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JORNAL DO AVE 3 DE novembro DE 2022
Atualidade
Com um ano de atraso, Famalicão inaugura novo centro urbano com concertos de Calema e Sara Correia // VN Famalicão
Mais de um ano depois do esperado, as obras do centro urbano de Vila Nova de Famalicão vão ser inauguradas. A empreitada, que no global custou cerca de nove milhões de euros - um milhão a mais do que o inicialmente previsto – é o maior investimento feito pela Câmara Municipal na requalificação de um espaço público.
Quando foi anunciada, em outubro de 2020, a previsão da autarquia era de que a obra acabasse um ano depois, mas a verdade é que os trabalhos foram sofrendo sucessivos atrasos e levando a alguma insatisfação da população e comerciantes, confrontados com alguns constrangimentos na circulação pedonal e rodoviária. O processo teve, finalmente, conclusão e, agora, a Câmara Municipal quer é festejar junto dos famalicenses, tendo preparado, para o efeito, dois dias com várias atividades culturais. O ponto alto será o concerto dos Calema, na noite de 12 de novembro, pelas 21h30, na Praça
D. Maria II, depois de um programa que incluirá animação de rua, de manhã e à tarde, a inauguração do restauro dos painéis de azulejos da Fundação Cupertino de Miranda (15h00), uma sessão showcooking com a AESACADEMY (16h00), na Praceta Cupertino de Miranda, e um espetáculo de comunidade com Ondamarela (19h00), na Praça-Mercado. No domingo, 13 de novembro, é feita a inauguração oficial do novo centro urbano, pelas 15h00, na Praça D. Maria II e Praça Mouzinho de Albuquerque, seguindo-se o concerto da fadista Sara Correia. Às 18h00, à festa de S. Martinho na Praça Cupertino de Miranda, e meia hora depois o espaço é animado pela Banda de Música de Famalicão. Também neste dia há animação de rua, de manhã e à tarde. “Com esta festa vamos mostrar a potencialidade do novo espaço ao nível da realização de eventos e refletir aquilo que preconizamos para o novo centro urbano, com vida e animação cons-
quarteirão urbano localizado entre as praças D. Maria II e Mouzinho de Albuquerque e ruas adjacentes, dotando-as de zonas sociais e, simultaneamente, de mais espaços para peões e para os modos de transporte suaves. O objetivo foi tirar protagonismo aos carros, dedicando-lhes, porém, algum espaço para circularem e mantendo as zonas de estacionamento. Segundo a autarquia, de-
pois da abertura do parque coberto da Casa das Artes, em janeiro, a cidade ficou com cerca de 1800 lugares de estacionamento disponíveis, onde se inclui a Praça D. Maria II (107 lugares), o Campo Mouzinho de Albuquerque (184 lugares), o Parque do Campo da Feira (800 lugares), exceto à quarta-feira, e o Parque da Devesa, junto à Central de Camionagem (347 lugares).
A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão tem 62 milhões de euros para investir durante seis anos na melhoria do parque habitacional do concelho. A autarquia liderada por Mário Passos celebrou um acordo de colaboração com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), a 27 de outubro, que vai permitir melhorar as condições de habitabilidade de mais de 800 agregados familiares do concelho, no âmbito do Programa de Apoio ao Acesso à Habitação – 1.º Direito. O apoio permitirá financiar, a cem por cento, soluções de habitação para 2947 pessoas, que não têm capacidade financeira para suportar o custo do acesso a uma habitação adequada e que estão já sinalizadas no diagnóstico da Estratégia Local de Ha-
ção de agora” e apontou o exemplo de sucesso de um programa municipal. “No total, o Casa Feliz já significou um investimento superior a três milhões de euros e beneficiou perto de dois mil agregados familiares, tanto com obras em imóveis degradados, como no pagamento das rendas a agregados com carência económica”, revelou. O autarca referiu ainda que a autarquia está a tirar o “maior partido possível” das janelas de oportunidade abertas tanto a nível nacional como europeu para dar uma resposta às necessidades dos famalicenses. “A habitaVerba será executada em seis anos ção é condição essencial para a bitação como potenciais candi- marcante” em matéria de habi- qualidade de vida das pessoas e datos ao 1.º Direito. tação, elogiando a estratégia lo- o protocolo que firmamos hoje A presidente do IHRU, Isa- cal adotada. não é a solução para todos os bel Dias, apontou Vila Nova de Mário Passos lembrou que o problemas, mas é a solução para Famalicão como um “exemplo dossier “não é uma preocupa- muitos problemas e isso tem um
valor incalculável”, acrescentou. Refira-se que destes 62 milhões de investimento previsto, cerca de 31 são financiados pelo IHRU sob a forma de comparticipações financeiras não reembolsáveis. O restante é suportado pela autarquia - 24 milhões a título de empréstimo bonificado pelo IHRU e 7 milhões com capitais próprios. Recorde-se que o Programa de Apoio ao Acesso à Habitação – 1.º Direito foi criado em 2018 pelo Governo. O arrendamento de habitações para subarrendamento, a reabilitação de frações ou de prédios, a construção de prédios ou empreendimentos habitacionais e a aquisição de frações ou prédios para destinar à habitação são as várias soluções disponíveis no âmbito deste programa de apoio.
Calema atuam na noite de 12 de novembro
tantes, baseada numa programação eclética e mobilizadora”, referiu, a propósito, o presidente da Câmara Municipal, Mário Passos. Sob o mote “Um novo Centro. Uma Nova Cidade”, as obras arrancaram a 19 de outubro, rumo a fazer de Vila Nova de Famalicão uma “cidade mais amiga das pessoas, do ambiente e do comércio de proximidade”. A empreitada abrangeu todo o
Famalicão investe 62 milhões no Programa de Apoio ao Acesso à Habitação