O FUTEBOL PARA LER COM TODA A MAGIA DO DEZ
Nº14
“ATASCADOS NO MINHO”
“Ambicionar o 1º lugar não é o mesmo que falar de título” Petit, meses antes do Boavista ganhar o 1º campeonato
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22/08/12
FC PORTO
SEM IDEIAS EM
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BARCELOS Texto: Mística Portista Fotos: Getty Images
C
omecei a escrever esta crónica após os consecutivos cantos que a equipa dispôs nos últimos minutos da equipa em que não houve um que houvesse um lance treinado. Acredito, que possa ser demasiado duro a escrever e a analisar esta partida pois aquilo que vi ao longo de 85 minutos deixa-me preocupadíssimo.
maior capacidade física e atlética...Quando a equipa vem do intervalo exactamente com a mesma atitude e espera-se 10 minutos para fazer duas substituições, estamos conversados quanto à influência que a equipa técnica tem na capacidade anímica e motivacional da equipa.
Para começar, o onze inicial da equipa levanta-me desde logo uma pergunta: se Hulk estava em condições para entrar directamente para a equipa titular, por que razão, não aconteceu a mesma coisa com Alex Sandro quando passamos a pré-época a jogar com uma adaptação que, à primeira oportunidade fez com que Vítor Pereira o substituísse?
- Fernando: na parte defensiva realizou um bom jogo, não percebo porque, ao contrário daquilo que pretendia AVB, Vitor Pereira o amarra quando a equipa tem a bola à posição 6...perde-se um jogador para atacar.
O ritmo da primeira parte e a exibição que a equipa realizou deixa-me profundamente preocupado com aquilo que a equipa técnica anda a realizar nos treinos. Jogar “a passo”, sem qualquer tipo de pressão efectuada sobre a equipa adversária, não se vê nenhum tipo de movimentação padrão, nem nas bolas paradas... enfim, uma primeira parte sem ocasiões de golo e que, apenas num lance fortuito nos podia dar o golo.
Destaques individuais:
- Jackson Martinez: precisa de treinar as recepções de bola mas gosto das desmarcações, do empenho e do faro que tem com a baliza. - Hulk: mesmo a meio-gás continua a ser um grande jogador. Na segunda-parte teve lances “à Hulk”.
Para terminar, uma referência para Vitor Pereira: ou muito me engano (e isso será particularmente visivel na Liga dos Campeões) ou será, mais uma vez, Pinto da Costa a segurá-lo a partir de Outubro / Novembro. Deixo um nome que vai começar a pairar por aí, assim que exibições Segunda-parte com mais como esta começarem a ser ritmo e intensidade mas sem mais frequentes: Domingos jogadas com “principio- Paciência. meio e fim”, havendo apenas um conjunto de repelões realizados por jogadores com
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BENFICA
BLOCO DE N
Texto: eternoben
NOTAS
nfica.wordprees.com Fotos: Getty Images
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resultado não fugiu à regra e lá voltámos a empatar na primeira jornada do campeonato. Mas não é bem disto que quero falar, do resultado em si (até porque, confesso, já não estava à espera de um bom resultado), mas sim de um conjunto de factores e situações, graves, que culminaram neste resultado negativo (a exibição, essa, foi vergonhosa).
Equipa completamente partida a meio. Desde 2010 que Jorge Jesus não tem jogadores (o tal queniano azul) que lhe permitam jogar em 4-4-2 e a equipa ter o equilíbrio necessário para equilibrar defensivamente e desequilibrar ofensivamente. Quarta época de Jorge Jesus, terceira época sem Ramires, terceira época a abordar os jogos como se o brasileiro ainda cá estivesse. O buraco no meio campo é Posto isto, vejamos: cada vez maior e só Jesus parece não ter percebido que não pode jogar com 1. Factualmente, a não contratação Javi contra o Mundo. de um defesa esquerdo de qualidade custou ao Benfica dois golos no jogo 4. Carlos Martins. O melhor e mais de hoje. Não digo que com um grande preponderante jogador do Benfica na lateral esquerdo não tivéssemos pré-época. Primeiro jogo oficial da sofridos mais e diferentes golos, mas época? Banco. Nem precisa de calçar não podemos fechar os olhos ao facto a chuteira. Rodrigo chega ao Benfica de os nossos golos sofridos foram quase no início do campeonato, não ambos da directa (ir)responsabilidade fez trabalho de pré-época. Titular no de Lorenzo Melgarejo (jogador de primeiro jogo oficial. Bem-vindos à grande potencial e que creio que lógica de Jorge Jesus. acabará queimado se Jorge Jesus continuar a insistir na sua colocação 5. Sempre fui referindo que esta préna defesa e não no ataque). época tresandava a 2010/2011. Parece que já estive mais longe de estar certo. 2. A pré-época voltou a não ser vir Espero comer todas estas palavras para nada. Nada. Nada de nada. Foi a em Maio. Espero que o desfecho de quarta pré-época que Jorge Jesus fez mais um Verão de incompetência não no Benfica e voltou a mostrar que não custe mais um título de campeão aprendeu com os erros do passado. ao Benfica. Eu confesso que pouco O Verão devia ser aproveitado para acredito em sucessos para este ano, corrigir lacunas no modelo de jogo da mas é o Benfica, se não quiser sofrer, equipa e se há coisa que este modelo o meu subconsciente fá-lo-à por mim. de jogo tem, são lacunas. Muitas lacunas. Demasiadas lacunas para um clube que quer ser campeão. Estas semanas que antecederam a estreia no campeonato nacional deviam ter sido aproveitadas para melhorar o jogo e a química da equipa, deviam ter sido aproveitadas para melhorar tudo. E neste Benfica de Jorge Jesus, não há nada que não seja melhorável. Incrivelmente melhorável. 3. A táctica. Ausência de meio-campo.
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“Vocês os três... Façam um quadrado” Jorge Jesus, treinador
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SPORTING
A VERSテグ 20
Te
012/13
exto: Francisco Baião Fotos: Getty Images
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Sporting versão 2012/2013 começou aos soluços com exibições e resultados menos conseguidos e com muita indefinição nas entradas e saídas de um plantel que, segundo consta, ainda não estará fechado. Antes da temporada começar já se sabia que o plantel perderia dois históricos com as saídas do guarda-redes Tiago (em Alvalade desde 1995/1996 onde conquistou 1 campeonato – esteve emprestado na época de 1999/2000 -, 3 Taças de Portugal e 4 Supertaças) que terminou a sua carreira, e do central Polga (em Alvalade desde 2003/2004 onde conquistou 2 Taças de Portugal e 2 Supertaças) que regressou ao Brasil para representar o São José sendo que, no caso desta última saída, implicaria, necessariamente, o reforço da equipa, já que, no que diz respeito ao guardaredes, o Sporting estaria servido com os dois guarda-redes mais utilizados na época passada.
B leonina o que até poderá ser benéfico para o jovem colombiano somar minutos numa liga competitiva como a Segunda Liga portuguesa. Do lado contrário, Insúa contínua dono e senhor do lugar mas, desta feita, sem a concorrência de Evaldo (emprestado ao Deportivo da Corunha) e, para o seu lugar, o Sporting voltou a “pescar” na Alemanha, e, tal como Boulahrouz, chegou a custo zero. Trata-se de Pranjić que chega vindo do Bayern Munique. A defesa parece ser um sector ainda por fechar, não que se aguardem mais entradas mas porque, segundo a imprensa, é provável que o central norteamericano Onyewu não permaneça no plantel, uma vez que foi pouco utilizado na pré-época e parece, nos jogos oficiais, não constituir opção para Sá Pinto. Este sector apresentou-se profundamente remodelado no primeiro jogo oficial da época (empate a zero em Guimarães) com três dos quatro (só Insúa se manteve, entrando Cédric para a lateral direita e Boulahrouz e Rojo para o eixo) Com Xandão (que não pertence ao elementos a serem novidade em relação Sporting), Carriço, Rodríguez e Onyewu à temporada passada. para o centro da defesa, urgia contratar mais um elemento para esta posição, No meio-campo parecia evidente situação que se agravou com a saída que faltava, na época passada, uma do peruano para o Rio Ave, pelo que alternativa a Rinaudo (que se lesionou a Alvalade não chegou um mais dois com gravidade no final da primeira volta) centrais: primeiro chegou Boulahrouz, pelo que o Sporting garantiu o concurso proveniente do Estugarda e a custo zero de Gelson Fernandes (suíço de 25 anos e, mais tarde, chegaria Rojo, do Spartak que alinhava no Saint-Étienne) e que, de Moscovo. neste início de temporada, parece ter assegurado um lugar nas escolhas de Nas laterais, a saída imprevisível de Sá Pinto. À semelhança da defesa, este João Pereira em vésperas do Euro2012 sector viu chegar um “reforço da casa” poderia fazer antever a entrada de algum que esteve em Coimbra na temporada reforço mas o Sporting apostou, e até passada (Adrien) que tem protagonizado agora com bons resultados, no regresso uma das novelas da pré-época com a de Cédric (que esteve emprestado na sua renovação com o clube de Alvalade. Académica de Coimbra) que vai ter Para além destes reforços, chegou um a concorrência de Pereirinha que, tal outro, o primeiro confirmado para esta como na temporada passada, parte em temporada, que constitui uma aposta desvantagem para este duelo. Ainda no forte do clube, apesar da sua tenra lado direito, Santiago Arias está na equipa idade. Trata-se de Zakaria Labyad,
jovem holandês de ascendência marroquina que fez toda a sua formação no PSV de onde saiu em letígio e ao qual o Sporting blindou com uma cláusula de 50 milhões. Mas não só de entradas se fazem as novidades no meio-campo leonino, com o principal destaque para a saída de Matías Fernández, transferido para a Fiorentina, ele que tinha sido uma das figuras na última campanha europeia leonina e que, por essa razão, despertou interesse lá fora. Depois de Espanha e Portugal, Itália é o seu próximo destino. Também para o estrangeiro, mas por empréstimo, voltou a sair Renato Neto que, na temporada passada regressou em janeiro para suprir a ausência de Rinaudo mas, ao não se impor, juntou-se ao clube treinado por Paulo Sousa (os húngaros do Videoton). Na frente de ataque o Sporting continua com dois enormes problemas por resolver (Bojinov e Pongolle não encontram destino) e chegaram a Alvalade Viola (jovem argentino de 20 anos) e Wilson Eduardo (regresso após empréstimo ao Olhanense) mas parece continuar a faltar séria
concorrência ao holandês Wolfswinkel. E este parece mesmo ser o ponto fraco da equipa que, caso seja resolvido até final do mês, poderemos ter um Sporting na luta por títulos. Comparando os plantéis das duas últimas temporadas (e apesar de, no início desta temporada se ter passado a mensagem de que haveria poucas mudanças) os nove reforços (contando com os 3 emprestados que regressaram) parecem contribuir para um plantel bem mais equilibrado a quem falta, sem dúvida, um avançado, ausência essa bem notada neste início de temporada onde o Sporting, em 5 dos 10 jogos já realizados (um deles oficial) ficou em branco, situação que, em dois desses encontros resultaram nas duas derrotas já averbadas e, no jogo oficial, na perda de dois pontos em Guimarães, onde o Sporting até se exibiu bem, mas onde faltou um golo.
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LIGA ESPANHOLA
“PRIMEIRA ANÁLISE Á LIGA 201
Texto
12/13“
o: José Alberto Lopes Fotos: Getty Images
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a Liga arrancou este fim de semana e muitos perguntam, qual será a diferença entre esta edição e a anterior? Se me permitem, recuemos um pouco e vejamos as previsões antes da primeira jornada. José Mourinho afirmou que o seu grande objectivo este ano, será vencer a Liga dos Campeões e para isso, nada melhor do que contar com a mesma equipa da última edição. Sem Modric até ao momento e com Kaká como suplente de luxo, a grande noticia para o “The Only One”, foi a permanência do argentino Gonzalo Higuain. Mesma equipa, mesmo treinador, tudo dependerá dos niveis de motivação, da regularidade de Ozil e Xavi Alonso, dos golos do tridente ofensivo e de possiveis lesões durante a temporada. Quanto ao seu eterno rival Barcelona, tudo fará para reconquistar a liga espanhola. Um plantel de luxo, com dois reforços importantes, Song e Jordi Alba, vêm tapar buracos e criar soluções para sectores fragilizados. A grande dúvida será a resposta da equipa catalã ao seu novo líder, Tito Vilanova, que afirmou na passada semana que quer vencer todas as competições. Valência e Atlético de Madrid são os grandes candidatos ao terceiro lugar do pódio, o Valência pelo papel que tem tido nestas últimas épocas, e também pelos reforços que garantem um nivel competitivo importante para a equipa Che. O Atlético de Madrid, pelo que tem feito desde a chegada de Simeone, um futebol mais consistente, mais vertical, direccionado totalmente ao melhor jogador da equipa, Radomel Falcão. Na equipa madrilena, as dúvidas são as mesmas de sempre, a regularidade da equipa e resposta de adaptação de novos jogadores. Na equipa valenciana, após os 4 anos da era Unai Emery, o Valência apresenta uma equipa renovada para melhor e um treinador jovem e ambicioso que prevê um campeonato competitivo. Athletic de Bilbao, Málaga e Levante são grandes incógnitas neste campeonato. Depois de uma época brilhante, os problemas e desfalques desta nova época deixam muitas dúvidas em relação à reguaridade das duas equipas.
pré-época com muita intensidade, mas pouca produtividade. A atitude de ambas as equipas resume-se a um Real Madrid demasiado relaxado após vantagem no marcador e um Valência curioso mas sem soluções na transição defesa-ataque. A equipa de José Mourinho entrou com tudo acabando por marcar cedo num lance desenhado e concretizado pela dupla argentina, Di Maria e Higuaín. Mesmo com o jogo controlado o Real Madrid foi incapaz de aumentar a diferença no marcador, muito devido a um relaxamento impróprio de campeões. O Valência sempre muito curioso, mas sem criar grande perigo durante a primeira parte, aproveitou um erro infantil de Casillas para empatar a partida. Excelente resposta de Jonas a um cruzamento fantástico de Tino Costa. No momento em que Jonas cabeceava, Casillas e Pepe chocaram com alguma violência, tendo mesmo Pepe que abandonar o jogo ao intervalo. Na segunda parte o Real mostrou que quando acelera cria perigo e o Valência sentiu muitas dificuldades em segurar o ataque merengue. Ronaldo e Ozil muito abaixo das suas capacidades foram incapazes de fazer a diferença e nem com a entrada do francês Benzema as coisas se resolveram. Muitos lances de perigo, mas sempre bem correspondidos com a grande exibição do guarda-redes Diego Alves. Resultado final 1-1! Barcelona Sublime
Quem soube aproveitar este descuido do campeão, foi notávelmente o seu eterno rival, Barcelona, uma exibição de luxo facilitada pela fraca defesa da equipa basca. Messi e companhia fizeram um jogo sublime, nada a que não estejamos habituados. A equipa catalã sempre que joga com o seu onze de gala é praticamente imbatível e por vezes implacável. As tropas comandadas por Tito Vilanova começam esta edição da liga espanhola com o pé direito e deixam um aviso ao campeão em título, a jogar assim seremos os campeões. De realçar o regresso de Villa aos golos, sem dúvida a melhor “contratação” do Análise à primeira jornada Barcelona para esta época. O asturiano, oito meses afastado da competição regressou, Real Madrid Escorrega e em grande, fazendo o quinto golo da equipa e emocionando o mundo do futebol O Real Madrid empatou em casa com o mostrando uma camisola em que se podia Valência, num jogo que mais parecia de ler “sem vocês sería impossivel”, mensagem
de agradecimento para a sua mulher e as suas duas filhas. Grande detalhe Villa! Quanto ao jogo, nada de novo, superioridade culé durante todo o jogo que aos 15 minutos já ganhava 3-1. Um suberbo Messi que começa da melhor maneira a tentativa de superar os 50 golos marcados na época passada. Tito passou o primeiro teste, mas o derradeiro será já na próxima quinta feira, na primeira mão da super taça espanhola. Resultado final, “manito” 5-1! Athletic Bilbao e Betis Entusiasmam De realçar o Ath. Bilbao 3-5 Betis, o melhor da jornada em termos emotivos. Muitos erros defensivos que transformaram este jogo num espetáculo de futebol. Aos 31 minutos o Betis ganhava por 3-0 em Bilbao, mas os leões bascos mostraram a sua raça e ao minuto 76 empatavam o jogo 3-3. Tudo indicava para uma “remontada” histórica, mas Pozuelo, jogador do Betis deu uma machadada e silenciou San Mamés. A equipa basca nota algumas dificuldades principalmente no sector defensivo, a equipa sentiu falta da sua referencia Javi Martinez, que estará de saída do clube. Lembramos que para além dos problemas entre o treinador Bielsa e a direção, as duas peças mais importantes da equipa, Llorente e Javi Martinez foram considerados pela “afición” como “personas non gratas”, e estão de saída do clube. Atlético e Levante Adormecem
Levante e Atlético de Madrid não foram além de um empate a uma bola. Já era de esperar dificuldades para a equipa madrilena, um terreno dificil, contra um Levante europeu e ainda por cima às 23 horas. O jogo foi pobre, muito pobre, e complicou a vida aos que fizeram um esforço para não tentar adormecer durante os 90 minutos. Pouco futebol e passes falhados em que se ajusta perfeitamente o empate. O Atlético pelos erros cometidos no inicio do jogo e o Levante por ter adormecido durante os restantes minutos de jogo. Enfim um jogo para não recordar, pela hora e pelo espetáculo. Mallorca e Sevilha Cumprem Mallorca e Sevilha cumpriram e venceram Espanhol e Getafe respetivamente. Vitórias merecidas com destaque para o avançado israelita Hemed que fez os dois golos da equipa de Maiorca, e Jesus Navas que levou o Sevilha às costas durante os 90 minutos. Injustiça em Vigo Já o mesmo não se pode dizer do Celta de Vigo, que perdeu no seu território. Para quem não viu o jogo, o resultado parece até normal. Mas para quem teve a sorte de ver este embate, diria que foi um resultado absolutamente injusto. Foi um grande jogo de futebol em que as duas equipas mostraram qualidade e recursos, deixando boas indicações para os jogos que se avizinham. Destaque para o jovem jogador
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Fabrice, que com apenas 16 anos, se tornou no mais jovem jogador de sempre a marcar na liga espanhola. Corunha volta aos grandes palcos O Deportivo entrou com o pé direito, num jogo que ficou marcado por uma primeira parte de grande nível por parte dos galegos. A avalancha de ocasiões nos primeiros minutos de jogo encostou completamente um Osasuna surpreendido com uma equipa liderada no meio campo por Abel Aguilar. O colômbiano emprestado pelo Hercules mostrou uma entrega incansável e liderança na hora de circular a bola, bons apontamentos do jogador de 27 anos. Apesar das muitas ocasiões de golo desperdiçadas, inclusivé um penalti falhado por Riki ao terminar a primeira parte, o Osasuna conseguiu equilibrar o jogo chegando mesmo a mandar no encontro. Quando nada fazia prever e após vários erros defensivos dos de Pamplona, surge o golo do Depor. Apartir desse momento, o Osasuna pegou na batuta e liderou o jogo até final, mas sem criar muito perigo, com um futebol inconsequente, pouco vertical e muitas bolas perdidas. Uma palavra especial para a qualidade dos jovens do Depor, Bruno Gama, Pizzi, Raoul Loe, Arribas, Roberto Torres e Nelsón Oliveira, que foram de uma entrega fantástica e qualidade de primeira liga. O avançado português acabou mesmo por marcar e sentenciar o jogo, marcando o segundo golo em jogada individual, grande golo Nélson!Resultado final 2-0!
Recital de humildade em Saragoça O Valladolid foi a Saragoça mostrar o porquê de ter subido ao primeiro escalão. Humilde, tranquilo e com um jogo bastante apoiado, conseguiu criar muito perigo entre-linhas abrindo sempre o jogo para uma ala direita ofensiva de grande nível. Fantástico jogo de Ebert e Rukavina, o alemão e o croata entenderam-se às mil maravilhas e fizeram daquele corredor, a estrada principal que os levou ao triunfo. O Saragoça do português Postiga, bastante apagado por sinal, mostrou sinais de cansaço, de falta de ideias e de irregularidade no seu estilo de jogo. Faltou movimentação e circulação de bola, faltou humildade para encarar este jogo como se fosse o último e decisivo. Enfim, resultado final, 0-1 para o Valladolid. Novo Milagre em Vallecas Para quem se lembra, o Rayo Vallecano salvou-se na época transata com um golo já nos descontos. Pois nesta primeira jornada, decidiu repetir, o espanhol Trashorras fez aos 90 minutos o único golo do jogo, dando a vitória aos madrilenos. Mais um milagre em Vallecas! Jogo muito bem disputado, num meio campo algo confuso e uma exibição interessante do jovem francês Arabi, que foi sem dúvida o grande desiquilibrante da equipa do Granada. Jogo que merecia terminar empatado, não só pelas ocasiões de golo, como também pela atitude de ambas as equipas.
“A SIDA é como um cartão vermelho mostrado por Deus” Rabat Madjer, ex-jogador do FC Porto
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VERMELHO E PRETO SILVIO GANHA
REPORTAGEM
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que resta de Silvio agora que tudo se desmoronou? Conquistou-as a todas menos uma. Ruby caiu. Noemi caiu. Patrizia caiu. E as outras todas também. Todas menos Belen Rodriguez. E não foi por não tentar. É sabido que o proprietário do Milan é um admirador da beleza da top model argentina, mas sempre se conteve na hora de ama-la. Dormiu na minha casa uma noite, mas não fizemos amor porque descobri que estava a sair com um dos meus jogadores” confessou a um amigo em 2009. O jogador em questão era Março Borrielo. Um suplente, um jogador pouco decisivo. A Berlusconi podem acusa-lo de todos os pecados do mundo, mas o magnata italiano não pratica o incesto. A crise e os escândalos afastaram-no da cadeira presidencial italiana, mas ele já avisou que não descarta regressar á presidência dos “rossoneri”. Uma péssima noticia para os demais clubes. “El Cavalieri” é o Milan em números: 28 troféus, entre os quais 8 scudettos, 5 Ligas dos Campeões e 3 intercontinentais... E 7 bolas de ouro! Algo incomparável no mundo do futebol, como diz o seu pupilo Zvonimir Boban. “O clube pode ser centenário, mas parece que foi fundado há 25 anos pelo próprio Berlusconi”. O perfil do louco Foi dia 1 de Março de 1986, com uns liftings menos e alguns cabelos mais que Silvio Berlusconi se tornou presidente do AC Milan, contudo a sua grande estreia teria que esperar 3 meses mais. Em pleno Junho, no centro da cidade de Milão e perante 60 mil pessoas, apresenta a nova equipa do Milan. Os jogadores saiam de três helicópteros ao som das “Cavalgata das Valquirias” de Wagner. “Aquele dia perguntei-me quem era aquele louco” relembra o então jovem defesa Alessandro Costacurta. Numa Itália moldada sobre o caracter sóbrio e trabalhador dos donos da FIAT, o circo começava. Berlusconi encaixa no perfil do jovem empreendedor que conseguiu o milagre no norte de Itália. Uma história repetida milhares de vezes á frente dos microfones.
Filho de um empregado de banco e de uma dona de casa, cresce usando as roupas do pai ganha as primeiras liras revendendo material diverso aos colegas de escola. Cria a sua própria empresa e torna-se milionário. O ramo imobiliário e a televisão são os ubres do império Berlusconi. Nos anos 60 dedica-se a construir bairros nas periferias de Milão e denomina-os Milan 2 e Milan 3. Mais tarde cria uma pequena estação de televisão chamada Intermilano, que trata de converte-la em Império. Banquetes, filosofia e karaté Quando compra o AC Milan, Berlusconi tem já pouco de pequeno empresário. Como recorda Giuseppe Farina, o seu predecessor: “Na altura, quando ele decidiu comprar o clube, nem lhe pedi garantias bancarias”. Showman em frente das câmaras, Silvio não comprou o Milan para se exibir, pelo contrário. Billy Costacurta recorda a primeira vez que se encontraram. “Estava a sair do duche e ainda não estava seco quando ele me pergunta se prefiro ser titular numa outra equipa ou jogar menos e fazer parte da melhor equipa do mundo”. Na altura o clube estava num dos períodos mais negros da sua história, tendo sido promovido da Serie B na época transacta. Os cofres do clube também não estavam no seu melhor momento, com uma divida que ascendia a 6 milhões de euros, o centro de estágios de Milanello alugavase para festas e casamentos. O plano de Berlusconi propõe melhorar a situação, isso passa por gerir o clube como uma das suas empresas. Aos jogadores que cumpram, promete-lhes um lugar na sua empresa de investimentos depois de acabarem a carreira. “Todos precisam de sentir que formam parte de um grupo”. Rodeia-se de homens da sua confiança como Galliani (sócio na Intermilano TV) e de ex-jogadores como Fábio Capello, que envia a Madrid com o intuito de estudar a organização do Real Madrid. Com o dossier de Capello nas mãos, decide modernizar Milanello contratando um psicólogo, um médico, um dentista e um ex-campeão de karaté, Bruno de Michellis, que criaria o
REPORTAGEM
Milan Lab. Arrigo Sacchi? Esse é o meu homem! Ao rigor industrial junta a imaginação do empreendedor, mas rapidamente se apercebe que o projecto precisa de caras novas. “Quando o conheci disse-me que seria a estrela do clube e dois meses depois vendeu-me” afirma o avançado Paolo Rossi. “Foi um gesto de inteligência, a minha carreira estava no declínio” admite o Bola de Ouro de 82. Com o treinador, a história repete-se. Tem a Trapattoni que tinha acabado com uma década gloriosa da Juventus, mas já tem um desconhecido debaixo de olho. Em Agosto de 86, o recém promovido Parma vence o Milan num esquema táctico revolucionário baseado na pressão e na mobilidade ofensiva.
Em Fevereiro do ano seguinte a história volta a repetir-se. Um par de meses mais tarde Sacchi recebe uma chamada de Ettore Rognoni, jornalista da Mediaset: “Arrigo, o Berlusconi quer ver-te”. O encontro tem lugar na Villa do presidente. Depois de 5 horas a discutir esquemas tácticos, Sacchi ausenta-se para ir á casa de banho e é então que Berlusconi confessa ao seu conselheiro: “Este é o meu homem”. Il Cavalieri terá que defende-lo meses mais tarde quando os resultados não aparecem e os jogadores não acreditam no discurso do novo shaman, mas a decisão presidencial mantém-se firme. “Ele escolheu-me, ajudou-me e defendeume” recorda o treinador. Seguia-se a melhor equipa do mundo. A genialidade de Silvio está em todo o lado, controla as concentrações, o balneário e até
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as tesouras. “Quando me estreei tinha o cabelo comprido e o presidente insistia que eu tinha que corta-lo. Resisti durante algum tempo, até que um dia puxou-me pela mão, meteu-me dentro de um carro e ele mesmo cortou-me o cabelo.” diz Francesco Coco. A sua mão perfila também os planteis. Uma noite em que o Milan perdia contra a Sampdoria por 3-0, decide viajar até Amsterdão e contrata Ruud Gullit e Van Basten. Além disso aposta pessoalmente pelos lombadas Baresi, Albertini, Costacurta e Maldini. “Representam o rigor e a seriedade da região”. Num país sempre em crise, Berlusconi nunca criou uma marca que “tropece”. “La grande Milan” era o sinónimo perfeito disso. Suspeitas e mais suspeitas E as historias sombrias? Paciência que já chegam, estamos a falar de Berlusconi. Desde o primeiro scudetto de 1988 que se festeja desmesuradamente na Lombardia e deixa um amargo de boca no resto do país. Aquele campeonato dominado do principio ao fim pelo Nápoles de Maradona dá uma volta inesperada a 3 jornadas do fim. O conjunto de Maradona perde em casa frente ao Milan e nas duas jornadas seguintes o treinador aposta por uma equipa em que não jogam os habituais titulares, o que levanta suspeitas que aquilo tinha mão do Il Cavalieri. Este é só um dos muitos escândalos para os quais Berlusconi arranja sempre desculpa. “Essa decisão foi tomada pelos juízes para me anular politicamente”. Lavagem de dinheiro, contabilidade ‘flexivel’ e fundos de proveniência duvidosa são algumas das acusações que acabaram por cair misteriosamente. Membro 1812 de uma loja maçónica de Milão, Silvio sempre foi protegido pelas mais altas esferas. “Tinha ofertas mais interessantes, mas fizeramme entender que caminho devia tomar. Berlusconi não me comprou o clube, tirou-mo das mãos” arrebata o ex-presidente. De qualquer das formas, a aura de ilegalidade nunca afectou o clube. Todos os jogadores queriam jogar no Milan. Gianluigi Lentini estava condenado a nunca sair do Torino: “O clube estava em dificuldades financeiras, mas eu nunca quis sair. até que me ligou Berlusconi e enviou-me um helicóptero para ir almoçar com ele. Em menos de uma hora convenceu-me.” recorda Gigi, por quem Silvio deu 40 milhões de euros, montante
record naquela altura. O seu poder de persuasão é tão grande, quanto o seu livro de cheques. The show must go on Quando comprou o Milan, o interesse era impulsionar o negocio das suas televisões. Futebol, câmaras e glória sempre foram um triângulo do qual ele nunca quis sair. Cada vitoria do Milan foi mais uma pedra no ‘monumento’ do seu ego. Porque se há coisa que ele não gosta é de partilhar cenário. “Durante estes anos falou-se no Milan de Sacchi e de Capello, mas na verdade deveriam falar no Milan de Berlusconi”. Um ego sem fronteiras. Durante uma visita ao Papa João Paulo II soltou esta pérola: “Deixe-me dizer-lhe que me lembra o meu Milan. Viajam pelo mundo espalhando uma mensagem gloriosa: a imagem de Deus”. Sempre usou o Milan como púlpito político. Os adeptos não foram o seu publico, senão o seu partido. Depois de um scudetto, um ‘tifoso’ disse-lhe: “Terás os votos que precisares se quiseres criar um partido. E se pudermos votar em ti, melhor ainda”. O momento chegou em 1994, quando a operação “Mani polite” arrasou com a classe política italiana e abriu uma porta para Silvio. “Reuniu-nos e disse que estava preocupado que Itália caísse nas mãos dos comunistas” relembra Costacurta. Foi como uma analogia com o seu êxito desportivo. A data coincidiu com a final da Liga dos Campeões que venceu contra o Barcelona de Cruyff. Ao partido chamou-o Forza Itália e aos militantes “azzuri”. Em 2007 volta a Atenas para jogar a final contra o Liverpool e pede aos seus rapazes uma força para impulsionar a sua campanha eleitoral. “Desde que te convertes em político é como se conheces uma nova mulher. E quando conheces uma nova, pensas menos nas anteriores”. A frase é de Boban, mas poderia ter sido dita por Silvio, para descrever o fim do romance rossonero. A política roubou a infalibilidade do seu Milan. E verdade seja dita, quanto mais longe de San Siro, mais caiu a sua popularidade. Afogado pelos mercados, pelos escândalos sexuais com adolescentes e pelos seus interesses publicoprivados, o triunfante Cavalieri perdeu o “cavalo”. Desde a sua demissão em Novembro, uma das poucas aparições dei-se no Milan-Barcelona para a Liga dos Campeões. Um adepto aproximou-se dele para pedir que baixasse os impostos, ao que respondeu: “Já não sou ninguém”. O seu rosto
REPORTAGEM
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iluminou-se ao voltar a falar sobre futebol e sobre as ‘bondades’ do estilo de Guardiola. No sorriso transparecia o desejo. Aos seus 75 anos, já demonstrou que a idade não é impedimento para nada.
INTERNACIONAL
FRANÇA - LIGUE 1 Tiago Soares Fotos: AP
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a segunda jornada da Ligue 1, o “Dream-Team” Paris SG voltou a desiludir, empatando a zero com o Ajaccio. Jogando fora e sem Thiago Silva nem Ibrahimovic, até foi a equipa mais modesta que esteve mais perto de inaugurar o marcador com um remate à barra (já na segunda parte), ainda antes de Lavezzi e... Carlo Ancelloti serem expulsos à chegada aos 60 minutos. Mais um resultado negativo para uma equipa que custou milhões e que soma, em duas jornadas, dois pontos fruto de dois empates. Cheira a descontrolo na Cidade-Luz. O Lyon assumiu a liderança com uma vitória de 4-1 em casa (contra o Troyes), mas não se livrou de um susto quando a formação visitante se adiantou no marcador aos 47 minutos. Gomis e Michel Bastos deram a volta ao resultado e, aos 68, Faussurier foi expulso na formação do Troyes, inclinando de vez o campo para a formação do Lyon. Lisandro Lopez e Gomis fizeram o resultado final. O campeão Montpellier começou a época de forma desastrada, deixando escapar uma vitória que parecia certa no terreno do Lorient. Herrera marcou aos 36 minutos e o resultado não teve alterações até
aos 90 minutos, quando Traoré marcou o 1-1 e abriu caminho para o 2-1 final aos 92 minutos, por Aladiére. Começa a parecer sina as equipas que venceram no ano anterior terem desempenhos medíocres no ano seguinte... Por seu lado, o Marselha venceu o Sochaux por 2-0, com golos de Gignac e Fanni (o jogador, não a ex-participante da Casa dos Segredos) e o Bordéus teve um jogo complicado com o Rennes, com Obraniak a desbloquear a partida a favor dos Girodinos aos 75 minutos e selando o resultado final de 1-0. Ambas as equipas vencedoras saltaram para o grupo dos primeiros classificados da Ligue 1. O Bastia venceu o Reims por 2-1, marcando o golo da vitória aos 95 (!) minutos por intermédio de Ilan e juntou-se agora ao grupo dos primeiros classificados de uma Liga que, se cumprir os seus pergaminhos, vai ser disputada até ao fim.
22/08/12
“Pisa-o, pisa-o! Ao inimigo nem água“ Bilardo, ex-treinador
publicidade@jornaldez.com
ALEMANHA - BUNDESLIGA Tiago Soares Fotos: AP
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a Alemanha, e como já vem sendo tradição, a época começa com a DFB-Pokal (Taça da Alemanha) e os clubes grandes da 1ª divisão safaram-se, quase todos, de eliminações precoces com resultados convincentes. No sábado, o detentor da Taça e campeão da Alemanha Borussia Dortmund foi ao reduto do Oberneuland vencer por 3-0 (com golos de Reus, Blaszczykowski e Perisic), enquanto o Leverkusen venceu o Carl Zeiss Jena por 4-0 (com golos de Rolfes, Bellarabi, Kiessling e Júnior Fernandes) também no terreno deste último. O Estugarda foi vencer o Falkensee-Finkenkrug por 5-0, enquanto o Wolfsburgo derrotou o Schönberg 95 pela mesma cifra. O Bayern de Munique derrotou o Janh Regensburg por 4-0, com golos de Mandzukic (2), Shaqiri e Pizarro. No plano inverso, o Hoffenheim foi goleado pelo Berliner AK 07, dos regionais da Alemanha, por 4-0, numa das maiores vitórias de sempre desta
equipa e um dos desaires mais humilhantes de uma equipa da primeira divisão nesta fase da Taça. Cakmak (2), Gerlach e Kruschke assinaram os golos desta vitória histórica - realce ainda para o facto de que o resultado estava feito aos 49 minutos e que não houve expulsões. O Hamburgo foi derrotado por um antigo histórico alemão, o Karlsruher (que desceu na época passada à 3ª divisão alemã) por 4-2. A equipa primodivisionária estava a vencer ao intervalo por 2-1, mas o Karlsruher conseguiu dar a volta numa segunda parte avassaladora. Por fim, o Nuremberga foi eliminado (3-2) no prolongamento pelo TSV Havelse, também dos regionais, e o Prussen Munster também eliminou o Werder Bremen no prolongamento (4-2).
22/08/12
INGLATERRA - PREMIER LEAGUE Tiago Soares Fotos: AP
A
Premier League voltou em força e o primeiro jogo em que entrou um candidato ao título saldou-se num nulo entre Arsenal e Sunderland. Os Gunners tentaram ultrapassar a intranquilidade provocada pela saída de van Persie para o rival Man. United e de Alex Song para o Barcelona, mas nada havia a fazer – partida desinspirada e o nulo final adequa-se ao que se passou nas quatro linhas. O Chelsea, vencedor da Champions League, entrou com o pé direito, conseguindo uma vitória tranquila contra o Wigan. Ivanovic abriu o marcador aos dois minutos, e Lampard marcou um penalti aos sete minutos para carimbar o início sossegado de prova para os Blues. Ambos os golos tiveram uma figura central: Eden Hazard, contratação deste ano para os londrinos, foi fulcral ao assistir para o primeiro golo e a sofrer o penalti para o segundo. O Liverpool começou a época na mó de baixo com uma derrota pesada contra o West Bromwi-
ch. Gera, Odemwingie e Lukaku (emprestado pelo Chelsea) fizeram os três golos da partida. O Tottenham, do nosso velho conhecido André Villas-Boas (AVB), começou a temporada com uma derrota por 2-1 no terreno do Newcastle. E se a equipa do português se pode queixar de algum azar (enviou duas bolas aos ferros ainda na primeira parte), o prémio de eficácia vai para Demba Ba e Ben Harfa (este último de penalti). Refira-se que Defoe ainda conseguiu o empate para a equipa de AVB, mas esta não foi capaz de segurar o empate. Os dois gigantes de Manchester, que disputaram a liga até ao fim no ano passado, tiveram sortes diferentes. O City venceu o Southampton após mais uma “cambalhota” no marcador (recorde-se o final da Liga do ano passado e a Supertaça deste ano...). O jogo até começou de forma azíaga para os citizens, com a lesão de Aguero aos 16 minutos de jogo e com David Silva a falhar um penalti ainda na primeira parte.
INTERNACIONAL
Tudo começou a melhorar com o golo de Tevez (em claro fora-de-jogo) aos 40 minutos, mas a já típica “montanha-russa” da equipa campeã começou a sentir-se aos 59 e aos 68 minutos, ao conceder dois golos do Southampton (Lambert e Davis). Desta vez, no entanto, o City não aguardou pelos final do jogo para dar a volta – Dzeko empatou aos 72 e Nasri, aos 80 minutos, fez o resultado final. O rival United teve um jogo menos animado em incidentes com o Everton, mas acabou a primeira parte empatado a zero e só uma grande exibição de De Gea poupou o United de sair para o intervalo a perder. Na segunda parte, a barra salvou o United novamente aos 48 minutos, mas Fellaini deu finalmente justiça ao marcador aos 57 minutos. A pressão do United foi avassaladora a partir do golo e Jagielka limpou uma bola em cima da linha para impedir o empate aos 67 minutos. Até ao final do jogo os reds tentaram, mesmo com van Persie, mas não conseguiram
22/08/12
furar a muralha azul – resultado final: 1-0. Fulham e Swansea deram mostras de querer fazer uma campanha tranquila ao derrota, respectivamente, Norwich e QPR (do “nosso” Bosingwa) pelo mesmo resultado: 5-0 (sendo que o Swansea foi mesmo vencer fora de casa por esta margem dilatada). Reading e Stoke empataram a uma bola, enquanto o West Ham venceu o Aston Villa por 1-0.
MIÚDO MARAVILHA
JESÉ RODRIGUEZ Texto: Pedro Martins Fotos: google.com
U
ma das particularidades do futebol é que tudo pode mudar em questão de segundos, tão depressa se está em alta como rapidamente se está em baixo, mas neste momento é o futebol espanhol que está em alta, assim como Jesé Rodriguéz Ruíz. Este jovem jogador nasceu em Las Palmas e começou a dar os primeiros toques no El Pilar FC com 10 anos, dos 12 aos 14 anos jogou no Huracán de onde se transferiu para o Real Madrid. Depois de uma época 2010/2011 estonteante onde marcou 17 golos pelos Juvenis A, estreou-se no Real Madrid Castilla, a equipa B do Real Madrid, onde acabou por ganhar o seu lugar na época de 20011/2012 marcando 12 golos. Estreando-se a nível oficial pela equipa principal nessa mesma época jogando alguns minutos na “Copa do Rey” e na ”La Liga”. É presença assídua nas seleções jovens da Espanha desde os sub 16 até aos sub 19, participando em várias competições internacionais onde deixou a sua marca em forma de golos, como no caso do último europeu de sub 19 realizado na Estónia ainda este verão onde Jesé foi o melhor goleador da competição e deu o título de campeão europeu à sua seleção ao apontar o golo da vitória na final contra a Grécia. Com apenas 19 anos é comparado no seu estilo de jogar e no seu drible a Cristiano Ronaldo, é um extremo com muita personalidade, agressivo, lutador com técnica de requinte, visão de jogo apurada, passe assertivo, muito criativo o que às vezes o faz parecer egoísta, mas que cria desequilíbrios nas equipas adversárias com a sua explosão de movimentos, rapidez de execução desses mesmo processos criativos e dribles que deixam os adversários pregados ao chão. Ao contrário do habitual é um extremo forte fisicamente, resistente ao choque e com muita resistência aeróbia e um alto índice de sucesso no que se refere à finalização o que faz dele um possante” playmaker” com a classe de um extremo da “old school” e a contundência de um avançado voraz, o que lhe permite também jogar a dez e a avançado. Este jogador moderno, atraiu a atenção de muitos grandes da europa mas Mourinho betou a sua saída mostrando confiança no contributo deste enorme talento no sucesso do Real Madrid, Jesé Rodríguez um miúdo maravilha do hoje para o amanha.
22/08/12
“Fiz apenas uma simulação de uma tentativa” Nuno Gomes, acerca da sua expulsão por alegada agressão a Pepe
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EDITORIAL
INTERNET
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