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www.JORNALDOAVE.pt 3 de fevereiro de 2022 JORNAL DO AVE 3

AtuAlidAde

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// Santo Tirso

Canil regista recorde de adoções em 2021

Segundo a autarquia de Santo Tirso, durante o ano de 2021, foram adotados no Canil/Gatil Municipal 338 cães e 486 gatos. Desde que entrou em funcionamento, em 2018, os números relativos à adoção no Canil/Gatil Municipal têm vindo a crescer e o mesmo acontece com as esterilizações.

Os números foram apresentados pela Câmara Municipal, que se regozija pela subida considerável de adoções. “Mais de 800 animais foram adotados em 2021 no Canil/ Gatil Municipal de Santo Tirso durante o ano 2021, número que se fixou nos 430 em 2020. Os números são ainda mais claros quando se trata de esterilizações. Em 2021, foram esterilizados 1250 animais, mais 655 do que em 2020”, revelou a edilidade, em nota informativa.

Para Alberto Costa, presidente da autarquia, “a evolução do número de adoções e a aposta do Município na esterilização é algo que deixa todos orgulhosos do

Mais de 800 aniMais foraM adotados o ano passado

trabalho que tem sido desenvolvido em prol do bem-estar animal”. O autarca destacou ainda que “dos 1250 animais esterilizados, cerca de 600 foram ao abrigo do Programa CED – Capturar, Esterilizar e Devolver –, que permite a esterilização de gatos de rua mediante a captura dos animais nas próprias colónias, sendo, depois, devolvidos ao mesmo local”. “O que nós pretendemos é, por um lado, sensibilizar a população para a questão da adoção consciente e para o não abandono. Adotar animais e, posteriormente, devolvê-los é um ato que queremos combater, por deixar neles marcas profundas”, refere Alberto Costa.

Por outro lado, acrescenta, “queremos diminuir o número de animais a circular nas ruas sem controlo”. Daí que, adianta o autarca, “esterilizar é algo necessário e prioritário”.

A tendência de crescimento das adoções verifica-se, de resto, desde a abertura do Canil, com um especial aumento a partir de 2019.

“De 2019 para 2020 o número de animais adotados no Canil cresceu 116 por cento, tendo o ano terminado com um total de 430 adoções. Já em período de pandemia, os números voltaram a disparar. De 14 de março de 2020 a 14 de junho de 2021, 302 cães e 389 gatos encontraram famílias”, revelou a autarquia.

O Município tem apregoado a dinamização de políticas que “garantam não só o controlo da população de animais errantes, mas também a sua saúde e bem-estar”. “Recorde-se que, já em 2020, Santo Tirso foi o município do País com maior investimento em esterilização de animais, entre um total de 150 autarquias que aderiram à campanha promovida pela Direção-Geral de Alimentação Veterinária (DGAV), esterilizando, à data, um total de 423 animais”.

A aposta na melhoria das condições do canil tem sido, também, segundo o executivo municipal, “uma prioridade”. “As instalações já eram boas, mas temos tentado melhorá-las, de modo a garantir que sejam acolhidos mais animais e que os espaços onde se encontram sejam adequados às suas necessidades, para que possam ter espaço para correr e brincar em segurança”, explicou Alberto Costa.

Está prevista, para “breve”, a ampliação das instalações do Canil/Gatil Municipal, com o objetivo de “duplicar a capacidade e criar novas valências”.

Escultor Carlos Nogueira doa peça a Santo Tirso

O escultor Carlos Nogueira, um dos mais conceituados artistas portugueses da atualidade, doou ao Município de Santo Tirso a escultura “casa com esquina. a céu aberto”, que passa a ser a mais recente incorporação do acervo do Museu Internacional de Escultura Contemporânea.

A obra – uma escultura de interior – é composta por madeira, metal e vidro, que são alguns dos materiais preferidos de Carlos Nogueira, com recurso à luz, também presente em muitos dos seus trabalhos.

Esta escultura será exposta, pela primeira vez, na Capela do Senhor dos Passos, em Santo Tirso, após a Páscoa, em data ainda a definir.

Carlos Nogueira revela que “esta doação é uma forma de reconhecimento do trabalho, empenho e cuidado que só alguns, como o Museu Internacional de Escultura Contemporânea, sabem ter”.

“As coisas só devem estar em mãos certas e eu, no que me diz respeito, acho que o Museu de Escultura de Santo Tirso sabe ter e cuidar das coisas”, acrescenta.

Esta passa, assim, a ser a terceira obra de Carlos Nogueira em Santo Tirso, depois de “casa comprida com árvore dentro”, de 2012, e de “casa comprida com luz”, de 2016.

Segundo o próprio escultor, “casa com esquina. a céu aberto” está “absolutamente interligada” com as duas obras anteriores, refletindo acerca da mesma temática – a casa – e explorando a relação entre construção e memória.

Carlos Nogueira é um dos mais notáveis artistas contemporâneos, com uma criação interdisciplinar e de intransigente rigor estéticos e ético, que permanecerá como uma referência incontornável na História da Arte portuguesa.

Encontra-se representado internacionalmente e em todas as coleções e instituições nacionais de relevo no âmbito da arte contemporânea, merecendo também destaque o seu significativo acervo de escultura pública em Portugal e no estrangeiro.

Para o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa, “a oferta de mais esta escultura é um importante ato de filantropia, que constitui um motivo de grande orgulho por se tratar do reconhecimento do trabalho desenvolvido pelo Museu Internacional de Escultura Contemporânea”. “Podermos contar com mais uma obra de um autor tão notável como Carlos Nogueira, a quem manifesto um profundo agradecimento, dá-nos a motivação para continuarmos a trabalhar no sentido de mantermos Santo Tirso como cidade de referência da arte contemporânea, a nível nacional e internacional”, acrescenta.

“casa coM esquina. a céu aberto” é a escultura Mais recente do Museu internacional de escultura conteMporânea

4JORNAL DO AVE 3 DE fEvErEiro DE 2022 www.JORNALDOAVE.pt

AtuAlidAde

// Vila Nova de Famalicão

Loja do Cidadão com mais de 50 mil atendimentos em meio ano

Loja do Cidadão entrou em funCionamento a 26 de juLho

Nos primeiros seis meses de vida, a Loja do Cidadão de Vila Nova de Famalicão realizou mais de 56 mil atendimentos, numa média diária de 624 utentes. O espaço, que agrega o IRN - Instituto dos Registos e Notariado (Registo Civil, Registo Predial, Comercial e Automóvel), a Autoridade Tributária e Aduaneira (Finanças), a Segurança Social, o Espaço do Cidadão e o Balcão Único do Prédio, foi inaugurado a 26 de julho, depois de várias anos de reivindicação por parte da autarquia e da própria sociedade civil.

A sua abertura veio melhorar significativamente a qualidade do serviço público prestado em Vila Nova de Famalicão, sobretudo dos serviços da competência do Estado, que obrigavam a longos períodos de espera dos cidadãos em condições de grande desconforto, nomeadamente, ao ar livre e sem equipamentos de apoio. O Registo Civil e a Segurança Social eram os casos mais notados.

A concretização do equipamento, numa zona central da cidade famalicense, apenas foi possível através da celebração de um protocolo de colaboração entre a Agência para a Modernização Administrativa (AMA), o Município de Vila Nova de Famalicão, o Instituto dos Registos e Notariado IP, a Autoridade Tributária e Aduaneira e o Instituto da Segurança Social IP, no qual a Câmara Municipal assumiu as despesas afetas à cedência, manutenção e logística do espaço.

“Houve uma melhoria enorme, relativamente ao que existia no passado”, destaca o presidente da Câmara Municipal, Mário Passos, que faz um balanço “muito positivo” destes seis meses.

Ciente da necessidade de melhorar a eficiência de alguns serviços tutelados pela Administração Central, o edil realça que insistirá “de forma persistente e determinada, junto das entidades competentes, para que façam chegar mais recursos, nomeadamente, humanos, por forma a colmatar a ausência de pessoal, fator que inibe a eficiência deste serviço”.

Refira-se que os serviços públicos a que os utentes mais recorreram, nestes seis meses de existência da Loja do Cidadão, foram a Segurança Social, as Finanças e o Instituto dos Registos e Notariado, por esta ordem de afluência.

A Loja do Cidadão encontra-se localizada no Centro Comercial D. Sancho I - antiga superfície comercial “Inô” -, localizado na Rua António Carvalho Faria. Apesar da autarquia ter solicitado ao Governo a prestação de um horário de atendimento alargado, o horário homologado acabou por ser nos dias úteis, das 9h00 às 16h30, sendo que a loja encerra aos sábados.

HumanitAVE envia contentor para a Guiné-Bissau

A organização de ajuda humanitária de Vila Nova de Famalicão, HumanitAVE, enviou, recentemente, um contentor “recheado de material para os diversos projetos que estão a ser desenvolvidos” na Guiné-Bissau.

O carregamento dos bens foi feito a 22 de janeiro, num ambiente de “calor humano” dos voluntários. “Um verdadeiro trabalho de equipa e espírito solidário que permitiu carregar o contentor em tempo recorde. Missão cumprida”, descreveu a organização.

Famalicão mais uma vez sem Carnaval

À semelhança das grandes festas de Carnaval do país, Vila Nova de Famalicão também não vai assinalar o Entrudo com a tradicional festa na noite de 28 de fevereiro para 1 de março. Aquela que é uma das maiores manifestações carnavalescas do país, que todos os anos atrai milhares de foliões até à cidade, não vai realizar-se em 2022, por decisão da autarquia famalicense, suportada nos pareceres das entidades de saúde, no contexto da pandemia da Covid-19.

O presidente da Câmara Municipal, Mário Passos, fala numa decisão que “deixa alguma mágoa, porque, mais uma vez, não vai ser realizado um dos grandes cartazes turísticos de Vila Nova de Famalicão, mas a decisão impõe-se como absolutamente necessária para proteção da saúde das pessoas”.

Refira-se que o Carnaval de Famalicão sempre se afirmou como único e genuíno, nascendo da participação espontânea da população. O evento, que começou nos anos 80 com um grupo de foliões famalicenses, não parou mais de crescer e tornou-se um fenómeno nacional. Os bares e cafés juntaram-se à festa com os seus DJ e a autarquia famalicense sempre deu todo o apoio logístico e decorativo, vestindo as ruas a rigor e promovendo um programa musical.

Esta será a segunda vez consecutiva que a noite de Carnaval será cancelada depois de mais de 40 anos de folia genuína.

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