O FUTEBOL PARA LER COM TODA A MAGIA DO DEZ
Nº5
“MALDIÇÕES DA ORELHUDA” Levavam quase uma década seguindo o seu perfume. Talvez tenha parecido menos, mas Frank, John, Petr e Didier já tinham sentido a sua rejeição. Sábado, em Munique, descobriram que é caprichosa e que não vai com qualquer um. Tardou mas conseguiram. A orelhuda já está em Londres.
22/05/12
“O futebol não é uma questão de vida ou de morte. É muito mais importante que isso...” Bill Shankly
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“DESPEDIDAS”
Del Piero, Seedorf, Inzaghi, Nesta… consegue imaginar o futebol sem eles? Toda a classe, virtuosismo, magia e talento destes jogadores não estarão nos relvados da próxima época. É duro imaginar o futebol sem eles. É a última geração de jogadores da escola da rua, a formação desportiva e táctica tomou conta do futebol actual e os jogadores parecem formatados e destinados a jogar da mesma forma. O “improviso da rua” desapareceu do futebol. Esta é a nossa melhor edição de sempre, análise á final da Liga dos Campeões, final da Taça de Portugal, repassamos o que foi o regresso á glória da Juventus, reportagem sobre o Stoke City e as suas mãos de ouro… Recordo-vos que esperamos as vossas opiniões, críticas, sugestões e… porque não, artigos. Carlos Maciel
www.jornaldez.com
FINAL DA CHAMPIONS LEAGUE
22/05/12
“ DEFENDER DE MÃ
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ÃOS DADAS” Texto: Bruno Gonçalves Fotos: Zimbio
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eza a lenda que tudo começou com a palavra Londres, pronunciada com um forte sotaque escocês. Viviam numa ponte sem rio, vestiam uma camisola azul e perderam durante a maior parte da vida. Tudo mudou em 2005. Defendiam de mãos dadas, de forma quase perfeita. Quando conseguiam a bola corriam como galgos, como nunca vimos jamais. Faltava-lhes magia, mas compensavam com a vontade e a emoção, que nem dava-mos pela sua falta. Mereciam uma Taça Europeia, mas esta teimava em escorregar-lhes das mãos. Em Munique, esperavam-nos um conjunto de cara séria, corpo musculado e de expressão zangada e séria. Na casa alemã descansavam quatro taças daquelas que eles tanto queriam. Apesar de os termos visto mais perder que ganhar, sempre os recordamos como vencedores. Algumas semanas atrás tinham conquistado Madrid e naquele dia jogavam em casa. Os alemães pensaram que seria fácil ultrapassar os corpos de Lampard, Essien, Drogba, Cech… já cansados de demasiadas batalhas europeias sem glória. Mas o sangue palpitava-lhes nas veias e o olhar era demasiado azul e muito intenso. Queriam a recompensa. Naquela noite era como se fossem fantasmas, que só tinham recuperado os corpos para levantar o que não puderam levantar em vida. O azar já lhes durava há muito tempo. Tinham visto o génio de Ronaldinho, a sombra de Luís García, o homem-aranha Reina e até o antigo comandante derrotar-lhes no seu próprio templo. Talvez ninguém se lembre dos nomes que defrontaram o Liverpool, mas todos lembramos as suas caras. Agora tudo acabou. A explosão de euforia depois do apito final marcou o fim da história em tons de alívio. O líder, um elefante africano, condenado a penar pelo deserto sem direcção, depois do golpe final correu para os seus homens. Era a alegria absoluta, finalmente eram livres. Agora sim podem descansar.
FINAL DA CHAMPIONS LEAGUE
22/05/12
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O que é jogar bem? É curiosa esta pergunta quando se analisa a final de Munique, foi a final que ninguém desejou, mas nem por isso deixou de ser um belo espectáculo de futebol. Emoção, sofrimento, reviravoltas… houve de tudo no Allianz Arena. Voltando á pergunta inicial, houve quem chamasse de anti-futebol o estilo do Chelsea de Di Matteo, ainda antes do jogo começar houve quem “matasse” o treinador “blue” pelo onze inicial: devia atacar mais, não devia fechar-se atrás etc. Foram algumas das frases que se ouviram antes do apito de Pedro Proença. O Chelsea não iria mudar o seu estilo, só porque jogava uma final da Liga dos Campeões. Aquele estilo levou-os até á final e não havia nenhuma razão para mudar.
mesmo que mandar Eto’o fazer o mesmo durante 70 minutos, mas demonstra a capacidade de liderança de Di Matteo. E não esquecer que o italiano dirige o clube apenas desde Março. Conseguir o empenho de todos os jogadores é muito difícil. Um balneário como o do Chelsea que “despediu” Villas Boas, por uma luta de egos não é fácil de gerir. Se se lhes pede para esquecerem o “Eu” por um compromisso do grupo é uma tarefa de herói. Podemos gostar mais ou menos, adorar ou odiar, mas o estilo dos blues merece respeito por dar tudo o que deu, num curtíssimo espaço de tempo. Quanto ao jogo. O Chelsea soube reconhecer as suas debilidades e limitações. Como foi dito, uma demonstração da força de um grupo. Os blues “apagaram a luz” do Allianz Arena. Partiram as lâmpadas e fecharam as janelas e procuraram o único sítio onde podiam bater-se em igualdade: os penaltis.
Jogar ao Bayern “ao ataque” seria um suicídio do Chelsea, os bávaros decidiriam o jogo atacando o espaço deixado pelos médios interiores ou pelos laterais londrinos. A dupla Robben e Ribery estariam no jardim das delícias se o Chelsea jogasse ao ataque. Criariam muitos mais espaços e zonas As ausências do Chelsea eram de peso, de finalização para Mario Gomez, do mesmo assim o guião do jogo seria que as poucas que teve em Munique. praticamente o mesmo. O Chelsea não precisa da posse de bola, já o tinha O Chelsea é muito mais que duas linhas demonstrado contra o Nápoles, Benfica de 4 e Drogba e Mata. É mais que e Barcelona, que os dominaram e mesmo fechar os espaços interiores e procurar assim sobreviveram. E sobreviver é a referência que é Drogba. É tudo mais a palavra correcta. Porque o Chelsea complexo do que parece no terreno não defende bem, nos três últimos de jogo. Á imagem do que aconteceu jogos concedeu um número enorme de com o Inter em Camp Nou, é preciso oportunidades á equipa contrária. Nem pensar na ideologia e ir mais além da as transições ofensivas, procurando táctica. É preciso conhecer o grupo e Mata e Drogba, são de ficar de “boca pedir-lhe sacrifícios, é preciso faze- aberta”. A maior parte das vezes são los acreditar que vão conseguir a tão lentas e deficientes. ansiada Champions. Convencer jogadores como Lampard ou Ribery a cair na ala direita foi uma cena Mata a prescindir da bola em nome do constante no filme do jogo, foi uma hora grupo; pôr Drogba e Torres a jogar 35 e meia de agonia para o Chelsea, aliado minutos de lateral direito, pode não ser o á mudança constante de posição de
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Muller e Robben. Foi a forma que Heynckes arranjou para destruir a dupla muralha defensiva de Di Matteo. O Bayern errou, assim como o Barcelona também o fez. Pressionaram muito alto. O Chelsea defende sem a precisão ou a elegância do catenaccio italiano, mas sente-se cómodo nessa agonia. Bosingwa e David Luiz defendem serenamente, Cahill e Cole impecáveis. Omnipresentes e o inglês faz um jogo memorável. Os alemães criam perigo tirando partido dos erros das transições ofensivas. Quando Lampard sobe, Obi Mikel fica sozinho e cria-se uma autoestrada para os alemães correrem a toda a velocidade. Cada vez que o Chelsea perde a bola, Schweinsteiger e Kroos activam a última linha bávara e criase muito perigo. Todo o jogo é a repetição desta jogada. Bayern ataca mal, sempre com a mesma cadência. Robben a fazer os seus movimentos habituais que acabavam por norma num Mario Gomez desastroso. Um golo magnífico de Muller acende as luzes do Allianz, mas uma cabeçada formidável de Drogba volta a apaga-lo. Nem o penalty concedido pelo elefante marfinês, reacendem as esperanças dos homens de Munique. Acaba tudo nos penaltis e a sorte do Chelsea prevalece. Di Matteo não tinha outra opção, o Chelsea só podia jogar ao Bayern ás escuras, ás cegas e defendendo de mãos dadas. Na marca dos onze metros, outra vez Drogba. Quebra o enguiço e leva a Champions para Londres. O futebol saldou a dívida que tinha para com o Chelsea, mas desta vez ficou a dever uma a Robben que ainda não ganhou uma competição continental ou mundial.
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FINAL DA TAÇA DE PORTUGAL
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Texto: Francisco Baião Fotos: Maisfutebol.com
REEVINDICAÇÃO ESTUDANTIL
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m golo solitário de Marinho, logo aos quatro minutos de jogo, foi suficiente para a Associação Académica de Coimbra conquistar, este domingo, a segunda Taça de Portugal da sua história, perante um Sporting que se mostrou incapaz de dar a volta perante a adversidade inicial. Frente-a-frente estavam dois dos clubes históricos de Portugal, com a equipa de Coimbra, vencedora da primeira edição da prova (no longínquo ano de 1938/1939) que estava de regresso à final da competição depois de 43 anos ausência (a última presença tinha sido em 1968/1969) a procurar regressar aos seus tempos de glória e o Sporting, depois de uma época de altos e baixos, a tentar salvar a época com a conquista de um troféu que lhe fugia desde 2007/2008.
O jogo começou, praticamente, com o único golo da partida, pois, se pertenceu ao Sporting o primeiro ataque da partida (cruzamento de Capel para má finalização de Wolfswinkel), a Académica, na primeira vez que desce à área verde e branca consegue, num bom cruzamento de Diogo Valente, da esquerda do ataque da Briosa, através de um cabeceamento em mergulho de Marinho (formado no Sporting), inaugurar o marcador. Quatro minutos mais tarde, aos oito, e denotando alguma incapacidade da equipa de Alvalade, é Edinho que, servido por um bom cruzamento de Cedric a partir da direita, cabeceia, no meio dos centrais sportinguistas para uma defesa segura de Patrício.
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Mesmo em desvantagem no marcador, o Sporting era incapaz de criar lances de perigo, muito por culpa de exibições pouco inspiradas de Carrillo e Matías Fernández que raramente conseguiram colocar as suas qualidades (velocidade no caso do peruano e capacidade de transporte no do chileno) ao serviço da equipa, que se ressentia dessas “ausências”. Para além da pouca inspiração, a equipa do Sporting denotou pouca dinâmica e uma falta de raça e de querer que poucas vezes se tinha visto sob o comando de Sá Pinto, pelo que o guarda-redes Ricardo, apenas teve que intervir já em período de descontos do primeiro tempo, após cabeceamento de Onyewu na sequência de um pontapé de canto batido por Carrillo.
melhor: logo no primeiro minuto, Edinho, lançado em velocidade por Adrien, surge na cara de Patrício mas, no duelo com o guarda-redes português, o avançado da equipa de Coimbra não conseguiu finalizar com êxito; logo depois, aos 48’, de novo Edinho, com tudo para fazer o 2-0, a falhar o remate em plena grande área adversária.
O Sporting começou a reagir logo depois com Capel, após grande passe de Polga, a dominar em esforço, permitindo a intervenção de Ricardo. Aos 57’ foi a vez do holandês Wolfswinkel desperdiçar, na cara de Ricardo, nova oportunidade para empatar a partida, falhando, igualmente, a recarga. Aos 62’, novamente Wolfswinkel, agora de cabeça e a centro de Insúa, a falhar o alvo, para desespero de Ricardo A segunda parte chegou com Izmailov no lugar de Sá Pinto. À entrada para os últimos 10 minutos, o Elias e com a Académica, novamente, a começar Sporting dispôs da última ocasião para empatar a
SPORTING
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partida, com Schaars, na transformação de um livre direto, cobrado à entrada da área, descaído para a direita do ataque leonino, a obrigar Ricardo a uma grande intervenção que garantiu, desta forma, o triunfo da equipa de Coimbra. Após os 6 minutos de compensação cedidos pelo portalegrense Paulo Baptista (cuja atuação não teve influência no resultado final) a festa fez-se em tons de negro, com a equipa dos estudantes a conquistar a segunda Taça de Portugal da sua história (passando a ser a sétima equipa do ranking atrás de Belenenses e Vitória de Setúbal com 3 troféus cada) e impedindo o Sporting de alcançar o Futebol Clube do Porto no segundo lugar do ranking com 16 troféus conquistados. Com este triunfo, a Académica garante a qualificação para a fase de grupos da Liga Europa da próxima temporada enquanto o Sporting terá que enfrentar o play-off de apuramento para essa mesma fase de grupos, na qual já sabe que, caso se apure, será cabeça-de-série.
FUTEBOL FEMININO
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“A LEI DO PE
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QUERER E DA ERSISTÊNCIA” Texto: Carlos Maciel Fotos: Zimbio
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egunda Champions consecutiva para o Olympique de Lyon. O esforço do presidente Jean Michel Aulas está a revolucionar o futebol feminino europeu. É a terceira final consecutiva das francesas que acabou com a larga hegemonia alemã. Em 2010, a equipa de Lyon, perdeu nos penaltis contra o todo-poderoso Turbine Potsdam, o ano passado venceram o FFC Frankfurt pelo mesmo resultado que este ano, 2-0. Este ano, as francesas chegavam como claras favoritas, depois de terem marcado 37 golos a favor e só 1 em contra, sofrido nas meias-finais contra o Turbine no último minuto. Venceram por um contundente 5-1. Esta equipa está a bater todos os recordes: 20 jogos sem perder na Champions. Foi uma final sem as grandes estrelas de ambas as equipas. Do lado do Lyon, a avançada Elódie Thomis por castigo e no Frankfurt Lira Bajramaj por lesão. Em Munique, no Olympiastadion com 50 mil espectadores, realizava-se o primeiro jogo de futebol feminino naquele mítico palco. Um penalti rídicuo de Behringer sobre Sheila Cruz, permite a Le Sommer inaugurar o marcador e adiantar o Lyon. O Frankfurt acusou muito o golo e não foi capaz de causar apuros ás francesas, que no minuto 25 atirariam ao poste depois de uma cabeçada fortíssima de Renard. Aos 28 minutos, Abily marca o 2-0, um golaço, depois de um erro da guarda-redes Schumann. A 35 metros dispara e marca um golo espectacular. O Frankfurt desapareceu do jogo, teve uma oportunidade para reduzir por Behringer, mas falhou isolada contra a guarda redes Bouhaddi. O meio campo do Lyon composto por Cruz, Abily e Henry não deu hipoteses. Na segunda parte haveria mais um remate ao poste num livre directo. Ao todo foram 21 remates á baliza contrária, sinal claro do domínio francês. Camile Abily foi a figura do jogo. 6 anos no clube francês e 95 internacionalizações, com um remate forte e uma boa visão de jogo é a principal candidata a ganhar a Bola de Ouro deste ano. Este Lyon está a marcar uma era no futebol feminino. O seu presidente investe 6 milhões de euros por ano num projecto “galáctico” mas aposta bastante em jogadoras francesas. Acabou o domínio germânico.
REPORTAGEM
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AS MÃOS DE OURO DO BRITANNIA STADIUM
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stamos acostumados a ser maravilhados com golpes de génio saídos dos pés dos futebolistas, surpreendente é que possa existir alguma coisa diferente no mundo do futebol. É o caso de um jogador que não se destaca pelos seus pés, mas pela habilidade das suas mãos. Como se de andebol se tratasse…
futebol não deixa ninguém indiferente. Luiz Felipe Scolari, ex-treinador da selecção e do Chelsea, reconhecia depois de ter sofrido na pele “que centra melhor com as mãos que com os pés, é fantástico. Nunca vi nada parecido na minha vida”. Arsene Wenger queixava-se “O futebol é um desporto jogado com os pés, o caso de Delap é uma vantagem injusta”.
Rory Delap é um todoterreno do Stoke City, lateral direito ou médio organizador, é o jogador que mais perigo cria com as mãos. Os seus lançamentos laterais são puro veneno. Esta característica competitiva nasceu quando era junior, o irlandês foi campeão de lançamento do dardo. No mundo do
Depois de ter passado sem glória pelo Southampton, Derby County e Sunderland, assinou pelo Stoke, que o entenderia e o admiraria. Desde que chegou ao Britannia Stadium, os adeptos do Stoke respiram fundo a cada lançamento lateral do “lança-misseis” como o apelidou Lee Dixon. É como de um
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“A vida é como um jogo de futebol, cada lance pode definir a sua trajetória.” Mikael Jonathan
REPORTAGEM
penalty se tratasse. É compreensível. 43 golos já nasceram desta forma, os adeptos da casa já conhecem a jogada de memória. É simples e letal, lançamento lateral, um apanha-bolas dá uma toalha a Rory para secar a bola, um ritual para mimar o esférico. Delap junta todas as suas forças nos bíceps para lançar a bola para o coração da área ou mesmo para o 2º poste. É como um livre directo. Jogada de manual do Stoke.
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Temido pelos adversários, os treinadores das outras equipas já tentaram um semfim de estratégias para anular Delap: desde mandar um suplente aquecer para a zona do lançamento para o distrair ou então dar ordens ao guarda-redes para conceder antes um canto, que um lançamento (Hull City em 2008); por um jogador á sua frente para o perturbar, como Ashley Young em 2010. Também houve casos como o West Ham ou o Burnley que puseram placas publicitárias extra para retirar espaço de balanço ao irlandês. Contudo, ás vezes “o tiro pode sair pela culatra”, no jogo com o West Ham, a placa de publicidade extra impediu Faubert de fazer bem um lançamento e o erro acabou num golo do adversário. O golo que deu o empate, ironicamente, foi marcado através de um lançamento de Delap.
O seu treinador, Tony Pulis soube tirar proveito desta característica e formou uma equipa que prima pelo jogo aéreo. Todos os jogadores medem mais que 1,80 e até tenta implementar esta característica nos jovens jogadores da cantera do clube. O comandante dos Potters reconhecia que o segredo está não na força, mas na colocação. “A bola tem que ser colocada de forma plana, para que os Com 35 anos e perto de pendurar as botas, defesas não a possam cortar”. Rory continuará a fazer os lançamentos do Stoke até que os seus braços o deixem. O
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REPORTAGEM lançador de misseis está longe de ser um futebolista talentoso, um virtuoso ou um dos melhores jogadores na sua posição. É um lateral que se destaca pela sua habilidade com as mãos. Nunca teve direito a capas nos jornais desportivos, nem jogará num grande, apesar disso Delap terá sempre um espaço na memória dos românticos do futebol.
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INTERNACIONAL
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PRÉMIOS DEZ - ESPANHA Textos: Tiago Soares Fotos: Getty Images
Prémio Remate ao Ângulo: C.Ronaldo (R. Madrid) Prémio Revelação: Falcao (Atl. Madrid) Prémio Bola ao Poste: Rossi (Villareal)
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emos dúvidas que se consiga descortinar mais algum adjectivo para falar da época de Cristiano Ronaldo (R. Madrid, Prémio Remate ao Ângulo). Nós escolhemos, dos que já se usaram, “estratosférico” – golos, assistências, figura maior de um Real Madrid que venceu o campeonato, foi vencer a Camp Nou e fez 100 pontos. A questão, no entanto, mantém-se: quem é o melhor do Mundo? Questão essa que não se coloca, a nosso ver, na questão do melhor ponta-de-lança do Mundo: Falcao (Atl. Madrid, Prémio Revelação) demonstrou na sua época de estreia na liga do país vizinho que os seus dotes de avançado estavam a mais na mediania do campeonato português. Um avan-
çado móvel, cabeceador nato, matador felino (“El Tigre” nunca nos pareceu tão apropriado como neste ano) e que só é ultrapassado na lista de melhores marcadores porque existem Ronaldo e Messi. Por fim, escolhemos Nilmar (Villareal, Prémio Bola ao Poste) como desilusão da época porque o Villareal foi, claramente, a surpresa negativa da época e os cinco golos que Nilmar marcou não são demonstrativos de um jogador que foi uma das grandes esperanças do futebol brasileiro. O Villareal, recorde-se, foi semi-finalista da Liga Europa no ano passado contra o F. C. Porto e acaba por ser relegado para a segunda divisão espanhola neste ano. Do Céu ao Inferno em apenas um ano.
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“O futebol é como um cancro que te corrói constantemente” Platini, ex-jogador
INTERNACIONAL
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PRÉMIOS DEZ - INGLATERRA Textos: Tiago Soares Fotos: Getty Images
Prémio Remate ao Ângulo: Aguero (Man City) Prémio Revelação: Papiss Demba Cisse (Newcastle) Prémio Bola ao Poste: Andy Carroll (Liverpool)
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guero (Manchester City, Prémio Remate ao Ângulo) tinha de ser a figura da prova neste momento de balanço. O jogador que iniciou a grande revolução no City e que permitiu ao clube de Manchester ser campeão foi determinante em vários momentos da época, mas mais ainda no último e alucinante jogo com o QPR. O golo é de raiva argentina e é interessante ver como o jogador tinha apenas olhos para uma coisa: baliza. Demba Cisse (Newcastle, Prémio Revelação), por seu lado, será um desconhecido para a maior parte dos leitores, mas foi uma figura
de proa para o quinto lugar do Newscastle. Chegado em Janeiro, marcou 13 golos em 14 jogos, incluindo dois golos incríveis ao Chelsea em pleno Stamford Bridge. Tem 27 anos – idade que não lhe deve possibilitar chegar mais longe. Típico caso de jogador que chega tarde à ribalta? E, por falar em ribalta, porque não falar dos seis golos que Andy Carroll (Liverpool, Prémio Bola ao Poste), jogador do Liverpool, marcou na época inteira? 35 milhões de libras, que dá uma média fantástica de 6 milhões de libras por jogo (mais coisa menos coisa) até ao momento.
INTERNACIONAL
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PRÉMIOS DEZ - ITÁLIA Textos: Tiago Soares Fotos: Getty Images
Prémio Remate ao Ângulo: Pirlo (Juventus) Prémio Revelação: Di Natale (Udinese) Prémio Bola ao Poste: Diego Forlan (Inter)
“Fim da linha”, entendeu Pirlo (Juventus, Prémio Remate ao Ângulo) no final da época transacta, após ver as opções de Allegri, treinador do Milan, para o lugar onde sempre jogou. Fim da linha, sim – mas apenas no Milan. Um jogador da classe de Pirlo não se esgota em espartilhos táticos nem na figura do trinco que não sabe fazer passes. Pirlo chegou, viu e venceu na Juventus, fazendo agora parte do leque exclusivo de jogadores que ganhou o título por Juventus e Milan (fazendo ainda parte do seu passado uma passagem pelo Inter que redundou em zero títulos con-
quistados). Di Natale (Udinese, Prémio Revelação), pela idade e estatuto que tem, não deveria nunca fazer parte de uma categoria chamada revelação – mas leva o prémio pela equipa e, principalmente, pelo acto de solidariedade na altura da morte de Morosini, ao querer adoptar a irmã com deficiência do malogrado jogador. Por último, Forlan (Inter de Milão, Prémio Bola ao Poste). O que dizer de 18 jogos, dois golos, birra com Ranieri (que foi posteriormente despedido) por não querer jogar a médio-esquerdo e rendimento muito abaixo do que poderia ser?
OPINIÃO
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O TRONO DA VELHA SENHORA Texto: Nuno Pereira / Fotos: Getty Images
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oltou. A lenda está bem viva e de regresso ao topo da hierarquia italiana. A velha senhora calçou a bota da península itálica e caminhou invicta para o trono que lhe haviam retirado em 2006. Uns quantos escândalos de corrupção, uma subida de divisão histórica, um novo estádio e nove anos depois do último título legítimo, e renasce a Juventus das cinzas, florescendo com ela a apoteose da massa adepta mais populosa de Itália. Esta é uma história que começa em 2003. A Juventus de Zidane, Buffon, Nedved, Del Piero e Trezeguet eliminam o Real Madrid de Figo, Roberto Carlos, Hierro e Ronaldo o fenómeno, e chegam à final da Liga dos Campeões com o Milan, a qual perdem no desempate de grandes penalidades. Era a sétima final para a Juventus na mais importante prova europeia de clubes e era também a quinta que os bianconeri perdiam. Apesar da derrota, todavia, a Juventus era uma expressão
de poder na Europa do futebol que os mais novos adeptos do ‘beautiful game’ podem já não estar recordados. Nesse ano, aliás, vir-se-ia a sagrar campeã nacional… pela última vez. É aqui que entra o conflito. No ano seguinte, o Milan tomava parte do troféu ao qual suceder-se-ia o bicampeonato para a equipa de Turim. Só que aquilo que foi ganho em campo foi retirado na secretaria, por alegadas manobras de bastidores. A justiça italiana não foi branda e sepultou a Juventus na segunda divisão, enterrando-a a 9 pontos de terra que a condicionavam logo à partida na corrida pela subida de divisão. Mas, com a força de um gigante, a Velha Senhora guerreou. Aos nove pontos perdidos, que correspondiam a três derrotas, a Juventus juntou-lhe mais quatro, mas os dez empates e as 28 vitórias foram suficientes para que o clube de Turim apanhasse o elevador da subida. Para a Juventus, estava consumado o regresso à
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“Se eu não fosse bonito, nunca teriam ouvido falar de Maradona ou Pelé” George Best, ex-jogador
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superfície, isto é, à Serie A. Apesar de ter evitado uma travessia no deserto superior a um ano, a Juventus perdeu muitos valores pelo caminho. A caravana, apesar de ter mantido alguns dos seus ídolos como Nedved, Trezeguet, Buffon e Del Piero, perdeu também alguns dos seus maiores ativos como Zlatan Ibrahimovic, Thuram, Patrick Vieira, Zambrotta ou o capitão da seleção Italiana, campeão do Mundo e Bola de Ouro, o defesa central Paolo Cannavaro. A isso junte-se a desvalorização do clube enquanto marca desportiva aos olhos do mundo e a quebra de receitas desportivas e televisivas de que foi consequência da privação em participar na Liga dos Campeões, e a inserção no segundo escalão do campeonato italiano. Entre 2006 e 2012, só por duas vezes vimos a Juventus na Liga Milionária e com duas prestações bastante modestas. Antes dis-
so era uma presença assídua nas fases mais adiantadas da competição e rara era a época que não víamos o papel com a inscrição ‘Juventus FC’ sair de dentro de uma das bolas do sorteio da ‘Champions’. Ainda assim, no campeonato italiano, a ‘Juve’ foi-se mantendo pelo topo da tabela, sem importunar muito as contas do título é certo, mas espreitando a oportunidade como um predador que espera pacientemente pelo melhor momento para atacar. Com tempo foi-se reforçando a Velha Senhora. O reforço mais importante terá sido, porventura, o reforço do banco. No início da temporada que agora terminou, Antonio Conte, antiga glória do clube, assumiu as rédeas do touro e dominou a sua investida ao 28º título de forma tão determinada que nenhum dos restantes 19 forcados do campeonato conseguiu travar.
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“O futebol é um festival de fertilidade. Onze espermatozoides tentando chegar ao óvulo” Bjork, cantora
OPINIÃO Mas para além do corpo técnico, também o plantel foi renovado, uma vez que, da equipa campeã que desceu de divisão em Maio de 2006, restam apenas três jogadores: Gianluigi Buffon, Alessandro Del Piero e Giorgio Chiellini. Renovada foi também a direcção do clube com a saída de Luciano Moggi, que viu-se envolvido nos escândalos de corrupção que levaram a sua equipa ao segundo patamar italiano e com a inserção do aposentado Pavel Nedved no conselho de administração. De novo há também o estádio – o Juventus Arena, inaugurado em Setembro de 2011. É mais pequeno que o mítico Delle Alpi, mas encontra-se mais próximo dos seus adeptos e da cidade. Foi, então, uma ‘vecchia signora’ pujante que se apresentou para a temporada, com os seus ídolos renovados, referências consertadas e uma nova sensação de vitalidade refrescada. No título deste ano foram importantes não só os jogadores que transitaram desde os tempos da serie B mas também Claudio Marchisio, Simone Pepe, Fabio Quagiarella e os reforços Alessandro Matri (regressado de empréstimo ao Cagliari), Mirko Vucinic (ex-Roma), Arturo Vidal (ex-Bayer Leverkusen) e Andrea Pirlo (ex-Milan) todos preponderantes para um conquista sacada a ferros a um Milan recheado de estrelas. A Juventus não deu hipótese: não só saiu invicta do campeonato, como foi categórica no confronto com os seus principais rivais. Na retina ficaram as goleadas impostas à Roma [4-0] e à Fiorentina, esta fora [0-5], isto para além de duplo triunfo sobre o Inter [2-0 e 1-2] e a vitória caseira ante o AC Milan. Apesar de não ter sido o melhor ataque (foi o segundo melhor com 68 golos), perdendo para o Milan neste particular, foi no entanto irrepreensível defensivamente com apenas 20 golos sofridos, números dos
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quais nenhuma equipa conseguiu sequer aproximar-se. Outros números que impressionam são os de empates – 15 (!), o que leva qualquer um a dizer que foi uma conquista tipicamente à italiana: tremeu mas não caiu. O maior exemplo disto foi na antepenúltima jornada, a 35ª do calendário do ‘calcio’. Levava a ‘Juve’ três pontos de avanço sobre o Milan antes do início do jogo ante o Lecce. O Milan ganhou o seu jogo e a Juventus vencia também o seu jogo caseiro por 1-0 a cinco minutos do fim e a jogar contra dez, quando um erro individual do já mítico guarda-redes ‘bianconeri’, Gianluigi Buffon, deitou fora dois pontos de vantagem sobre os ‘rossoneri’. Porém, os dois pontos não iriam fazer grande diferença porque, após vitória forasteira da Juventus em Cagliari na semana seguinte, o Milan vacilou perante o seu eterno rival, o Inter, que por sua vez encarava o ‘derby’ desejoso de arredar os seus congéneres milaneses da luta pelo título, entregando-o nas mãos da Juventus, cuja rivalidade não é tão fervente. Ao apito final do 4-2 do Giuseppe Meazza, os adeptos da ‘vecchia signora’ precipitaram-se para as ruas de Turim, sequiosos por festejar uma conquista que há muito lhes fugia. Com toda a justiça, festejou-se pela noite dentro, com a Piazza Vittorio como principal palco das celebrações de um campeonato marcado pelo regresso de um gigante, pela surpreendente Udinese, por uma Lázio de volta aos seus melhores dias e pelas desilusões que constituíram Inter e Roma. No norte de Itália, junto dos Alpes, senta-se de novo uma velha senhora campeã, que venceu este capítulo da ‘guerra do trono’ italiano. O lugar é cativo até Maio do próximo ano, com possibilidade de revalidação.
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HISTÓRICO
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“PAULO F
Te
FUTRE”
exto: Ricardo Sacramento Fotos: Maisfutebol
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aulo Jorge dos Santos Futre é um ex-jogador de futebol português, considerado um dos melhores jogadores portugueses de todos os tempos. Foi um dos poucos jogadores que jogaram nos “três grandes” do futebol português. Formado no Sporting Clube de Portugal e após incompatibilidades com a direção leonina (depois de pedir um aumento no ordenado), transferiu-se para o Futebol Clube do Porto, onde em três épocas se notabilizou e viria a conquistar dois campeonatos portugueses e uma Taça dos Campeões da Europa, com notável exibição diante do Bayern Munique, segundo os cronistas da época. Em 1987 transferiu-se para o Atlético de Madrid, naquela que foi para a época, a maior transferência do futebol português. Não conseguiu o sucesso desportivo que desejaria, mas em termos individuais tornou-se num dos grandes símbolos de sempre do clube.
futebol italiano, Reggina e AC Milan, e inglês West Ham nunca atingindo os patamares exibicionais que o notabilizaram. Em março de 2011, Paulo Futre voltou ao centro das atenções, quando, durante uma ação da candidatura de Dias Ferreira à presidência do Sporting Clube de Portugal, apresentando-se como responsável pela contratação do “melhor jogador chinês da atualidade”, e da criação de departamento no Sporting para o mesmo. Esse suposto departamento seria ainda responsável pela vinda de charters de chineses “vai vir charters todas as semanas” para assistir a jogos do Sporting. Esta gaffe tornou-se muito popular em Portugal. Em 2012 a TVI24 arranca com o programa “as noites do futrebol”, programa apresentado e dedicado ao número 10, além de focar os melhores momentos da sua carreira, o programa dava ainda espaço para Futre homenagear antigos companheiros e estrelas do futebol. Muitas são as histórias já publicadas e imortalizadas no seu livro “El Português”. Desde do Porsche amarelo a uma passagem pela espionagem sexual feita pelo FC Porto dando um salto a Espanha, aquando a sua passagem na direção do Atlético onde pôs calças e cuecas para baixo, entre muitas outras que valem a pena ser lidas. Muitos foram os anúncios publicitários que fez, mas campanha ao serviço da marca Licor Beirão, foi considerada a melhor campanha mundial desenvolvida em 2011, segundo a ICOM.
Cinco anos e meio depois de ingressar na Espanha, onde conquistou duas Copas do Rei, Paulo Futre regressaria ao futebol português, agora para representar o Benfica numa polémica transferência paga com dinheiros públicos da RTP quando dias antes o próprio havia prometido o seu regresso ao Sporting. Ao serviço das águias conquistou uma Taça de Portugal. Problemas de ordem financeira levaramno a sair prematuramente do clube, transferindo-se para o Olympique de Marselha. A partir daqui, a carreira de Futre entra em declínio. Gravíssimas lesões levam-no a ter períodos de meses de inatividade, sendo forçado a Paulinho ainda tem muito para dar, mas terminar a carreira antes do desejado. fica guardado na memória o seu génio nos relvados e a verdadeira devoção Depois da fracassada experiência do mesmo ao número que carregava na França, Futre ainda passou pelo nas costas. Foi um verdadeiro 10.
MIÚDO MARAVILHA
22/05/12
KAPINOS Texto: Pedro Martins Fotos: google.com
A primeira defesa de uma equipa é o ataque, um dos ideais mais antigos do futebol táctico, mas todas as equipas de topo precisam de um guarda-redes de nível superior, e Stefanos Kapinos promete ser um deles. Este jovem Grego, nasceu em Atenas à 18 anos atrás e começou a dar nas vistas nas camadas jovens do Aetos Korydallou. Foi abordado primeiramente pelo Olympiakos, onde chegou a treinar durante dois meses e meio, mas foi o Panathinaikos que garantiu a sua contratação em 2007. No Panathinaikos trabalhou e alcançou o seu próprio espaço, atingindo a titularidade nas camadas jovens sub-18 e sub-21, sendo chamado ao mesmo tempo para a selecção Helénica de sub 17, onde debutou com 15 anos, e para a de sub 19 onde foi sempre titular. Aos 17 anos tornou-se o jogador mais jovem se sempre a actuar pela equipa principal do Panathinaikos na Superliga Grega, ao entrar contra o Atromitos depois da expulsão do seu colega de equipa. Em 15 de Novembro de 2011, tornou-se também no mais jovem jogador a actuar pela selecção principal da Grécia no amigável disputado contra a Roménia. Com 1,90 m de altura e 90 Kg de peso este novo talento, tem muita presença e muita personalidade na hora de defender as suas redes, apesar da sua juventude demonstra muita tranquilidade e segurança na abordagem aos lances ofensivos adversários. Muito forte debaixo dos postes devido ao seu porte verdadeiramente imponente e aos seus reflexos instintivos associados à sua jovialidade, muito rápido no um contra um e forte nas alturas. Tem sido alvo de cobiça de grandes clubes como o Manchester United, o Arsenal e o Inter de Milão, devido às suas exibições de qualidade superior com alguma espectacularidade e ao seu perfil prometedor de autentico guardaredes de topo, Stefanos Kapinos um miúdo maravilha do hoje para o amanha.
INTERNACIONAL
MONTPELLIER CAMPEÃO FRANCÊS 2011/12
22/05/12
EDITORIAL
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22/05/12
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GEMMA ATIKSON Ex- Namorada de Cristiano Ronaldo quando militava no Manchester United.
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