Jornal do Ave 238

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10 JORNAL DO AVE 3 DE novembro DE 2022

Atualidade

Mercadona anuncia subida Empresários asiáticos à procura de sinergias de negócio em Famalicão de 11% dos salários de entrada // VN Famalicão

Cerca de 40 empresários da China, Coreia do Sul e Japão estiveram, na semana passada, em Vila Nova de Famalicão à procura de oportunidades de negócio e a conhecer um conjunto de empresas do concelho para potenciais parcerias comerciais, numa iniciativa promovida pelo Município de Famalicão e a AEP – Associação Empresarial de Portugal. A visita, que decorreu no âmbito do projeto Next Challenge Asia do programa Portugal Premium Experience, visou acima de tudo mostrar o potencial dos produtos portugueses das fileiras do agroalimentar e dos materiais de construção e infraestruturas, promovendo-os nos mercados asiáticos. Com passagem pela Vieira de Castro, Casal de Ventozela, Primor, ICM, Campicarn, Lourofood, A Cimenteira do Louro, Adega Casa da Torre, Senrasdairy e Yogan, os visitantes participaram ainda em mostras de produtos, sessões de networking e missões inversas, acompanhando também o 4.º Fórum Económico de Famalicão.

“A diversificação de mercados é fundamental para o aumento da competitividade das nossas empresas, principalmente num momento tão sensível para a economia mundial. Este projeto, destinado a micro, pequenas e médias empresas portuguesas tem o objetivo de orientar empresas que exportem ou pretendam iniciar a sua expansão para os exigentes mercados japonês, sul-coreano e chinês. É uma excelente porta de entrada para um mercado imen-

so de oportunidades”, salientou, a propósito, o vereador da Economia da autarquia, Augusto Lima. No âmbito da atividade Portugal Premium Experience estão ainda previstas mais quatro ações, uma a realizar em Portugal e outras três a realizar nos mercados do Japão, Coreia do Sul e China, levando representantes de empresas portuguesas a participar nos eventos organizados nesses países.

“O país tem que ser mais parecido com o Norte e tem de olhar para o trabalho excecional que muitos municípios desta região, como é o caso de Vila Nova de Famalicão, têm feito na área do empreendedorismo, competitividade e inovação”. A convicção é do professor de Economia da Universidade do Minho, Fernando Alexandre, um dos oradores convidados do 4.º Fórum Económico de Famalicão que decorreu na Casa das Artes a 25 de outubro. O docente falava na apresentação do estudo “Do Made IN ao Created IN”, da Fundação Francisco Manuel dos Santos, que não só produz um diagnóstico rigoroso da economia portuguesa nas últimas décadas, como também aponta um futuro para o país e para a sua economia. Futuro esse que, defende o econo-

mista, deve basear-se na criação de condições para a transição do paradigma made in para o paradigma created in, baseado no conhecimento e nas qualificações, e onde a inovação ocupa um lugar central no processo de criação de riqueza. Fernando Alexandre falava depois das intervenções iniciais que marcaram o arranque da iniciativa, que arrancou com intervenção do presidente da autarquia, Mário Passos, que enalteceu a forte dinâmica do concelho e o “enorme contributo” que o projeto Made IN e os agentes económicos do concelho têm prestado a este propósito, mas, acrescenta, “agora é tempo de darmos um novo impulso”. “Estamos, cada vez mais, a fazer a passagem de um município produtor para um município também criador. Criador de va-

lor acrescentado, tanto ao nível de produtos e processos, como de qualificação de recursos humanos (…) Estamos orgulhosos do contributo que damos para a economia nacional, mas queremos ser também um agente de mudança. Para mais valor, para um novo paradigma produtivo e industrial, mais amigo das pessoas e do ambiente”, referiu o edil. A iniciativa juntou ainda à conversa os empresários Raquel Vieira de Castro e João Koehler, o diretor do CITEVE, Braz Costa, e o presidente da Fundação José Neves, Carlos Oliveira. O 4.º Fórum Económico de Famalicão terminou com um depoimento da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, que apontou o concelho famalicense como um bom exemplo na captação de fundos comunitários.

Vieira de Castro foi uma das empresas visitadas pelos empresários

Famalicão apontou o caminho para o futuro da indústria nacional

A retalhista Mercadona vai aumentar em 11% o salário de entrada dos trabalhadores em Portugal. A partir de janeiro de 2023, o vencimento mínimo auferido por um funcionário será de 1034 euros brutos mensais, o que representa uma diferença de 147 euros em relação ao salário mínimo nacional (com duodécimos incluídos). Além deste aumento, os colaboradores beneficiam da política de progressão salarial da em-

presa: um aumento de 11% anual que permite atingir um salário no valor de 1414 euros brutos mensais (com duodécimos) num máximo de quatro anos de antiguidade. Adicionalmente, recebem também um prémio anual por objetivos que corresponde a um salário extra, nos primeiros quatro anos, e dois salários extra nos anos seguintes. Segundo Hugo Pilar, responsável de Benefícios e Compensações em Portugal, "a Mercadona pretende continuar a crescer em Portugal e o objetivo é promover condições laborais competitivas, tanto a nível económico como na conciliação ou no desenvolvimento profissional". "Para poder oferecer um serviço de excelência ao cliente, a empresa tem de contar com recursos humanos de qualidade, o que implica investir nas pessoas e oferecer condições que as satisfaçam e motivem para realizar o seu trabalho da melhor forma possível".

Simulacro mobilizou mais de 200 operacionais

Exercício à escala distrital decorreu na Continental M abor

O alerta foi dado cerca 09h30 de sábado, 29 de outubro, e dava conta de um incêndio no armazém de produtos químicos da Continental Mabor, em Lousado, que formou uma nuvem de fumo tóxico. Para o local, foram de imediato mobilizados vários meios de socorro e proteção civil e chegaram a ser mais de 200 operacionais a atuar. A nuvem estendeu-se por cerca de 300 metros e deste incidente resulta-

ram 12 feridos graves e oito ligeiros, encaminhados para unidades hospitalares. Houve ainda oito pessoas assistidas no local e dez desalojados. Apesar da grande mobilização, o teatro de operações não passou de um simulacro à escala real, que visou testar os meios a nível distrital. Foram mobilizados bombeiros das corporações de Vila Nova de Famalicão de concelhos limítrofes e do distrito de Braga.


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