Jornal do Ave - edição 16

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Bimensal 21 de janeiro de 2015 Nº 16 Ano 1 | Diretora Magda Machado de Araújo | 0,70 €

Mais de 3000 na ModaTirso

//PÁG.20

FC Famalicão vai disputar fase de subida à 2.ª Liga

//PÁG.16

Colisão na EN105 provoca dois feridos //PÁG.6

//PÁG.3 //PÁG.14

Riopele acolhe incubadora Famalicão MadeIN Candidaturas já abriram e podem ser feitas no Espaço MadeIN ou online

//PÁG.5

Empreendedores terão à disposição espaços de incubação física devidamente equipados e a preços reduzidos

Câmara e UDS Roriz assinam acordo para financiamento de Complexo

Encerramento das extensões de saúde dominou reunião de Câmara

//PÁGs.10 e 11

À conversa com Marco Cunha, presidente de “Vila Nova do Campo”

//PÁG.3

Ruy de Carvalho e Nicolau Breyner no FesTrofa pub

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JORNAL DO AVE 21 Janeiro 2015

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Atualidade

// Vila Nova de Famalicão

Lions Clube de Famalicão recebe medalha de mérito e distinção O

Lions Clube de Famalicão foi distinguido com a Medalha de Mérito e Distinção no Jantar Comemorativo dos 50 Anos da Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo Regional do Norte, que se realizou na Alfândega do Porto. A vice-presidente do Clube, Fernanda Vieira de Castro, recebeu a distinção das mãos do presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo Regional do Norte, Victor Veloso, como forma de agradecimento e reconhecimento da atividade do Lions Clube de Famalicão. “O Lions Clube de Famalicão vê assim reconhecido o trabalho de todos aqueles que ao longo dos anos têm colaborado nas atividades desenvolvidas no âmbito da ação da Liga Portuguesa Contra o Cancro, nomeadamente no Peditório Nacional, não podendo esquecer o agradecimen-

ACIF sorteou premiados da Campanha de Natal Lions de Famalicão agraciado nos 50 anos da Liga Contra o Cancro

to sincero a todos os cidadãos anónimos que se mostram sempre disponíveis para materializar a máxima de serviço ao próximo”, avançou o Clube, em nota de imprensa, enumerando que no Peditório Nacional de 2014 realizado no concelho conseguiram “um total de 19.780 euros, o que corresponde a um aumento de cerca de 23 por cento relativamente ao ano transato”. O evento comemorativo dos 50

anos da Liga Portuguesa Contra o Cancro ao Serviço do Doente Oncológico contou com a participação de “1600 pessoas” no jantar e “mais 800 solicitações que não foram possíveis satisfazer pelas condições logísticas de organização”. Após o jantar, os presentes foram brindados na Sala do Arquivo (auditório) da Alfândega do Porto, com um concerto pelo Maestro Rui Massena e um desfile de moda. P.P.

Paulo Cunha reúne nas freguesias para “conhecer e resolver problemas” “No ano transato colhemos contributos que nos permitiram colocar no terreno alguns projetos, como a brigada para as associações, e resolver alguns problemas, mas sabíamos que não era possível debelá-los todos em apenas um ano”. Foi com esta postura que Paulo Cunha, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, iniciou a segunda ronda do roteiro associativo, que

teve como ponto de partida Abade de Vermoim e Antas, no dia 13 de janeiro. O autarca pretende reunir novamente com os movimentos formais e informais locais, por considerar que “as associações conhecem o ponto da situação dos processos relacionados com as suas necessidades e reivindicações”. Esta auscultação, disse, “permite manter o executivo municipal

mais bem informado sobre a realidade do concelho e sobre as dinâmicas das freguesias e das forças vivas que trabalham no território, não só ao nível da informação mas também ao nível do grau de envolvimento coletivo de cada uma”. O roteiro associativo começou em 2014 e, segundo a autarquia, a primeira ronda foi “francamente positiva”. C.V.

Município solidário com povo de Mocuba As fortes chuvas e cheias têm provocado a subida do rio Licungo, em Moçambique, levando ao desalojamento de quase 19 mil famílias que vivem na cidade de Mocuba. Solidário com a localidade com a qual o Município está geminado desde 2013, a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão aprovou, no dia 14 de janeiro, em reunião do executivo, um voto de solidariedade. O temporal de gran-

des proporções está a afetar a província da Zambézia desde a noite do dia 11 de janeiro. O presidente da Câmara Municipal de Famalicão, Paulo Cunha, que subscreveu a proposta, adiantou que é intenção “a aprovação de uma verba de cinco mil euros para dar resposta às necessidades mais urgentes e que outras ações solidárias para com o povo mocubense poderão ser desenvolvidas”.

Mocuba, cidade e um município da província da Zambézia, está identificada como “polo de desenvolvimento económico e social, estando servido de boas vias de comunicação que o ligam ao centro e sul do país pela estrada centro/ nordeste do país, ficando a pouca distância do porto e aeroporto de Quelimane, que o ligam ao mundo”, afiançou fonte da autarquia famalicense. P.P.

Na presença de associados e diretores, a Associação Comercial e Industrial de Vila Nova de Famalicão (ACIF) sorteou os três números premiados da Campanha de Natal, no dia 9 de janeiro. O 1.º prémio, uma moto scooter, pertence ao número 051.310, que foi distribuído pelo associado Brancal, Lda, enquanto o 2.º prémio, uma viagem aos Açores, teve o bilhete 124.449 distribuído pelo Salão Orly, de Aires da Silva e Gabriel Lima, Lda. Por fim, o 3.º prémio, uma televisão LED, teve o bilhete premiado número 135.347 distribuído pela Pastelaria D. Pedro II, de Susana Carvalho Unipessoal, Lda. Os bilhetes premiados devem ser apresentados pelos vencedores nos

Serviços da ACIF, na Rua Conselheiro Santos Viegas, nº 159, loja 3, que funcionam de segunda a sexta-feira, entre as 9 e as 13 horas e entre as 14 e as 19 horas. Para o Sorteio de Natal foram “emitidos 150 mil bilhetes numerados e distribuídos pelos associados da ACIF”, que entregaram “aos consumidores que privilegiaram as compras no comércio tradicional do concelho”. O sorteio visou “a dinamização das trocas comerciais durante a época natalícia, inserindo-se na Campanha de Natal 2014 levada a cabo pela ACIF, em parceria com a Unidade de Gestão do Centro Urbano e a Câmara Municipal de Famalicão”. P.P.

Comissão Social Interfreguesias aprovou Plano de Ação

Foi aprovado por “unanimidade” o Plano de Ação 2015-2016 da CSIFAUVNF – Comissão Social Interfreguesias da Área Urbana de Vila Nova de Famalicão, durante a reunião que se realizou no dia 14 de janeiro, na Escola Secundária D. Sancho I. Na sessão, foi ainda criada uma equipa técnica que “trabalhará nos eixos definidos como prioritários para o território desta CSIF”, que são: “Proteção Social e Educação, Envelhecimento e Mercado de Trabalho e Formação Profissional”. Esta equipa trabalhará “em conjunto com uma Equipa de Ei-

xos, uma novidade da CSIF, para a implementação no terreno das atividades, composta por todos os parceiros da comissão”. Outra novidade é a criação de uma comissão externa de avaliação do trabalho realizado ou a realizar. Ficou também estabelecido na reunião “a assinatura de uma Carta-Compromisso entre todos os parceiros para ‘relembrar’ e ‘coresponsabilizar’ todos os parceiros, sem exceção, da importância que tem a sua instituição no impacto que a CSIF pretende ter diariamente na sociedade e no território de intervenção”. P.P.


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Atualidade

Mais de 3000 pessoas assistiram ao ModaTirso

// Santo Tirso

Moda, design e indústrias criativas andaram de mãos dadas no concurso ModaTirso, promovido pela Agência One Models, com o apoio da autarquia. A iniciativa que procurava, desde novembro de 2014, novas caras no concelho, terminou na noite de 17 de janeiro. Mónica Ribeiro

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Fábrica de Santo Thyrso esteve ao rubro, no final do concurso ModaTirso, que lotou o espaço com mais de 3000 pessoas. Dos 20 finalistas que pisaram a passerelle, saíram dois vencedores: Rita Martins e Ricardo Gomes, ambos da Escola Secundária Tomaz Pelayo. Para os jovens, de 17 anos, ganhar o concurso e singrar no mundo da moda era uma “ambição”. Agora, para além da carreira de modelo que pretendem seguir, prometem continuar os estudos. Rita espera uma profissão na área da Saúde. Já Ricardo quer uma licenciatura em “Relações Internacionais”. Os finalistas desfilaram com peças de jovens criadores, como o espanhol David Catalán e o português Eduardo Amorim, assim como com as marcas nacionais Vicri e Enamorata. Além dos concorrentes, foram vários os artistas que pisaram a passerelle da Fábrica de Santo Thyrso. Na área da música, subiram ao palco a Orquestra da Escola de Música de S. Martinho, o músico Olavo Lupia e a participante do programa da SIC, Factor X, Filipa Martins. Do painel de jurados, além do presidente da Câmara de Santo Tirso, Joaquim Couto, fizeram ainda parte profis-

sionais com grande experiência na área da moda, como o joalheiro Eugénio Campos, o fotógrafo Sal Nunkachov, o diretor criativo da Vicri, Jorge Ferreira, o cirurgião Fernando Póvoas, a estilista Elsa Barreto, a CEO da LMA, Alexandra Pinho, a CEO da empresa Crispim e Abreu, Virgínia Abreu, o jornalista João Ribas e o modelo Nuno Moreira. Mais do que um simples concurso de modelos, o ModaTirso foi pensado para promover sinergias para ajudar a desenvolver a indústria da moda no concelho. Para o presidente da autarquia, o mais “importante” foi o “calor” e o “entusiasmo”, que se fizeram sentir neste evento, com a presença de “muita juventude”. “Isso também prova temos uma cidade de qualidade, um concelho ecológica e ambientalmente regenerado, com um conjunto vasto de infraestruturas, não só desportivas e de cultura, mas também de lazer e de entretenimento, e isso significa que a juventude vai apoiar e estar connosco nestas iniciativas”, afirmou. Satisfeita com esta primeira edição, a diretora da Agência da One Models, Célia Machado, salientou que foi “uma experiência única”. “Marcamos a moda em Santo Tirso”, destacou. Sobre o futuro dos concorrentes, a diretora confirmou que todos terão pub

Veja a reportagem em www.jornaldoave.pt

Rita Martins e Ricardo Gomes foram os vencedores da primeira edição do Moda Tirso

a “hipótese de serem modelos One”. “Vamos continuar com a formação, a apostar neles e dar-lhes todas as armas para eles triunfarem”, referiu. Quanto aos dois vencedores, a agência encarregar-se-á de os lançar no mercado. Aproveitando o momento de festa, Joaquim Couto adiantou ainda pormenores sobre o próximo evento na área da moda, em Santo Tirso: “Ainda este ano vamos desen-

volver um grande evento do género, que terá a participação de fabricantes e de empresas do nosso município que têm investigado e dão uma participação muito grande na Europa e nesta indústria, produzindo o melhor que há no mundo em têxteis técnicos”, concluiu. A festa continuou pela noite dentro, com a animação do DJ Tony Bianchi. O ModaTirso volta para o ano.

// Trofa

Ruy de Carvalho e Nicolau Breyner no FesTrofa O ator Ruy de Carvalho apadrinha o FesTrofa, uma mostra de cinema luso-brasileiro do CineClube da Trofa, que de 25 a 29 de março vai contar com a presença de personalidades de renome como Nicolau Breyner, que vai ser homenageado, e os críticos Mário Augusto e Rui Tendinha. A organização espera também a presença do ator brasileiro Lima Duarte. As sessões de cinema serão realizadas no auditório da AEBA (Associação Empresarial do Baixo Ave) e na Casa do Futebol Clube do Porto da Trofa. O CineClube da Trofa, que nasceu em 2014, tenciona ainda projetar na Casa da Cultura do concelho, mas ainda “aguarda a autorização da Câmara Municipal”. O presidente da coletividade, Joaquim Azevedo, afirmou que “vários municípios ficariam satisfeitos se recebessem esta mostra”, mas a escolha recaiu na Trofa “por dois motivos”. “Era o sonho de uma pessoa que trabalhou toda a vida em cinema (o pai, Joaquim Azevedo) e também é sonho meu, que sou da Trofa”, afirmou. Joaquim Azevedo acredita que “os trofenses vão envolver-se e perceber que vale a pena ir, para contactar com os vários atores e realizadores presentes”. “Vai ser uma iniciativa completamente diferente de tudo aquilo que foi feito até hoje na Trofa”, sustentou. Um dos pontos altos do FesTrofa aconte-

cerá quando for exibido um filme datado de 1935, com apenas “uma cópia”, que será cedida pela Cinemateca, que apoia a atividade. “O filme será exibido em película inflamável, numa máquina especial e mais antiga do que a maioria das pessoas que vão assistir”, contou. O orçamento da iniciativa é de “45 mil euros”, angariados através de patrocinadores e da atividade do CineClube da Trofa. Joaquim Azevedo fez questão de esclarecer que o FesTrofa nada tem a ver com o festival de cinema que foi promovido na Trofa, em outubro de 2014 e cuja promoção esteve a cargo da autarquia. Das variadas atividades, destaque para as tertúlias – no dia 25 de março, “Evolução do Cinema em Portugal “ - e no dia 28 de março com Rui Tendinha. No dia 26 de março está previsto um workshop de realização e produção e no dia 27 de março decorre um workshop de técnicas de representação. O CineClube da Trofa garante ainda “primar pelos detalhes” e por “manter as tradições” para que este primeiro evento “seja vivamente apreciado e relembrado por todos de forma a vir a ser repetido regularmente”. O Jornal do Ave, assim como O Notícias da Trofa e a TrofaTv, são parceiros na divulgação do FesTrofa. C.V.


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Atualidade

// Santo Tirso

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“Planear uma cidade é acima de tudo um ato cívico” Joaquim Massena, arquiteto

Joaquim Massena estreou ciclo de jantares/debate O arquiteto Joaquim Massena esteve à conversa com o público no primeiro jantar/debate promovido pela Câmara de Santo Tirso e a associação Amar Santo Tirso, que decorreu no dia 16 de janeiro. Mónica Ribeiro Veja a reportagem em www.jornaldoave.pt

“C

omo planear/ordenar uma cidade” foi o tema que esteve em destaque na estreia do ciclo de conferências, que para além de Joaquim Massena, vai contar com a participação de mais nove figuras de destaque nos mais variados temas. O objetivo é promover a discussão em áreas que marcam a atualidade, promovendo fóruns de discussão e envolvendo a sociedade civil. “Nós somos um grupo de pessoas, mas não fazemos disto atividade profissional, estamos num sentido de cidadania. Como tirsenses, queremos que saiam ideias daqui, propostas que possam ajudar a desenvolver a cidade e o concelho da melhor maneira, com o nosso contributo”, explicou Pedro Fonseca, presidente da associação Amar Santo Tirso, salientando que o grupo existe há cinco anos e desde então tem tido uma “grande recetividade das pessoas”. A importância do urbanismo foi elevada peor Joaquim Massena que frisou que “planear uma cidade é acima de tudo um ato cívico”. O arquiteto salientou que estas iniciativas são fundamentais e que uma das soluções para a melhoria da qualidade de vida passa por “ouvir as pessoas”. “Só construímos um mundo

Urbanismo esteve em destaque no primeiro ciclo de debates

melhor se houver diálogo com as pessoas”, continuou. Durante o debate, foram ainda levantadas questões relativamente ao futuro de dois edifícios degradados em Santo Tirso, que causam um impacto negativo, à chegada da cidade – edifício devoluto junto à central de camionagem – e na Estrada Nacional 204, próximo do cemitério de Santo Tirso. O edil tirsense, Joaquim Couto, esclareceu que o executivo “está a trabalhar no sentido de resolver o mais rápido possível, mas há questões administrativas e judiciais”. “No caso do edifício da central de camionagem tem-nos impedido disso nos últimos 30 anos. A nossa intenção é alugar, comprar ou expropriar o edifício. Alguma dessas soluções vai sair. Quanto ao outro prédio, terá uma solução porventura mais fácil, mas mais longínqua, porque aí não

Joaquim Massena esteve, durante 12 anos, ligado ao setor público do Urbanismo. Em 1992, ganhou o primeiro prémio com distinção para o projeto de Reabilitação do Mercado do Bolhão e em 2009 concluiu o Restauro da Igreja da Lapa, também no Porto.

há nenhum problema jurídico-legal, há apenas uma intenção ou não da Caixa Geral de Depósitos que é proprietária do prédio de, ou completar a construção, ou demoli-lo. Aí a Câmara, em princípio, não terá nenhuma intervenção direta”, terminou, realçando que este tipo de debates é “um bom exemplo daquilo que se pode fazer para ouvir ideias e opiniões”, concluiu. O ciclo de jantares debate irá prolongar-se até junho. Todos os meses irá haver um novo convidado e um novo tema. O ex-ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, o advogado Pedro Marinho Falcão, o eurodeputado José Manuel Fernandes, o economista Pedro Arroja, os jornalistas Adelino Gomes e Alfredo Cunha e o ex-ministro da Agricultura, Arlindo Cunha, são alguns dos nomes convidados para esta iniciativa. À semelhança de todos os jantares debate, a participação exige uma inscrição prévia que poderá ser feita através do mail: amarsantotirso@gmail.com. O próximo jantar/debate realiza-se no dia 6 de fevereiro, com o ex-ministro Teixeira dos Santos. O programa completo poderá ser consultado em www.cm-stirso.pt.

Breve Trofa Saúde inaugura Hospital Privado de Gaia Cinquenta milhões de euros foi o valor que o Grupo Trofa Saúde investiu no Hospital Privado de Gaia, inaugurado a 12 de janeiro. A mais recente unidade de saúde do Grupo, inserida no complexo Gaiart’s, conta com 43 especialidades em horário alargado, bloco operatório, internamento, cuidados intermédios e intensivos, bloco de partos e análises clínicas. Inicialmente, o Hospital, equipado com tecnologia de ponta, terá cem camas, 73 consultórios e 35 salas de exames e tratamentos, com o objetivo de dar resposta “à crescente procura de serviços de saúde privada na zona a sul do Porto, nomeadamente Gaia, Espinho, Arouca, Ovar, São João da Madeira e Aveiro Norte”.


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Apresentado novo Complexo de Roriz

Depois de lançada a primeira pedra em agosto de 2014 para a sua requalificação, o Complexo da União Desportiva e Social (UDS) de Roriz fio apresentado publicamente no dia 17 de janeiro. Mónica Ribeiro e Hermano Martins

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Atualidade // Santo Tirso

Veja a reportagem em www.jornaldoave.pt

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ma forma, uma falha nos equipaepois das “vicissitudes por mentos desportivos aqui do meio”, que passou todo o processo até asseverou Francisco Bessa, preao arranque da obra” do Comple- sidente da UDS Roriz, explicando xo da UDS Roriz, o processo está que esta foi a “conclusão” daquilo praticamente concluído através que era o “diferencial de financiade um subsídio de 240 mil euros, mento do FEDER (Fundo Europeu no âmbito de um contrato progra- de Desenvolvimento Regional)”. ma de desenvolvimento desporti- “Esta obra já devia estar concluída vo atribuído pela Câmara Munici- a 31 de dezembro, mas tudo indipal de Santo Tirso, a somar a ou- ca que no fim do mês fique prontros cem mil já comparticipados. A ta”, assinalou. isto junta-se ainda o apoio de funPara o presidente da Câmara dos comunitários de “cerca de 500 de Santo Tirso, Joaquim Couto, o mil euros”. contrato-programa estabelecido A decisão do executivo foi toma- entre a autarquia e a UDS de Roda na primeira reunião do ano do riz é “um ato de justiça”. “Não é executivo municipal e a propos- comum na atividade de rotina da ta votada por unanimidade. Or- Câmara Municipal dar um apoio çado em “cerca de um milhão de tão substancial a uma coletividaeuros”, o projeto de requalifica- de, embora nos últimos anos isso ção do campo de jogos foi cons- tenha acontecido mas, neste caso truído de raiz. concreto, o processo arrasta-se há “É um projeto antigo, uma am- mais de dez anos e, na minha opibição antiga e que era, de algu- nião, a autarquia já devia ter tido

Junta de Freguesia de Roriz entrega subsídios às associações

Junta de Freguesia de Roriz entrega subsídios às associações

“Quatro mil euros” foi o valor deliberado pela Junta de Freguesia de Roriz, em Santo Tirso, na reunião ordinária de 13 de outubro de 2014, para entregar como “subsídio anual a todas as associações da vila de Roriz”. Segundo o presidente da Junta, Moisés Andrade, esta é a forma de as associações “desenvolverem as atividades que se propuseram realizar”. Os subsídios foram entregues, a 17 de janeiro, ao “Rancho Et-

nográfico Santa Maria de Negrelos (500 euros), Rancho Folclórico S. Pedro de Roriz (500 euros), União Desportiva e Social de Roriz (800 euros), Corpo Nacional de Escutas (400 euros), Casatir (400 euros), Núcleo de Karaté e Atletismo de Roriz (400 euros), Clube de Pesca de Roriz (400 euros), Associação de Pais da Escola Básica da Costa (500 euros) e Associação de Pais da Escola Básica da Ribeira (500 euros)”. P.P.

Obra deverá estar concluída a 31 de janeiro

uma outra atitude de solução do problema, consolidando com os governos que existiram para que em complementaridade, como agora se fez, a solução fosse encontrada”, mencionou. Esta é uma obra que, para além do núcleo desportivo, contempla ainda serviços administrativos, religiosos e de terceira idade, que a freguesia de Roriz passa a ter, entre eles o Programa de Habitação Municipal, Junta de Freguesia, in-

fraestruturas religiosas da freguesia e o que resta de um terreno comprado há “cerca de 20 anos” para um pequeno parque da freguesia. Segundo Francisco Bessa, o novo Complexo tem “condições de índole nacional, aprovado e orientado pelo Instituto de Desporto de Portugal”. “À semelhança do que havia dito na cerimónia de lançamento da primeira pedra do complexo desportivo”, ao lado do secre-

tário de Estado do Desporto, Joaquim Couto sublinhou ainda que “não seria por falta de apoio da Câmara que a obra não se concretizaria”. O presidente da autarquia mostra-se, assim, “satisfeito” por ter sido dado um passo decisivo no processo de conclusão de “um projeto que é inteiramente merecido para o clube, para a freguesia de Roriz e para o concelho de Santo Tirso”.

Os Quatro Ventos estreou teatro para bebés “Um dia Alfabético” – teatro para bebés. Não é comum, mas a Companhia de Teatro “Os Quatro Ventos” e a Miguel Carvalho Produções promoveram mais uma edição de um espetáculo dedicado aos mais pequenos. Mónica Ribeiro Depois do “sucesso” da peça “Um Dia Colorido” estreada há mais de um ano, a Companhia de Teatro “Os Quatro Ventos” apresentou mais um espetáculo no auditório dos Bombeiros Voluntários Tirsenses (BVT), na tarde de 18 de janeiro. Público-alvo são as crianças dos zero aos cinco anos O público-alvo, dos zero aos cinco anos, foi voz ativa no “Dia Alfa- abordagem completamente dife- 17 horas, no auditório dos BVT. O bético”, participando e interagin- rentes do público mais velho, em objetivo será fazer uma “digresdo com os protagonistas do teatro. termos didáticos e de cuidados, são nacional”, mais focado na Tratou-se de uma iniciativa focada porque estamos a falar de crianças zona Norte. Miguel Carvalho adiantou ainda nos “primeiros passos da fonéti- que se baseiam muito nas cores, ca do alfabeto” para o “desenvol- no som, no tato. É o nosso futuro que o próximo espetáculo da Comvimento da linguagem”, inspirada público e por isso faz todo o sen- panhia de Teatro será, “à partida no poema “O Pato Bitato” de Dora tido trabalhar com eles”, concluiu. em maio”, focado num “upgrade” Mota. Este último, descobre que as A peça conta com a direção ar- do grupo. letras são suas “amigas”, especial- tística de Pedro Nuno Ribeiro, múSaiba que o grupo nasceu em mente quando se juntam e lhe tra- sica de Paulo Freitas, Drino e Ene, maio de 2005, em Burgães, mas zem o comboio Tutu, o cão Totó e letras de Hélder Reis, Drino e Ene. está atualmente integrado na Asa cadela Lulu. Do elenco fazem parte Alda Macha- sociação Humanitária dos BomSegundo Miguel Carvalho, dire- do, Marta Costa e Sara Azevedo. beiros Voluntários Tirsenses, contor da Companhia de Teatro, este As próximas sessões de “Um dia tando com “cerca de dez” elemené um público “mais exigente”. “(O Alfabético” estão marcadas para tos efetivos. espetáculo) exige técnicas e uma o dia 25 de janeiro, às 15.30 e às


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// Vila Nova de Famalicão

Encerramento das extensões de saúde dominou a última reunião de Câmara Na reunião de Câmara do executivo famalicense, realizada a 15 de janeiro, o encerramento das extensões de saúde voltaram a dominar os assuntos da ordem do dia. Mónica Ribeiro

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encerramento das extensões de saúde de Vila Nova de Famalicão (VNF) continuam a dar que falar. Neste âmbito, e como prova de descontentamento, o PS apresentou uma proposta no sentido da Câmara Municipal revogar o protocolo que estabeleceu em abril de 2014 com a ARS (Administração Regional de Saúde) do Norte, tendo em conta o encerramento das extensões de saúde de Arnoso Santa Maria e do Louro, “por terem sido quebradas todas as regras fundamentais de confiança e colaboração e pelo seu objeto se encontrar ultrapassado com as decisões de encerramento unilaterais”. Desta forma, o PS entende que “não faz sentido manter o protocolo”. No protocolo de celebração entre o município e a ARS Norte, constava que as duas entidades iriam definir em conjunto a localização futura de equipamentos de Cuidados de Saúde Primários, através da elaboração de uma Carta dos Equipamentos de Cuidados de Saúde Primários do concelho de Vila Nova de Famalicão. “Eu relembro que a Câmara, por proposta do Partido Socialista, decidiu enviar uma comunicação à ARS Norte, com o senti-

do de que esta suspendesse qualquer tipo de encerramento, até que a comissão de análises pudesse tomar uma decisão. A ARS Norte, não só não respondeu, não deu cavaco a ninguém, principalmente à Câmara Municipal e, desautorizou um município com a grandeza de Vila Nova de Famalicão. A Câmara Municipal, às 11 horas da manhã de um dia, não sabia que as extensões de saúde iriam encerrar, com a comunicação a ser feita às 15 horas da tarde desse mesmo dia, o que é da maior desconsideração por um presidente de Câmara e por um concelho, do que essa tomada de posição”, argumentou Luís Moniz, vereador do PS. E acrescentou: “Não vamos aqui brincar às extensões de saúde, por um lado fazer parte de uma comissão que não resolve nada e que depois somos todos os dias presenteados com situações de encerramento de extensões de saúde”. Por sua vez, a maioria do PSD/ CDS não concordou e a proposta foi chumbada. O edil famalicense Paulo Cunha explicou que apesar de “concordar em parte” com os vereadores da oposição “não se quer desligar do processo de encontrar as melhores so-

Vereadores chumbaram proposta da oposição

luções para a gestão de equipamentos de saúde”. “Sempre que há uma situação que até se possa antever como menos boa para as populações, é sempre melhor estar dentro do processo do que estar fora. É sempre melhor ser parte da solução e reivindicar do lado de dentro do que ser parte de quem coloca o problema e reivindicar do lado de fora”, afirmou, esclarecendo que o que no futuro a intenção é que “embora possa haver novos encerramentos, haja uma leitura de território que permita que esse encerramento seja compensado por uma solução que não sendo ótima não deixe de ser boa para as populações”, disse. Já no dia 6 de janeiro, durante o tradicional Jantar de Reis com todos os autarcas de Famalicão, Paulo Cunha confessou que o dos-

sier da saúde foi mesmo a sua “pedra no sapato”. O autarca garantiu ainda um reforço do transporte público rodoviário nas ligações entre as freguesias abrangidas pelas extensões de saúde de Arnoso Santa Maria e do Louro e a Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Nine, que passa a receber os utentes dessas unidades. Na mesma reunião, foi ainda aprovado um protocolo com as Estradas de Portugal para a conclusão da rotunda de acesso à zona industrial de Vilarinho e Lousado. “A obra está em curso, sofreu um ligueiro atraso passado pela existência deste protocolo. As obras já estão no terreno e queremos tão rapidamente possível que a rotunda fique pronta para melhorar as acessibilidades”, evidenciou Paulo Cunha. Os restantes pontos que cons-

tavam foram aprovados, exceto o ponto seis referente à aprovação do plano estratégico de Famalicão, que foi retirado por “desconhecimento” por parte dos vereadores do PS no que diz respeito aos assuntos que constam no exemplar. Destaque ainda para aprovação de um voto de congratulação ao atleta Miguel Sousa, do Centro de Recreio Camiliano, que se sagrou campeão nacional de cadetes, em Ciclocrosse, e a três atletas famlicenses que participaram na mesma competição, que se realizou em Barcelos, pelo seu “contributo relevante” para a projeção do concelho. Também o Atlético Voleibol Clube, por ter passado à meia final da Taça de Portugal de Voleibol em seniores femininos, vai receber um voto de congratulação.

nida de França e Rua D. Fernando I, mas estende-se por toda a cidade. A autarquia colabora com animação musical a cargo da Orquestra Del Mar e vários DJ convidados. Nesta âmbito, e para que a festa decorra em segurança, a Câmara Municipal convida, este ano, os foliões a deixarem o

carro em casa. Em alternativa criou, em colaboração com as transportadoras Transdev e Arriva, cinco circuitos de transporte gratuito no concelho. Para os visitantes fora do concelho, a CP tem viagens especiais para o Carnaval de Famalicão, por apenas dois euros ida e volta, na linha urbana do Porto. M.R.

Carnaval de Famalicão é “o único do país” Carnaval de Famalicão: “o único do país”. Quem o diz é a Cãmara Municipal famalicense que acrescenta: “É genuíno, espontâneo e verdadeiramente surpreendente. Só quem o experimenta sabe como é, e nunca mais o troca por nenhum outro”. São cada vez mais a pessoas que escolhem a cidade de Famalicão para celebrar o Carna-

val, numa das noites mais longas e divertidas ao ano. Este ano, a festa realiza-se na noite de segunda-feira (dia 16 de fevereiro). Com origem no tradicional Entrudo português, o Carnaval famalicense nasce da participação livre das pessoas, que saem à rua em massa, mascaradas sob vários temas, em grupo ou individualmente. O costume comepub

çou há “pouco mais de uma década”, mas tem vindo a ganhar força com a adesão e envolvência da população numa noite que promete animação, criatividade e boa disposição. A festa tem como palco principal a zona envolvente ao Parque da Juventude, nomeadamente as ruas Luís Barroso, Luís de Camões, Praça 9 de Abril, Ave// Trofa

De 23 a 26 de janeiro “todos os caminhos vão dar a Covelas” A primeira romaria e uma das maiores do concelho da Trofa está à porta. A festa de S. Gonçalo, em Covelas, atrai milhares de romeiros, que, de 23 a 26 de janeiro, se deslocam ao recinto da Capela de S. Gonçalo.

Quanto ao programa de festas, no arraial pode encontrar as tradicionais tasquinhas de “comes e bebes”, com destaque para as papas de sarrabulho, o caldo de nabos, o rojão no pão e o vinho novo. Os dias vão ser animados,

mas é no domingo, dia 25, o ponto alto. A pé, a cavalo ou de bicicleta, os romeiros deslocam-se até à Capela de S. Gonçalo para pedir a bênção do Santo. Destaque para a procissão, às 15.30 horas. M.R.


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Atualidade

// Vila Nova de Famalicão Veja a reportagem em www.jornaldoave.pt

Famalicão apresentou Plano Estratégico para 2025 Depois dos milhares de contributos recolhidos e do tratamento técnico realizado em função das sugestões da população, a Câmara Municipal de Famalicão apresentou, no dia 8 de janeiro, um plano estratégico para a próxima década. Mónica Ribeiro

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to do concelho, que foi apresentaas várias potencialidades do na Casa das Artes, numa cerienumeradas do concelho, a au- mónia que contou com a particitarquia identificou os setores pação de várias centenas de pestêxteis e agro-alimentar como as soas ligadas ao tecido institucioprincipais áreas de crescimento. nal e empresarial do município. O investimento incidirá na ino“É preciso fazer investimenvação, através da criação de um to ao nível do desenvolvimento centro tecnológico para o setor tecnológico no agroalimentar e agrícola, fazendo companhia ao Famalicão, pela rede de empreCentro Tecnológico Têxtil e Vestu- sas que tem no setor e pela exário e Centro de Nanotecnologia periência emprestada pelo CIe Materiais Técnicos, Funcionais TEVE, tem condições ideais para e Inteligentes. Este é um dos ca- ser a sede de um centro tecnolóminhos que aponta o Plano Estra- gico que ajude as empresas do tégico de Vila Nova de Famalicão país a desenvolverem-se e a ino2014-2025 para o desenvolvimen- varem, como já acontece de for-

ma muito significativa no têxtil”, afirmou o autarca famalicense, Paulo Cunha. Famalicão tem acentuado a internacionalização da sua indústria, tendo fechado o último ano como o terceiro concelho mais exportador do País. O setor da transformação das carnes é destacado. De resto, no plano consta ainda uma visão que assenta na coesão, solidariedade, desenvolvimento e sustentabilidade. Mais emprego, mais ambiente, mais cultura e educação são objetivos a serem cumpridos até 2025. “É um Plano Estratégi-

co assente em pilares, relaciona- executado e para que possamos dos com aquilo que Famalicão é dizer em 2025 que atingimos os e com aquilo que é a sua história, objetivos que traçamos”, afirmou. com as nossas forças e com os seA elaboração do Plano Estratétores em que o concelho é nota- gico contou com as propostas dos do a nível nacional e internacio- munícipes, recolhidas de 11 de nal, e com o contexto de oportu- setembro a 10 de outubro de 2014 nidade influenciado pelas expec- em cerca de 30 iniciativas que entativas geradas em torno do novo volveram perto de 2000 pessoas. quadro comunitário”, afiançou. O Sofá Amarelo que percorreu o Paulo Cunha desafiou ainda concelho foi o símbolo mais meditodos os cidadãos famalicenses ático da fase preparatória do plaa serem “executores” deste pla- no. Paulo Cunha avançou no temno de trabalho, convicto de que po e imaginou Famalicão daqui a o envolvimento de todos é o in- 10 anos: “Qualidade de vida para grediente “para que este magní- todos. É isso que eu desejava que fico programa de ação seja bem acontecesse em 2025”, concluiu.

Projetos de resolução aprovados na Assembleia da República

PSD recomenda construção da variante, CDS-PP defende “melhoria” da via atual Cinco partidos com assento no Parlamento apresentaram projetos de resolução sobre as acessibilidades da Estrada Nacional 14, mas só os do PSD e CDS foram aprovados. CÁTIA VELOSO Os projetos de resolução apresentados pelo PSD, para a construção da variante à Estrada Nacional (EN) 14, e pelo CDS-PP, com a recomendação de melhorar as acessibilidades da artéria, foram aprovados na Assembleia da República, a 9 de janeiro. Dois dias antes, o assunto foi discutido no Parlamento e envolveu cinco partidos. O primeiro projeto de resolução, apresentado pela deputada do PSD, Emília Santos, referia as condições “bastante deficientes” de circulação na EN14 e o carácter “prioritário” da execução da variante para potenciar “o principal polo transfor-

mador do país”, por servir “três concelhos fortemente exportadores”. Sem esquecer as restrições financeiras do Estado, e de atacar o PS a quem imputou a responsabilidade de não executar o projeto quando “teve todas as oportunidades”, a social-democrata sugeriu “uma solução infraestrutural concertada com todos os autarcas, ajustada à realidade económica do país e que atenda ao financiamento externo disponível, que seja capaz de resolver definitivamente este grave problema rodoviário que tem penalizado a região Norte”. Recorde-se que o projeto inicial contava com um orçamento de 190 milhões de euros e o executivo liderado por Pedro Passos Coelho, através do Grupo de Trabalho para as Infraestruturas de Valor Acrescentado, optou por traçar uma intervenção na atual via, orçada em cerca de 20 milhões de

euros. Esta solução não agradou se inicie em 2015 e não passe de aos autarcas dos três concelhos, uma promessa em ano eleitoral”, que alegaram que não ia resolver acrescentou. Por sua vez, Helena Pinto, do BE, os problemas de fluidez. A deputada Vera Rodrigues usou a palavra “urgência” para apresentou o projeto de resolução apelar à concretização da variante do CDS-PP, que recomendava ao “a curto prazo”, uma vez que, disse, Governo “avançar em 2015” com “a atual EN não responde às neces“obras de melhoria das acessibili- sidades de mobilidade da populadades” na EN14. A centrista disse ção e muito menos às necessidaque “estão reunidas todas as condições para ver em 2015 o arranque da obra”, cujo investimento “casa perfeitamente com os objetivos que sustentam as linhas de prioridade” do Governo. Já os projetos de resolução do PCP, PS e BE, não foram aprovados pelos partidos que sustentam o Governo e “caíram”. O dos comunistas ia mais longe e exigia a calendarização do projeto da variante, porque, segundo a deputada Carla Cruz, “de promessas as populações que são servidas por esta nacional estão fartas”. “Que

Veja a reportagem em www.jornaldoave.pt

des económicas da região”. Renato Sampaio, do Partido Socialista, puxou “a brasa à sua sardinha” e disse que “o PS deixou o projeto base concluído, a declaração de impacte ambiental em estado avançado”, pelo que “o Governo tem todas as condições de o implementar, basta boa vontade e determinação”.


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JORNAL DO AVE 21 Janeiro 2015

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Atualidade

// Vila Nova de Famalicão

Empresários do Ave e Cávado criam conselho empresarial

O Conselho Empresarial da Região do Ave e do Cávado (CEDRAC) foi apresentado publicamente, no dia 8 de janeiro, em Braga, marcando desta forma o início de um projeto comum que representará “83.625 empresas e 22 milhões de euros de volume de negócios”. PATRÍCIA PEREIRA

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oi constituído em Vila Nova de Famalicão e por escritura pública o Conselho Empresarial da Região do Ave e do Cávado – CEDRAC, instituição que representará os interesses empresariais e económicos de uma das mais importantes regiões do país, com forte atividade empresarial. A Associação Comercial e Industrial de Vila Nova Famalicão (ACIF) ciação Comercial e Industrial de sediadas e dos interesses socioé uma das associações fundado- Vizela (ACIV), Associação Empre- económicos da região que inclui ras do CEDRAC e vice-presidente sarial de Fafe, Cabeceiras de Bas- as NUT III Ave e Cávado”. Entre as da direção, sendo o Conselho ain- to e Celorico de Basto (AEFafe) e a suas principais atribuições salienda constituído pela Associação Co- Associação Industrial do Minho (AI- tam-se “a afirmação e salvaguarmercial e Industrial de Barcelos MINHO). No total, as entidades es- da dos valores empresariais, eco(ACIB), Associação Comercial de tão abrangidas num território com nómicos, sociais e culturais do seu Braga (ACB), Associação Comer- “14 municípios, 2492 quilómetros, e espaço de atuação, a contratualicial e Industrial do Concelho de Es- 916.224 habitantes” zação de iniciativas com vista ao posende (ACICE), Associação CoO CEDRAC tem como finalidade apoio da atividade empresarial ou mercial e Industrial de Guimarães “o desenvolvimento homogéneo e pugnar junto da Administração Pú(ACIG), Associação Comercial e In- sustentado, estudo, defesa e pro- blica e demais entidades nacionais dustrial de Vila Real (ACIVR), Asso- moção das empresas e instituições e internacionais, públicas, parapú-

Empresários criaram CEDRAC

blicas e privadas, pelos interesses das suas associadas e território”. Com a constituição de um Conselho Empresarial, as associações empresariais dos vales do Ave e do Cávado dão “um significativo passo em frente no sentido de consolidar os seus esforços em estratégias comuns que garantam uma maior afirmação do território no contexto nacional”. “A excelente capacidade técnica existente em cada uma das associações em-

presariais fundadoras permite assegurar um elevado nível de intervenção em processos integradores e de maior dimensão”, avançou fonte do Conselho em comunicado de imprensa. Com o CEDRAC, cuja sede será em Braga, pretende-se “articular estratégias e ações com diferentes atores públicos e privados quer ao nível regional, nacional e internacional, aumentando a capacidade de internacionalização e exportação da região e a captação de investimento”. Com “forte tradição na indústria, a região dos vales do Ave e do Cávado exporta 5753 milhões de euros para os mais diversificados mercados internacionais”. Ao nível do comércio tem “um volume de negócios de 7479 milhões de euros, constituindo-se como uma das regiões do país onde o setor é mais forte”.

Município leva concessionárias a tribunal Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão intenta providência cautelar contra a ASCENDI Norte e Estradas de Portugal, para que avancem com obras de reparação no troço de estrada que faz ligação à autoestrada número sete. PATRÍCIA PEREIRA “Que o tribunal condene a Requerida ASCENDI à adoção de comportamento para evitar risco de lesão; nomeadamente a efetuar obras de reparação, iluminação e conservação no troço de estrada que faz a ligação da A7 (Vila Nova de Famalicão-Guimarães), através do denominado nó de Vermoim/Ceide à EN 206, que se encontra sob sua jurisdição, por violação das normas ínsitas no contrato de concessão celebrado com o Estado Português”. Este é o pedido da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, que intentou um procedimento cautelar con-

tra a ASCENDI Norte, na qualida- efeitos de exploração e conserva- servação do sistema de ilumina- ventiva”, justifica. A Câmara referiu que a “inexisde de concessionária, e EP – Es- ção, os seguintes lanços já cons- ção, de sinalização e de segurantradas de Portugal, S.A.. A autar- truídos, com cobrança de porta- ça nos troços de vias nacionais ou tência de sinalização vertical, aliaquia pede que a EP seja condena- gens aos utentes, pela Concessio- urbanas que contactam com os da à ausência de qualquer tipo de da “a fazer as referidas obras de nária, e em regime de disponibili- nós de ligação, até aos limites es- iluminação ou sinalização no meio reparação, iluminação e conser- dade, entre outros, a A7/IC Fama- tabelecidos nos projetos aprova- da faixa de rodagem, constitui um vação”, caso o tribunal “não en- licão/Guimarães, com a extensão dos pelo Concedente”. “Na A7 de perigo para os veículos que aí cirtenda” que a responsabilidade de 20,8 quilómetros”, sendo que ligação Vila Nova de Famalicão- culam”, que se estimam em “mais “fazem parte da Concessão, nela -Guimarães, objeto da presente de dois mil veículos por dia”, e à seja da ASCENDI. Para fundamentar o pedido, o se incluindo, para efeitos de ex- concessão, existe um nó de saí- “noite, em plena escuridão (…) cirmunicípio recordou que o Gover- ploração e conservação, os tro- da denominado Vermoim/Ceide, culam em constante perigo para no celebrou um contrato de con- ços das estradas que os comple- concelho de Vila Nova de Famali- eles e para os restantes veículos cessão com ASCENDI (à data, AE- tem”. O Contrato de Concessão cão que, a Sul, faz a ligação à es- motorizados e peões”. Quando em 2007, o Estado PorNOR), em 9 de julho de 1999, onde atribuiu à Concessionária “a res- trada municipal 573, Ruivães-Ceino Capítulo II, “Objeto e tipo da ponsabilidade pela qualidade, en- de e, a Norte, faz a ligação à Estra- tuguês assinou um contrato de Concessão”, pode ler-se que “a tre outras, pelas obras de execu- da Nacional 206, Guimarães-Vila concessão com a EP, tornou-se concessão tem por objeto, para ção e conservação das autoestra- Nova de Famalicão, na freguesia concessionária geral da rede rododas, bem como pelas vias inseri- de Vermoim. Ora, a saída a Sul, até viária nacional, podendo “respondas no âmbito da concessão”, as- à dita estrada municipal 573, tem der por danos causados pelo consim como “a manutenção e con- cerca de 300 metros, e está devi- cessionário a terceiros no desendamente sinalizada, iluminada e volvimento das atividades conceSegundo a Câmara Mu- o seu piso globalmente conserva- didas por facto que ao primeiro nicipal, no contrato de do. Já da saída a Norte do referido seja imputável”. concessão pode ler-se nó até à EN206, dista cerca de 1,6 A Câmara Municipal referiu que que a Concessionária quilómetros, sem qualquer sina- se “impõe uma reparação urgentem “a responsabilidade lização, vertical ou horizontal, ou te do citado troço, que constitui pela qualidade, entre ou- iluminação, sem bermas ou pas- uma situação de perigo iminente tras, pelas obras de exe- seios, estando o referido piso, em para os milhares de veículos que cução e conservação das asfalto, completamente desgasta- aí transitam, sendo este um inteautoestradas, bem como do, com diversas falhas, que tor- resse geral mais digno de tutela pelas vias inseridas no nam o pavimento irregular, sem do que os interesses particulares âmbito da concessão” qualquer tipo de sinalização pre- das Requeridas”.


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21 janeiro 2015 JORNAL DO AVE

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Atualidade // Santo Tirso

Joaquim Couto preocupado com processo de delegação de competências

Em reunião de câmara do executivo tirsense que decorreu a 13 de janeiro, o presidente mostrou-se “preocupado” com o processo de transferência de competências para os municípios. Mónica Ribeiro

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Governo ainda não deliberou o que vai fazer à “mochila financeira que permitirá à administração local exercer as competências” que lhe podem vir a ser entregues, mas Joaquim Couto sublinhou que, em Santo Tirso, “as parcerias com este Governo, através de contratos de delegação de competências ou de acordos de colaboração, têm sido praticamente todas danosas, acarretando elevados prejuízos financeiros e uma deficiente prestação de serviços à população”. Um dos exemplos dados pelo autarca foi o projeto do Governo com vista à remodelação do nó da

variante à Estrada Nacional 105, junto à Ribeira de Frádegas, um dos principais pontos de entrada na cidade de Santo Tirso. Segundo o edil tirsense, “o município adquiriu, conforme estava previsto no acordo, os terrenos para viabilizar a obra, tendo gasto cerca de 350 mil euros, mas, até hoje, a empreitada ainda não se iniciou”. “Mais problemático ainda”, constata Joaquim Couto, foi o que aconteceu na área da Educação, com o contrato celebrado entre o município e o Ministério da Educação em matéria de gestão do pessoal não docente das escolas do pré-escolar e do 1.º Ciclo. “Os problemas que resultaram do acor-

do com o Governo não deixaram meiro vamos tratar disso à mesa câmara, que passam a realizar-se outro caminho ao município que das negociações, perguntando quinzenalmente, às quintas-feiras, não fosse a renúncia do contrato, ‘que competências nos querem pelas 15 horas. O executivo deliberou também, uma vez que os encargos assumi- transferir?’, ‘com que dinheiro?’. dos com o pessoal não docente Vamos avaliar se o dinheiro que por unanimidade, aprovar a alteeram manifestamente superiores nos querem transferir é suficien- ração ao Protocolo de Colaboraao financiamento atribuído”, de- te para essas competências por- ção estabelecido entre o munifendeu, acrescentado que “para que se não for, transformar-se-á cípio e a Associação Sénior Tiralém dos valores em causa se- num negócio ruinoso para o mu- sense com vista à cedência a título gratuito de um espaço na Cenrem absolutamente insuficientes nicípio”, asseverou. Foi ainda provado, pela primei- tral de Camionagem para a instapara fazer face às despesas assumidas, os atrasos nas transferên- ra vez, o regimento das reuniões lação da Universidade Sénior de cias estavam a colocar em risco a de Câmara, documento que es- Santo Tirso. A proposta de celebração de capacidade de resposta do mu- tabelece as regras para o funcionicípio em matéria de prestação namento do órgão colegial autár- protocolos entre o Município de de apoios sociais à população de quico. Para o presidente da autar- Santo Tirso e diversas Associaquia, a aprovação do documen- ções de Pais e Juntas de FregueSanto Tirso”. Em declarações ao Jornal do to “é um sinal de que o municí- sia de Água Longa e União de FreAve, o autarca esclareceu que é pio de Santo Tirso está empenha- guesias de Campo (S. Martinho e “defensor” da descentralização do numa maior transparência, ri- S. Salvador) e S. Mamede de Neadministrativa para os municípios gor e disciplina” e, ao mesmo tem- grelos, para assegurar o prolonde competências que atualmente po, “quer aproximar os eleitores gamento de horário nos jardins de estão no poder central, do mes- da Democracia participativa e Ci- infância de janeiro a agosto desmo modo que “também é apolo- dadania ativa”. O regimento apro- te ano, num investimento global gista da regionalização”. “Enten- vado na generalidade por todos os de 160 mil euros, foi aprovada por do que estas medidas deviam vir membros do executivo municipal unanimidade. Este último, envolacompanhadas, são medidas fra- dá resposta ao novo catálogo de ve a colocação de 37 técnicas de cas, são medidas pontuais, em- competências legalmente estabe- animação sociocultural. No conbora seja um caminho a percorrer. lecido para os executivos munici- celho, das 45 salas destinadas à Joaquim Couto lembrou ainda que pais, em virtude da “aprovação do educação pré-escolar, 41 estão a no passado, “o dinheiro que o Go- novo ordenamento jurídico nacio- funcionar com prolongamento de verno acoplou a essas transferên- nal, colmatando uma lacuna rela- horário, o que corresponde a uma cias foi sempre insuficiente no fu- cionada com a inexistência de um “taxa de cobertura de 91 por cento”. As propostas 1, 6 e 11 b), c), d) e turo”. “Não aceitamos dar um che- documento que regule as reuniões e) da Ordem do Dia da reunião de que em branco ao Governo dizen- de Câmara”. Foi ainda alterada, por unani- hoje foram aprovadas por maioria. do ‘transfira lá as competências e depois o dinheiro vamos ver’. Pri- midade, a data das reuniões de

PSD-PPM contra a prestações de serviços de refeitórios escolares Apesar de ter sido aprovado pela maioria socialista, a adjudicação da prestação de serviços de fornecimento de refeições nos refeitórios escolares, os vereadores do PSD-PPM votaram contra. Em causa está um contrato que envolve valores “superiores a três milhões de euros”. Em comunicado, o PSD esclareceu que “o valor a

pagar por refeição à empresa que to de 1,10 euros por refeição e que tão dos refeitórios escolares às ganhou o concurso é de 1,845001 esta estava “obrigada a manter o Associações de Pais e à junta de euros, ou seja, mais 0,745 cênti- preço, caso alargasse o serviço Água Longa, provoca um impacmos do que era pago à empresa prestado a outras escolas”. “Tra- to de muitas centenas de milhares UNISELF, cujo contrato, que tinha ta-se de uma opção política da de euros no já depauperado couma duração de três anos, foi in- maioria socialista que beneficia mércio local, que nos últimos dez terrompido no termo do primei- interesses privados e causa da- anos forneceram os bens alimenro ano sem qualquer justificação”. nos graves ao Município de Santo tares àquelas entidades”. O PSD lamenta ainda: “MuiO contrato celebrado com a em- Tirso”, acusa o PSD. presa UNISELF previa o pagamenAlém disso, “a subtração da ges- tos dos trabalhadores que man-

tinham vínculos permanentes e estáveis com as Associações de Pais, já passaram para empresas de trabalho temporário, como aliás já publicamente denunciado o respetivo sindicato e outros seguirão o mesmo caminho”. “Este negócio de contornos estranhos, deve ser objeto de explicações públicas”, concluem.


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Entrevista

// Santo Tirso

“Não tenho dúvida que somos penalizados por ser uma União de Freguesias” Marco Cunha, presidente da Junta da União de Freguesias de S. Martinho do Campo, S. Salvador do Campo e Negrelos S. Mamede, falou ao Jornal do Ave sobre os projetos que tem para este mandato e realçou as prioridades que o seu executivo pretende ver concretizadas. Patrícia Pereira Jornal do Ave (JA): Como é que surge a oportunidade de se candidatar a esta União de Freguesias (UF)? Marco Cunha (MC): Quando gostamos de alguma coisa ou de fazer alguma coisa, não só na política, e se achamos que temos condições para exercer, devemos fazê-lo, não temos de estar à espera que seja alguém a convidar-nos para encabeçar uma lista, porque se não, quando dermos por ela, estamos ultrapassados. Não tive problemas nenhuns, e vim de uma freguesia mais pequena do que S. Martinho, de chegar junto dos responsáveis concelhios do Partido Socialista e mostrar a minha disponibilidade para abraçar este desafio. Do alto da minha arrogância, como alguns apelidaram, disse que se o PS entendesse que haveria outro candidato e que eu visse que era uma pessoa que tinha trabalho político, autárquico e na freguesia, eu não teria problemas nenhuns em apoiar esse candidato e de fazer parte da equipa dele se ele assim entendesse. Agora se fosse alguém só porque era de S. Martinho do Campo, da elite de S. Martinho do Campo ou alguém que se daria melhor com quem pudesse decidir a nível partidário, eu avançaria como independente.

tenhamos dúvida de que só no úl- atividades que ajudem a população timo ano deste mandato é que va- a assimilar esta união. mos ter o ano limpo, quer em termos de apresentação de orçamenJA: Que projetos gostaria de ver tos, quer em termos de estratégia. ainda implementados neste manComo se já não bastasse eu ser um dato e quais os que gostaria e que corpo muito estranho, embora ti- poderá não conseguir concretizar vesse muitas raízes em S. Martinho ou poderá vir a concretizar? (mãe e avós) e de ser criado aqui até MC: Se for por aí perguntar às pesaos seis anos, de ter jogado futebol soas, cada uma conhece o seu quarno clube da terra e de ter trabalha- teirão, mas não conhece a realidado na empresa das hortas, no fun- de desta UF. Por exemplo, no pondo, era alguém que vinha de fora e to mais alto de S. Mamede conseouvi, por muito que me custasse, di- guimos resolver um problema com zerem “vem agora alguém de S. Ma- cinco mil euros, com grande partimede para mandar em nós?”. Sabia cipação dos moradores, para onde que ia ser uma luta que ia ter, mas estava previsto um investimento de também era um desafio. 25 mil euros. Aqui ninguém sabe que Associado ao próprio bairrismo isso foi feito, nem sabe que isso exisdas pessoas que continua, também te. São estas dificuldades que temos passar de um movimento associati- para gerir e que nos condicionam os vo de quatro ou cinco associações projetos maiores. para 28, obriga-nos a um esforço terEm S. Martinho, que eu tenha rível. A juntar a isso tudo, a questão identificado, são duas as estradas da dívida que nós herdamos e que em terra. Por sua vez, todas as estambém nos lançou outro desafio, tradas principais em paralelos estão e nos obrigou a um desgaste terrí- num estado completamente degravel no início do mandato. As pesso- dado e que é preciso intervencionaas acharem estranho, eu entrar às -las. Em S. Mamede ainda tem uma 8 horas e sair às 3 horas da manhã, dezena de estradas em terra. Poporque foi um processo muito com- dem dizer “mas eu não era presiplicado. O objetivo a que nos tinha- dente de junta lá e vou resolver os mos proposto foi cumprido e que- problemas?”. Não, porque a tal difiremos replicar em 2015, rigorosa- culdade é com o orçamento que timente aquilo que fizemos em 2014. nhamos. Temos ainda zonas em que Espero bem que as pessoas, nas as pessoas para chamar uma ambuJA: Conseguiu replicar a experi- próximas eleições, nos deem o be- lância têm dificuldades. Nós temos ência de S. Mamede na UF? Por ser nefício da dúvida, porque vamos fa- como objetivo principal acabar com a terceira maior freguesia do con- zer um mandato que nós nos propo- a estrada em terra na freguesia, para celho de Santo Tirso, é uma tarefa mos, sabendo como é que estavam que uma ambulância não tenha didifícil fazer esta gestão? as coisas. Nas últimas eleições, par- ficuldade de chegar à casa das pesMC: É difícil. Este mandato é com- timos para um mandato com um soas, caso seja preciso. pletamente atípico e só quem está projeto que teve que ser alterado As grandes obras não podem sair mesmo por dentro, esteja mesmo pelas condições que encontramos. do nosso orçamento tem que ser interessado e goste disto, é que se Se tiver saúde, serei candidato nas da parte da Câmara Municipal. Teapercebe do que é este mandato. próximas eleições e vou fazer um mos 3/4 grandes projetos que têm Fruto da dívida que herdamos, não mandato nesta UF, já com algumas de ser feitos pela Câmara Municipal e gostaríamos de ver alguns avanços e alguns até concluídos durante este mandato. Penso que vamos ver avanços na requalificação da avenida das Tílias (S. Martinho), que será dividida em três fases. A primeira começará durante o mês de março e é um grande esforço da Câmara Municipal, de cerca de 400 mil euros, que passa pela requalificação da avenida, colocação de passeios e de zonas de estacionamento. A ligação à estação de caminhos de ferro é uma necessidade intermunicipal, não só nossa como de Lordelo, e temos esse projeto pedi-

do à Câmara Municipal de Santo Tirso, mas depende também da autarquia de Guimarães e da REFER. Também o cruzamento que dá acesso, de São Martinho à Via Intermunicipal, é uma zona de muitos acidentes e graves e que queriamos juntar a esta ligação, fazendo uma rotunda ou com um cruzamento desnivelado. Em S. Mamede temos a terceira fase do cemitério, que me preocupa desde 2010, quando, no dia 1 de abril, propôs à Assembleia a suspenção das vendas de sepulturas, porque só tinhamos nove livres. Já pedi à Câmara Municipal um estudo e um projeto para avançar com a terceira fase, visto que já temos terreno e tudo. Este mandato, temos já isso calculizado, será mesmo acabar com as estradas de terra na freguesia, dar um melhoramento à capela mortuária de S. Martinho do Campo, que está já num estado bastante degradado e alguns arranjos que vamos fazendo, não descorando o parque escolar. Outro ponto negativo, foi o facto do anterior executivo não ter feito o protocolo com a autarquia, em relação ao parque escolar, obrigando o atual executivo a pedir à Câmara que colocasse os seus serviços, como de eletricista e carpintaria, na EB1 de S. Martinho, que estava num estado degradado.

tra a agregação de freguesias, mas a verdade é que em 2007, num congresso da ANAFRE em Santa Maria da Feira, quando se falou pela primeira vez na agregação de freguesias, eu já dizia que ao agregarem freguesias que lhe deem competências e meios financeiros, para que se possa fazer um trabalho em prol daquelas freguesias e não esta brincadeira que se fez. Somos de facto a terceira maior freguesia do concelho, e se juntarmos Roriz e Vilarinho, em termos do número de população, equivale a 20 por cento do concelho de Santo Tirso. Estamos a 13 quilómetros da sede do concelho e penso que quem está à frente do Município deveria fazer um investimento mais descentralizado. Não tenho dúvida que somos penalizados, porque dantes falava-se em S. Martinho, S. Mamede e S. Salvador, agora somos uma UF.

JA: Qual a análise que faz desta UF, em termos de desenvolvimento económico? MC: Neste momento está novamente a emergir. Quem conhece S. Martinho do Campo sabe que em outros tempos chegaram a trabalhar nas grandes indústrias têxteis cinco mil pessoas vindas de outras freguesias e concelhos. Neste momento há o aparecimento de novas empresas e de micro empresas. O que ainda mais me satisfaz é que JA: O facto de esta ser a tercei- também são empresas de ramos dira maior freguesia, dá algum po- ferentes, enquanto antigamente era der reinvidicativo junto da Câma- só a indústria têxtil, que acabou por ra Municipal? entrar em crise, assim como toda a MC: Dá ou deveria de dar. Fui con- população. Hoje em dia, temos cal-


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21 janeiro 2015 JORNAL DO AVE

Entrevista // Santo Tirso

MC: Sim. No nosso município a çado, aquários e a indústria têxtil que volta a surgir não só em confe- educação é a nossa prioridade e investe-se muito nesta área, mas tamções como fiações. O executivo a que presido tem um bém na Ação Social. Na Junta temos projeto que consiste em estabelecer uma assistente social permanente, proximidade com o mundo indus- mas como é estagiária com muita trial da freguesia, através de visitas pena minha, ao fim de um ano vai às empresas ou vice-versa, para co- embora, quando já está a conhecer nhecermos de perto a sua realida- perfeitamente todo o meio em que de e ajudarmos dentro da nossa pe- está inserida. A partir de fevereiro, queneza. A Câmara Municipal tem o uma assistente social da autarquia balcão via verde, que poderá ajudar vai passar pelas freguesias, duas veempresários a fixar-se na nossa fre- zes por mês, para atender as popuguesia para aqui investirem, crian- lações mais carenciadas e necessido emprego para esta população. tadas de apoio social. Nós temos um fundo de emergênEste foi um dos projetos que não pusemos em prática, porque outras si- cia social em orçamento, em que ajudamos algumas famílias sinalizatuações surgiram. das pelas Conferências Vicentinas e JA: Educação, associações e a damos a oportunidade a desempreAção Social são os pilares funda- gados de longa duração, com rendimento mínimo ou sem qualquer renmentais de uma freguesia? dimento. Durante um ano dámos-lhe trabalho e um salário ao final Perfil do mês, numa tentativa de os puxar para cima. Marco Cunha é presidente da Junta da União de Freguesias JA: Quais os principais monude Campo (S. Martinho), S. Salvador do Campo e Negrelos (S. mentos e pontos naturais que poMamede) desde 2013. Como au- deria destacar para mostrar um pouco do que é esta união de fretarca, integrou a Assembleia de Freguesia de S. Mamede de Ne- guesias? MC: Temos o Parque da Quinta do grelos como presidente, tendo mais tarde integrado e execu- Olival, em S. Mamede, que gostava que fosse mais divulgado, com um tivo após falecimento do então presidente. Mas a sua experiên- polidesportivo, um parque infantil, cia, tal como a de muitos políti- zonas para piqueniques com mesas com postos de água, uma piscos começou na JS onde Marco Cunha não ficou muito tempo. ta de manutenção e um palco com bancada, e temos o Parque de La“Ainda participei em algumas zer de Espinho. reuniões, mas foi aí que tive o Em monumentos culturais, temos primeiro impacto, e alguma dea Capela da Santíssima Trindade, do silusão com a política. Não era aquilo que eu estava habitua- Espiríto Santo, em plena avenida, do nos movimentos associati- sendo a única, em Portugal, que tem vos, e portanto foi uma passa- aquela imagem fantástica – o Espírito Santo tridimensional. gem um fugaz, porque entrei Também a ponte de Negrelos, que em desacordo com aquele modelo e acabei por me tornar mi- faz fronteira com Lordelo, mas que tem um simbolismo de mais de 200 litante do Partido Socialista em 2001”, contou. Já em 2009 en- anos, pois foi por aí que as tropas cabeçou a lista à Junta de Fre- das invasões francesas tentaram guesia de S. Mamede de Negre- atacar todas estas terras. los e acabou por ser presidente JA: Há previsão de alguma data da Junta até 2013, ano em que o Governo levou a cabo a agre- de abertura do novo centro de saúde? gação de freguesias. MC: Sinceramente nunca estive Com 41 anos de idade, o autarca orgulha-se de perten- muito preocupado com a questão cer ao executivo que pela pri- do centro de saúde. Já devia estar meira vez em Portugal reali- construído, mas só vai melhorar a prestação de cuidados de saúde se zou uma consulta pública para que a população pudesse esco- calhar se houver reforço de recursos humanos, quer mais pessoal admilher a nova designação para a nistrativo, como médico. Está anunUnião de Freguesias. Vila Nova do Campo foi o nome mais vo- ciado na imprensa que está a decorrer um concurso que terminará em tado e aguarda agora parecer favorável da Câmara e Assem- abril para dois médicos. Neste mobleia Municipal de Santo Tirso, mento, não tenho dúvidas que se o centro de saúde tivesse a funcionar para ser depois aprovado pela nas novas instalações fosse melhoAssembleia da República. rar a situação, porque os recursos

tal de 46 mil euros.

humanos são os mesmos. Há falta de médicos. Pedi à Câmara Municipal que se demorasse a abrir, para que, no mínimo, tirassem aquelas grandes que estão a tapar o estacionamento para se aproveitar no dia a dia. Na altura disseram que não tiravam porque estava mesmo preso por dias. O único sinal que me diz que ainda pode demorar mais alguns dias, tem a ver com uma via da Avenida 25 de Abril, frente ao Centro de Saúde, da responsabilidade da Junta, em que foi colocado um remendo pelos responsáveis da obra, que tem que ser corrigido. JA: Se neste momento lhe fosse dada a escolher pela Câmara uma obra prioritária da UF, qual é que escolheria? MC: Se tivesse que definir uma prioridade, ainda que sendo difícil, sinceramente acho que escolheria a parte do cemitério de S. Mamede, uma vez que só temos nove sepulturas. É um processo que se tem mesmo que acelerar. Prioritário é pormos as obras que estão a concurso pela Câmara Municipal em execução, como a requalificação da Avenida de S. Martinho do Campo e a pavimentação da Travessa da Quelha e a Rua de Marecos. JA: A União de Freguesias tem uma diversidade grande de associações? MC: É grande (a diversidade) e vamo-nos apercebendo que o maior número é em S. Martinho do Campo. Por exemplo, temos em S. Martinho do Campo o único Motoclube federado do concelho. Temos ainda associações desportivas, ranchos foclóricos, grupos de escuteiros, grupos de dança, duas associações de Karaté, escolas de música e de pesca. Temos quase tudo o que há em termos de associações. Nós atribuímos um subsídio anual a todas as associações, que sabem em outubro quanto vão receber, para poderem planear a sua época. Criamos a rubrica “Outros” para es-

JA: Esta união de freguesias foi notícia precisamente pela consulta públicas que fez para a escolha de um nome para designar esta nova união de freguesias. Sente-se orgulhoso pelo trabalho que foi desenvolvido? MC: Acho que o meu maior sinal, que foi dado já depois deste processo, que me surpreendeu e gostei, foi a bancada do PSD, na Assembleia de Freguesia que ratificou por unanimidade o nome Vila Nova do Campo pela população, foi apresentar um voto de louvor de todos aqueles que trabalharam naquele dia e à comissão. Desde o início do processo, eu sempre o assumi, para o bem e para o mal, que partiu de mim, enquanto presidente de Junta, mas houve uma envolvência na comissão de 36 elementos. Se me perguntar se eu temo vir a ter consequências negativas em relação a isto, eu não temo, mas acredito que as vá ter. Não temo, porque as sessões de esclarecimento ajudaram a esclarecer muitas pessoas, mas as consequências podem ver-se num ato eleitoral. Diziam que eu queria ser o primeiro, mas nós não temos de nos esconder ou de estar à espera que alguém nos empurre para dar um passo, nós temos de o dar. A freguesia e este executivo vai ficar na história, porque teve a coragem de fazer aquilo que eu acredito que os outros também vão fazer. As gerações vindouras vão-nos dar razão e que de facto isto foi a melhor coisa que fizemos. Por causa da agregação de freguesias vai permitir criar, ao longo deste ano através de parceria com a Câmara, um balcão do cidadão, para evitar que as pessoas tenham de ir a Santo Tirso.

timular o dinamismo de cada associação, em que a Junta ajuda as associações que fazem atividades extras ao longo do ano e pedem ajuda. Temos também alguns problemas ainda por resolver, como a questão do campo de S. Mamede, que neste momento não tem, e com o Rancho Folclórico de S. Martinho do Campo, que, apesar de ter um terreno cedido pela Câmara, precisa de ajuda para a construção da sua sede. Queria que a Câmara percebesse que o Clube Desportivo de S. Salvador do Campo realizava provas de atletismo e tinha todos os escalões de futsal federados e inclusive uma equipa de futsal feminino subiu à primeira divisão, mas tiveram que acabar devido à falta de um pavilhão. A Associação Recreativa de S. Martinho do Campo está, neste momento, em 1.º lugar na prova Elite de futsal federado e no próximo ano pode participar no Campeonato Nacional de Seniores. Sei que a Câmara Municipal ajudou com uma determinada verba para alguns investimentos que foram feitos, mas considero que a diferença na atribuição de subsídios é desproporcional. A associação recreativa de S.Martinho do Campo tem, ao fim de semana, mais de 200 atletas só a competir e tem uma envolvência de atletas que NT: Marco Cunha é presidente de não têm visibilidade por estarmos a Junta a meio tempo. Porquê? 13 quilómetros da sede do concelho. MC: Por que é que não estou a tempo inteiro? Isto de facto absorve JA: Qual é o valor do orçamento um presidente de junta que queira que tem para 2015? Considera pou- e esteja interessado por isto. Eu esco para as necessidades da União tou muito mais do que tempo inteide Freguesias? ro. Os meus colegas queriam que eu MC: O valor total do nosso orça- estivesse a tempo inteiro e isso está mento é de 390 mil euros. É pou- escrito na ata, porque eu podia. Eu co, mas é um orçamento realista. É não ponho de fora a possibilidade mais baixo que o anterior em cer- de estar a tempo inteiro e defendo ca de 70 mil euros. Se formos realis- que quem quer ser um autarca, tem tas, para o ano o orçamento pode- mesmo de ser. Eu estou a sacrificarrá baixar e vir para os 350 mil euros, -me, a sacrificar a minha empresa o que é muito pouco, mas o que é e estou a ajudar, é um dever cívico. importante é a nossa capacidade Enquanto vendedor, ganhava bem de investimento em termos de ca- mais do que estar a tempo inteiro pital, que rondará os 80 mil euros, na Junta, recebo a meio tempo pouuma vez que a Câmara atribuiu um co mais de 200 euros e estou cá mais subídio para investimento de capi- tempo que isso.


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Atualidade // Vila Nova de Famalicão

www.jornaldoave.pt “A Câmara de Famalicão está a tentar aplicar uma boa prática na CIM do Ave, que queremos generalizar a outras CIM. Tem a ver com identificação de necessidades e consequente desenho de rede de ofertas, que tenham como interesse último o tecido empresarial”. Gonçalo Xufre, presidente da ANQEP

Famalicão é modelo no processo de diagnóstico de ofertas fomativas A Comunidade Intermunicipal do Ave e a Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional assinaram um protocolo para o desenvolvimento de um diagnóstico de necessidades formativas, baseado no trabalho desenvolvido pelo Centro de Qualificação e Ensino Profissional de Famalicão. A cerimónia foi realizada na Escola Secundária D. Sancho I, na segunda-feira. CÁTIA VELOSO

A

s práticas de Vila Nova de Famalicão no campo da formação e qualificação vão servir de molde para o sistema de antecipação de necessidades, que a Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional (ANQEP) está a elaborar. Gonçalo Xufre, presidente da ANQEP, considerou que Famalicão “está a aplicar uma boa prática” na Comunidade Intermunicipal (CIM) do Ave ao estabelecer uma “articulação territorial” entre “vários atores” para “desenhar a rede de ofertas” formativas que vão ao encontro do “interesse” do tecido empresarial. Nesse sentido, foi celebrado um protocolo entre a ANQEP e a CIM do Ave, que visa replicar o modelo famalicense no sistema nacional, que está a ser coordenado por “todos os parceiros sociais”, entre os quais patrões e sindicatos, o Instituto de Emprego e Formação Profissional, a Agência para o Desenvolvimento e Coesão e a Organi-

zação Internacional do Trabalho. “É um diagnóstico nacional, que pretendemos que seja adaptado às características regionais”, afirmou Gonçalo Xufre, anunciando que protocolos do género estão prestes a ser celebrados com as “CIM do Oeste, Médio Tejo e Dão Lafões”. A parceria entre a ANQEP e a CIM do Ave visa “o desenvolvimento de estudos e avaliação” para um “diagnóstico de necessidades de formação”, que será coordenado pelo CQEP (Centro de Qualificação e Ensino Profissional) de Vila Nova de Famalicão e com prazo de conclusão até final de março. Manuel Baptista, presidente da CIM do Ave, considerou a assinatura do protocolo “um grande passo para uma melhor educação”, com “ofertas mais ajustadas à realidade regional e às verdadeiras necessidades das empresas”. Na cerimónia, onde também marcaram presença José Alberto Duarte (diretor dos Estabele-

cimentos Escolares) e César Ferreira (delegado regional do Norte do Instituto do Emprego e Formação Profissional), decorreu a assinatura de protocolos entre o CQEP de Famalicão e entidades formadoras, públicas e privadas, e cerca de duas dezenas de empresas, com o mesmo objetivo de adequar as ofertas formativas às necessidades do mercado de trabalho do concelho e da região. Para o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, é bom saber que o município “mereceu a confiança do Governo e, concretamente, da ANQEP”, para ter “um papel de relevo em termos de CQEP”. Uma vez que “os interesses dos cidadãos” é “o centro da ação” da autarquia, o processo formativo “não distinguiu parceiros do setor público nem do privado e cooperativo”, acrescentou. E o envolvimento destes atores significa “alargar a rede e apertar a malha”, porque “são cada vez

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Manuel Baptista e Gonçalo Xufre assinaram protocolo

mais os que assumem o compromisso para o sucesso do processo” e “através desta solução será possível maior eficácia, chegar a mais situações e fazer um melhor

diagnóstico”. “É importante o contributo das empresas que, muito mais que trazerem as suas necessidades, também dão sugestões”, sublinhou o autarca.

O CQEP de Famalicão, iniciado em maio de 2014, é promovido pelo município e engloba o Instituto de Emprego e Formação Profissional, sete agrupamentos de escolas, cinco cooperativas de ensino, quatro escolas profissionais, oito gabinetes de inserção profissional e entidades formadoras sem fins lucrativos. Já prestou serviços de informação, orientação e encaminhamento a 603 adultos, promoveu ações de orientação vocacional a mais de dois mil jovens que frequentam o 9.º ano de escolaridade e a cerca de mil do 12.º ano e desenvolveu processos de reconhecimento de competências escolares, validação de competências a 76 adultos.

Empresários galegos visitam têxtil do Vale do Ave Um grupo de empresários e agentes têxteis da Galiza visita esta quarta-feira, 21 de janeiro, empresas do setor sediadas em Vila Nova de Famalicão e Guimarães. PATRÍCIA PEREIRA “Fortalecer o Cluster Têxtil Moda Transfronteiriço” é o mote da visita de um grupo de empresários e agentes têxteis da Galiza, promovida pelo Agrupación Europea de Cooperación Territorial (AECT) Galiza-Norte de Portugal, em conjun-

to com a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), a Conferación de Indútrias Textiles de Galicia (COINTEGA) e a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão. Durante o almoço, a decorrer no CITEVE - Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal, foi dado a conhecer a Loja do Futuro criada pelo CITEVE. A deslocação de empresários galegos visa “promover a cooperação entre a Indústria Têxtil, Vestuário e Moda da Galiza e do Norte de Portugal, através de um me-

lhor conhecimento mútuo das en- gicos, os centros de formação e as lo de cooperação entre a ATP e o tidades públicas, das empresas de demais instituições públicas e pri- Cluster Gallego Téxtil Moda - Conambas as regiões e dos centros de vadas da Eurorregião Galiza e Nor- federación de Industriales Téxticompetências de apoio ao setor, te de Portugal. les de Galícia (COINTEGA) com a constituindo a oportunidade ideA visita do grupo de empresá- Comunidade de Trabalho Galizaal para gerar sinergias e fortale- rios têxteis e representantes do -Norte de Portugal. Ainda no primeiro trimestre de cer a cadeia de valor na área ‘têx- cluster nasce dos esforços do Agrupamento Europeu de Coope- 2015, os empresários do Norte de til-moda’ na Eurorregião”. Tanto o setor têxtil português ração Territorial Galicia-Norte de Portugal vão visitar empresas Gacomo o galego estão a crescer ao Portugal (AECT-GNP) que há mui- legas, provando a disponibilidalongo dos últimos anos em ter- to trabalha para uma maior apro- de e o interesse na cooperação mos de exportações, as quais po- ximação das empresas dos dois la- transfronteiriça, dando continuidem ser potenciadas, melhorando dos da fronteira. Recorde-se que, dade aos negócios e aprendizae aproveitando as sinergias entre em julho de 2014, foi assinado, na gens mútuas. as empresas, os centros tecnoló- sua sede em Vigo, um protocopub


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// Santo Tirso


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Empreendedorismo

// Vila Nova de Famalicão

Riopele acolhe Incubadora Famalicão Made IN

A Riopele, sediada em Pousada de Saramagos, vai acolher, a partir de maio, uma incubadora de projetos empresariais, no âmbito do Famalicão Made IN. O protocolo entre a empresa e a Câmara foi assinado no dia 15 de janeiro. MÓNICA RIBEIRO

U

ma incubadora única que vai nascer numa das mais emblemáticas empresas de Vila Nova de Famalicão. Com 88 anos de existência, a Riopele cedeu parte das instalações para a concretização de ideias de negócio inovadoras e com valor acrescentado ao que já se produz no concelho. Destaque para as áreas da Investigação & Desenvolvimento, Engenharia de Produtos e Processos, Energia e Ambiente, Design, Marketing, E-commerce e Logística. “Neste dia importante para o concelho, cumpriu-se um dos principais desígnios do Famalicão Made IN”, assinalou o presidente da autarquia, Paulo Cunha, acrescentando que, “de forma fabulosa, este projeto tem procurado ser um fator galvanizador para que as pessoas possam ter a oportunidade de desenvolver as suas ideias de negócio”. Entusiasmadao, o presidente do Conselho de Administração, José Alexandre Oliveira, mos-

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Candidaturas já abriram e podem ser formalizadas no Espaço ou no website do Famalicão Made IN

trou-se “totalmente disponível” para partilhar a sua experiência empresarial com os empreendedores e assim contribuir para o sucesso dos projetos a incubar, destacando que esta é uma forma de “atrair pessoas para trabalhar”. “Estamos de portas abertas e convencidos que va-

mos conseguir atingir os nossos objetivos”. À disposição dos empreendedores estarão algumas das condições necessárias para o sucesso inicial dos negócios, como espaços de incubação física devidamente equipados com mobiliário de escritório, eletricida-

de e internet, acesso a rede de parceiros e mentores, serviços de apoio técnico e administrativo, salas de formação, salas de reunião, salas de acolhimento de fornecedores e clientes e parque de estacionamento. As candidaturas já abriram e podem ser formalizadas no Es-

paço ou no website do Famalicão Made IN (www.famalicaomadein.pt.). Podem candidatar-se pessoas singulares ou coletivas com menos de 36 meses de atividade. Os preços de incubação são simbólicos e os lugares só podem ser ocupados por um período máximo de de dois anos. Nos primeiros seis meses há carência no pagamento da remuneração; nos seis meses seguintes o metro quadrado vale um euro e no segundo ano dois euros.

Empreendedores terão à disposição espaços de incubação física devidamente equipados com mobiliário de escritório, eletricidade e internet, acesso a rede de parceiros e mentores, serviços de apoio técnico e administrativo, salas de formação, salas de reunião, salas de acolhimento de fornecedores e clientes e parque de estacionamento.

Câmara de Famalicão abre candidaturas para Projetos Made 2IN Novo Regulamento de Projetos de Investimento de Interesse Municipal de Vila Nova de Famalicão já entrou em vigor e candidaturas estão abertas. Mónica Ribeiro Depois de aprovado pelo Executivo e pela Assembleia Municipal e posteriormente publicado o documento em Diário da República, a 30 de dezembro de 2014, a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão está agora habilitada a atribuir benefícios fiscais e

outras vantagens aos empresários que decidam investir no concelho, desde que os seus projetos sejam considerados uma “mais-valia económica e social para o município”, no âmbito dos Projetos Made 2IN que obtenham interesse para o município. As candidaturas aos Projetos Made 2IN já abriram e podem ser formalizadas através do Espaço Famalicão Made IN, o novo gabinete de apoio ao empreendedor, ou no website do Famalicão Made IN em www.famalicaomadein.pt.

As condições fiscais dependem da classificação que vier a ser atribuída aos novos projetos empresariais, de acordo com os critérios do regulamento, e podem ir “desde a isenção total ou parcial do IMI e do IMT até à redução de 50% do valor das taxas das operações urbanísticas”. Os projetos empresariais que se classifiquem como Projetos Made 2IN podem ainda usufruir de um gestor de projeto indicado pela autarquia famalicense, para acompanhamento personalizado e integrado dos processos

de licenciamento, e de um regime especial de procedimento administrativo. Enquadrado no programa Famalicão Made IN, o Regulamento de Projetos de Investimento de Interesse Municipal procura não só “simplificar e concentrar as diversas medidas fiscais”, mas também fazer o “acompanhamento integrado de potenciais iniciativas empresariais de carácter económico”, de forma a promover uma comunicação “mais próxima” com os investidores. O presidente da Câmara Muni-

cipal de Famalicão, Paulo Cunha, acredita que estas medidas vão potenciar a captação de investimento, resultando num “enorme impacto na economia local”, e confirmar “Famalicão como um concelho bom para investir”. “Somos o terceiro concelho mais exportador do país e o segundo com o maior saldo líquido da balança comercial, mas isso não nos faz acomodar. Vamos continuar a fazer mais para que em Famalicão existam cada vez mais condições favoráveis ao investimento”, destacou.

Quinzena Gastronómica com oito restaurantes a concurso Bacalhau à Lagareiro, Rojões com Papas de Sarrabulho e Costela Mendinha Assada no Forno são os três pratos que vão estar em cima da mesa da Quinzena Gastronómica de Vila Nova de Famalicão, que se realiza de 1 a 15 de fevereiro. Dois dos pratos, sendo “comum a todos o Bacalhau à Lagareiro”,

vão ser avaliados pelo júri do concurso, composto por elementos da Câmara Municipal de Famalicão, da Confraria de Gastrónomos do Minho e da Entidade Turismo do Porto e Norte de Portugal, que vai avaliar “a qualidade e genuinidade das receitas, mas também o serviço, a apresentação e

as instalações”. Os restaurantes Moutados de Baixo, Churrasqueira do António e Sara Cozinha Regional apresentam os Rojões Com Papas de Sarrabulho. Por sua vez, o Churrascão Sousa, o Prato Restaurante, a Casa de Pasto “O Tosco”, “O Val” e “A Malcriada” apresentam a Costela Mendinha Assa-

da no Forno. A Quinzena Gastronómica coloca todas as atenções sobre os restaurantes famalicenses e, em particular, sobre a arte de cozinhar, que, desde tempos imemoriais, faz escola em Vila Nova de Famalicão. “Ter bons restaurantes e boa comida é um fator de promo-

ção da nossa terra, da nossa cultura e da nossa economia. Não é por acaso que ouvimos dizer, com frequência, que, em Famalicão, come-se muito bem, o que nos deixa muito orgulhosos”, referiu Paulo Cunha, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão. P.P.


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Atualidade

PS aborda “comunidades locais, o País e a Europa” Veja a reportagem em www.jornaldoave.pt

As “Comunidades Locais, o País e a Europa” serviram de pano de fundo para a conferência promovida pela secção do Partido Socialista de Santo Tirso, no dia 9 de janeiro. CÁTIA VELOSO

C

omo o tema coincidia com o do mais recente livro de José Luís Carneiro, a iniciativa realizada no auditório da Biblioteca Municipal de Santo Tirso, contou com a presença do presidente da Federação Distrital do PS do Porto, que deixou a opinião sobre como deve ser feita a reforma do Estado. Um dos primeiros passos a dar No livro, José Luís Carneiro é dar mais competências às autarquias, para que “os cidadãos aborda a questão da reforma possam acompanhar de perto e administrativa e abre a porta a participar na construção de so- uma nova avaliação que podeluções para os seus problemas”. rá levar à desagregação de frePara José Luís Carneiro, a regio- guesias. Ao JA, explicou que Annalização é “um objetivo que tónio Costa, secretário-geral do deve continuar a merecer aten- PS e próximo candidato do partição” para que sirva de “poder do ao Governo vai “revisitar a lei”, intermédio” e diminua distância numa “consulta às assembleias dos territórios para a administra- municipais e de freguesia”, para “consolidar o modelo de reorgação central.

Iniciativa foi promovida pela secção de Santo Tirso do PS

nização ou regressar às fronteiras originais, se for vontade das populações”. Quanto à recuperação económica nacional, o socialista defende que deve estar assente no investimento público “em transportes, mobilidade e infraestruturas de apoio social capazes de posicionar a economia no quadro de competição global”, derrubando a tese da austeridade

como caminho para a retoma. O socialista dá também destaque à cultura e educação, considerando que estas são “motor do desenvolvimento económico e da criação de emprego”. “Todas as nações que se desenvolveram e que atingiram níveis elevados de bem-estar e paz social foram as nações que apostaram na qualificação das pessoas na sua valorização pessoal para serem ci-

// Santo Tirso

dadãos mais exigentes com o poder público”, sustentou. Para os socialistas de Santo Tirso, este é um tema “premente” para a população. “Em termos locais, com o esvaziamento que o Governo está a fazer do poder local e com as implicações que isso tem na qualidade de vida das pessoas, o tema é cada vez mais atual”, afirmou Nuno Linhares, presidente da secção de Santo Tirso. Já Joaquim Couto, presidente da Comissão Política Concelhia do PS, defende que “as reformas” devem ser feitas “de baixo para cima” e não ao contrário. “É a partir do território e das comunidades que é possível construir reformas adequadas”, frisou. A Secção do PS de Santo Tirso já equaciona desenvolver outras conferências e espalhadas pelo concelho, numa lógica descentralizadora. A próxima será “em Vila Nova do Campo”, anunciou Nuno Linhares. A realização de conferência faz parte do programa que a secção apresentou aquando das eleições em dezembro de 2013.

Semana recheada de atividades assinala Mártir Tirso De 25 a 31 de janeiro, a União de Freguesias Santo Tirso, Cou- de Freguesias, seguindo-se, pelas nhia de Teatro de Santo Tirso – Ex- gens serão sempre recordadas to (Santa Cristina e S. Miguel) e Burgães vai homenagear o Már- 14.30 horas, uma promoção dos pressão”, no Centro Paroquial de não só em forma de homenagem, Jesuítas e Vinho Verde da região. Santo Tirso. mas também como forma de instir Tirso. PATRÍCIA PEREIRA “A União de Freguesias Santo Tirso, Couto (Santa Cristina e S. Miguel) e Burgães não pode deixar de assinalar esta data tão importante para toda a comunidade tirsense”. As palavras são do presidente da União de Freguesias, Jorge Gomes, que está a preparar uma semana dedicada a Santo Tirso. Assim, entre os dias 25 e 31 de janeiro, a União de Freguesias tem programada “uma série de eventos e atividades em memória” do Mártir Tirso. O programa começa este domingo, pelas 15 horas, com o espetáculo “NÓS de DANÇA”, na Nave Cultural da Fábrica de Santo Thyrso, que vai contar com as atuações do Ginásio Clube de Santo Tirso (Jazzmoves e Ginástica Rítmica), CAID - Coope-

Pelas 19 horas, haverá uma misPara o presidente da União de piração para o quotidiano e para Freguesias, “o passado e as ori- o futuro”. rativa de Apoio à Integração do sa solene na Igreja Matriz. Na quinta-feira, 29 de janeiro, Deficiente, Keep on Dancing, Trevo do Sucesso, Breaking Point, decorre, pelas 21 horas, a CeriOpen Stage e LTW. No dia seguin- mónia de Entrega dos prémios aos “Flashtirso” captura hábitos tirsenses te, segunda-feira, o executivo co- vencedores do Concurso “Flashtirmeça uma ação de sensibilização so”, na sede da União de FregueTermina esta quarta-feira, 21 de janeiro, o prazo para a entrejunto das escolas para as come- sias. No dia seguinte, tem início, ga dos trabalhos participantes do concurso fotográfico “Flashtirmorações do Mártir Tirso, que vai pelas 21 horas, a Caminhada no- so”, que a União de Freguesias está a organizar, com o objetivo durar toda a semana. Já pelas 15 turna do Mártir Tirso com direito a de “desafiar a criatividade da população residente no concelho horas, há a inauguração das ex- “caldo” para degustação, com par- de modo a que desenvolva hábitos culturais e competências técposições dos grupos “Colecionar tida e chegada da sede da União nicas no âmbito da fotografia, já que ‘uma imagem vale mais do é Cultura” e “A voz e as mãos, 25 de Freguesias. O percurso vai pas- que mil palavras’”. temas biblio-míticos” de António sar pela Mina D’Água (Couto Santa Denominado “Pontes de União” e aberto “a todos os cidadãos Oliveira e José Rodrigues, na sede Cristina), Biblioteca São Rosendo que residam no concelho de Santo Tirso”, o concurso considera (Couto São Miguel), antiga Escola “enquadradas neste tema fotografias que retratem vários aspeda União de Freguesias. Na terça-feira começa a exposi- da Lomba (Burgães) e Viveiro da tos da vida tirsense, que mostrem as ligações culturais, territoção das fotografias participantes União (Santo Tirso”. riais e históricas da União”. “Pretende-se que cada trabalho fono Concurso Flashtirso, na sede No último dia de comemora- tográfico revele um olhar único e original sobre um fragmento da da União de Freguesias. No dia ções, há, pelas 16 horas, o início da realidade envolvente”, pode ler-se no regulamento. seguinte, dedicado ao Mártir Tir- 4.ª jornada da Liga Toupeira 2015, Os “três primeiros” com maior votação terão como prémio uma so, há, pelas 10 horas, o hastear e, pelas 21 horas, a apresentação máquina fotográfica, um vale de cem euros da Worten, e um cadas bandeiras na sede da União da peça “Solnado” pela “Compa- baz ‘Retratos de uma União’, respetivamente.


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Atualidade

// Santo Tirso

Octogenário detido por abuso sexual a pessoa portadora de deficiência Um homem de 85 anos foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) por alegado abuso sexual de uma pessoa portadora de deficiência física e mental, no concelho de Santo Tirso. Segundo fonte da PJ, o indivíduo aproveitou a relação de vizinhança com a vítima, que

não tinha capacidade de resistir aos abusos. Presente a tribunal, o detido foi proibido de estabelecer contactos e obrigado a apresentar-se, semanalmente, no posto judicial da área de residência. C.V.

// Vila Nova de Famalicão

Colisão na EN105 provoca dois feridos Um acidente rodoviário na saída da variante externa de Santo Tirso, na Estrada Nacional 105, provocou dois feridos ligeiros, na tarde de 14 de janeiro. CÁTIA VELOSO

A

colisão aconteceu cerca das 14.35 horas, alegadamente, quando um veículo ligeiro de passageiros, de marca Opel, que circulava no sentido Rebordões-Santo Tirso, se despistou ao fazer a curva e bateu num Chevrolet, também ligeiro de passageiros, que seguia no sentido contrário. De acordo com Helena Campos,

filha do condutor do Chevrolet, este, de 50 anos, “sofreu ferimentos ligeiros numa mão e abdómen”. O outro condutor, segundo informações dos Bombeiros Voluntários Tirsenses, também não sofreu ferimentos com gravidade, apesar de ter sido desencarcerado do carro. As duas vítimas foram transportadas para a unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar

do Médio Ave. Os Bombeiros Tirsenses enviaram para o local duas ambulâncias, um veículo de desencarceramento e uma viatura para lavagem do pavimento. A Guarda Nacional Republicana, do posto de Santo Tirso, e a PSP, que tomou conta da ocorrência também estiveram no local. A circulação automóvel esteve condicionada cerca de uma hora.

Detidos por posse ilegal de armas Avisados de “desacatos junto de um estabelecimento comercial”, na Rua Santo André, em Santo Tirso, a Polícia de Segurança Pública (PSP) do Porto deslocou-se ao local, onde verificaram que um jovem, de 24 anos e residente na Trofa, encontrava-se na posse de uma arma de fogo e de cinco munições, que lhe foram apreendidos, por “posse ilegal de armas”. Na detenção, que ocorreu pelas 10.40 horas de 11 de janeiro, o jovem foi notificado para com-

parecer, no dia 12 de janeiro, ao Ministério Público, junto do Tribunal Judicial de Santo Tirso. Já pelas 2 horas de 18 de janeiro, agentes da PSP do Porto detiveram um homem, de 30 anos de idade e residente na Trofa, pela “prática do crime de exercício ilícito da atividade de segurança privada e posse de arma proibida, soqueira em metal”. A detenção do homem ocorreu no decurso uma ação de fiscalização junto de um estabelecimento de diversão noturna, na

Avenida da Boavista, no Porto, onde verificaram que “o suspeito se encontrava a exercer a atividade de segurança privada, sem que estivesse devidamente habilitado, encontrando-se ainda na posse de uma arma proibida (soqueira metálica) oculta no vestuário”. O detido foi notificado para comparecer, na segunda-feira, 19 de janeiro, no Ministério Público, junto do Tribunal de Pequena Instância Criminal do Porto. P.P.

Homem armado assalta café Armado com uma pistola, um homem assaltou um café, situado na Avenida Mário Soares, em Joane, Vila Nova de Famalicão. De forma a encobrir o rosto, o assaltante usava um cachecol e um gorro na cabeça. Ao entrar no café, cerca das 10 horas de sábado, 17 de janeiro, o homem, de estatura baixa, questionou a proprietária pela caixa registadora e pela sua carteira. Perante resposta negativa, o ladrão localizou a caixa registadora, retirou o dinheiro e fugiu num carro de cor escura, em direção à cidade de Famalicão. Na altura, apenas um cliente estava no café.

Tanto a Guarda Nacional Republicana de Joane como a Polícia Judiciária do Porto estiveram no local, estando esta última a investigar o caso. Nos últimos dias, as autoridades têm registado vários assaltos deste género, equacionando a hipótese que são da autoria do mesmo indivíduo. Ainda no dia 14 de janeiro, um salão de cabeleireiro foi assaltado por um indivíduo, também em Joane e da mesma forma, o que acabou também por acontecer numa pastelaria em Airão Santa Maria, em Guimarães. P.P.

Duo atacou e roubou idosos em Cabeçudos Um casal idoso, com cerca de 70 anos, viveu quase uma hora de sofrimento e desespero. Ao final da tarde de 15 de janeiro, dois homens encapuzados e armados, com armas de fogo e branca, entraram numa habitação, situada na Rua de Joane, em Cabeçudos, Vila Nova de Famalicão, e amarraram o casal, indo de seguida à procura de dinheiro. Os ladrões reviraram a habitação, que fica no meio de um terreno de lavoura de fácil acesso, mas apenas conseguiram roubar pouco mais de cem euros em dinheiro. Os vizinhos só deram conta

do que se passou, quando a senhora conseguiu fugir e pedir ajuda. Segundo fonte, os larápios terão entrado pelos terrenos do fundo, amarrado o casal e pedido dinheiro e ouro. O casal apresentava sintomas de ansiedade e ferimentos leves. A mulher estava cortou-se, porque estava a descascar batatas quando eles entraram e o marido teria ferimentos num braço. A Polícia de Segurança Pública de Santo Tirso esteve no local, mas as investigações passaram para a alçada da Polícia Judiciária. P.P.

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21 janeiro 2015 JORNAL DO AVE

Cultura

Companhia de Teatro Expressão estreou com “Solnado”

// Santo Tirso

Veja a reportagem em www.jornaldoave.pt

A memória de Raúl Solnado “subiu” ao placo do Auditório Engenheiro Eurico de Melo da Santa Casa da Misericórdia de Santo Tirso nos dias 9 e 10 de janeiro, pela performance do ator Sérgio Macedo. Mónica Ribeiro DR

14 grupos cantam os Reis Peça retrata um conjunto de “sketches” de Raúl Solnado

Foi através de uma homenagem a um “grande nome do humor português” que a Companhia de Teatro Expressão se deu a conhecer publicamente. “A ideia surgiu há dois anos. O Luís Alberto, que é um conterrâneo de Santo Tirso, teve a ideia de criar um Festival de Teatro e entrou em contacto comigo, porque eu pertencia a outra companhia, e, juntos, fundamos um festival de teatro. O objetivo era criar uma escola de teatro e depois, possivelmente, a Companhia de Teatro, e foi isso que aconteceu este ano. Reunimos as condições possíveis e imaginárias para que isso fosse possível agora”, explicou Sérgio Macedo, ator e presidente da organização. A peça apresentada – Solnado – retrata um conjunto de “sketches” de Raúl Solnado cujos direitos foram “cedidos” pela família” e “adaptados” pela própria Companhia. “Eles (familiares) viram a // Vila Nova de Famalicão

peça antes, gostaram muito e então cederam-nos os direitos todos Folclórico de S. Salvador de Monte para a peça, e a partir daí, achamos que pelo nome e pela comém Guimarei não será Na- Córdova, do qual é vice-presidendia podia trazer muito gente ao te- tal se não cantarmos as janeiras”. te, para construir a sede, enfrentaatro”, contou Sérgio Macedo. A afirmação de Maria José Mar- va chuva, vento e frio. “AtualmenO protagonista – Zé - é um ho- tingo, componente do Grupo Et- te, temos a sede paga e fazêmomem simples e de pouca instru- nográfico de S. Paio de Guimarei, -lo, essencialmente, para manter ção que vê e narra a sua história de é clara quanto à importância de o costume”, acrescentou. Por seu lado, Maria José Martinvida de um modo muito particu- uma tradição que tem resistido à lar. Porém, consegue ao longo de evolução dos tempos. Foi a pen- go não deixou de destacar a comuma hora de espetáculo, “prender sar nessa tradição, e na premên- ponente religiosa dos cantares. a atenção dos espectadores que cia de manter viva a riqueza que “Sabemos que as janeiras são tivibram com cada uma das suas a etnografia oferece em termos das como recolha de fundos moinsólitas e peculiares memórias”. patrimoniais, que a Câmara Mu- netários, não negamos isso, mas Às peripécias narradas junta-se a nicipal de Santo Tirso promoveu antes existe a mensagem que queironia, sarcarmo, improbabilida- Cantares dos Reis. Este ano com remos transmitir do nascimento de e sentido de humor. uma novidade: a iniciativa, reali- do Menino. Em Guimarei não será A Companhia de Teatro Expres- zada em três dias, foi descentrali- Natal, se não cantarmos as janeisão prevê o agendamento de mais zada e teve como palco, não só o ras”, salientou. O comprometimento do municíespetáculos “dentro e fora do con- átrio dos Paços do Concelho como celho”. Para ficar a par das novi- também o Centro Cultural de Vila pio com esta tradição foi elogiado pelos grupos. Albertina Machado, dades consulte a página de face- das Aves. book: Companhia de Teatro de No primeiro dia, foram os gru- presidente do Grupo de S. MartiSanto Tirso, Expressão. pos folclóricos de Santa Cristina nho do Campo, agradeceu à Câdo Couto e de S. Martinho do Cam- mara pela realização do evento. po, o Rancho Folclórico de S. Sal- “Faz muito bem nunca deixar pasvador de Monte Córdova e o Grupo Etnográfico de S. Paio de Guimarei que subiram ao palco. José Gomes, presidente do grupo de Santa Cristina do Couto, considera que não só os ranchos e grupos etnográficos, mas todas as teve como vencedor João Paulo associações “devem trazer às ouCosta Fernandes, de Aldeia Nova, tras gentes o que era a tradição”. com o número 0901. Hoje em dia, os grupos continuAgora, para o dia 31 de janeiro, am a cantar as boas festas porta a comissão está a preparar “um a porta, não só para manter a tragrandioso torneio de sueca”, a de- dição, como para recolher fundos correr no Café Ribeiro. Já a partir que sustentem o plano de atividado dia 7 de fevereiro, tem início o des do ano. Anselmo Costa, recorpeditório pela freguesia. P.P. dou os tempos em que o Rancho

Comissão de festas prepara Romaria Nova De forma a angariar verbas para a Romaria Nova - Festa do Sagrado Coração de Maria e Nossa Senhora da Boa Hora, a comissão de festas, este ano a cargo do “Grupo dos Zés”, tem dinamizado diversas iniciativas. A última foi o sorteio do porco, em frente à Igreja de Lousado, que

Os cantares de outrora, para louvar o nascimento do Menino, aquele que segundo os cristãos é o Redentor, soaram no átrio da Câmara Municipal de Santo Tirso e no Centro Cultural de Vila das Aves, de 9 a 11 de janeiro. CÁTIA VELOSO

“E

sar esta época em vão, para continuarmos a manter estes cânticos antigos, que são tao bonitos”, asseverou. O presidente da autarquia, Joaquim Couto, explicou que a iniciativa, assim como outros serviços autárquicos, foi decentralizada para que a população “dos vários territórios do concelho tenham a oportunidade de assistir e participar”. No segundo dia da iniciativa participaram o Grupo Etnográfico das Aves, os ranchos folclóricos de S. Mamede de Negrelos e S. Tiago de Rebordões, o Etnográfico de Santa Maria de Negrelos e o rancho Santo André do Sobrado. Já no último dia, participaram os grupos folclóricos infantil e juvenil da Ermida e de Santo André e os ranchos de S. Pedro de Roriz, Santa Eulália de Lamelas e Rosas de S. Miguel de Vilarinho.


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Cultura

// Santo Tirso

// Trofa

Cartoons de José Sarmento chegaram à Trofa

“O Pimpolho”, “Os Maneis” e o “Narizadas do Tó Mané”. Os nomes são-lhe familiares? O trofense e cartoonista José Sarmento apresentou na Trofa a exposição “cartoons”, no dia 17 de janeiro. Mónica Ribeiro

D

esenhos e textos a acompanhar, com humor e ironia. Assim se pode descrever o trabalho do artista José Sarmento. A Academia Municipal da Trofa – Aquaplace - acolheu, pela primeira vez, as obras do autor que tem uma paixão pelos cartoons já desde 1996, altura em que começou a fazer “uma experiência gráfica em ateliês de pintura e técnica”. Os temas são diversos, apresentados de forma “leve” e “fáceis de absorver”. “Isso é perfeitamente recetível (este tipo de trabalho) ao público em geral, desde os 10 até aos 80. Não há limite de idades”, começou por contar o cartoonista, acrescentando que, para se inspirar “tem de estar sempre atento ao que se passa, acompanhar as notícias a nível nacional e internacional” e, depois, fazer uma triagem. Neste caso, e por ser apresentada na Trofa, alguns dos trabalhos foram feitos especificamente para esta exposição, com assuntos relacionados com o concelho. A colaborar com alguns jornais em “part time”, o técnico administrativo de produção na área da construção civil afirma não ter “nenhum tema especificamente

Ensemble Super Modern encerra Ciclo de Jazz

Cartoonista inspirou-se nos temas que marcaram a atualidade

preferido”. “Para mim o tema preferido é aquele que me dá melhor a ideia. Às vezes um tema quente é o mais apetecível e aí tem uma componente próxima com o jornalismo. É uma espécie de jornalismo de opinião que se faz com o cartoon”, explicou o artista ao Jornal do Ave, durante a exposição. Quanto ao futuro dos cartoonistas, e depois da recente polémica que envolveu a morte de alguns cartoonistas do jornal Charlie Hebdo, José Sarmento diz que ape-

nas “tem de haver respeito pela liberdade do outro, da mesma forma que nos relacionamos no dia a dia com as pessoas”. “Somos livres e os outros são livres. “Não podemos infringir a liberdade do outro e o outro não pode infringir a nossa liberdade. E é apenas esse cuidado que é preciso ter com o cartoon, não podemos entrar pelo insulto, pelo desrespeito, falar das situações, criticar de forma saudável mas sem desrespeitar ninguém”, concluiu.

// Vila Nova de Famalicão

“Lousado Visão do Futuro, Olhos no Presente”

Até ao dia 27 de fevereiro, a Casa do Território, no Parque da Devesa, em Vila Nova de Famalicão, apresenta uma exposição fotográfica conjunta de Madalena Magalhães, José Coelho e Filipe Figueiredo dedicada à freguesia de Lousado. “Lousado Visão de Futuro, Olhos no Presente” é o título da exposição, que foi inaugurada no dia 10 de janeiro, tendo estado presentes o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, o presidente da Assembleia de Freguesia de Lousado, Victor Pereira, e o secretário da Junta de Freguesia de Lousado, Jorge Ferreira. A visita pela exposição foi feita ao som do grupo “Epic Road”. Na cerimónia, Madalena Magalhães referiu que “os autores pro-

Autores da exposição José Coelho, Madalena Magalhães e Filipe Figueiredo

curaram captar as emoções, os rostos, os espaços, os modos de vida, as tradições, os costumes e todas as vivências de uma terra, que tantas vezes passam despercebidas”. “Foram estes os pontos de partida para esta abordagem feita através de imagens que resultaram no conjunto de 55 fotografias que compõem a expo-

sição”, avançou em comunicado de imprensa. Já Paulo Cunha referiu que “a exposição cumpre os desígnios necessários para estar presente na Casa do Território, onde as suas memórias, tradições e vivências estejam patentes, para que diferentes gerações possam percecionar o que nos caracteriza”. P.P.

Com percursos musicais sólidos e reconhecidos, oito músicos juntam-se para explorar diferentes formas de narrar, improvisar e interagir musicalmente. O grupo Ensemble Super Modern encerrou com “chave de ouro” a 7.ª edição do Ciclo de Jazz de Santo Tirso, do qual fizeram parte cinco concertos que decorreram entre julho de 2014 e janeiro de 2015, em diversos espaços do concelho. Os saxofonistas José Pedro Coelho, José Soares e Rui Teixeira, o trombonista Paulo Perfeito, o guitarrista Luís Eurico Costa, o contrabaixista Miguel Ângelo Coelho, o baterista Mário Costa e o pianista Carlos Azevedo subiram ao palco do Centro Cultural de

Vila das Aves, no dia 9 de janeiro. A Câmara Municipal de Santo Tirso é a promotora deste evento, desde 2008, com o objetivo de “promover o gosto pelo jazz através da realização de concertos com os mais destacados músicos do panorama nacional e internacional, mas também através da aposta na formação de novos públicos”. A autarquia fez “um balanço positivo” e “congratula-se com o programa apresentado, que procurou dar continuidade ao trabalho de divulgação do Jazz junto da comunidade local e que se continuou a pautar pela excelência dos músicos convidados”. P.P.

Liga de Amigos de Calendário dinamiza noite de Fados Os fadistas Joaquim Carneiro, Francisco Moreira (kiko), Lurdes Silva e Sara Sousa, acompanhados à guitarra por Miguel Amaral

e à viola por André Teixeira, vão dar voz à Noite de Fados que a Liga dos Amigos está a programar para 13 de fevereiro. O jantar, que será servido a partir das 20 horas no Restaurante Eugénios, tem como intuito “angariar fundos para as obras do Complexo Paroquial de Calendário”. As reservas de mesas podem ser feitas, até ao dia 9 de fevereiro, através dos números 252 322 913 (Anita Cardoso), 919 117 735 (Fátima Ramos) ou de 934 101 921 (António Carneiro). Dos “quatro aos dez anos de idade o custo é de dez euros e os restantes de 20 euros”. P.P.


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21 janeiro 2015 JORNAL DO AVE

Atualidade

//Santo Tirso

Nuno Sá integra Comissão Nacional do PS O famalicense Nuno Sá foi eleito e integra a Comissão Política Nacional do PS e Coordenação dos Deputados PS na Comissão Parlamentar Permanente do Trabalho e Segurança Social. PATRÍCIA PEREIRA

Miguel Moutinho N apresenta primeiro livro “Aforismos por aí dentro” é o título da primeira obra de Miguel Moutinho, que foi apresentada publicamente no Centro Cultural de Vila das Aves, a 16 de janeiro. O momento foi acompanhado por leituras de poesia por David Azevedo e um mini concerto composto por um instrumental de violino apresentado por Vera Ferreira e alguns temas portugueses interpretados por Ângela Meireles. O lançamento do livro, que

contou com a presença da vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Santo Tirso, Ana Maria Ferreira, foi simultaneamente o momento de inauguração da exposição com as ilustrações da obra, da autoria da pintora Rosa Amaral, que fica patente até ao final do mês. Miguel Moutinho, que reside em Rebordões, está a frequentar o 4.º ano do Mestrado Integrado em Teologia, na Universidade Católica Portuguesa do Porto. P.P.

o 20.º Congresso Nacional do Partido Socialista, Nuno Sá foi eleito para a Comissão Política Nacional do PS, que é “um órgão restrito e com um número de membros reduzido, tendo os maiores poderes de análise, debate e deliberação em matéria de política nacional”. Para Nuno Sá, esta eleição é “uma enorme honra e um grande desafio”, esperando “exercer este mandato partidário com intervenção e capacidade de contribuir para uma ação política nacional do PS forte e vencedora”. Recorde-se que além de ser presidente da Comissão Política do PS de Vila Nova de Famalicão, Nuno Sá é diri-

gente Nacional do PS e deputado à Assembleia da República (AR) do Grupo Parlamentar do PS. No âmbito parlamentar, foi manifestada “a confiança” para ser o coordenador dos deputados do PS na Comissão Parlamentar Permanente do Trabalho e Segurança Social da Assembleia da República. “Com muita determinação e total empenho, coordenarei todos os trabalhos e iniciativas do PS na AR que tratam destas matérias, que considero serem das mais

//Vila Nova de Famalicão

importantes para a vida dos portugueses, e para as quais desenvolveremos a concretização, num programa de Governo, da Agenda para a Década”, denotou. Nuno Sá referiu que o exercício destas funções será feito “em total articulação com a direção nacional do PS e com a direção do grupo parlamentar, sendo que o próprio Secretário-Geral, António Costa, já afirmou publicamente que pretende valorizar a frente parlamentar do PS como espaço principal da ação política e afirmação das propostas do PS para Portugal”. Considerando estes factos e colocando os “superiores interesses de Vila Nova de Famalicão acima de tudo”, Nuno Sá mencionou que “não continua como presidente da Comissão Politica Concelhia de Famalicão”. “Esta é uma decisão muito difícil e que do ponto de vista pessoal muito me custa. Contudo, estou plenamente convencido que esta decisão é a que melhor serve o PS, Vila Nova de Famalicão e Portugal”, declarou.

//Santo Tirso

PCP acusa PS e PSD/CDS pelos problemas na Saúde em S. Martinho do Campo

Os deputados do Partido Comunista Português questionaram o Ministério da Saúde sobre a abertura do novo Centro de Saúde e o reforço do número de médicos em S. Martinho de Campo. PATRÍCIA PEREIRA

“Num universo de cerca de 14 mil utentes servidos por esta unidade de saúde, são apenas seis os médicos de família destacados, havendo cerca de cinco mil utentes sem médico de família”. Em outubro de 2014, os deputados do Partido Comunista Português na Assembleia da Repúbli-

ca denunciaram a falta de condições da atual Extensão de Saúde de S. Martinho do Campo, em Santo Tirso. Os deputados comunistas confrontaram o Governo com o facto de “a população ter muitas vezes que se deslocar de madrugada para conseguir uma vaga nas consultas abertas e muitos nem assim conseguem”, assim como a “ausência de material clínico, obrigando os utentes a assumirem a compra desse material, deslocando-se depois ao Centro de Saúde para receber o tratamento”. Nesse sentido, os deputados do PCP questionaram o Ministério da Saúde sobre “a razão

pela qual não abriu ainda o novo Centro de Saúde em S. Martinho do Campo e sobre que medidas o Governo pretende tomar para reforçar o número de médicos nesta unidade de saúde”. Cerca de três meses depois, o Governo respondeu que “o edifício novo em construção em S. Martinho ainda não está pronto e atualmente faltam, segundo informação da Câmara Municipal de Santo Tirso, responsável pela obra, acabamentos”. Quanto aos “médicos necessários para a construção da futura unidade de Saúde Familiar estão já contactados pela equipa” e “aguardam o exame de especialidade na primeira

época de 2015, pelo que só depois, em caso de sucesso, é que poderão ser colocados”. Em nota de imprensa, a Comissão Concelhia de Santo Tirso do PCP afirma que “apesar de há muitos anos haver falta de médicos, o Governo só depois do alerta do PCP tomou medidas para colocar novos médicos”. “Os problemas da população das várias freguesias que são servidas pela extensão de S. Martinho do Campo não estão resolvidos porque a Câmara Municipal, do PS, e o Governo, do PSD/CDS, estão mais preocupados em favorecer os grupos privados da Saúde e em canalizar o dinheiro dos nos-

sos impostos para as PPP`s, para os juros da dívida e para tapar os buracos que os seus amigos criaram no BPN ou no BES, em vez de cuidar e defender o Serviço Nacional de Saúde para todos os portugueses”, acusam. Para a Comissão Política Concelhia é “cada vez mais claro que o PS, o PSD e o CDS são os responsáveis pelo estado em que se encontra o país”, que “precisa de uma rutura com esta política de desastre”. “É preciso uma alternativa, uma política patriótica e de esquerda que defenda os serviços públicos e garanta o acesso de todos à Saúde”, concluem.

//Vila Nova de Famalicão

Visita de estudo da Didáxis à Casa de Saúde de Braga No âmbito da disciplina de Psicologia B, os alunos da turma 12.2 realizaram uma Visita de Estudo à Casa de Saúde de Braga. Esta visita teve como principal objetivo observar a saúde mental e mostrar aos alunos a verdadeira

faceta da mente, sensibilizando-os para uma realidade difícil. Fomos recebidos pela Enfermeira Chefe, Paula, que nos acompanhou durante toda a visita, dando-nos, assim, a conhecer as diferentes alas. Estas dividiam-se em:

ala de curta duração, onde se inserem doentes que sofrem de doenças, como bulimia, anorexia e início de depressões e a ala dos doentes mais graves, logo mais sensíveis, constituída por doentes que sofrem de diversas patologias.

Também nos foi dada a conhecer a residência onde se encontrava um pequeno grupo de mulheres que demonstrava uma maior independência e capacidade de autonomia, essencial a uma vida futura exterior à Casa de Saúde.

A conclusão foi unânime e, de uma forma ou de outra, todos concordaram que a visita foi uma mais-valia para a nossa perceção da complexidade da saúde mental. Ana Rita e Cátia 12.2 da Didáxis de Riba de Ave


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Desporto // Futebol

Trofense soma empate Na 23.ª jornada da Segunda Liga, realizada a 18 de janeiro, Trofense e Desportivo das Aves empataram a duas bolas. Equipa da Trofa garantiu resultado com duas grandes penalidades em tempo de descontos. Mónica Ribeiro c/ Lusa

A

equipa da casa aproveitou dois erros fatais dos avenses durante os seis minutos de descontos para fazer frente à desvantagem de 0-2, após os tentos de Jorge Ribeiro e Miguel Vieira. Desde os instantes iniciais que o Trofense ficou com a equipa condicionada com expulsão, aos três minutos, do reforço Rafael Silveira, que viu o vermelho direto após uma disputa de bola com Luís Manuel. Com a equipa desfalcada, a equipa da Trofa viu o Aves chegar à vantagem à passagem dos 17 minutos, num remate de longe de Jorge Ribeiro, que surpreendeu o guardião da casa, Diogo Freire. Em vantagem, o Aves abrandou, não conseguindo mais que um remate de Luís Manuel, perante um Trofense igualmente inofensivo, que apenas perto do intervalo conseguiu o primeiro remate, por Tiago Portuga. A 2.ª parte trouxe mais dinâmica aos anfitriões, mas, novamente, pouco acerto ofensivo para os dois conjuntos. O Aves saiu-se melhor quando, aos 79 minutos, chegou ao se-

Equipas dividiram pontos

gundo golo, num cabeceamento de Miguel Vieira, na sequência de um canto. Já em período de descontos e quando se pensava que o 2-0 da partida estaria decidido, o Trofense não desperdiçou duas ‘benesses’ da defesa avense, após as grandes penalidades, cometidas por Renato Reis e Jorge Ribeiro. Na conversão dos castigos, Hélder Sousa, aos 90+4 e 90+6, virou figura do jogo ao assinar o 2-2 final. Em declarações, Vítor Oliveira, treinador interino do Trofense, afirmou que “felizmente”, e após as “reveses” que se passaram no jogo, os “jogadores tiveram a capacidade de acreditar até ao fim, e mesmo sofrendo o segundo

golo, não de inverter completamente o resultado mas pelo menos minimizar os estragos e conseguir arrancar um ponto”. Já o técnico do Aves, Emanuel Simões salientou que a equipa ficou condicionada a partir do momento em que “já não podiam fazer substituições”, a juntar ao jogador que se lesionou. “A ganhar 2-0 tínhamos seguramente que ter segurado o jogo e não conseguimos, mas há que dar os parabéns aos jogadores”, terminou. Na próxima jornada realizada a 25 de janeiro, o Trofense recebe o Benfica B, num jogo marcado para as 11.15 horas. Já o Aves viaja ao reduto do Marítimo B e tem jogo marcado às 11 horas do mesmo dia.

Famalicão vai disputar fase de subida à 2.ª Liga Fafe, Mirandela, Varzim, Salgueiros 08, Sousense, Lusitano e Cesarense. Estas são as equipas que o Futebol Clube Famalicão vai enfrentar na fase de subida à 2.ª Liga, que começa a 15 de fevereiro. CÁTIA VELOSO

A formação famalicense garantiu passagem a esta fase ao derrotar a Associação Desportiva Oliveirense por 1-2, na última jornada da série B do Campeonato Nacional de Seniores. Depois de 45 minutos sem golos, o Famalicão mostrou intenção de não claudicar em fase decisiva e adiantou-se no marcador aos 52 muitos, por intermédio de Correia. Ainda a refazer-se do golpe, a Oliveirense viu o adversário ampliar a vantagem três minutos volvidos, com um golo assinado

por Diogo Torres. Com um resultado que parecia seguro, o Famalicão ainda passou por momentos aflitivos, depois de a equipa de Oliveira Santa Maria ter reduzido por Areias, aos 76 minutos, e acreditado que era possível fazer tombar o “conterrâneo”. No entanto, o Famalicão segurou o triunfo e até podia ter “matado” a partida por duas ocasiões. O Famalicão termina esta etapa no 1.º lugar, com 39 pontos. O Varzim acompanha a equipa comandada por Daniel Ramos para a fase de subida, na série da zona Norte, enquanto a do sul é composta por BC Branco, AD Nogueirense, Caldas, Mafra, 1.º Dezembro, Casa Pia, Operário e Louletano. Os vencedores das duas séries sobem à 2.ª Liga, assim como o vencedor do play-off entre os

dois segundos classificados. As restantes equipas, como a Oliveirense, Tirsense e Ribeirão integram uma das oito séries da fase de permanência, com 50 por cento dos pontos. Os dois últimos classificados de cada série e os quatro derrotados do play-off dos sextos classificados descem aos campeonatos distritais. Ou seja, a Oliveirense começa com 12 pontos, o Tirsense com nove e o Ribeirão com cinco. Na última jornada, o Tirsense perdeu com o FC Felgueiras por 1-0, enquanto o Ribeirão saiu derrotado do jogo com o Vizela, também por uma bola a zero. O Vizela terminou com 39 pontos, os mesmos que o Varzim (que venceu o Santa Eulália por 3-1) e o Famalicão, mas ficou pelo caminho devido ao confronto direto.

Vítor Campelos é o novo treinador do Trofense Vítor Campelos é o novo treinador do Clube Desportivo Trofense. O técnico de 39 anos chegou à Trofa vindo da equipa B do húngaro Videoton com a tarefa de tirar o clube do último lugar da 2.ª Liga. CÁTIA VELOSO Na segunda-feira, Campelos já orientou a equipa, na preparação para o jogo com o Benfica B no próximo domingo, pelas 11.15 horas, na Trofa. Em Portugal, a experiência de Vítor Campelos resume-se a passagens como preparador físico por clubes como Paços de Ferreira e Desportivo das Aves, Leixões, Moreirense e União de Leiria. Já fora do país, foi adjunto em equipas técnicas que disputaram campeonatos como o da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Irão. A estrear-se como treinador principal num clube em Portugal, Vítor Campelos afirmou que “há muitos anos” se tem preparado para este patamar. “Estou ligado a equipas técnicas há 15 anos, já tive experiências em equipas de 1.ª e 2.ª Liga e competi na Liga dos Campeões da Ásia, trabalhando em clubes de top. Estava mais que preparado e à espera de uma oportunidade para mostrar o meu valor e para as pessoas reconhecerem o meu trabalho”, afirmou, em declarações ao JA. No jogo que o Trofense realizou com o Desportivo das Aves, no passado domingo, o treinador esteve no estádio a avaliar a equipa. Se “já tinha a convicção que o Trofense vai garantir a manutenção”, mais convencido ficou “pela atitude que os jogadores tiveram”. Além de querer “melhorar alguns aspetos” que incidem “na organização coletiva da equipa”, Vítor Campelos já

“identificou” com os dirigentes, “algumas posições que terão de ser reforçadas”, sem no entanto descortinar quais são por “motivos éticos”. “Temos que contar com os jogadores que cá estão que, neste momento, são os melhores do mundo”, salientou. A equipa técnica é composta ainda pelos adjuntos Marco Alves e Pedro Neves e pelo treinador de guarda-redes Diogo. Nuno Lima, gerente da Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas que detém o Trofense, explicou que o nome de Vítor Campelos interessou “pelas referências que tem em termos de trabalho, pela qualidade de treino e capacidade de liderança”. “Nos vários projetos que tem vindo a participar, Vítor Campelos foi dando garantias de ter competências e qualidade para algo mais abrangente e de responsabilidade. Mesmo no Irão revelou competências de treinador principal e no ano passado fez um excelente trabalho na equipa do Videoton (B)”, justificou. Quanto aos reforços, o dirigente admitiu que “há um plano” e apontou “novidades” para os “próximos dias”. Vítor Campelos vai liderar a equipa técnica, que até domingo teve Vítor Oliveira ao comando interinamente. Este, por sua vez, vai assumir “novas funções de ligação entre a equipa técnica e a estrutura do futebol profissional”.


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Desporto //Modalidades

Trofenses organizam 1.ª Prova do Troféu Circuito de Guilhabreu Liga Toupeira movimenta coletividades “Cerca de 300 pessoas” estiveram presentes no pontapé de saída da 2.ª edição da Liga Toupeira Futsal 2015 – Veteranos, que a Junta da União de Freguesias de Santo Tirso, Couto (Sta. Cristina e S Miguel) e Burgães tem levado a cabo desde o dia 10 de janeiro. A 2.ª jornada da Liga Toupeira realizou-se no sábado, 17 de janeiro, no Polidesportivo de Merouços. O AB 92 venceu o Ginásio Clube de Santo Tirso, por 3-1, assim como o Núcleo do Sporting de Santo Tirso foi mais forte que a Casa do Benfica de Santo Tirso, vencendo a jornada por 3-2. Também o Futebol Clube Tirsense ga-

nhou a jornada frente à Associação Desportiva de Tarrio, por 2-1, e a Associação Recreativa de Areal venceu pela margem mínima (10) a Associação dos Amigos de São Bento da Batalha (AUSBB). Com a realização de dois jogos, a AB 92 está em 1.º lugar, com seis pontos, seguida da Casa do Benfica, Tarrio, Areal, Núcleo do Sporting. Tirsense e Ginásio, com três pontos. Já a AUSBB está em último lugar, sem pontuar. Neste sábado, no Areal, a Casa do Benfica defronta o Tarrio, o Areal, o Ginásio Clube, o Núcleo do Sporting o AB 92 e o Tirsense o AUSBB. P.P.

Famalicense bateu recorde na Meia Maratona de Viana Uma hora, oito minutos e quarenta e um segundos foi o tempo necessário para que José Azevedo, que corre pelo Montakit Carpintaria Low Cost, terminasse a Meia Maratona de Manuela Machado, que decorreu em Viana

do Castelo, no dia 18 de janeiro. O atleta famalicense classificou-se em 9.º lugar e bateu o recorde nacional ANDDI (Associação Nacional de Desporto para a Deficiência Intelectual). P.P.

Vermoim soma e segue no andebol A equipa júnior feminina da Associação Cultural de Vermoim (ACV) venceu a Palmilheira, por 17-20, em jogo que se realizou na noite de 16 de janeiro. Também as iniciadas femininas venceram o CA Barrosas, por 19-16, com

oito golos de Raquel Rodrigues e sete de Lara Gonçalves. O fim de semana encerrou com os infantis masculinos a serem derrotados pela equipa do escalão superior oriunda de Godim (Peso da Régua), por 13-28. P.P.

Misericórdia de Santo Tirso em movimento A Clinica de Físiatria, na Santa Casa da Misericórdia de Santo Tirso, vai acolher uma sessão de Pilates Clínico. Aberta à comunidade, a aula decorre entre as 19 e as 20 horas do dia 27 de janeiro. Embora a “participação seja gratuita”, a mesma “carece de

marcação prévia”, uma vez que as vagas são “limitadas”. Até sexta-feira, 23 de janeiro, deve inscrever-se na receção da Clínica, através do número 252 808 265 ou do email fisiatria@misericordia-santotirso.org. P.P.

Uma prova de velocidade no Circuito de Guilhabreu, em Vila do Conde, valeu aos organizadores da Trofa uma nota positiva. A primeira fase da prova do Troféu Circuito de Guilhabreu decorreu no domingo e as próximas datas já estão agendadas.Mónica Ribeiro

C

om uma recém criada organização, a Good Moment está ainda numa fase de “aprendizagem”, porém, pôs mãos à obra e com a sua “paixão” pelo desporto automóvel promoveu a primeira de quatro provas correspondentes à competição. No total, foram 45 pilotos de vários locais do país que participaram na iniciativa, divididos em diversas classes, dos quais seis deles são trofenses. Na classe 1, de kartcross 600, destaque para Nelson Rocha, n.º74 (Semog 600) que venceu a prova. Já o n.° 46, Márciocar (AG1000) ficou em 1.º lugar na classe 2 de kartcross +600. O Multiclima, n.º 37 da classe 3, tração dianteira até 1500, venceu a prova. Na classe 4 ( 1501c3 até 2000c3 ), António José Ramos, n.º 32, (Citroen Saxo) alcançou

o 1.º lugar. Nesta prova participaram ainda os trofenses Carlos Mota e Sérgio Ramalho. Na classe 5 (+2000c3), Carlos Leão, n.º 56 sagrou-se vencedor com o automóvel Renault Clio Maxi. Já José Paulo Sousa, n.º 55, a correr com o BMW E30 M3 ficou em 1.º lugar na classe 6 de tração traseira. Filipe Moreira e Pedro Freitas, ambos da Trofa, participaram na prova ficando em 4.º e 2.º lugares respetivamente. Na classe 7 de 4x4 não houve participantes. Na classe 8, de clássicos, o vencedor foi o trofense Cláudio Santos, n.º 77, com um Mini 1000, enquanto que na categoria de mulheres, classe 9, Paula Sousa ficou em 1.º lugar, sendo a única participante. Segundo Filipe Moreira, responsável pela organização, a prova correu “muito bem, melhor do que estavam à espera” e

com bastante afluência do público. “Acho que é um projeto que tem pernas para andar. O pessoal inicialmente estava um bocado receoso porque era uma prova nova, uma organização nova e chegamos ao fim. Acho que a maior parte dos pilotos ficou satisfeito, já com vontade de fazer a próxima prova que será em abril”, contou o organizador. Quanto aos aspetos a melhorar, Filipe Moreira considera que “há sempre aspetos a melhorar” sendo que foi a primeira vez que a organização se debruçou numa prova deste género, no entanto, “as pessoas gostaram muito” e ficaram “satisfeitas” pela “humildade” e “entrega” da organização. A próxima prova está marcada para o dia 5 de abril. As restantes têm data prevista para 5 de julho e 6 de setembro.

//Didáxis

Fim de semana xadrezistico pleno de vitórias Inserido no Desporto Escolar, o Clube de Xadrez da Didáxis (A2D) participou no 1.º Encontro Distrital Escolar - Série C, organizado no sábado, 17 de janeiro, pelo Clube de Xadrez Escolar do Agrupamento de Escolas Padre Benjamim Salgado com o apoio da Associação de Xadrez do Distrito de Braga. No Torneio Juvenil, Ivo Dias (A2D), atual campeão Europeu de Desporto Escolar, foi o grande vencedor, obtendo “seis pon-

tos em seis jogos”. O pódio ficou completo pelos colegas de equipa Bruno Ribeiro e Carlos Azevedo, com menos um ponto. O 1.º lugar feminino foi conquistado por Andreia Mendes (CX A2D), que se posicionou no 4.º lugar absoluto com quatro pontos. No Torneio Infantil, Carlos Daniel Sampaio (CX A2D) também fez o pleno: seis pontos em seis jogos. Em 2.º lugar, com menos 1 ponto, classificou-se André Silva (Escola EB 2,3 Ribeirão) e em

3.º Hugo Silva (CX A2D), que obteve 4,5 pontos. Na categoria feminina, Ana Rita Dias foi a vencedora, classificando-se em 12.º lugar, com 3,5 pontos. No Desporto federado, as equipas B e C do CX A2D “entraram com o pé direito” na 3.ª Divisão Nacional e Campeonato Distrital por Equipas com vitórias convincentes por 4-0 ao visitarem as equipas CX Escola João de Meira B e CX Braga E, respetivamente. P.P.


22JORNAL DO AVE 21 Janeiro 2015

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Desporto // Modalidades

// Hóquei “Todos os hotéis e residenciais ficam esgotados e os restaurantes trabalham bastante, penso que é um grande momento” Joaquim Fernandes, Mestre do Karate de Vila das Aves

Veja a reportagem em www.jornaldoave.pt

Santo Tirso acolheu Torneio Internacional de Karate O Pavilhão Municipal de Santo Tirso foi palco do Torneio Internacional de Karate 2015 (21º Grande Torneio, 13º Internacional e 10º Open de Campeões Nacionais), no dia 17 de janeiro. Mónica Ribeiro

F

oram 830 atletas, dos 7 aos 17 anos, oriundos de Espanha, França, Luxemburgo e Portugal que participaram no Torneio Internacional de Karate, promovido pelo Karate Shotokan de Vila das Aves, em colaboração com a Federação Nacional de Karate e o Centro Português de Karate. “Se houvesse competição para seniores ultrapassaria os mil mas como eu pretendo uma prova de qualidade e não só de quantidade não dá para haver inscrições seniores”, explicou Joaquim Fernandes, mestre e fundador do Karate de Vila das Aves e presidente do conselho de arbitragem da federação. Uma prova que, segundo Joaquim Fernandes, é a “mais importante” de Portugal e que faz parte do calendário federativo. “Há atletas, treinadores e os árbitros que fazem questão de estar sempre

presentes e como tal é um meio de grande divulgação do concelho de Santo Tirso”, explicou Joaquim Fernandes. A isso junta-se ainda a parte “financeira”. “Todos os hotéis e residenciais ficam esgotados e os restaurantes trabalham bastante, penso que é um grande momento”, afirmou. Quanto aos atletas tirsenses que fizeram parte do torneio, foram “cerca de 30” e, em termos gerais, estão bem cotados no panorama nacional. Também pela primeira vez, a seleção nacional de cadetes de juniores que vai participar no Campeonato da Europa em Zurique está a estagiar na Vila das Aves, num espaço cedido pela autarquia, nas antigas instalações da Escola da Ponte. Este é “mais um momento importante” para o concelho de Santo Tirso, realçou o mestre e fundador do Karate Shotokan. A colaborar com a iniciativa, o presidente da Federação Nacional de Karate, Carlos Silva, destacou o “impacto” de uma prova como esta para o “Karate Nacional”. “Gostaria que houvesse muitos mais torneios internacionais mas infelizmente não há”, lamentou, salientando que “esta é uma bela iniciativa do Karate

Shotokan de Vila das Aves, de extrema importância para o desenvolvimento do karate nacional e dos atletas presentes”. Já Joaquim Couto, presidente da autarquia, marcou presença no evento e entregou alguns prémios aos vencedores. Da iniciativa, o edil tirsense realça a “visibilidade” que uma prova como esta dá a Santo Tirso a “nível nacional e internacional”. Com isto, “estamos a promover o desporto, um bom relacionamento entre a Câmara e a Associação de Karaté da Vila das Aves que é a promotora dentro da Federação, e por outro lado, estamos a utilizar uma infraestrutura da Câmara Municipal, que é este Pavilhão Municipal que se iniciou no início da década de 90 a sua contrução e que é uma infraestrutura do melhor que há a nível nacional para este tipo de prova”, concluiu.

Riba d’Ave HC eliminado da Taça de Portugal O Riba d’Ave Hóquei Clube defrontou a Escola Livre de Azeméis, a contar para a terceira eliminatória da Taça de Portugal de hóquei em patins. No jogo, que decorreu no sábado, 17 de janeiro, a Escola Livre de Azeméis foi mais feliz no Parque das Tílias, vencendo por 3-4 e deixando os ribadavenses de fora da competição na antecâmara de eliminatórias com equipas do escalão principal do hóquei patinado português. Ao minuto 4’, e num espaço de segundos, os de Oliveira de Azeméis marcavam dois golos de rajada. O RAHC reagia no minuto seguinte, e reduzia para 1-2, por Ricardo Carvalho na recarga a um penalti. A defesa do RAHC abriu uma avenida e num “1 para 1” perante João Aurélio, os visitantes aumentavam o marcador para 1-3. Volvidos sete minutos, o Escola Livre apontava o 1-4, aproveitando de forma superior o desnorte

defensivo do RAHC. Vinte e quatro minutos depois, Vítor Hugo, ao segundo poste, reduzia para 2-4. Os ribadavenses ainda conseguiram reduzir a desvantagem, com Ricardo Lopes a apontar o 3-4, na conversão do livre direto, Ricardo Lopes colocava o marcador em 3-4. Na próxima jornada, o Riba d’ Ave HC (6.º lugar, 25 pontos) recebe a Juventude Pacense (2.º lugar, 31 pontos), pelas 18.30 horas deste sábado, 24 de janeiro, assinalando o início da segunda volta do campeonato. Já no domingo, os Infantis e os Escolares do RAHC triunfaram frente ao HC Fão por 12-1 e 162, respetivamente. Os Iniciados deslocaram-se a Ponte de Lima e venceram a AD Limianos por 0-4 na 12.ª jornada do Regional de Sub-15. Já os Juvenis jogaram em Fão, onde venceram por 3-8 na 12.ª jornada do Regional de Sub-17. P.P.

Famalicense empata com Fânzeres Na 15.ª jornada da 2.ª divisão nacional e última da primeira volta, o Famalicense AC recebeu o GDC Fânzeres e não conseguiu mais do que um empate. Marcaram primeiro os visitantes e o FAC empatou por Chumbinho, mas os visitantes marcaram por duas vezes antes do intervalo e o FAC apenas mais uma, desta vez por Crespo. Na segunda parte, o FAC deu a volta ao marcador com um Hat-trick de Tiago Azevedo, estabelecendo o resultado em 5-3. A menos de três minutos

do fim, na sequência da marcação de um penalti, o resultado voltou à margem mínima e na conversão de um livre direto, surgiu o empate. O FAC, que mantem o 10.º lugar, volta a jogar em casa, este sábado, frente ao CD Cucujães. Já a equipa de sub20 do FAC deu mais um passo rumo ao ambicionado campeonato nacional, ao vencer a 11.ª jornada do campeonato regional Minho, frente ao HC Fão, por 9-3. Frente ao mesmo adversário, os sub17 triunfaram por 4-3. P.P.

Breves

Joaquim Barbosa no pódio do Campeonato de Ciclocrosse No Campeonato Nacional e do Minho de Ciclocrosse, que se disputou a 11 de janeiro no Clube de Tiro da Fervença, em Barcelos, Joaquim Barbosa, em representação do Famalicense Atlético Clube em Masters50, terminou em 3.º lugar na prova nacional e foi coroado vice-campeão na classificação regional, a apenas dez segundos do vencedor. P.P.

FAC com bons resultados em badminton Seleção nacional de cadetes de juniores que vai participar no Campeonato da Europa em Zurique está a estagiar na Vila das Aves, num espaço cedido pela autarquia, nas antigas instalações da Escola da Ponte

Adriana Gonçalves e Catarina Martins, do Famalicense Atlético Clube, foram o par finalista da 3.ª jornada do circuito nacional para não seniores, que se realizou no Centro de Alto Rendimento (CAR) das Caldas da Rainha. Individualmente, Adriana atingiu as meias-finais, o mesmo sucedendo com João Ferreira e com o par homem, João e Eduardo Pereira. Nos sub13, Ricardo Pereira continua a sua aprendizagem e Miguel Pereira, desta vez não conseguiu brilhar nos sub19. P.P.


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21 janeiro 2015 JORNAL DO AVE

Últimas

// Didáxis

Andebol vitorioso em todos os escalões federados A Didáxis esteve uma vez mais representada no campeonato de andebol, organizado pelo Desporto Escolar da CLDE Braga. A equipa da Cooperativa de Ensino Didáxis defrontou e venceu a Escola secundária de Alfena (Valongo), por 24-0, e a Escola Secundária Carlos Amarante

(Braga), por 27-11. Segundo fonte da escola, os desafios foram “aproveitados pela equipa técnica para rodar as jogadoras menos utilizadas”, que “demonstraram estar à altura para quando forem chamadas nos jogos federados”. Já no desporto federado, as

Telefones

// Santo Tirso

Polícia Municipal S. Tirso 252 830 400 Bombeiros Voluntários de S. Tirso 252 853 036 Bombeiros Voluntários de Vila das Aves 252 820 700 Bombeiros Voluntários Tirsenses 252 830 500 GNR de Santo Tirso 252 808 250 GNR de Vila das Aves 252 870 100 Polícia de Segurança Pública de Santo Tirso 252 860 190 Serviço Municipal de Proteção Civil de Santo Tirso Linha azul: 808 201 056 Bombeiros Voluntários de Famalicão 252 301 112 | 252 301 115 | 252 301 117 (Emergência) Bombeiros Voluntários Famalicenses 252 330 200 (Emergência) Bombeiros Voluntários de Riba de Ave 252 900 200 Cruz Vermelha Portuguesa - Núcleo de Ribeirão 252 491 266 Cruz Vermelha Portuguesa - Núcleo de Oliveira São Mateus 252 938 404 Polícia Municipal Telefone: 252 320 999 Polícia de Segurança Pública 252 373 375 Guarda Nacional Republicana - Vila Nova de Famalicão 252 323 281 GNR - Riba D’ Ave 252 980 080 GNR - Joane 252 920 230 Guarda Nacional Republicana Trofa 252 499 180 Bombeiros Voluntários da Trofa 252 400 700 Policia Municipal da Trofa 252 428 109/10

seniores deslocaram-se a Santa Cruz do Bispo para defrontar o Lusitanos e venceram por 4131. Em iniciadas, a Didáxis venceu a equipa local de Fafe, por 14-10. As juvenis venceram o A. C. Caminha, por 32-15. P.P.

Simão Mendes sagrou-se campeão nacional de pista coberta

Arrancaram obras de saneamento em S. Martinho do Campo

As obras de saneamento em S. Martinho do Campo já começaram. No total, a empreitada inclui a ligação de “mais de uma centena de ramais, numa extensão de cerca de 1500 metros” e, quando terminada, vai dotar a freguesia de rede de saneamento de águas residuais. Mónica Ribeiro É a partir da rede de saneamento que os esgotos recolhidos serão encaminhados para tratamento adequado numa Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), no âmbito da parceria estabelecida com o Sistema de Águas da Região do Noroeste. Com prazo de conclusão “previsto de quatro meses”, esta obra tem um investimento de 114 mil euros e está englobada numa empreitada que inclui a execução da rede de drenagem de águas residuais de Areias, Palmeira, Roriz, Santo Tirso e S. Mamede de Negrelos, num investimento total de “cerca de 735 mil euros”. “Estamos a trabalhar para levar o saneamento e a água pública a todas as áreas do concelho. Temos consciência de que este é um dos problemas que mais preocupa a população do concelho e foi por isso que desde a primeira hora assumi este dossiê”, realça o autarca de Santo Tirso, Joaquim Couto, dando conta que várias foram as reuniões realizadas com entidades públicas e privadas, no sentido de desbloquear processos e avançar com obras no terreno. Recorde-se que em novembro o edil tirsense e o presidente do Conselho de Administração da

Águas do Noroeste, Martins Soares, assinalaram o arranque da construção de 27 quilómetros de extensão da rede de saneamento, com uma visita à frente de obra na freguesia de Lamelas. Santo Tirso celebrou um Contrato de Parceria para a exploração e a gestão dos serviços municipais de águas. Assim, foi constituído o Sistema de Águas da Região do Noroeste, cuja exploração e gestão foi atribuída à Águas do Noroeste, S.A. – empresa integrada no Setor Empresarial do Estado, pertencente ao grupo Águas de Portugal, com capitais exclusivamente públicos e da qual o Município de Santo Tirso é acionista, enquanto Entidade Gestora da Parceria. A Parceria do Sistema de Águas da Região do Noroeste responde desta forma aos interesses dos munícipes de Santo Tirso, na medida em que “cria as condições de dimensão e de organização necessárias à realização dos imprescindíveis investimentos de ampliação e de remodelação das redes municipais de drenagem de águas residuais”. Esta parceria tem como objetivos, “assegurar, de forma regular, contínua e eficiente, serviço e promover a ligação à rede pública, para garantir o adequado tratamento das águas residuais recolhidas e a conceção, construção, exploração, manutenção e renovação das infraestruturas”. Durante o período da parceria com Santo Tirso, entre 2014 e 2015, a Águas do Noroeste executará um plano de investimentos de “3,7 milhões de euros”.

Simão Mendes, atleta da Associação Recreativa e Cultural Vale S. Cosme, conquistou o título de campeão nacional de Pista Coberta, ao vencer a prova de 400 metros, que foi disputada no domingo, 18 de janeiro, no Parque de Exposições de Braga. No escalão M35, Simão precisou de 56.36 segundos para terminar a prova e bater a concorrência, juntando este título aos “vários nacionais conquistados em Pista ao

SUDOKU

Difícil

Solução da edição anterior

Ficha Técnica Diretora: Magda Machado de Araújo (T.E. 1022) Sub-diretora: Patrícia Pereira (9687) Editor: Justbrands – Consultoria e Comunicação Unipessoal, Lda e -mail: geral@jornaldoave.pt; publicidade@jornaldoave.pt Redação: Cátia Veloso (9699), Patrícia

Ar Livre”. Já no dia 11 de janeiro, a associação conseguiu “um honroso 13.º lugar coletivo no Campeonato Nacional de Estrada”, que decorreu na Maia, tendo sido “a única equipa sénior representante de Vila Nova de Famalicão e do distrito de Braga”. Na mesma prova, Sílvia Oliveira, em representação da Escola de Atletismo Rosa Oliveira, conquistou a medalha de bronze. P.P.

Nota de Redação Pereira (9687), Mónica Ribeiro (TP 2095), Hermano Martins (TE 774) Colaboração: António Costa Composição: Cátia Veloso Impressão: Gráfica do Diário do Minho Assinatura Anual: Continente 16 €; Europa: 34,75 €; Extra europa: 44,25 €; PDF 16 € (IVA Incluído)

Avulso: 0,70 € Nib: 0038 0000 39909808771 50 Sede: Travessa de Rãs, 71 4760 Santo Tirso | Telm. 969848258 Propriedade: Justbrands – Consultoria e Comunicação Unipessoal, Lda Nif. 510170269 ERC: 126524

Os artigos publicados nesta edição do Jornal do Ave são da inteira responsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a opinião da direção. O Jornal do Ave respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.


24JORNAL DO AVE 21 Janeiro 2015

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Atualidade // Santo Tirso

Horta Urbana vence OPJ de Santo Tirso Uma Horta Urbana, para uso particular e coletivo da população e das associações do Município. A ideia valeu a Cristiana Gonçalves, Joana de Castro e Marta Ferreira o projeto vencedor da primeira edição do Orçamento Participativo Jovem (OPJ) de Santo Tirso. O anúncio foi feito no dia 13 de janeiro, pelo presidente da Câmara. Mónica Ribeiro chegaram à final do OPJ também o projeto para a construção de um Indoor Radical Park e a promoção do Rio Fest 2015. Com um público-alvo entre os 12 e os 30 anos, a média de idades dos participantes situou-se nos 19 anos, tendo o mais jovem 13 e o mais velho 30.

“N

ão estávamos mesmo nada à espera de ganhar, achávamos que ia ser outro grupo que não nós mas é muito bom saber que se calhar fizemos alguma coisa”, afirmaram as jovens, de 23 anos, residentes na Lama. A proposta apresentada será agora executada pela autarquia, no âmbito da dotação prevista para o Orçamento Participativo Jovem. Segundo a explicação das jovens, inicialmente a ideia era implementar o projeto no Parque Urbano da Rabada ou na Escola Agrícola e o orçamento rondava os “25 mil euros”. Porém, projeto mereceu um maior contributo da autarquia que o vai aplicar nas traseiras da Fábrica de Santo Thyrso, num investimento na ordem dos 92 mil euros. O projeto contempla cerca de 3750 metros quadrados de terreno que vão ficar à disposição da população, para cultivar e usufruir dos produtos dali resultantes. Cabe agora à Câmara avançar com a concretização do projeto. Por sua vez, as jovens, das

OPJ continua em 2015

Projeto será implementado nas traseiras da Fábrica de Santo Thyrso

áreas da engenharia biológica, gestão e administração pública e comunicação social, terão um papel vigilante na concretização do projeto. “A agricultura é muito importante. Acho que estamos a voltar às origens e a criar esse hábito e ter a própria comida. Até para as associações é vantajoso”, asseveraram. Para o presidente da Câmara Municipal, Joaquim Couto, um dos objetivos do projeto passa

“por colocar toda a comunidade citadina de Santo Tirso em contacto com a agricultura urbana”. Além disso, “visa contribuir para a formação, educação e integração de grupos de exclusão social” e, por isso, “não há dúvidas de que este projeto vai contribuir para a melhoria da qualidade de vida e do ambiente em Santo Tirso”, acrescentou. A Horta Urbana prevê a afetação de um terreno com 60 ta-

lhões, com dimensões de 30 metros quadrados cada. Os produtos cultivados serão apenas para consumo, mas no caso das hortas coletivas o município está a ponderar a existência de um espaço para venda dos excedentes de produção, que servirá para suportar os custos de manutenção. Recorde-se que dos 21 projetos apresentados nas assembleias participativas, com a participação de “mais de 150 jovens”

“Tivemos muito boas propostas e o facto de não terem sido vencedoras não implica que a Câmara não as possa englobar em projetos que vai desenvolver”, esclareceu o presidente da Câmara, dando como exemplo o Indoor Radical Park e o estudo preliminar que o Município está a desenvolver, para a construção de um skate park. O Orçamento Participativo Jovem continua este ano. A dotação de 120 mil euros “irá manter-se”, continuando a ser “uma das maiores a nível nacional”.

// Vila Nova de Famalicão

Doentes esperam mais de três horas para serem observados O serviço de urgência da Unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar não conseguiu dar resposta a todos os doentes, que lá se deslocaram na segunda-feira. PATRÍCIA PEREIRA

Na rede social Facebook multiplicam-se as queixas quanto ao serviço de urgência prestado na unidade de Vila Nova Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA). A pólvora foi a espera prolongada pelos doentes ao princípio da noite de segunda-feira, 19 de janeiro, com os casos considerados urgentes, com pulseira amarela, a esperarem no mínimo três horas para serem atendidos, quando não devia ultrapassar os 60 minutos. Segundo declarações prestadas à TVI24, Maria Conceição contou que o seu pai, que acompanhou, recebeu a pulseira amarela e esteve “mais de sete horas” à espera para ser atendido. “Não tem jeito nenhum. Já tenho vindo aqui e nunca vi semelhan-

te”, denotou. Também Jacinta Nunes denotou que a filha estava à espera “há duas horas” e, se acontecesse como no domingo só saía “perto da 1.30 horas”, tendo esperado “quatro horas”. Já Joaquim Pinto queixava-se de “problemas respiratórios, com picos de taquicardia, com o coração a bater acelerado e a ficar sem força”. Quando chegou, “o tempo de espera estava melhor”, uma vez que anteriormente era de “cinco a seis horas”. Segundo a triagem de Manchester, que serve de orientação aos serviços de urgência, um doente a quem é atribuída a pulseira verde, considerado pouco urgente, pode esperar duas horas pela consulta, já a pulseira amarela, considerado atendimento

urgente, a espera não deve ultrapassar uma hora. Eram cerca das 10 horas quando Maria Pedrosa chegou ao CHMA, tendo-lhe sido atribuída a pulseira verde. Já passava das 22 horas e ainda estava à espera para ser atendida. Contacto pelo Jornal do Ave, Norberto Nunes, diretor clínico do CHMA, referiu que houve “um atraso para as observações, especialmente nos doentes considerados menos urgentes”, devido a “um fluxo anormal de ocorrência à urgência”, que foi “muito superior àquilo que é expectável, mesmo para esta época do ano”. “A situação foi resolvida com o recurso que temos. As situações mais urgentes foram resolvidas mais rapidamente, aqueles que tiveram um período de espera mais

alargada foram os considerados menos urgentes. Alguns dos que eram considerados mais urgentes, ultrapassaram, em alguns períodos do dia, mais do que as três horas”, declarou, acrescentando que “na urgência pediátrica nunca foi ultrapassada os tempos de espera previstos”. O diretor clínico mencionou que médicos “não é a necessidade” do CHMA, uma vez que conseguem, “em situações de necessidade, reforçar as equipas”. “Numa situação em que habitualmente recorrem 150, se recorrem 600 pessoas, nós nem que multiplicássemos o número de médicos. Passava a haver necessidade de outras coisas, outras infraestruturas que não conseguíssemos resolver”, exemplificou.

Para Norberto Nunes, a observação de um doente “implica determinados cuidados”, para que “sejam bem observados e tratados, para que a solução final seja mais satisfatória”. Nesse sentido, alerta a comunidade para que nesta altura em que há “mais infeções respiratórias e mais procura de cuidados médicos, aquilo que as pessoas consideram menos urgente”, para que “não recorram de imediato ao hospital e liguem primeiro à linha da Saúde24, para ser informada e tentar procurar os cuidados de saúde primários que durante o horário do dia estão disponíveis para estas situações, conseguindo resolver da mesma forma e eficaz e rápida”.


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