Jornal Dez 15/05/12

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O FUTEBOL PARA LER COM TODA A MAGIA DO DEZ

Nº4

“TARDES DE RÁDIO” As Ligas chegaram ao fim. Para trás ficam aqueles fins-de-semana emocionantes onde vemos um jogo e estamos atentos ao resultado do outro para saber como ficam as contas do título, das subidas e das descidas. Tardes de rádio e de lágrimas, de alegria e de tristeza.


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“O futebol é como o xadrez, mas sem dados“ Lucas Podolski, jogador


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“OS CAMPEÕES”

Nesta edição daremos destaque ao fim da época 2011/2012. Este foi um ano bastante competitivo e disputado na maioria dos campeonatos e que termina neste próximo sabado com o embate entre Chelsea e Bayern no maior palco futebolistico de todos,a Final da Champions. A reportagem será sobre Juanito, um mito do Real Madrid e o momento biografico desta edição pertence ao avançado mortifero George Weah. Esperamos que tenham gostado do rumo que as nossas edições têm tomado e não hesitem em nos enviar um feedback ou deixarem algumas sugestões. Ricardo Sacramento

www.jornaldez.com


FINAL DA CHAMPIONS LEAGUE

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“ A FINAL DOS S


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SUPLENTES” Texto: Bruno Gonçalves Fotos: Zimbio

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ayern e Chelsea discutem o título da “Champions” no Arena de Munique num jogo marcado pelas baixas de ambas equipas, mas com mais influência para a equipa inglesa. Uma final marcada pela surpresa dos finalistas que veio estragar os planos de Platini. Os alemães disputam a nona final do seu historial com um saldo empatado 4 vitórias e 4 derrotas no jogo decisivo. Já os ingleses vão para a sua segunda final da prova mais importante de clubes á procura da sua primeira grande conquista europeia. Os bávaros vão tentar conquistar o único título da época depois de internamente terem sido dominados pelo Borussia Dortmund. A equipa de Jupp Heynckes assenta o seu jogo no poderio ofensivo com vários jogadores a participarem na última fase, para além do tridente Robben/Ribéry/Gomez (com Thomas Muller como excelente joker) os dois médio centro Toni Kroos/Schweinsteiger aparecem muito bem nos espaços criados pelos homens mais avançados, o lateral Lahm também faz das subidas no terreno a sua principal característica. Na baliza mora um grande guarda-redes Neuer e á sua frente o elo mais fraco ou seja a dupla de centrais sem o o títularissimo Badstuber ausente por castigo assim como o lateral esquerdo Alaba. Os londrinos conseguiram vencer a taça de Inglaterra, mas ficaram num miserável sexto lugar na Premier League. Depois de terem começado a temporada com Villas Boas substituído por Di Matteo numa fase crucial quando tudo parecia caminhar para o abismo, o italiano conseguiu puxar pelo brio dos seus jogadores e agarrá-los de forma a concentrarem-se nos objectivos que ainda estavam ao seu alcance. Uma equipa que vai estar privada de jogadores como Terry, Ivanovic, Meireles e Ramires todos castigados e todos eles importantes nas várias fases de jogo do Chelsea. Os “blues” fazem da sua coesão defensiva o seu ponto mais forte e são capazes de defender bem com um bloco bastante baixo quando enfrentam adversários claramente mais fortes. Petr Cech de novo em grande forma garante inúmeras vitórias mas o problema poderá estar no quarteto defensivo pouco entrosado em jogo que em principio será: Bosingwa/David Luiz/Cahill/Cole, no meio campo Mikel/ Essien/Lampard perfilam-se como os principais candidatos – e se são excelentes na ocupação de espaços defensivos já não tem pernas para subirem e dar consistência e fluência no ataque durante 90 minutos – Kalou/Mata/Drogba serão os jogadores mais avançados e a eles se pede para serem letais no contra-ataque e é nesta fase que se tornam muito perigosos e que lhes valeu a chegada á final. O Bayern é o principal favorito, não por jogar em casa, mas porque tem melhores jogadores e melhor futebol mas do outro lado está Drogba, jogador fantástico, que se poderá reafirmar como uma lenda dos “blues” após este jogo.


EUROPA LEAGUE

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“ O HOMEM GOL

Texto: Pe Fotos:


LO”

edro Martins Maisfutebol

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ucareste, foi palco de mais um espectáculo que entusiasma milhões e milhões de pessoas pelo mundo fora, a Final da Liga Europa. Esta competição tem sido montra para muitos jogadores, treinadores e equipas, que aproveitam a segunda maior competição europeia de clubes para demonstrarem o seu valor e a sua qualidade e esta final não foi excepção. Final espanhola, apitada pelo árbitro alemão Wolfgang Stark, em solo Romeno, digno anfitrião do embate entre o Atlético de Bilbao e o Atlético de Madrid. O Atlético de Madrid apresentou-se em 4-2-3-1 com Courtois na baliza, Filipe Luís a defesa esquerdo, Juanfran a defesa direito, Miranda e Godin a centrais, Gabi e Mario Suarez a médios centro, Diego como médio centro mais ofensivo, Arda Turam descaído para a esquerda e Adrian descaído para a direita com Falcão a avançado centro. Uma equipa muito forte fisicamente, experiente, com raça à imagem do seu treinador e muito disciplinada tacticamente que soube dar a bola ao adversário e explorar os espaços vazios que o Bilbao deixava entrelinhas. Por sua vez o Atlético de Bilbao apresentou-se em 4-3-3 desdobrado em 3-1-3-3 ao atacar, filosofia primordial de “El Loco” Bielsa, com Iraizoz na Baliza, Iraiola a defesa direito, Aurtenetxen a defesa esquerdo, Amorebieta e Javi Martinez a defesas centrais, Iturraspe, Ander Herrera e de Marcos a médios centro, Susaeta e Muniain como médios atacantes e a Avançado de referência Fernando Llorente, equipa com grande capacidade ofensiva e qualidade técnica com enorme juventude e atitude lutadora.

Radomel Falcão decidiu ser protagonista assinando um golo de belo efeito logo aos 7 minutos com desmarcação para a direita, domínio, espera pelos adversários, protege a bola com calma, quebra para dentro e defere um remate em arco com o seu pé mais fraco, o esquerdo, à esquadra direita da baliza defendida por Iraizoz, que nada pode fazer. Foi um soco no estômago dos Bascos, mas que depressa voltaram à carga na procura do golo mas sem grande fortuna ora pelo desacerto na hora do passe e do remate ora pelo posicionamento táctico quase que perfeito do Atlético de Madrid. Llorente ainda teve uma excelente oportunidade para empatar, mas rematou fraco já no ar , a ser perturbado por Miranda que efectou uma exibição de alto nível, sempre no sítio certo, à hora certa. E quando o empate parecia mais perto, na sequência de uma bola parada bola ganha pela defesa do Bilbao que facilita na hora de aliviar, e onde Falcão é assistido já no centro da área, faz que vai rematar com o pé direito, levando todos os defesas para um lado, pisa a bola, volta-se sobre si próprio para o lado oposto e remata com o pé esquerdo para o fundo das redes, finalizando como só ele sabe, com arte de um verdadeiro “killer”para o 2-0.

Foi com o 2-0 que se chegou ao intervalo, onde Bielsa aproveitou para fazer duas substituições que bem fizeram à equipa que continuou a atacar sem nunca deitar a toalha ao chão, mas a atacar melhor com Ibain a entrar em grande plano com boas arrancadas pelo lado esquerdo nunca perdendo o sentido da baliza, como que a dar nova esperança aos Bascos. Por sua vez El Cholo Simeone, nada alterou mantendo toda a sua estrutura que se manteve inabalável Quande se pensava que iria ser um todo o jogo, e que apesar do constante duelo táctico desde o início sem que o assédio dos atacantes bascos se Atlético de Bilbao estivesse previsto, mantiveram sólidos e muito consistentes


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com Courtois muito seguro na baliza, Miranda intransponível e Godin muito experiente com um meio-campo bem organizado e fechado com Diego a organizar os contra-ataques mais tímidos na segunda parte, pois o Bilbao veio com tudo para cima com a entrada de Toquero, mas os de Madrid tinham um tigre á solta em Bucareste, Falcão cada vez que pegava na bola provocava arrepios aos adeptos do Bilbao e ainda mandou uma bola ao poste depois de mais uma bela jogada individual. É sempre de louvar a atitude guerreira dos jogadores do Atlético de Bilbao, mas já o velho ditado explica ”quem não marca, sofre” e mais uma vez já nos minutos finais depois de mais uma jogada de classe individual, desta vez por parte de outro grande jogador, Diego que matou o jogo com o 3-0. Foi um grande jogo, sem casos, nem polémicas, em um ambiente digno de uma final onde todos fizeram tudo para alcançar a glória da vitória, mas onde o Atlético de Madrid levou a melhor e onde o embate táctico, depressa foi absorvido pela qualidade técnica individual de jogadores como Diego, 5 assistências em toda a competição, e Falcão, o homem do jogo com dois golos de se lhe tirar o chapéu, finalizando a competição, pelo segundo ano consecutivo com equipas diferentes, como vencedor e melhor goleador com 12 golos. O futebol vive destes momentos, e é deles que as pessoas disfrutam e vibram tornando este desporto, o desporto Rei a nível Mundial.


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FC PORTO

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Texto: Bruno Pinto Fotos: Maisfutebol.com

ANÁLISE DO PORTO CAMPEÃO

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cabado o campeonato, resta fazer uma retrospectiva para analisar o que de importante se passou na época que consagrou os azuis e brancos como bi campeões nacionais. Nada melhor que começar pelo fim. O facto que marcou esta semana, para além da vitória por 5-2 contra o Rio Ave, foi o facto do presidente do Porto ter atacado mais uma vez a comunicação social, como aliás é seu apanágio. Quando perguntaram se Vitor Pereira iria ser o treinador para a próxima época, Pinto da Costa respondeu pura e simplesmente que não tinha de dizer que Vitor Pereira iria continuar no comando dos dragões, porque simplesmente nunca teve para sair do clube. Os contratos são para se cumprirem, concluiu. Pareceu de facto uma decisão acertada. Mais que ninguém, o presidente do Porto sabe que não foi por causa

do treinador do Porto que a época foi mais difícil que as anteriores. Acima de tudo, pareceu uma espécie de “mea culpa” por parte de toda a estrutura do Porto, que claramente não planeou esta época da melhor maneira. Tudo começa mal quando a uma semana do começo da pré-época o comandante abandona o barco. O comandante André Villas-Boas, obviamente. Com este exemplo deixado pelo menino que estava na cadeira de sonho, não se podia esperar que a tripulação se mantivesse calma e não o seguisse. Ainda para mais numa equipa que tinha ganho praticamente tudo. Os primeiros tripulantes a querer abandonar o barco em plena travessia foram Falcao, Alvaro Pereira, Rolando, Guarin e Fernando. O primeiro conseguiu mesmo fazê-lo e não importa


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discutir se tomou ou não a decisão certa. E é deste primeiro que convém falar, isto porque caso um dos outros jogadores saíssem, haviam soluções de qualidade para os substituir. Foi esta a primeira falha da estrutura azul e branca. Kleber confirmou ser um bom jogador para saltar do banco e com uma boa margem de progressão. Mas não haviam alternativas credíveis para discutir a titularidade com o brasileiro. Walter nunca chegou a ser uma verdadeira opção. Ao longo de toda a época, este foi o problema do Porto. Este problema sentiu-se principalmente na Liga dos Campeões, mais principalmente no último jogo da fase de grupos, em casa frente ao Zenit. Até à altura este tinha sido o melhor jogo da equipa de Vitor Pereira, mas que acabou empatado, muito por culpa da falta de eficácia. Nesse momento, sentiu-se a falta de Falcao. A

partir da eliminação da Liga dos Campeões, numa época em que os dragões tinham conseguido ser cabeças de série da prova, o ambiente começou a tornar-se pesado. Guarin teimava em não se exibir como no final da época passada. Fucile fazia exibições absolutamente decadentes, e por aí em diante. Estava tudo de pernas para o ar. A certo momento, a estrutura do Porto tomou uma decisão. Era preciso mandar embora quem estava a mais e trazer jogadores que pudessem ajudar. Daí, o regresso de Lucho parece ter sido o ponto de viragem para o clube. «El Comandante» veio trazer não só experiência como liderança no balneário. Uma lufada de ar fresco num balneário às portas da morte. A partir do momento em que Lucho pegou de estaca, a equipa começou a jogar melhor,


SPORTING

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apesar de todas as limitações que haviam na frente de ataque e que não tinham sido colmatadas com a contratação de Janko. O Porto começou a crescer no início do mês de Fevereiro e com o primeiro jogo de Lucho, na Taça da Liga frente ao Setúbal. A seguir o Porto recebeu e venceu o Leiria por 4-0. Estava dado o mote para a recuperação e para a conquista do campeonato. Apesar da eliminação da Liga Europa perante um fortíssimo Manchester City, os azuis e brancos não se deixaram abalar. Desde o jogo com o Leiria, foram 10 vitórias em 12 jogos para o campeonato, sendo que os dragões venceram os 6 últimos. Dentro desses 10 jogos, destaca-se a vitória frente ao Benfica por 3-2, e a vitória em Braga por 1-0. Uma grande ponta final que como já foi dito em edições anteriores, coincidiu com a aposta forte na dupla de centrais Maicon e Otamendi. Depois da consagração dos azuis e brancos, e da celebração de três festas de campeão, há que pensar na próxima época. Há muita coisa para fazer. Já se sabe que vão sair alguns jogadores. Alvaro Pereira, Rolando e Hulk são os mais prováveis. Se estas vendas forem avante, é crível que o Porto possa arrecadar no mínimo 80 milhões de euros pelo passe dos três jogadores, que é certamente um bom montante e que irá ajudar à regularização das contas. Quanto a entradas, a questão do ponta de lança vai ser mais uma vez o tema mais discutido nos jornais, e que terá que ser resolvido o mais urgentemente possível. Caso Hulk saia, será difícil arranjar substituto para um jogador tão decisivo. Mesmo assim, a estrutura dos dragões consegue sempre descobrir um talento que acaba por singrar, sendo os casos mais recentes: Deco, Quaresma e Anderson (para além do «Incrível»). Não é expectável que a próxima época vá ser mais fácil. Tem tudo para ser mais difícil, assim que Hulk abandone a invicta. Vitor Pereira vai, muito provavelmente, continuar a ser muitas vezes criticado. Nada que toda a envolvência do clube não consiga resolver. Este ano é o maior exemplo de que apesar de todas as dificuldades, o Porto consegue superá-las na maior parte das vezes. Portanto, a próxima temporada vai ser mais uma temporada de luta e de desfecho imprevisível.


LIGA ESPANHOLA

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“MADRID EM FE

T


ESTA”

Texto: Carlos Maciel Fotos: Zimbio

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Real Madrid venceu a Liga com números impressionantes. 100 pontos são um record espectacular e 121 golos é de outro mundo. São números de uma equipa que quando mostrou a sua melhor versão, poucos a conseguiam parar. Verticalidade, potência, velocidade e contundência. Os primeiros trinta minutos contra o Maiorca demonstraram essa versão da equipa de Mourinho. Pressão alta e muitos roubos de bola. Se pressionavam mais atrás, transição defesa ataque rapidíssima. Imagem de marca da melhor versão deste Real. Mourinho pôs o melhor onze para fazer a festa no Bernabéu. Com a excepção de Higuain que jogou por Di Maria. Benzema jogou na posição de extremo direito. Não era nenhuma novidade para o francês.

pouco nos jogos grandes e falta-lhe velocidade. Marcelo. Com o brasileiro não há meio termo. Fantástico a atacar, horrível a defender. Resolveu muitos jogos com as suas subidas anárquicas pelo flanco esquerdo, mas deixa muito espaço para as equipas contrárias explorarem. Mourinho opta por Coentrão em jogos grandes, não quer comprometer demasiado. O português é melhor a defender. O tanque Khedira. Fundamental na estratégia do Real. O melhor Khedira coincidiu com o melhor Madrid da temporada. Sacrifício físico e capacidade de destruir jogo. Com a sua lesão, jogou Lass na sua posição. Mais desordenado tacticamente, mas com mais técnica que o alemão. Na recta final da época, Mourinho apostou por Granero. Combina bem com Xabi Alonso e faz a bola circular mais pelo meio campo. No ataque. Higuain e Benzema são a “dor de cabeça” da equipa técnica. Poucas equipas podem contar com dois avançados como estes. Os números são impressionantes, os dois marcaram mais de 20 golos cada um. Os números de Higuain são ainda mais espectaculares, quando comparados com os minutos que jogou. Mas Benzema fez uma temporada de sonho. Entende o jogo dos companheiros como ninguém, movimentações felinas e faro de golo. Di Maria foi mais irregular que o ano passado devido ás lesões. É vital no estilo do Real Madrid pela sua verticalidade, improviso e velocidade. Depois da lesão voltou trapalhão.

O termómetro desta equipa é a dupla Xabi Alonso e Mesut Ozil. O espanhol é regular, passou por algumas dificuldades ao longo da época - sobretudo pela inadaptação de Nuri Sahin - que o levaram a uma fadiga física e psicológica. No entanto a sua visão de jogo, mudanças de ritmo e capacidade defensiva, fazem com que seja um pilar base do conjunto de Madrid. Se Xabi está mal, o Real Madrid também está. Ozil é um jogador excepcional. Numa equipa que não é muito associativa, falta-lhe a regularidade. Quando joga bem, troca a bola com os companheiros e faz passes de “régua e esquadro”. Ontem foi um desses dias e Cristiano. Todos os adjectivos são poucomo prémio marcou 2 golos. cos para contar a temporada que fez. As virtudes e defeitos do Real, são também Na defesa, o nucleo duro. Arbeloa, Ramos os seus. Competitivo, resistente, rápido, e Pepe. Os centrais fizeram uma tempora- agressivo, vertical, goleador. Em contra: da magnífica. Velocidade, posicionamento ás vezes é demasiado egoísta, conduz o e antecipação são as principais armas da jogo em demasia e em algumas ocasiões melhor dupla de centrais do mundo. Ar- falta-lhe visão de jogo. Para mim, terá que beloa é muito irregular, compromete um vencer a Bola de ouro 2012.


REPORTAGEM

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QUANDO O CORAÇÃO É MAIOR QUE A CABEÇA

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adrugada de 2 de Abril de 1992, depois de voltar de um jogo no Santiago Bernabéu para a Taça Uefa, Juan volta a Mérida num Peugeot 405. O condutor é o preparador físico do Mérida e ele lê as notas que tirou durante o jogo. Sonha em ser um grande treinador. Perto de Toledo, um camião de matricula portuguesa, carregado de troncos de madeira, perde a carga. O condutor não pode evitar os obstáculos e embate contra os troncos. O carro fica totalmente destruído. O condutor é levado para o hospital com ferimentos leves. O co-piloto não resiste. A notícia corre como polvóra e chega ás redações dos jornais desportivos. “Juanito”, mito do Real Madrid e da selecção espanhol faleceu num acidente de carro. Uma frase é lembrada “Pelo meu caracter tive muitos

problemas. Perdi muitas coisas em menos de trinta segundos”. Juanito perdia a vida nessa noite. Em menos de 30 segundos. O balneário do Real Madrid está destroçado. Valdano está bloqueado: “Era um homem com um problema para por de acordo o seu coração e o seu cérebro. No final ganhava sempre o coração”. Michel e Butragueño, desolados, não querem acreditar na notícia. Chendo está em choque. “Um homem como o Juan, tão grande, não merecia partir assim”. O rival Barça une-se ás condolências. Cruyff junta-se á dor “Era um grande futebolista. Qualidade e carácter, marcou uma época no Real Madrid”. Em Fuengirola, terra natal, quase 60 mil pessoas juntam-se ao último adeus. Todas as grandes figuras do futebol espanhol juntamse para uma emotiva despedida a Juanito.


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“É mais fácil ver porcos a voar por cima do Bernabéu, do que eu rectificar” John Benjamin Toshack, treinador


REPORTAGEM

O caixão está coberto de bandeiras do Real Madrid, Malaga, Atlético, Burgos e Mérida. O presidente do Real, tenta ser forte para discursar “Dizemos adeus a um artista, um ser humano que muitas vezes se prejudicou a si mesmo”. Com um carácter bastante peculiar, Juan Gomez, nasceu em 1954. Paradoxalmente começa no Atlético de Madrid aos 15 anos. Os dirigentes do Atlético alojam-no num hotel que ficava em cima dum famoso local de prostituição. Foi uma má ideia. Quando parecia estar destinado a triunfar pelos colchoneros, fractura a tíbia e o perónio e isso precipita o adeus. Passa uma temporada fantástica no Burgos, pese a ter escapado do quartel onde fazia a tropa para poder jogar futebol. Custoulhe um mês na solitária “Se por jogar futebol me metem na solitária, então peço desculpa e vou para a solitária”. Acaba por recusar uma oferta milionária do

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Barcelona, para jogar no Real Madrid. Era o seu sonho. No Bernabéu, não demorou a ganhar o carinho do público. Foi protagonista de noites memoráveis, de “remontadas” impossíveis. Juanito e os seus companheiros faziam do anfiteatro madrileno, um tsunami de emoções. Autodefinia-se como um “toureiro frustrado”. Não deixava ninguém indiferente. Era uma mistura de raça, fúria e explosão com fora de série. Só era afectado pelas suas constantes mudanças de humor, que tanto mal lhe fizeram á reputação. Tinha um coração XXL e um cérebro do tamanho de um feijão. No relvado era capaz de tudo junto á linha, mas era incapaz de controlar o seu caracter endiabrado, quando perdia a cabeça. Ganhou 4 ligas, 2 Taças do Rei e 2 Taças UEFA. Internacional e titular pela selecção espanhola foi um incompreendido, como todos os génios.


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REPORTAGEM Em 1979, quando ganhou a Liga, depois de ter sido acusado pelo presidente do Barça de “deixar grávidas em todas as esquinas”, Juanito pegou num microfone e dedicou-lhe a seguinte frase “Esta Liga é para ti, que gostas tanto de mim”. Depois de vencer o processo que lhe pôs, doou o dinheiro. Helenio Herrera, mítico treinador do Barcelona, também teve direito ao seu mau feitio. Juan marca em Camp Nou e diz-lhe “Este é para ti, agora vai para o lar de 3ª idade”. O tempo para lhe pedir desculpas, foi o de entrar no balneários. A sua paixão pelos touros também lhe custou alguns dissabores. O clube tinha-o proíbido de tourear, por medo a que se lesionasse. Um dia, a caminho de um jogo, Juanito põe um video duma tourada sua no autocarro da equipa. Em frente a jogadores e dirigentes. Custou-lhe uma pesada multa. “É superior a mim, vejo um touro e quero tourear”. O seu pior momento foi nas meias finais da Taça dos Campeões em 87. Contra o Bayern, pisa a cabeça de Lottar Matthaus, que estava deitado no chão depois de uma entrada de Chendo. Juanito cravou os pitons na cara do alemão em frente a todas as câmaras de televisão. Antes que a UEFA o castigara severamente, pediu um sentido pedido de desculpas “Tenho duas personalidades e hoje saiu o mau, o irracional. Sinto muito. Aqui o único prejudicado sou eu. Maldigo o meu carácter. Tentei dominalo, mas hoje voltou a sair.

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Não sei onde me meter”. Dias depois, Matthaus recebia uma capa de toureiro como pedido de desculpas. Reconciliou-se também com o seu companheiro de equipa Uli Stielike, que durante um Real Madrid-Neuchatel, lhe andou a cuspir e a insultar durante os noventa minutos. Vitima dele mesmo e dos seus excessos forçou o Real a fazer-lhe pensar no seu futuro. Os seus constantes erros e mudanças de humor, das quais de arrependia, mas que voltava a cometer, fizeram com que decide-se abandonar o Real Madrid. Não queria manchar a imagem do clube com os seus impulsos. Coincidiu com o seu divórcio. Regressou a casa, ao Málaga. Jogou duas temporadas mágicas antes de “pendurar as botas”. O seu amigo e idolo Curro Romero cortou-lhe a “coleta”, como na despedida de um toureiro. O seu carácter e a vontade de se sentir útil fizeram-no voltar ao futebol, em 91 ingressa num clube da Segunda B. A paixão pelos touros também era difícil de deixar. Todos concordavam que ele devia ser treinador. Começou no Mérida e o seu sonho era ser campeão europeu e ganhar a Champions que nunca venceu como jogador. A estrada cortoulhe o caminho, perdeu tudo em trinta segundos. Ainda assim a sua lenda continua viva, e em cada minuto 7, o público do Bernabéu coreia o seu nome.


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Texto: Carlos Maciel Fotos: Zimbio


INTERNACIONAL

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INTER “SALVA“ A ÉPOCA Textos: Tiago Soares Fotos: Getty Images

A Juventus festejou mais uma vitória e garantiu a invencibilidade na Serie A no jogo da despedida de Del Piero. 3-1 no jogo contra o Atalanta com um golo do maestro italiano – um remate belíssimo, em jeito, do jogador que fez mais de 700 jogos pela Vecchia Signora. Del Piero recebeu ainda uma ovação enorme no momento da sua saída do terreno de jogo, aplaudido de pé pelos adeptos da equipa campeã. Tempo de festejos e de despedidas - uma mistura de emoções no final de uma época verdadeiramente notável dos Bianconeri. Em Milão, e no jogo da despedida de Nesta, Gattuso, Seedorf, Zambrotta e Pippo Inzaghi após anos ao serviço dos Rossoneri, o “Supper-Pippo” marcou o golo da vitória por 2-1 frente ao Novara. Momento mágico em San Siro com Inzaghi (a passe de.. See-

dorf) a mostrar que quem sabe nunca, nunca esquece ao marcar um golo pleno de intenção como grande ponta-de-lança que foi e é. A velha guarda milanesa fica agora apenas entregue a Ambrosini e Abbiati, que farão o melhor possível para passar aos novos o espírito vitorioso de uma outra geração. Tarde de muitas lágrimas em San Siro, uma justa homenagem para os grandes campeões que vão sair do Milan. Nos outros jogos, destaques para o Inter, relegado para a pré-eliminatória da Liga Europa pelo Nápoles e pela Lázio (que entram directamente na competição), a qualificação da Udinese para a pré-eliminatória da Champions League e a salvação do Génova do inferno da Série B, onde militará o Lecce – acompanhando Novara e Cesena.


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“Perdemos, porque não ganhamos” Ronaldo, ex-jogador


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CINCO MINUTOS LOUCOS! Quando, a meio da semana, Sir Alex Ferguson, treinador do Man. United, disse que apenas podia ter esperança que “algo estúpido” pudesse acontecer ao Man. City, não podia decerto adivinhar que durante cerca de 25 minutos foi campeão de Inglaterra... Até Aguero, aos 93 minutos, rematar para o fundo das redes do QPR e dar a volta a um jogo que teve de tudo: drama, roer de unhas, emoção até ao fim e um herói argentino. À entrada para última jornada, City e United sabiam que, se ambos cumprissem o seu dever, o City seria campeão. Tinha tudo para o ser: vanta-

gem de golos, vantagem de jogar em casa, vantagem psicológica das últimas rondas lhe terem sido favoráveis. Os adeptos dos Citizens esperavam uma tarde tranquila, mas nada os podia preparar para o que viveram. O City adiantou-se no marcador frente ao QPR ainda na primeira parte (golo de Zabaleta) e chegou ao intervalo em vantagem, enquanto o United ia vencendo o Sunderland desde os 18 minutos de jogo. Mas os segundos quarenta e cinco minutos serão recordados (atrevo-me a dizer para sempre..) como dos mais emotivos e épicos da história da Primier League. O QPR, que lutava


INTERNACIONAL

para não descer de divisão, chegou à igualdade já na segunda parte, com Cissé a aproveitar um deslize inacreditável da defesa do City. Reduzido entretanto a 10 homens, o QPR não desistiu e deu a volta ao resultado por Mackie aos 65 minutos... E o United, no outro campo, era campeão virtual. O City tinha 25 minutos para dar a volta ao jogo, e Mancini colocou Balotelli e Dzeko para o assalto à baliza de Kenny que.. Tudo defendia. No minuto 90+1, e na sequência de um canto, Dzeko empatou para o City. Em Sunderland, onde jogava o United, tudo estava já terminado e os jogadores aguardavam no relvado o desenlace deste jogo. Mas, aos 93, fez-se história. Num raid pela

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defesa do QPR, Aguero fez o que já todos julgavam impossível: marcou o 3-2 e deu o título que escapava há 44 anos ao City. Caro leitor, se não assistiu, vá ver as imagens, procure os golos, procure os festejos. São estas coisas que fazem o futebol o desporto emocionante que é. O QPR acabou por festejar também, visto que se safou da descida devido ao empate do Bolton, que acompanha o Blackburn na descida para o Championship. Realce para o Arsenal, que assegurou o terceiro lugar e a presença na Champions (recordese que o quarto lugar – do Tottenham - pode não dar acesso a essa competição para o ano, caso o Chelsea vença a final de Munique)


OPINIÃO

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RUMO AO EURO 2012 Texto: João Sacramento / Fotos: Getty Images

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epois de a 2 de Dezembro de 2011, o sorteio da UEFA ter ditado Portugal no grupo da morte, juntamente com Holanda, Alemanha e a Dinamarca, eis que esta a chegar o momento das grandes decisões – Europeu 2012 Ucrânia/Polónia. Os torneios internacionais, são excelentes purificadores humanos, onde as populações dos diversos países se unem e vibram em torno dos feitos dos seus países. Por momentos, as pessoas, esquecem os problemas diários adjacentes as suas vidas assim como toda a problemática envolvente a tão balada crise financeira mundial. Os países centram-se num só objetivo – UNIÃO. Desde que me recordo, apenas tive oportunidade de ver o meu povo unido em grande escala, em pouquíssimas ocasiões. Ocasiões essas que coincidiram todas elas aquando da participação da seleção nacional em competições internacionais. Muitos ainda devem ter bem fresco na memória, toda a energia positiva

que assolou o país em 2004 durante o Europeu. Scolari conseguiu transmitir uma mensagem de união fantástica, uma mensagem toda ela bem estruturada e dirigida, capaz de mostrar o verdadeiro efeito positivo que o futebol pode ter nas pessoas. Uma mensagem que nenhum Primeiro Ministro ou Presidente da Republica foi capaz de transmitir ao povo Português, até a data. Pois bem, o Euro 2012 está ai a porta, e eu espero que o povo luso se junte mais uma vez em massa e façam força em mais uma campanha rumo ao sonho. Sonho esse que visa a conquista de um trofeu internacional, que se pode tornar histórica para um país repleto de tanto talento futebolístico, mas que nunca conseguiu conquistar um título a nível da seleção AA. O Euro 2012 vai ser um desafio muito difícil para Portugal, contudo não impossível. As competições entre países, são competições


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“Em 1967 deixei as mulheres e o álcool, foram os 20 minutos mais duros da minha vida ” George Best, ex-jogador


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especiais, disputadas a curto prazo onde os valores individuais que constituem as respetivas seleções não são sinónimo de sucesso, pois se assim fosse, teria sido impossível a Grécia ter conquistado o Europeu 2004. As competições internacionais, são provas exigentes, onde a sua conquista esta dependente de vários fatores entre os quais se destacam o valor/rigor coletivo, capacidade de união e espírito de grupo assim como o plano metodológico pré e durante competição. Estas competições requerem planos de desempenho regulares, onde qualquer falha pode significar um afastamento. Os planos de preparação, requerem cuidados especiais a nível metodológico. Os selecionadores têm de se mentalizar que estão a gerir seleções e não clubes. O tempo disponível para preparar os jogadores é demasiado curto. Este período não pode ser compreendido como uma mini pré-epoca desportiva. Deve sim,

ser compreendido como um período de recuperação e definição de estratégia, onde os jogadores, depois de disputarem uma época extremamente exigente nos seus clubes, necessitam de tempo para recuperar as suas capacidades físicas e mentais. O plano requer uma metodologia assente no treino integrado, onde a recuperação e preparação dos atletas e da equipa, deve estar inserido num contexto que envolva em simultâneo todos componentes físicos, técnicos, táticos e psicológicos. Estas componentes necessitam de ser trabalhadas num contexto de especificidade em relação as necessidades da equipa e da competição. Esta é a única solução viável pois a falta de tempo para preparar a equipa, não permite que se individualize as componentes de treino. O tempo é tão limitado, que a história reza que, normalmente as seleções bem-sucedidas durante os últimos anos nas competições internacionais, tendem


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“Relógios Rolex, colares de ouro, carros caros... odeio isso tudo” Dennis Bergkamp, ex-jogador


OPINIÃO a ser as equipas constituídas por um núcleo base de jogadores que jogam juntos nos mesmos clubes e que consequentemente estão rotinados e que se conhecem perfeitamente nas diferentes abordagens inerentes ao jogo de futebol. Caso de Portugal no Euro 2004 onde o meio campo era composto por jogadores exclusivamente do Futebol Clube do Porto (Costinha, Maniche e Deco), assim como a defesa (Paulo Ferreira, Nuno Valente, Ricardo Carvalho) e Jorge Andrade (um jogador com filosofia portista). Caso de Espanha durante o Euro 2008 e Mundial 2010, onde grande parte do núcleo base era constituída por jogadores do Barcelona e Real Madrid. Os processos de jogo requerem tempo de assimilação, e não nascem do dia para a noite. Por vezes, os treinadores dos clubes necessitam de meses ou inclusive anos, para desenvolver taticamente os seus modelos de jogo. Por isso não parece ser tarefa fácil para os selecionadores desenvolverem os seus modelos em 15 dias de preparação. Contudo, tendo em conta o panorama do futebol português, parece-me que este fator não seja abonatório para a seleção nacional. O selecionador nacional, terá de efetuar um trabalho exemplar, onde a sua mensagem sobre o modelo de jogo terá de ser transmitida e assimilada pelo grupo de trabalho num curto espaço de tempo. Atualmente, o contexto do futebol português, não permite convocar um sector de qualidade de uma equipa composto exclusivamente por jogadores lusos. Apenas o meio campo do SC Braga permitia tal situação (Hugo Viana, Custódio e Ruben Amorim), apenas Custódio foi selecionado. Contudo a seleção conta com um grande grupo de jogadores frutos da academia do SC Portugal onde inclusive, mui-

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tos dos selecionados jogaram juntos no clube lisboeta, casos de Rui Patrício, Veloso, Moutinho, Nani e Ronaldo, aos quais podemos adicionar Custódio, Quaresma, Martins e Varela que também foram formados na academia de Alcochete. Outro fator positivo poderá ser o fato de os 23 selecionados, corresponderem maioritariamente a base de jogadores que Paulo Bento tem selecionado durante a sua campanha (exceção de Custodio, Nelson Oliveira e Miguel Lopes), jogadores que já conhecem o modelo de jogo pretendido pelo treinador. A convocatória parece estranha, duvidosa e controversa para muitos críticos, contudo neste momento o que importa é constituir um grupo forte, unido, coeso, com grande valor coletiva, com uma grande fome de títulos e não com uma grande fome de destabilização interna. As campanhas da seleção têm de ser recordadas devido aos seus feitos positivos e as suas conquistas, e não devido aos seus casos enigmáticos e problemáticos como os que assolaram a equipa das quinas na campanha do Mundial de 2002 na Coreia e Japão. As opções de Paulo Bento parecem equilibradas, todos os setores possuem duas opções de qualidade. Agora resta acreditar, lutar e transpor os sonhos para o mundo real. É preciso acreditar no grupo, assim como na equipa técnica. Paulo Bento é um treinador com qualidade, um grande profissional, com valor e com o pulso necessário para gerir a equipa das quinas e que esta acompanhado por três pessoas de grande valor profissional como o de Leonel Pontes (adjunto), João Aroso (preparador físico) e Ricardo Peres (treinador de guarda-redes). Força Portugal Eu acredito!


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HISTÓRICO

15/05/12

“GEORGE WE

Texto: Ricar Fot


EAH”

rdo Sacramento tos: Maisfutebol

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George Tawlon Manneh Oppong Ousman Weah é um ex-futebolista e atual político liberiano. Recordado pelo mundo como um ponta-de-lança mortífero, como futebolista, passou pelo auge de sua carreira ao serviço do AC Milan, entre 1995 e 2000. Em 1995, foi eleito o Melhor jogador do mundo pela FIFA, e recebeu a Bola de Ouro, sendo assim o único africano a receber ambos os prémios. Como político, em 2005, concorreu à presidência de seu país, sendo derrotado pela candidata Ellen Johnson-Sirleaf. Rapaz pobre nascido num país de terceiro mundo, Weah não esquece as suas origens. Afirma que o seu sonho é tornar-se presidente da Libéria e ajudar as vítimas da guerra civil por meio da Fundação George Weah. Nasceu na Libéria, onde começou a jogar no Young Survivors Clareton. Depois de passar por outros clubes africanos, foi para os Camarões onde conquistou dois títulos nacionais com o Tonnerre Yaoundé e foi negociado com o AS Monaco de França, que foi o seu primeiro clube europeu, pelo qual conquistou uma Coupe de France, na temporada 1990/91. Em 1992, transferiu-se para o Paris Saint-Germain. Conquistou o título da Ligue 1 e mais duas Coupe de France, até que, em 1995, foi para o AC Milan. Em Itália, viveu a sua melhor fase no mesmo ano foi eleito Melhor, ganhou a Ballon d’Or da Europa e foi eleito, pela FIFA, o Melhor Jogador do Mundo. Weah foi o grande maestro do Milan na conquista do scudetto da temporada 1995/96. Os seus golos inesquecíveis tinham uma imagem de marca, o domínio de bola perfeito, a

arrancada em velocidade e o remate fatal. Após se tornar um herói em Milão, mudou-se para Inglaterra. Foi emprestado no Chelsea e, depois, vendido em definitivo ao Manchester City. Também teve uma rápida passagem de uma temporada pelo Olympique Marseille, em 2000/01. Em 2002, ao serviço do Al-Jazira, dos Emirados Árabes Unidos, anunciou oficialmente o fim da sua carreira após disputar a Taça das Nações Africanas. Apesar de ter conquistado até um prémio de Melhor jogador do mundo pela FIFA, Weah encerrou sua carreira sem nunca ter disputado um Campeonato do Mundo pela seleção.Ao todo George Weah fez 410 encontros, tendo marcado por 195 vezes, ao serviço dos treze clubes onde atuou. Conquistou oito títulos por equipas e sete a nível individual, com destaque para o Melhor Jogador do Mundo em 1995, Futebolista Africano do ano em 89, 94 e 95, a Bola de Ouro também em 1995 e o mais controverso de todos os prémios Fair Play da FIFA em 96. Este título gerou bastante polémica, já que foi nesse ano, mais precisamente a 20 de Novembro, que após um FC Porto vs AC Milan a contar para a Liga dos Campeões, que George Weah agrediu o antigo capitão portista, Jorge Costa, que ficou de nariz partido e após a operação ficaria três semanas suspenso pela UEFA. O caso deu-se no túnel do extinto Estádio das Antas, George Weah justificou a agressão com as sucessivas palavras racistas do jogador português, durante os jogos disputados em Portugal e em Itália. O avançado seria suspenso por seis jogos, mas tal acontecimento não o impediu de vencer o galardão.


MIÚDO MARAVILHA

15/05/12

MARIO GOTZE Texto: Pedro Martins Fotos: google.com

O talento que é nato, deve ser explorado de maneira a potencia-lo ao seu expoente máximo. Mario Götze é um desses casos, um jovem Alemão de 19 anos que tem demonstrado que possui potencial para ser uma referência do Futebol mundial. Começou nas camadas jovens do Ronsberg, passou no Eintracht Hombruch, de onde se transferiu para o Borússia de Dortmund.Figura de destaque em todas as categorias, sendo campeão regional sub 17 e sub 19. As suas exibições vistosas levaram-no a ser presença assídua em todos os escalões da selecção Germânica, onde foi campeão Europeu de sub 17 e ganhou a medalha Fritz Walter de ouro sub-17 , entregue pela Federação Alemã de Futebol premiando o melhor jogador alemão com menos de dezassete anos. Estreou-se na primeira equipa do Dortmund com 17 anos e este ano além de conquistar a Taça Alemã, proclamou-se bicampeão Nacional, onde apesar de uma longa paragem por lesão, ainda contribuiu com 5 assistências e 6 golos. As suas actuações além de consistentes e de enorme entrega, destacam-se pela qualidade táctica e técnica, o que promoveu a sua chamada para a selecção principal da Alemanha, onde marcou o seu primeiro golo no apuramento para o Euro 2012. Médio centro dotado com toque de bola apurado, com sensibilidade para o passe e para a leitura de jogo, sempre com acções consequentes e bem elaboradas, quer na recuperação de bola, quer na organização de jogo, destaca-se pela sua visão e rapidez de execução, pode também actuar descaído e mesmo não sendo um número dez à antiga consegue desempenhar essa função com sucesso. Este talento nato que dá cartas com brio e qualidade tonar-se-á com certeza, em uma das principais referências do futebol Germânico e Mundial, Mario Götze um miúdo maravilha do hoje para o amanhã.


APOSTAS

15/05/12

Dia e hora: 18/05/2012 - 19h45 Competição: Champions League Evento: Bayern x Chelsea Prognóstico: Mais de 2.5 golos Odds: 1.90 (Bet365) Uma final que já analisamos previamente aqui no Dez. Ambas as equipas gostam de pressionar bastante e tendem a cometer alguns erros defensivos e gerar espaços ao adversário. O Athletic vai querer vencer a eliminatória logo de início e vai pressionar a equipa de Falcao. Parece-nos que será um jogo com bastantes golos.

Dia e hora: 09/05/2012 - 19h45 Competição: Europa League Evento: Atlético x Athletic Prognóstico: Golo de Falcao Odds: 2.05 (Bet365) Dia e hora: 09/05/2012 - 19h45 Competição: Europa League Evento: Atlético x Athletic Prognóstico: Golo de Llorente Odds: 2.2 (Bet365)


EDITORIAL

INTERNET

Coordenação: Carlos Maciel e Ricardo Sacramento Editor Chefe: João Sacramento

15/05/12

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Direcção de arte e maquetização: Carlos Maciel

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Redação: Tiago Soares, João Sacramento, Bruno Pinto, Pedro Martins, Bruno Gonçalves, Ricardo Sacramento, Carlos Maciel, Nuno Pereira

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Publicidade: Ricardo Sacramento

O Jornal Dez não se faz responsável da opinião dos seus colaboradores.

ILARY BLASI A mulher de Francesco Totti, jogador da Roma. Ilary Blasi é modelo e apresenta o programa “Le Iene“, o equivalente ao programa “Caia quem caia” que deu na TVI há uns anos.

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