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Começa a festa do
agronegócio
Caderno especial
29, 30 e 31 de agosto de 2014
FERNANDO DIAS/DIVULGAÇÃO/JC
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Caderno especial 29, 30 e 31 de agosto de 2014
A FEIRA
MARCOS NAGELSTEIN/JC
Com chuva ou sem chuva, é tempo de fazer negócios
Agricultura familiar é destaque em Esteio A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) decretou 2014 como o ano da Aggricultura Familiar. A 37ª ediçção da Exp pointer é,, portanto, especial para o setor, que conta com uma área exclusiva pela 16ª vez. De acordo com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), o faturamento deve ter crescimento de 10% em relação ao ano passado, quando foi de R$ 1,5 milhão. Serão cerca de 200 expositores de todo o Estado, sendo que 40 deles participam pela primeira vez da feira. “É uma oportunidade única de mostrar a produção e buscar novos conhecimentos, divulgando e trocando experiências com os consumidores e os próprios expositores. O cenário atual, com o parque mais aberto, vai trazer mais circulação e, consequentemente, mais renda”, projeta o assessor de Política Agrícola e Agroindústrias da Fetag, Jocimar Rabaioli. Os estandes se destacam pela diversidade de produtos, como agroindústrias, legumes, aipim, geleias, massas caseiras, açúcar mascavo, salames, queijos, entre outros. A novidade fica por conta da participação de produtores de filé de pescado. Além disso, por meio dos sindicatos, a Fetag organizou excursões para garantir a visita de mais de 10 mil agricultores ao evento. Rabaioli ressalta ainda o espaço exclusivo dedicado aos alimentos orgânicos, com objetivo de fomentar esse modelo de cultivo e sua transição a partir da cultura convencional. A área terá uma comunicação visual diferenciada, para 14 expositores certificados. “É um setor que tem contribuído muito para o desenvolvimento da economia gaúcha, garantido o crescimento comunitário dos nossos municípios e agregando valor a produção”, afirma. Antiga reivindicação da Fetag, o novo pavilhão para a Agricultura Familiar não ficará pronto. A empresa responsável pela obra não cumpriu os prazos estabelecidos, e o contrato foi rescindido pelo governo do Estado. Com isso, uma nova licitação será lançada após a Expointer, de acordo com o subsecretário do Parque Assis Brasil, Adeli Sell.
Organizadores da maior mostra agropecuária do País esperam que a movimentação financeira iguale o resultado de 2013, quando o volume de negócios chegou aos R$ 3,3 bilhões
S
e o ano passado foi de comemoração pelo bom momento do agronegócio gaúcho, a 37ª edição da Expointer, que ocorre de 30 de agosto a 7 setembro, chega para reafirmar a sequência de safras positivas e consolidar o mercado de máquinas e implementos agrícolas. O objetivo é que a movimentação financeira, pelo menos, iguale o resultado de 2013, quando o volume de negócios chegou aos R$ 3,3 bilhões. Tudo isso, sem preocupações com a chuva. Depois dos estragos causados pelo mau tempo em anos anteriores, obras devem garantir proteção contra imprevistos. Afinal, mais uma vez, o Parque de Exposições Assis Brasil passou por melhorias. Cerca de R$ 12 milhões foram investidos no processo de modernização da infraestrutura pelo governo do Estado. Uma contenção provisória foi construída no arroio Esteio e
canalizações internas realizarão o escoamento da água da chuva. Estão prontos o novo camping, com 111 vagas e pontos de luz e água, e o lavatório para o gado de corte. Além disso, foram realizadas reformas nas partes elétricas e hidráulicas e pinturas de alguns espaços, como o pavilhão internacional, que, nesse ano, homenageia a Alemanha. A estruturação dos espaços seguirá por meio de parcerias público-privadas. Durante o evento, será lançado o edital para a construção de um hotel, do agroshopping, do centro de eventos e dos centros de tecnologia e educação, em uma área de 27 hectares. Como contrapartida, a empresa vencedora terá direito real de uso do solo por 25 anos. “Essas parcerias são essenciais para o futuro do parque. O Estado precisa ser o gestor, mas os empreendedores podem cap-
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tar os recursos”, defende o subsecretário do parque, Adeli Sell. Duas parcerias nesse formato, uma com o Simers e outra com a ABCCC vão somar mais R$ 60 milhões ao longo de oito anos. Inclusive, está prevista a construção do Museu de Agricultura e Pecuária, em cooperação com a Universidade de Passo Fundo (UPF). Nesse período, os investimentos devem passar dos R$ 280 milhões. Para facilitar o fluxo de veículos, até a abertura do evento, estará liberado o acesso secundário ligando a BR-448 - a Rodovia do Parque - à avenida Cezar Antônio Bettanin, desafogando o ingresso pela BR 116. Com objetivo de manter o local movimentado, a administração pretende abri-lo em todos os fins de semana. “Queremos promover a circulação durante todo o ano. Isso nos ajudará, durante a Expointer, a ba-
ter os recordes de público. Por outro lado, por meio de rodada de negócios, vamos incentivar pequenas, médias e grandes transações em todas as áreas, da agricultura familiar ao mais alto valor de um cavalo crioulo”, afirma Sell. Entre bovinos, ovinos, equinos, suínos, aves, caprinos, dentre outros, foram inscritos 4,9 mil animais, representando 35 raças. A redução de 12,3% em relação ao ano passado tem como principal justificativa os altos custos com logística e manutenção durante a feira. Segundo o coordenador do Serviço de Exposições e Feiras da Secretaria da Agricultura, Honório Franco, a Expointer “já vinha apresentando número menor de participações”. Dessa forma, teremos uma feira mais segura, sem problemas com a chuva, e com a qualidade se sobrepondo a quantidade.
Editor-chefe: Pedro Maciel | Secretário de Redação: Guilherme Kolling | Editor de Economia: Luiz Guimarães | Subeditores: Cristine Pires, Luciana Radicione, Luciane Medeiros e Marcelo Beledeli | Reportagem: Guilherme Daroit, Luiz Eduardo Kochhann, Marina Schmidt e Patrícia Comunello | Fotografia: Marcos Nagelstein | Projeto gráfico e diagramação: Luís Felipe Corullón | Revisão: André Fuzer, Daniela Florão, Luana Lima e Thiago Nestor | E-mail: economia@jornaldocomercio.com.br
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CRÉDITO
Se para a indústria e até para o varejo o clima não está tão favorável, no campo, as previsões das instituições financeiras indicam tempo bom para comprar. O que já virou rotina, com terceiro ano de oferta de linhas mais baratas e safra de grãos e pecuária em alta. Na Expointer de 2014, o portfólio de negócios inclui aporte de programas federais e estaduais para compra de tratores, colheitadeiras e pivôs de irrigação a crédito para adquirir animais. Com a reabertura de mercados para exportação de carne, bancos apostam que ventos soprarão também favoráveis para investimento na área. O que divide as instituições é a intensidade na busca por recursos, entre mais otimistas frente à edição de 2013 e as que enxergam um produtor mais seletivo e que manterá o nível de demanda do ano passado. Dirigentes e executivos dos bancos, cooperativa de crédito e instituições de fomento avaliam que há espaço para mais aquisições em segmentos com menor endividamento e outros que vão reforçar tecnologias. Banrisul, Sicredi e Badesul projetam altas entre 12% a 20% sobre contratos firmados na edição anterior. Banco do Brasil, detentor da maior carteira em crédito rural no País, assegura que há recursos para dar conta da demanda. O gerente de Mercado do Agronegócio da Superintendência Regional do BB no Estado, João Paulo Comerlato, cita que a leve baixa de preços das commodities não afetará os negócios. “O juro mais baixo das linhas e prazo de até 15 anos para pagar continuam
imbatíveis”, argumenta o gerente. O vice-presidente e diretor de crédito e Marketing do Banrisul, Guilherme Cassel, aponta em 20% a meta de expansão frente aos R$ 243 milhões de 2013. “Vamos sem limite de recursos”, anima-se, ressaltando a elevação da renda no campo e endividamento menor em alguns segmentos. Um dos setores que o banco quer elevar contratos é na irrigação que somou R$ 15 milhões em 2013. Irrigação é também aposta do Sicredi, que espera expandir em 12% o volume de repasses, que atingiu R$ 260 milhões na edição anterior, segundo o presidente da central, Orlando Müller. Ao contrário de Cassel, o dirigente avalia que preços menores afetam o ímpeto de compra e diz que dosar a euforia é recomendável. O Badesul vai com caixa recomposto, após limite de crédito em 2013 que contratou apenas R$ 79 milhões. O diretor de Operações, Participações e Inovação, Luís Felipe Maldaner, diz que há R$ 400 milhões para empréstimo, e que quase 800 clientes já têm crédito pré-aprovado. A Caixal, que estreou no crédito rural e na Expointer em 2013, aposta em um produto para aquisição de matrizes. O desafio será aprovar cadastro e limite de crédito ainda no evento. O superintendente em Porto Alegre, Ruben Pickrodt, explica que a linha usa recursos próprios e exige mais garantias. Ele avalia que a demanda seguirá o nível de 2013. O Bradesco informa que terá equipe 20% maior em Esteio e deve reforçar a ação nos estandes de fabricantes.
JOKA MADRUGA /AE/JC
Bancos esperam escalada por financiamentos
Bancos apostam em alta de até 20% nas contratações durante a feira
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CARNES
Abertura para Rússia e China desafia oferta
CIA AZUL/DIVULGAÇÃO/JC
Frigoríficos preparam exportação aos russos Cadeia pecuária acredita que o Brasil pode suprir metade da demanda mundial por proteína animal em 10 anos
PATRÍCIA COMUNELLO patriciacomunello@jornaldocomercio.com.br
O
Brasil pode responder por metade do abastecimento global de carne vermelha em 10 anos. Essa projeção, ante o avanço recente das vendas internacionais e da produção excedente, está na mesa de dirigentes de setores da cadeia pecuária nacional, da porteira ao frigorífico. O fluxo, que alcançou US$ 8 bilhões até julho e que surfa em preço no mercado mundial, com alta de 125% desde 2005 até julho deste ano (suíno soma 82%, e frango, 65%), pode ser maior ou menor dependendo de ajustes a exigências do destino e a controles rígidos sobre sanidade, previne o setor. O Estado tem desafios grandes. Levantamento da Fundação de Economia e Estatística (FEE) mostra que a divisa com exportação de carne bovina em 2013 representou a metade da fatura de 2008. Em suínos, também houve perda de terreno no mesmo nível, segundo dados elaborados pelo economista da FEE Guilherme Risco. O que sempre foi um pesadelo de tempos em tempos, as corriqueiras barreiras por alguma doença ou detecção de material não reconhecido no País, ganhou menor relevância na reativação do canal russo. Foram 27 plantas de abate autorizadas (sete no Estado), que ainda cumprem o passo a passo
para liberação interna e do país comprador. Mas o envio por unidades gaúchas deve começar ainda em setembro. A China deve demorar mais alguns meses, segundo projeção do Ministério da Agricultura. Em 2010, a venda aos russos representou para o Estado quase 30% da receita externa de carne bovina, maior fatia de 2008 a 2013. Depois disso, o comércio despencou e minguou, somando módicos US$ 165 mil em 2013. Liderança de segmentos de rebanhos apostam que a sanidade animal não é mais motivo para estragar o futuro promissor do produto nacional. O vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Gedeão Pereira, avalia que problemas com oferta de animais nos EUA e Argentina tornarão a carne brasileira, ainda mais a gaúcha, com sua fama e programas de certificação, mais cobiçada. O diretor do Programa Carne Angus Certificada, Reynaldo Salvador, cita que a oferta de carne de abate cresce 15% ao ano, são 300 mil bovinos anualmente (um terço no Estado), de 3 mil produtores (500 gaúchos). Salvador avalia que o País oferece condição sanitária para os mercados que reabrem, e opina que a vacinação da febre aftosa é importante diante da fronteira territorial. Também aponta avanços na ação de órgãos de controle. “A certificação é auditada, dá confiança. O Brasil tem de mostrar competência em
ajustar produtos aos mercados”, ressalta Salvador. O presidente da Associação Brasileira de Criadores de Zebu, Luiz Claudio Paranhos, aponta que há oferta de 2 milhões de toneladas ao ano para exportar, das 10 milhões produzidas. Paranhos destaca que a sanidade tem de ser questão de segurança nacional. O dirigente cobra mais investimento em inspetorias. “Não podemos correr nenhum risco de surgirem mais doenças”, adverte Paranhos. O adiamento de rastreabilidade, no caso do Estado, desponta como item a ser vencido para pisar com mais proteína em mercados exigentes, sinaliza a coordenadora da Câmara Setorial da Carne Bovina, Ana Suñe. Medidas como vacinação por brucelose e tuberculose bovina, que geraram questionamentos de produtores sobre a viabilidade da execução, são indicadas como teste, o que atenderia a quesitos de mercados como o russo. Francisco Turra, que dirige a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), aposta que os mais beneficiados com a reabertura russa e chinesa serão as carnes bovinas e suínas. Para a China, os embarques suínos sumiriam da pauta externa. Turra ressalta que a sanidade deve ser alvo de medidas permanentes e que o Rio Grande do Sul já foi muito prejudicado nesse quesito, citando o passado recente de retorno da febre aftosa.
Ainda em setembro, os primeiros cortes de dianteiro devem rumar à Rússia, a partir da planta do Frigorífico Silva, em Santa Maria. A emp presa,, com média diária de abates de 650 animais, também deve ser habilitada a fornecer para a China. O mercado russo, em pouco tempo, deve se firmar como maior cliente da grife gaúcha, que explora o nicho de carne de qualidade e tem 20% da produção colocada no exterior. O canal chinês, segundo o diretor comercial do Silva, Gabriel Silva, deve migrar da corrente de comércio que hoje alcança Hong Kong. “Os preços negociados para a Rússia ficam acima do mercado interno e da média externa”, assinala Silva. Sobre motivações a novos embargos, o setor industrial considera que o fator político e a questão comercial pesam mais que a razão sanitária. Mesmo assim, o diretor comercial da Conservas Oderich, Marcos Oderich, que aguarda sinal verde para retomar envio de carne enlatada à Rússia, sugere cautela para eliminar problemas que podem gerar prejuízos. Neste caso, leia-se nova suspensão. “Os russos muito facilmente rompem, com alegações técnicas e sanitárias”, descreve Oderich. O empresário cobra maior agilidade nas certificações que cabem ao governo brasileiro, após adaptações da planta exigidas em inspeções dos russos em 2013. “A China é outro cliente potencial, mas exige parceria comercial.” Plantas como a do Silva são uma das escassas unidades certificadas para atender ao mercado externo no Estado. Eram sete, mas uma das três, do Marfrig, a situada em Alegrete, foi desativada em agosto, dispensando 650 trabalhadores. A unidade seria ainda, segundo Ana Suñe, da Câmara da Pecuária no Estado, a única habilitada para servir a China. Para Ana, o fato, em meio à retomada da presença externa, é negativo. A coordenadora do órgão considera que a demora no rastreamento do rebanho, que permitiria atender mercados com maior exigência sobre controle desde produtor ao mercado e para servir cortes conforme o destino, pode ter ajudado na desativação. “Para uma planta exportadora, é fundamental o rastreamento”, assinala. Além disso, a chance de entrar em mais países europeus amenizaria limites na maior oferta de carcaça no Estado. O presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Estado (Sicadergs), Ronei Lauxen, concorda que a indefinição do modelo de rastreamento, que levou a recuos na tramitação da proposta na Assembleia Legislativa, atrasa os controles.
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GRÃOS
Safra mundial reduz preços ao produtor luiz@jornaldocomercio.com.br
Um dos principais balizadores da comercialização de grãos no mercado internacional, a safra norte-americana deve ser recorde. Ao mesmo tempo, a produção brasileira segue crescendo. Nos Estados Unidos, consultores trabalham com a possibilidade de 370 milhões e 106 milhões de toneladas de milhões e de soja, respectivamente, dois números sem precedentes. No Brasil, em relação ao primeiro, mesmo com retração entre 6 e 10% na área plantada de verão, a expectativa é de produção igual ou melhor do que a de 2013; o segundo, por sua vez, pode atingir 94,45 milhões de toneladas, muito acima dos 86,6 milhões de 2013/2014. Somando os dois casos, o resultado é simples: tendência de queda nos preços. Os valores em Chicago, referência mundial em commodities, exemplificam a situação: o milho abaixo dos US$ 4,00 e o trigo menos de US$ 5,50 por bushel. A soja se mantém no patamar de US$ 10,00, mas o valor ainda não reflete plenamente o potencial de retração, afirma o analista da consultoria Safras & Mercado, Paulo Molinari. “O mercado já está precificando a recomposição de oferta e estoques. Daqui para frente, precisaremos de um grande fato novo ou muita demanda para recompor os preços”, diz. E nem mesmo a forte demanda chinesa, com expectativa, para 2015, de 73 milhões de toneladas em importações, 4 milhões acima de 2014, conseguirá segurar os valores dos grãos em patamares tão favoráveis ao produtor como nos últimos quatro anos. “Os estoques de 2013 para 2014 eram muito baixos e qualquer demanda impulsionava os preços. Agora, para 2015, os estoques estarão recuperados e, mesmo com uma boa demanda da China, haverá oferta disponível”, explica Pedro Dejneka, sócio-diretor da AGR Brasil, empresa do grupo AgResource, com base em Chicago. Mesmo assim, o cenário não é desanimador para a rentabilidade do produtor brasileiro. O milho, mesmo com área plantada menor, deve ter incremento na produtividade devido às condições climáticas; enquanto a safra de soja deve bater recorde. “Níveis de prêmio e câmbio são também importantíssimos para a formação regional de preços”, lembra Dejneka, ao avaliar a situação nacional. Molinari ressalta que “teremos um ano de níveis mais próximos à média e teremos que passar por este período até que novos indicadores ajudem ou a demanda esvazie. O câmbio, o clima e a demanda podem oferecer situações mais favoráveis ao produtor”, destaca. Nesse cenário, o agronegócio gaúcho
tem certa vantagem em relação ao Centro-Oeste. “A vantagem dos estados do Sul é de que estão mais próximos ao porto. No caso da soja, isso faz muita diferença. O milho, por sua vez, tem a demanda regional interna como ponto de absorção e até deslocamento dos preços externos”, afirma Molinari. Inclusive, a Metade Sul do Estado, onde os altos preços garantiam a vantagem de plantar em solo menos favorável, a produção deve se manter estável. “A Metade Sul gaúcha continuará a política atual, principalmente porque ainda terá rentabilidade positiva e a rotação ajuda as culturas”, projeta o analista da Capital Corretora, Farias Toigo. De maneira geral, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê alta de 2,6% na safra de grãos, alcançando as 193,47 milhões de toneladas em 2014/2015. No Rio Grande do Sul, a variação positiva deve ser de 2,3%, acima das 30,3 milhões de toneladas. Além da projeção de alta de 6,2% para o milho, a expectativa é de que o arroz e a soja cresçam 2,3% e 27%, respectivamente. Apesar do bom desempenho em nível nacional, com produção de 35,7% maior, o trigo pode apresentar oscilação negativa de 4,5% devido à diminuição da produtividade.
Quem comemora a queda no preço dos grãos, especialmente do milho e da soja, são os produtores de carne e leite. As associações dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), dos Criadores de Gado Holandês (Gadolando) e a Gaúcha de Avicultura (Asgav) confirmam o reflexo nos custos de produção devido à ração mais barata. “O preço do milho e do farelo de soja já estão menores do que estavam no ano passado, nesta mesma época. Consequentemente, a expectativa é de que teremos uma margem de lucratividade melhor na venda de suínos”, destaca o presidente da Acsurs, Valdecir Folador. De acordo com Folador, o produtor tem pago, em média, um real a menos pela saca de milho, por exemplo. “Não parece tão significativo, mas a suinocultura gaúcha necessita de 1,8 milhões de toneladas de milho para sustentar seu plantel de animais no período de um ano”, explica. No caso do leite, o presidente da Gadolando, Marcos Tang, destaca que, muitas vezes, o preço da ração concentrada “é exagerado”. “A situação anda muito desproporcional, porque estamos pagando mais por um quilo de concentrado de milho e soja do que nos pagam por um litro de leite”, reclama. Para Tang, o ideal seria que essa razão fosse de 60%. “O que estamos projetando é que o milho certamente não vai subir, talvez até baixe, o que é positivo, pois podemos produzir a um custo mais viável e nos dá a perspectiva de melhor rentabilidade”. As entidades, entretanto, defendem um equilíbrio nos preços, temendo que uma queda demasiada nos valores afete negativamente o ânimo dos produtores de grãos, o que traria prejuízos a longo prazo para a cadeia como um todo. “Não queremos que o preço caia de forma exagerada, pois isso desestimula o produtor a continuar investindo e plantando, o que acarretaria um aumento significativo em outras safra. Não adianta ganhar agora e devolver tudo em outras safras, como aconteceu em outros anos com escassez de produto no mercado interno”, pondera Folador.
MARCO QUINTANA/JC
LUIZ EDUARDO KOCHHANN
Momento é favorável aos setores de carne e leite
Marcos Tang, presidente da Gadolando, destaca que o preço alto da ração, muitas vezes, inviabiliza os ganhos do produtor rural
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MÁQUINAS
PEDRO REVILLION/PALÁCIO PIRATINI/JC
Setor de irrigação cresceu após perdas com estiagem
Períodos de baixas precipitações pluviométricas evidenciam a importância de investir em programas de proteção à safra
A
última grande estiagem enfrentada pelos produtores rurais do Estado, em 2012, acendeu o alerta para a importância dos projetos de irrigação. Foi em 2012, também, que o governo gaúcho lançou o programa Mais Água Mais Renda, vinculado à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócios (Seapa). O reflexo da ação e do empenho dos agricultores gerou efeito não só sobre a safra, mas também respingou no setor de máquinas e implementos agrícolas. “Vemos que a irrigação evolui em momentos de dificuldades, como foi a estiagem”, pontua o coordenador da Divisão Técnica do Senar Rio Grande do Sul, João Telles. Ele defende que o cenário ideal é que em todo o País os produtores tenham 30% da área irrigada, independentemente da cultura. Por isso, Telles vê com bons olhos os programas de fomento. “O governo constatou que o PIB, depois das estiagens, foi negativo pela falta de produção”, justifica, lembrando que o risco não é só de prejuízos individuais, mas afeta toda a economia.
O coordenador do Senar-RS acrescenta que “historicamente, os gargalos que emperram projetos de irrigação são as licenças ambientais, energia elétrica e crédito”. Hoje, as facilidades para conquista de maquinários por parte dos proprietários é maior. Nesse sentido, a proposta do programa Mais Água, Mais Renda traz contribuição tanto para subvenção quanto para a desburocratização de projetos. Desde 2012, o Estado ampliou a área irrigada para 170 mil hectares. O programa estadual responde pelo incentivo a 81 mil hectares desse total, comenta o secretário-adjunto da Agricultura, Aureo Mesquita. “Têm chegado muitos projetos na Secretaria da Agricultura. Já ultrapassamos 1,5 mil projetos e mais de 3 mil solicitações de adesão ao programa desde 2012”, afirma. Isso quer dizer que há ainda um número considerável de processos a serem liberados pela pasta, sustenta. Empresários do ramo de equipamentos para irrigação comemoram: “Podemos dizer que 60% das nossas vendas vêm do Mais Água Mais Renda”, contabiliza Sigfried Qwast, diretor-
-presidente do Grupo Fockink. A companhia atua há 60 anos no ramo de equipamentos agrícolas e pretende consolidar a mais nova solução desenvolvida para irrigação durante a 37ª Expointer. “Temos um pacote tecnológico que chamamos de supremo, que aumenta a eficiência, com redução de despesas, além de ter um menor custo de manutenção.” O pacote supremo já está no mercado, com crescimento nas taxas de vendas de 5%, quando foi lançado há seis meses, para atuais 15%. Com as apresentações na Expointer, o grupo projeta fazer com que o equipamento contabilize 50% de todas as vendas efetuadas. As expectativas são elevadas tanto em função da novidade quanto em razão das melhores perspectivas para a empresa na feira neste ano. No ano passado, o estande da Fockink ficou debaixo d’água com a inundação do parque. “Mesmo assim, improvisamos e batemos recorde de vendas. Neste ano não vai ter mais problema de inundação, porque tem barragem. Portanto, esperamos superar as vendas do ano passado, que já foi espetacular.”
Comercialização de equipamentos deve ser menor O setor de máquinas agrícolas fechará o ano com retração de 10% a 12%, aponta o presidente do Sindicato de Máquinas de Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul (Simers), Claudio Bier. “O principal fator a influenciar esse cenário resulta da queda das exportações para a Argentina, o terceiro maior produtor de grãos do mundo”, pontua. Bier lembra que a balança comercial entre os dois países, já prejudicada por questões de fronteira, vive um momento ruim com o agravamento da crise econômica no país vizinho. “A Argentina sempre foi um grande parceiro do nosso setor e é difícil compensar agora.” A base de comparação também impacta nas perspectivas para este ano. Bier esclarece que os resultados de 2013 foram excepcionais, graças à grande safra, bons preços e juros reduzidos. “É uma situação que dificilmente vai se repetir. As condições agora não são tão favoráveis.” De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em 2013, as vendas internas de máquinas agrícolas no atacado totalizaram mais de 83 mil unidades, alta de 18,4% sobre 2012. As exportações alcançaram 15,61 mil máquinas agrícolas em 2013, queda de 7,7% sobre 2012 (porém, com elevação de 23,2% em valores, totalizando US$ 3,553 bilhões). Se chegar aos mesmos resultados globais é difícil, o mesmo não pode ser dito sobre a 37ª edição da Expointer. “Temos a esperança e o desejo de fechar com os mesmos números do ano passado”, incita. A comparação também é elevada. Em 2013, a feira foi encerrada com perspectiva de negócios da ordem de R$ 3,27 bilhões. “Tenho esperança de repetir os números do ano passado em função das inovações, já que os lançamentos são feitos na Expointer, que é a grande feira do segundo semestre.” A feira gaúcha é uma vitrine já consagrada no lançamento de equipamentos. “A Expointer é nossa oportunidade de encontro com clientes, revendedores e fornecedores no segundo semestre, afinal é a única feira realmente expressiva nesse período para o nosso meio”, comenta Assis Strasser, presidente da GTS do Brasil, que lança, nesta edição, a carreta Upgrain Four in One. O equipamento consegue fazer quatro operações, explica Jonathan Fernandes, coordenador de Marketing da marca. As ações realizadas pela máquina são de coleta de grãos comerciais, coleta de sementes, abastecimento com fertilizantes e abastecimento com sementes. “Hoje, a tendência é otimizar a produção com equipamentos que conseguem realizar operações diversas”, comenta Fernandes. O coordenador de marketing prevê que a aceitação da máquina na feira será significativa em virtude da inovação proposta. “É um equipamento intuitivo quanto ao uso, porém ele quebra o paradigma de que uma graneleira tradicional não pode receber sementes.”
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LEITE
JOÃO MATTOS/JC
Fiscalização ainda é gargalo no combate às fraudes na cadeia
Maior aprimoramento de todo o segmento depende de número superior de fiscais agropecuários atuando junto às indústrias
MARINA SCHMIDT marina@jornaldocomercio.com.br
A
qualidade do leite gaúcho tem sido colocada em questionamento há pelo menos 18 meses, quando tiveram início as operações conjuntas entre o Ministério Público do Estado e órgãos de fiscalização estadual e federal para coibir práticas de adulteração. Desde maio de 2013, quando foi divulgada a ação de fraudadores que adicionavam água e ureia ao leite cru entregue às indústrias, o argumento principal a favor do setor é o de que as ações têm contribuído para a melhoria da qualidade dos produtos lácteos no Rio Grande do Sul, apesar da desconfiança dos consumidores, que, em um movimento natural, passaram a escolher a marca consumida observando, preferencialmente, o envolvimento ou não nas operações de fiscalização. Fato é que a cada nova operação (já foram seis até agora) as dúvidas reacendem, sendo aplacadas com a justificativa de que, se os casos estão vindo à tona, é porque há
um trabalho intenso de fiscalização sendo realizado. E quem está vinculado à cadeia leiteira e às investigações não confronta esse argumento. “O leite gaúcho é com certeza o mais fiscalizado entre todos os estados brasileiros e, talvez, seja o de maior qualidade”, comenta o assessor de Política Agrícola da Fetag, Airton Hochscheid. Para ele, o recrudescimento das inspeções é positivo. “A fiscalização precisa ser cada vez mais aprimorada. Independentemente de quem frauda leite, deve ser excluído da cadeia”, diz. A ampliação da fiscalização não é uma necessidade apontada apenas por ele, mas os próprios promotores que conduzem as operações de investigação reforçam que é preciso aumentar o número de fiscais. Com uma produção de 11 milhões de litros por dia, Estado possui mais de 170 laticínios. De acordo com a Superintendência Regional do Ministério da Agricultura, 70 fiscais federais inspecionam 118 estabelecimentos, outros 58 são de fiscalizados por 36 fiscais estaduais. E há, ainda, um número menor de laticínios municipais, que ficam
sob responsabilidade das inspeções locais. Observando os números, é possível identificar que parte dos fiscais tenha que inspecionar mais de uma empresa. E, na prática, é isso o que acontece, de fato, pelo menos na inspeção estadual. Incrementada do ano passado para cá, a fiscalização realizada pela equipe vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa) foi direcionada para as funções de fiscalização recentemente. O diretor do Departamento de Defesa Agropecuária (DDA) da pasta, Eraldo Marques, sustenta que o principal resultado do novo efetivo foi qualitativo. O ingresso de 100 veterinários concursados viabilizou uma mudança no perfil dos profissionais. Até pouco tempo, um mesmo técnico poderia se dedicar tanto à inspeção animal e à inspeção de produtos de origem animal. Agora, eles já assumem o posto de trabalho nas localidades para as quais são destinados atuando apenas como uma das modalidades. Os laticínios são fiscalizados pelos profissionais direcionados para a inspeção de produtos de origem animal. Legal-
Promotores do MP fazem avaliação positiva de ações Sobre a inspeção federal, há o consenso no Ministério Público gaúcho de que os fiscais do Ministério da Agricultura que atuam no Estado trabalham com muito empenho. Os promotores de Defesa do Consumidor, Alcindo Bastos, e Criminal, Mauro Rockenbach, assim como o engenheiro químico do MP Jerônimo Friedrich não poupam elogios aos profissionais. “É até motivo de orgulho falar deles, porque realmente estão empenhados e nos passam os fatos que acompanham com a certeza de que haverá uma ação na sequência, porque a pior coisa que pode haver é o fiscal indicar irregularidades sem que nenhuma ação seja adotada depois”, comenta Friedrich. Rockembach concorda: “A dedicação dos fiscais, tanto no Rio Grande do Sul quanto em Santa Catarina (estado que solicitou apoio do MP gaúcho em investigações de fraudes), é enorme. Eles são incansáveis e determinados”. O promotor ressalva, no entanto, que é preciso intensificar a fiscalização. “O número de fiscais é insuficiente. Teríamos que ter muito mais.” As investigações conduzidas no Estado provam que a prática de adulteração é cultural, estabelece Rockenbach, reiterando a importância em ampliar o alcance das fiscalizações. “A fraude no leite é um fenômeno cultural e realizado em qualquer etapa da cadeia leiteira, seja para mascarar volume ou a má qualidade.”
mente, os estabelecimentos não dependem de fiscalização integral, como ocorre com frigoríficos e abatedouros. No caso dos laticínios, a inspeção precisa ser periódica: ao menos uma vez por semana, as indústrias do ramo são inspecionadas pelos fiscais. Assim, um mesmo fiscal acaba ficando responsável por mais de um estabelecimento. Para o diretor do DDA, a mudança já tem um efeito prático qualitativo imediato, já que qualifica o fiscal ou para inspeção animal ou para inspeção de produtos de origem animal. Além do mais, há o incremento de profissionais. Foram contratados 100 novos veterinários e 20 novos agrônomos para atuar na inspeção – todos passaram por treinamento de 40 dias. “É uma evolução espetacular, mas temos que avançar sempre. É claro que quanto mais fiscais, melhor, mas isso é algo que não depende só da nossa vontade, mas existe todo um planejamento que precisa ser avaliado”, admite Marques. Mais de um ano depois da primeira Operação Leite Compensado, o reflexo das ações de fraude para os produtores já não são tão críticos.
EXPOINTER
8
Jornal do na Comércio
CASA JC
O FUTURO DA TERRA
Espaço de informação e confraternização
JC homenageia a pesquisa científica
Mais interativa e conectada, a tradicional Casa JC na Expointer terá novidades neste ano. A estrutura, localizada na rua do Boulevard no Parque de Exposições Assis Brasil, ganhou um maior espaço coberto, no qual serão exploradas ações que integrem os visitantes a atividades do campo, como a simulação da ordenha, por exemplo, com o apoio do Sindilat/RS. O local, que assumirá um visual mais semelhante ao de uma casa de fazenda, segundo a gerente de marketing do Jornal do Comércio, Beatriz Moraes, será decorado com móveis e objetos sustentáveis da Villa Madeira e lareiras ecológicas da Estilo Madeira. Além disso, o ambiente também contará com cafés especiais da Sul Café, vinhos, espumantes e sucos da Vinícola Garibaldi, vinhos da Vinícola Miolo e cervejas Heineken. A Casa JC será sede de painéis e debates sobre temas do agronegócio, contando com a presença de convidados ligados ao setor e com o patrocínio de Sindilat/RS e Simers. O espaço também estará aberto para a visitação de leitores, estudantes de Comunicação Social e agências de publicidade, além de happy hour com clientes e fornecedores e, também, sorteios de brindes dos patrocinadores.
Em sua 18ª edição, o prêmio O Futuro da Terra, parceria do Jornal do Comércio com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), reconhece, neste ano, 12 pesquisadores e produtores cujos trabalhos representam inovação e desenvolvimento no setor primário gaúcho. A entrega dos troféus acontece em 1 de setembro, às 19h30min, no auditório da Farsul no Parque Assis Brasil, e celebrará iniciativas de conservação ambiental, introdução de novas culturas e aperfeiçoamentos de técnicas em áreas como agronomia, veterinária e zootecnia. Os vencedores, escolhidos pelo Comitê de Ciências Agrárias da Fapergs, são divididos em quatro categorias: Cadeias de Produção Agrícola, Alternativas Agrícolas, Tecnologia Rural e Preservação Ambiental. Além dessas, um Prêmio Especial é destinado, anualmente, a pesquisadores de trajetórias reconhecidas nos estudos ligados ao setor. A diretora-presidente da fundação de pesquisa, Nádya Pesce da Silveira, defende a importância da iniciativa como forma de destacar os bons exemplos tanto na agricultura quanto na pecuária que garantem o avanço no agronegócio no Rio Grande do Sul. “Além de dar atenção para a produção do conhecimento em pesquisas, permite também que empresas que implementam essas pesquisas sejam reconhecidas”, defende Nádya. “Não só os estudos nos interessam, mas também que eles se transformem em negócios, melhorando o agronegócio, que é o segmento mais forte da economia gaúcha”, arremata a dirigente.
Caderno especial 29, 30 e 31 de agosto de 2014
Os premiados Prêmio Especial
Preservação Ambiental
Cadeias de Produção Agrícola
Tecnologia Rural
Alternativas Agrícolas
José Carlos Fachinello (Ufpel)
Pesquisas sobre qualidade na produção de frutas, como o pêssego
Bernadete Radin (Projeto Mais Água)
Iniciativa de oito instituições para melhor utilização da água no Estado
Jean Minella (UFSM)
Monitoramento de bacias hidrográficas
José Eloir Denardin (Embrapa Trigo)
Manejo e conservação do solo e da água
Zuleika Borges Torrealba (Maya Genética)
Central de congelamento de sêmen e produção de embriões
Marcos Borba (Embrapa Pecuária Sul)
Contribuição para a agricultura familiar pelo Projeto Alto Camaquã
Paulo Michel Roehe (Fepagro)
Pesquisa em diagnóstico e desenvolvimento de vacinas para sanidade animal
Marcio Nunes Corrêa (Ufpel)
Pesquisa sobre inovação em nutrição, sanidade e reprodução animal, principalmente de ruminantes
Falker
Industrialização de equipamentos de pesquisa científica de campo
João Kaminski (UFSM)
Pesquisa em sistema de recomendação de calcário
Carlos Tadeu Pippi Salle (Ufrgs)
Pesquisa tecnológica em sanidade avícola
Olivas do Sul
Plantio de oliveiras e extração de azeite de oliva