Jornal Dez 29

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O FUTEBOL PARA LER COM TODA A MAGIA DO DEZ

“GUERREROS”

Nº28


“Jogamos como uma galinha sem cabeça” Toschack

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RELATÓRIO DE JOGO Texto: relatoriodejogo.blogspot.com Fotos: Getty Images

1ª Parte O Corinthians tentou jogar quase sempre apoiado em ataque posicional, apesar da ação defensiva do Chelsea. Apesar de jogarem em 1-4-4-2, tentaram quase sempre afunilar o jogo, jogando nos corredores laterais apenas como recurso. Emerson era o avançado mais móvel, vindo muitas vezes até ao meio campo para ajudar na manutenção da posse da bola e descaindo várias vezes para o corredor esquerdo para dar solução nas transições. Nas si-

tuações de contra-ataque, eram poucas as bolas longas para as costas da defesa, com a equipa a preferir passes mais seguros pelo chão e procurar uma desmarcação já perto do último terço. Defensivamente foram pressionantes apenas no seu meio campo defensivo. Os médios ala do corredor contrário da bola fechavam bem no corredor central para colmatar a inferioridade numérica no setor intermédio, Emerson também descia por vezes para fechar a zona central.


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O Chelsea foi muito pressionante em todo o terreno de jogo, tentando anular a forma de jogar apoiada do Corinthians. Acabaram por ser eficazes nesta estratégia, limitando muito a ação ofensiva da equipa adversária e mantendo-a relativamente longe da sua baliza. Apesar de jogarem em ataque posicional a toda a largura do campo, também tentaram vários lançamentos longos de contra-ataque procurando as costas da defesa adversária. Não tiveram um padrão de ataque alternando muito os métodos de jogo ofensivo.

Marcha no Marcador 69’ - 1x0 (Paolo Guerrero) Substituições

72’ - Entra Oscar para o lugar de Victor Moses. Troca direta. 82’ - Entra César Azpilicueta para o lugar de Branislav Ivanovic. Troca direta. 86’ - Entra Juan Manuel Martínez para o lugar de Paolo Guerrero. Troca direta. 2ª Parte 86’ - Entra Marko Marin para o lugar de Eden Hazard. Troca direta. A única alteração tática no jogo aconteceu já depois 91’ - Entra Wallace para o lugar de Emerson. Pasdo minuto 90 com Tite a colocar mais um central (ti- sam a jogar em 1-5-4-1 com Wallace a ser o terceiro rando um ponta de lança). Estes segundos 45’ aca- central. baram por ser mais partidos e com mais oportunidades para ambas as equipas, com o Chelsea a ter Árbitro: Cuneyt Cakir (Turquia) as mais flagrantes mas a não aproveitar. Todas as substituições de Rafael Benítez foram trocas diretas Cartões Amarelos: Jorge Henrique (56’) e David Luiz e acabaram por não trazer muito ao jogo. (72’). Jogadores-Chave

Cartão Vermelho: Gary Cahill (89’).

No Corinthians, Cássio poderá ter sido o melhor jo- Assistência: 68275 (International Stadium Yokohagador com defesas em lances de golo para o Chel- ma) sea. No Chelsea não houve grandes destaques individuais Clima: Céu limpo (13ºC) apesar de a equipa não ter jogado tão mal quanto isso.


DE SE TIRAR O CH

Te


HAPÉU

exto: Eduardo Pereira Fotos: Getty Images

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A oitava vitória consecutiva do Benfica na Liga até começou mal. O Marítimo chegou a estar em vantagem, mercê de um golo de Rodrigo António, mas Cardozo começou a dar forma ao hat-trick ainda antes do intervalo, evitando que a desvantagem se estendesse ao segundo tempo. Rodrigo também facturou, regressando aos golos mais de dois meses depois, e os encarnados passam o Natal isolados no comando do campeonato, já que o F.C. Porto viu o seu jogo frente ao V. Setúbal adiado para Janeiro. Depois da jornada vitoriosa de Alvalade e com apenas um jogo pela frente antes da pausa de Natal na Liga portuguesa, o Benfica não queria deixar de garantir os três pontos diante do Marítimo, por forma a manter-se no topo da tabela até ao final do ano. Soube, de véspera, que o embate entre sadinos e portistas ficara adiado por falta de condições do relvado do Bonfim mas nem assim se deu ao luxo de facilitar diante de um Marítimo que, apesar de registar apenas três empates na Luz nos últimos 12 anos, não costuma ser um dos visitantes mais acessíveis que os encarnados acolhem no seu reduto. Jorge Jesus não fez, desta feita, qualquer alteração ao onze que tinha apresentado diante do Sporting, mantendo Jardel no eixo da defesa por indisponibilidade de Luisão. Começou melhor o Benfica, que foi somando ocasiões para marcar mas esbarrando sempre em homens da defensiva madeirense. Aos 15 minutos, Cardozo ofereceu a Lima a possibilidade de inaugurar o marcador mas o brasileiro permitiu que o guarda-redes Ricardo detivesse o cabeceamento. A falta de eficácia benfiquista foi

penalizada ao minuto 26. Livre na esquerda do ataque maritimista, Rodrigo António recolhe a bola dentro da área e remata cruzado para o primeiro golo da noite. Apanhado em desvantagem, o Benfica viuse na obrigação de correr atrás da reviravolta mas a equipa deu uma resposta bastante positiva, não perdendo a compostura e alcançando o empate ainda no primeiro tempo. Depois dos dois golos (e ”meio”) apontados em Alvalade, Cardozo voltou a demonstrar o porquê de ser o melhor goleador estrangeiro de toda a história do Benfica e rubricou um hat-trick na noite em que também fez o seu centésimo golo na Liga. Tudo começou aos 34 minutos, com um cruzamento de Salvio, a que Cardozo, dentro da pequena área, deu seguimento para o 1-1. Aquele era um golo que já se vinha adivinhando havia algum tempo e percebia-se que o resultado não iria ficar por ali. O Marítimo aguentou a igualdade até ao intervalo e, já no segundo tempo, ainda foi capaz de adiar a vantagem encarnada por mais de 20 minutos. Os homens da casa, com Enzo Pérez já em campo, por troca com André Gomes, iam apertando o cerco à área dos insulares mas estavam a ser incapazes de virar definitivamente o resultado. Surgiu, então, o inevitável Cardozo, ao minuto 66, a cobrar com toda a calma uma grande penalidade por mão de Roberge (que foi expulso no mesmo lance) e a deixar o Benfica mais à vontade no jogo e nas contas do campeonato. Para o Marítimo, que até esse momento já estava a lidar com uma tarefa muito complicada, o cenário ficou bastante negro, dado que teria de jogar o resto do encontro com dez e, além disso, estava obrigado a ir em busca do golo para evitar a derrota. Foi, por isso,



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sem surpresa que, dois minutos mais tarde, Cardozo apontou o terceiro da noite e colocou um ponto final na questão do vencedor. O paraguaio teve a felicidade de estar no sítio certo para aproveitar o ressalto de um lance contruído por Lima e que, depois de tabelar no guarda-redes madeirense, acabou no pé esquerdo do Tacuara, aquele que mais estragos tem feito nas redes adversárias. Tendo já “o pássaro na mão”, o Benfica precisava apenas de gerir o rumo dos acontecimentos e, sem arriscar muito, procurar dar mais volume ao marcador, uma vez que a diferença entre golos marcados e sofridos tem sido factor determinante no despique com o F.C. Porto. Isso aconteceu já muito perto do final do encontro, aos 87 minutos, quando Rodrigo apontou o 4-1 poucos segundos depois de ter entrado para o lugar de Óscar Cardozo. O espanhol não marcava com a camisola encarnada desde a recepção ao Beira-Mar, a 6 de Outubro deste ano. Triunfo incontestável de um Benfica que está em alta rotação e a quem as ausências de Witsel e Javi García parecem estar a afectar muito pouco - ou mesmo nada - nas competições nacionais. A Liga Zon Sagres entra, agora, em modo de férias de Natal, regressando apenas em Janeiro do novo ano. O próximo compromisso do Benfica para esta prova está marcado para dia 6, altura em que os encarnados visitam o Estoril. Antes disso, porém, terão de medir forças já hoje com o Olhanense (16h00) e, no dia 30, com o Moreirense (também às 16h00), em dupla jornada da Taça da Liga.


EMPATE NA CHO


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OUPANA Francisco Baião Fotos: Getty Images

O

Sporting somou, este sábado, mais um empate (o sexto em doze jogos) para a Liga Zon Sagres na deslocação ao terreno do Nacional da Madeira, terminando o ano, no que ao campeonato diz respeito, com apenas dois triunfos e uma média de um ponto por jogo. À partida para este encontro, Nacional da Madeira e Sporting estavam lado a lado na classificação, com 11 pontos somados em outros tantos encontros e com apenas dois pontos acima da linha de água, que podem ser reduzidos para apenas um, caso a Académica vença na deslocação ao terreno do Moreirense, no confronto que opões os dois últimos classificados da competição. À semelhança de muitos outros jogos, o Sporting entrou apático, com medo de errar e com pouca garra e ambição e o Nacional da Madeira, aproveitando uma evidente superioridade física sobre o seu adversário facilmente dominava o meio-campo e explorava os flancos para criar perigo com Mateus de um lado, Candeias do outro e Rondón ao meio a superarem Insúa, Cédric, Xandão e Eric em lances em velocidade. O primeiro sinal de perigo aconteceu logo aos 4 minutos de jogo quando, Isael, na esquerda, fez o que quis de Labyad e, ao primeiro poste, Rondón atira para defesa de Patrício que, aos 8, desviou para canto um corte de Eric Dier após cruzamento de Candeias. Aos 14′ é novamente Patrício a defender um remate, desta feita de Rondón que, lançado com um passe longo desde a defesa,

aproveita a falta de coordenação da defensiva leonina para dominar com o peito e atirar para a defesa do guarda-redes do Sporting que seria batido aos 24′ num lance, mais um, em que o meio-campo e a defesa ficaram a ver jogar e Isael, perante três adversários que o seguiam passivamente, atira para o golo. Os festejos dos jogadores madeirenses indiciavam que o mais difícil estava feito, agora bastava segurar o jogo e os três pontos. Acontece que o Nacional da Madeira quis começar a defender cedo demais e o golo sofrido fez bem ao Sporting pois, sem nada a perder, a equipa começou a soltarse e, aos 26′, fazia o primeiro remate da partida após um cruzamento de Cédric desviado, de cabeça, por Wolfswinkel para defesa de Vladan. O Sporting ia crescendo e o Nacional ia desaparecendo e, aos 31′, é Pranjic quem tem uma boa oportunidade mas o seu remate, já dentro da área adversária, sai muito por cima. O jogo chegava ao intervalo com o resultado de 1-0 que se aceitava pelos bons 25 minutos iniciais do Nacional e pela inexistência de Sporting ofensivo em grande parte do primeiro tempo. A segunda parte começa com o jogo na mesma toada com que terminara a primeira, ou seja, o Nacional mais preocupado em defender que em “matar o jogo” e com o Sporting a atacar, mas muitas vezes sem nexo, em rasgos individuais dos seus jogadores. E foi num rasgo individual de Capel que o Sporting poderia ter chegado à igualdade quando, aos 55′ Wolfswinkel falha uma grande penalidade ganha,



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inteligentemente pelo espanhol que, vendo o movimento de Manuel da Costa na sua direção, deixa que o português cometa a falta. Parecia ser mais uma noite de pesadelo para o Sporting quando, aos 69′, após passe de Dier, Cédric faz um golo de levantar o estádio ao atirar, de pé esquerdo, para o ângulo superior direito da baliza de Vladan, restabelecendo a igualdade que já se justificava pelo total desaparecimento do Nacional na segunda parte da partida e pelo ascendente do Sporting. Com um empate que não servia a nenhuma das duas equipas, os últimos 20 minutos foram de ataques de um lado e de outro, com a primeira oportunidade a pertencer ao Nacional com Patrício a fazer uma grande defesa na cobrança de um livre e, na resposta, seria Jeffren a desperdiçar soberana ocasião para dar a volta ao marcador, ao rematar por cima quando tinha tudo para fazer o golo. O jogo não terminaria sem mais uma boa intervenção de Patrício que, aos 80′, e perante mais um exemplo da descoordenação defensiva leonina, tem que se opor ao remate de Diogo Barcellos que lhe apareceu na cara após passe de Rondón. O empate final acaba por se ajustar àquilo que se passou dentro das quatro linhas e acaba por ser, ainda assim, um dos resultados mais positivos do Sporting esta temporada uma vez que são crónicas as dificuldades leoninas sempre que se desloca à Choupana.


LIGA ZON SA


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AGRES Pedro Vinagreiro Fotos: Getty Images

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a última jornada de 2012, 12ª jornada, o Benfica descolou do Porto, à condição, com uma goleada ao Marítimo por 4-1 mas que poderia ser histórica tal a avalanche de oportunidades criadas. Na deslocação do Porto a Setúbal, o jogo não deu sequer início devido ao mau tempo, o árbitro argumentou que o relvado não deixava a bola circular. No acesso aos lugares europeus Braga e Paços de Ferreira receberam e venceram Estoril e Vitoria de Guimarães, respectivamente. Paços ascendeu ao 4º lugar por troca com o Rio Ave que foi a Aveiro perder com o Beira-mar por 3-1 que assim subiu de 15º para 8º. No fim da tabela continuam Académica e Moreirense que este fim-de-semana se confrontaram e não foram além de um empate. Nesta jornada destacou-se Mossoró pelo grande jogo realizado, jogando e fazendo jogar a equipa de Braga. Um dos responsáveis pelo bom desempenho da equipa. A contínua desilusão jornada apos jornada tem sido o Sporting, uma equipa à deriva, sem um fio condutor de jogo, sem ideias claras e com graves problemas financeiros. Após um empate na Madeira sobre o Nacional por 1-1, Godinho Lopes tratou de apresentar Jesualdo Ferreira como o novo Director Desportivo para todo o futebol leonino. Mais uma vez num timing errado mas há males que vêm por bem e o despedimento do Jesualdo Ferreira do Panatinaikos pode ser a tabua de salvação desportiva para o Sporting. Numa jogada a longo prazo parece claro que Vercauteren e que dará lugar no final da época a Jesualdo Ferreira e este sim tratará de reformular e impor princípios de jogo há muito perdidos após saída de Domingos Paciência. «É mais uma solução de recurso, numa reforma que não é reforma, mas oxalá Jesualdo Ferreira seja a solução para os problemas do Sporting» afirmou Eduardo Barroso à TVI24

Alem dos desportivos mais grave são os problemas financeiros pois o Sporting terá de pagar 12.3M€ à CMVM até meados de Janeiro e só tem uma solução, abrir os capitais da sociedade anonima a investidores, o Sporting terá de perder a maioria na SAD e permitir que alguém se “apodere” dela como se vê em muitos campeonatos europeus e só assim terá capacidade para se regenerar e estancar o ferimento profundo. Muito ainda acontecerá esta época no Sporting e um dos cenários será mesmo o de eleições antecipadas.

Na próxima abertura de mercado haverá ajustes nos planteis, Porto já contratou o central de 18 anos Diego Reyes por valores ainda não revelados e o mesmo se deverá passar com Benfica, Braga e Sporting, este ultimo talvez mais vendedor que comprador. Moutinho, Rolando e Gaitan, Nolito e talvez Patrício e Gelson Fernandez poderão ser as próximas saídas de Janeiro do campeonato português. No mercado interno poderá avizinha-se mais um negócio entre Porto e Sporting que poderá envolver dinheiro e jogadores pela possível ida de Izmailov para o Porto. Mas aqui o problema já será outro porque caso o jogador comece a jogar constantemente sem lesões fica provado que este simulava lesões, pelo menos é esta a opinião do presidente da assembleia geral da SAD leonina Eduardo Barroso «Se Izmailov for para o FC Porto e começar a jogar imediatamente, fica provado que o seu problema não é físico. Nunca deveria ter merecido uma prorrogação de contrato um jogador que não estava a jogar e que se recusou a defrontar o Atl. Madrid» Quanto á lista de melhores marcadores Cardozo fez um hattrick o quinto desde que está no Benfica isolando-se no comando com 12 golos. Eder também se aproximou do topo da lista, tem agora 7 golos. Na próxima jornada teremos um escaldante Sporting-Paços de Ferreira, Porto-Nacional, Estoril-Benfica, BragaÚnica solução será abrir o capital da Moreirense, Gil Vicente-Guimarães, sociedade anonima a investidores Marítimo - Beira-Mar, Rio Ave-Olhanense


e Academica-Setubal.

Classificação: 1º 2º 3º 4º 5º

Benfica 32 FC Porto 29 Braga 23 Paços de Ferreira 19 Rio Ave 18


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“Para mim despedir um treinador é como beber uma cerveja. Posso beber vinte num ano, até cem se fizer falta” Jesus Gil y Gil

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ANDRÉ GOMES Texto: Francisco Gomes da Silva Fotos: Getty Images


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Médio-centro de grande envergadura física. Preenche o meio-campo como ninguém. Pé direito de grande qualidade técnica e sempre de cabeça levantada. Liderança, organização e visão de jogo são algumas das suas características. Falo obviamente da nova coqueluche do futebol português e encarnado, André Gomes. Nascido e crescido no Porto, começou desde muito jovem a jogar, neste caso no FC Porto onde chegou mesmo a carregar a braçadeira de capitão. Na época de 2008, André acabaria por ser dispensado do Porto e rumar ao Pasteleira, onde revitalizou a sua carreira para na época seguinte rumar ao Boavista. No 2º ano de júnior, o médio português acabou mesmo por viajar até Lisboa para assinar pelo Benfica onde chegou, viu e ganhou o seu lugar, figurando-se um líder dentro do campo uma vez que chegou mesmo a envergar a braçadeira de capitão do Benfica. O talento do médio portuense deu nas vistas na época passada como júnior de 2º ano, alcançado o 2º lugar com 30 pontos, 2 atrás do Sporting. A sua afirmação no meio-campo benfiquista valeulhe a chamada à Selecção Sub-19, onde realizou o Europeu Sub-19 na Estónia. André Gomes, Agostinho Cá e João Mário formaram o tridente do meio-campo. Portugal caiu na fase de grupos, somando uma vitória frente à Estónia por 3-0, um empate contra Espanha que se viria a sagrar campeã por 3-3 e uma derrota frente à Grécia por 3-2. O médio português somou 2 golos nos 3 jogos o que mostra uma boa veia goleadora. O Europeu serviu como a confirmação da excelente época que André Gomes realizou. Apesar da eliminação prematura na fase de grupos, Portugal demonstrou ter grandes individualidades e podemos estar descansados quanto ao futuro da nossa Selecção.

organização muito importante na estratégia da equipa mas a equipa principal ganhou um novo recurso para o meio-campo e a longo-prazo Portugal ganhará um patrão para o meio-campo. Neste momento face às lesões de Carlos Martins e Pablo Aimar, André Gomes surgiu na lista dos convocados e tem agarrado as oportunidades. Jogou 25 minutos para a Taça frente ao Freamunde na vitória por 4-0, onde entrou e fez o último golo da partida. No jogo frente ao Gil Vicente apareceu como surpresa no onze titular face às lesões de Salvio, Gaitán e Nolito que levaram a que Jorge Jesus deslocasse Enzo Pérez para a sua posição de origem. Frente à equipa do Minho, André Gomes voltou a fazer o gosto ao pé e mostrou bons pormenores. O jovem benfiquista jogou ainda 34 minutos frente ao Vitória de Guimarães quando foi expulso com vermelho directo aos 79 minutos. Depois disso, André Gomes entrou a espaços frente ao Spartak Moscovo em casa e frente ao Moreirense fora. Por motivos de força maior, leiam-se lesões, o técnico encarnado aposto em André Gomes no jogo frente ao Barcelona. Nesse jogo o médio-centro foi dos jogadores que mais quilómetros fizeram ao correr quase 14 kms. André Gomes convenceu Jorge Jesus e em Alvalade voltou a ser opção inicial e ao fazer um jogo muito bem conseguido, à imagem daquilo que tinha acontecido em Camp Nou. Contra o Marítimo, o jovem português apenas alinhou 45 minutos ao ser substituído por Enzo Pérez ao intervalo. É certo que falta alguma intensidade de jogo ao rapaz mas isso deve-se sobretudo ao facto de ainda se estar a habituar ao futebol sénior, contudo os aspectos mais fundamentais a nível táctico e técnico estão todos lá. André Gomes demonstra uma grande maturidade para os seus 19 anos. Neste momento é mais importante saber gerir os tempos de jogo para não ameaçar a sua evolução enquanto jogador. Tem de jogar mas não tem de jogar de qualquer das maneiras. Jogará quando tiver de ser e todos os minutos serão essenciais para a sua afirmação como jovem valor do futebol português, o importante é não queimar etapas. Existe uma clara noção que estamos perante um diamante por lapidar e se o processo for bem gerido André Gomes tornar-se-á uma referência do Benfica e de Portugal muito em breve.

O médio benfiquista cresceu muito na época passada mas tal só se veio a verificar esta época quando pegou de estaca no meio-campo da Equipa B e de jogo para jogo crescia a um ritmo exorbitante. A sua maturidade, inteligência táctica e capacidade de definição saltaram à vista dos responsáveis encarnados que não perderam tempo em chamar o médio a integrar os trabalhos da equipa principal, após a saída de Witsel, fruto da sua importância na equipa B onde demonstrou ser um elemento André Gomes percorreu a A1 em busca de um preponderante nas boas exibições do Benfica B. sonho, hoje é aposta no Benfica e será muito em breve aposta na Selecção. A história de vida do O Benfica B perdeu um médio de transição e médio português prova que por vezes mais vale


REPORTAGEM

darmos um passo atrás para darmos dois à frente. Foi isso que André Gomes fez quando rumou ao Pasteleira e revitalizou a sua carreira. Hoje mais do que nunca falar do futuro do Benfica e de Portugal é falar do futuro de André Gomes. O jovem oriundo de Santa Maria da Feira, pode ser o primeiro fruto que as equipas B’s fornecem às equipas principais e com isso mudar o paradigma do futebol português, mostrando que existem jovens portugueses de qualidade que só precisam de uma oportunidade para a agarrar com unhas e dentes. Torcemos pelo sucesso do André, porque o sucesso dele será o nosso sucesso.

golos. É forte nos apoios curtos e nas desmarcações rápidas. Dotado tecnicamente e interpreta bem o jogo.

Movimentos preferidos

Pé preferido: Direito

O jovem português de 19 anos joga com médio de transição num esquema em 4x4x2. Procurando dar verticalidade ao ataque benfiquista, sem se esquecer de apoiar na transição defensiva, fechando junto de Matic. Penetra muitas vezes zonas mais avançadas, aparecendo nos espaços criados pelos avançados, foi assim que surgiu o golo frente ao Gil Vicente e Freamunde. Em 2 jogos pela equipa principal, já leva 2

Data de nascimento: 30 de Julho de 1993

Ficha técnica Nome: André Filipe Tavares Gomes Clube: Sport Lisboa Benfica (POR) Altura: 188 cm Peso: 83 kg

Nacionalidade: Portuguesa PS: Este texto foi adaptado de um artigo que o autor escreveu para o site da Revista Futebolista


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“Trabalho como um preto, para viver como um branco” Samuel Eto’o


“Quando vi jogar o Pirlo pergunteime se eu era jogador de futebol“ Michel

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EXPERIÊNCIA VS FINANÇAS Texto: Bruno Miguel Espalha Fotos: Google Images

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experiência é um posto, diz o adágio popular. Para os clubes ditos ‘grandes’ do nosso futebol é um adágio que parece não ter grande sentido. Portugal afirma-se cada vez mais como porta de entrada para jovens jogadores oriundos de todo o mundo, com especial incidência para os países da América do Sul como se pode comprovar pelas vastas fileiras de sul-americanos que engrossam os clubes da nossa Liga. Os jovens jogadores e os seus

empresários olham para o nosso país, como trampolim para os seus sonhos de chegarem à ribalta do futebol europeu. Apesar de termos uma média de idades superior (26,01 anos) à das cinco principais ligas europeias os jogadores que entram em Portugal são cada vez mais jovens. Atente-se nas mais recentes contratações dos três grandes do nosso futebol nas últimas épocas. David Luiz, Di Maria, Ola John, Derlis Gonzalez, Juan Iturbe, Valentin Viola, Reyes, James Rodriguez, Kelvin, Atsu só para citar alguns com


REPORTAGEM


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menos de 21 anos à data da contratação. A aposta na juventude é facilmente explicável pela perspectiva de grandes retornos financeiros que os clubes esperam obter com a sua valorização e posterior venda para ligas mais competitivas tanto em termos económicos como em termos desportivos. No entanto, uma boa equipa constrói-se com uma mescla de experiência e juventude. Em Portugal, aos 28 anos um jogador é considerado velho. É velho para ser contratado por um grande mas é muito novo para acabar a carreira. Só lhe restam duas opções. Aceita jogar numa equipa de menor dimensão desportiva ou tenta a sua sorte no estrangeiro em campeonatos mais vantajosos do ponto de vista financeiro, mas com pouca visibilidade. Neste ponto tenho que realçar a coragem e ousadia do Braga e de António Salvador que tem aproveitado os proscritos dos três grandes com os resultados que se conhecem. Jogadores como João Vieira Pinto, Nuno Gomes, Alan, Hugo Viana, César Peixoto, Quim, Beto entre outros relançaram as suas carreiras em Braga e criaram um clube de dimensão europeia. Contudo, fazem falta jogadores experientes no meio de tanta juventude. Na época de 2012/2013 olhando para o plantel principal de Benfica, Porto e Sporting não conseguimos construir um onze inicial com jogadores acima dos 30 anos. No Benfica, Artur Moraes (31 anos), Paulo Lopes (34), Luisão (31), Carlos Martins (30) e Aimar (33) são os jogadores mais velhos. No Futebol Clube do Porto apenas Helton (34) e Lucho Gonzalez (31) pertencem a este clube. No Sporting a mesma coisa. Boulharouz (30) e Pranjic (30) são os jogadores mais velhos do plantel. No total temos nove jogadores dos quais três são guarda-redes. Se nos cingirmos aos que jogam com regularidade a lista diminui ainda mais. De referir que o jogador mais velho da nossa Liga é João Tomás com 37 anos. Os jogadores mais velhos, além de darem profundidade aos plantéis trazem também com eles um grande capital de experiência que por vezes é crucial e fundamental para a história de uma época particularmente nas fases mais cruciais. Podem não ser sempre titulares, podem jogar poucos minutos, ou podem até jogar um só minuto em toda a época mas muitas vezes são eles que permitem ao clube alcançar os objectivos planeados transmitindo a sua experiência e conhecimentos aos mais jovens. Olhando para Itália e Inglaterra, vemos os clubes a contratarem jogadores com idades consideradas proibidas em Portugal. Lembram-se de Rubinho, guarda-redes que passou pelo Vitória de Setúbal? Foi contratado pela Juventus aos 30 anos. Rodrigo Palacio foi contratado pelo Inter de Milão ao Génova aos 30 anos. Ferdinando Coppola chegou ao AC Milan aos 34 anos. Rui Costa chegou ao Milan já

com mais de 30 anos. Michael Owen foi contratado pelo Manchester United já com mais de 30 anos também. São os chamados jogadores utilitários, que conseguem suprir as necessidades de uma época longa com diversas competições e em que o desgaste acumulado, as lesões e os castigos disciplinares são uma constante. Imaginam em Portugal, Hugo Viana, Custódio, Alan, João Tomás, Ricardo Carvalho a serem contratados por Benfica, Porto ou Sporting com a idade que já têm? Que jeito não daria ao Benfica por exemplo um Hugo Viana ou um Custódio para suprir as vendas de Javi Garcia e Witsel. Os clubes portugueses, principalmente aqueles que estão constantemente nas competições europeias, devem repensar a sua forma de gerir os planteis. A criação das equipas B veio possibilitar um maior leque de opções sempre que haja alguma lacuna na equipa principal. No entanto, suprir lacunas com jogadores inexperientes pode revelar-se muitas vezes catastrófico para as aspirações dos clubes e para a carreira do próprio jogador. Um mau timing de entrada na equipa principal pode hipotecar a vida futura de um jovem no seu clube de formação. Com a entrada em vigor das novas regras de fair-play financeiro da UEFA e da atribuição de subsídios por parte da FPF aos clubes que tiverem mais jogadores portugueses tenho a sensação que este panorama vai mudar drasticamente nos próximos anos.


LA LIGA Francisco Baião Fotos: AP

N

a Liga Espanhola desenrolou-se, este fim-de-semana, a 16ª jornada marcada pelo confronto entre as duas equipas que, à partida para esta jornada, estavam nas duas primeiras posições do campeonato e que, face ao avanço que tinham sobre o mais direto perseguidor (o Real Madrid) continuariam, qualquer que fosse o resultado entre elas, a ocupar essas mesmas posições. O embate entre Barcelona e Atlético Madrid punha, também, frente a frente, os dois melhores marcadores da competição (Messi e Falcao) que, uma semana antes, haviam entrado para a história ao atingirem marcas assinaláveis. A verdade é que do confronto resultou mais um triunfo do Barcelona, por 4-1, com as principais figuras a não se esconderem cabendo a Falcao o golo inaugural da partida e a Messi dois dos quatro golos dos catalães que têm agora nove pontos de avanço para o seu adversário, caminhando tranquilamente para a recuperação do título perdido, na época passada, para o Real Madrid que

voltou a desiludir. A equipa de Mourinho, depois da derrota a meio da semana em jogo para a Taça do Rei, desiludiu na receção ao Espanyol de Barcelona, penúltimo classificado da Liga, ao ceder um empate a duas bolas (com golos de Ronaldo e Coentrão) e já está a 13 pontos da liderança embora tenha reduzido para 4 a diferença para o Atlético Madrid. A jornada começou no sábado com o duelo entre Getafe e Osasuna que, separados por 10 pontos (23 para os da casa e 13 para os forasteiros) estavam à beira dos lugares europeus (o Getafe era 7º a um ponto da Europa) e dos lugares de descida (o Osasuna tinha um ponto de avanço sobre a primeira equipa abaixo da linha de água) pelo que, a atuar perante o seu público, se poderia aguardar um triunfo do Getafe. No entanto, e após uma igualdade a zero ao intervalo, os golos só surgiriam nos últimos dez minutos de jogo com o Osasuna, em desvantagem numérica, a inaugurar o marcador aos 84’


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por Kike Sola cabendo a Diego Castro, já para lá do minuto 90, o golo do empate na conversão de uma grande penalidade. Depois seria a vez do Maiorca (com Nunes a atuar os 90 minutos) receber o Athletic Bilbau num jogo que opunha duas equipas da parte inferior da classificação separadas por 5 pontos com o Maiorca a ser, à entrada para esta jornada, a primeira equipa acima da linha de água enquanto os bascos estavam na 14ª posição. Repetindo a receita da jornada anterior, o Bilbau venceria por 0-1 com o único golo da partida a ser, novamente, apontado por Aduriz, resultado que deixa o Bilbau mais tranquilo no campeonato, provocando, ao mesmo tempo, a queda do Maiorca para os lugares de despromoção. Em seguida jogariam Granada e Real Sociedad duas equipas separadas por 9 pontos com o Granada a ocupar a 18ª posição (primeira equipa abaixo da linha de água) e a Real Sociedad a fazer um campeonato tranquilo, ocupava o oitavo posto a três pontos dos lugares europeus. O jogo terminaria tal como havia iniciado e a igualdade sem golos foi o suficiente para a equipa da casa conseguir ultrapassar o Maiorca e sair, à condição, dos lugares de despromoção, aguardando o desfecho das partidas de

Espanyol (penúltimo) e Deportivo (último) que, em caso de triunfo, voltariam a atirar o Granada para baixo da linha de água. O sábado terminaria com (mais) uma derrota do Sevilha (não vence há 4 jogos para o campeonato e perdeu 3 dos últimos 4 encontros) na receção ao Málaga, resultado que acentua, cada vez mais, a distância entre os sevilhanos e os lugares europeus. Depois de uma primeira parte sem golos, o Málaga, que partia para esta jornada na quarta posição, chegaria à vantagem com um golo de Démichelis logo aos 49’. A 20 minutos do fim, a equipa da casa (que ocupava a 12ª posição) ficaria reduzida a 10 elementos por expulsão de Fazio num lance em que cometeu falta dentro da sua área, o Málaga, através do português Eliseu (alinhou os 90 minutos) elevava para o 0-2 final que garante à equipa a manutenção do quarto posto enquanto o Sevilha cai para a 14ª posição. A jornada prosseguiu no domingo com 4 partidas que terminaram com 2 triunfos forasteiros, 1 empate e… mais um triunfo do Barcelona, desta feita contra o Atlético Madrid. O primeiro desafio opôs o Saragoça ao Levante com os de Valencia a triunfarem pela margem mínima, com um golo apontado ainda


na primeira parte que foi suficiente para ultrapassar a equipa de Postiga (atuou os 90 minutos), reforçando o seu lugar europeu e ascendendo à quinta posição por troca com o Bétis que apenas jogava na segunda-feira. Seguiu-se o Valencia – Rayo Vallecano naquele que marcava a estreia de Valverde como treinador dos valencianos em partidas perante o seu público e a verdade é que, depois de três vitórias nos três primeiros jogos, o Valencia voltou às derrotas, por 0-1, com um golo de Domínguez já nos últimos dez minutos de jogo, perante um Valencia onde Ricardo Costa alinhou os 90 minutos e João Pereira não saiu do banco de suplentes. Este triunfo permitiu ao Rayo ultrapassar precisamente o Valencia, saltando para a nona posição agora com 22 pontos, mais um que o seu adversário desta jornada. Para o final da tarde estava reservado o duplo confronto Madrid – Barcelona, com os catalães a levarem, claramente, a melhor ao obterem 4 pontos. O primeiro confronto opunha o Real Madrid (3º classificado) ao Espanyol (19º e penúltimo colocado), no Santiago Bernabéu. Com os internacionais portugueses Pepe, Coentrão e Ronaldo no onze e o ex-internacional Ricardo Carvalho no banco de suplentes, a equipa de Mourinho desperdiçaria mais dois pontos na prova ao empatar, a duas bolas, com o Espanyol onde Simão Sabrosa cumpriu os 90 minutos e Rui Fonte não foi convocado. O primeiro da partida seria da autoria de Sergio García aos 31’, colocando os catalães em vantagem até bem perto do intervalo cabendo a Ronaldo, já em período de compensação, o golo da igualdade. Era o 126º golo de Ronaldo com a camisola do Real Madrid para o campeonato, fazendo dele o sexto melhor marcador da história do Real Madrid em jogos para o campeonato (alcançando os números de Gento). Para a segunda parte estava reservado mais um golo português, desta feita de Coentrão que se estreava a marcar com a camisola merengue mas, como em tantos outros jogos desta temporada, a equipa do Real Madrid iria sofrer um golo nos últimos minutos e na sequência de um lance de bola parada, consentindo um empate que deixa a equipa de Mourinho a longínquos 13 pontos do Barcelona. Apesar do empate (o terceiro consecutivo depois de três derrotas) o Espanyol continua abaixo da linha de água com apenas 12 pontos e os mesmos que o último (Deportivo) que também empatou esta jornada. O domingo terminaria com o jogo grande da jornada que opunha, em Camp Nou o líder Barcelona ao segundo classificado Atlético Madrid, assim como colocava, frente a frente, o melhor artilheiro da prova (Messi) ao segundo na lista de melhores marcadores (Falcao). Se à passagem da meia hora de jogo, o golo de Falcao que dava vantagem aos colchoneros podia ser uma esperança para haver campeonato por

mais algumas jornadas, a reviravolta no marcador com golos de Adriano, Busquets (ainda na primeira parte) e Messi, por duas vezes, na segunda metade da partida, deixam o Barcelona cada vez mais só na frente (nove são os pontos que agora tem de avanço) e já poucos acreditam que o campeonato voltará a ter, no que ao título diz respeito, algum tipo de emoção, uma vez que o Barcelona parece, cada vez mais, inalcançável e o triunfo desta jornada garante-lhe já o título de “campeão de Inverno” (ainda com três jornadas de avanço) deixando antever que ainda bem antes do final da temporada, já haja festejos para os lados da Catalunha. A jornada terminaria na segunda-feira com dois confrontos, ambos na Galiza, opondo duas equipas na luta pela manutenção (Deportivo e Celta de Vigo) a duas equipas que estão na luta pelos lugares europeus (Valladolid e Real Bétis). No primeiro confronto, entre o último classificado, Deportivo, e o 9º, Valladolid, destaque para a presença de vários jogadores portugueses com Bruno Gama e Pizzi a alinharem de início pelos da casa, enquanto Sereno era titular no eixo da defensiva forasteira e, no banco de suplentes dos galegos, havia 4 jogadores lusos: Zé Castro, André Santos, Salomão e Nelson Oliveira com estes dois últimos a alinharem na segunda parte. O jogo terminaria como começara e a igualdade mantém o Deportivo na última posição enquanto o Valladolid, apesar de subir uma posição, está mais longe dos lugares europeus. Por fim, no último jogo da jornada, o Bétis (sem os portugueses Salvador Agra e Nélson) venceu o Celta de Vigo por 0-1, com o golo do triunfo a surgir já na parte final do encontro (apontado por Molina aos 81’), golo que mantém a equipa de Sevilha na quinta posição a par do Málaga enquanto o Celta mantém a 15ª posição mas apenas com dois pontos de avanço sobre a linha de água e três sobre o último classificado. A próxima jornada acontece já neste fim-de-semana, naquela que será a última ronda de 2012, com destaque para o confronto entre o Málaga (4º) e o Real Madrid (3º) e a deslocação do líder Barcelona ao terreno do Valladolid. Quanto ao Atlético Madrid, receberá, na sexta-feira o Celta de Vigo. 1º 2º 3º 4º 5º

Barcelona (46 pontos) Atlético Madrid (37 pontos) Real Madrid (33 pontos) Málaga (28 pontos) Betis (28 pontos)


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INTERNACIONAL

PREMIER LEAGUE Pedro Pinto Fotos: Getty Images

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Natal aproxima-se a passos largos mas nenhum dos candidatos ao título em Inglaterra deu prendas. Os rivais, e dois primeiros classificados, de Manchester venceram sem permitir grandes veleidades, Arsene Wenger acalmou as críticas e os Spurs de Villas-Boas encostaram-se ao pódio. Tudo isto em mais um grande fim-de-semana de Premier League. Old Trafford foi o palco da 17ª jornada do Manchester United, que procurava continuar na frente do campeonato com seis pontos de vantagem para o City. Missão cumprida, Sir Alex. Os red devils receberam o Sunderland e fizeram uso de uma excelente primeira parte para garantir uma vitória tranquila por 3-1. Estava garantido o Natal na liderança. A chave da partida acabou por ser encontrada logo nos primeiros 20 minutos, depois dos quais o United já liderava por 2-0, fruto de excelentes golos de Robin Van Persie e Tom Cleverley. O golo de RVP era o remate certeiro nº1500 na era Ferguson no Teatro dos Sonhos e foram várias as oportunidades para, depois do segundo golo, a vantagem ainda ser mais ampliada. Ainda assim, a linha defensiva da equipa da casa tremia e o Sunderland começava a

criar algumas situações à medida que tirava partido de algumas desatenções. Chegava a segunda parte, continuava o Sunderland atrevido, mesmo sem o seu melhor marcador, Steven Fletcher, que havia saído lesionado, mas foi mesmo Wayne Rooney a arrumar com todas as dúvidas ao receber a assistência de Van Persie aos 59 minutos para fazer o 3-0. Frazier Campbell, antigo avançado do United, ainda reduziu para 1-3 mas o domínio da primeira parte prevaleceu e as várias oportunidades que o Sunderland foi tendo à disposição apenas ficaram na estatística como remates falhados. Nota ainda para o facto de Nemanja Vidic ter regressado de lesão, algo que pode vir a ser decisivo na estabilidade defensiva dos líderes do campeonato inglês. A morder os calcanhares do red devils continua o Manchester City, que imitou o resultado dos rivais da região mas em vez de ser em casa foi em St. James Park diante do Newcastle. 3-1 foi o que o marcador registou no final dos 90 minutos, espelhando muito bem o domínio ofensivo evidenciado pelos jogadores de Roberto Mancini no desenrolar do encontro.


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O relógio contava apenas 10 minutos quando Davide Santon ficou impotente perante Samir Nasri, que recebeu um grande de Yaya Touré - grande exibição -, antes de deixar a bola em Kun Aguero, para ver o argentino quebrar um jejum de quatro jogos no campeonato sem marcar. O domínio dos citizens continou, o terror de Santon também. O ex-benfiquista Javí García cabeceou um canto saído da bota de David Silva e o lateral-esquerdo do Newcastle simplesmente não conseguiu evitar o golo para desespero dos colegas de equipa. O possante Papiss Cissé e Mike Williamson ainda assustaram Joe Hart na primeira parte mas era bem patente quem era a equipa superior no Sábado. Os magpies ainda sonharam com uma recuperação quando Demba Ba saiu do descanso para reduzir a desvantagem para apenas 1-2 logo aos 51 minutos mas Yaya Touré, magistral a patrulhar o meio-campo do City no St. James Park, fechou as contas aos 78 minutos, para atirar o Newcastle rumo à sexta derrota em sete jogos, que deixa os históricos ingleses no 15º lugar com apenas 17 pontos. Mudando o foco para o Madejski Stadium, o Arsenal para lá deslocou com compromisso marcado frente ao Reading. Arsene Wenger vive tempos terríveis no comando dos gunners, algo que foi agravado com a eliminação chocante diante do Bradford, da terceira divisão inglesa, na Taça. Mas o francês pode respirar um pouco mais livremente depois de Santi Cazorla brilhar com um hat-trick e ser preponderante para festival ofensivo vencido pelo Arsenal por 5-2. Lukas Podolski abriu as hostilidades com um golo logo aos 14 minutos e depois mudou para o papel de assistente ao servir Cazorla para o seu primeiro golo aos 32 minutos. A defesa do Reading desorientava-se com o carrossel ofensivo dos gunners, e tal voltaria a acontecer quando Cazorla, novamente, fez o 3-0 logo dois minutos depois. O jogo estava aparentemente resolvido mas todos se lembravam do golpe de teatro conseguido pelo Arse-

nal em Outubro, quando perdia por 4-0 ao intervalo precisamente com o Reading antes de vencer por incríveis 7-5 na taça da liga. Mas não desta vez. Não havia recuperações à porta. Os homens da casa ainda tentaram assustar ao marcar dois golos para reduzir para 2-4, já depois do inevitável Cazorla consumar o hat-trick e fazer o 4-0 aos 60 minutos. Adam Le Fondre e Jimmy Kebe, aos 66 e 71 minutos, respectivamente, conseguiam metade da recuperação mas não estava escrito que ia acontecer. Isto porque Theo Walcott acabaria por matar o jogo e fazer o 5-2 aos 80 minutos, terminando todo e qualquer sonho da remontada. Referência ainda ao Tottenham de André Villas-Boas, que teve de voltar a sofrer mas desta vez saiu por cima, com Jan Vertonghen a marcar o seu primeiro golo na Premier League aos 75 minutos do embate com o Swansea para dar um triunfo suado aos Spurs. A vitória deixou a equipa do técnico português empatada com o Chelsea no terceiro lugar, ainda que com mais um jogo, devido à participação dos blues no Mundial de Clubes, onde perderam com o Corinthians na final. Classificação: 1º Man. United 42 pontos 2º Man. City 36 pontos 3º Chelsea 29 pontos 4º Tottenham 29 pontos 5º Arsenal 27 pontos


BUNDESLIGA João Silva Fotos: AP

A

17ª jornada marca também o final da primeira volta, dando início à habitual paragem de inverno, em que as equipas realizam uma nova pré-época. Esta primeira metade foi claramente dominada pelo Bayern de Munique, que, após um investimento desmedido, apostou forte na reconquista da hegemonia no campeonato alemão. A verdade é que os homens de Jupp Heynckes mostraram uma grande determinação e uma qualidade infindável. Ribéry tem sido claramente o motor das operações atacantes, mas jogadores como Kroos, Müller ou Schweinsteiger recuperaram a sua boa forma e formam o núcleo duro desta equipa, que apenas perdeu uma partida em 17 possíveis, empatando outras duas. A este registo histórico, juntam-se um ataque demolidor (44 golos) e uma defesa de betão (sete golos). Além disso, esta formação do Sul da Alemanha sofreu apenas um golo como visitante, conseguindo “sobreviver” sem qualquer derrota fora do seu terreno. Perante a irregularidade e inconsistência dos seus mais diretos perseguidores, nada leva a crer que o Bayern desperdice esta vantagem de nove pontos sobre o 2º classificado. Depois de dois anos desastrosos, Munique deverá voltar a receber

a Schale (troféu de campeão alemão). Na última jornada da prova, o Bayern de Munique empatou a um com o Borussia Mönchengladbach por, terminando em 1º com 42 pontos. Os visitantes não estão tão fortes nesta temporada, mas, paulatinamente, têm vindo a recuperar algum destaque, ocupando agora o 8º com 25 pontos. A equipa não tem a classe nem a magia do passado, mas é pragmática e tem em Lucien Favre um treinador fantástico, o que pode ajudar na segunda volta. A propósito dos adversários mais diretos do Bayern de Munique, o primeiro que surge é o Bayer Leverkusen. Depois de um ano muito problemático, a equipa de Leverkusen parece ter encontrado o caminho do sucesso. Embora pertencesse ao grupo de candidatos à Liga dos Campeões, ninguém acreditava mesmo que este conjunto estivesse agora em 2º lugar. O plantel, apesar de muito limitado, tem apresentado algumas soluções interessantes. Contudo, acredita-se que o aproximar das semanas decisivas tire esta equipa desta posição. Este fim de semana, o Bayer Leverkusen recebeu e venceu o Hamburger SV por 3-0, terminando com 33 pontos, menos nove do que o líder. Os forasteiros, apesar de estarem agora no 10º lugar com


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24 pontos, são uma das revelações da temporada. Condenados ao fracasso nos primeiros jogos da época, os nortenhos souberam utilizar a seu favor as contratações de Badelj e de Rafael van der Vaart e subiram muito de produção. Com um pouco mais de regularidade, a Europa parece ao alcance. No 3º posto, com 30 pontos, surge o campeão em título. Tal como na última temporada, o Borussia Dortmund começou mal, provando que a equipa precisa de muito tempo para atingir o máximo da sua forma. Numa altura em que todos falavam na hipótese do tri-campeonato, o Borussia Dortmund perdeu alguma força, sobretudo, porque os adversários passaram a jogar de forma mais fechada. Além disso, devido aos desaires iniciais, o campeão foi obrigado a correr atrás do prejuízo. Se no ano passado a “caça” foi frutífera, este ano tudo mudou, muito por culpa do Bayern de Munique. Assim, os maus resultados foram-se acumulando e o objetivo mais plausível parece ser agora a luta pelo 2º lugar. Claramente acima dos seus concorrentes diretos, o Borussia Dortmund precisa de encontrar uma regularidade que lhe permita vencer mais do que três jogos seguidos. Na Liga dos Campeões, a equipa de Jürgen Klopp tem brilhado. Nesta ronda, o Borussia Dortmund deslocou-se ao campo do sempre difícil Hoffenheim e venceu por 1-3. Com esta derrota, o conjunto da casa continua a viver momentos de aflição e parece cada vez mais envolvido na luta pela descida de divisão. Os 12 pontos atuais valem o 16º posto, que dá acesso à relegação e ainda permite sonhar. Todavia, os adversários acima da linha de água já têm alguns pontos (sete) a mais e, além disso, têm apresentado mais qualidade. Com 41 golos sofridos, o Hoffenheim é a defesa mais batida da prova. A grande surpresa da prova dá pelo nome de Eintracht Frankfurt, que está em 4º com 30 pontos. Esta equipa subiu este ano à Bundesliga e apresenta um futebol digno dos melhores, tendo feito frente às melhores equipas, derrotando, por exemplo, Bayer Leverkusen e empatando com Borussia Dortmund e Schalke 04. Só o Bayern de Munique e o Stuttgart conseguiram vencer a formação de Armin Veh. Tal como há duas temporadas, uma grande primeira volta pode não chegar para a manutenção. Ainda assim, ninguém acredita que a história se repita. A jogar como está, o Eintracht Frankfurt “arrisca-se” a entrar na Liga Europa ou mesmo na Liga dos Campeões. Na 17ª jornada, o Eintracht deslocou-se ao terreno do Wolfsburg, vencendo por 0-2. A equipa da casa foi uma das desilusões de início de época, mas o novo treinador tem conseguido extrair o talento de grandes jogadores como Diego ou Bas Dost e os resultados têm surgido. Neste momento, apesar de ter qualidade para mais, o Wolfsburg não

pode descurar a luta pela permanência, estando em 15º com 19 pontos. Em clara queda nesta altura face ao começo da temporada, o Schalke 04, com 25 pontos, ocupa o 7º lugar, ou seja, já está fora dos lugares europeus. A equipa de Gelsenkirchen chegou a ser o concorrente mais direto do líder, apresentando um futebol vistoso, mas perdeu força nas últimas seis jornadas (quarto derrotas e dois empates), atravessando uma grande crise de confiança e de resultados. A inconstância do passado voltou a aparecer e, caso Huub Stevens não consiga reverter a situação, o objetivo Liga dos Campões pode estar em risco. Nesta ronda, o Schalke 04 recebeu e perdeu 1-3 com o Freiburg, que, com 26 pontos, ocupa agora um fantástico e surpreendente 5º lugar. A equipa de Christian Streich é a prova clara de que a formação é uma boa aposta. A garra e a paixão destes jogadores sobrepõem-se à qualidade técnica e tem feito “milagres”. A permanência parece um objetivo perfeitamente ao alcance. Face à qualidade da equipa, a Liga Europa não é impossível de alcançar. Quem passa o inverno fora dos lugares europeus é o Stuttgart, que, com 25 pontos, está agora no 9º lugar com 25 pontos. As lesões, a falta de reforços e os problemas de balneário destruíram todo o trabalho operado no final da última época. A meio desta primeira volta, chegou a falar-se no despedimento de Bruno Labbadia, que, todavia, soube dar um murro na mesa e voltar a colocar o Stuttgart em plena luta pela Liga Europa e, quem sabe, pela Liga dos Campeões. Nesta jornada, o Stuttgart jogou em Mainz e perdeu por 3-1. A equipa do Mainz também começou mal a época, mas tem apresentado agora um bom futebol, estando em 6º com uns fantásticos 26 pontos. O objetivo permanência parece perfeitamente alcançável e a Europa pode chegar com algum esforço adicional. O treinador e os atacantes são o sinal mais desta equipa. Claramente favorito no lote para a Liga Europa, o Hannover 96, com 23 pontos, ocupa o 11º lugar. A formação de Mirko Slomka começou muito bem, mas perdeu alguma força nas últimas semanas, partindo, contudo, para a pausa com boas perspetivas de ir à Europa no terceiro ano seguido. Tem classe para tal. No fim de semana, o Hannover 96 visitou Düsseldorf e perdeu por 2-1 com o Fortuna local, que ficou agora com 21 pontos e, conseguiu subir ao 13º lugar, afastando-se da despromoção. O Fortuna é equipa interessante, mas sem grandes talentos. Começou bem a prova, passou por uma fase muito complicada, mas recuperou a sua forma e promete ser um osso duro na luta pela permanência. Sendo o expoente máximo da irregularidade, o Werder Bremen, no 12º lugar com 22 pontos, precisa de


uma boa sequência para chegar rapidamente à Europa. Este é o seu desafio para os próximos meses, porque não poderá ficar três anos seguidos sem ir à Liga Europa. Não se pode descuidar. Nesta ronda, o Werder recebeu o Nürnberg e não conseguiu mais do que um empate a uma bola. Os forasteiros, no 14º lugar com 20 pontos, estão envolvidos na luta pela permanência. A qualidade do plantel não deve dar para mais, como se viu no primeiro terço da prova. Em queda rumo à descida estão Augsburg e Greuther Fürth. A primeira ocupa o 17º lugar com 9 pontos, sendo uma das desilusões da prova, depois da última época; a segunda, está em 18º lugar com os mesmos pontos e parece ser demasiado curta para a Bundesliga. Estas duas formações defrontaram-se e empataram a uma bola. O Greuther Fürth continua sem vencer em casa e o Augsburg sem vencer fora. A descida é o cenário mais provável. O melhor marcador é agora Kießling ( Bayer Leverkusen) com 12 golos, seguindo-se Meier (Eintracht Frankfurt) com 11 e Ibisevic (Stuttgart) com 10. A melhor defesa pertence ao Bayern de Munique, que só sofreu 7 golos. A segunda melhor é a do Freiburg com 18 golos sofridos, seguindo-se a do Borussia Dortmund com 20 golos. Em termos de figuras da prova, Ribéry, Müller e

Kroos (Bayern de Munique) merecem claro destaque, seguindo-se Carvajal, Bender e Kiessling (Bayer Leverkusen), Götze e Kuba (Borussia Dortmund), Trapp, Xambrano e Meier (Eintracht Frankfurt), Farfán (Schalke 04), Ibisevic (Stuttgart), Adler e van der Vaart (Hamburger SV) e Diouf (Hannover 96). No que respeita às revelações, Mandzukic e Shaqiri (Bayern de Munique), Hosogai (Bayer Leverkusen), Jung, Rode e Schwegler (Eintracht Frankfurt), Holtby (Schalke 04), Holzhauser (Stuttgart), Badelj e Son (Hamburger SV), Flum, Caligiuri, Schmid e Kruse (Freiburg) e Parker (Mainz). Por último, as grandes desilusões são Pizarro (Bayern de Munique), Renato Augusto (Bayer Leverkusen), Mats Hummels, Gündogan, Grosskreutz, Perisic e Reus (Borussia Dortmund), Höwedes, Draxler, Barnetta e Huntelaar (Schalke 04), Kuzmanovic (Stuttgart), Xaka e de Jong (Borussia Mönchengladbach), Ya Konan e Felipe (Hannover 96), Klasnic (Mainz), Elia (Werder Bremen), Marcos António (Nürnberg), Wiese, Delpierre e Salihovic (Hoffenheim), Edu e Asamoah (Greuther Fürth). Classificação: 1 Bayern de Munique (42 pontos) 2 Bayer Leverkusen (33 pontos) 3 Borussia Dortmund (30 pontos) 4 Eintracht Frankfurt (30 pontos) 5 Freiburg (26 pontos)


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INTERNACIONAL

SERIE A Tiago Soares Fotos: AP

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pós os encontros da Taça de Itália a meio da semana, a jornada do fim-de-semana continha um confronto escaldante em perspectiva: a Lazio (que nós, erradamente, colocamos na edição anterior como estando fora dos cinco primeiros classificados) recebia o Inter, partida em que se defrontavam duas equipas cuja rivalidade se tem vindo a agudizar nos últimos anos. Para além desse encontro, a Juventus recebia a Atalanta, o Nápoles era visitado pelo Bolonha, a Fiorentina defrontava o Siena e a Roma deslocava-se ao reduto do Chievo. O Lazio – Inter, disputado no Sábado, teve uns primeiros 20/25 minutos de jogo demasiado disputados pelo meio-campo de ambas as equipas, com nenhuma a conseguir assumir o controlo do jogo e, muito menos, a conseguir criar oportunidades de perigo. Com efeito, apenas a partir daí forma notórios os esforços de Hernanes e Ledesma, bem como mais alguns bons movimentos do ataque “laziale”. Ainda antes do final da primeira parte, lance polémico na área da Lazio, com Klose a pedir falta de Alvaro Pereira (parece, de facto, tocar no avançado alemão) mas o árbitro a nada assinalar, apitando pouco tempo depois pela última vez numa primeira parte morna. Na segunda parte, o Inter pareceu querer acordar no jogo e surgiu com uma atitude mandona, começando o jogo a tornar-se mais

aberto e as defesas a terem bem mais trabalho. Nesse aspecto, foram até mais os centro-campistas a dar mais sinais de perigo, tendo Guarín (a figura da anterior jornada) sido dos mais inconformados com o nulo até ali registado. Com efeito, o colombiano acertou no poste num belo remate de longe, no que foi um prenúncio da preponderância que ia ter nos minutos seguintes. Do outro lado, Hernanes tentava, com a ajuda de Mauri, contrariar o ímpeto do ataque “nerazzurro” com algumas boas iniciativas que Handanovic ia defendendo sem dificuldade. O Inter atacava e teve uma grande oportunidade após um remate de Cassano ao poste a proporcionar uma estirada difícil a Marchetti sendo que, na recarga, o guarda-redes da equipa da casa teve os reflexos suficientes para, heroicamente, impedir a recarga vitoriosa de Nagatomo. E, como se diz em futebol, quem não marca arrisca-se a sofrer: após uma primeira ameaça, Klose fez o 1-0 aos 82 minutos com um remate na passada após assistência de Mauri. Um golo à ponta-de-lança e que balanceava o jogo na direcção da equipa da casa, o que motivou mexidas a partir do banco do Inter, com Coutinho a entrar a substituir Álvaro Pereira, numa clara aposta no ataque dos visitantes. No entanto, nem Coutinho nem Nagatomo conseguiram desfeitear Marchetti nas oportunidades que tiveram até ao final do jogo e o Inter saiu com um amargo de boca do Olímpico de


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Roma, vendo o adversário aproximar-se na classificação, bem como dando oportunidade à Juventus para se afastar e tendo o “seu” segundo lugar na mira do Nápoles. Já no Domingo, a Juventus entrou em campo para defrontar a Atalanta com vontade de resolver cedo o encontro e marcar a sua superioridade desde o início. E, com um minuto e meio passado do início do encontro, e após uma boa jogada de entendimento e um passe excelente de Giovinco, Vucinic fez o 1-0, batendo Consigli pela primeira vez no jogo. A “Vecchia Signora” manteve-se ao ataque e, aos 14 minutos, Andrea Pirlo marcou um livre de forma perfeita para aumentar a vantagem da equipa da casa para 2-0. Antes da meia-hora, 3-0: Marchisio recebe uma bola da esquerda e remata com força, levando a bola a passar por entre as pernas de um defesa adversário e a entrar no canto inferior esquerdo da baliza dos visitantes. Logo após o 3-0, mais um infortúnio para a equipa da Atalanta quando Manfredini foi expulso após uma falta sobre Chiellini. A segunda parte foi, naturalmente, um passeio para a equipa “bianconera”, que ainda teve dois golos anulados por fora-de-jogo a Giovinco e a Quagliarella, sendo que o máximo que os jogadores de “La Dea” (“A Deusa”, nome pelo qual é por vezes conhecida a formação de Atalanta) conseguiram foi ameaçar a baliza de Buffon, com Peluso a rematar muito por cima bem dentro da segunda parte. Jogo sem história por muito mérito da Juventus, que assim aumentou a distância para o segundo classificado. A Fiorentina sabia que tinha de vencer para não perder de vista a Lazio (bem como para se manter pelo menos a par da Roma) na recepção ao Siena em casa, no que parecia um jogo de dificuldade reduzida. Neste “derby” da região da Toscana, foi a Fiorentina a entrar melhor, com um remate de Aquilani a causar um calafrio na defesa da equipa visitante e, pouco depois, foi Roncaglia a obrigar o guarda-redes Pegolo à sua primeira intervenção da tarde. Aos 10 minutos a equipa do Siena quase marcava num contra-ataque venenoso, com um passe magistral do português Neto a desmarcar Calaio num lance que o guarda-redes “viola” conseguiu rechaçar. Aos 15 minutos, Pasqual adiantou-se pela esquerda e cruzou para o sempre letal Luca Toni fazer o 1-0. Apenas dois minutos depois, bola em profundidade para o mesmo Pasqual e Toni a ser derrubado na área: Pizarro fez o 2-0 na conversão do castigo máximo e a Fiorentina podia relaxar um pouco face à vantagem obtida tão cedo no jogo. Até ao final da primeira parte, o Siena teve duas boas hipóteses para reduzir mas acabou mesmo por sofrer o terceiro mesmo ao cair do pano do primeiro tempo (44 minutos): mais uma vez jogada pelo lado esquerdo, cruzamento cai em Romulo que coloca a bola de forma perfeita para a finalização do internacional italiano Aquilani. Na segunda parte, e com a concentração já um pouco reduzida, a Fiorentina iria sofrer o 3-1 à

passagem do minuto 70, com um belo golo de Reginaldo a culminar uma não menos bonita jogada da equipa visitante. Aos 79 minutos, o golpe final do jogo foi mesmo a bela jogada entre Aquilani, El Hamdoui e Borja Valero, terminando esta num cruzamento perfeito para o segundo golo de Luca Toni na partida. Aos 88 minutos, pénalti para a equipa “viola” após El Hamdoui ter sido derrubado na área do Siena (com a consequente expulsão do defensor adversário), com Aquilani a rematar desastradamente por cima da baliza visitante, sentenciando em 4-1 o resultado final do derby da Toscana. O Nápoles fechou a jornada na recepção ao Bolonha no domingo à noite. O jogo começou, praticamente, com o golo inaugural da partida – e para os visitantes. À passagem do nono minuto de jogo, Cherubin avançou pelo lado esquerdo do ataque “rossoblu” e cruzou para a emenda à boca da baliza de Gabbiadini. Choque no S. Paolo, com a equipa da casa a tentar chegar ao empate com pouca arte e engenho nos minutos seguintes, mas foi o Bolonha a estar mais perto de aumentar a vantagem, tendo inclusivamente um golo anulado aos 23 minutos (Gilardino estava em fora-de-jogo). Os irrequietos Cavani, Hamsik e Insigne tentaram dar a volta às operações até ao final da primeira parte, mas o resultado ao intervalo era mesmo 0-1. Com apenas cinco minutos da segunda parte o Nápoles alcançou o empate, no seguimento de um lançamento executado de forma inteligente para um cruzamento de Insigne mal lidado pelo guarda-redes Agliardi e que foi directo para Gamberini tocar para o fundo das redes. Os “partenopei” continuaram a pressionar e foi com naturalidade que chegaram à vantagem, aos 70 minutos, com Cavani a responder de cabeça a um belo cruzamento de Insigne. Estando o Nápoles no controlo das operações e a tentar aumentar a vantagem, nada fazia prever o final do jogo: aos 85 minutos, um golo monumental de Panagiotis Kone (veja, leitor, não perca este golo por nada!) e, aos 88, Diamanti cruzou para Portanova dar a cambalhota no resultado. Incrível este final de jogo, deitando por terra as ambições do Nápoles de chegar ao segundo lugar. Nota ainda para a derrota da Roma contra o Chievo (1-0, golo de Pelissier sob intenso nevoeiro, deixando a Fiorentina fugir na luta pelos lugares da Champions) e para a vitória do Milan por 4-1 contra o Pescara em casa, com dois (!) auto-golos de dois avançados (!!) da equipa forasteira e ainda mais um golo de El Shaarawy, a mantê-lo no topo da tabela dos melhores marcadores. Classificação: 1 Juventus (41 pontos) 2 Inter (34 pontos) 3 Nápoles (33 pontos) 4 Lazio (33 pontos) 5 Fiorentina (32 pontos)


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FRANÇA - LIGUE 1 Francisco Baião Fotos: Getty Images

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ão se falou de outra partida, durante a semana que passou, nos meandros da Ligue 1: o Paris Saint-Germain (PSG) recebia o Lyon em casa no que seria o grande confronto para o campeonato desta jornada e, possivelmente, um dos grandes jogos do ano. Por outro lado, o Marselha tinha uma difícil deslocação a Toulouse, o que dotava o topo da tabela de uma incerteza que quem acompanha o futebol francês já sabe ser sua característica. A primeira equipa a entrar em campo foi mesmo o Marselha no seu jogo contra a equipa de Djaló (o português não jogou). O Marselha procurava capitalizar a vitória da jornada anterior contra o Bastia mas quem começou por criar grande perigo foi mesmo a equipa da casa, com um cruzamento de Tabanou a propiciar um cabeceamento de Ninkov, retirado em cima da linha por Lucas Mendes. Mas tudo começou a desmoronar-se para o Toulouse quando M’Bengue foi expulso apenas dois minutos depois, o que deu origem ao início do assalto do Marselha

à baliza da equipa da casa. Aos 39 minutos, ocasião soberana para Andre Ayew fazer o golo inaugural num pénalti após falta de Tabanou. No entanto, o guarda-redes Ali Ahamada defendeu o remate e deu alento à equipa do Toulouse que, aos 45 minutos, viu o mesmo Tabanou ser expulso após uma entrada a destempo sobre um adversário. Reduzida a nove elementos ainda antes do intervalo, a equipa da casa limitou-se a defender o magro empate na segunda parte, com Ahamada em destaque ao negar por várias vezes o golo que a equipa do mote “Droit Au Bout” tanto procurava. E tanto porfiaram que acabaram mesmo por consegui-lo, aos 67 minutos, por Gignac, num remate ao ângulo com extrema classe. Até ao final, o Toulouse ainda tentou chegar à baliza de Mandanda, mas não conseguiu alcançar o empate e o Marselha colocava-se em primeiro lugar à condição. Nice e Evian disputaram um jogo frenético e, este sim, verdadeiramente característico da Ligue 1. A


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equipa visitante começou melhor a partida e no seu primeiro ataque marcou mesmo – Sagbo aproveitou da melhor forma uma defesa incompleta do guarda-redes da casa. Mas as coisas ainda pioraram mais para o Nice quando, aos 13 minutos, Cedric Barbosa bateu Ospina pela segunda vez numa boa desmarcação sentenciada com um remate com o pé esquerdo. No entanto, passados cinco minutos, Cvitanich fez um dos golos da jornada, num chapéu perfeito que permitiu à equipa da casa reduzir a desvantagem. Os dados estavam lançados após 20 minutos de emoções fortes que continuaram até ao final da primeira parte mas, desta vez, sem golos a assinalar. No entanto, logo no início da segunda parte, o Nice conseguiu chegar ao empate, mais uma vez por Cvitanich, a aproveitar um ressalto para, oportunamente, colocar a bola no fundo das redes do Evian. 2-2 e, mesmo com algumas oportunidades para ambas as equipas durante a segunda parte, tudo se parecia encaminhar para o empate (que premiava o início de sonho do Evian e a recuperação do Nice). Mas aos 86 minutos, Claude Puel decidiu mexer na equipa da casa e colocou em campo um jovem a fazer a sua estreia como profissional: Maupay. E, como em todos os (bons) contos de fadas, aos 91 minutos foi este suplente que aproveitou um cruzamento de Rabiu, na ressaca de um canto, para bater pela terceira vez o guarda-redes visitante, fazer o 3-2 final com o seu primeiro golo como profissional e permitir à sua equipa a subida para o quarto lugar da classificação. O Lorient deslocou-se ao reduto do St. Etiénne para tentar dar seguimento à sua série de três vitórias seguidas na Ligue 1. Por outro lado, a equipa da casa queria dar a volta a uma série menos boa de resultados (três jogos sem vencer) e, por isso, havia todos os ingredientes para uma partida bem disputada e com bom futebol. A equipa visitante chegou à vantagem logo aos 20 minutos por Aladiere, numa bela jogada individual do ex-jogador do Arsenal que culminou com um remate muito colocado e sem hipóteses para o guarda-redes da equipa da casa, Ruffier. Este tornou-se a figura da primeira parte ao defender, alguns minutos depois e, de forma soberba, um remate de Corgne; no entanto, nem ele conseguiu evitar que a equipa do Lorient conseguisse ir para o intervalo com dois golos de vantagem, pois foi impotente para parar o remate de cabeça de Traore a cruzamento de Reale. A segunda parte foi mais emotiva e assistiu-se a uma reacção da equipa da casa, que esteve perto de reduzir a desvantagem – tendo a equipa forasteira também algumas oportunidades – mas, até ao final, as redes não balancearam mais e o resultado final foi mesmo o 0-2. O jogo grande da jornada estava marcado para Do-

mingo à noite: PSG e Lyon defrontaram-se num confronto em que, caso o Lyon vencesse, aumentava a distância para os milionários parisienses para seis pontos, mantendo a vantagem de três pontos sobre o Marselha. O PSG via neste encontro uma oportunidade de alcançar o topo da Ligue 1 em conjunto com ambos os mais directos rivais. A primeira oportunidade de perigo do jogo pertenceu mesmo aos parisienses, após uma bela jogada de entendimento entre Zlatan e Pastore, que rematou a bola tensa e colocada para uma bela defesa de Vercoutre. No entanto, os visitantes demonstraram rapidamente que não tinham vindo apenas passear com duas boas oportunidades – a primeira de Gomis, a aproveitar mal uma falha de Sakho, não conseguindo dominar bem a bola e a segunda, aos 27 minutos e após um passe fantástico de Fonfana, num remate de Lisandro Lopez ao poste com a bola a “passear” junto à linha de golo para ir sair pelo outro lado. Depois, … Bem, depois apareceu Zlatan Ibrahimovic. Se, aos 40 minutos, quase se tornou vilão ao agredir (sem que o árbitro visse) Lovren, cinco minutos depois tornou-se o herói ao ganhar um lance na direita e a cruzar, contando com um pequeno desvio de Bisevac, para o cabeceamento vitorioso de Matuidi. Nem um minuto depois, em mais uma jogada individual, Zlatan podia ter aumentado a vantagem, mas Vercoutre estava atento. Assim se chegou ao intervalo e, se na primeira parte a partida foi equilibrada, na segunda metade do encontro o PSG dominou as operações, não deixando o Lyon chegar com demasiado perigo à baliza de Sirigu. Com efeito, as melhores oportunidades de golo foram mesmo para os “milionários” de Paris, com Zlatan, Pastore, Jallet e Lavezzi (que entrou já no segundo tempo) a não conseguirem bater um inspirado Vercoutre. 1-0 foi o resultado final, que faz com que a classificação nos mostre três (!) líderes: PSG, Lyon e Marselha parecem querer lutar até ao fim por este título. Nos outros jogos da jornada, destaque para a vitória do Montpellier por 4-0 (o primeiro golo é incrível, obra de Estrada, e o segundo tem um trabalho notável de Utaka na linha) em casa com o Bastia e do Rennes por 2-0 sobre o Valenciennes. Classificação: 1 Paris SG (35 pontos) 2 Lyon (35 pontos) 3 Marselha (35 pontos) 4 Lorient (30 pontos) 5 Nice (29 pontos)


RELATÓRIO DE JOGO Texto: relatoriodejogo.blogspot.com Fotos: Getty Images

1ª Parte O Barcelona jogou como habitualmente o faz, em ataque posicional, com os jogadores em constantes movimentações para garantirem linhas de passe ao portador da bola, arriscando eventualmente alguns lançamentos longos para o ataque ou para o flanco contrário, aproveitando o posicionamento recuado do Atlético para conseguir uma grande percentagem de posse de bola e o controlo do jogo. Joga-

ram sempre a toda a largura, procurando preferencialmente os espaços interiores para conseguirem fazer passes de rutura ou combinações diretas de forma a ganharem espaço em zonas de finalização. Sem bola foram sempre pressionantes, não dando descanso a qualquer jogador adversário que tivesse a bola. O Atlético Madrid teve duas abordagens diferentes sem bola. Em organização defensiva, defendia no seu próprio meio campo, com as duas linhas de


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quatro jogadores muito próximas e dando muito pouco espaço interior para o Barcelona explorar, tendo obrigado o adversário a rodar o jogo pela linha defensiva e pelos corredores laterais, sabendo que pouco perigo viria daí devido ao fraco poder aéreo do ataque do Barcelona. Diego Costa era o avançado mais recuado, ajudando frequentemente o seu meio campo na ocupação de espaços. Nas transições defensivas eram bastante pressionantes tentando antes de mais impedir qualquer contra-ataque adversário e também recuperar a bola em zonas mais adiantadas. Ofensivamente tentaram vários cruzamentos para a área aproveitando o bom jogo aéreo dos seus avançados e também vários passes de rutura para a velocidade de Falcao.

Substituições Int - Entra Cata Díaz para o lugar de Filipe Luís. Cata Diáz fica a jogar a lateral direito e Juanfran passa para o lado esquerdo. Filipe Luís saiu com problemas físicos. 56’ - Entra Adrián López para o lugar de Mario Suárez. Koke passa para médio centro e Adrián fica a jogar a médio ala direito. 60’ - Entra Tiago para o lugar de Diego Costa. Passam a jogar num 1-4-5-1 com Tiago a médio centro entre Koke e Gabi. 75’ - Entra Thiago Alcântara para o lugar de Alexis Sánchez. Iniesta passa para extremo esquerdo e Thiago fica a jogar como médio centro. 80’ - Entra David Villa para o lugar de Pedro Rodríguez. Iniesta passa para extremo direito e Villa fica a extremo esquerdo. 2ª Parte 85’ - Entra Daniel Alves para o lugar de Adriano. Troca direta com Adriano a sair com problemas Depois de Diego Simeone tirar Filipe Luís por le- físicos. são e Suárez por estar próximo de ver o segundo amarelo, coloca Tiago em campo para alterar o Árbitro: Pérez Lasa sistema de jogo. Curiosamente, a perder por 4-1, retira um avançado para colocar mais um médio Cartões Amarelos: Mario Suárez (47’) e Thiago Al(Tiago). Pode ter sido um sinal de conformismo cântara (86’). para com o resultado mas o que é certo é que esta troca permitiu aumentar bastante a eficiên- Assistência: 86637 (Camp Nou) cia defensiva da equipa no corredor central, obrigando o Barcelona a lateralizar bastante o jogo, Clima: Céu nublado (15ºC) mantendo os adversários mais longe da sua baliza (o 4º golo nasceu de uma perda de bola de Godín). Também perdeu algum poder ofensivo, não tendo uma referência que ligasse a equipa para a 3ª fase de construção. Tito Vilanova foi alterando o posicionamento dos jogadores com as substituições mas sem nunca alterar o sistema ou o modelo de jogo, até porque tinha o controlo da partida e o resultado dificilmente iria fugir à sua equipa. Jogadores-Chave No Barcelona, Messi foi dos maiores destaques, não só pelos golos mas pelo seu posicionamento que dá sempre garantias ao Barcelona para manter a bola. No Atlético Madrid, Falcao é claramente o jogador mais importante da equipa, com quase todas as ações ofensivas de maior perigo a terem-no como protagonista. Marcha no Marcador 31’ - 0x1 (Radamel Falcao) 36’ - 1x1 (Adriano) 45’ - 2x1 (Sergio Busquets) 57’ - 3x1 (Lionel Messi) 88’ - 4x1 (Lionel Messi)


ÁREA SCOUT

GRENIER Texto: Bruno Sol Pinto Fotos: google.com

Nascido a 21 anos atrás na cidade de Annonay, Grenier é um dos maiores talentos da sua geração. A sua carreira começa com 9 anos de idade, estreando-se na equipa de benjamins do clube local, o FC Annonay. Desde cedo ganhando uma preponderância única, Grenier levou a sua modesta equipa à final da Taça francesa Sub-9, o que levou os scouts dos maiores clubes franceses a tentarem a sua contratação. O interesse mais vincado foi do Olympique Lyonnais, que acaba por contratar o jovem em 2002. Grenier juntou-se assim ás camadas jovens do colosso nacional e, a verdade, é que nunca mais de lá saiu. Passando por todos os escalões do futebol de formação, o atleta francês ia-se destacando cada vez que pisava o relvado. Com 16 anos é comparado a Kaká e desperta o interesse de Real Madrid, Arsenal, Chelsea e Inter. Em 2008, o Lyon não tem outra solução e oferece-lhe o primeiro contrato profissional. Desde 2008 até ao presente, Clément Grenier tem vindo a cimentar o seu lugar no plantel e, neste momento, é um dos titulares da equipa de Rémi Garde. Jogando no centro do terreno, Grenier destacase pela sua qualidade técnica e habilidade, tendo uma enorme facilidade de desembaraçar-se dos adversários. Com um futuro risonho pela frente, Clément Grenier será com toda a certeza um dos pilares do futuro do futebol gaulês.


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“Sinto-me o Robin Hood do futebol italiano, por isso vim para o Inter” José Mourinho

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EDITORIAL

INTERNET

Coordenação: Carlos Maciel e Francisco Baião Editor Chefe: Francisco Baião Direcção de arte e maquetização: Carlos Maciel Redação: Tiago Soares, João Sacramento, Pedro Martins, Bruno Sol Pinto, Pedro Pinto, João Silva, Francisco Gomes da Silva, Carlos Maciel, Nuno Pereira, Eduardo Pereira, Francisco Baião, José Lopes, Pedro Vinagreiro, Nuno Almeida Publicidade: Ricardo Sacramento

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