Estado se devem concentrar. Estado social. Foi uma conquista essencial. Para o manter há que o reformar. Os mais ricos têm de pagar alguma coisa – sobretudo na saúde – para que os mais carenciados nada paguem e o investimento na saúde não abrande. Pensões de reforma. Criar riqueza não chega. É preciso distribuí-la melhor. A prioridade deve ir para a melhoria de milhares de pensões e reformas de miséria. Há que reduzir o fosso entre os que têm muito e os que não têm quase nada. Educação. É a ferramenta das ferramentas. Só uma educação exigente, competição entre escolas e investimento nas profissões técnicas garantem o futuro. É o código postal do sucesso. Aqui ficam dez sugestões prioritárias. Veremos se há vontade de mudar. LUÍS MARQUES MENDES, EX-LÍDER DO PSD – C. DA M. DE 27-12-2010

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OPINIÃO 7

30/12/2010

Notas Semanais

Notas & Comentários

CÍLIO CORREIA

JOÃO VENTURA DA COSTA

APADRINHAR UM BURRO…

A

sensação de viver vê-se nos plátanos que se erguem, imponentes, à beira da estrada, quais sentinelas. Nada têm de épico. São apenas sinais de vida… tradução dum diálogo de surdos-mudos incólumes a qualquer paixão perante um horizonte ilimitado num final de tarde frio, no dia seguinte à noite de Natal. O vento rompe o silêncio, assobia. Enregela os ossos. É o inverno a pronunciar-se. O sol fica mais próximo, mas não aquece nada. Céu azul-escuro. Vêem-se as nuvens a baloiçar e a correr em direcção a outros mundos. Os pássaros chilreiam, enquanto fazem voos errantes até se encostarem às beiradas dos telhados: o seu porto de abrigo. Passear pelas terras cor de saibro incute uma nova ideia de tempo: vinhas crestadas, mulheres com lenços a cobrir a cabeça atados sob o queixo, xailes negros apertados e traçados à frente para esconder as mãos do vento agreste. Nariz vermelho e a pingar. Rios secos. Poços cheios de água, quase a transbordarem… terrenos encharcados. Os gatos e os ratos mexem-se bem em sítios abandonados. São gestores da sua própria distracção. Divertem-se em

correrias loucas e desordenadas, às descobertas ou no ripanço. Em casas isoladas parecem chusmas de saltimbancos, uns atrás dos outros, sem que ninguém saiba donde vêm ou para onde vão. São como pedras de xadrez. Apoderam-se dos corredores das casas como se fossem ruas geometricamente arquitectadas. Labirintos. A coisa mais natural do mundo: um gato atrás dum rato!... Meia bola e força. Viver é um privilégio. Os gatos aparecem e desaparecem, calcorreiam as lajes polidas, tropeçam ou afocinham nos calhaus e na cascalhada redonda que jaz encostada nos muros esboroados – os recantos mais íntimos dos ratos que ali abrigam a carcaça. Tudo isto parece distorcido, como que saído da caixa dita de Pandora e que, bem vistas as coisas, na velha mitologia, não passava, afinal, do nome dado à primeira mulher criada por Zeus (versão prévia à figura bíblica de Eva) como punição aos homens pela ousadia de Prometeu em roubar aos céus o segredo do fogo. Pandora – “a que tudo dá” ou “a que tudo pos-

sui”- foi criada por Hefesto e Atena com as qualidades que cada um dos deuses lhe deu: beleza, inteligência, paciência, meiguice, persuasão, graça, habilidade, traição, mentira, etc. A expressão “abrir a caixa de Pandora”… foi destinada por Zeus à espécie humana, como maldição. Esperem aí. Deixemme explicar as coisas como deve ser. Costumase dizer: “Ano Novo, Vida Nova”… Uma promessa de vida que ano após ano se renova entre abraços amigos, um copo de champanhe e “vivas” ao Novo Ano. A entrada em 2011 não será diferente. Um ritual. A vida tem destas coisas: rituais. Como comer doze passas na Passagem do Ano, alusivo a cada um dos meses do ano que se avizinha. Trata-se de um ritual social. Aproxima-nos do transcendental e da simbologia, como a da romã associada à fertilidade. Os caminhos longos e as vagas tortuosas empurram-nos para terrenos impensáveis. Os sítios e os lugares são a cara das pessoas que ali vivem. Daí que haja sítios intimistas e lugares que nos são indiferentes. Videntes. Criadores. Singulares. Bizarros. Tudo está certo e per-

Arrepios feito. Vêem-se por aí rebanhos de opiniões com visões semelhantes às panorâmicas que se tiram de passagens fugazes com os binóculos virados ao contrário. Tudo parece distorcido. Nunca esperei ser-me dado ver tantas dissonâncias. Ao tropeçar, contudo, nesse extraordinário comediante e artista chamado Woody Allen e no seu conceito de vida, não pude deixar de partilhar convosco a sua perplexidade e que é querer viver de trás para a frente: - “Na minha próxima vida, quero viver de trás para a frente. Começar morto, para despachar logo o assunto. Depois, acordar num lar de idosos e ir-me sentindo melhor a cada dia que passa. Ser expulso porque estou demasiado saudável, ir receber a reforma e começar a trabalhar, recebendo logo um relógio de ouro no primeiro dia. Trabalhar 40 anos, cada vez mais desenvolto e saudável, até ser jovem o suficiente para entrar na faculdade, embebedar-me diariamente e ser bastante promíscuo. E depois, estar pronto para o secundário e para o primário, antes de me tornar criança e só brincar, sem responsabilidades. Aí torno-me um bebé inocente até nascer. Por fim, passo nove meses flutuando num “spa” de luxo, com um espaço maior por cada dia que passa, e depois – “Voilá!” – desapareço num orgasmo “… De repente, olho para a televisão e vejo passar em rodapé: “apadrinhe um burro …”. Acabei por verificar que não me tinha enganado. Percebo que se adoptem medidas para proteger a raça asinina. Nestes tempos difíceis acabam por ser os animais, em muitos casos, os primeiros a ser abandonados ou deixados à mercê do acaso…

H

oje é domingo, o dia a seguir ao dia de Natal, são seis horas da tarde, caiu a noite e todas as garrafas de vinho. Não havendo, portanto, mais nada de interessante para fazer, achei que era apropriado levantar o maltratado esqueleto da cadeira, cumprir o meu dever e escrever o texto semanal. O almoço foi roupa velha, coisa que devia ter sido comida ontem à noite mas que, por causa dos excessos e do adiantado da hora, foi adiada para hoje. O bacalhau, ingrediente que é suposto estar presente neste cozinhado, pegou no alho e foram os dois de férias e deixaram para trás as batatas mais as couves. Desde já peço desculpa por quaisquer erros que possam detectar na escrita mas a culpa não é minha, os sulfitos são uma praga que os produtores de vinho ainda não conseguiram erradicar completamente e a minha cabeça continua a ter uma certa dificuldade em se relacionar com eles sem a ajuda de sais de frutas e de doses industriais de aspirinas. Estou na Tapada de Mafra, um complexo integrado numa quinta antiga mandada construir pelo rei D. Carlos, cujo objectivo era proporcionar às amantes e aos amigos uns dias de real brincadeira e de caça inesquecíveis. Como o rei já morreu há muitos anos, os animais selvagens, especialmente os javalis e os veados, multiplicaram-se desalmadamente e enchem as encostas e os vales que compõem este enorme espaço protegido. Quanto às amantes do jovem mas defunto soberano, pelo contrário, com essas já não há o risco de dar de caras o que até é um alívio porque, mesmo bêbado, devia ser um susto daqueles ter um encontro imediato com uma dessas abantesmas. Durante três dias, tudo isto está por nossa conta e nem sequer um único funcionário da empresa que gere a tapada fica para ouvir os nossos berros. O casarão, antigo, apesar de ter várias lareiras espalhadas pelas salas principais e de estar apetrechado com modernices como aquecimento central, é frio como o gelo que meto no gin tónico. Para descansar o esqueleto, foi-me destinado o quarto que tem o nome da rainha D. Amélia, um dos nove quartos que compõem o empreendimento. A senhora devia ser pequenita porque a cama não comporta os pés e a cabeça devidamente resguardados em simultâneo. Como preciso muito mais da minha rica cabeça – embora haja quem não concorde – disse aos pezinhos para se aguentarem à bronca o melhor que pudessem e optei por manter o cérebro, bem quentinho, debaixo das mantas. Os arrepios que neste momento me percorrem o corpo e me forçaram a vestir todas as camisolas que trouxe na mala, ou são um prenúncio da vingança dos pés pelo carinhoso tratamento que lhes dei ou, pior do que isso, será o espírito da falecida rainha a reinar comigo fazendo-me cócegas à socapa. Nenhuma das duas hipóteses me agrada mas o que é que eu hei-de fazer? Entretanto, enquanto tremo, desejo a todos um bom ano de 2011.


8 REPORTAGEM

30/12/2010

Tondela

O mundo encantado de Filipa Duarte FOTOS: RENATO SILVA TEXTO: ARMÉNIO PEREIRA

O

livro “Sublimes & Únicos” reflecte o mundo poético de Filipa Duarte visto por ela própria. A sua entrega à poesia é hoje uma missão apreciada e reconhecida junto da comunidade escolar do distrito de Viseu. Esta obra foi lançada em primeira mão na FNAC em Viseu no mês de Novembro e agora mais recentemente apresentado em Dezembro na Biblioteca Municipal Tomás Ribeiro numa cerimónia em que estiveram presentes várias entidades. O vereador do Pelouro da Cultura, José António de Jesus, a coordenadora da Rede Concelhia de Bibliotecas Escolares, Helena Duque, a representante do Agrupamento de Escolas da Lajeosa do Dão, Lúcia Almeida e o presidente da Junta de Freguesia de Tondela, José Manuel Mendes estiveram presentes. “Sublimes & Únicos”

reflecte a capacidade da autora em se expressar com frases curtas e simples o que lhe vai na alma sempre que não está em exercício poético aliás penso que o virtuosismo na capacidade de expressão se estende não apenas à poesia denotandose também na prosa de Filipa Duarte. A poetisa transportou para este livro a saga que a levou a vários locais do distrito de Viseu mas também fora dele, para enternecer as crianças das escolas com a poesia que tantas vezes não merece o respeito que deveria. O livro começa com um breve relato da autora sobre a sua chegada a Tondela, vinda de Nova Lisboa, Luanda, no Verão de 1975, a primeira aproximação aos alunos de então contribuíram para que rapidamente se apaixonasse pela pequena vila de então. Este passo contribuiu e de que maneira para o equilíbrio do plano afectivo quando a poetisa viveu durante essa altura os tempos mais complicados de quem estava habituada um estilo de vida completamente diferente.

Em todas as experiências vividas e relatadas no livro são intercaladas com poemas que oferecem o mundo de magia que só a própria pode dar. Eu gosto de três em particular o primeiro é sobre o entusiasmo que ela sente quando os alunos lhe perguntam sobre a idade, achando imensa piada ao modo como Filipa Duarte lhes responde, dizendo-lhes que nasceu no último ano da metade do

século passado. O trabalho intenso nas escolas é cansativo mas a poetisa chega ao fim do dia revigorada, quem corre por gosto não cansa mesmo em nome da poesia, em “Sublimes & Únicos” estica essa dedicação por escolas do concelho de São Pedro do Sul. Na memória ficou-me Manhouce, a terra da ilustríssima Isabel Silvestre, genuína baluarte da

cultura portuguesa, até Santa Comba Dão, passando como não poderia deixar de ser pela nossa cidade, onde difunde a sua poesia e de outros grandes autores na Escola Básica 2,3, Escola Secundária, Escola Profissional e Universidade Sénior, frequentada por alunos que a autora tem muito respeito. Um pouco mais à frente em “Sublimes & Únicos” despertaram-me particular interesse dois poemas, um dedicado a Nova Lisboa – Angola e especialmente outro “Ulisses, o herói de Tróia”. Filipa Duarte pelo trabalho que desenvolve em torno da poesia também dedica muito desse espírito a este género literário ao reconhecimento de outros autores famosos e que marcaram a poesia portuguesa, o grande, Luís de Camões, Miguel Torga, Florbela Espanca, Sophia de Mello Breyner, Fernando Pessoa e David Mourão-Ferreira, só para citar alguns nomes. Em “Sublimes & Únicos” chamou-me igualmente atenção à referência que é feita por Jorge Leitão à obra de Filipa

Duarte que num pequeno texto se deixa embrenhar no “Prazer de Voar”, “Silêncio das Palavras”, “Aventura no Paraíso”, “Sussurros e Clamores” ou o “Ser e o Estar” de Filipa Duarte, “é o sentido da musicalidade, é a vocação é o grande desígnio que a fadou para ser poeta”. Por último, a autora não esquece as referências que tem feito na promoção da poesia do nosso expoente máximo o grande poeta Tomás Ribeiro de Parada de Gonta, ou António Gedeão e Alexandre O´Neill. O livro termina com um texto intitulado “A Poesia Nasce, não se Aprende” dedicado a Filipa Duarte escrito por uma das suas principais admiradoras, a professora Lúcia Almeida. Neste é feita uma referência especial ao dia 20 de Abril que foi vivido na biblioteca escolar da Escola EB 2,3 da Lajeosa do Dão depois de um canteiro preparado pelos professores do qual saiu um dia repleto de “diálogos poéticos” com a poetisa eleita Filipa Duarte. “Sublimes & Únicos” vale mesmo a pena ler.


REPORTAGEM 9

30/12/2010

Campo de Besteiros

O simbolismo do presépio tradicional

TEXTO E FOTOS: ARMÉNIO PEREIRA

T

odos os anos pela época de Natal a Vila de Campo de Besteiros fica engalanada com um presépio digno desse nome. Pela forma empenhada

como é construído e reflexo da dedicação de algumas pessoas muitos dos que passam pela Praça da República, num espaço com cerca de 40m2, não podem ficar indiferentes ao que lhes está a ser oferecido, desde o dia 14 de Dezembro, até ao próximo Dia dos Reis. A tradição perdura há

oito anos por força do empenho de Belmiro Manuel Calheiros e Arlete Vinhanova, na qualidade de dirigentes do Rancho Infantil da Casa do Povo de Campo de Besteiros que tem sido a instituição que tem assumido toda a iniciativa quando chegamos à altura do Natal. Ao longo dos anos

este presépio tem vindo a ser ampliado e melhorado todos os anos, tendo lembrado o presidente de Junta de Freguesia de Campo de Besteiros que na altura tudo começou quando por força de um concurso promovido na altura pelo INATEL a ideia ganhou forma e foi sendo consolidada.

Este presépio tradicional contempla a parte da neve, do deserto com cactos por onde os Reis Magos caminharam ao encontro do Menino Jesus, na manjedoura acompanhado pelos animais. O presépio tem objectos que simbolizam as mós, lagos, rios, casas em madeira, florestas den-

sas de vegetação, casas de madeira iluminadas e até a simulação de uma pequena fogueira aparece neste trabalho de Natal. Na parte superior do presépio uma estrela colocada estrategicamente confere o toque final ao espaço que ainda beneficia de acompanhamento musical alusivo à época.


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Nandufe O CESTEIRO

“FESTA DE NATAL DO CORPO NACIONAL DE ESCUTAS DE NANDUFE” Decorreu no passado domingo dia 19 a festa de Natal do CNE de Nandufe, aproveitando a realização da santa missa foi feita a Promessa dos novos Lobitos, Exploradores, Pioneiros e Caminheiros, naturalmente e para agrado dos fieis que se encontravam a presenciar este Nobre Acto ficaram muito satisfeitos , alguns até por verem os seus filhos a fazerem parte de uma outra realidade da Vida. Este Acto enche de satisfação os próprios Escuteiros, porque passam a ter uma outra noção da necessidade que irão ter de futuro e com a certeza que lhes vai proporcionar bons momentos quer em termos individuais ou colectivos. Por volta das 13 horas seguiu-se um lauto almoço, muitíssimo bem confecionado pelos nossos amigos “cozinheiros”, pois verdade seja dita, não deixam os seus créditos por mãos alheias, pois estão sempre prontos ajudar qualquer que seja a colectividade da nossa

Freguesia. O espaço da nossa “Cantina”, Multiusos encontrava-se repleta de pessoas, ora familiares dos Escuteiros e amigos, ora com ilustres convidados que a Direcção do CNE chefiado pelo brilhante e também ilustre chefe António Dinis Marques que fez questão de tudo correr ao pormenor e bem organizado como é seu timbre.

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Parabéns chefe António, louvo o seu espírito empreendedor em prol da nossa Freguesia e pelo magnífico trabalho que tem feito por esta “Juventude”. A Câmara Municipal esteve representada através do senhor Vereador Pedro Adão que também dirigiu algumas palavras de incentivo a este tipo de evento, pois disse que os pais que trazem os filhos

neste tipo de evento cívico, devem se encontrar felizes por terem quem lhes tomem conta deles e saberem que estão pessoas à frente desta organização com responsabilidades sempre acrescidas. Também o Presidente da Junta de Freguesia, senhor Carlos Santos dirigiu-se aos presentes e em particular aos jovens incentivando a continuarem este belo serviço e agradecendo aos responsáveis tudo o que têm feito pois além de dignificar também têm levado o nome desta briosa Freguesia pelo País com a conquista de diversos troféus nas provas dos carrinhos de rolamentos. Terminou a sua intervenção desejando um Santo e Feliz Natal, tal como anteriormente o senhor Vereador. Ainda nesta fase o Reverendo Padre Américo dirigiu-se aos presentes incentivando também a tomarem parte sempre que possível neste tipo de eventos, e agradecendo a colaboração dos Escuteiros ao serviço da nossa igreja. Por último o Chefe António Dinis Marques, agradeceu a todos toda a colaboração para que nada faltasse a este evento, pedindo aos pais mais um pouco de colaboração e encorajando os outros para que tragam os filhos para este meio da comunidade cristã. Quis também dar uma palavra de agradecimento e sensibilizar todos os presentes, que se encontrava ali uma das figuras que muito deu e continua a dar a esta Freguesia, pois foi um Grande Obreiro para a nossa Freguesia, falamos do Excelentíssimo senhor Dr. João Almiro, que ainda há pouco tempo se encontrava um pouco adoentado, mas que tudo fez para marcar presença junto desta Família Nandufense que com cer-

ANTÓNIO FIGUEIREDO

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teza nunca o irá esquecer. Terminou desejando um Santo e Feliz Natal para toda a Comunidade. Todos os Escuteiros quiseram prestar um agradecimento público ao homenagear o seu Chefe máximo, senhor António Dinis por tudo o que tem feito e fez pelo Corpo Nacional de Escutas de Nandufe. A tarde foi preenchida com algumas peças de teatro e com cânticos de Natal o que agradou a todos os presentes.

“PT COMUNICAÇÕES” Aos responsáveis pelas linhas do serviço de telefone da PT Comunicações informa-se que no Bairro Novo, mais própriamente no inicio da Rua do Carvalho encontrase já algum tempo um fio de telefone quase ao nível do chão. Solicita-se assim ao responsável que mande arranjar ou retirar o respectivo fio, pois nesse arruamento poderá passar um veículo de porte mais alto e provocar mais estragos além do que já se encontra.Espera-se que este trabalho seja célere na sua execução.

“OS NOSSOS DOENTES” Já se encontra em fase de reestabelecimento no hospital de Sto. Teotónio em Viseu a senhora D.Maria de Lurdes Henriques Morais, que foi submetida a uma melindrosa operação. Também se encontram neste hospital o senhor António Marques de Deus,(senhor Paulino) e a senhora D.Maria Celeste esposa do nosso amigo Joaquim Augusto Simões a todos estes nossos conterrâneos desejamos um rápido reestabelecimento e que tudo corra pelo melhor.

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CONCELHO 11

30/12/2010

Parada de Gonta RODRIGO XAVIER

ASSOCIAÇÃO “OS AMIGOS” No passado sábado, dia 25 de Dezembro, esta jovem Direcção de “Os Amigos” mais uma vez ofereceu uma excelente prenda de Natal aos seus conterrâneos paradenses e outros vindos de outras localidades, e aos nossos emigrantes que nos visitaram nesta quadra natalícia. Com o público a chegar aos poucos a Banda “Kotaz à Solta” começava a fazer os preparativos e afinações dos seus instrumentos para então começarem por volta das 10h45

uma noite de espectáculo vibrante, quente e de arromba. Estes cinco músicos vindos de Cabanas de Viriato (Nelas), pouco, mas muito poucos minutos de descanso deram à centena de pessoas de várias idades que encheram o salão de baile, com música e cantares para todos os gostos e idades. Eram já quase duas horas da madrugada de domingo, dia 26, quando deram por fim o seu grandioso “show” musical o qual partiram por vezes os mais valentes e audaciosos dançarinos mais quen-

tes da noite que no exterior era fria e gélida. Estão todos de parabéns, órgãos sociais desta Associação, músicos e público.

CANTARES DE JANEIRAS Nesta tarde de domingo, dia 26, na nossa Igreja paroquial realizou-se um excelente e maravilhoso espectáculo de Cantares de Janeiras. Organizado pelo nosso Rancho Folclórico com a presença de mais três grupos vindos de outras localidades do Concelho, com a Igreja quase cheia de

forasteiros, amigos e fãs do folclore, os Cantares começaram por volta das 16h45 acabando pelas 18 horas. Foi o Grupo de Cantares de Canelas (Viseu) que começou, seguindo o Grupo Fonte Velha de Sabugosa, Rancho Folclórico Santo André de Mangualde e terminou com o Rancho anfitrião de Parada de Gonta. Não referimos nenhum dos Grupos porque todos eles foram excelentes nos seus cânticos alusivos a esta quadra natalícia, onde todos trouxeram os seus trajes habituais e cantaram as boas festas

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de Natal, Janeiras e Reis, cada um à sua maneira. A nenhum dos Grupos faltou uma lembrança oferecida pelo Rancho paradense, assim como o jantar em conjunto. Neste convívio estiveram presentes vários representantes das Associações paradenses, Junta e Assembleia de Freguesia, comunicação social (Jornal de Tondela) e outros, os quais confraternizaram num alegre e são ambiente. As boas vindas e agradecimentos ao público e aos grupos pela sua presença foram endereçados pela D. Nélida , acabando

com o Presidente do Rancho paradense, sr. Fernando Pinto, onde ambos desejaram boas festas a todos e um feliz Ano Novo de 2011, cheio de saúde, alegria e esperança para melhorias na crise porque passamos. Termino salientando que foi mais uma tarde de cantares das Janeiras onde os paradenses foram brindados pelos grupos presentes, indo para eles e Rancho Folclórico de Parada de Gonta os nossos parabéns e agradecimentos.


12 CONCELHO

30/12/2010

Mosteiro de Fráguas

Lobão da Beira

JOSÉ DA CRUZ MENDES

PASSAGEM DE ANO NA CASA DO POVO

FESTAS NATALÍCIAS Chegou o Natal e de seguida virá o início de um novo ano. É o Natal uma das mais importantes festas do ano para os católicos do Mundo e é de lamentar que não seja lembrado em todos os países. Nós acreditamos que há com certeza alguém que deu e dá vida à natureza e acrescentamos; felizes os que acreditam sem ter visto. Desejamos aos Exmos. obreiros do nosso Jornal, Director e proprietário, lembrando os srs. anunciantes, assinantes e leitores, pedindo ao menino Jesus que lhes traga tudo de bom, extensivos também ás respectivas famílias e que o novo ano concretize os sonhos mais desejáveis, principalmente na saúde e no amor.

FALECIMENTO No Bairro do Senhor dos Aflitos faleceu a sra. Encarnação Marques de Deus Saraiva, viúva, de 93 anos de idade. Era mãe da sra. Maria de Lurdes Marques Saraiva, José Manuel Marques Saraiva, Celso Marques Saraiva e de

ANTÓNIO PAIS FERREIRA

Daniel Marques Saraiva, este falecido no então Ultramar Português. Mãe extremosa, deixa muitas saudades a quantos com ela conviviam mas em especial à família. Após missa de corpo presente na Capela, muitas foram as pessoas presentes prestando-lhe a sua última homenagem e acompanhando-a à sua última morada no nosso cemitério paroquial. Paz à sua alma, aos familiares endereçamos sentidas condolências.

Sabugosa

III Encontro de Cantadores de Janeiras No próximo Domingo, dia 2 de Janeiro de 2011, pelas 16 horas no Salão Multiusos de Sabugosa vai-se realizar o II Encontro de Cantadores de Janeiras. Este evento conta com a participação dos seguintes Grupos: Grupo de Cantares de Farminhão; Grupo de Cavaquinhos e Cantares de Tourigo; Grupo de Cantares Mocidade Vinhalense (Vinhal - Lageosa do Dão e Ponte Velha Grupo Cultural de Sabugosa. A entrada é livre.

Como está previsto, a passagem de ano 2010/ 2011 será nas instalações da Casa do Povo e terá início pelas 21,00 horas (31/12/01). O cartar de atractivos para uma noite a quererse memorável, é aliciante. Ementa: caldo verde, arroz de polvo, bolo-rei e champanhe. Tudo animado com música ao vivo, após recebidas as inscrições. Apoiar estes projectos que podem e são razões para convívio e partilha, só leva à criação de união entre todos. Participar numa noite diferente é uma razão.

FESTEJAR O PERÍODO DE NATAL Neste período de Natal e Ano novo, a reunião de família, é um gesto que nos é trazido pelo presépio. Naquela cabana, onde o silêncio impera, a luz se renova, faz-se história do nascimento do Salvador. O Senhor chegou, está sempre connosco. Fez-se “luz” em muitas vivendas, poucos ousam,

ajuizar dos custos com despesas de energia, festejar a vida é um dom. Não faltou para cumprimento da tradição, a fogueira de natal no Largo/ jardim Cândido de Figueiredo, com todas as “iniciativas pontuais” proporcionadas pelos interessados.

NOVO ANO DE 2011 Primeiro do ano dia Mundial da paz. Dia de Santa Maria mãe de Deus. Inicia um novo ano. Sendo final de Ano, é tempo de se fazerem os balancetes e as propostas de vida, para o ano 2011. Em dia 2 de Janeiro celebra-se a Epifania do Senhor. Vulgos dia de Reis, os pastores vão ao encontro e é a sua manifestação. Queremos aproveitar para desejar o melhor para toda a sociedade em que nos inseridos. Que nos traga saúde, paz e gosto de ir ao encontro dos irmãos.

PRIMEIRO ENCONTRO DE JANEIRAS No que se pretende ser o Primeiro Encontro de Janeiras, na era dos novos

corpos directivos da Casa do Povo, realiza-se domingo dia 02/01/11 no coreto do jardim Cândido de Figueiredo pelas 20 horas. Grupos convidados: Cantares de Lobão, Cana Verde / (Canas de Santa Maria) e de Cavaquinhos de Nandufe. Apoiantes: Junta de freguesia local, Município de Tondela. É um espectáculo a não perder, numa época bela de mais para não ser vivida, participada e aplaudida.

SAUDAÇÕES NATALICIAS Num gesto que louvamos e muito agradecemos, fomos visitados por um grupo de cantadores de Janeiras, aliás muito bem composto de rostos e vozes e muito simpático. Reunia elementos directivos da Casa do Povo. Sua intenção era angariar fundos para aquisição de louça nova para o serviço na cozinha. Há anos que a existente, pelos tratos menos cuidados, a que no tempo foi sujeita, merece ser renovada.

Juízos Cíveis de Coimbra 3.º Juízo Cível Rua João de Ruão, Edifício Arnado - 3000-229 Coimbra Telef: 239854970 Fax: 239821560 Mail: coimbra.tc@tribunais.org.pt

ANÚNCIO (2ª Publicação) Processo: 866/10.6TJCBR Acção de Processo Sumário N/Referência: 2514297 Data: 14-12-2010 Autor: Cláudia Margarida Martins Lopes Réu: Feolcar - Unipessoal, Lda. e outro(s)

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Nos autos acima identificados, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, citando a Ré Feolcar - Unipessoal, Lda., NIF 182266281, com domicílio na Estrada Nacional N.º 2, Tondela, 3460-000 Tondela, com última residência conhecida na morada indicada para, no prazo de 20 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a acção, com a cominação de que a falta de contestação importa a confissão dos factos articulados pela autora e que em substância o pedido consiste, em: ser condenada numa importância nunca inferior a 2.000,00 Euros (dois mil euros) a título de dano moratório, derivado do retardamento da efectiva disponibilidade de uso e fruição pela autora do veiculo 51-59-TQ que aquela lhe vendeu; condenada a pagar a quantia de 620,16 Euros (seiscentos e vinte euros e dezasseis cêntimos), quantia resultante da soma das parcelas referidas em 36.º e 38.º do articulado, referente às despesas que a Autora se viu obrigada a fazer com as reparações aludidas em 35.º e 37.º, uma vez que tais reparações deveriam ter ficado por conta da ré, em virtude da convenção de garantia por um ano, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando. O prazo acima indicado suspende-se, no entanto, nas férias judiciais. Fica advertido de que é obrigatória a constituição de mandatário judicial. A Juiz de Direito, Dr(a). Leonor Gusmão O Oficial de Justiça, Rui Dias (JORNAL DE TONDELA, 30 DE DEZEMBRO DE 2010)


CONCELHO 13

30/12/2010

Tourigo

Ermida (Tondela)

MANUEL DA COSTA

ANTÓNIO LOPES DE SOUSA

FALECIMENTO Faleceu no passado dia 24 de Dezembro, no Hospital de S. Teotónio em Viseu, o sr. Adelino do Vale Marques de 85 anos de idade. Deixa viúva a sra. Virgínia Lopes dos Santos e era pai de Maria Etelvina Marques Dias, Maria Fernanda Marques Oliveira e Maria Encarnação Marques Figueiredo. Era ainda irmão da sra. Adelaide Marques do Vale. O sr. Adelino deixa ainda 9 netos e

9 bisnetos. O seu corpo só chegou no dia 25 à tarde à casa mortuária onde teve o seu velório. O seu funeral que se realizou só no dia 26 devido a duas das suas filhas terem que vir da Suíça. Após missa de corpo presente na Capela de S. Silvestre, foi a sepultar no cemitério de Tondela. Paz à sua alma e as condolências à família enlutada.

Freimoninho (Mosteirinho) JOAQUIM VIEGAS DA CONCEIÇÃO

NOTÍCIAS DA AFERT “MOINHOS DO TOURIGO” O Grupo de cavaquinhos “Moinhos do Tourigo” deslocou-se no passado Domingo a Vila Maior, São Pedro do Sul, a fim de participar no 4º Encontro de Janeiras. Neste encontro que decorreu na Igreja Matriz de Vila Maior, também estiveram presentes os seguintes grupos, que encantaram todos os que ali se reuniram: Grupo de Danças e

Cantares de Vila Maior – Lafões, Grupo de Jovens Horizonte – S. Pedro do Sul e AMOS – Associação de Moselos. A AFERT agradece o convite para participar nestes eventos que dão vida a tão belas tradições.

JANEIRAS Mais um ano está para começar, e para manter a tradição, também este ano a AFERT está a percorrer as ruas do Tourigo a cantar as Janeiras de porta em porta. Com esta

actividade a AFERT continua a recriar “velhos costumes” desejando a todos Boas Festas e um Feliz Ano Novo.

JANTAR DE PASSAGEM DE ANO NA AFERT A AFERT irá promover um jantar na noite do dia 31 para todos os Sócios que quiserem participar. As inscrições poderão ser efectuadas na sede da AFERT até às 13 horas de sexta-feira, dia 31. Ana Silva

ANO NOVO VIDA NOVA Vem ai já no próximo sábado o dia 1 de Janeiro de 2011 o tão falado pelos nossos governantes o ano da grande crise. É uma realidade que nos vêm dizendo há anos mas para nós a crise é só para os pobres e para os médios, nós sabemos isso não é necessário fazermos qualquer formatura nós que temos muita pouca cultura pelo menos eu, mas bem sabemos que a crise é só para os pobres porque os ricos não sentem a crise daqui desta humilde freguesia do Mosteirinho, mas que também tem gente boa. Quero desejar um feliz Ano Novo de 2011 com muita saúde e paz para toda a gente que Deus proteja a todos nós crentes e não crentes também quero desejar um Santo Ano Novo para todos quantos trabalham no Jornal de Tondela, a todos os correspondentes e assinantes. Também quero mandar um grande abraço ao meu amigo Fernando e esposa que estão no Luxemburgo e que são naturais de Molelinhos e que teve a amabilidade de me telefonar lá de muito longe e desejar umas festas felizes. Nesta altura do ano novo cheio de felicidades e paz para toda a família.

Também um bom ano novo para a D. Dulce Coimbra de Tondela com muita paz para ela e para toda a sua família. Também quero desejar um bom ano 2011 ao José Manuel da Ribeira do Campo de Besteiros também para o Sr. Hermínio Henriques da Corveira do Barreiro que tem estado um pouco adoentado, espero que melhore rapidamente.

UMA RECOMENDAÇÃO Esta recomendação vai para os donos dos cães que andam por aqui a vadiar pelas ruas. Já por diversas vezes esses cães acabaram por ser atropelados e mortos. A maioria das vezes os condutores nem se apercebem é sempre chato para os donos destes animais e para os condutores dos veículos que nem se apercebem. Se são animais de estimação não deviam andar ao Deus dará na via pública para bem desses animais, dos próprios donos e dos condutores que são muitas vezes apanhados pelas rodas de trás que nem se apercebem. Ainda por cima os donos ainda lançam a suspeita de que foi feito de propósito. Vamos lá ver se temos mais um pouco de respeito porque como se costuma dizer Deus não dorme.

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Chuva Índice UV: 2 Minimo

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30/12/2010 TELEFONES

Vila Nova da Rainha

B.de Tondela ----------- 232 814 110 ----------------- 232 814 111 ----------------- 232 814 112 B. C. de Besteiros --- 232 851 115 ----------------- 232 857 000 Bombeiros de S. João do Monte (Secção) --- 232 866 166 Bombeiros de Lajeosa do Dão (Secção) ------ 232 957 366 Hospital Distrital de Tondela ------ 232 819 060 Centro de Saúde Tondela ------ 232 814 040

ANTONINO DOS SANTOS

SAGRADA FAMÍLIA VENERADA NA GÂNDARA A população da Gândara da freguesia de Vila Nova da Rainha, venerou no passado domingo, sua Padroeira, Sagrada Família de Nazaré. A Santa Missa iniciouse por volta das 11e30h, pelo pároco da freguesia, Sr. padre António Flor em capela lindamente ornada com fiéis a encherem a capela mais uns quantos nas acessibilidades. O celebrante na sua homilia, chamou a atenção de muitos casais a destruírem o seu casamento ás vezes por falta de diálogo com serenidade, mas principalmente por falta de tolerância e perdão. Não aproveitam as obras vindas do Evangelho como é caso da Família que veneramos. Quantas vezes litigam com os filhos entre si, disse o celebrante. Entretanto, missa terminou, começou a preparação para a Irmandade, fazendo seu percurso pelo itinerário habitual. Enquanto a procissão se movimentava, subiam foguetes dando ainda mais brilho onde ele já existia Á tarde teve lugar um leilão de ofertas com o objectivo de angariar fundos para obras

EXTENSÕES DE SAÚDE Barreiro de Besteiros 232 871 209 Campo de Besteiros - 232 851 497 Canas de S. Maria --- 232 841 172 Caparrosa --------------- 232 856 290 Caramulo ---------------- 232 861 499 Lajeosa do Dão -------- 232 958 347 Lobão da Beira --------- 232 822 434 Molelos ----------------- 232 822 638 Santiago de Besteiros 232 851 112 São João do Monte -- 232 866 137 Tonda ----------------- 232 816 373 Vilar de Besteiros ----- 232 841 319

Alberto Gonçalves Coimbra, natural de Vila Nova da Rainha/ Tondela. Mãe de Miguel e de Susana Margarida. Maria Helena vinha amiudadamente à sua terra (fazia-a sua, seus pais eram de cá), principalmente nas suas férias. Sua vida foi um tormento e de sofrimento. Há uma dúzia de anos submeteu-se à implantação de um rim, nos últimos tempos foi acolhida por um

MARIA HELENA MORREU EM LISBOA Maria Helena Ascensão Rodrigues Coimbra de 61 anos de idade, professora do ensino de artes liberais, faleceu na passada sexta feira dia 17. Era natural de Benfica/ Lisboa. Era casada com Carlos

ÚTEIS

AVC. Com mais sofrimento ou menos todos partimos.

No sábado 18, partiu para o cemitério de Benfica com muitos colegas de profissão a chorarem-na. Paz à sua Alma e condolências à família. Por curiosidade e ser interessante passo a registar um pequeno texto de Santo Agostinho: » Se me amas não chores« Se conhecesses o mistério imenso do céu onde agora vivo , Este horizonte sem fim, Esta luz , que tudo reveste e penetra, Não chorarias se me amas! Estou já absorvida no encanto de Deus Na sua beleza sem fim..... Lembra-te dos bons momentos que vivermos juntos e verás que a saudade também é presença. Quando estiveres triste , infeliz, chama—me e Eu irei ajudar-te, e verás como é bom ter uma amiga do outro lado. E quando chegar também a tua vez não chores os que fi-

cam, porque não será um adeus, mas simplesmente até à vista, e Eu estarei lá para te receber....

MIGUEL ÂNGELO

O pequerrucho Miguel Ângelo veio do Luxemburgo, onde nasceu, para conhecer o bisavô. Fomos encontrá-los em grande paternalismo com o avô afagando no seu colo o seu menino querido. Chamar-lhe-ia um bisavô babado. Parabéns João.

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232 819 370 232 851 387 232 861 326 232 813 775

CORREIOS Campo de Besteiros - 232 857 010 Caramulo ---------------- 232 868 024 Centro Dist. Postal --- 232 814 120 Parada de Gonta ------ 232 951 444 Sabugosa ---------------- 232 841 638 Tondela ----------------- 232 819 080 DIVERSOS Inf. Pop. de Tondela - 232 822 157 Novo Ciclo ACERT - 232 814 400 Praça de Táxis -------- 232 822 067 Soc.T. Caramulo ----- 232 822 235 Águas do Planalto ---- 232 819 240 CENEL ----------------- 232 813 670 Aterro Sanitário do Planalto Beirão B. Besteiros 232 870 020 Turismo ----------------- 232 811 110 Câmara M. Tondela - 232 811 110 Tribunal Judicial ------- 232 814 280 Rep.de Finanças ----- 232 822 259 Centro de Emprego -- 232 819 320 Bib.Tomás Ribeiro --- 232 811 110 Cons.R. Predial ------- 232 814 160 Registo Civil ------------ 232 819 310 Secretaria Notarial ---- 232 814 180 Soc.Filarmónica Tondelense - 232 822 414 Piscinas Municipais - 232 813 757 Serviços Municipais de Metrologia ----------- 917 503 254 Estaleiros Municipais 232 811 110 Rigorauto - Centro de Inspecções --------- 232 813 827 Esc.Cond.Tondelense 232 822 420 Esc.Cond.Sr.Calvário 232 851 510 Adega C. de Tondela 232 819 030 Jornal “Folha de Tondela” 232 812 074 Emissora das Beiras 232 861 333 Zona Agrária ------------ 232 813 775


PENÚLTIMA PÁGINA 15

30/12/2010

Sudoku

Momentos de Poesia MARIA DA CONCEIÇÃO

SOLUÇÃO DO NÚMERO ANTERIOR.

Dois mil e dez está quase no fim, Dois mil e onze chega com Janeiro, Mas que ele não seja, ainda, mais ruim, Das coisas más não venha a ser herdeiro. E, por ser bom, se diga: até que enfim, Há pão e paz pra dar ao Mundo inteiro! Os governantes sabem, só assim, O Mundo passará a ser ordeiro. Mas, afinal, por quê deitar foguetes Se, a comida, logo após banquetes, Durante o Ano, vai ser indigesta?... O Ano vindo o quê nos vai trazer? Melhor será esp´rar que deixe ver, E não deitar o fogo antes da festa…

De Tudo um Pouco MVC

NO COMEÇO DO ANO AOS AMIGOS

Palavras cruzadas MANUEL DA COSTA Horizontais: 1-Rádio, s.q. Ferramenta que serve para carregar areia. 2-Prendera-se com elos. Condimento de origem indiana com vários produtos, entre eles o açafrão, o gengibre, malagueta, etc. 3-Afirmativo. Dirigia-se. 4-Encolerizara. 5-Aqui. Nome da décima letra do alfabeto grego. Campeão (fig.). 6-Nota musical. No caso de. 7-Mistura de gases que constituem a atmosfera. Recusa. 8-Colocar. 9-Que tem asas. Geração, raça. 10-Dolorido. Esmagar (os cereais). 11-Uma camada envolve a Terra e absorve as radiações ultravioletas. Satélite da Terra Verticais: 1-Rente. Castrado. 2-Além. Macho da rola. 3.Antes do meio-dia. Ruim (inv.). Invulgar. 4-Francês (abrev.). Prefixo que exprime a ideia de negação. Fala! 5-Lodo sem o começo. 6-Metade de onda. 7-8Amor cortado pelo meio. 9-Pequeno rio. Quinta nota da escala musical natural. 10-Soltaras pios. Pren. pess. segunda pessoa singular. 11-Outra coisa. Pega. Altar.

“Um dia a maioria de nós irá separar-se. Sentiremos saudade de todas as conversas atiradas fora, das descobertasque fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que partilhámos. Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos fins- de- semana, dos finais de ano, enfim…do companheirismo vivido. Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre. Hoje já não tenho tanta certeza disso. Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida. Talvez continuemos a encontra-nos, quem sabe,.. nas cartas que trocarmos. Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices… Aí, os dias vão passar, meses… anos…até este contacto se tornar cada vez mais raro. Vamo-nos perder no tempo… Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas? Diremos… que eram nossos amigos e… isso vai doer tanto! - Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida! A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente… Quando o nosso grupo estiver incompleto… reunir-nos-emos para um último adeus a um amigo. E, entre lágrimas, abraçar-nos-emos. Então, faremos promessas de nos encontrarmos mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida isolada do passado. E perder-nos-emos no tempo… Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades. Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!” FERNANDO PESSOA

DA POLÍTICA O dever da oposição é muito simples: opor-se a tudo e não propor nada. LORD DERBY A democracia é o governo pelo diálogo. Mas só funciona quando se consegue que as pessoas não falem. ATLEE

Pensamento da Semana Solução do n.º 1026 Horizontais: Orçamentado, coiro, artes, oro, remar, s, útero, cavar, ralos, arara, dai, roi, devoras, r, do, alourara, cá, ris, irado, t, asado, lauto.

Ponto Final

2010 – 2011

O povo que subjuga outro, forja as suas próprias cadeias. KARL MARX

MANUEL VENTURA DA COSTA

Mãos ao ar… 2011 vem armado!

M

eus caros Amigos e pacientes leitores: Confesso-vos com toda a franqueza que não sei como começar esta crónica de hoje. E a minha maior dificuldade reside no facto de não querer usar aquelas frases feitas, aquela lengalenga rançosa e hipócrita de votos dum Novo Ano cheio de prosperidades, com muita saúde, etc. e tal. E não queria, porque, se sou sincero ao desejarvos boa saúde, como posso eu garantir-vos uma coisa tão abstracta e tão difícil de encontrar nos tempos que correm, como é a prosperidade? Todos sabem como quero bem aos meus leitores e que só desejo que todos os seus sonhos se realizem. Mas em vez desses lugares-comuns eu queria, sem rodriguinhos, dizer-lhes o que me vai na alma… Dizer-lhes, por exemplo, que o ano que agora começa, por muito que isso nos custe, vai ser ainda pior do que o que agora findou; que por mais que nos martelem o bichinho do ouvido com promessas de melhoria, tudo isso não passa de conversa da treta e que as eleições que aí vêm, nada mais mudarão do que o inquilino de Belém. E dizer também que enquanto todos nós não nos convencermos de que é preciso trabalhar, produzindo e poupando, continuaremos cada vez a afastar-nos mais dos nossos outros parceiros europeus. Já repararam que nos seus discursos, os nossos políticos, só dão palpites e que a palavra “trabalho” raramente é pronunciada?! Portanto de nada vale andarmos a desejar prosperidades, a fazer votos de um bom novo ano e coisa

e tal, porque tudo isso não passa de conversa fiada que só serve para nos enganarmos a nós mesmos e arrastar os outros para esse estado eufórico e fictício em que vivemos. Financeiramente falando, já se deram ao cuidado de verificar a situação de qualquer dos políticos que passou pelo Governo depois do 25 de Abril?! Já ouviram ou leram que algum deles tivesse prescindido de qualquer das suas benesses em favor dos que mais precisam? De todos os casos em que foram julgados, algum foi parar à cadeia? Do nosso dinheiro que por eles foi desbaratado, a algum foram pedidas contas? Algum foi responsabilizado por má gestão? E pelos inúmeros desvios que têm havido?!... Portanto, meus amigos, enquanto não houver alguém que dê um murro na mesa e mande parar o baile, continuaremos a afastar-nos dos parceiros europeus e a aproximarmo-nos cada vez mais dos países do Terceiro Mundo onde há milhares de ricos muito ricos e milhões de pobres...muito, muito pobres. Sou, por natureza, optimista… A tal ponto que até continuo a sonhar com um Portugal mais humano, mais solidário e mais justo. O que não vejo – nem sonhando!..., – é alguém que transforme esse sonho em realidade. Portanto, meus amigos preparem-se, porque 2011 vem de lança em riste. E pronto a levar-nos couro e cabelo…


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30/12/2010


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