Dia do Comércio
Sexta-feira, 15 de julho de 2016 Caderno especial do Jornal do Comércio Porto Alegre ANTONIO PAZ/JC
Sindicatos Empresariais Filiados
2
ÍNDICE
Dia do Comércio
Sexta-feira 15 de julho de 2016 Caderno especial do Jornal do Comércio
Porto Alegre
PESQUISA
2 Mercado............................ 6 Shoppings..................... 10 Supermercados.............. 14 Franquias....................... 16 Tecnologia..................... 18 Pesquisa............................
ENTIDADES
20 Agas.............................. 22 AGV...............................24 CDL................................ 26 Fecomércio....................30 Federasul....................... 32 Sebrae........................... 33 Senac-RS....................... 34 Sesc.............................. 35 Sincodiv/Fenabrave-RS.. 36 Sindiatacadistas............ 37 Sindilojas.......................38
EXPEDIENTE Dia do Comércio Editor-Chefe: Pedro Maciel (maciel@jornaldocomercio.com.br) Editora de Cadernos Especiais: Ana Fritsch (anafritsch@jornaldocomercio. com.br) Reportagem: Liège Alves e Lissandra Mendonça Revisão: André Fuzer, Rafaela Milara e Thiago Nestor
FREEPIK/DIVULGAÇÃO/JC
ACPA.............................
Pesquisa "Os porto-alegrenses e o consumo" chega a sua oitava edição e confirma a tendência de um cliente cada vez mais conectado
Classe B volta a predominar no comércio de Porto Alegre A pesquisa "Os porto-alegren- retomando patamares de anos anses e o consumo" chega a sua oitava teriores, como 2014 e 2013. “Esse edição com um cenário mais otimis- resultado pode ser explicado pela ta para o comércio da Capital em crise que retirou uma parcela signirelação a 2015. O resultado revela ficativa da nova classe C dos locais também um consumidor cada vez de consumo”, diz a professora. O mais consciente dos seus direitos e estudo também trouxe outros dados conectado às novas tecnologias. Essa interessantes, como um discreto autendência reforça a necessidade do mento dos homens circulando pelas varejista estar sempre em movimen- ruas de Porto Alegre, comportamento e atento em oferecer um bom aten- to que também pode ser creditado dimento para fidelizar esse público ao aumento do desemprego, que faz exigente. Desenvolvido pela Escola crescer a circulação nestes espaços. Superior de Propaganda e Marketing Quanto à idade, o levantamento (ESPM-Sul), com exclusividade para mostra um número maior de pessoas o Jornal do Comércio, o estudo ouviu mais maduras e, consequentemente, 401 pessoas em vários locais públi- mais conservadoras nos locais onde cos: Centro, Assis Brasil, Redenção, foi feita a abordagem. “Esse dado Tristeza, Azenha e o Parque Moinhos confirma o fato de termos mais de Vento (Parcão). O questionário foi pessoas da classe B circulando. A aplicado em maio e a amostra garan- classe C, que predominava em 2015, te uma margem de erro de 5% para é formada por pessoas mais novas, mais ou para menos. como jovens casais que estão emSegundo a pesquisadora e pro- pregados e adquirindo um poder de fessora da ESPM-Sul Liliane Rohde, compra que antes não tinham”, coo destaque fica por conta da menta Liliane. Os pesquisadores as CO QUINTANA/J C MA R maior presença de pesESPM também perguntaram soas da classe B (concomo os gaúchos da Casumidores com renpital estão cuidando da da entre três a sete sua saúde e qualidade salários mínimos), de vida. E o resultado preocupa: 53% dos enPesquisadora trevistados disseram e professora não ter o costume de da ESPM-Sul, fazer esportes, enquanto Liliane Rohde 47% têm este hábito.
Classes sociais CLASSES A
53
30 16
B
C
D/E
PERCENTUAIS (%)
57 49,1
30
12
1
1
2013
2014
38,5
48 41,4
9,4
9,2
3
1,4
2015
2016
Caderno especial do Jornal do Comércio
Porto Alegre
PESQUISA
Arte Juliano Bruni/JC
Sexo masculino
3
Dia do Comércio
Sexta-feira 15 de julho de 2016
feminino
46,5 53,5
47,8 52,2
2013
2014
Em 2015, apenas 3% dos entrevistados na pesquisa "Os
porto-alegrenses e o consumo", da
ESPM-Sul, afirmaram ir a shoppings centers mais de uma vez na semana. No resultado mais recente, este índice subiu para 11%. Essa mudança acentuada de comportamento é explicada por dois fatores, segundo a professora e pesquisadora Liliane Rohde. Um deles é o aumento de mais pessoas que se enquadram na classe B e a crise na segurança pública. “As pessoas estão indo mais aos
shoppings, porque lá se sentem mais seguras para fazer suas compras e refeições." Além disso, os centros comerciais voltaram a ser lugares de lazer para a família. Com menos dinheiro para gastar em shows e peças de teatro, por exemplo, acabam se tornando também um lugar de diversão. Conforme a amostra, apenas 5% dos entrevistados costumam ir a shows mais de uma vez por semana (índice que ficou igual ao registrado ano passado). Já aqueles que dizem ir mensalmente, apresentou um
redução significativa. Em 2015, eram 55%; e neste ano, foram 33%. Na edição anterior, 23% disseram ir eventualmente a shows. Já neste ano, o número subiu para 40%. Nessa edição da pesquisa, foi questionada a frequência com que os entrevistados viajam, não explicitando se são viagens nacionais, internacionais, de lazer ou a trabalho. O resultado mostrou um aumento na frequência de viagens, em função da maior presença de pessoas de classe B nos locais de coleta.
Frequência de ida a shopping center PERCENTUAIS (%) 2013 2014 2015 2016 Mais de uma vez na semana 11,7% 8% 3% 11% Semanalmente 16,2% 10% 12% 22% Quinzenalmente 14,7% 18% 13% 23% Mensalmente 22,9% 17% 14% 14% Eventualmente 26,6% 40% 45% 22,5% Não vai 8,0% 7% 13% 7,5%
PERCENTUAIS (%)
Mensalmente
9,7
Duas vezes por ano
19 Anualmente
27 Eventualmente
26 Não viaja
18,3
54
48
52
PERCENTUAIS (%)
Shoppings como opção de lazer
Frequência com que viaja
46
Instabilidade obriga a poupar A instabilidade política e financeira alterou os hábitos do consumidor. A pesquisa mostra que as pessoas estão gastando menos e buscando economizar mais. “A crise parece que alterou o comportamento financeiro das pessoas que estão nas ruas. Nesse quesito, houve uma mudança substancial nos índices”, diz a professora da ESPM-Sul Liliane Rohde. Entre os 55% que alteraram seu perfil de investimento, 86% migraram para investimentos mais conservadores. O índice de pessoas que têm poupança aumentou devido a uma maior presença da classe B na amostra. Entre os entrevistados, 60% disseram ter poupança. “Essa poupança não necessariamente quer dizer que seja uma aplicação em bancos. Pode ser uma reserva em casa ou na própria conta-corrente. Esse resultado reflete bem a insegurança que passamos e ainda estamos vivenciando”, completa a pesquisadora. O momento delicado também impactou as intenções de compra. Entre aqueles que pensam em reduzir as compras, os itens que
pretendem cortar são lazer, sapatos e vestuário. A pesquisa indica ainda que 62% dos entrevistados já fizeram uma redução e 41% ainda pretendem cortar mais os gastos. “No entanto, no que se refere ao comportamento futuro de compras, nota-se um certo otimismo, porque um índice menor de respondentes afirma que vai diminuir suas compras. Neste ano, o índice é de 41% e, no ano passado, estava em 51%", diz Liliane. Quando abordados sobre o futuro do País, os ouvidos também se mostram mais otimistas. De acordo com o estudo, 22% dos entrevistados acham que o Brasil vai melhorar. Na edição do ano passado, o índice era de 14%. “Neste ano, perguntou-se diretamente como os consumidores de Porto Alegre veem o momento político atual. Esta coleta de dados foi realizada depois do afastamento da presidente Dilma Rousseff”, explica a professora. Para 43% das pessoas ouvidas, o cenário político permanecerá igual; 36% acham que vai piorar; e 21%; que irá melhorar.
2015
Idade 60
2016
PERCENTUAIS (%)
de 18 a 35 anos de 36 a 55 anos de 56 a + 75 anos
14
26
2013
29 12
59 2014
68
26 6
2015
52,5
30 17,5
2016
Em função da crise já fizeram 27
38 2016
14
6 15
PERCENTUAIS (%)
Diminuíram os investimentos em lazer Diminuíram os investimentos em alimentação Diminuíram os investimentos em educação Diminuíram os investimentos em vestuário Manteve o orçamento inalterado
4
Dia do Comércio
Itens que compra
A compra pela internet está consolidada entre os consumidores porto-alegrenses. A cada edição da pesquisa, a rejeição ao e-commerce vem diminuindo. “As pessoas estão perdendo o medo de comprar pela internet", comenta a professora da ESPM-Sul Liliane Rohde. No resultado deste ano, 28% das pessoas ouvidas afirmaram nunca ter feito uma compra on-line. Em 2015, esse índice era de 34%. Se, por um lado, o consumidor está mais confiante na tecnologia; por outro, seu comportamento de compra via web se manteve inalterado. Passagens aéreas e livros seguem liderando entre os itens mais comprados nas lojas virtuais. Entre os que compram, 41% usam o notebook, 19% o computador,
Compra pela internet
A hora e a vez das compras on-line 10% o celular e 2% o tablet. A realidade de um consumidor cada vez mais conectado fez com que a coordenação do estudo incluísse uma questão a mais para poder entender melhor o perfil desse cliente. Liliane comenta que a tendência é que muitas pessoas pesquisem preços, informações sobre o produto e opiniões de outros consumidores pela internet, mas realizem a compra na loja física. “A compra em um comércio tradicional ainda traz mais segurança", afirma a professora. Conforme o resultado da amostra, os produtos mais pesquisados na internet são eletrônicos e eletrodomésticos (57%), passagens (43%), viagens (41%), calçados (32%), livros (30%) e roupas (25%).
Passagens aéreas Livros DVD Eletrônicos Eletrodométicos
Nunca
37
Às vezes
Sempre
60
55
34
34 28
15
14
2013
2014
46
35 32
32
25
25
16 15 14 13 12 9
17 16 / 16 15 13 5,5 4,5 2015
11
12
2015
2016
Renda familiar mensal
s.m.: salário mínimo nacional 2014 2015 2016 PERCENTUAIS (%)
2,7 4 2
Até 1 s.m. 29
34
26
+ de 1 s.m. até 3 s.m.
2016 26
OBS.: Escolha múltipla soma dos percentuais superior a 100%
26
34
+ de 3 s.m. até 5 s.m.
Investimentos
Porto Alegre
PESQUISA
52
48
Roupas Acessórios Calçados Reservas de hotéis Móveis
2014
Caderno especial do Jornal do Comércio
PERCENTUAIS (%)
PERCENTUAIS (%)
2013
Sexta-feira 15 de julho de 2016
24 PERCENTUAIS (%)
2013 2014 2015 2016 Poupança 42% 60% 54% 60% Fundos de investimentos 10% 10% 11% 14% Outros imóveis 10% 14% 8% 10% Ações na bolsa 2% 3,5% 1% 1% Não soube informar 1% - - Previdência Privada - - - 5% Nenhum 35% 12,5% 11% 10%
16
+ de 5 s.m. até 7 s.m. 16
12
11
+ de 7 s.m. até 10 s.m. 2,3 8
6
+ de 10 s.m.
21
Porto Alegre
Com a atual conjuntura econômica, você vai Diminuir as compras
Manter
51
As marcas próprias podem ser uma boa alternativa para o varejo. A pesquisa da ESPM-Sul revela que 11% dos entrevistados costumam comprar esses produtos, 60% compram às vezes, e 29% não compram. Entre os itens mais procurados de marcas próprias estão alimentos (60%), higiene (27%), limpeza (25%) e cosméticos (22%). “A marca própria é uma forma interessante, pois, além de mais retorno financeiro, o varejista cria uma identificação do cliente com a sua marca", afirma a professora Liliane.
Aumentar PERCENTUAIS (%)
59
PESQUISA
Marcas próprias são alternativas para o varejo
53 41
45
2015
Futuro do país
Caderno especial do Jornal do Comércio
5
Dia do Comércio
Sexta-feira 15 de julho de 2016
2016
14 47
Melhorando
22
Se mantendo
41 39
Piorando
37
PERCENTUAIS (%)
37
Momento político 2016 4
4
4
2014
2015
2016
36 Vai piorar
43 Ficar igual
PERCENTUAIS (%)
21 Melhorar
6
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Porto Alegre
MERCADO
À espera da estabilidade econômica O varejo é o primeiro setor a sentir os efeitos da economia. Com menos dinheiro no bolso, o consumidor pensa duas vezes antes de gastar. Essa retração do consumo pode ser sentida na atividade do comércio gaúcho, que sofreu um grande retrocesso em 2015, chegando ao nível registrado em 2010. As vendas do varejo no primeiro trimestre de 2016 registraram queda de 5,1%. Se for levado em consideração o varejo ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, o índice negativo sobe para 11,9%, segundo dados da Fundação de Economia e Estatística (FEE). Quem se salvou foi o setor de farmácias, cosméticos e artigos médicos, que apresentou crescimento nos índices nacional e gaúcho, tanto na comparação de março com o mesmo mês do ano anterior, quanto no acumulado em 12 meses. “As características desse setor fazem com que ele sofra menos com a crise do que os demais. Afinal, diversos produtos comercializados são de primeira necessidade e de difícil substituição", diz o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Porto Alegre, Alcides
FREEPIK/DIVULGAÇÃO/JC
Com menos dinheiro no bolso, o consumidor pensa duas vezes antes de gastar, o que afeta o varejo
Debus. Assim como os cosméticos, calçados e vestuários estão se saindo melhor, já que o frio chegou mais cedo e deu uma aquecida nas vendas.
O presidente da CDL entende que a ainda é cedo para projetar vendas para o Natal, mas acredita em um segundo semestre um pouco melhor, com queda dos
Emprego estável na Região Metropolitana A forte retração da economia em 2015 impactou o mercado de trabalho e, consequentemente, o rendimento médio das famílias. “O cenário reflete diretamente no comércio, pois reduz o poder de compra do trabalhador”, diz a economista Iracema Castelo Branco, do Centro de Pesquisa de Emprego e Desemprego da FEE. Dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre mostram que
a taxa de desemprego total apresentou relativa estabilidade entre março e abril de 2016, passando de 10,7% para 10,5% da população economicamente ativa. O resultado pode ser considerado positivo se comparado ao comportamento dos últimos 12 meses. Entre abril de 2015 e abril de 2016, a taxa de desemprego total na região aumentou de 7,3% para 10,5%. Outra pesquisa da FEE revela mudança de comportamento dos
gaúchos no que se refere às horas trabalhadas. Em 2015, a média de horas trabalhadas por semana foi de 23,3, enquanto no ano anterior ficou em 25,7. Já neste ano, Iracema diz que está ocorrendo uma leve recuperação, principalmente no comércio. “Os vendedores que trabalham comissionados estão com uma expectativa de vender mais e, claro, ganhar mais. Isso também ocorre com os autônomos", comenta ela.
Crise também traz novas possibilidades Juarez Meneghetti, economista da FEE, concorda que os consumidores e empresários estão mais confiantes, mas alerta: “é preciso estabilidade econômica e política, pois os níveis de investimentos estão parados". No entanto, nem tudo é ruim em uma crise. A dificuldade também traz oportunidades. Segundo o economista, a recessão seleciona produtos e empreendedores. Se salva quem tem bom preço e qualidade no atendimento. “Quem trabalha com gestão e treinamento de pessoas ganha em produtividade”, garante.
Professor da ESPM-Sul e consultor especialista no varejo, Cláudio Roberto D Ávila Filho reconhece que o ano é difícil, mais até que 2015, mas que toda crise passa. “A economia tem ciclos, e essa crise tem sido de mais sacrifícios. Mas existe uma expectativa de melhora para 2017", afirma ele. Enquanto isso, para sobreviver, o lojista tem que reduzir os custos fixos e manter a qualidade do atendimento. Ele conta que muitos comerciantes estão renegociando aluguéis diretamente com imobiliárias e buscando
ajustar a equipe, mas sempre de olho para não prejudicar o time de vendas. “É preciso selecionar bem o que vai se cortar, pois pode piorar a situação", alerta. Por outro lado, quem está mais estruturado tem a chance de aproveitar o momento para fazer melhorias ou escolher um ponto comercial mais movimentado, já que são muitas as opções de imóveis para alugar no mercado. O professor lembra, porém, que investimentos feitos agora só devem dar o retorno a médio e longo prazos.
juros. “Vislumbro a possibilidade de um pequeno crescimento na venda de produtos com ticket médio baixo, que caracterizam a grande maioria do comércio
varejista. Enquanto entidade, temos incentivado os empresários associados para que mantenham uma visão otimista, até para que possamos, de fato, mudar este cenário de estagnação", ressalta Debus. Além do cenário econômico complicado, os lojistas têm que enfrentar outras dificuldades, como a alta carga tributária e até a concorrência do comércio informal, que vem ganhando proporções cada vez maiores no Centro de Porto Alegre, segundo presidente da CDL. A definição dos rumos políticos em Brasília também é vista como fundamental para que o País reencontre a estabilidade econômica e os negócios melhorem no segundo semestre. Essa é a opinião do presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas), Paulo Kruse. “Somos um país com uma ampla diversidade cultural e muito ainda a conquistar e a crescer. E o comércio varejista é a ponta deste crescimento, por onde circula renda, gera tributação e é fonte de trabalho. Por isso, nossa expectativa é que o governo tome decisões que busquem o crescimento do País”, afirma ele.
Ser eficiente é fundamental Em 2015, o setor supermercadista registrou uma queda real nas vendas, mas que não assustou a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). Conforme a entidade, trata-se de uma readequação de consumo. O presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, explica que muitos consumidores ascenderam à classe C nos últimos anos e, nesta fase de readequação de consumo e de instabilidade, este consumidor - que já experimentou muitas opções, produtos e novidades - hoje sabe exatamente do que precisa e o que quer. “O consumidor está mais cauteloso, pesquisando muito, atento às oportunidades, por isso acreditamos que o varejo eficiente sempre continuará crescendo", afirma o dirigente. Cada vez mais exigente, o consumidor está ensinando o supermercadista a ser eficiente. “O varejista de sucesso é aquele que está enxugando
seus custos e, ainda assim, conseguindo agregar valor e aprimorar o serviço de sua operação. Toda a crise traz suas oportunidades, por isso entendemos que é o momento de sair da caixa, de ir além do convencional, de ser criativo", defende o presidente da Agas. Segundo ele, o segmento já retomou o crescimento no primeiro trimestre de 2016 e espera encerrar o ano com um crescimento pequeno, mas que dê sustentação para seguir crescendo. “Uma economia só é forte quando sua indústria também é forte, por isso defendemos um desenvolvimento conjunto de todos os setores”, diz Longo, ressaltando que não se pode pensar em um cenário de euforia econômica para os próximos cinco anos, por isso o varejo precisa fazer o seu dever de casa para atrair consumidores, gerar demanda e oportunizar boas condições aos clientes.
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MERCADO
Cuidado para não exagerar na dose Em tempos de dificuldades econômicas, é preciso se reinventar para manter a saúde financeira da empresa, mas também é necessário ficar atento para não se perder em uma estratégia errada. Basta dar uma passeada pelas lojas de rua ou shoppings para observar vitrines oferecendo promoções. Liquidações generalizadas e sem foco podem não ser a melhor opção, segundo o professor da ESPM-Sul e consultor especialista no varejo Cláudio Roberto D Ávila Filho. Ele explica que promoções fora de época, sem regras, em detrimento de uma ação mais acertada, perdem o sentido. Para se diferenciar neste cenário de incertezas, ele recomenda apostar na capacitação da equipe de vendas, ter estoque com produtos de alto giro e aumentar o ticket médio das compras. “A movimentação nas lojas está menor. Então, a saída é definir seu público, fidelizar o cliente e aumentar sua cesta de compras”, diz D Ávila. Outras dicas do professor são: manter a coerência no produto ou conceito que vende, ter um ambiente que ofereça uma experiência positiva ao consumidor, vitrine organizada e limpa e colaboradores afinados com a proposta do negócio.
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Seis dicas para motivar a equipe de vendas
1
Tornar os profissionais mais seguros: em momento de incerteza, existe o medo de perder o emprego. Por isso, é preciso envolver a equipe para encarar os problemas de frente. A situação está difícil? Qual é a dificuldade? É uma grande oportunidade para desenvolver quais pontos? O que vamos fazer para superar? Em cima dessas perguntas e respostas, crie um plano de ação, com o envolvimento da equipe para encontrar a solução do problema.
IB VENDAS/DIVULGAÇÃO/JC
2 3
Engajar: atrair o vendedor por uma causa é papel de um líder. Toda equipe precisa de alguém para mobilizá-la por algum motivo. Estar sempre por perto: o feedback com a equipe deve ser constante. Apresentar os resultados, mostrar as avaliações positivas, as falhas e apontar de que forma podem melhorar o rendimento são atitudes que também motivam.
4 5 6
Rodrigues ressalta a importância de o
Estimular: por meio do reconheci- varejista motivar sua equipe de vendas mento a quem apresenta os melhores resultados, seja financeiro com bonificações ou aplausos, o líder leva a equipe a crescer e superar as dificuldades. Entender a diferença entre motivação e felicidade: muitos profissionais confundem os dois termos. Acreditam que estar feliz é sinônimo de estar motivado. Felicidade é uma sensação de bem-estar e contentamento. Precisamos estimular a equipe a encontrar os seus motivos para agir e conquistar o estado de felicidade com o alcance da meta. Motivar para prospectar: existem vendedores com muitas habilidades, mas sem motivação para fazer a prospecção, por medo da rejeição, timidez ou qualquer outra razão. Esses profissionais precisam se movimentar para perceber que a prospecção, assim como todas as atividades em vendas, gera resultados e é essencial para todas as outras atividades.
D Ávila Filho recomenda apostar na capacitação
Fonte: Mário Rodrigues, diretor do Instituto Brasileiro de Vendas (IBVendas)
Em um mês, 500 mil brasileiros ficaram inadimplentes A inadimplência no Brasil está em alta desde março de 2015. Somente na passagem de março para abril deste ano, 500 mil brasileiros deixaram de pagar alguma conta e foram inscritos nos cadastros de restrição ao crédito, totalizando mais de 59,2 milhões de consumidores em todo o País com o CPF negativado, enfrentando dificuldades para realizar compras a prazo, fazer empréstimos, financiamentos ou contrair crédito de modo geral. Isso significa que 39,9% da população brasileira com idade entre 18 e 95 anos está inadimplente e com o nome registrado em serviços de proteção ao crédito. E não são só as pessoas físicas que não estão conseguindo pagar suas contas. Como a economia é um efeito dominó, as empresas também estão sendo prejudicadas. De acordo com o Indicador de Inadimplência de Pessoas Jurídicas do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o número de empresas devedoras aumentou 13,96% em abril nas quatro regiões pesquisadas – Centro-Oeste, Norte,
Nordeste e Sul – em relação ao mesmo mês do ano passado. “Ao longo do ano passado, a economia brasileira deteriorou-se e impactou a renda das famílias e o faturamento das empresas. A alta da inadimplência observada entre as empresas, e também pessoas físicas, é um duro reflexo desse cenário que limita o crédito e engessa o crescimento das pessoas jurídicas”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Segundo Marcela, muitos brasileiros poderiam evitar essa situação se dedicassem uma hora por semana para cuidar do seu orçamento doméstico. "O maior problema é a educação financeira. O ideal é fazer uma planilha com os rendimentos, gastos fixos e variáveis. O que sobrar dessa conta é recomendável guardar e fazer dessa sobra um gasto fixo. É preciso pensar a longo prazo e não somente como passar o mês”, recomenda. O maior vilão dos devedores é o cartão de crédito, muitas vezes com limite acima do rendimento da pessoa e com juros que podem chegar 450% ao ano.
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Marcela aconselha atenção com os rendimentos e gastos
Preferência é pelo cartão Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), os pagamentos com cartões representaram 28,4% do consumo das famílias nos três primeiros meses do ano, contra 27,1% no primeiro trimestre de 2015. O aumento de participação ocorre devido ao processo de substituição de meios de pagamento, já que o brasileiro tem adotado cada vez mais os cartões em detrimento de dinheiro e cheque. Enquanto o valor transacionado com cartões cresceu 7,2% no trimestre, no comparativo anual, o volume movimentado com cheques caiu -10,6% (de R$ 238,4 bilhões para R$ 213,5 bilhões). Nos últimos 10 anos, houve crescimento de aproximadamente 368% em cartões e queda de -12,2% em cheques. Ainda segundo pesquisa da Abecs, realizada pelo Datafolha, 86% dos usuários de cartão de crédito pagam o valor integral da sua fatura e 89% têm a intenção de fazer o mesmo no próximo vencimento. Apenas 4% pagam o valor mínimo, enquanto 6% optam por fazer o parcelamento da fatura.
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Porto Alegre
SHOPPINGS
Momento de expansão no Interior O mercado de shopping centers brasileiro passa por um momento desafiador. Ainda assim, o segmento comemora a chegada de 18 novos empreendimentos no País e apresentou, em geral, um desempenho acima do varejo em 2015. Segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), o número de lojas cresceu 3,1%, totalizando 98.200 estabelecimentos comerciais em shoppings. Com 444 milhões de visitas mensais, o segmento registrou alta de 6,5% nas vendas em relação ao ano anterior, atingindo R$ 151,5 bilhões. A expectativa para 2016 é manter o ritmo de 6,5% de crescimento. “O setor vem de um período de grande expansão, principalmente com a interiorização dos shoppings. Isso é muito bom, porque faz as pessoas entenderem esses espaços não só como um local de compras, mas de passeio", diz Marco Aurélio Jardim, coordenador estadual da Abrasce/RS. Do total de shoppings
inaugurados em 2015, 12 estavam fora dos grandes centros. Conforme o Censo Abrasce 2015-2016, 48% dos shopping centers foram construídos em capitais brasileiras e 52% em outras cidades. Apesar de perfis variados, 41% localizam-se em municípios com até 500 mil habitantes, o que aponta para uma tendência cada vez maior de crescimento no Interior. A estimativa de investimento total em novos projetos em 2016, incluindo shoppings a inaugurar e expansões, é de mais R$ 14 bilhões. Grande parte desses investimentos estará concentrada em cidades com menos de 500 mil habitantes (61%) e em shoppings de pequeno (42%) ou médio porte (36%). Mais da metade desse valor está dividida entre Sudeste (36%) e Nordeste (30%). Na sequência, concentram os investimentos as regiões Sul (18%), Centro-Oeste (11%) e Norte (5%). Dos atuais 538 shoppings, cerca de 16% estão em
MARCELO G. RIBEIRO/JC
ÚLTIMAS INAUGURAÇÕES NO RIO GRANDE DO SUL
2015
Partage Shopping Rio Grande (Rio Grande)
2014
Praça Rio Grande Shopping Center (Rio Grande)
2013
Platinum Outlet (Novo Hamburgo) Shopping Pelotas (Pelotas) Shopping Gravataí (Gravataí)
Expectativa para 2016 é manter o ritmo de 6,5% de crescimento
fase de expansão e 29% possuem planos de ampliar em médio e longo prazo. Segundo Jardim, os lojistas gaúchos estão muito preocupados com suas operações e criando estratégias para sobreviver a este momento conturbado da economia. “O cenário faz com
que o lojista preste mais atenção ao seu negócio, oferecendo preço e atendimentos melhores. Manter o empreendimento vivo é estar atento aos detalhes. O cliente está valorizando mais seu dinheiro, buscando um preço atrativo e uma boa experiência na compra", diz o coordenador.
2012
Imperia Shopping (Farroupilha) Bourbon Shopping Wallig (Porto Alegre)
2011
Sem inaugurações no Rio Grande do Sul
2010
San Pelegrino Shopping Center (Caxias do Sul)
IGUATEMI
LINDÓIA
Expansão deve incrementar vendas e circulação de pessoas
Aposta no público infantil e em ações promocionais
Inaugurado em 1983, o Shopping Iguatemi trouxe um novo conceito de lazer e entretenimento aos gaúchos. Trinta anos depois, anunciou expansão, concluída no primeiro semestre. O investimento foi de R$ 150 milhões, e a área bruta para locação aumentou em mais de 50%. Após a abertura do novo espaço, a circulação de pessoas passou para 2 milhões/mês. Com isso, a previsão é de que fluxo e vendas cresçam 30% em relação a 2015. "O Iguatemi está sempre atento à necessidade do público consumidor e tem oferecido experiências relevantes para os
O Shopping Lindóia está com novidades que agradam, principalmente, a criançada e seus pais. Um parque de brinquedos infláveis, o Brincalhando, funciona sábados e domingos, a partir das 14h, no estacionamento em frente à avenida Assis Brasil (em dias de chuva, o espaço não abre). Além disso, o Lindóia segue apostando no happy hour nas quintas-feiras e nos domingos. O gerente-geral, Fábio Irigoite, conta que os empreendedores do shopping investiram em melhorias na fachada. “O projeto começou pela Panamericana, com
seus clientes", diz a gerente de marketing Marcia Ferla Faccioni. Neste mês, a Praça Erico Verissimo recebe o evento Você Pode ser Tudo que Quiser, que proporciona às meninas a experiência divertida de serem viajantes espaciais, chefs de cozinha, princesas e fashionistas. Para os meninos, a Hotwheels reforça o espírito de aventura e competição por meio de espaços interativos com ambientação lúdica. Eles ainda poderão participar da montagem dos carros e pistas e competir em disputas radicais com os carrinhos da marca.
FONTE: ABRASCE
novos elementos visuais e luminosos", diz. Ele destaca iniciativas como as obras da nova central de separação de lixo (orgânico e reciclável) e a troca de iluminação para lâmpadas LED (maior eficiência e menor consumo de energia). Para o segundo semestre, Irigoite acredita em um ambiente mais propício para retomada do consumo. “Outro aspecto positivo é a nova postura de qualidade que o varejo se viu obrigado a adotar diante de tantos desafios enfrentados nos últimos meses, o que será benéfico para o consumidor", completa.
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SHOPPING TOTAL
CANOAS SHOPPING
Aposta em eventos culturais
Boas perspectivas para o segundo semestre
Além de um mix completo, com 570 lojas, o Shopping Total se caracteriza pelas ações culturais. As atrações acontecem em meio ao conjunto de prédios históricos de antigas cervejarias, as diversas alamedas - dos Escritores, dos Artistas, das Artes e dos Esportistas. No Centro Cultural Total, algumas atividades já estão no calendário fixo anual, como o Happy Total, que recebe personalidades locais e se propõe a ser um bate-papo descontraído sobre cultura, música, literatura e comportamento. Para quem gosta de cinema, o complexo oferece cinco salas de alta tecnologia em estilo stadium, sendo duas delas em 3D, e atendimento 1Line, no qual o cliente encontra no mesmo lugar a bilheteria e a bombonière. Uma novidade para os frequentadores do shopping no segundo semestre será o Bela Vista Café. Segundo a gerente de marketing do Total, Carolina Toledo Rosito, o negócio está sendo montado em uma área histórica, onde ficava a brassagem da cervejaria. “Será preservado o charme do início do século passado e trará a
SHOPPING TOTAL/DIVULGAÇÃO/JC
Complexo conta com um mix variado de serviços e 570 lojas
modernidade do café colonial", conta ela, que aposta em ações, eventos e mídias alternativas para manter a movimentação constante. “Estamos na expectativa que
neste semestre ocorra uma retomada da economia. Não a ponto de se considerar um crescimento, mas pelo menos uma retomada que empate com 2015", completa.
BARRASHOPPINGSUL
I FASHION
Mais novidades à vista
Marca consolidada no caminho para a Serra
A grande novidade do ano no BarraShoppingSul foi a abertura da primeira loja da Sephora no Rio Grande do Sul, maior rede de produtos de beleza do mundo. E mais operações estão por vir até o final de 2016, quando é esperado o anúncio de uma loja inédita em Porto Alegre. “Tivemos novas operações importantes, como Riachuelo, Lojas Americanas, Kalunga e Aramis. Em breve, teremos a In Brands, loja-conceito que reúne várias marcas”, diz a gerente de marketing, Tânia Nascimento. Apesar do cenário econômico retraído do País, o shopping prevê um Natal que deve
superar o resultado de 2015, que já foi positivo. Segundo Tânia, a Grande Árvore Iluminada, que encantou os clientes no ano passado, estará de volta. “Nosso público tem se mantido, e as diversas ações e promoções acabam revertendo em boas vendas." Foram investidos R$ 2,1 milhões em promoções com prêmios e experiências diferenciadas aos clientes em datas especiais, como Dia das Mães e Namorados. O shopping mantém o calendário de eventos movimentado, com atrações culturais, de entretenimento e gastronomia, como o Festival Fartura Gastronomia Porto Alegre e Art & Beer Festival.
O I Fashion Outlet, de Novo Hamburgo, recebeu investimentos na consolidação da marca e em melhorias. A marca recebeu o "I" de Iguatemi, apresentando ao mercado o novo segmento do Grupo Iguatemi Empresa de Shopping Centers. Mesmo com o atual cenário, os números foram positivos. No ano passado, mais de 3 milhões de pessoas circularam pelo espaço, número que deve ser superado em 2016. O empreendimento cresceu 12% no primeiro semestre, resultado superior ao verificado
Referência para os moradores do Vale do Sinos e Região Metropolitana de Porto Alegre há 18 anos, o Shopping Canoas inaugurou pelo menos cinco lojas novas desde o início deste ano: Boteco Natalício, Piticas, Touch, Youcom e Outlet Lingerie. Outras duas marcas que ainda não podem ser divulgadas e a expansão das Lojas Pompéia serão as próximas novidades, segundo a superintendente do empreendimento, Haidée Höfs. “Não podemos ignorar as dificuldades com a crise financeira, que sentimos mais a partir de agosto do ano passado, mas estamos otimistas para o segundo semestre de 2016. Acredito que vamos começar a andar nos trilhos da recuperação", diz Haidée. Para atrair as cerca de 850 mil pessoas que circulam pelo shopping por mês, são programadas ações e promoções mensais, principalmente em datas comemorativas. Desde a sua abertura, em 1998, o Canoas Shopping passou por uma expansão em 2010 e, no ano seguinte, inaugurou o edifício-garagem. CANOAS SHOPPING/DIVULGAÇÃO/JC
pelo varejo brasileiro. “Nossa expectativa é manter este ritmo de crescimento na segunda metade do ano, pois é o momento em que muitas famílias viajam e um dos principais destinos têm sido a Serra gaúcha. Estamos localizados em um ponto estratégico deste destino turístico”, afirma a gerente-geral, Amélia Siqueira. Próximo de completar três anos de operação em setembro, o I Fashion Outlet tem 76 lojas e sete locações temporárias, que comercializam 150 grifes nacionais e internacionais.
Haidée informa que já foram inauguradas cinco lojas neste ano
PARKSHOPPINGCANOAS PARK SHOPPING CANOAS/DIVULGAÇÃO/JC
Inauguração está prevista para o primeiro semestre de 2017
Cidade ganhará novo shopping em 2017 As obras e a comercialização dos espaços do ParkShoppingCanoas não param. Atualmente, 70% das 258 lojas previstas foram vendidas. As últimas marcas a confirmarem presença são Multisom, Samsung, LG, Panvel, Camicado, Swarowski, L'Occitane e Pizza Hut, além das âncoras Lojas Renner, Lojas Americanas, Riachuelo, Ri Happy e Paquetá Esportes. O investimento é de R$ 400 milhões e a inauguração ocorrerá no primeiro semestre de 2017. Uma das atrações mais esperadas é uma pista de patinação no gelo permanente, com 750 metros. O shopping será o 19º do grupo Multiplan e o primeiro projeto desta corporação no Rio Grande do Sul
fora de Porto Alegre. A empresa optou por Canoas por uma série de motivos que combinaram e tornaram o município estratégico para o grupo. “Decidimos investir em Canoas por ser um importante município do Estado, uma área com uma grande demanda e com poucas opções de consumo. Temos ali uma confluência de cidades da Região Metropolitana e do Vale do Sinos, com uma deficiência não só de opções de consumo, mas também de lazer. Vamos construir um shopping que será muito mais do que um centro de compras, mas um local onde as pessoas vão se encontrar e se divertir muito”, diz o presidente do grupo Multiplan, José Isaac Peres.
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SUPERMERCADOS
Primeira queda real em 10 anos O setor supermercadista gaúcho sentiu os efeitos da instabilidade econômica e registrou sua primeira queda real de vendas nos últimos 10 anos, conforme os dados do Ranking Agas 2015, pesquisa realizada pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) com as 255 maiores empresas do Estado. O estudo mostra que o segmento faturou R$ 26,2 bilhões em 2015, um crescimento nominal de 8,76% em relação ao resultado de 2014. O índice, deflacionado pelo IPCA/IBGE do período, mostra uma queda real de 1,91% nas vendas do setor no ano passado – ocasionada, sobretudo, pela diminuição do poder de compra dos consumidores. Pelo sexto ano consecutivo, as empresas de porte médio foram as que mais cresceram no setor supermercadista gaúcho, superando as grandes e as pequenas. Segundo o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, a capacidade de enxugar recursos
e o apelo local destas empresas são pontos decisivos para o crescimento. “As empresas médias normalmente são identificadas historicamente com a sua cidade ou comunidade. É um lugar em que o consumidor se sente em casa, e em que o supermercadista consegue fazer diagnósticos de desperdícios. Hoje, o supermercado de sucesso é aquele que consegue reduzir custos sem prejudicar seus serviços”, sugere o dirigente. Uma das 10 maiores redes de varejo do mundo, o Carrefour aposta no seu poder de competitividade e sortimento de produtos para enfrentar a crise e atender clientes de todas as classes econômicas. Segundo o diretor de operações do Carrefour Brasil, Geraldo Monteiro, o que se pode notar é que o consumidor trocou algumas marcas por outras e reduziu um pouco da quantidade da cesta. “Estamos em um momento bom e seguimos firmes nos investimentos”, afirma o
CARREFOUR/DIVULGAÇÃO/JC
Monteiro comemora bons resultados e reforma na loja de Canoas
executivo. Uma prova disso é a reforma da loja de Canoas, prevista para começar neste mês. A entrega do hipermercado modernizado, no estilo “nova geração”, está previsto para outubro. Durante esse período de transição, a loja seguirá atendendo
normalmente o público. O Carrefour está presente no Estado desde 1980, conta 25 pontos de venda e 3,3 mil colaboradores. “O consumidor sulista é muito exigente, mas também sabe reconhecer quando há mudanças positivas”, diz Monteiro.
Na contramão da crise Gabriel Drumond de Moraes e o sócio, Arthur Bolacell, fundaram o Brasco em 2012, quando ainda estavam na faculdade. Hoje, são 28 colaboradores nas duas lojas em Porto Alegre, nos bairros Moinhos de Vento e no Jardim Europa. O segredo para conquistar espaço em meio a redes já consolidadas é oferecer um atendimento mais personalizado e fortalecer a relação com as comunidades do entorno. “Os grandes não conseguem ter a velocidade para fazer mudanças e se adaptar tão rapidamente. E isso é um ponto forte de ser pequeno", diz Moraes. Com este novo conceito de negócio, a crise está passando longe dos jovens empresários, que estão aproveitando o momento para tornar os processos mais eficientes. “Apesar de tudo, estamos crescendo 110% neste ano", comemora Moraes, ressaltando que, neste segundo semestre, o foco é aprimorar a qualidade da equipe e a organização interna.
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Porto Alegre
FRANQUIAS
Setor cresce 7,6% no primeiro trimestre Com crescimento de 8,3% no ano passado e faturamento de R$ 139,6 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), o setor de franquias encontrou forças para enfrentar a crise e tende a manter o bom desempenho em 2016. Os últimos números mostram que o franchising brasileiro registrou aumento de 7,6% no faturamento do primeiro trimestre em comparação com o mesmo período de 2015. E o Rio Grande do Sul está despontando neste setor. Entre os três estados da região Sul, é o que apresentou maior expansão em 2015, com crescimento de 6,9%, seguido de Paraná (5%) e de Santa Catarina (4,3%). Para a diretora da Regional Sul da ABF, Fabiana Estrela, o mercado gaúcho alcançou um patamar de maturidade. Primeiro, os empreendedores observaram como funcionavam as franquias em outras regiões, e agora chegou a vez de experimentar. “Muitas marcas estão chegando por meio de franquias. Percebemos um crescimento em cidades estratégicas do Estado, como Caxias do Sul e Passo Fundo, por exemplo”, comenta. Segundo a diretora, a interiorização mostra que as pessoas estão optando por ficar em cidades menores para ter mais qualidade de vida. No entanto, também querem empreender, e as franquias acabam sendo uma boa alternativa de negócio, já que são marcas conhecidas e que atendem a
uma necessidade local. A receita para garantir um bom resultado inclui controle de custos, aperfeiçoamento da equipe de vendas e qualidade dos produtos. Para ajudar neste processo existem assessorias especializadas, que podem auxiliar no suporte financeiro, ministrar treinamentos para qualificar a equipe e consultoria de campo para verificação dos padrões. Segundo Micheline Soares, sócia-diretora da Intelecta Consultoria, um pré-requisito para abrir uma franquia de uma marca é ter os processos padronizados de forma prática e funcional. Isso ajuda a transmitir o conhecimento de maneira clara e objetiva aos franqueados e suas equipes. Os treinamentos dependem de cada franquia, mas devem contemplar toda a expertise do negócio, passando pela operação, atendimento, gestão e treinamento de produto e/ou serviço. Um exemplo de sucesso no setor de franquias é a grife de moda feminina Rabusch. Criada em 1986, em Porto Alegre, a marca aderiu ao franchising em 2011. Consolidada no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, a Rabusch trabalha agora para ganhar espaço em outros estados brasileiros. Fora do Sul, conta com duas lojas em Santo André (SP) e duas em Natal (RN). “Nossa meta é abrir oito novas unidades neste ano. Três operações já estão encaminhadas", afirma Cristiano Seibert,
MILTINHO TALAVEIRA/DIVULGAÇÃO/JC
Seibert diz que meta da Rabusch é abrir oito novas unidades neste ano
contratado para assumir a diretoria comercial e de operação de franquias. Além do treinamento e do trabalho de campo contínuo, a rede oferece um programa de recursos humanos exclusivo, que ajuda na seleção e recrutamento de funcionários e de gerentes para as lojas. Outra vantagem em ser um franqueado é receber semanalmente peças novas e a ação de marketing específica para cada campanha. Com 450 modelos na coleção e um faturamento estimado de R$ 80 milhões
neste ano, a Rabusch conta com 42 unidades. Deste total, 25 são franquias e 17, lojas próprias. Atualmente, está presente em 70 lojas multimarcas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. “Não há conflito de canais, pois nossas peças só são vendidas em multimarcas nas cidades onde não existe loja própria nem franqueada”, afirma o executivo. O investimento para ser um franqueado está em torno de R$ 380 mil para uma loja de rua, entre 60 e 80 metros quadrados, incluindo o estoque.
Dez passos para o negócio dar certo Escolha da franquia Normalmente, quem decide por uma franquia identifica-se diretamente com um determinado negócio. Este negócio, na maioria das vezes, é aquele em que o interessado tem o hábito de consumo. Identificação com o negócio Franquias dão certo porque
interessados possuem antes de tudo uma forte identificação com os produtos e serviços oferecidos. Esta identidade é transformada em dedicação e envolvimento, que é a mola geradora de sucesso. A busca pela franquia e o contato com o franqueador É sempre muito fácil encontrar o MARCUS RIZZO /DIVULGAÇÃO/JC
contato com a franqueadora, mas tome muito cuidado ao se deparar com intermediários.
de todas as franquias da rede incluindo aqueles que se desligaram há pelo menos um ano.
Avaliação do negócio escolhido Dois aspectos fundamentais: serviços e o suporte pré-operacional; e serviços e o suporte durante a operação.
Avalie a lucratividade do negócio Através da Circular de Oferta o franqueador fornece (ou pelo menos deveria fornecer) um Demonstrativo de Resultados (DRE) de uma operação pró-forma. Também devem ser fornecidos todos os valores dos investimentos necessários.
Identifique a qualidade do treinamento Conheça detalhes do programa de treinamento e veja se realmente atende as suas necessidades. Identifique a estrutura de apoio da franqueadora Entenda cada cargo da estrutura de organização da franqueadora e verifique quantos e quais estão voltados para orientar e suportar o franqueado no dia a dia da operação do negócio.
Rizzo aconselha saber detalhes do programa de treinamento
OS CINCO SEGMENTOS PREFERIDOS NO RS
Avalie a documentação legal do negócio Através da Circular de Oferta de Franquias o franqueador deve fornecer detalhadamente informações sobre o negócio, contratos e a lista completa
Avalie o contrato de franquia Normalmente o contrato de franquia não é negociável. Desconfie do franqueador que abre espaços para negociar o contrato e que aceita alterar cláusulas solicitadas. Converse com franqueados do negócio escolhido É muito importante ao final de toda a avaliação feita junto ao franqueador que o candidato possa conversar e verificar todos estes itens novamente com quatro franqueados em operação. Marcus Rizzo, consultor Rizzo Franchise
19%
Negócios, serviços e outros varejos
14% Alimentação
13%
Casa e construção
12%
Educação e treinamento
12%
Esporte, saúde, beleza e lazer Fonte: ABF
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TECNOLOGIA
Os tempos mudaram, o consumidor também
E-commerce, setor que segue em crescimento 2S INOVAÇÕES/DIVULGAÇÃO/JC
O comércio eletrônico no Brasil deve crescer 8% este ano, menos da metade do previsto inicialmente - 18% - e bem abaixo dos 22% registrados em 2015. Mesmo assim, o resultado de apenas um dígito é comemorado pelo setor. Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o faturamento deve chegar a R$ 52 bilhões até o final de 2016. São mais de 65 mil lojas virtuais, sendo a maioria composta por pequenas e micro empresas. A previsão da entidade é de que cerca de 4 milhões de brasileiros façam a sua primeira compra virtual esse ano. "O comércio eletrônico é um caminho sem volta. Esse dado traz um oxigênio para o canal", diz o presidente da ABComm, Maurício Salvador. Com mais acesso à internet e a popularização dos smartphones, o consumidor brasileiro também descobriu a facilidade do m-commerce, a compra pelo celular. Atualmente, 25% das vendas on-line são feitas por meio de um dispositivo móvel. Entre as categorias que mais vendem pela internet estão moda, eletrodomésticos, eletrônicos, informática e saúde/beleza. Para Salvador, o segmento acaba se aproveitando da crise, já que o consumidor quer economizar e busca nas lojas on-line produtos mais baratos. "Uma tendência hoje é a pessoa vivenciar a experiência na loja física, mas fazer a concretização da compra pela internet", comenta o dirigente. Outro fator que beneficia o e-commerce são as ferramentas antifraude que evitam a compra com cartões clonados. O consumidor virtual também está perdendo o medo de fazer as compras. Redes sociais e sites como o Reclame Aqui são acessados antes da escolha do fornecedor. "O consumidor aprendeu a buscar seus direitos. Isso acaba sendo uma ferramenta de pressão para que o vendedor ofereça um serviço de qualidade e resolva com rapidez os casos em que há reclamação", comenta Salvador. ABCOMM/DIVULGAÇÃO/JC
Mirella conta que grandes redes de varejo usam a tecnologia para conhecer e fidelizar o cliente
P
ara acompanhar as mudanças econômicas e sociais, como tamanho das famílias, nível de educação dos consumidores e os novos canais de comunicação, o varejo tem que se adaptar rapidamente a novas formas de atrair e satisfazer os clientes. Os tempos mudaram e os consumidores também. Altamente conectados, eles querem produtos, informações e publicidade personalizados. “O maior desafio do varejista é ganhar da concorrência. O cliente do varejo está habituado a comparar preço. Por isso, é importante unificar os canais de comunicação com o mercado, oferecendo opções e capacidade móvel. Assim, o cliente toma uma decisão em função do preço e também da conveniência”, explica Amri Tarsis, diretor de Internet de Todas as Coisas da Cisco para América Latina. Graças à tecnologia há muita informação disponível para ajudar na tomada de decisão, assim como na construção de uma estratégia, já que praticamente tudo pode ser mapeado
e mensurado. “Essa facilidade permite uma gestão atenta ao comportamento de compra dos clientes. Irão se destacar as empresas que olharem com atenção para os hábitos de compra e navegabilidade de seus pontos de contato com os clientes, buscando manter o nível de atendimento e melhorar cada vez mais a experiência de compra dos seus clientes”, diz Jessica Oliveira gestora de marca. Para conhecer seu cliente e fidelizá-lo, grandes redes de varejo estão buscando ajuda da tecnologia. Mirella Damaso Vieira, IoT Business Development Manager da 2S Inovações Tecnológicas, conta que uma tendência é o smart mídia, no qual é possível disponibilizar wi-fi gratuito e se aproximar do público de interesse. Essa ferramenta está sendo usada por uma loja de vestuário para saber o ticket médio do cliente e acompanhar seu comportamento. “Quando chega ao caixa para fazer o pagamento, o cliente é estimulado a baixar o aplicativo da loja. Em troca, pode receber um desconto’’, explica Mirella. Outra vantagem para o consumidor
que aceitar ter o App é ser surpreendido com uma mensagem no celular oferecendo descontos ou avisando de promoções exclusivas. A tecnologia permite que a ferramenta saiba quando o cliente está no shopping ou passando próximo à loja. E as inovações não param por aí. O chamado “mapa de calor’’ é outro projeto em fase de estruturação que atenderá uma rede de produtos de construção e decoração, com foco no monitoramento do espaço e da circulação das pessoas. A coleta desses dados ajudará a rede varejista a identificar os pontos onde há maior circulação e permanência, gerando mais inteligência para o posicionamento dos produtos de cada marca e das promoções. “Supomos que um cliente passou bastante tempo sentado no sofá, experimentando o produto, mas foi embora. Ao perceber esse comportamento, a loja envia e ele um cupom de 20% de desconto para aquele item, estimulando a decisão. A Internet das Coisas traz essas e outras tantas oportunidades”, exemplifica a especialista.
Comércio eletrônico avança no País, diz Salvador
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Porto Alegre
ACPA
Nova fase para enfrentar os desafios do setor A Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA), primeira entidade empresarial fundada na capital gaúcha, em 1858, vive uma nova fase. Paulo Afonso Pereira foi o primeiro presidente a ser eleito exclusivamente para o cargo desde 1928, quando Alberto Bins concluiu seu mandato e o dirigente máximo passou a ser o mesmo da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul). Desde abril deste ano, Pereira está à frente da entidade com a experiência de ser empresário, presidente do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) e diretor regional do Senai e do Senac. Entre os desafios da atual diretoria está a expansão de seu quadro de associados e criação de benefícios e serviços. “Queremos ser uma voz ativa em favor dos comerciantes e prestadores de serviço, ajudando-os a enfrentar os desafios contemporâneos. Já nos reunimos com a prefeitura, buscando estabelecer parcerias em questões de infraestrutura, sustentabilidade, Cais Mauá, entre outros assuntos”, afirma o dirigente. A segurança pública, de responsabilidade do Estado, é uma das questões que mais preocupa a ACPA. “É preciso segurança para garantir o funcionamento das lojas, a integridade e tranquilidade dos clientes”, diz Pereira. Ciente desse problema, a associação criou um comitê para tratar do assunto. O presidente conta ainda que conversou com o secretário da Segurança Pública do Estado, Wantuir Jacini, sobre as perspectivas de melhora para o setor durante o Tá na Mesa. “Nós, do comércio de Porto Alegre, assim como toda a população gaúcha, estamos na expectativa de ações que barrem o avanço da
criminalidade. Nosso Comitê de Segurança tem acompanhado debates desenvolvidos em audiências públicas na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RS) e na Câmara Municipal para colaborar com as soluções para o problema”, diz o empresário. Além do Comitê de Segurança, a ACPA conta com os grupos de Varejo, Novos Negócios, Tecnologia e Informação, Educação, Relações Institucionais, Propriedade Intelectual, Jovens Lideranças, Marketing e Comunicação, Jurídico, Eventos Externos, Sustentabilidade e Planejamento Estratégico. Ainda são atuantes as comissões de Obras, Cais Mauá e Centro de Convenções. Melhorar a segurança é apenas um dos temas no qual a associação trabalha. Outros problemas, aparentemente não ligados diretamente com o negócio, são importantes para o comércio e consumidores, como a recuperação de calçadas, correta colocação de lixeiras, pintura de prédios e revitalização de determinadas áreas. Segundo Pereira, a relação com a prefeitura de Porto de Alegre e o prefeito José Fortunati é boa. “Já estivemos reunidos, acompanhados do vice-presidente Raul Cohen e do advogado Newton Motta, com o vice-prefeito Sebastião Melo. Queremos proporcionar condições adequadas para o funcionamento do comércio e circulação das pessoas", garante o presidente. Mas para que isso ocorra, a associação entende que deve haver uma fiscalização mais rígida por parte dos órgãos competentes contra o comércio ilegal e os camelôs no Centro da Capital. “Manifestamos nosso repúdio ao descaso da prefeitura com esse abuso. Estão invadindo a via pública, especialmente nas imediações da Praça da Alfândega", reclama Pereira. FREDY VIEIRA/JC
ARQUIVO ACPA /DIVULGAÇÃO/JC
Associaçaõ Comercial foi a primeira entidade empresarial fundada em Porto Alegre, em 1858
Varejo passa por transformação Consumidores mais dinâmicos, conectados e informados estão fazendo com que o varejo passe por uma grande transformação. Agora, são as empresas da área de varejo e de serviços que precisam chegar até os clientes. Caso contrário, podem ser abandonadas em dois cliques. “A maioria dos varejistas do século passado fechou as portas. O varejo que não consegue inovar e atender aos novos desejos dos consumidores sofre pressão de alguém ao lado e também de outros estados do Brasil e da China. Se não inovar, morre”, diz o presidente da ACPA. Se não bastasse a exigência de inovação e constante busca pela qualidade no atendimento e preço atrativo, o comerciante ainda tem que enfrentar uma grave crise política e financeira. De acordo com Pereira, a retomada de crescimento no varejo e serviços não depende somente da gestão do empresário,
mas principalmente de políticas governamentais. “A dívida pública federal cresceu 21,7% em 2015. Segundo os dados do Tesouro, nos últimos 10 anos mais que dobrou. O governo continua gastando mais do que arrecada. Por isso, precisa pagar mais pelo dinheiro oferecido pelos investidores, o que provoca uma elevação geral da taxa de juros”, explica o empresário. Conforme a pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade, houve uma elevação dos juros do cartão de crédito em maio passado para 15,12% ao mês, 441,76% ao ano. Essa foi a maior alta registrada desde outubro/1995. No mesmo período, a taxa do cheque especial passou para 11,54% ao mês, ou seja, 270,82% ao ano, se tornando a maior desde julho de 1999. “É difícil crescer com este contexto, além disso, temos o desemprego em alta", completa.
As 12 categorias de associados
Pereira foi eleito para dirigir exclusivamente a entidade
A associação possui 12 categorias de associados e todas contam com os mais diversos tipos de benefícios. O que varia, entre a categoria um e a Diamante, em uma ordem crescente, é a quantidade de benefícios ofertados. Os associados têm a oportunidade de conceder descontos para seus pares por meio de uma rede
de benefícios, fomentando ainda mais o seu negócio. Destacam-se descontos em áreas como assessoria empresarial e consultoria, cursos de graduação, pós e MBA, comércio exterior, eventos, hotéis, segurança patrimonial, serviços médicos, odontológicos e de advocacia, entre outros.
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AGAS
Expoagas chega aos 35 anos DANI VILLAR/DIVULGAÇÃO/JC
Feira, marcada para os dias 23, 24 e 25 de agosto, no Centro de Eventos da Fiergs, deve receber 344 expositores
A
maior feira do setor supermercadista do Cone Sul completa 35 anos. A Expoagas 2016, que terá o tema 35 anos – Tradição em bons negócios, está marcada para os dias 23, 24 e 25 de agosto no Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre. Na edição passada, a convenção gaúcha de supermercado apresentou ao varejo mais de 800 lançamentos e encerrou com um volume recorde de negócios, na ordem de R$ 409 milhões – o que representou um crescimento de 11% sobre a edição de 2014. O resultado positivo foi puxado por fornecedores de produtos de higiene e limpeza, laticínios e alimentos. Há anos que Expoagas deixou de ser um evento supermercadista para se tornar um encontro plurissetorial. O evento
é importante não apenas para o segmento supermercadista, mas para toda a cadeia. “Para a indústria é uma vitrine incrível que oportuniza que pequenas empresas regionais tenham acesso aos mesmos clientes que grandes multinacionais. Já para o varejo, é uma oportunidade ímpar de buscar diferenciais, aprender sobre tendências e ampliar o leque de fornecedores", afirma o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), realizadora do evento, Antônio Cesa Longo. Entre as novidades previstas para essa edição de 35 anos, o presidente da Agas adianta que serão 344 expositores de produtos, equipamentos e serviços para o varejo. “No ano passado, as empresas expositoras apresentaram cerca de 800 novidades
durante os três dias de Expoagas, que foram desde novas embalagens até tecnologias para o setor. Neste ano, a expectativa é de que os fornecedores sigam apostando na grande vitrine que é a feira para trazer novidades aos visitantes", diz o dirigente. O momento econômico não tira o otimismo da organização do evento. Segundo a Agas, em 2015 - quando o cenário também estava difícil - o público foi de 43 mil visitantes e crescimento de 11% nos negócios. Longo diz que é justamente em períodos de crise que o varejista precisa estar ainda mais atento às novidades e buscar mais do que nunca produtos, serviços e conhecimentos que possam diferenciá-lo no mercado. Por isso, ele aposta em mais uma edição de sucesso.
Hora de enxugar os custos Com 720 empresas associadas, a Agas conhece bem a realidade do setor. De acordo com o presidente Antônio Cesa Longo, como o período dificulta o crescimento de vendas, está ocorrendo uma readequação para buscar o enxugamento dos custos. “O consumidor precisa estar preparado para um novo modelo de supermercado, com mais autosserviço e autonomia. O enxugamento de custos é uma realidade, e o supermercado de sucesso é aquele que conseguir reduzir despesas sem prejudicar sua operação”, diz o empresário. O grande desafio dos supermercadistas, no entanto, é reduzir custos e manter a qualidade do atendimento, requisito fundamental para atender um consumidor cada vez mais exigente. “Esta é a grande equação a ser definida, mas é um diagnóstico que precisa ser feito por cada empresa", comenta Longo. Segundo ele, as reduções vão desde o combate às perdas e quebras em produtos perecíveis, até o controle do estoque, passando pela eficiência total em todos os setores. “A eficiência energética, por exemplo, é outro grande gargalo que o setor precisa solucionar”, observa. O dirigente supermercadista explica que um supermercado deve ser tratado como vários negócios: a padaria é um negócio, o açougue é outro, o setor de hortifruti é outro, e assim com todas as seções. Para Longo, a eficiência precisa ser alcançada em cada subnegócio e, para isso, não existe fórmula pronta. “Demitir pode ser necessário, mas contratar também. É uma avaliação que cada empresa precisa fazer", completa.
Capacitação para melhorar a gestão e foco no Interior Para ajudar os supermercadistas a enfrentarem os desafios econômicos e melhorar sua gestão, a Agas oferece dezenas de projetos de capacitação que, ao longo dos últimos 10 anos, capacitaram 43 mil pessoas em todo o Rio Grande do Sul. Os cursos ocorrem em Porto Alegre e no Interior do Estado em níveis gerenciais e operacionais, que contemplam toda a operação, do empacotamento à gestão da empresa. Atualmente, estão em andamento três turmas de gestores desenvolvendo semanalmente um treinamento em Porto Alegre e em Santa Maria.
O objetivo é se qualificar para as novas necessidades do mercado. Somente no primeiro semestre de 2016, mais de 1,8 mil profissionais do setor passaram por cursos de capacitação. Além dos programas voltados à qualificação profissional, outra meta da gestão de Antônio Longo à frente da entidade é a interiorização. “Entendemos que uma entidade só é verdadeiramente forte se ela tiver representatividade no Interior. Hoje, contamos com 56 diretores e representantes da Agas nos mais diversos municípios gaúchos”,
comemora o presidente. Os delegados regionais são responsáveis por avaliar a necessidade de cursos, jantares de negócios e outras demandas locais do setor e constroem, junto com a entidade, o cronograma de atividades da Agas e as reivindicações que serão levadas ao poder público. A entidade também conta com uma escola itinerante que, montada em uma carreta, circula pelo Interior do Estado levando cursos. “Com ela, levamos a Agas semanalmente às pequenas cidades, oferecendo treinamento e capacitação”, afirma Longo.
JULIANE KESSLER/DIVULGAÇÃO/JC
Longo ressalta a escola itinerante, que circula pelo Estado
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Porto Alegre
AGV
Aposta na capacitação profissional O conceito de capacitação profissional e aprimoramento da gestão permeiam as ações realizadas pela Associação Gaúcha para o Desenvolvimento do Varejo (AGV) que trazem o selo do Movimento Varejo Mais Vendedor. A iniciativa inclui formações e métodos voltados para empresários do setor e colaboradores em nível gerencial. Ao longo ano haverá uma programação intensa com cursos on-line, palestras, fóruns e um evento no final do ano que premiará os talentos do setor. Uma das ferramentas, a especialização, é inovadora pelos conteúdos práticos e tem uma metodologia inédita com enfoque em vendas para lojas. O curso é realizado pela internet e conta com vídeos, consultoria de vendas à distância e implantação de planos com soluções e personalizadas. Além de desenvolver a capacidade intelectual, são momentos como esse, com consumidores com pé no freio, que o lojista tem
GUILHERME TESTA/DIVULGAÇÃO/JC
Noer ressalta que é preciso atacar de frente a questão da eficácia
que buscar alternativas para recuperar os clientes e tornar mais eficaz sua gestão do negócio. Foi pensando nessa realidade que associação promoveu em junho, em Porto Alegre, o Fórum de Venda a Prazo. No encontro foram apresentadas ferramentas de gestão de crédito para proteger o
empresário ao mesmo tempo em que o reaproxima do consumidor. "A ideia é que o lojista volte a ser um parceiro do consumidor, que pode não ter condições de pagar uma parcela de R$ 300,00, mas pode se comprometer com R$ 100,00. Ampliando o prazo ao consumidor, o comércio volta
a vender", afirma o Vilson Noer, presidente da AGV. Segundo dados levantados pela entidade, mais de 50% dos consumidores usam os cartões de crédito ou débito para fazer suas compras. Os cartões próprios das lojas têm a preferência de 18% dos consumidores, as compras à vista em dinheiro, 22% e o cheque, 7%. Na avaliação de Noer, nestes tempos em que o faturamento não alcança as margens de anos anteriores é preciso atacar de frente a questão da eficácia operacional. Em resumo: ter mais produtividade. Pela sua experiência isso passa pela gestão de pessoas, ou seja, ter uma equipe afinada, bem treinada e comprometida. “É fundamental investir nisso. Perceber o perfil adequado na hora de contratar. Ter colaboradores que conheçam o produto e a cultura da empresa na qual trabalham”, ressalta. Ainda no âmbito interno, Noer acredita que é possível melhorar as rupturas e perdas por conta de compras
mal efetuadas, de problemas de exposição e ter mais controle sobre as chamadas perdas internas, categoria na qual estão incluídos furtos dentro da loja. Do lado de fora do comércio, o essencial é saber lidar com o novo consumidor. “O marketing digital transformou o varejo. É antes e depois. A compra é decidida de outra maneira”, comenta. Ainda dentro deste pilar de desenvolvimento de pessoas, a associação acaba de fundar a AGV Jovem. A proposta é desenvolver e capacitar as lideranças novas que começam a se destacar no setor. Na avaliação do presidente, o momento atual necessita desta energia e motivação. Ao mesmo tempo em que vai ao encontro de um anseio de empresários que se preocupam com o processo de sucessão dentro dos seus negócios. “Nosso foco é nos filhos dos nossos associados. Eles estão muito voltados para o business e também com a sucessão familiar”, analisa Noer.
Sinais de confiança do lojista e de recuperação no segundo semestre Para o presidente da AGV, Vilson Noer, o setor de bens duráveis é o que tem sofrido mais com a recessão. Apesar de o cenário político atrapalhar a retomada do crescimento, o dirigente diz que o lojista gaúcho está mais confiante e existem sinais de que a economia começa a se recuperar neste segundo semestre. Noer cita o segmento de confecção como um dos setores que vem se destacando positivamente, assim como empresas fornecedoras da indústria calçadista. “No primeiro semestre houve um crescimento nominal de 4,2%. A curva de confiança começa a se expandir. Assim, podemos terminar o ano com um aumento de 5%”, destaca. Conforme ele, o Interior do Estado é o principal responsável por esta performance positiva, enquanto na Região Metropolitana este processo é mais lento. Entre os objetivos estratégicos que foram alinhados com as 130 entidades que fazem parte da AGV o foco recai na redução de impostos, assunto que a associação vem trabalhando desde 2012 junto a deputados da Assembleia Legislativa e o governo do Estado. Mais recentemente, a AGV, em parceria com a CDL de Porto Alegre e Federasul, lançaram a campanha “Diga não à CPMF”. Ainda no mês de junho, a entidade se empenhou para a aprovação do projeto de diretrizes do orçamento
(LDO/2017), que trata pelo segundo ano consecutivo do congelamento do custeio e dos gastos com pessoal em todos os poderes. “Sabemos que é muito importante esse controle para estabilizar a economia local. Assim, o Estado pode ter foco na segurança, infraestrutura,
saúde e educação”, diz Noer. O levantamento feito pela AGV indica que o principal receio dos empresários está ligado ao aumento de roubos de produtos em assaltos e com a segurança de clientes e funcionários, com 31% das respostas. Os itens
econômicos aparecem a seguir, principalmente com os preços dos aluguéis (28%), queda de vendas (13%) e aumento de ICMS (12%). Com menores indicações aparecem o cenário econômico brasileiro (9%) e a inadimplência dos consumidores (7%). JULIANA JEZIORNY/OAB/RS/DIVULGAÇÃO/JC
Associação Gaúcha para o Desenvolvimento do Varejo e outras entidades lançaram a campanha Diga não à CPMF
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Porto Alegre
CDL
Entidade lança slogan com foco na inteligência de mercado Consagrada no mercado varejista há mais de 50 anos, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Porto Alegre é reconhecida por sua importância como entidade de classe e também como referência em estratégias, análise, concessão e recuperação de crédito. Para reafirmar o seu posicionamento, lança o slogan: “Inteligência a serviço do seu negócio”, com destaque para a área de produtos e serviços voltada à gestão comercial de empresas. “Nosso objetivo é reafirmar a marca e as nossas ações nos negócios. Assim, o novo slogan traduz este propósito de forma clara e objetiva, colocando a CDL Porto Alegre como agente deste processo para, não só vender produtos e serviços, mas realmente fazer
os empreendimentos de seus clientes crescerem de forma inteligente e oferecer a solução certa para cada necessidade”, diz o presidente Alcides Debus. O dirigente ressalta que a CDL tem por princípio defender os interesses setoriais e contribuir para o desenvolvimento, especialmente, de suas associadas e entidades parceiras no Estado. Para isso, investe na prestação de serviços e em soluções tecnológicas para assessorar empreendimentos de diferentes ramos de negócios. “Neste período em que a economia do País dá sinais de retomar o seu desempenho, é importante destacar que a CDL POA oferece uma série de recursos a empresários de todos os segmentos, não apenas do varejo”,
observa Debus. Entre as soluções que a entidade oferece para desenvolver e capacitar as empresas do mercado, destacam-se os serviços que têm como foco o aumento das vendas e que também permitem a assertividade na captação de novas oportunidades comerciais e a redução de custos operacionais e de marketing. “Direcionar estratégias de captação de novos clientes que possuem maior potencial de consumo e menor risco na operação é, atualmente, uma grande vantagem competitiva”, destaca Debus. Ele acrescenta que, independentemente do porte, para se posicionar nesse mercado de alta competição é imprescindível o uso de ferramentas inteligentes. JOÃO ALVES/DIVULGAÇÃO/JC
Organização desenvolve soluções de gerenciamento da carteira de clientes
KAREN HORN /DIVULGAÇÃO/JC
Conforme Debus, objetivo é reafirmar as ações nos negócios
Banco de dados a favor do comércio No ambiente B2B e B2C, a busca por novas oportunidades comerciais é fundamental, porém a qualidade disso é mais importante, pois vender e receber é o que mantêm as empresas no mercado. A CDL usa sua expertise e base de dados para desenvolver soluções de gerenciamento da carteira de clientes. “Essas soluções, além de monitorarem o comportamento comercial de empresas, clientes e fornecedores, reduzindo riscos de fraude e inadimplência, agilizam a tomada de decisão no momento das operações”, explica o gestor Comercial da CDL POA, Paulo Borba. “Soluções que visam gerenciar clientes levam as empresas a uma alta performance de relacionamento com seu principal ativo, que é a base de clientes, potencializando a manutenção dos principais e dos melhores”, observa Borba. Prospectar com maior assertividade e gerenciar clientes são dimensões fundamentais do ciclo do negócio, porém a concessão de crédito e a tomada de decisão na hora da operação estão entre as etapas mais complexas e fundamentais para a saúde da empresa. “Nesse campo, a CDL POA é grande conhecedora, possuindo a gestão do maior banco de dados de informações comerciais da América Latina, o SCPC”, garante o gestor. Nas operações com Pessoa Jurídica e Pessoas Físicas, a CDL desenvolveu ferramentas que propiciam a tomada de decisões seguras e trazem inúmeras vantagens para quem é usuário dos serviços, tais como, maior rentabilidade, redução de inadimplência e
fraude, agilidade ao acessar sistemas amigáveis e de interpretações lógicas, além de acesso às informações cadastrais e restritivas em âmbito nacional. Dentro dessa visão de alavancar os resultados das empresas associadas e oferecer mais segurança nas vendas, a CDL oferece o serviço de Garantia de Crédito, que tem como objetivo garantir o recebimento de cheques com problemas de compensação e também em operações de crediário. “Esse serviço tem 20 anos de mercado e conta com usuários dos mais diversos segmentos, tendo em vista o que oferece para as empresas e a segurança de realizar a venda e a de receber”, diz Borba. Pensando na recuperação de consumidores para o mercado, a CDL POA também criou uma assessoria em recuperação de dívidas: a CDL Cobrança. Esse serviço faz a gestão de recebíveis, utilizando as melhores estratégias e tecnologias para resolver a questão das dívidas em atraso das carteiras das empresas associadas à entidade. “Com todas as estruturas de desenvolvimento de soluções da CDL Porto Alegre e da Boa Vista Serviços (empresa parceira) focadas em oferecer ferramentas para o mercado que possibilitem às empresas expandirem e crescerem a partir do aperfeiçoamento na performance em captar os melhores clientes, conceder crédito com assertividade e gerenciar as suas carteiras de clientes, não podíamos deixar de pensar na dimensão de gestão da inadimplência”, completa Borba.
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FCDL
Programa auxilia lojista a organizar a gestão MARCELO MATUSIAK/DIVULGAÇÃO/JC
Ferramenta oferecida pela entidade ajuda o lojista de forma imediata nos resultados
A
organização é uma forte aliada de qualquer negócio, independente do tamanho. E é com esse objetivo, de profissionalizar e aprimorar a gestão, que o programa Q Comércio, desenvolvido pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS), chega ao sexto ano consolidado como o maior e mais completo voltado para a qualidade no varejo. Segundo o presidente da entidade Vitor Augusto Koch, a cultura da gestão, que já era importante para as empresas, se torna indispensável devido ao atual cenário econômico. Atualmente são 1.106 empresas participantes e 5.530 colaboradores impactados. “Estamos trazendo uma ferramenta
para o lojista que ajuda de forma imediata nos resultados. Temos o melhor produto no País que proporciona o desenvolvimento da cultura da qualidade nas empresas e organizações", diz ele. O Q Comércio tem como referência o Modelo de Excelência em Gestão da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) e é focado no desenvolvimento, formação e estruturação das empresas. Através de três etapas (capacitação, avaliação e reconhecimento) permite ao empresário uma visão ampla da empresa. Também auxilia os lojistas na organização, proporcionando ganhos de qualidade, produtividade e competitividade. “Por meio dos números é possível ter uma visão aprimorada do mercado e alinhar as diretrizes. É
fundamental identificar com rapidez os gargalos do negócio”, comenta o presidente da FCDL-RS. Os cursos da primeira etapa são direcionados para áreas de self coaching, planejamento estratégico, liderança, boas práticas administrativas e financeiras, gestão de vendas, marketing e publicidade, seminário web 3.0, layout de loja, gestão da qualidade e associativismo. As atividades do ciclo 2016 começaram em junho. Até o quinto ano o Q Comércio tinha a parceria do Sebrae e por isso só atendia médias e pequenas empresas. Já a partir de 2016, o modelo está aberto a negócios maiores. O programa vem acompanhado de um software que alimenta o início, meio e fim da gestão.
Pequenas e médias empresas são maioria Das cerca de 105 mil lojas em funcionamento no Rio Grande do Sul, 99% são de pequenas e médias empresas, segundo dados da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS). Somente no ano passado, a entidade estima que foram fechadas 1.046 unidades. Essa redução foi mais perceptível em shoppings centers, condomínios comerciais e em locais estratégicos dentro dos centros urbanos. O número preocupa a direção da FCDL-RS, que conta com 154 afiliadas - sendo 116 Câmaras de Dirigentes Lojistas (CDL), além de associações comerciais e Sindilojas. “A retração econômica, aliada à concorrência com as grandes redes e comércio virtual, prejudica o pequeno e médio varejista", afirma o presidente Victor Augusto Koch. Em 2015, o recuo das vendas no varejo gaúcho foi de aproximadamente 11% na comparação com 2014 e refletiu na geração de empregos do setor. Conforme levantamento da FCDL-RS, cerca de 9 mil postos de trabalho deixaram de existir em 2015, o que corresponde a 1,6% do total de empregos registrados no último ano. “Mesmo com a extinção de 9 mil empregos, tivemos um incremento de estabelecimentos varejistas da ordem de 2,12%. Muitos trabalhadores demitidos optaram por atuar como microempreendedores individuais e seguir no ramo do comércio. Com isso, fica claro que as lojas gaúchas exercem importante função social de sustentação da empregabilidade”, destaca Koch.
Segundo o dirigente, os principais inimigos dos lojistas são as altas taxas de impostos que acabam sendo repassadas ao produto final que chega ao consumidor -, inflação e juros. “O juro elevado restringe o crédito, pois aumenta o risco e inibe os negócios", comenta Koch. A alternativa nestes casos é apostar em atendimento de qualidade para fidelizar o cliente. A boa notícia para o setor é que o frio chegou cedo e com força. De acordo com Koch, com as temperaturas baixas o consumidor busca produtos mais pesados e com maior valor agregado. Além de roupas e calçados, bens mais duráveis, como condicionadores de ar e aquecedores, também estão em alta. “No comércio o planejamento é a curto prazo e o segundo semestre é sempre melhor. Acredito que já chegamos ao fundo do poço, não tem como piorar mais. Os empregos parecem que estão se mantendo e há uma expectativa de retomada do crescimento. O ânimo já melhorou bastante", completa o presidente da FCDL. Nos dias 19 e 20 de outubro, em Porto Alegre, o setor irá debater esses e outros assuntos durante a 47ª Convenção Estadual Lojista. O encontro se tornou uma referência, reunindo anualmente milhares de lojistas e integrantes do setor gaúcho. As últimas edições foram realizadas em Bento Gonçalves e Caxias do Sul. A opção pelo retorno a Porto Alegre se deu pela facilidade de localização e atendendo a pedidos dos participantes. MARCELO MATUSIAK/DIVULGAÇÃO/JC
NÚMEROS DO Q COMÉRCIO
1.106 5.530
85%
84%
81%
das empresas satisfeitas
melhoraram o atendimento
acompanharam melhor seus projetos
86%
67%
67%
passaram a ter planejamento estruturado
começaram a monitorar o desempenho de seus funcionários
das empresas aumentaram a lucratividade
empresas participantes
colaboradores impactados
FONTE: FCDL-RS
Setor teve crescimento de estabelecimentos de 2,12%, diz Koch
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FECOMÉRCIO-RS
Entidade defende o uso eficiente de recursos A Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS) defende os interesses de 112 sindicatos e mais de 570 mil empresas, responsáveis por aproximadamente 1,6 milhão empregos formais no Estado. E em um cenário de instabilidade, aumenta a responsabilidade com questões que afetam a todos. “A CPMF, por exemplo, se for restabelecida irá prejudicar todos os brasileiros, empresários ou não. Entendemos que a sociedade brasileira já paga uma carga tributária muito alta para o seu nível de desenvolvimento, e aumentar ainda mais funciona como um limitador ao crescimento econômico. Acreditamos que já passa da hora de rediscutirmos os gastos públicos, buscando o uso eficiente dos
recursos”, afirma o presidente do Sistema Fecomércio-RS/Sesc/ Senac, Luiz Carlos Bohn. Bohn ressalta que a economia brasileira passa por uma situação complicada com dois anos consecutivos de crescimento negativo e muitas empresas fechando, especialmente as pequenas e microempresas. Por isso, alerta que os empresários estejam cada vez mais atentos para resolver seus entraves internos. “É necessário uma forte autocrítica e uma avaliação profunda do que é possível ser feito para maximizar resultados, revisando processos internos que, muitas vezes, cristalizam práticas atrasadas e errôneas", diz ele. Já nas questões externas da empresa, o presidente acredita que cabe aos empresários uma participação cada vez mais
atuante nas questões que dizem respeito ao futuro do País. “É necessário termos um discurso uníssono de que há um excesso de burocracia em nossa sociedade, que gera custos e que dificulta o crescimento da produtividade. Precisamos também pressionar os políticos para que a legislação trabalhista seja modernizada e que o acordado prevaleça sobre o legislado. Além disso, diante da incapacidade do Estado de promover a ampliação e a melhora da infraestrutura, precisamos apoiar iniciativas de maior participação da iniciativa privada nessa área de importância ímpar na economia”, afirma. Embora o momento seja difícil, Bohn lembra que é preciso estar ciente que as crises sempre acabam, por mais que algumas se prolonguem mais do que
JOÃO ALVES/DIVULGAÇÃO/JC
Bohn diz que excesso de burocracia dificulta o crescimento
outras. Segundo o presidente da Fecomércio/RS, nesse momento é fundamental que os empresários entendam que, em um mercado que não cresce, existe acirramento da concorrência com tendência de ganho de market share por parte das empresas bem estruturadas, com alta lucratividade e liquidez. “Faz-se necessário uma política de proximidade com o cliente, de
entendimento e atendimento de necessidades e de diálogo constante, com pré-venda, venda e pós-venda eficientes. Além disso, em um cenário de crédito caro e de custos crescentes, aumenta a necessidade de manter um fluxo de caixa equilibrado, um alto controle de estoques e a permanente vigilância com a eficiência de processos internos", observa.
Cada vez mais perto da base e dos sindicatos que estão ao lado dos pequenos A Fecomércio-RS segue seu trabalho de priorizar a interiorização da entidade por meio de visitas mensais aos filiados. A ideia é se aproximar cada vez mais da base e dos sindicatos que defendem os interesses das micro e pequenas empresas e que precisam constantemente de informações qualificadas para repassarem às suas regiões. Desde o início deste ano, 34
sindicatos já receberam a equipe da federação e tiveram a oportunidade de discutir os desafios da economia brasileira e de que forma cada sindicato pode auxiliar em algumas mudanças importantes para o empreendedorismo da sua região. A entidade também promove mensalmente o projeto Giro Pelo Rio Grande, que busca fortalecer a base de atuação
do sistema no Estado. O evento acontece desde 2011 e discute assuntos econômicos, tributários e políticos. A intenção é visitar todas as regiões do Estado anualmente. “Temos como foco principal a interiorização da Fecomércio-RS, porque defendemos os empresários de todo o Sistema S do Estado e temos que estar onde eles estão, temos que ir até eles, ouvir, sugerir FERNANDO DE ROSA /DIVULGAÇÃO/JC
Projeto Giro Pelo Rio Grande ocorre todos os meses para fortalecer a base de atuação do sistema no Estado
e vivenciar a realidade de cada região”, afirma o presidente do Sistema Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn. Além das visitas a sindicatos e do Giro Pelo Rio Grande, a Fecomércio-RS realiza, a cada bimestre, suas reuniões de diretoria no Interior do Estado junto à programação dos Fóruns Regionais. Antes, as reuniões ocorriam mensalmente na sede da entidade em Porto Alegre. No entanto, este novo formato é mais uma forma de aproximar a federação dos sindicatos filiados e suas diretorias. A proposta é percorrer as quatro regiões durante o ano, levando informações técnicas e aumentar, ainda mais, o canal de comunicação entre as entidades. Bandeiras importantes para o setor e para a sociedade, como a racionalização dos tributos, a formalização e longevidade das empresas e na modernização da relação capital e trabalho, são reforçados por meio de ações específicas, como o projeto estratégico “Disseminar os modelos de atualização em gestão", que consiste na parceria entre Fecomercio-RS, Senac, sindicatos e Sebrae. O objetivo é desenvolver e aprimorar as empresas do segmento de comércio de bens, serviços e turismo. Além disso, ocorrem eventos como Fóruns de Economia, de Gestão e de Sustentabilidade, que promovem uma capacitação constante nas lideranças e uma troca de informações. “Nosso portfólio de produtos e serviços também tem ajudado as empresas representadas a alavancar os negócios, como e-Fecomércio, Certificado Digital, planos de saúde Qualicorp, Certificados de Origens, entre outros", completa o presidente.
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FEDERASUL
O desafio de integrar e fortalecer Primeira presidente da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul), em 89 anos de existência, Simone Leite assume com o desafio de ampliar a atuação da entidade no Estado. Ao resumir o foco da sua gestão, destaca duas palavras: pertencimento e integração. Conforme ela, neste momento delicado da economia é necessário resgatar entre os empresários o orgulho de pertencer ao Rio Grande do Sul. Outro ponto que destaca como essencial é fortalecer a cadeia de entidades que participam da Federasul. Pois, além de ser a primeira mulher a assumir o cargo, Simone também é a primeira presidente de fora de Porto Alegre. Ela é de Canoas. Na sua visão, isso fortalece as bases de outros municípios. “Vamos escolher o caminho da verdadeira representatividade que é se voltar, completamente, para as necessidades do Interior do Estado. A intenção é promover a integração do setor empresarial, servir de ponte e fazer ecoar a importância do setor produtivo, priorizando as dificuldades enfrentadas e as conquistas que estão no horizonte dos empresários”, afirma. Para transformar este discurso em prática, a nova gestão aposta no projeto Movimento Empresarial, que nasceu durante o Fórum dos Presidentes, em dezembro de 2015. A proposta já começou a ganhar adeptos no Rio Grande do Sul com reuniões regionais e a meta é desenvolver um cronograma de atividades para descobrir e incentivar novas lideranças empresariais gaúchas. A ideia é integrar a classe produtiva e estimular a pró-atividade e participação dos empresários nas decisões dos municípios e do Estado. “O nosso silêncio resultou na crise que estamos vivendo. Quando delegamos, muitas vezes, acabamos nos omitindo. E isso não é bom para os negócios e nem para as nossas famílias”, analisa. O Movimento Empresarial traz uma visão de 360 graus sobre pautas coletivas que expressam firmeza de propósitos, ética, idealismo, atitude e iniciativa, além de estar alicerçado no propósito de renovar e apontar novas lideranças articuladas entre si”, detalha Simone. O projeto envolve oito macrorregiões do Estado e os encontros já começaram a acontecer.
CÁSSIUS ANDRÉ FANTI /DIVULGAÇÃO/JC
Movimento Empresarial, criado em 2015, quer desenvolver atividades para descobrir e incentivar novas lideranças no setor ITAMAR AGUIAR/DIVULGAÇÃO/JC
Simone é a primeira mulher a assumir o cargo da entidade
Proposta é ampliar a participação dos segmentos A nova gestão inovou também ao separar as estruturas administrativas da Federasul e Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA). Após 88 anos é a primeira vez que a associação volta a ter um presidente, o empresário Paulo Afonso Pereira. Conforme Simone Leite, neste momento é importante que as duas entidades possam ter vida própria. “É fundamental que a Associação Comercial de Porto Alegre resgate seu protagonismo dentro do Estado. Há muito trabalho e cada uma pode fazer isso dentro do seu foco de atuação”, comenta. A presidente também estimulou o protagonismo feminino dentro da entidade. Na administração anterior apenas duas mulheres participavam da diretoria. Agora são 19. A proposta de Simone é mesclar homens e mulheres, de variadas faixas etárias que tenham empresas de vários portes. “Quero todos representados na minha diretoria”, explica. Atualmente, a Federasul possui 230 entidades filiadas que representam cerca de 40 mil empresas, que somadas respondem por mais de 70%
do PIB e pela geração do maior número de empregos no Estado. Embora atuem em diversos setores da economia, há pontos em comum entre esses empresários. A maior parte vêm das áreas de comércio e serviços e um percentual menor da indústria e da produção agrícola. Entre estes desafios coletivos estão a infraestrutura e a alta carga tributária do Rio Grande do Sul. Também está em processo de gestação a criação de dois novos núcleos: o da Mulher e o do Jovem Empresário. O plano é fortalecer a troca de experiências, o network e fomentar a integração. “Temos que trazer a mulher como protagonista do desenvolvimento da sua cidade. Muitas, hoje, abrem seu próprio negócio. Atualmente, 66% dos negócios que passam dos cinco anos têm por trás uma liderança feminina”, ressalta Simone. Outro foco da presidente é o projeto Pertencer, que oferece produtos e serviços para as entidades filiadas. Neste caso, a ideia é criar canais de geração de renda para garantir a sustentabilidade financeira da entidade através da promoção de
cursos, workshops, assessorias de análise de crédito e de certificado digital. “Em uma entidade temos que mostrar eficiência, sem desperdício de tempo, buscando ser sustentáveis e ter ações com focos bem definidos”, afirma a dirigente.
MAPA DO MOVIMENTO EMPRESARIAL
Região 1 Erechim, Planalto e Alto e Médio Uruguai
Região 2 Ijuí e Cruz Alta
Região 3
Porto Alegre, Região Metropolitana, Vale do Sinos e Vale do Paranhana
Região 4
Sul do Estado, passando por Pelotas, Rio Grande e Bagé
Região 5
Santa Maria, Santiago, Santana do Livramento e Tupanciretã
Região 6 Serra Gaúcha
Região 7
Vale do Rio Pardo e Vale do Taquari
Região 8
Associações Comerciais e Industriais da Fronteira-Oeste.
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SEBRAE
Estímulo ao desenvolvimento sustentável Considerada uma das atividades mais antigas do mundo, a importância do comércio para o desenvolvimento de um município, estado e país é indiscutível. No Rio Grande do Sul existem cerca de 279.446 mil estabelecimentos comerciais, que representam 38,9% do total de empresas do Estado. “O trabalho de um comerciante transcende a venda. Significa atenção aos clientes, fornecedores e funcionários, análise de estoques, entre e outras diversas atividades. Enfim, um trabalho árduo em um mercado extremamente competitivo”, afirma o diretor técnico do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Sul (Sebrae/RS), Ayrton Pinto Ramos, lembrando que o varejo é feito de pessoas, dos dois lados do balcão. “O comerciante se envolve de uma forma íntima com a comunidade, contribuindo, através de produtos e serviços, diretamente para a melhoria da qualidade de vida das comunidades", reforça. Mas vale a pena se arriscar em um negócio em um cenário de incertezas? Ramos garante que sim, desde que bem planejado e baseado em uma oportunidade de mercado. O
JONATHAN HECKLER/JC
Ramos diz que o Sebrae trabalha para estimular o empreendedorismo e possibilitar a competitividade
diretor explica que é importante empreender pela percepção de uma oportunidade, e não pela necessidade de sustento ou recolocação profissional. Segundo
ele, esta diferença na motivação pode determinar o sucesso do negócio. “Quem empreende por oportunidade percebe potencial em nicho de mercado e investe
nele. Sendo muitas vezes, associada a algum tipo de vocação", diz. Para escolher a área, o empreendedor precisa determinar
quais são as suas competências e em qual setor percebe essa oportunidade. A partir daí é recomendado pesquisar pelas atividades desta categoria. “O importante é ter um planejamento adequado”, afirma Ramos. O diretor destaca ainda que o planejamento oportuniza a criação de cenários projetados com base em indicadores econômicos e financeiros, dando suporte para a tomada de decisão. “É um exercício de antecipação de diversas situações, facilitando a ação pelo empreendedor", comenta. Desenvolver todas essas etapas de um negócio se torna mais fácil com ajuda profissional. O Sebrae trabalha para estimular o empreendedorismo e possibilitar a competitividade e a sustentabilidade. Segundo Ramos, o foco é o estímulo ao empreendedorismo e no desenvolvimento sustentável dos pequenos negócios. Entre as ações desenvolvidas está a educação empreendedora que compreende a capacitação dos empresários, articulação de políticas públicas que criem um ambiente legal mais favorável para o desenvolvimento dos projetos e os acessos a novos mercados, a tecnologia, a inovação e aos serviços financeiros.
Para ser competitivo no varejo é preciso inovar Para garantir competitividade, o varejo não pode ficar parado. É preciso se reinventar e inovar constantemente para acompanhar as mudanças de consumo e comportamento de um consumidor cada vez mais conectado, informado e exigente. Fábio Krieger, gerente de Comércio e Serviços do Sebrae/RS, ressalta que o comerciante vive o desafio de promover a sinergia entre os canais físicos e digitais. “Imagine que enquanto você lê este texto ocorrerão 695 mil atualizações do Facebook, 98 mil envios de tweets e serão postadas 6,6 mil fotos no Flickr. As mudanças sempre ocorreram em nossa sociedade, porém a velocidade parece crescer em progressão geométrica", afirma Krieger. Em meio a tantas mudanças, só resta ao varejo se adequar à nova realidade. A alternativa é aprimorar os serviços, em especial o atendimento. E aprimorar esse contato passa pelo desenvolvimento e treinamento de equipe. Segundo Krieger, um dos estudos apresentados na maior convenção mundial de varejo (NRF em Nova Iorque/EUA) demonstrou que as empresas com foco na equipe, valorizam-se 10 vezes mais do que as demais. “O cliente quer novidades. A expectativa é
de que a loja mude o tempo todo, suas paredes, iluminação, vitrine, etc. Parece complexo, mas é simples. Muitas vezes, o investimento é baixo ou até mesmo nulo. O que deve prevalecer é a criatividade e a vontade de mudar do empresário", afirma o gerente de Comércio e Serviços. Os gargalos também podem ser grandes oportunidades. Afinal, os problemas exigem soluções e aqueles que conseguem superar com criatividade possuem uma grande vantagem. Conforme Krieger, atualmente se percebem três fundamentos essenciais para o comerciante ter êxito na sua atividade: posicionamento do negócio, equipe e experiência do consumidor. O posicionamento, explica ele, significa o direcionamento do modelo do negócio, sua concepção estratégica. A equipe é a essência da empresa, que é formada pelos colaboradores. E por fim, como a empresa se relaciona com seus consumidores. “Estas três competências desenvolvidas são essenciais, especialmente devido às dinâmicas alterações de comportamento de consumo. As necessidades se alteram, e, portanto, promover mudanças no modelo de negócio e na forma de atendimento são desafios inerentes à condição de ser comerciante", completa.
JONATHAN HECKLER/JC
Em meio a tantas mudanças, o setor tem que se adequar, diz Krieger
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Porto Alegre
SENAC-RS
Mercado exige cada vez mais qualificação O mercado exige que as empresas sejam criativas e busquem alternativas para otimizar seus resultados. Neste contexto de constante mudança, a melhora no desempenho e competitividade e a qualificação profissional são imprescindíveis. “Hoje, o maior capital é o intelectual, aquele conhecimento construído no negócio e com as pessoas. Isso só é possível com a busca permanente do desenvolvimento e da qualificação", afirma Rosângela Ligabue, professora da Faculdade do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial do Rio Grande do Sul (Senac-RS) Porto Alegre. Segundo ela, a falta de profissionais capacitados ainda é uma realidade em algumas áreas mais específicas (especialista ou técnico) para cargos de gestão de pessoas, responsabilidade técnica, tecnologia e inovação. Operadores na área de produção, motoristas e construção civil também são bastante procurados pelas empresas. “A qualificação é uma constante na vida profissional. A experiência conta muito para o mercado, entretanto a competitividade fica maior se estiver atrelada à formação e qualificação técnica para que possa aliar teoria e prática", comenta a docente.
SENAC/DIVULGAÇÃO/JC
Senac formou a primeira turma de Administração em nível técnico de brasileiros que vivem no Japão
Cientes dessa nova realidade, milhares de gaúchos estão procurando aprimorar sua formação para ampliar a chance de conseguir uma boa colocação no mercado de trabalho. Somente em 2015, cerca de 200 mil pessoas passaram pelas salas de aula do Senac. Entre os cursos mais procurados estão os de informática, gestão,
saúde, segurança e beleza. De acordo com estudo feito pelo Senac, depois de concluído o curso, mais de 70% dos alunos já estão inseridos no mercado de trabalho. O Senac conta com um portfólio que gira em torno de 600 cursos nas áreas de Ambiente, Artes, Beleza, Comércio, Comunicação, Design, Educação, Gastronomia,
Gestão, Idiomas, Informática, Moda, Saúde, Segurança, Trânsito, Turismo e Zeladoria. Atualmente, oferece, na modalidade presencial e a distância, cursos de aprendizagem, livres, técnicos, graduação, pós-graduação e extensão. Desde 2015, estão em andamento formações técnicas a distância para brasileiros que
residem no Japão e, em junho deste ano, formou-se a primeira turma de Administração em nível técnico. Em pós-graduação, são oferecidas opções pelos Senac-RS nas áreas de Comunicação, Moda, Gestão e Informática. O analista de TI Ricardo Luís Ravazzolo, 50 anos, está há mais de 30 trabalhando com tecnologia. No ano passado, concluiu a especialização em Computação nas Nuvens. “Os assuntos abordados no curso são muito próximos das minhas atividades. Hoje, trabalho na área de Infraestrutura de TI e, durante o curso, consegui colocar em prática alguns dos conhecimentos obtidos”, conta ele. Além de uma promoção, Ravazzolo diz que o mais importante foi ampliar seu conhecimento sobre diversos temas da área de Tecnologia da Informação. “Muitas vezes, durante o trabalho, ficamos envolvidos com questões específicas das nossas atividades e temos dificuldades de estudar novas tecnologias. O pós me proporcionou estudar e aprender sobre outras tecnologias que não costumo usar no meu dia a dia, com trabalhos teóricos e experimentos práticos. Foi muito gratificante”, completa.
Presente em todas as regiões do Rio Grande do Sul No Rio Grande do Sul, o Senac possui 43 unidades educacionais, localizadas na Capital e em 33 municípios do Interior do Estado. Deste total, duas unidades são faculdades, sendo uma em Porto Alegre e outra em Pelotas. Além disso, mantém uma unidade móvel que circula pelo Estado com atendimentos gratuitos na área de Informática. A estrutura de atendimento também compreende 23 Balcões de Atendimento, que são operados em parceria com o Sesc-RS. São mais de 60 pontos de
atendimento, alcançando os 497 municípios gaúchos. Um dos destaques do Senac é o Programa Jovem Aprendiz. Os cursos de Aprendizagem são voltados para jovens com idade entre 14 e 24 anos, que estejam cursando o Ensino Fundamental (a partir da 7ª série) ou o Ensino Médio. As capacitações têm carga horária de 1.100 horas. No Módulo I, que tem 480 horas, são desenvolvidas competências focadas na ocupação escolhida (parte teórica, em sala de aula). No Módulo
II, com 620 horas, os jovens partem para a parte prática profissional, fazendo estágios em empresas parceiras. Com cerca de 20 mil alunos por ano, os cursos de aprendizagem proporcionam a inserção de jovens no mercado de trabalho, possibilidade de cursar o ensino regular junto com o ensino profissional e formação técnico-profissional. O Senac oferece ainda cursos do Programa Senac de Gratuidade (PSG). O PSG significa educação profissional de
qualidade para que milhares de pessoas possam planejar seus estudos e ter mais oportunidade de trabalho e emprego. O programa compreende a oferta de estudo a custo zero para pessoas cuja renda familiar per capita mensal não ultrapasse dois salários-mínimos federais. O objetivo principal é promover a inserção no mundo do trabalho pela educação profissional, através de cursos de qualificação. Entre as opções ofertadas estão: Aprendizagem Comercial, Cabeleireiro, Manicure e Vendedor. SENAC/DIVULGAÇÃO/JC
Programa Senac de Gratuidade oferece estudo a pessoas com renda familiar per capita mensal que não ultrapasse dois salários-mínimos
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Sexta-feira 15 de julho de 2016 Porto Alegre
SESC
Ações para comemorar 70 anos de atividade CLAUDIO ETGES/DIVULGAÇÃO/JC
Foco em saúde e bem-estar Focado no estímulo ao envelhecimento saudável, o Sesc-RS lançou, até junho deste ano, 12 novos grupos do Programa Sesc Maturidade Ativa, sendo mais um em Porto Alegre (Centro Histórico), São Sebastião do Caí, Caçapava do Sul, Vacaria, Chuí, Lagoa Vermelha, Quaraí, São Miguel das Missões, São Luiz Gonzaga, Cachoeirinha, Viamão e Balneário Pinhal. Já na área da saúde, o encontro estadual do Programa Sesc Sorrindo para o Futuro, em
março, foi dirigido a crianças em idade escolar. O mês de fevereiro foi marcado pelo lançamento dos atendimentos de Unidades Móveis de Saúde, em Porto Alegre. Além de ações próprias, o Sesc-RS apoiou também, por exemplo, a 1ª Virada Sustentável de Porto Alegre 2016, que aconteceu em março. Na área da educação, o ano começou com as primeiras etapas do processo seletivo 2017 para o ingresso de jovens gaúchos na Escola Sesc de Ensino Médio, no Rio de Janeiro.
O SESC EM NÚMEROS
43 23 5 2 3 1 92 unidades operacionais
Festival Palco Giratório percorre o Estado com peças de teatro de qualidade e ações culturais
O
Serviço Social do Comércio do Rio Grande do Sul (Sesc-RS) chega aos 70 anos e, para comemorar, várias atividades estão programadas para o segundo semestre. Entre os destaques estão os Jogos Comerciários do RS, realizados simultaneamente em todas as regiões do Estado; e a Campanha Prato Cheio, do Programa Mesa Brasil Sesc, que estimula a doação de alimentos e o combate ao desperdício entre os gaúchos. Outro evento marcante será o 3º Fórum Sesc de Educação, em Gravataí, que ocorre no dia 21 de julho. Também estão
previstos 10 lançamentos de grupos da Maturidade Ativa e, em setembro, haverá um espaço especial para ações alusivas ao Mês do Idoso. Para novembro, estão programadas a etapa gaúcha do Circuito Nacional Sesc Triathlon, em Tramandaí, e a final estadual dos Jogos Comerciários, em Porto Alegre. Neste mês, está prevista a convenção estadual da Maturidade Ativa, em Torres. Os encontros da Rede de Solidariedade do Mesa Brasil Sesc acontecem entre novembro e dezembro, em Porto Alegre, Rio Grande, Santa Maria, Cachoeira do Sul, Ijuí, Erechim e FLÁVIO NEVES/DIVULGAÇÃO/JC
Muitas atividades estão programadas para o segundo semestre
na região dos Vales do Taquari e Rio Pardo (Lajeado, Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires). Além de uma extensa programação, que promete movimentar o Estado e pessoas de todas as idades, o Sesc-RS tem outros motivos para comemorar seu aniversário. No primeiro semestre de 2016, foram inaugurados os prédios do Sesc Carazinho, do Balcão Sesc/Senac Quaraí e do Balcão Sesc/Senac Nova Prata. A estrutura de Carazinho contempla academia de ginástica e musculação, teatro com mais de 300 lugares, cafeteria, consultório odontológico e o Espaço Sesc Saber e Lazer. O Sesc local estende suas ações em mais 27 municípios da região. “Na área da cultura, realizamos, em janeiro, a 6ª edição do Festival Internacional Sesc de Música, em Pelotas, com 450 profissionais envolvidos ao todo, entre alunos, professores, músicos e técnicos, que tiveram 17 países e 18 estados brasileiros representados, e 21 cursos de música", diz o presidente do Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac, Luiz Carlos Bohn. Considerado um dos maiores festivais de música de concerto da América Latina, o festival já está com a grade de professores definida para a 7ª edição, que ocorrerá entre os dias 16 e 27 de janeiro de 2017, em Pelotas. Os alunos das 23 classes disponibilizadas terão a oportunidade de aperfeiçoamento com profissionais de 21 nacionalidades.
FONTE: SESC/RS
balcões Sesc/Senac
Unidades Móveis OdontoSesc (unidade móvel de saúde bucal)
USSP – Unidades Sesc de Saúde Preventiva (com exames de mamografia, ultrassom, citopatológicos de colo de útero, exames oftalmológicos e os Passaportes para a Saúde)
BiblioSesc (unidades móveis com empréstimo de livros)
RecreArte – Unidade Móvel de Cultura e Lazer
milhões de atendimentos em 2015
PREMIAÇÕES E RECONHECIMENTOS
FONTE: SESC/RS
»»Premiação GPTW RS 2015, recebida em dezembro, a partir de pesquisa realizada pelo Instituto Great Place to Work, que identificou o Sistema Fecomércio-RS/Sesc como a 3ª melhor grande empresa para trabalhar no Rio Grande do Sul. »»Premiação GPTW Brasil 2015, como 36ª Melhor Empresa para Trabalhar no Brasil. »»Prêmio Qualidade RS 2015, recebido em julho. É um reconhecimento dado pelo PGQP (Programa Gaúcha da Qualidade e Produtividade) às organizações que mais se destacaram na busca pela melhoria contínua do seu sistema de gestão. As Unidades Sesc receberam seis troféus ao todo, sendo que Rio Grande recebeu o troféu Ouro; Sesc Carazinho e Sesc Novo Hamburgo, o prata; e as Unidades do Centro Histórico de Porto Alegre, Ijuí e São Leopoldo, o bronze. »»Premiação GPTW Brasil reconheceu, em março 2016, o Sesc-RS como uma das 20 Melhores Empresas do Brasil para a Mulher Trabalhar.
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Porto Alegre
SINCODIV/FENABRAVE-RS
Parcerias para manter a operação rentável Em um momento de retração da economia, a assistência técnica passa a ganhar destaque dentro das concessionárias. Esta área, que vem mostrando um desempenho mais favorável, pode ser dividida em três especialidades: funilaria (chapeação e pintura), mecânica e parte elétrica. As concessionárias se empenham em buscar alternativas para rentabilizar suas lojas e investem na especialização de profissionais, aparelhagem específica para atender cada marca, peças originais e serviços que se equiparam ao resultado dos realizados em veículos zero quilômetro. O Sindicato Intermunicipal dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Rio Grande do Sul (Sincodiv)/Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores Regional RS (Fenabrave-RS) e concessionários têm trabalhado lado a lado com as montadoras buscando parcerias com fabricantes e seguradoras para reduzir valores de peças e da mão de obra. “Algumas seguradoras acabam oferecendo vantagens como desconto na franquia para que o serviço seja realizado em uma oficina conveniada e, muitas vezes, contra a vontade do consumidor.
Acreditamos que esta é uma prática prejudicial não só para o setor, como para os nossos clientes, que, por lei, têm o direito de realizar o serviço no local de sua escolha”, afirma Fernando Esbroglio, presidente do Sincodiv/Fenabrave-RS. Segundo ele, outras alternativas para minimizar as dificuldades frente às oscilações da economia são a melhoria dos atendimentos e dos serviços prestados. O dirigente acredita que, passado este momento mais delicado, a rede de distribuidores sairá da crise com uma relação e um resultado melhores, pois está aproveitando para se aperfeiçoar. “A expectativa é de que o pior já passou. Evidentemente, não existe a possibilidade de uma melhoria meteórica”, acredita o dirigente. Na sua avaliação, o setor terá alguns anos pela frente para retomar os patamares de vendas de 2014. Esbroglio acredita que o mercado de concessionárias é constituído principalmente por empresas familiares. Muitas empresas já têm à frente do negócio a segunda ou terceira geração. “Algumas, infelizmente, não sobreviverão”, diz o presidente, lembrando que, atualmente, a recomendação é de que os empresários cortem custos para manter a operação rentável.
KAREN CUNHA/DIVULGAÇÃO/JC
Esbroglio acredita que, após a crise, o setor de concessionárias sairá mais fortalecido
O perfil do consumidor mudou nos últimos anos O Sincodiv/Fenabrave-RS sempre investiu no aperfeiçoamento e na atualização da rede de concessionárias. Nos últimos anos, as lideranças do setor perceberam uma mudança
significativa no comportamento do consumidor, que passou a estar mais informado e decidido nas suas escolhas quando chega ao showroom das lojas. O que antes era uma peregrinação por
marcas na busca por informações, detalhes de modelos, descontos e benefícios passou a ser a definição final por um ou outro modelo. O cliente chega praticamente decidido e com todos os KAREN CUNHA/DIVULGAÇÃO/JC
Sincodiv aposta em treinamento para potencializar os resultados das equipes de seus associados
dados necessários para fechar o negócio. Hoje, o consumidor está mais conectado, graças à tecnologia, em especial a internet. De olho nessa nova realidade, o vendedor não precisa ser um expert em persuasão para convencer e fechar um contrato, mas estar próximo ao cliente enquanto este está na fase da pesquisa on-line. Para atender a essa demanda, o Sincodiv/Fenabrave-RS decidiu organizar, por todo o Estado, um curso sobre Vendas Web. Atualmente promove, também na rede gaúcha, uma formação de Líder Coach para que gerentes e gestores saibam aproveitar e estimular suas equipes frente a este novo consumidor. Com o treinamento, as entidades buscam potencializar resultados de suas equipes, aproveitando as oportunidades de forma efetiva. A responsável pelo treinamento é a consultora de Recursos Humanos do Sincodiv/Fenabrave-RS, Cláudia Sittoni. Psicóloga e pós-graduada em Gestão Estratégica de RH, ela possui experiência de mais de duas
décadas na gestão de pessoas em concessionárias de veículos. “É preciso um reposicionamento deste líder no mercado, não só em função da crise, mas pelo novo modelo de compra, que, ao que tudo indica, veio para ficar”, salienta. Conforme Cláudia, os novos líderes têm equipes mais enxutas, fluxo de loja menor e, muitas vezes, equipes despreparadas para administrar e rentabilizar o negócio. “O objetivo é apresentar possibilidades e soluções”, comenta Cláudia. O curso será ministrado em várias cidades, entre elas Porto Alegre, Caxias do Sul, Passo Fundo, Santa Maria, Lajeado e Pelotas, e tem no conteúdo a nova postura do líder no mercado, seu papel, sua equipe, estilo de liderança, conceitos de coaching, conceitos de líder coach e etapas e ferramentas de coaching. “O Sincodiv/Fenabrave-RS está reinvestindo em treinamento o que recebe da rede como contribuição. Acreditamos que este é o melhor investimento para o momento”, finaliza Esbroglio.
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SINDIATACADISTAS
Setor dá sinais de recuperação Enquanto aguarda o fechamento do primeiro semestre, o setor atacadista está na expectativa de um leve crescimento para a segunda metade do ano. Na conta do presidente do Sindicato do Comércio Atacadista do Estado do Rio Grande do Sul (Sindiatacadistas), Zildo De Marchi, entre os fatores que pesam para consolidar este panorama estão as mudanças no cenário político e a atuação do Judiciário, que auxilia no resgate da credibilidade brasileira no mercado internacional. Para ele, a partir deste contexto, há uma tendência para o PIB nacional passar de negativo para positivo até o final do ano. “Se analisarmos as consequências do PIB negativo, em um contexto de 200 milhões de habitantes, percebemos que são menos R$ 2 trilhões em circulação. O desemprego desestabiliza o ritmo de uma sociedade. E o desespero motiva ações inimagináveis”, diz De Marchi. O presidente avalia que outra oportunidade que traz boas perspectivas para o varejo interno vem com o aumento do custo da mercadoria importada por conta da valorização do dólar. “O custo da mercadoria importada agravou a oferta e, com isso, criou expectativa para as marcas próprias”, analisa. A partir desse panorama, o dirigente acredita que atividades como confecção, alimentos, calçados e outros setores devem ganhar espaço no mercado interno. “A marca própria com qualidade e bem-administrada está se afirmando no Brasil, e a indústria está crescendo com isso”, afirma. A entidade congrega sete sindicatos que representam os comerciantes atacadistas gaúchos. No total, são 24 mil empresas,
ENTIDADES QUE FAZEM PARTE DO SINDIATACADISTAS »»Sindicato do Comércio Atacadista do Estado do Rio Grande do Sul »»Sindicato do Comércio Atacadista de Gêneros Alimentícios de Porto Alegre »»Sindicato do Comércio Atacadista de Louças, Tintas e Ferragens de Porto Alegre »»Sindicato do Comércio Atacadista de Tecidos, Vestuário e Armarinho de Porto Alegre FECOMÉRCIO-RS/DIVULGAÇÃO/JC
»»Sindicato do Comércio Atacadista de Produtos Químicos para a Indústria e Lavoura e de Drogas e Medicamentos de Porto Alegre »»Sindicato do Comércio Atacadista de Madeiras de Porto Alegre »»Sindicato do Comércio Atacadista de Álcool e Bebidas em Geral no Estado do Rio Grande do Sul – Sicabege
Projetos estimulam a sustentabilidade e a atividade física Para dar sua contribuição social, o Sindiatacadistas criou o projeto Cicloatividade, que incentiva a adoção de atitudes e hábitos sustentáveis a partir do uso da bicicleta. A proposta é motivar as pessoas a usarem este tipo de transporte nos seus deslocamentos diários. A proposta também é estimular a boa convivência entre ciclistas e motoristas. O Cicloatividade fornece e instala bicicletários produzidos em plástico
reciclado. Para se ter uma ideia, na produção desses mobiliários, são utilizadas cerca de 5 mil sacolas ou copos plásticos. O projeto é aberto à comunidade, e já foram realizadas seis edições, com a participação mil pessoas. Outra iniciativa social da entidade é o projeto Eugênia Conte, voltado para a prática esportiva do judô. Neste caso, o sindicato entra como apoiador da entidade que dá nome à ação e reúne aproximadamente 90 jovens. LEANDRO MELLO/SIDIATACADISTA/DIVULGAÇÃO/JC
Zildo De Marchi confia em leve crescimento ainda neste ano
que juntas geram de 90 a 100 mil postos de trabalho. Em termos de faturamento, o setor é responsável por 34% do PIB do Estado. De olho na qualificação do setor, o Sindiatacadistas investe na educação. O programa Qualificar, que promove cursos e palestras de áreas de interesse do segmento, está voltado para três pilares
básicos: capacitação dos empresários, de seus colaboradores e programas de qualidade voltados para empresas. O projeto prevê cursos tanto in company como dentro da entidade. Neste ano, já aconteceram 21 cursos, com a participação de 527 alunos. A meta é realizar 50 cursos, envolvendo 1,2 mil pessoas.
Cicloatividade incentiva hábitos sustentáveis a partir da bicicleta
Foco na redução de custos para competir Além do foco interno, o Sindiatacadistas está empenhado nas discussões relativas ao segmento de atacado em geral, principalmente em relação a questões fiscais e tributárias. “É um eterno desafio. O Norte e o Nordeste têm apoio e subsídios”, cita o presidente do Sindiatacadistas, Zildo De Marchi, se referindo à guerra fiscal entre os estados. Para ele, é necessário um ajuste na questão tributária para que o Rio Grande do Sul
possa competir com seus vizinhos, Paraná e Santa Catarina, e também com os demais estados brasileiros. Além da carga de impostos, outros desafios das empresas gaúchas para se destacar são a posição geográfica, que encarece a logística, e o fato de que 60% do mercado de consumo está concentrado no Centro do País. “A logística interfere no custo total pela distribuição ser principalmente dentro de um modelo rodoviário.
Com isso, o custo final é impactado em 20%. Em outros países, na Europa, por exemplo, esse valor não chega a 6%”, compara. É dentro desta visão que a entidade tem manifestado apoio a projetos que apostem em hidrovia e ferrovia. Apesar das diferenças regionais, Marchi acredita que o futuro passa pela integração entre Sul e Norte, tanto comercial, como técnica e operacional, pois a tecnologia faz com que cada vez seja
mais comum as empresas atuarem com bases em várias regiões. O dirigente sustenta que qualificar o jovem empresário é também dar um passo nesta direção. O sindicato investe também em parcerias na área de consultoria tributária para auxiliar seus associados. “Temos que ter assessoria tributária para lutar e competir. Assim como qualificar nossos recursos humanos para participar cada vez mais do mercado nacional”, acrescenta.
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Porto Alegre
SINDILOJAS
Esforço para profissionalizar a mão de obra Qualificar a mão de obra se torna cada vez mais importante para o comércio, que enfrenta uma mudança de comportamento com um consumidor melhor informado e seletivo. Ciente dessa nova realidade, o Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas Porto Alegre), representante legal de cerca de 18 mil empresas na Capital e Alvorada, trabalha para melhorar a qualidade do atendimento da equipe de seus associados. A rotatividade, outra característica do varejo, faz com que iniciativas como o Geração Varejo consolidem a importância de uma entidade representativa para o setor. Em maio deste ano, o Geração Varejo completou cinco anos na captação e na qualificação de profissionais para o comércio de Porto Alegre e Alvorada. Os lojistas podem cadastrar as vagas de emprego existentes, e os candidatos inscrevem seus currículos e se candidatam às oportunidades disponíveis no site do sindicato. Além dessa iniciativa, o Sindilojas oferece uma série de cursos de qualificação profissional para as equipes dos associados. São aulas mensais sobre vendas,
SINDILOJAS/DIVULGAÇÃO/JC
Entidade oferece cursos de qualificação profissional para as equipes dos associados
marketing, gestão, finanças, gerência de loja, estoque, vitrinismo e planejamento financeiro. O sindicato também proporciona palestras e encontros mensais, como o Café com Lojistas, com nomes conhecidos nacionalmente, trazendo temas atuais de interesse das empresas. Outra área de atuação do Sindilojas é a análise de
assuntos como tributação e qualificação profissional. Com consultoria jurídica disponível para associados, a entidade já conquistou vitórias como benefícios na regularização de dívidas de ICMS e em relação à Cláusula de Raio, que impedia lojistas de instalarem filiais até três quilômetros de distância de um dos maiores shoppings da Capital.
Em 2013, uma negociação de sucesso com o Sindec, o sindicato que representa os comerciários, as lojas da cidade passaram a poder abrir em feriados com a participação de funcionários. “O Sindilojas busca sempre meios para que os lojistas tenham liberdade para trabalhar”, afirma o presidente Paulo Kruse. Para manter seus associados
bem informados, no site do Sindilojas estão todas as informações necessárias para o setor, como as convenções coletivas de trabalho, informações sobre legislação, comunicados fiscais e jurídicos, notícias do sindicato, do comércio varejista da Capital, de economia em geral, da cidade, de empreendedorismo, de marketing e pesquisas de mercado. A entidade também possui uma videoteca gratuita, com títulos sobre motivação, gestão, liderança e demais temas empresariais. O Mapa do Varejo traz informações segmentadas sobre os principais bairros de Porto Alegre e é uma ferramenta importante para a tomada de decisão na abertura de novas lojas ou até mesmo na manutenção dos negócios. Além de atuar na representação e defesa dos comerciantes, desenvolve ações que promovem o fortalecimento da categoria. Por sua atuação, conquistou vários prêmios, entre eles: Prêmio Qualidade RS nas modalidades Medalha de Bronze em 2011, Troféu Bronze em 2012, Top de Marketing ADVB/RS, em 2011 e 2013, Selo de Acessibilidade da Prefeitura de Porto Alegre, entre outros.
Grandes eventos ajudam a fomentar o varejo Em julho de 2013, a entidade lançou a 1ª Feira Brasileira do Varejo, a Febravar, um evento de negócios que reúne, em um só lugar, fornecedores e empresários do ramo. Paralelamente à feira, ocorre o Congresso Brasileiro do Varejo, que apresenta workshops, palestras e painéis sobre diversos temas de interesse para o setor. O crescimento da Febravar vem sendo notado a cada ano. A primeira edição foi realizada no Centro de Eventos do Plaza São Rafael, em Porto Alegre, e contou com 3,5 mil visitantes, em uma área de 600 metros quadrados e 46 estandes. Em 2014, foi ampliado e passou a ocupar o Centro de Eventos do BarraShoppingSul, com 2 mil metros quadrados de área e 44 estandes. Neste ano, a feira aconteceu entre os dias 6 e 8 de julho, também no Centro de Eventos do BarrashoppingSul, com 60 estandes.
Para o presidente do sindicato, Paulo Kruse, em um cenário de constante transformação e crise econômica, é preciso encontrar oportunidades para oxigenar o setor. “O acesso à inovação tecnológica e a qualificação dos empresários e dos seus colaboradores são os principais desafios para fomentar o segmento no País. O Sindilojas Porto Alegre aposta no conhecimento como alicerce para o desenvolvimento do varejo”, afirma. Além dos estandes com expositores, os empresários também tiveram a oportunidade de conhecer os pontos comerciais que possuem as melhores práticas de gestão por meio de visitas técnicas. Em parceria com o Sebrae-RS, a atividade teve como objetivo mostrar como as marcas já estabelecidas estão se relacionando com seus clientes e com a comunidade.
TÂNIA MEINERZ/DIVULGAÇÃO/JC
Kruse acredita que, em meio à crise, é preciso encontrar oportunidades para oxigenar o setor
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