Caderno Expointer 2015

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Porto Alegre, sexta-feira e fim de semana, 28, 29 e 30 de agosto de 2015 MASSEY FERGUSSON/DIVULGAÇÃO/JC

FLÁVIA DE QUADROS/ESPECIAL/JC

STOCKPHOTO/DIVULGAÇÃO/JC

CAMILA DOMINGUES/PALÁCIO PIRATINI/JC

O FUTURO PASSA POR AQUI


Porto Alegre | Jornal do Comércio Sexta-feira e fim de semana, 28, 29 e 30 de agosto de 2015

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MARCO QUINTANA/JC

CONJUNTURA

Menos renda e mais mercados

Proteína animal protagoniza recordes de embarques; valorização nos preços internacionais da carne bovina, que ultrapassa 130% desde 2005, e novos mercados levam otimismo ao setor Patrícia Comunello patriciacomunello@jornaldocomercio.com.br

O

Brasil sabe a falta que pode fazer uma renda mais polpuda do setor primário. O quadro já está bem desenhado nos primeiros meses de 2015, com leve queda do PIB do agronegócio, segundo a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), com projeção do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo (USP). O Cepea estima que a produção do setor somará R$ 1,207 trilhão, sendo R$ 816,1 bilhões da agricultura e R$ 391,67 bilhões da pecuária. Boa parte do estado mais depressivo, comparado a anos recentes de vacas gordas, vem da família dos grãos, acometida pela praga de preços das commodities em baixa, especialmente da soja, maior divisa

internacional. Cotações mais comedidas, mas safra em alta. O Brasil e o Rio Grande do Sul devem consolidar mais um ano de colheita recorde. O País sairá de um patamar de 149 milhões de toneladas no ciclo 2009/10 para quase 210 milhões de toneladas em 2015/2015. Neste período, o Estado acabou perdendo terreno, de 17% da produção de grãos em 2009/2010 subiu a 19% em 2011/212 (da última grande estiagem) e agora estacionou em 16% da produção na agricultura. Produtividade elevada, mas acompanhada de custos de produção em média 20% maiores, outro estigma da atual temporada, quadro que causa apreensão em entidades setoriais, pois o ganho da desvalorização do real acaba sendo engolido no confronto de custos. O presidente da Fecoagro, Paulo Pires, reforça que, sem maior produtividade, não teria sido possível cobrir a

despesa de cultivo. “Estamos em um momento de transição, depois de resultados e colheitas cheias, os custos de produção estão aumentando, o que afeta os preços dos produtos finais”, assinala Pires. O economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz, avalia que as safras recordes vieram para ficar, efeito de mais tecnologia no campo; mas, fora das porteira, variáveis que não são controladas pelos produtores desafiam orçamentos - da energia elétrica aos fertilizantes e agroquímicos, tudo subiu. “Estamos muito preocupados com a safra de 2016. O desarranjo na economia interna vai pegar os custos em cheio.” Uma das vítimas da desaceleração é flagrantemente as máquinas agrícolas. O segmento registra queda livre, com recuo de 27,2% no volume vendido até junho, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Linhas mais onerosas de crédito também afetam o fluxo. O complexo carnes protagoniza um momento entre recordes externos em embarques - frango e suínos - e valorização que ultrapassa 130% desde 2005 nos preços internacionais da carne bovina. Dirigentes de entidades nacionais reforçam a estratégia de abertura de mercados, com o comando da ministra Katia Abreu, na Agricultura, e busca de acordos, de preferência sem as amarras do Mercosul. O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, cita que, em frangos e suínos, o segredo é sanidade e ganhar, a cada ano, mais e mais destinos. No mercado interno, a meta é ganhar espaço entre as famílias que não conseguem bancar a carne vermelha na dieta diária. A carne bovina, tão adorada pelos gaúchos, subiu 22% em 12 meses ao consumidor.

No Exterior, a proteína alarga a fama. A China já recebe a carne brasileira, e foi o quarto maior destino em julho, com mais de 11 mil toneladas das 113 mil embarcadas no mês. E um detalhe: o destino estreou em meados do mês passado, após o acordo entre os governos brasileiro e chinês há um ano. Hong Kong e União Europeia lideram no ano. O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antônio Jorge Camardelli, informa que oito plantas estão habilitadas para embarcar ao tigre asiático e mais nove serão inspecionadas. “É um mercado com tamanho e perenidade e que compra todo tipo de carne”, valoriza Camardelli. Só o que pode atrapalhar os bons ventos (leia-se mais vendas) até o fim do ano é a atual volatilidade do câmbio, do yuan e do dólar, e a turbulência da bolsa no país.

Editor-chefe: Pedro Maciel Secretário de Redação: Guilherme Kolling Editor de Economia: Luiz Guimarães Subeditores: Cristine Pires, Luciana Radicione, Luciane Medeiros e Marcelo Beledeli Reportagem: Luiz Eduardo Kochhann, Marina Schmidt e Patrícia Comunello Projeto gráfico: Luis Felipe Corullón Diagramação: Luis Felipe Corullón Revisão: André Fuzer, Rafaela Milara e Thiago Nestor E-mail: economia@jornaldocomercio.com.br


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GRÃOS

Soja mantém expansão em área e em produção EMATER/DIVULGAÇÃO/JC

Na esteira do câmbio e dos volumes de compras da China O plantio e as exportações de commodities seguem na esteira do crescimento da China. Nem mesmo as indicações de desaceleração da economia chinesa, para onde 60% da soja é enviada, freiam a demanda pela oleaginosa. A expansão do consumo no País asiático deve ser de 7% em 2015, mesma aceleração projetada para o próximo ano, segundo o economista chefe da Farsul, Antônio da Luz. A taxa de câmbio atual ajuda a elevar as vendas externas, uma vez que torna o produto brasileiro mais competitivo.

Ainda assim, alerta o economista, tal movimento reduz os preços médios globais, pois o Brasil é um grande exportador e o mercado se equilibra diminuindo o valor em dólar. “Em produtos cuja transmissão do preço se dá direto do mercado internacional para o brasileiro, como no caso da soja, há ganhos para o produtor nesse cenário cambial. Para produtos onde o mercado interno é o principal dinamizador, como arroz, o aumento da taxa de câmbio prejudica mais do que ajuda”, pondera da Luz.

Exportações brasileiras

de to nela das 32,9 milhõ es de ton ela 32,9 milhõ da es d s e to nel 42,7 milh ões a da de s ton 45,6 milh ela ões d de 40,6 mil ton a hõe el sd et

s

2015*

2014

2013

2012

2011

2010

29 milhões

as ad ladas e on

* (janeiro a julho)

Safra deve resultar em 100 milhões de toneladas, incremento de 4,5% na comparação com o ciclo anterior Luiz Eduardo Kochhann luiz@jornaldocomercio.com.br

C

ultura mais importante do agronegócio brasileiro, a soja deve ter, mais uma vez, incremento de área e produção em 2015/2016. Estimativas dão conta de uma colheita na casa de 100 milhões de toneladas, incremento de 4,5% na comparação com o ciclo an-

terior, em uma área de 32,9 milhões de hectares. O crescimento é explicado pela recuperação da produtividade em estados do Centro-Oeste que vinham de pequena quebra. Enquanto isso, o Rio Grande do Sul seria responsável por 15,4% desse total, produzindo 14,7 milhões de toneladas, ou seja, elevação de 14,9%. Segundo o analista da Safras & Mercado, Luiz Gutierrez, a tendência

é que o bushel se mantenha no patamar de US$ 9 com possibilidade de pequenas variações. “Se comparado a anos anteriores, são níveis baixos. Isso ocorre porque tivemos safras cheias no Brasil, Argentina e Estados Unidos, que recuperam os estoques mundiais. Devemos ter, novamente, uma supersafra norte-americana, o que deve manter os patamares de preço baixos”, explica.

Venda externa em crescimento Em 2014, o complexo soja – grão, farelo e óleo - representou 44,1% de um total de US$ 12,2 bilhões arrecadados pelas exportações da agropecuária do Rio Grande do Sul, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Em 2015, apenas de ja-

neiro a julho, os gaúchos enviaram 6,6 milhões de toneladas de soja em grão para o exterior, contra 7,6 milhões de toneladas em todo o ano passado. Em faturamento, os números do primeiro semestre são de US$ 2,5 bilhões pela exportação da oleaginosa em grão.


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4 GRÃOS

Gangorra entre custo e preço Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP) e Índice de Inflação dos Preços Recebidos pelos Produtores Rurais (IIPR)

IICP IIPR

2011

7,86%

2012

10,95% 50,45%

2013

2,85%

- 0,18%

2014

9,17%

- 6,70%

2015*

4,60% 3,26%

Últimos 12 meses até julho de 2015 11,92%

Fonte: Farsul

- 3,34%

6,16%

* (até julho)

FOTO VALTRA/DIVULGAÇÃO/JC

mento do seu share na produção gaúcha e ao câmbio. “Mas não quer dizer que vamos aumentar os resultados finais, justamente por causa dos custos”, lamenta Pires. Os preços, por outro lado, seguem uma tendência de queda no mercado global. A soja está 26% mais barata do que há um ano. Com isso, a valorização do dólar é a salvaguarda do produtor no momento da comercialização. “Uma virada repentina na taxa de câmbio até abril, quando estaremos colhendo, pode mudar completamente o cenário de preços, entretanto, o custo está consolidado com câmbio alto, fazendo com que o risco da atividade seja neste ciclo bem mais alto do que a média”, explica o economista chefe da Farsul, Antônio da Luz.

Com o plantio finalizado no Rio Grande do Sul, o trigo teve redução significativa na área depois da quebra observada na última safra. Segundo o engenheiro agrônomo da Emater, Cláudio Dóro, são pouco mais de 900 mil hectares em estágio reprodutivo, com boa sanidade até o momento. A entidade estima uma produção de 2,3 milhões de toneladas. No mês de novembro, durante a colheita, a comercialização deve ocorrer no patamar do preço mínimo de R$ 34,98. Para cobrir os custos de produção, Dóro calcula que seja necessário colher 50 sacos por hectare.

Arroz mais salgado na lavoura O arroz deve manter a área plantada da última safra no Rio Grande do Sul: pouco mais de 1,1 milhão de hectares. Os vencimentos das parcelas do custeio do ano passado foram adiadas para novembro e dezembro, com objetivo de aliviar o bolso do produtor. A má notícia, entretanto, é que os custos seguem em elevação. Segundo o Instituto Riograndense do Arroz (Irga), o custo da saca de 50 quilos foi de R$ 38,69, puxado pelo preço do combustível e da energia. Em contrapartida, os preços pagos ao produtor até julho

obtiveram uma média de R$ 33,00. Para 2015/2016, o plantio será feito com dólar, provavelmente, na casa dos R$ 3,50, aumentando os gastos e exigindo preços elevados para garantir a rentabilidade do produtor. Nesse sentido, a organização da demanda e da oferta no mercado internacional pode ajudar. “O encarecimento nos estoques e a chegada do El niño na Ásia dificultando a produção do principal continente na cultura, destacam uma tendência na elevação dos preços”, destaca o analista da Safras & Mercado, Mahal Terra. IVAN DE ANDRADE/PALÁCIO PIRATINI/JC

VALTER CAMPANATO/ABR/JC

A balança entre custo e preço começa a desiquilibrar desfavoravelmente para o produtor. O primeiro sobe, principalmente, em decorrência da energia elétrica, do diesel e dos fertilizantes e agroquímicos. Para a próxima safra, a preocupação é maior, pois o plantio será feito com câmbio alto. Enquanto isso, a situação macroeconômica tampouco inspira confiança nas entidades ligadas ao setor. As cooperativas, por exemplo, mesmo elevando seus ganhos, devem ter queda na rentabilidade. De acordo com o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro-RS), Paulo Pires, o faturamento das associadas, que cresceu 10,5% no ano passado, vai acelerar em 2015 devido ao au-

Clima prejudica cultura de inverno

Milho perde espaço O milho segue perdendo espaço para a soja. Em solo gaúcho, a última safra ocupou o menor espaço da série histórica, segundo a Conab, com 941,5 mil hectares, redução de 8,7%. Na Bolsa de Chicago, o grão, assim como a soja, se mantém em baixa, com o bushel cotado a US$ 3,8. Isso porque a colheita norte-americana, que acontece em setembro, deve confirmar a proje-

ção do departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de uma safra acima das 347 milhões de toneladas. O último levantamento da USDA aponta, ainda, uma elevação dos seus estoques de 40,6 milhões para 43,53 milhões de toneladas, assim como dos estoques mundiais de 189,9 milhões para 195 milhões de toneladas, reforçando o cenário de preços baixos.


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CARNES

Proteína brasileira alimenta o mundo Patrícia Comunello patriciacomunello@jornaldocomercio.com.br

A voracidade global pela proteína brasileira explica o status ascendente dos embarques e divisas das carnes brasileiras. O trio frango, suíno e boi registra uma expansão nunca vista, mesmo que em 2015 a desvalorização da moeda chinesa possa estar estragando um pouco a festa. O Brasil é um player consolidado nestes setores. Primeiro em exportação de frango, segundo em carne de gado de corte e quarto em carne suína. Um dos nutrientes desse desempenho mais recente está na conquista de novos clientes e na retomada de outros que já tiveram muito peso, como a Rússia. A fronteira de novos destinos ainda vai se alargar, e o desafio passará a ser garantir matéria-prima. “O cenário é muito bom para frangos e suínos, e o passaporte é a sanidade”, justifica o gaúcho Francisco Turra, presidente da As-

sociação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que uniu a cadeia dos dois segmentos. A desgraça alheia, como a gripe aviária registrada nos Estados Unidos, acrescenta mais encomendas ao Brasil. O efeito foi imediato, com julho registrando recorde histórico de alta de volume (17,2%) e de receita (42,3%) sobre julho de 2014 – 447,2 mil toneladas e US$ 2,48 bilhões, respectivamente. O Brasil deve disparar na liderança isolada como líder em exportação. Segundo Turra, a façanha é resultado da estratégia de acrescentar mais e mais destinos novos a cada ano. “Já chegamos a 157 países”, resume o dirigente da ABPA. Este ano, foram empilhados Malásia, Miammar e Paquistão, e Vietnã está no plano. Internamente, há a oportunidade de mercado ante a disparada de preço da carne bovina. Turra lembra que o frango subiu 5% em 12 meses. A recessão interna deve afetar o consumo, o que faz a frente externa ainda mais crucial.

Quarto exportador global, o Brasil teve o melhor julho em cinco anos em suínos. “O setor reverteu perdas e agora cresce”, disse o presidente da ABPA. A estratégia de frangos para ampliar mercados se repete em suínos. Rússia, de volta desde 2013, e Hong Kong, comprando cada vez mais, lideram as divisas. Coreia do Sul pode ser o próximo naco a ser conquistado. O presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado (Sips), Rogério Kerber, avalia que as encomendas russas vão crescer e há a China a ser atacada. No Estado, a planta do Alibem já pode exportar. Para a produção gaúcha conquistar outros destinos, será preciso superar a zona livre de aftosa com vacinação. “Todos apostam, só falta o prazo”, observa Kerber, citando que o novo status abriria mais clientes, como Japão. Para o dirigente, o mercado externo compensará festas de fim de ano com menos pernil na mesa.

ANA PAULA APRATO/ARQUIVO/JC

Encomendas russas de suínos devem crescer, diz sindicato da indústria


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6 CARNES

Mercado internacional em alta

O ano não vai repetir a balança gorda de 2014 da exportação de carne bovina, que rompeu a barreira dos US$ 7,2 bilhões. O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antônio Jorge Camardelli, lembra que fatores como dólar valorizado no mundo, barreiras comerciais “travestidas de sanitárias” e eventual recuo de pedidos por questões políticas dos clientes afetam o tamanho da divisa. O ano, mesmo assim, será marcado pela expansão de mercados recém conquistados (como China) e ingresso em novos, como Estados Unidos, que devem receber embarques ainda este ano, depois do desfecho positivo da negociação entre o Ministério da Agricultura e o país. A China, que começou a comprar em julho, somou 11 mil toneladas e pode dobrar nos próximos meses. Só o que gera dúvida é o comportamento da economia do país. “Estávamos soltando foguete e veio a desvalorização do yuan”, lamentou o dirigente. Estão na mira ainda Tailândia, Marrocos e Turquia, e Coreia do Sul, com tratativas bem avançadas. Além disso, compras mais apetitosas pela Rússia, um dos grandes mercados, podem estar de volta em 2016. O que precisa ser equacionado é a oferta de matéria-prima. Com preço em alta no campo nos últimos anos, Camardelli diz que há situação mais confortável de renda do pecuarista e cabe à indústria gerar demanda. “Ele (o campo) produz carne e não boi, esse é o conceito que queremos trabalhar.” O presidente da Associação Brasileira de Angus, José Roberto Pires Weber, admite que a oferta é menor, no Estado principalmente. Os abates se mantêm em pouco mais de 2 milhões de cabeças e ainda

MARCO QUINTANA/JC/JC

Carne brasileira Mundo

Brasil

Estado

Produção

86,1

12,7 (3º)

14,24%

Exportação

10,9

4,1 (1º)

18,35% (do Brasil)

Frangos (milhões toneladas)

Consumo no País Ano

2000

2014

Kg por habitante

29,9

42,3

Suínos (milhões toneladas) Produção

110,6

3,5 (4º)

22,31%

Exportação

6,857

505 (1º)

30,32%% (do Brasil)

Consumo no País Ano

2000

2014

Kg por habitante

14,4

14,6

Bovinos (milhões de toneladas) Produção

60,6

10,1 (1º)

20%

Exportação

8,6

1,6 (1º)

3% (do Brasil)

Consumo no País Ano

2000

2014

Kg por habitante

36,3

41,58

teve maior queda no primeiro semestre. “Os frigoríficos dizem que precisam de volume”, lembra o pecuarista, citando que a valorização do preço fez o pecuarista vender a quem paga mais, normalmente os pequenos compradores. Raças como o Angus buscam emplacar produto com certificação. Um dos contratos abriu o fluxo à União Europeia (UE), segundo mercado da carne brasileira. “O problema de falta de matéria-prima é grave, nem para atender o mercado interno tem. Tudo que pudéssemos produzir teria merca-

do”, aposta Weber. O Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados do Estado (Sicadergs) considerou crítica a situação até julho, com queda de 7% nos abates em sete meses e ociosidade de 25% a 30% nas plantas. O presidente do Sicadergs, Ronei Lauxen, diz que a queda no consumo interno, efeito da crise econômica, ameniza a escassez. Agosto e setembro são meses mais aquecidos, com fluxo maior de animais. Lauxen garante que o preço deve recuar até 5%. “Se o varejo vai reduzir o valor ao consumidor, é outra história”, previne o dirigente.

Mesmo com crise, ano será marcado pela expansão de mercados


Jornal do ComĂŠrcioâ€

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8 MÁQUINAS AGRÍCOLAS

Na feira, a esperança de retomar as vendas

Luiz Eduardo Kochhann

A alta produtividade e o aumento da área plantada trazem uma nova tendência para o segmento nos próximos anos: máquinas e implementos cada vez maiores e mais potentes. Além da idade da frota – cerca de 50% das colheitadeiras tem mais de 20 anos –, essa é a principal aposta do setor para voltar a crescer. Outro indicativo é a diminuição das janelas de plantio, o que obriga o produtor a colher mais em menos tempo. Recentemente, por exemplo, a John Deere inaugurou uma nova linha de tratores, na sua fábrica de Montenegro, após um investimento de R$ 40 milhões. No local, serão produzidas unidades de alta potência da linha 8R. Na ocasião, o presidente da John Deere Brasil, Paulo Herrmann, afirmou que o objetivo da empresa é viabilizar o crescimento por meio de produtos dessa categoria.

Desempenho do setor de máquinas agrícolas no primeiro semestre (vendas internas) 2005

14,3 mil unidades

2006

14,6 mil unidades 20,2 mil unidades

2007

30,4 mil unidades

2008

27,9 mil unidades

2009

41,4 mil unidades

2010 2011

38,2 mil unidades

2012

38,1 mil unidades

JOHN DEERE/DIVULGAÇÃO/JC

luiz@jornaldocomercio.com.br

Em 2013, as vendas de máquinas atingiram seu auge histórico no Brasil: 83,1 mil unidades comercializadas, um crescimento de 18,4% na comparação com o período anterior. Estimulado por uma safra recorde, taxas atrativas de financiamento e bons preços para as commodities agrícolas, o produtor elevou a demanda interna. Em 2014, entretanto, as principais empresas do setor, registrando queda na comercialização, definiram o ano de recorde como “fora da curva” e apostavam em um estabilização em um patamar mais baixo. Terminado o primeiro semestre de 2015, mais uma vez, os números seguem, não apenas caindo, mas despencando. Segundo os dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), nos primeiros seis meses, a queda no mercado interno foi de 27,2%, com 28,7 mil tratores, colheitadeiras e semelhantes vendidos. Para se ter uma ideia, desde 2010, de janeiro a julho, a comercialização ficava acima de 38,1 mil unidades, com picos de 41,4 mil – em 2010 – e 48,7 mil – em 2013. A estimativa da entidade, realizada em janeiro, é

Tecnologia e alta potência são apostas para renovação da frota

48,7 mil unidades

2013

39,4 mil unidades

2014

28,7 mil unidades (queda de 27,2%)

2015

Fonte: Anfavea

fechar o ano com retração de 19,4%. Se existe uma esperança de recuperação no segundo semestre, a Expointer é seu ponto de partida. De acordo com a vice-presidente da Anfavea, Ana Helena de Andrade, o cenário negativo observado até então decorre de “uma crise de confiança” entre os agricultores devido

ao desempenho macroeconômico. “A performance positiva no campo, com safras recordes, vai estimular o crescimento. E as duas linhas de crédito – PSI e Moderfrota – estão operacionais e com orçamento suficiente. Existem condições muito positivas para a aquisição de máquinas”, destaca.

John Deere investiu R$ 40 mi na produção de tratores da linha 8R

Dólar valorizado é oportunidade de exportação para melhorar o caixa

Simers realiza melhorias na infraestrutura do Parque de Exposições Assis Brasil

Devido ao mercado interno aquecido e à situação cambial, nos últimos cinco anos, a indústria não fez grandes movimentos em direção ao exterior. Em 2014, apenas 13,7 mil máquinas deixaram o País em um universo produtivo de 68,5 mil unidades. A valorização do dólar e o recuo da comercialização em território brasileiro, entretanto, começam a traçar um novo cenário. O produto nacional volta a ser competitivo, e exportar pode ser uma saída rentável. A retomada de posições no mercado internacional deve aparecer apenas a partir de

Um dos locais que mais atrai visitantes durante a Expointer, a área de máquinas passou por melhorias para a edição deste ano. O Sindicato da Indústria de Máquinas e Implementos Agrícolas (Simers) está realizando o calçamento das vias e ampliando o espaço para receber mais empresas a partir de 2016. Além disso, a entidade está ampliando em 80 centímetros o dique provisório para evitar alagamentos, como o que interditou a área há dois anos. O setor é também o que mais movimenta negócios dentro do Parque de Exposições As-

2016, uma vez que, para tanto, é necessário fechar acordos comerciais e, em alguns casos, montar redes de distribuição nos países destinatários, o que leva tempo. A Anfavea admite negociações, enquanto duas das gigantes do setor - John Deere e AGCO – começam a alinhar uma participação maior da produção para outros países. Nesse cenário, a América Latina segue como prioridade. “A nossa expectativa, com exportação, é suprir o que vamos perder em tamanho do mercado interno”, afirma o diretor comercial da Massey Ferguson, Carlito Eckert.

Desempenho das exportações Janeiro a Julho de 2014 Janeiro a Julho de 2015 Total 2014 Total 2015 (projeção)

sis Brasil. Em 2013, foram R$ 3,2 bilhões, um recorde. Em 2014, mesmo com a queda de 17%, o valor de vendas encaminhadas foi de R$ 2,7 bilhões e agradou os organizadores. Na edição que se inicia no próximo fim de semana, segundo o presidente do Simers, Cláudio Bier, a expectativa é de ao menos igualar os resultados do ano passado. “O segundo semestre é, tradicionalmente, melhor, pois é época de plantio e preparação para a colheita de verão. E tem o Plano Safra, que está fluindo melhor, e a Expointer, que sempre nos dá fôlego”, completa Bier.

Comercialização de máquinas e implementos na Expointer

7,8 mil unidades 6,1 mil unidades (queda de 21,3%) 13,7 mil unidades 13,9 mil unidades Fonte: Anfavea

2010

R$ 827,5 milhões

2011

R$ 834,7 milhões

2012 2013 2014

R$ 2 bilhões R$ 3,2 bilhões R$ 2,7 bilhões Fonte: Simers


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CRÉDITO

Recursos ficam mais restritos neste ano MARCOS NAGELSTEIN/JC

Marina Schmidt marina@jornaldocomercio.com.br

Diferentemente das projeções feitas às vésperas da última edição da Expointer, neste ano a feira deve contar com menor apetite pelo crédito, seja pela disponibilidade de recursos, mais restritos agora, ou pela contenção dos produtores frente aos juros praticados. Por mais atrativas que sejam as linhas de crédito oferecidas pelos principais bancos presentes na frente, as taxas podem deixar o produtor mais retraído. “Os juros, na verdade, continuam abaixo da inflação, porque os recursos são repassados por meio de programas oficiais, mas, ainda assim, são maiores do que os do ano passado”, admite o presidente do BRDE, Odacir Klein, que projeta que esta edição demandará menos crédito da instituição do que no ano anterior. A projeção do BRDE estima, no máximo, a manutenção no volume concedido em 2014, quando a concessão de crédito pelo banco alcançou R$ 376 milhões. Porém, trabalha também com a previsão de que a procura possa recuar em até 20%. “Ainda assim, se reduzir em 20%, teremos financiamentos da ordem de R$ 300 milhões”, calcula. Essa é uma expectativa compartilhada pelas demais instituições financeiras, em maior ou menor escala. O Badesul trabalha com a mesma perspectiva do BRDE, e projeta, na melhor das previsões, alcançar os resultados do ano anterior. A presidente da instituição, Susana Kakuta, explica que irá para a feira considerando um pequeno viés de baixa. “Isso se dá por dois aspectos: primeiro porque existe uma menor disponibilidade de recursos no mercado, isso é um fato concreto. Segundo, por outro lado, a questão dos juros e das condições de financiamento fazem com que nós tenhamos que ter uma maior seletividade”, justifica. Com taxas de juros que variam de 2,5%, na modalidade menos onerosa disponibilizada Pronaf, a 12% ao ano, no máximo, as linhas de crédito abrangem agricultores de todos os portes e com necessidades variadas. Como o agronegócio ainda demonstra fôlego na comparação com demais setores econômicos, é

possível que o cenário, no decorrer da feira, se mostre mais positivo. No entanto, é um contexto que sofre influência de outras variáveis. Pesa negativamente a alta no custo de produção e dos juros. Porém, a desvalorização do real frente ao dólar revela oportunidades para a exportação. O Banrisul, que no ano passado financiou R$ 204 milhões durante a Expointer, trabalha com a perspectiva de chegar a mesma margem neste ano, embora não limite o volume de crédito a esse patamar. “O Banrisul está preparado para atender as demandas que vierem”, detalha Oberdan de Almeida, diretor de Crédito da instituição. Na estatal gaúcha, os números costumam ser positivos entre uma feira e outra, chegando a elevação de até 30%, destoando da projeção deste ano. Para o diretor executivo da Central Sicredi Sul, Gerson Seefeld, tão importante quanto as negociações são os contatos feitos durante a feira. No ano passado, o Sicredi financiou R$ 205 milhões. Neste ano, a instituição vai para o evento com um volume de R$ 300 milhões. Porém, na perspectiva de Seelfeld vai ser difícil chegar a esse montante. Responsável pelo maior volume de crédito concedido na última edição da Expointer, o Banco do Brasil garantiu R$ 1 bilhão em financiamentos. O gerente de Mercado Agro da instituição, João Paulo Comerlato, tenta espantar o pessimismo dizendo que não gosta de entrar com expectativas negativas em nenhuma feira. “Sempre nos posicionamos para repetir ou superar os números do ano anterior”, afirma. Por isso, o BB não limita o volume ao qual pode e pretende chegar, e vai preparado com “recursos suficientes” para atender toda a demanda. Comerlato vê oportunidades que podem estimular o produtor rural, especialmente que os que trabalham com commodities internacionais. O Bradesco também vai para a feira com expectativas positivas e destaca que além das tradicionais modalidades de crédito, voltadas ao agronegócio a partir das linhas de repasse do Bndes, conta com outras linhas comerciais do banco para atender às necessidades de investimento dos clientes.

MARCOS NAGELSTEIN/JC


Porto Alegre | Jornal do Comércio Sexta-feira e fim de semana, 28, 29 e 30 de agosto de 2015

10 A FEIRA

Parque reforça a infraestrutura após impactos climáticos CAMILA DOMINGUES/PALÁCIO PIRATINI/JC

Maior mostra agropecuária da América Latina ocorre entre os dias 29 de agosto a 6 de setembro, em Esteio Marina Schmidt Marina@jornaldocomercio.com.br

E

m um ano de retração do mercado, a realização da Expointer, principal feira de agronegócios da América Latina, ganha novos contornos. “Manter este evento já é uma forma de desafiar o amanhã e dizer que vamos superá-lo com unidade, vontade e disposição”, descreveu o governador José Ivo Sartori no lançamento da 38ª Expointer, que ocorre entre os dias 29 de agosto e 6 de setembro, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Além do cenário econômico, que leva a projeções de negociações no mesmo patamar das realizadas no ano passado – quando as intenções de negócios somaram R$ 2,7 bilhões só no segmento de máquinas e implementos –, a feira sofreu com reveses climáticos nos últimos meses, exigindo melhorias

nas instalações do parque. Só para as recuperações decorrentes do vendaval que ocorreu em dezembro na Região Metropolitana, atingindo 70% das instalações do parque, o governo do Estado desembolsou R$ 1,5 milhão, mesmo diante da crise financeira que enfrenta, contando, também, com aportes de parceiros, como o Sindicato da Indústria das Máquinas (Simers), a Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo Crioulo (Abccc) e a Federação da Agricultura do Estado do RS (Farsul). No mês passado, as fortes chuvas na região inundaram espaços de exposição da feira, exigindo mais recuperações de última hora que, segundo o governador, estão concluídas. Os pavilhões Área Internacional, do Gado de Corte, de Produtos, Serviços e Artesanato e o antigo Pavilhão do Cavalo Crioulo foram totalmente reformados e tiveram as estruturas de ferro e telhados, que estavam

danificados, trocados. Duas pistas de remate, dois banheiros, a casa da administração do parque e a casa da imprensa também passaram por obras de recuperação após o vendaval. Melhorias na rede elétrica do parque também foram necessárias para adaptá-lo às normas de segurança exigidas pelo Corpo de Bombeiros. Foram colocadas 220 caixas de luz na altura padrão, e a fiação subterrânea foi separada da canalização por onde escoava o esgoto. Para o secretário estadual da Agricultura, Ernani Polo, o papel desempenhado pela feira vai além dos negócios firmados, “com a realização de seminários, debates e interação entre pessoas do Estado, do Brasil e de outros países”. Quanto às intenções de compra, o secretário acredita que superar a margem de R$ 2 bilhões em projeção de vendas é considerado “muito bom”, embora esteja abaixo dos R$ 2,7 bilhões da última edição.

Agricultura Familiar expande número de expositores O pavilhão da Agricultura Familiar é um ambiente com forte apelo afetivo dentro da Expointer. É lá que visitantes que hoje residem na Região Metropolitana revivem os laços com o campo. “Conversamos com os próprios visitantes e eles contam que já saem de casa pensando nos produtos que irão adquirir na feira”, conta a secretária-geral da Fetag, Elisete Hintz, que é a diretora responsável pelas agroindústrias na entidade. Elisete cita a Expointer como uma vitrine para a pequena agroindústria, por isso o número de estandes é crescente. Nesta edição, serão 232 agroindústrias e sete

cozinhas, superior aos 204 estandes da última feira. “No nosso ponto de vista, o momento de dificuldade, como a crise econômica e política que estamos enfrentando, é quando se deve procurar fortalecimento”, comenta Elisete. E estar na Feira da Agricultura Familiar, que está em sua 17ª edição, representa a maior presença junto aos visitantes e até a grandes compradores. Muitos negócios se estendem para além da feira, dimensiona a diretora da Fetag. Além dos produtos tradicionalmente expostos nos estandes da Agricultura Familiar, o pavilhão conta com uma ilha só de itens orgânicos.

Empreendedorismo vinculado ao agronegócio é destaque A equipe de jornalistas do novo produto do Jornal do Comércio, Geração E, estará na Casa JC na Expointer debatendo o empreendedorismo vinculado ao agronegócio. Com essa novidade, o jornal reforça não só a sua presença na cobertura da feira, tradicionalmente feita por jornalistas econômicos e do site do JC, mas também o seu compromisso em tratar de temas importantes para o desenvolvimento econômico e de negócios no Estado. Já consagrado como um espaço de debates temáticos e de aproximação com os vários públicos que interagem com a publicação, o ambiente contará com debates temáticos e, nesta edição, com encontros de startups do agronegócio, realizados pela equipe multimídia do Geração E. Tudo isso se soma a um espaço que também é reconhecido anualmente pela

receptividade. “É uma casa de relacionamento, onde promovemos visitas, encontros e happy hour”, descreve a gerente de Marketing do JC, Beatriz Moraes. Nos painéis Retrato do Agronegócio serão debatidas soluções e alternativas para os mercados de carne, grãos, leite e máquinas agrícolas. O mobiliário da Casa JC foi renovado em parceria com a Feira de Tapetes e Móveis Rústicos. A parte decorativa conta com objetos da loja Baz’Art. No mix de produtos servidos aos visitantes, o JC mantém o tradicional Café do Centro, preparado na máquina Astoria, além de bebidas fornecidas pela Fruki e vinhos, espumantes e sucos fabricados pela Garibaldi. Pelo terceiro ano consecutivo, a Casa JC na Expointer promoverá o almoço de diretoria do Bradesco com executivos do Jornal do Comércio.

O Futuro da Terra fomenta o desenvolvimento do campo Em sua 19ª edição, o prêmio O Futuro da Terra, promovido pelo Jornal do Comércio em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), contabiliza quase duas décadas disseminando pesquisas que ampliam o desenvolvimento da agricultura no Estado. Neste ano, serão premiados oito pesquisadores em cinco categorias: Prêmio Especial, Preservação Ambiental, Cadeias de Produção Agrícola, Tecnologia Rural e Alternativa de Produção. A entrega dos prêmios ocorre no dia 31, durante a programação da 38ª Expointer, no auditório da Farsul, às 19h30min. O diretor-presidente da Fapergs, Abílio Afonso Baeta Neves, salienta o compromisso com a manuten-

ção da premiação no decorrer de quase duas décadas. “É raro ter um veículo de comunicação que mantenha uma ideia como essa por tantos anos. São quase 20 anos promovendo o desenvolvimento da pesquisa e da agropecuária para o Estado”, destaca. A divulgação das pesquisas, que aprimoram o agronegócio, é citada pelo dirigente como impulsionador das práticas mais eficientes e sustentáveis, melhorando a qualidade da produção do campo. “Essa constância na premiação mostra não só a disposição do Jornal do Comércio de levar a sério o que acontece com o campo, mas também a preocupação em destacar o que é relevante nesse setor.” A seleção dos premiados é feita pelo Comitê de Ciências Agrárias da Fapergs.

Premiados Categoria Prêmio Especial Preservação Ambiental

Premiado

UFSM

Edemar Valdir Streck

Emater

Rodrigo Schoenfeld Empresa Pilecco Nobre

Cadeias de Produção Agrícola

Tecnologia Rural Alternativas de Produção

Instituição

Claudio Severo Lombardo de Barros

Irga Pilecco

Renato Kreimeier

Cooperativa Languiru

Empresa Vence Tudo

Empresa Vence Tudo

Telmo Jorge Carneiro Amado

UFSM

Flávia Charão Marques

Ufrgs


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Sexta-feira e fim de semana, 28, 29 e 30 de agosto de 2015

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