Caderno Logística 2014

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JC

Logística

Porto Alegre, quinta-feira, 12 de junho de 2014 - Nº 3

Página Central

RODRIGO PAIVA/FOLHA IMAGEM/FOLHAPRESS/JC

Montadoras

Queda de vendas derruba produção de carros no País


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Quinta-feira, 12 de junho de 2014

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Jornal do Comércio - Porto Alegre

AVIAÇÃO

Gol faz o primeiro voo comercial com biocombustível

A empresa aérea Gol realizou, na quarta-feira da semana passada, o primeiro voo comercial abastecido com mistura de biocombustível do País. O voo partiu do aeroporto Santos Dummont, no Rio, em direção a Brasília. A iniciativa integra o planejamento de outros 200 voos que usarão a tecnologia durante a Copa do Mundo. A expectativa da empresa é reduzir em 220 toneladas as emissões de carbono com a redução no consumo de combustíveis fósseis. A inovação é uma espécie de “legado ambiental” para o Mundial de Futebol. Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o País é o primeiro a ter 100% das emissões de carbono relacionadas diretamente ao evento mitigadas. “É a primeira Copa Verde e a Fifa passa a adotar essa prática como uma referência para os próximos torneios. A marca de baixo carbono do País é a única que poderá ser associada ao evento, ao lado dos patrocinadores”, diz Izabella. A estimativa é de que o uso de biocombustível para aviação reduz em 80% as emissões em relação ao combustível fóssil. As emissões dos deslocamentos aéreos são chamadas de “indiretas” em relação ao torneio. Nesse aspecto, segundo a ministra, ainda faltam 40% das emissões para serem reduzidas. “Nós somos o País que mais re-

TÂNIA RÊGO/ABR/JC

Avião utilizou uma mistura de querosene de aviação e 4% de um combustível produzido a partir do óleo de milho e de gorduras não vegetais

Principal vantagem do bioquerosene é a redução da emissão de gases que são poluentes

duz as emissões, sem custo e voluntariamente. Em relação às reduções no setor florestal, as emissões que cortamos representa toda a produção do Reino Unido”, destacou. O voo foi abastecido com uma mistura de querosene de aviação e 4% de biocombustível, produzido a partir de óleo de milho e gorduras não vegetais. Ao todo serão usados mais de 2 milhões de litros do combustível nos deslocamentos da seleção brasileira e em voos comerciais da companhia, partindo do aeroporto do Galeão, no Rio. “Essa iniciativa coloca a companhia na liderança mundial na redução das emissões de carbono. Esperamos incorporar a tecnologia em voos comercial com o biocombustível já a

partir de 2015”, destacou o diretor executivo de operação da Gol, Sergio Quito. Durante o evento da Gol, o governo, empresas aéreas e associações de produtores de biocombustível assinaram um protocolo de intenções para estudar a ampliação do programa nos voos comerciais do País. Segundo o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanowicz, para ampliar a escala da iniciativa e tornar o uso dos biocombustíveis sustentáveis, ainda é preciso reduzir em cerca de 30% o custo da bioquerosene. “Temos compromisso internacional de reduzir à metade as emissões até 2050. O fator técnico está praticamente concluído,

mas ainda não o aspecto econômico. Essas conversas procuram encontrar as condições para torná-lo viável”, afirmou Sanowicz. O diretor da Gol, defendeu a desoneração e redução de ICMS como medidas capazes de acelerar a implantação do biocombustível na malha viária. “Para incluir nos voos já em 2016, seria necessário discutir uma redução total ou parcial do imposto. Isso é fundamental para ampliar a escala, tornar o negócio sustentável e atender às exigências internacionais. O desenvolvimento do biocombustível traz enormes benefícios ambientais, mas também estrutura uma cadeia de valor no País”, destacou. O consultor Arnaldo Vieira de Carvalho, que representou o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no evento, destacou a importância econômica da adoção da medida pelas empresas aéreas. Segundo ele, a estruturação do setor fortalece os produtores agrícolas, gera empregos e desenvolvimento tecnológico, tornando o País capaz de atender também ao mercado internacional. “Aqui é o lugar mais promissor para indústria de bioquerosene se desenvolver e atender não só ao mercado interno,” destacou Carvalho. Na avaliação da ministra do meio ambiente, o diálogo com os produtores, com as empresas e com o governo está aberto para defender o melhor modelo para o setor aéreo. “Este é um processo político que demanda envolvimento do setor financeiro para adoção da tecnologia nacional. Estamos propondo uma repactuação da leitura das emissões, olhando para o processo econômico, dentro da realidade do mercado”, afirmou Izabella.

Aérea britânica elimina assentos reclináveis e passageiros reclamam EMBRAER/DIVULGAÇÃO/JC

Jato opera há cinco anos e tem uma frota que soma 370 mil horas de voo

Embraer entrega 500º jato executivo Phenom A Embraer Aviação Executiva realizou, na semana passada, a entrega do 500º jato executivo da família Phenom. A aeronave, um Phenom 300, foi entregue ao Prime Fraction Club. Conforme a compradora, o investimento na aquisição foi da ordem de R$ 25 milhões. Com o novo jato, a frota do Prime passa a contar com quatro aeronaves fabricadas pela Embraer - dois Phenom 100 e dois Phenom 300. A expectativa do clube é ampliar a frota com mais duas aeronaves da fabricante, em 2015, incluindo um Legacy 500, para atender à crescente demanda pela propriedade compartilhada no

País e substituir os modelos da frota que alcançarem cinco anos de vida. Segundo o Prime Fraction, um dos cotistas do jato é a BRF. No sistema de operação do clube, o Phenom 300 será compartilhado por três associados que adquirirem uma fração do bem. O valor da cota é de US$ 3,677 milhões - sendo possível realizar um financiamento -, havendo ainda uma taxa fixa mensal de manutenção e outra por hora voada. A empresa destaca como vantagem no sistema compartilhado o fato de os juros serem de apenas 3,5% ao ano, em comparação à taxa de 6% do Bndes para esse tipo de operação.

O Phenom 300 tem capacidade para oito pessoas, com alcance de voo de até 3.650 quilômetros, permitindo voos diretos de São Paulo à Manaus, por exemplo. Em nota, a Embraer destacou a 500ª entrega de jatos Phenom em pouco mais de cinco anos de operação das aeronaves. Aviões deste modelo voam com 400 clientes em 37 países, atendendo às necessidades diversas de corporações, autoridades, companhias de voos charter ou de compartilhamento, escolas de aviação, transporte aeromédico e pilotos-proprietários. A frota total em operação soma mais de 370.000 horas de voo.

Pensando nos clientes que sempre reclamam do aperto quando o passageiro da frente decide reclinar sua poltrona, a empresa aérea britânica Monarch Airlines anunciou, na semana passada, a decisão de retirar a opção reclinável das poltronas de toda a sua frota. De acordo com o jornal britânico Daily Mail, a empresa decidiu alterar as poltronas de suas aeronaves depois que uma pesquisa do site Skyscanner revelou que 90% dos clientes entrevistados preferiam trocar a opção reclinável dos assentos por mais espaço para as pernas. Por meio de um comunicado oficial, o diretor de marketing da Monarch, Tim Williamson, disse que as decisões da empresa levam em consideração as avaliações que os passageiros fazem ao final dos voos oferecidos pela companhia. Segundo ele, as novas opções de poltronas dos aviões contarão com um design especial “para oferecer mais espaço

que as poltronas tradicionais e trazer maior conforto para posicionar as pernas”, similar ao utilizado pelas montadoras em poltronas de automóveis. De acordo com a companhia britânica, o material dos novos assentos será mais leve que o atual - o que também ajudaria a diminuir o consumo de combustível - o novo conjunto de poltronas “pode trazer uma economia de até 255 kg de combustível, quando comparado aos atuais assentos, o que é equivalente a uma redução de 816 kg de emissão de CO2 em cada voo”. Alguns aviões da Monarch já estão operando com os novos assentos. Pela página da empresa aérea no Facebook, porém, uma internauta que diz ter utilizado os novos assentos da Monarch reclamou que eles são muito desconfortáveis. “Elas são duras e todos no voo reclamavam. Não vou viajar em uma dessas poltronas ‘baratas’ de novo.”


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TRANSPORTES

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JOÃO MATTOS/JC

Secretários querem mais rigor para o crime de receptação

Projeto aprovado pelos deputados aumentava os períodos de trabalho e reduzia os de descanso obrigatório

O Senado mudou, na semana passada, o projeto que flexibiliza a jornada de trabalho dos caminhoneiros e motoristas de passageiros. Os senadores restabeleceram a atual legislação ao fixar a jornada máxima da categoria em dez horas - oito fixas e duas extras. Com a mudança, o projeto segue para nova votação na Câmara. Os deputados haviam permitido menos descanso e mais horas na estrada, com o tempo extra de trabalho podendo chegar a até quatro horas se houvesse acordo coletivo da categoria - com a redução do repouso diário de nove horas ininterruptas para oito horas. Com a versão do Senado, os caminhoneiros vão manter a jornada com pelo menos 11 horas de descanso entre um turno e outro. Durante a jornada, o prazo de descanso tem que ser de quatro

horas diárias. Os motoristas também ficam obrigados a fazer paradas depois de cinco horas e meia seguidas na direção. A legislação, mantida pelo Senado, foi aprovada em 2012 pelo Congresso. Diante da pressão do setor produtivo, os deputados flexibilizaram a jornada dos caminhoneiros - especialmente após o setor ruralista e caminhoneiros autônomos argumentarem que haveria aumento de custos e dificuldade para cumprir o tempo de descanso imposto na nova versão da lei. Pelo projeto aprovado no Senado, não há diferença de regras para o descanso de motoristas de carga e os de transporte rodoviário de passageiros, como de ônibus interestaduais. Os deputados haviam fixado prazos distintos para motoristas de cargas e de passageiros. Relator da proposta, o sena-

dor Romero Jucá (PMDB-RR) disse que caberá a cada motorista definir o prazo das paradas ao longo da jornada - desde que não ultrapassem o limite máximo de cinco horas e meia seguidas na direção. “Nós melhoramos as condições de trabalho dos caminhoneiros. Ele vai poder adequar suas paradas aos seus pontos de descanso cadastrados”, disse Jucá. O Senado manteve trecho polêmico que submete os motoristas a exames toxicológicos e a programa de controle de uso de droga e bebida alcoólica, instituído pelo empregador, pelo menos uma vez a cada dois anos e meio. Na versão aprovada pela Câmara, o teste teria que rastrear qualquer consumo de drogas no último ano. No texto aprovado pelos senadores, o teste vai identificar substâncias que estiverem há 90 dias no organismo do motorista.

de estudos para propor mudanças na legislação. Eles querem tornar mais rigorosa a punição para o crime de receptação no caso de produtos que podem ser revendidos. Saíram de Brasília com um convite para falar no Senado no dia 15 de julho. Até lá, o Instituto de Segurança Pública do Rio (ISP) terá concluído o estudo sobre o impacto negativo da nova lei nos índices criminais de todo o País. Para o delegado Delmir Gouvea, da 21ª DP (Bonsucesso), o crime de receptação fomenta outros, como o roubo de veículos e de carga. A lei 12.403 entrou em vigor em maio de 2011. Segundo o ISP, de janeiro a março deste ano, foram registrados 1.400 casos de receptação no estado do Rio, um aumento de 139% em comparação com o mesmo período de 2012, quando houve 585 casos. Para Julita Lemgruber, socióloga e coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Candido Mendes, “a lei apenas criou uma série de alternativas para as prisões provisórias. Os secretários deviam estar se preocupando com o fato de que menos de 10% dos homicídios são elucidados no Rio.”

J BATISTA/AGÊNCIA CÂMARA/DIVULGAÇÃO/JC

Senado contraria Câmara e mantém a atual jornada dos caminhoneiros

Na semana passada, enquanto os secretários de Segurança da Região Sudeste se reuniam em Brasília com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB), para pedir mudanças na legislação - eles querem aumentar a pena de alguns crimes alcançados pela Lei 12.403, de 2011, que garante o direito à liberdade provisória -, Felipe Arnon Sousa de Oliveira pagava a fiança de R$ 2 mil para evitar a prisão em flagrante por receptação (cuja pena máxima é de quatro anos). Ele foi detido após estacionar uma moto Yamaha Fazer em uma rua de Quintinon no Rio. A motocicleta havia sido roubada na Baixada Fluminense. Em outro ponto da cidade, na Maré, um morador foi preso com um Kia Soul roubado em 2012 e com a cor adulterada. Para não ficar preso, ele desembolsou uma fiança de R$ 7 mil. Sob a alegação de que, desde a criação da lei, que garante a liberdade a quem é preso em flagrante cometendo crimes com penas de até quatro anos de prisão, os índices de violência voltaram a subir, os secretários de Segurança de Rio, Minas, São Paulo e Espírito Santo criaram um grupo

Grupo que estuda efeitos da Lei 12.401 vai expor as razões no Senado


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MONTADORAS

RODRIGO PAIVA/FOLHA IMAGEM/FOLHAPRESS/JC

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Produção de veículos recuou 18% até maio

chegou a ser considerado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que acenou com a possibilidade de criar um cronograma para adiar os aumentos das alíquotas. “A queda de vendas está relacionada a um índice de confiança reduzido, mas sofremos também com a seletividade do crédito”, diz Moan. “O governo continua a fazer estudos, mas sinto que, dentro do contexto atual, não há uma medida que possa ser adotada em curto prazo.” A Anfavea já utilizou esse discurso em outros momentos, sempre às vésperas do término de algum

incentivo - o que faz o mercado desconfiar de que pode acontecer o contrário do que ela anuncia. Agora, é a alíquota de IPI que está prestes a subir. Qualquer revisão de impostos não é vista por nós como um incentivo, mas, sim, como a busca de adequação da carga tributária brasileira, que é uma das mais altas do mundo”, afirma o presidente da Anfavea. A alta do IPI deverá ser gradual, mas o governo já admitiu prorrogar o desconto. A definição ocorrerá nas próximas semanas. As vendas de automóveis no mercado interno recuaram 5,5% na

comparação dos cinco primeiros meses de 2014 com os de 2013. A conta inclui carros de passeio, comerciais leves, caminhões e ônibus. O setor de implementos agrícolas e rodoviários teve queda de 19,7% no início do ano, mas a reativação do Moderfrota, modalidade de crédito do Bndes ligado ao Plano Safra, deverá reaquecer o setor, acredita a Anfavea. As exportações continuam em queda: maio registrou decréscimo de 0,6% em comparação com o mês anterior. No acumulado de janeiro a maio, o recuo chegou a 35,1%. A Anfavea espera que o

JOAO LUIZ OLIVEIRA/DIVULGAÇÃO/JC

om fábricas parcialmente paradas devido à redução da demanda e à queda nas exportações, a produção de veículos no Brasil recuou 18% entre janeiro e maio na comparação com o mesmo período de 2013, segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). O número total de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus que saiu das montadoras no mês passado foi de 282,5 mil, 62 mil unidades a menos do que foi produzido em maio de 2013. As montadoras brasileiras também amargam perdas no acumulado do ano. Entre janeiro e maio, foram produzidos 1,351 milhão de veículos, queda de 13,3% em relação aos 1,559 milhão produzido nos primeiros cinco meses de 2013. Já em relação a abril, houve uma pequena alta no volume de produção, de 1,9%. Nas vendas, as quedas chegaram a 7,4% ante maio do ano passado, e de 1,2% frente a abril. Os estoques chegaram a 41 dias, o que faz as montadoras anunciarem planos especiais de financiamento para atrair compradores. No entanto, os bancos continuam muito seletivos com sua carta de clientes, reclama Luiz Moan, o presidente da Anfavea. O executivo afirma não acreditar mais na possibilidade de um programa de incentivo ao crédito para os veículos. Há também dificuldades para renovar o acordo automotivo com a Argentina, responsável pelo destino de 18% da produção brasileira. O país vizinho enfrenta uma aguda crise econômica. Moan não é otimista em relação às mudanças nessas condições. Segundo o dirigente, as conversas com o governo indicam que o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) subirá a partir de julho de 3% para 7%, conforme quer área econômica do governo. Moan citou um estudo feito pela Anfavea que mostra que para cada ponto percentual de aumento na alíquota do imposto, o preço do carro na tabela sobe 1,1% e as vendas, por outro lado, caem 2%. O alívio no IPI

Moan vê situação com pessimismo

Portal Único de Comércio Exterior, sistema para facilitar a exportação e a importação de mercadorias, irá melhorar as operações do setor. Pelos cálculos da entidade, a redução da burocracia deverá reduzir em uma semana o prazo necessário para exportar um lote de peças ou de veículos. Hoje, o tempo gasto nessa operação chega a 18 dias.

Jornal do Comércio - Porto Alegre

Argentina também sofreu com uma retração no mês passado

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse, na semana passada, que haverá aumento do IPI sobre carros em julho, mas ainda não está definido de quanto. “Vamos avaliar a situação para ver se podemos prosseguir com elevação do IPI a partir de julho. O que está definido é que terá um aumento. Poderá ser pequeno, ou não. Vamos avaliar a situação do mercado na véspera”, afirmou. “O setor automotivo tem que andar com suas próprias pernas”, afirmou Mantega. A alíquota original do IPI era de 7% e foi reduzida para estimular as vendas, que foram recorde em 2013. A alíquota atual está em 3%, e o cronograma estabelecido pelo governo define a recomposição do imposto a partir de 1 de julho. Sobre os estímulos que o governo estaria estudando conceder ao setor, que tem registrado queda nas vendas e aumento dos estoques das montadoras, Mantega disse que não há nada definido. O governo tem buscado maneiras de melhorar o crédito para a compra de veículos, que tem apresentado

A Associação de Fabricantes de Automóveis da Argentina (Adefa) também anunciou que a produção automotiva caiu 36% em maio em comparação com o mesmo mês de 2013, ficando em 50.938 unidades. Esse volume foi equivalente a uma redução de 13,9% em comparação com abril. Nos primeiros cinco meses de 2014, a produção de veículos foi de 257.519 unidades, o que indica uma redução de 22,2% em relação ao mesmo período de 2013. Esse é o menor volume de produção no período janeiro-maio desde 2010.

Para o ministro, setor automotivo ‘tem de andar com as próprias pernas’

quedas, mas “nada é certo”, disse o ministro da Fazenda. O governo estudaria a injeção de R$ 5 bilhões para intensificar o crédito para compra de carros, quantia que pode vir dos depósitos compulsórios - dinheiro que os grandes bancos são obrigados a reter no Banco Central. Quanto à renovação do acordo automotivo com a Argentina, Mantega diz que os governos ain-

voluntária e férias coletivas, se tornou comum entre as montadoras, que sofrem com as baixas vendas e precisam adequar o ritmo de produção aos estoques cheios. De acordo com Bartolomeu Citeli, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, “a recuperação nas vendas está demorando mais do que no ano passado, quando o governo tomou medidas para incentivar o setor. Por isso, os layoffs nas montadoras estão acontecendo com mais frequência neste ano”, afirma Citeli. Dados da Fenabrave (federação das dis-

tribuidoras de veículos) revelam queda de 7,23% nos emplacamentos em maio, sobre o mesmo período de 2013. Moan afirmou ainda que as demissões basicamente foram por PDVs, “a maioria buscando pessoal aposentado ou em fase de se aposentar”. O setor vem cortando postos há sete meses seguidos. Desde novembro, eliminou 7,3 mil vagas. Atualmente, estão com programas de demissão voluntária a Mercedes-Benz e a General Motors (para as fábricas de São Caetano do Sul e São José dos Campos). A Ford encer-

rou um programa em Taubaté, mas obteve poucas adesões e anunciou férias coletivas de 7 a 18 de julho para os funcionários de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, onde trabalham 4 mil pessoas. Segundo uma fonte do setor automotivo, as empresas vão tentar segurar a mão de obra até agosto, pois junho e julho não são meses considerados como parâmetro em razão das férias e da Copa. Se não houver reação do mercado, será feita uma avaliação do cenário automotivo e novas demissões não estão descartadas.

As montadoras também registraram uma queda de 39,2% nas exportações de automóveis ao Brasil em maio. A queda acumulada entre janeiro e maio foi de 24,3%. O mercado brasileiro absorve 88,8% das vendas automotivas argentinas ao exterior. O volume comprado pelo Brasil equivale à metade da produção total argentina de automóveis. Segundo a Adefa, “a produção de veículos foi fortemente atingida pela retração da demanda dos mercados de exportação e das vendas no mercado local” e pelos conflitos trabalhistas.

Recuo das linhas de montagem brasileiras

da não “bateram o martelo”. Sobre a queda na produção industrial de 0,3% em abril, Mantega afirmou que a atividade tem altos e baixos e que é “normal” que haja essa sazonalidade. “Há uma variação mensal muito grande. Se olhar o ano passado foi a mesma coisa, mês pra cima, mês pra baixo. Vamos aguardar o decorrer do ano para observar e ver como vai se situar.”

VEÍCULOS FABRICADOS

Entre janeiro e maio 2013 - 1,56 milhão 2014 - 1,35 milhão

Setor automotivo trabalha com a previsão de aporte de capital no valor de R$ 75 bilhões entre 2013 a 2017 Excedente de produção estimado para 2017 é de 1,6 milhão de unidades, caso as vendas cheguem a R$ 4,5 milhões Fonte: Anfavea

BMW/DIVULGAÇÃO/JC

Copa do Mundo desacelerou a fabricação de motos em maio A produção de motocicletas foi de 135.980 unidades em maio, queda de 7,4% em relação às 146.895 motos fabricadas em abril e de 8,5% ante igual período de 2013, quando haviam sido produzidas 148.682 unidades, informou a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). No acumulado deste ano, a produção atingiu 691.825 unidades, uma alta de 0,77% sobre as 686.553 motos fabricadas entre janeiro e maio de 2013. As vendas no atacado, das indústrias às concessionárias, de 124.25 uni-

dades em maio correspondem a uma queda de 17% em relação ao mesmo mês de 2013, quando foram vendidas 150.433 motos. Na comparação com abril, com 142.483 unidades vendidas no atacado, houve recuo de 12,4%. Nos cinco primeiros meses de 2014, as vendas recuaram 6% ante igual período de 2013, para 636.561 unidades. “O esforço por parte das redes de concessionários para alavancar as vendas no período pré-Copa do Mundo não refletiu no mês de maio. E nos próximos meses, o segmento, principalmente no varejo, será impactado negativamente por causa do

evento”, informou o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian. Ele acredita, porém, “que o mercado reaja a partir do segundo semestre, o que reforça nossa projeção de estabilidade em relação ao volume de 2013.” Os licenciamentos de maio cresceram 4,1% ante abril, de 121.744 para 126.701 motos emplacadas. A média diária de vendas, no mês passado, ficou em 6.003 unidades, leve recuo de 0,88% ante as 6.087 unidades diárias vendidas em abril sobre maio de 2013, quando as vendas diárias foram de 6.200 veículos, o recuo foi de 2,69% segundo a Abraciclo.

Fábricas reduziram ritmo e lojas tiveram menor demanda

Transp Sul

Dispensas sobem em 2014 e já eliminaram 7,3 mil vagas, diz o sindicato A Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo (SP), deve suspender até novembro o contrato de cerca de 1.200 funcionários que estavam em licença remunerada desde o final de maio, quando um dos turnos parou. A mesma realidade enfrenta a PSA Peugeot Citroën, que anunciou um plano de demissão voluntária para cerca de 650 funcionários em Porto Real (RJ); Volkswagen e General Motors também aderiram às dispensas temporárias em suas respectivas fábricas neste ano. O chamado layoff, ao lado de demissão

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Mantega afirma que o IPI sobre veículos vai subir em julho, mas alíquota não foi definida

EVARISTO SA/AFP/JC

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Quinta-feira, 12 de junho de 2014

16a Feira e Congresso

de Transporte e Logística

O grande evento de Transporte e Logística do Sul do País

Programação completa e inscrições gratuitas para Feira e Congresso no site: www.transposul.com LUIZ CARLOS M. DE BARROS

WILLIAM WAACK

MALCOLM MONTGOMERY

CEO da Foton Aumark do Brasil e Doutor em Economia.

Apresentador do Jornal da Globo e Mestre em Relações Internacionais.

Ginecologista, autor de 9 livros sobre mulher, saúde e comportamento.

15 a 17 de julho de 2014

Centro de Eventos FIERGS - Porto Alegre - RS

ORGANIZAÇÃO

MASTER

PREMIUM

PLUS


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Quinta-feira, 12 de junho de 2014

JCLogística

Jornal do Comércio - Porto Alegre

TRÂNSITO

“Custo-logística”: os gargalos da intermodalidade no Brasil

Revista mostra às crianças os riscos de dirigir embriagado

Miguel Angelo Evangelista Jorge

Após 17 anos, já é possível verificar os importantes resultados da desestatização da malha ferroviária brasileira para o transporte de cargas no País. A entrada do capital privado nas ferrovias promoveu aumento significativo nos investimentos. De 1997 até 2013, segundo dados da ANTF (Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários), as concessionárias investiram mais de R$ 38 bilhões, enquanto a União aportou cerca de 1,6 bilhão. Ainda, estimularam um salto de 119% na produção do transporte ferroviário, ao passo de que o PIB brasileiro atingiu 59%. A segurança, relevante gargalo, caminhou junto, verificando uma queda de 84% no índice de acidentes. É inegável que a operação das concessionárias tem trazido melhorias em diversas áreas, como no aumento da produtividade, redução do fluxo de cerca de 31 mil caminhões/dia nas estradas e captação de impostos. Em 1999, eram necessários 5,31 litros de diesel para o transporte de mil TKU (tonelada por quilômetro útil). Em 2012, o consumo baixou para 4,18 litros de diesel por mil TKU, equivalente a uma redução de 336,5 milhões de litros de diesel. A expectativa de crescimento na movimentação de carga transportada pelas ferrovias é de 12,5% entre 2014 a 2016, quando atingirá 550 milhões de toneladas. Entretanto, há muito que se melhorar. Para o futuro, o desenvolvimento das ferrovias depende de um conjunto de vários fatores, como expansão da malha, regulamentações, meio ambiente, tecnologia, segurança, tributação, entre outros. Um destes pontos, porém, se destaca: a intermodalidade. O crescimento da intermodalidade é fundamental para a melhor utilização da infraestrutura no Brasil. Valendo-se da diversidade de modais (rodovia, ferrovia, hidrovia e aéreo), é possível aprimorar a eficiência e a produtividade da economia nacional, reduzindo o chamado “Custo-Brasil” neste segmento. Igualmente, torna-se mais fácil equacionar o uso das vantagens de cada modal, inclusive quanto à diminuição do consumo de energia e impactos ambientais, além de estimular o porta a porta. O transporte intermodal cresceu tímidos 8,636% desde o início do processo de desestatização, isso porque há sérios entraves à sua real integração. Cito dois: as condições de acesso ferroviário aos portos e, bastantemente, o sistema tributário. Este necessita de aperfeiçoamento para a operacionalização efetiva do OTM (Operador de Transporte Multimodal), seja em termos de trâmite de documentos entre os estados, na utilização de contêineres ou de incentivos fiscais para a criação de novos terminais intermodais. Utilizando-se os vários modos de

transporte, é possível aproveitar as vantagens de cada um em seu contexto. Para se ter ideia, um caminhão é capaz de transportar cerca de 1.680 sacos de grãos, o que corresponde a 28 toneladas. Em contrapartida, uma composição ferroviária com 100 vagões comporta 360 mil volumes. A prática também é uma forma de destinar a devida utilização a cada modal, refletindo diretamente na competitividade de custo: rodoviário, até 400 quilômetros, ferroviário, de 400 a 1,5 mil quilômetros, e hidroviário, acima dos 1,5 mil quilômetros. Uma agenda estratégica para as ferrovias também passa pela questão dos fornecedores. A identificação nos mercados nacional e internacional de projetos de pesquisa e desenvolvimento de novas alternativas tecnológicas de produtos ferroviários é um dos requisitos. Ainda, a desoneração de importações nas áreas não competitivas (reclassificação de itens enquadrados como “autopeças” para “ferropeças” e reavaliação das alíquotas de importação), bem como o apoio à revitalização da indústria ferroviária nacional e o fomento à produção nacional, além do incremento de fornecedores nacionais, colaborariam muito com o cenário do transporte brasileiro. Como uma das concessionárias, a América Latina Logística (ALL) realizou importantes investimentos neste sentido. Foram usados R$ 880 milhões na construção do Projeto Expansão Malha Norte, um dos maiores projetos ferroviários desenvolvidos e financiados pela iniciativa privada no Brasil. Igualmente, costruiu 260 quilômetros de trilhos no trecho Alto Araguaia-Rondonópolis, no Mato Grosso, aumentando a eficiência do escoamento de cargas do Centro-Oeste para o porto de Santos, maior corredor de exportação de grãos do País. Ainda, o Complexo Intermodal de Rondonópolis (MT), cuja área total de 385,10 hectares gerou o maior terminal de cargas da América Latina, o qual carrega 120 vagões graneleiros a cada 3,5 horas. Em qualquer país, uma logística adequada e eficiente é altamente dependente de infraestrutura de transporte de carga. Dessa forma, o alto custo da logística no Brasil, gerado por deficiências de infraestrutura, faz com que se diminua a competitividade, refletindo no crescimento das empresas e do País. Embora se estime um acréscimo de 32,4% na intermodalidade até 2015, precisamos não só confirmá-lo quanto superá-lo. Por isso, a redução do “Custo-Logística” é um fator de suma importância para o Brasil alcançar o seu desenvolvimento econômico nas exportações.

FREDY VIEIRA/JC

OPINIÃO

Na publicação com intenção de conscientização infantil, bafômetro vira o personagem Soprinho

Objetivo dos responsáveis pela aplicação da Lei Seca e do artista plástico Daniel Azulay é educar para que ruas sejam mais seguras A coordenação da Operação Lei Seca lançou, na semana passada, uma revista em quadrinhos para crianças. O objetivo da ação com a história de Soprinho e Seus Amigos é fazer com que os adultos se conscientizem através das crianças dos riscos de ingerir bebidas alcoólicas antes de dirigir. A revista é dirigida pelo artista plástico e educador Daniel Azulay e será distribuída em escolas, palestras educativas e em blitze da Lei Seca. A primeira edição conta a história de Pedrinho e seus amigos em contato inicial com Soprinho, personagem que é um etilômetro - popularmente conhecido como bafômetro. Azulay disse que as crianças são extremamente importantes na campanha para conscientizar seus pais ou responsáveis sobre os riscos de dirigir alcoolizado. “A criança é sensível. Não só ela se conscientiza para um desenvolvimento futuro, para quando ela tirar a carteira, mas também alerta os seus pais a não tomar a direção quando ingerir álcool. Esse tipo de direcionamento é atitude que respeita a cidadania e evita acidentes. É uma campanha de grande alcance social”, explicou.

O coordenador da Operação Lei Seca, coronel Marco Andrade, salientou que o foco da campanha são crianças entre 8 e 12 anos, e acha a iniciativa de fundamental importância para garantir que o comportamento dos brasileiros no trânsito mude. “Demos um grande passo para conscientizar as futuras gerações. A Lei Seca sempre se comunicou muito com os adolescentes, que serão motoristas muito em breve, e com os adultos. Se a sociedade mudar o seu comportamento, mudar os seus hábitos e a cultura, poderemos ter um trânsito mais humano, mais seguro”, acrescentou. O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, disse que considera a campanha da Lei Seca, para conscientizar as crianças, como a mais importante dos últimos sete anos. Segundo ele, “ensinar às crianças desde cedo sobre essa mistura fatal é essencial. A campanha da Lei Seca é uma campanha que serve para todo o Brasil”. A Operação Lei Seca é uma campanha educativa e de fiscalização permanente, iniciada em março de 2009. Desde então, até maio deste ano, 1.497.455 motoristas foram abordados, 289.910 multados, 59.618 veículos rebocados e 111.303 motoristas tiveram a Carteira Nacional de Habilitação recolhida. Ao todo, 118.077 condutores sofreram sanções administrativas, sendo que 3.787 deles também passaram por sanções criminais. Os agentes realizaram 1.306.550 testes com o etilômetro (bafômetro) em todo o País.

Nokia investirá US$ 100 milhões em carros inteligentes

A Nokia criou um fundo de investimento de US$ 100 milhões para financiar pesquisas na tecnologia de carros inteligentes. “Os carros estão se tornando uma plataforma para tecnologias muito similar aos tablets e smartphones”, diz Paul Asel, sócio da Nokia Growth Business. O objetivo é desenvolver tecnologias

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que operem com o HERE, serviço de mapas inteligentes da Nokia. O desenvolvimento de tecnologias para carros inteligentes tem sido cada vez mais visado pelas gigantes da tecnologia. A Apple lançou o CarPlay, sistema de controle por voz do Iphone, e a Google anunciou carros autônomos capazes de trafegar sem motorista.

Publicação do Jornal do Comércio de Porto Alegre

Gerente de Relações Corporativas e Aduaneiras da ALL

Editor-chefe: Pedro Maciel Secretário de Redação: Guilherme Kolling

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O governo do Rio assinou um convênio no valor de R$ 42 milhões com a estatal federal Eletronuclear para complementação dos recursos necessários à construção da estrada parque Paraty-Cunha (RJ-165), que passa pelo Parque Nacional da Serra da Bocaina e chega à divisa com São Paulo. A obra vai custar R$ 92 milhões, sendo R$ 50 milhões financiados pela Comissão Andina de Financiamento com previsão de entrega até o final do ano. A construção da estrada parque é uma das exigências do Ibama e do Instituto de Biodiversidade Chico Mendes (ICMBio) para a concessão da licença ambiental de construção da Usina Nuclear Angra 3, em Angra dos Reis, no Sul fluminense. Isso porque a ligação vai servir como rota de fuga em caso de acidente. O Departamento de Estradas e Rodagem executa as obras com a supervisão de técnicos e ambientalistas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, disse que a pavimentação da RJ-165 é esperada há 50 anos. Segundo o governador,

já são mais de dois quilômetros construídos, de um total de 9,4 quilômetros no trecho fluminense, até a divisa com São Paulo, onde se interligará à SP-171. O trajeto entre Paraty e Cunha, em São Paulo, tem um total de 47 quilômetros e, nos tempos de Brasil Colônia, era usada pelos portugueses para transportar ouro e diamantes vindo de Minas Gerais em direção ao porto de Parati, na Costa Verde. “A importância é muito grande. Temos pedidos aqui de mais de 153 prefeitos, do governador (de São Paulo) Geraldo Alckmin, que me liga de dez em dez dias perguntando como está a obra”, disse Pezão. “Essa estrada joga o Vale do Paraíba e o Sul de Minas em menos de uma hora no mar. A Costa Verde vai ser o destino de um turismo ecológico, um turismo de negócios”, disse o governador. A construção começou em maio de 2013 e obedece a exigências de proteção da fauna e da flora locais, com a adoção de medidas de preservação do curso de rios, criação de passagens aéreas e subterrâneas para animais e pavimentação com blocos de cimento não poluentes. O presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, garantiu que a obra respeita as exigências legais. “Temos que inserir o homem no meio ambiente. Essa estrada possibilita que o homem se desloque com extremo respeito ao meio ambiente, permitindo passagem para animais, por exemplo. A própria

Construção começou há um ano, segue via tradicional do Brasil Colônia e terá a extensão de 47 quilômetros prodv

Rodovia tem trajeto pelo parque da Serra da Bocaina e chega até a divisa do Rio com São Paulo possibilitando o crescimento do turismo

ROGÉRIO SANTANA/GOVERNO DO RIO/JC

Rio assina convênio para obra da estrada parque Paraty-Cunha

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atividade nuclear é uma participação das preocupações ambientais. Muito embora a crença diga o contrário, é uma forma muito limpa de gerar energia”, informou. A Paraty-Cunha é a segunda estrada parque do estado do Rio. A primeira é a RJ-151, ligando Itatiaia e Resende, inaugurada no início deste ano, que é pavimentada com asfalto de borracha. As estradas parque são construídas no interior de uma área de preservação ambiental e exigem licença específica antes de serem pavimentadas.

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o aprofundamento das investigações do inquérito que apura um suposto esquema de formação de cartel em licitações do sistema de trens e do metrô de São Paulo. O ministro atendeu a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e determinou que somente os secretários de Energia de São Paulo, José Anibal, e de Desenvolvimento Social, Rodrigo Garcia, continuem respondendo às suspostas irregularidades na Corte Suprema. De acordo a decisão, com base em declarações de uma testemunha que colaborou com as investigações, “há indícios do envolvimento dos requerentes Rodrigo Garcia e José Aníbal. É cedo, muito cedo, para chegar-se à conclusão a respeito da partici-

pação, ou não, dos citados parlamentares. Por ora, é suficiente ao aprofundamento das investigações o que foi declarado por colaborador ‘x’”, decidiu o ministro. Na mesma decisão, Marco Aurélio determinou o arquivamento do inquérito sobre o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) e Edson Aparecido, secretário da Casa Civil de São Paulo. O ministro seguiu entendimento do procurador-geral em relação aos acusados. Segundo Janot, não há elementos mínimos para instauração de investigação. O possível esquema de fraudes no sistema de trens e do metrô de São Paulo começou a ser investigado na Justiça Federal em São Paulo, mas foi encaminhado ao Supremo devido à inclusão do nome do deputado federal Arnaldo Jardim. Como o parlamentar tem foro pri-

vilegiado, as acusações só podem ser analisadas pelo STF. Após receber o inquérito, o ministro Marco Aurélio, relator do processo, decidiu desmembrar a investigação. Apenas os acusados que têm foro privilegiado vão responder às acusações no Supremo. No processo, são apurados os crimes de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. As investigações indicam que as empresas que concorriam nas licitações do transporte público paulista combinavam os preços, formando um cartel para elevar os valores cobrados, com a anuência de agentes públicos. Em novembro de 2013, atendendo a uma solicitação da Polícia Federal, a Justiça Federal determinou o bloqueio de cerca de R$ 60 milhões em bens de suspeitos de participar no esquema, como forma de garantir o ressar-

MARCELO CAMARGO/ABR/JC

STF solicita mais investigações sobre a possível propina no metrô de São Paulo

Marco Aurélio quer mais informaçõe sobre envolvidos na denúncia

cimento dos valores desviados. Foram afetadas três empresas e cinco suspeitos, incluindo três ex-diretores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. A solicitação foi feita após a Polícia Federal tomar conhecimento de que autoridades suíças, que também investigam as suspeitas de corrupção, encaminharam um pedido de cooperação internacional ao Brasil. A combinação

de preços entre as empresas que participaram de licitações para obras, fornecimento de carros e manutenção de trens e do metrô também é alvo de investigação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do Ministério Público Federal e do Ministério Público Estadual. O cartel é investigado pela Operação Linha Cruzada, montada pelo Cade em conjunto com a Polícia Federal.


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Jornal do Comércio - Porto Alegre

CRUZEIRO

Navio chega ao Rio com 4 mil turistas para a Copa 2014 Transatlântico MSC Divina foi o primeiro a atracar no Píer Mauá com visitantes que vieram ao País para o Mundial O Píer Mauá, no Rio de Janeiro, recebeu um navio de cruzeiro com mais de de quatro mil turistas na semana passada. A maioria veio ao Brasil para os jogos da Copa do Mundo, que começam hoje. Um grupo de mexicanos, que seguiu no navio para Santos, era o mais animado, e cantava músicas e o hino de seu país. Os turistas chegaram no Transatlântico MSC Divina, vindo de Miami, nos Estados Unidos. As pessoas que tentavam deixar o píer sem carros ou vans fretadas, no entanto, encontraram dificuldades para conseguir um táxi. Alguns controladores de trânsito da Companhia de Engenharia de Tráfego auxiliavam os turistas e chamavam os táxis que passavam na avenida Rodrigues Alves, principal via da zona portuária. O gerente de operações do Píer Mauá, Alexandre Gomes, informou que o próximo navio a atracar será o Monarch, que vem do Caribe, e chega neste sábado. O

cais vai receber também um dos maiores iates do mundo, cujo nome e nacionalidade do proprietário não foram divulgados. As três embarcações serão responsáveis pela movimentação de 9,8 mil pessoas, além de deixar aproximadamente US$ 28 milhões no Rio de Janeiro. “Esse navio tem capacidade de 4.100 passageiros e mais 1.500 tripulantes. Quando a gente trata como turista, a gente trata todo mundo, porque o tripulante frequenta e usufrui da cidade tanto quanto os passageiros. Daqui ele vai direto para Santos, desembarca os passageiros, embarca um pessoal novo, vai para Fortaleza e vai fazendo vários portos do Brasil”, diz Gomes. Por causa da chegada dos turistas, a Receita Federal reforçou o esquema de revista de bagagens no desembarque do cruzeiro. Algumas vans do órgão ficaram no setor de desembarque com ferramentas para raio-x de malas e mochilas das pessoas. “É o trâmite regular de inspeção operacional. O processo que está sendo operado aqui é o mesmo utilizado regularmente durante a temporada de cruzeiros e é o mesmo processo do aeroporto. Ou seja, as pessoas passam pelo raio-x da Receita Federal e pela imigração. É o processo regular tanto

TÂNIA RÊGO/ABR/JC

Receita Federal reforçou esquema para apressar a inspeção das bagagens de visitantes

de segurança, quanto da questão aduaneira”, completou Gomes. O chefe substituto do Núcleo de Polícia Marítima, da Polícia Federal, Eliseu Cardoso, disse que o Píer Mauá recebeu o reforço de agentes e embarcações para fortalecer a segurança e impedir a entrada de produtos ilegais no Brasil. “Um terminal de passageiros já tem os parâmetros pré-estabelecidos para atendimentos às embarcações. Esses parâmetros são muito rígidos e vão desde a segurança a bordo da embarcação como também do terminal. Tivemos um adicional de 20 agentes. Trabalhamos juntos com

Espaço Sindiatacadistas

as outras instituições para elevar o nível de segurança do terminal”, explicou. Os australianos James Puddledic, de 23 anos, e Luke Dellabosca, de 24 anos, disseram estar animados com a possibilidade de conhecer o Brasil durante a Copa do Mundo, mas admitiram que não acreditam que a Austrália passe da primeira fase da competição. “Nós estamos muito excitados, mas não acreditamos que a nossa seleção vá se sair muito bem. Porém, estamos muito animados para conhecer outras culturas. Vamos seguir a Austrália em Curitiba, Porto Alegre.”

Cursos e Palestras Julho 2014

UMA PUBLICAÇÃO DOS SINDICATOS DO COMÉRCIO ATACADISTA DE PORTO ALEGRE E DO ESTADO DO RS

ÍNDICE MOSTRA RECUPERAÇÃO DO COMÉRCIO ATACADISTA GAÚCHO

1º ENCONTRO DE EMPRESÁRIOS DA ZONA SUL

O comércio gaúcho encerrou o mês de março último com uma queda real de 1,1% na comparação com o mesmo período de 2013, segundo o Índice de Vendas do Comércio (IVC), calculado por meio de convênio entre a Fecomércio-RS, Fundação de Economia e Estatística (FEE) e Secretaria da Fazenda (Sefaz), a partir de dados fornecidos pela Pasta. A contração no mês é explicada pelo comportamento das vendas no varejo, que apresentou recuo de 3,9%, especialmente em função da menor quantidade de dias úteis no mês, associado ao cenário de expansão mais lenta da economia no período recente. O comércio atacadista, por sua vez, teve uma alta real de 2,1% na comparação com março do ano findo. No acumulado de 2014, o setor de comércio do RS registra uma expansão real de 3,5%, puxada principalmente pelo crescimento do comércio atacadista (4,7%), enquanto o comércio varejista apresentou desempenho mais tímido (2,3%) na mesma base de comparação. Em 12 meses, verifica-se um crescimento do comércio varejista de 3,0% e do comércio atacadista de 3,7%, totalizando incremento de 3,3% nas vendas do comércio gaúcho. Entretanto, enquanto o comércio varejista mostra estabilidade na taxa de crescimento, com sinais recentes de desaceleração, o comércio atacadista apresenta uma trajetória de recuperação, depois de registrar taxas de crescimento negativas, nessa base de comparação, por grande parte de 2013. O IVC foi lançado no dia 2 de maio na sede da Fecomércio-RS, contando com a presença do presidente da entidade, Zildo De Marchi, do presidente da FEE, Adalmir Marquetti, do subsecretário adjunto da Receita estadual, Newton Guaraná, e do coordenador do Conselho de Economia da Fecomércio-RS e presidente do Sindicato do Comércio Atacadista de Louças, Tintas e Ferragens de Porto Alegre, Leonardo Ely Schreiner. O novo indicador mede o desempenho das vendas do comércio varejista e atacadista do Estado, a partir de dados fornecidos pela Sefaz. Oferece uma avaliação regionalizada do desempenho do setor ao contemplar as sete mesorregiões do RS e 30 municípios, algo que não é possível de ser realizado com os indicadores até então disponíveis. Diferentemente do que ocorre em pesquisas que divulgam dados estatísticos de uma amostra restrita de empresas – como a Pesquisa Mensal do Comércio, do IBGE, o IVC mede o desempenho do setor com base nas informações de receita bruta disponibilizadas mensalmente à Sefaz. O indicador é desagregado em duas categorias: Comércio Varejista e Comércio Atacadista, cada uma com suas subdivisões.

O Sindiatacadistas promoverá, no dia 13 de junho (sexta-feira), o 1º Encontro de Empresários da Zona Sul do Estado. O evento será realizado às 8h30, no Hotel Curi, em Pelotas. Na oportunidade, o economista do Sistema Fecomércio-RS, Lucas Schifino, falará sobre o cenário atual da economia nacional, gaúcha e da região, bem como sobre as perspectivas para o segundo semestre deste ano. O encontro terá a participação de empresários da construção civil e de gêneros alimentícios, entre outros. A iniciativa objetiva a aproximação do Sindiatacadistas com as empresas de sua base territorial da Zona Sul, contando com o apoio de Jorge Luiz Segundo, diretor da atacadista de materiais de construção Comercial Bonzão, nomeado delegado regional da entidade para a região. O planejamento estratégico do Sindicato contempla a realização de encontros similares em outras cidades-polo gaúchas, visando a ampliação do seu processo de interiorização.

Jornalista Responsável: Valter Todt

01 de julho Curso Logística e Gestão de Estoques Ministrante: Andrew Carvalho

14 de julho Workshop Habilidades em Vendas Módulo Básico Ministrante: Ewerton Reis

15 de julho Curso Prático de SPED – Contábil Ministrante: Daisy M. Marques Machado

GIRO PELO RIO GRANDE O Sindiatacadistas mantém sua presença constante em todas as edições do projeto Giro pelo Rio Grande, lançado em 2011 pela Fecomércio-RS, com o objetivo de ouvir os associados e fortalecer a base de atuação do Sistema no Estado. Em 20 de maio, o Sindicato participou ativamente do encontro realizado em Gramado, que reuniu, nas dependências da Expogramado, sindicatos e empresários das cidades de Novo Hamburgo, Bento Gonçalves, Farroupilha, Caxias do Sul, Montenegro, Nova Prata, São Leopoldo, Torres, Taquara e Osório. O Sindiatacadistas promoveu, na oportunidade, o curso SPED FISCAL, que contou com 32 participantes. A entidade igualmente esteve presente no Giro pelo Rio Grande, no dia 9 de junho, realizado na sede da Fecomércio-RS, em Porto Alegre, reunindo empresários de Gravataí, Novo Hamburgo, Canoas, Guaíba, Osório, Montenegro, Charqueadas, Gramado, Viamão, Torres, São Leopoldo e Camaquã, além da Capital.

Sindicatos do Comércio Atacadista: - do Estado do Rio Grande do Sul - de Gêneros Alimentícios de Porto Alegre - de Louças, Tintas e Ferragens de Porto Alegre - de Tecidos, Vestuário e Armarinho de Porto Alegre - de Produtos Químicos para a Indústria e Lavoura e de Drogas e Medicamentos de Porto Alegre - de Madeiras de Porto Alegre - de Álcool e Bebidas em Geral no Estado do Rio Grande do Sul - SICABEGE Av. Júlio de Castilhos, 440/15º andar - CEP 90030-130 Porto Alegre/RS - Fone/Fax: (51) 3214.7400 www.sindiatacadistas.com.br


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