Responsabilidade social 2017

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Caderno Especial do Jornal do Comércio

Porto Alegre, segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

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MARCO QUINTANA/JC

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–– tendências −

Cresce engajamento das empresas Há 20 anos, a responsabilidade social proposta como uma forma de gestão definida pela relação ética e transparente da empresa com seus públicos e pelo estabelecimento de metas compatíveis com o desenvolvimento sustentável era algo desconhecido no Brasil. No entanto um estudo recente da Universidade de Manchester, na Inglaterra, sobre o estágio da sustentabilidade em países emergentes – Brasil, China e Índia – mostra que, no País, o ambiente regulatório e o engajamento da sociedade civil promoveram um avanço das empresas no sentido de adotar a responsabilidade social de forma estratégica e influenciar mudanças em seus modelos de negócio. “Claro que há muitos desafios, porque esse movimento não é uniforme em todo País, e há retrocessos, mas não podemos negar que houve muitos progressos”, afirma Ana Lucia de Melo, gerente executiva de Gestão para o Desenvolvimento Sustentável do Instituto Ethos.

Segundo Ana, são várias as vantagens para uma empresa investir em responsabilidade social e ambiental. Entre elas, a avaliação e gerenciamento de riscos. “Quando falamos em riscos, pensamos apenas naquilo de negativo que pode acontecer, mas a responsabilidade social abre às empresas uma janela de oportunidades com a qual elas podem trabalhar. É um incentivo a repensar o negócio, seu propósito, otimizar recursos e dar espaço à criatividade e à inovação”, afirma. Atuar de forma socialmente responsável está ao alcance de todo tipo de empresa, independentemente do porte. Para a gerente, existe um mito de que seria algo apenas para as grandes. A responsabilidade social pode ser um meio de garantir a sobrevivência e estimular o diferencial competitivo das micro e pequenas. “Temos observado, pelas iniciativas que desenvolvemos, que, ao rever seus processos e práticas, as empresas encontram soluções e ampliam as perspec-

tivas de seus negócios. Seja para grandes ou pequenas empresas, é fundamental ter uma liderança engajada e visionária que veja na responsabilidade social uma oportunidade de se diferenciar competitivamente”, observa. Nas empresas que apostam nessas ações, os resultados vão desde a redução de custos e aumento da eficiência operacional até a sua própria orientação estratégica. Ana cita como exemplo um case do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) do Rio Grande do Norte, de uma oficina de costura vinculada a uma grande rede varejista. “Com o diagnóstico de sustentabilidade e a orientação que vem recebendo por meio do programa, o empresário percebeu que poderia se planejar estrategicamente para abrir sua marca própria e ampliar sua carteira de clientes, aplicando conceitos de responsabilidade social e sustentabilidade que observou no processo de avaliação, de diagnóstico”, conta.

CLÓVIS FABIANO/DIVULGAÇÃO/JC

Ana destaca que houve progressos na área

Mais incentivos fiscais para programas que atendam às demandas da população A gestora social da Fundação Semear, Helena Ieggli Thomé, defende mais incentivos fiscais que beneficiem os programas que atendam às demandas da população mais carente. “Além do incentivo fiscal que já temos hoje, poderíamos ter outros. Em vez de o dinheiro pago em impostos ir para os cofres em Brasília para depois ser distribuído aos programas, poderia ser aplicado diretamente na comunidade ou região do empresário, onde seria muito mais fácil para ele fiscalizar se está sendo bem aplicado”, afirma. Helena diz que a crise econômica também se refletiu nos investimentos sociais. “O desenvolvimento econômico deve andar junto com o desenvolvimento social e ambiental, não pode ser desassociado. Sentimos a redução de investimentos pontuais, mas não de nossos mantenedores, que sabem da importância do trabalho desenvolvido”, garante. Embora ainda se tenha um longo caminho pela frente, a gestora afirma que está se trilhando, cada vez

COMUNICAÇÃO FUNDAÇÃO SEMEAR/DIVULGAÇÃO/JC

Ballet, do programa Centro de Vivência Redentora, foi um dos grupos que conquistou 2° lugar no 29° Dançando

mais, para a consciência da sustentabilidade. Essa é justamente uma das missões da fundação: levar às empresas a importância que os investimentos em responsabilidade e ambiental têm

para o negócio. “Essa consciência tem evoluído no mercado. É preciso incorporar a responsabilidade social como uma forma inteligente de gerir o negócio”, ressalta.

— Editor-chefe: Guilherme Kolling (guilhermekolling@jornaldocomercio.com.br) — Editora de Cadernos Especiais: Ana Fritsch (anafritsch@jornaldocomercio.com.br) — Reportagem: Lissandra Mendonça

Um dos projetos desenvolvidos pela entidade, que neste ano foi certificada com a medalha do Prêmio de Responsabilidade Social na categoria Entidades Sem Fins Lucrativos Acima de

R$ 250 mil, é o Centro de Vivência Redentora (CVR). Inaugurado em outubro de 1998, o CVR atende cerca de 200 crianças e adolescentes entre 6 e 16 anos, em situação de vulnerabilidade social, na Vila Kephas, em Novo Hamburgo. O programa de convivência e fortalecimento de vínculos oferece um ambiente de estímulo ao desenvolvimento de habilidades e saberes artístico-cultural e de conscientização socioambiental. Entre as atividades oferecidas no contraturno escolar estão oficinas de artes, música e violão. O CVR também oferece atendimento médico, assistência social e psicológica, lanches e empréstimo de livros. Helena conta que os judocas do programa tiraram o 1º lugar na VIII Copa Pajova de Judô. Outra conquista dos alunos foi a 2ª colocação no 29º Dançando. “São pessoas talentosas, que precisam de oportunidade e estímulo”, observa ela, destacando que “a responsabilidade social com investimento social privado é possível”.

— Produção: Fernanda Crancio (especiais@jornaldocomercio.com.br) — Projeto gráfico: Kimberly Winheski — Diagramação: Kimberly Winheski — Revisão: André Fuzer, Rafaela Milara e Thiago Nestor


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Estímulo em produção e inovação social O Translab, Instituto de Pesquisa e Produção em Inovação Social, se autodefine como um laboratório cidadão. Na prática, funciona como um catalizador de projetos com viés de empreendedorismo social. Esta rede, que hoje reúne 40 profissionais de várias áreas, começou com um grupo de cinco pessoas interessadas em propor ações de melhorias urbanas. “Ao longo dos encontros, foram surgindo ideias e pessoas de várias formações, classes e idades para pensar alternativas para a cidade”, relembra Aron Krause, um dos cofundadores. Para tornar essas propostas

viáveis, o primeiro passo, muitas vezes, é a participação em editais. Passando por este momento inicial, a meta é que as iniciativas se tornem sustentáveis. É neste momento em que as ações deixam de ser apenas “algo positivo” para ganhar status de negócio social. Krause conta que não existe um setor específico no laboratório prospectando editais, mas há um incentivo para o monitoramento na web de oportunidades e o compartilhamento de experiências e de projetos vencedores nestas concorrências. “Quem estiver vinculado ao ecossistema do laboratório tem

BBC FOTOGRAFIAS/DIVULGAÇÃO/JC

Lei da Solidariedade permite parcerias e dedução de ICMS

Krause é um dos cofundadores do Translab, catalizador de projetos

acesso a todo o material estratégico de editais anteriores. Pode acessar as listagens dos editais”, diz Krause, que explica que estas trocas acontecem naturalmente, sem a necessidade de uma estrutura formal.

Pioneira no País, a Rede Parceria Social é uma oportunidade para as entidades sociais terem seus projetos patrocinados, e a iniciativa privada investir em responsabilidade social e ter o valor deduzido do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e prestação de Serviços). A iniciativa é do governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho, Justiça e Direitos Humanos. O diretor de Responsabilidade Social da secretaria, Luis Carlos Dias, explica que a Lei da Solidariedade, criada em 2002, permite a parceria entre o terceiro setor, empresas e governo. Os projetos podem se candidatar de duas formas. Uma delas é direta, no qual a entidade encontra o seu patrocina-

dor, faz e executa o projeto. O Estado, nesse caso, entra com a renúncia fiscal. A outra modalidade é por meio da rede de parceria, quando a entidade busca uma empresa e abre uma rede com projetos para várias outras ONGs executarem. As ONGS selecionadas têm até 12 meses para execução dos objetivos propostos e, além do gerenciamento das organizações-âncora e do acompanhamento direto das empresas patrocinadoras, participam do Programa Capacitação em Princípios para a Gestão Social Sustentável, atualmente conduzido pela ONG Parceiros Voluntários. O objetivo é buscar a sustentabilidades dos projetos e das organizações, com cursos na área de gestão.


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O legado da Vó Chica Vó Chica morreu com 107 anos e foi por muito tempo a referência de parteira, benzedeira e conselheira de comunidades da Zona Leste de Porto Alegre. Ela também cuidava de crianças quando as mães estavam trabalhando. Agora seu nome virou um projeto que atende crianças e adolescentes da Vila Safira. Criado pelo pintor predial e empreendedor social, Cláudio Roberto Pagno da Costa, a iniciativa tem várias frentes. Nos fundos do terreno da sua casa acontecem aulas de balé, tem um espaço para meditação, uma pequena biblioteca e computadores para dar os primeiros passos no mundo da informática. “Isso tudo é feito na região com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da cidade”, comemora Costa. Em 2015, ele ganhou o Título de Cidadão Honorário da cidade, mas nem sempre morou por aqui. Nasceu na Bom Jesus, e com 26 anos saiu para

conhecer outros lugares. Viveu em Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro, casou em São Luís do Maranhão. Quando voltou trouxe na bagagem a vontade de fazer “algo mais” pela sua comunidade. “Observei que todas as periferias são iguais. Não há espaço de lazer, não tem esgoto, iluminação pública ou coleta de lixo”, lamenta. Atualmente, o projeto Tia Chica, que faz parte da Rede de Boas Atitudes, é parceiro de cinco escolas e também promove atividades nestes locais. Uma delas é a Feira do Livro, que está na sua segunda edição. Nestes dois anos foram distribuídos 4 mil livros, pois cada aluno pode escolher três e levar para casa. Há também palestras com escritores conhecidos, como Dilan Camargo e Letícia Wierzchowski. Tudo funciona na base da doação. Daí a importância dos posts no Facebook para mobilizar pessoas. Outra ação incorporada ao calendário anual

CLAITON DORNELLES /JC

Costa atua como empreendedor social na Vila Safira e mantém o projeto Tia Chica, que faz parte da Rede de Boas Atitudes

é a campanha de arrecadação de kits escolares. Segundo Costa, isso ajuda a reduzir a evasão escolar. A primeira conquista deste empreendedor social foi um local para montar um espaço de lazer. Isso aconteceu há 16 anos. O passo inicial foi identificar um terreno que estava abandonado na comunidade. Ao se informar na Secretaria Muni-

cipal de Meio Ambiente descobriu que era uma área destinada desde 1962 para ser uma praça. “Dei visibilidade por meio da imprensa. Aos poucos foi sendo criado um lugar de lazer, preservado e colorido. Sempre digo que o Vó Chica não é uma ONG é uma atitude”, relembra Costa. A última iniciativa está mudando a paisagem da Vila Safira. É o projeto de colorização.

Baseado em uma experiência realizada na Indonésia, Costa começou a pintar muros e casas no bairro. Conseguiu doação de tintas de um fabricante e conta com sistema de mutirão para colorir o local. Até agora foram mais de 30 moradias, portas, escada e até a rótula do bairro. “Tudo é feito coletivamente. Vem gente de outros bairros para ajudar”, diz.

Projeto combina conhecimento acadêmico com causa humanitária O que era para ficar guardado em um armário na universidade foi vestir meninas da África. Desde fevereiro de 2016, mais de 80 vestidos já fizeram esta mesma viagem da Universidade de Aveiro, em Portugal, com destino a várias regiões africanas. Tudo por conta de uma inspiração que veio através de uma postagem que saudava a entrada da ONG Little Dresses for Africa em Portugal. Foi a partir dessa publicação que a brasileira Rafaela Norogrando, professora de Design de Vestuário no curso de Design de Moda, resolveu fazer um projeto que unisse conhecimento acadêmico a uma boa causa. “Eu pensava em fazer algo com os alunos que mostrasse a realidade do mercado. Nesta cadeira eles normalmente desenvolvem peças que ficam guardadas no departamento”, relembra Rafaela. Foi desta forma que ela começou a movimentar seus alunos do segundo semestre do segundo ano do curso e criou o projeto Xi-coração. A expressão é muito utilizada pelos portugueses e quer dizer abraço. Em sala de aula a primeira fase é fazer uma pesquisa de campo. Os estudantes precisam entender a cultura, como vivem seu público-alvo e buscar inspiração para criar suas minicoleções. “Eles precisam sair da sua zona de con-

RAFAELA NOROGRANDO/DIVULGAÇÃO/JC

Vestidos do projeto Xi-Coração são feitos com tecidos e retalhos doados e encaminhados para a África

forto e entender o que é a África. Isso faz com que sejam obrigados a olhar para o olho”, diz a professora. A ONG também passa um briefing bem específico de como devem ser elaboradas as roupas. Isso serve de guia para

o desenvolvimento do projeto que é feito em grupos, embora cada um seja responsável pela criação de dois vestidos com os tecidos e retalhos que vêm de doações de fábricas, pois um dos mandamentos desta ação é que nada pode ser compra-

do. Tudo é doado e reaproveitado. “As peças não podem ser feitas aleatoriamente. Não é para ser algo do tipo ‘estou fazendo roupinha para criança carente’. Além do contato com processos de design, a ação auxilia a desenvolver uma consciência mais alargada sobre o papel social de quem trabalha com moda”, detalha. No final, as coleções se transformam em uma exposição e Rafaela aproveita para colocar em cena também mobiliários desenvolvidos por outros alunos do curso de Design de Mobiliário do Instituto Politécnico de Viseu onde também dá aulas. Só depois os vestidos são entregues para a ONG e fazem sua travessia até a África. Na segunda edição do projeto Xi-Coração, desenvolvida neste último semestre, as “clientes finais” são adolescentes que voltaram para casa após serem sequestradas pelo grupo terrorista Boko Haram. A iniciativa ampliou seu foco e vai beneficiar também as famílias que perderam suas casas nos incêndios que ocorreram em cidades do Centro e do Norte da África. A exposição leva o nome “Às Meninas e aos Nossos” e serve de ponto de coleta para a doação de objetos e vestuário e estará aberta a visitação até janeiro de 2018 no Museu dos Lanifícios na Universidade da Beira Interior.


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–– entrevista −

Esforços para uma sociedade mais justa O Prêmio de Responsabilidade Social está em sua 18ª edição e para o deputado e presidente da Assembleia Legislativa, Edegar Pretto (PT), o principal avanço nestas quase duas décadas é a conscientização da sociedade, das entidades empresariais e de classe, universidades, entidades governamentais e do terceiro setor em realizar esforços conjuntos com vistas à construção do bem-estar das comunidades. “Os empresários estão inseridos neste contexto, pois sabem que se você tem uma sociedade mais justa todos saem ganhando. E ter a sua marca vinculada a ações nesse sentido é ter uma espécie de valor agregado ao seu produto, que resulta em ter o reconhecimento e a aprovação dos seus consumidores”, afirma. Nesta entrevista, o deputado aborda a importância da premiação e o Tema Norteador, que este ano busca igualdade de gênero e o fim da violência contra a mulher. “Ainda tem muito a ser feito, muito terreno a ser conquistado. E se agregarmos à questão o tema racial, veremos que as mulheres negras são ainda mais discriminadas. Se trata de um processo que ao meu ver precisa caminhar mais rapidamente”, observa. Jornal do Comércio - A premiação da Assembleia Legislativa é uma forma de incentivo aos empresários? Edegar Pretto - No momento em que sua empresa conquista algo com a chancela do Parlamento, ou seja, com a representação política de toda a sociedade gaúcha, em parceria com entidades da sociedade civil, representadas na Comissão Mista Organizadora, isso tem um peso importante na percepção do mercado. Ter uma ação social ou um conjunto delas reconhecida por um prêmio que já tem quase duas décadas de existência, tendo agraciado importantes empresas e entidades do Estado, é sem dúvida um incentivo que faz com que busquem esse reconhecimento. JC - Na edição deste ano houve uma leve queda no número de participantes. O senhor acredita que a crise financeira pode ter contribuído para que os empresários gaúchos também colocassem o pé no freio nos investimentos em ações sociais? Pretto - Pode ser, mas a di-

CACO ARGEMI/ALRS/JC

Para Pretto, ter uma ação social reconhecida por um prêmio que tem quase duas décadas é, sem dúvidas, um incentivo

minuição de projetos e programas inscritos não é significativa a ponto de podermos assegurar essa afirmação. Mas é claro que qualquer impacto negativo na economia tende a refletir nos investimentos das empresas, incluindo aqueles voltados às ações sociais. JC - Na sua opinião o governo dá incentivo suficiente às empresas que apostam em responsabilidade social? Além do desconto ou isenção de impostos, que outras políticas os governos poderiam adotar para estimular os empresários? Pretto - A responsabilidade social não deve ser unicamente fruto de incentivos, sejam eles fiscais ou não. Eles podem sim, contribuir com esse processo. A responsabilidade social, para que seja concreta e contínua, deve ser resultado da conscientização de que todos nós, sejamos agentes públicos ou privados, devemos, de alguma forma, compartilhar com a sociedade os ganhos que obtivemos com essa mesma sociedade. Pois é a sociedade e seus múltiplos agentes que sustentam ou garantem a existência das empresas ao reconhecer a importância destas. JC - E a sociedade de que forma pode ajudar? Consumir de empresas que têm esse compromisso pode ser uma alternativa de estimular os empresários em pensarem em uma gestão com preocupação social?

Pretto - Ela pode contribuir ao consumir e participar com críticas e sugestões, cobrar posturas, fiscalizar. Mas isso também depende do grau de conscientização dessa sociedade. E é claro que, quanto mais uma marca estiver vinculada a ações que visem o bem-estar de todos, certamente ela será melhor vista pelas pessoas. JC - O Tema Norteador dessa edição é Equidade de Gênero, tendo como base os Princípios para o Empoderamento das Mulheres, lançado pela ONU Mulheres e Pacto Global. Na sua opinião, quais os principais desafios nessa questão: violência doméstica, preconceito, igualdade no mercado de trabalho? Pretto - Difícil colocar um grau de hierarquia quando estamos falando de várias formas de agressão e violência, pois uma sempre leva a outra. O desafio maior é a mudança de postura e de entendimento daqueles que são os principais responsáveis por essa injustiça, que são os homens. É com eles - e com os meninos que estão formando seu caráter - que devemos conversar, insistir, mostrar que o não de uma mulher é não; mostrar que a mulher tem todo o direito de estar onde ela deseja estar; mostrar que a cultura machista é um mal. Mas no momento que a classe empresarial entender como é grande a injustiça de se pagar

salários menores a mulheres que ocupam o mesmo cargo que homens ou não procurarem a equidade nos postos de comando e decisão, acredito que esta será uma grande contribuição a um processo que envolve ainda a aplicação das leis, a organização social e, na minha opinião a mais importante, a conscientização para a igualdade de gênero na sociedade. JC - Nos projetos apresentados, vimos muitas iniciativas interessantes de empresas, universidades e entidades que buscam mais respeito às mulheres. Que políticas e iniciativas o Legislativo gaúcho está tomando para mudar essa realidade de discriminação e violência contra as mulheres? Pretto - A Assembleia Legislativa, com as 16 bancadas partidárias, é a representação da nossa sociedade. No Parlamento estão homens e mulheres eleitos pelo povo e que são um retrato dessa multiplicidade de opiniões. E por isso mesmo temos também grande responsabilidade nesse processo. O Parlamento gaúcho foi o primeiro legislativo brasileiro a ter constituído uma Frente Parlamentar dos homens pelo fim da violência contra as mulheres. Também foi o primeiro parlamento a aderir ao Movimento ElesPorElas (HeForShe) da ONU Mulheres, e temos a Procuradoria Especial da Mulher que foi criada na Casa. Estamos criando ainda

uma ouvidoria especial para receber denúncias e tratar de casos de assédio - seja ele verbal, físico ou sexual - contra as mulheres que por ventura venham a acontecer no âmbito do Parlamento. O próprio tema - a violência de gênero - foi objeto de uma grande campanha de mídia no início da gestão dessa presidência e foi uma das causas que nortearam os ciclos dos grandes debates realizados pela Casa nesse ano em inúmeras regiões do Estado, com o apoio de instituições e, principalmente, todas as universidades do Rio Grande do Sul. Estamos provocando o debate, realizando ações e tratando de forma séria essa problemática que não respeita classe social, religião ou etnia. JC - O senhor acredita que a sociedade está avançando nestas questões? Pretto - Se formos comparar com duas ou três décadas atrás sem dúvida que tanto a percepção como o tratamento dado à questão hoje é outro, avançou, principalmente a partir de 2006 com a criação da Lei Maria da Penha. Por outro lado, estamos chegando na segunda década do século 21 e milhares de mulheres ainda são mortas, agredidas ou mutiladas pelo simples fato de serem mulheres, são vistas como propriedade de alguém, que ganham menos em termos salariais ou são preteridas profissionalmente por serem do sexo feminino. Sim, avançamos. Mas ainda tem muito a ser feito, muito terreno a ser conquistado. E se agregarmos à questão o tema racial veremos que as mulheres negras são ainda mais discriminadas. Se trata de um processo que ao meu ver precisa caminhar mais rapidamente. JC - Para o senhor, o que significa uma empresa ter responsabilidade social hoje em dia? Pretto - Atualmente vejo como um conjunto de posturas que traz consigo diferentes relações que devem possibilitar ações que dialoguem com temas como meio ambiente, direito do consumidor, consumo consciente, salário justo, condições de trabalho, direitos humanos e igualdade. A responsabilidade social vai além do que pode ser feito para o público externo. Ela deve estar presente no dia a dia da empresa e nas relações com seus trabalhadores e trabalhadoras.


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–– Prêmio −

Noite de reconhecer os bons exemplos

Instituições de Ensino Fundamental, Médio, Técnico e Profissionalizante Senai

Deputado Maurício Dziedricki (e) entrega prêmio para Sérgio Ricardo Moyses

Sociedades Cooperativas

Instituições de Ensino Superior

Cotripal

MARCO QUINTANA/JC

Os vencedores do Prêmio Responsabilidade Social foram homenageados na noite de 30 de novembro, na Assembleia Legislativa. Entidades, municípios, empresas públicas e privadas que se destacaram em suas iniciativas sociais e ambientais receberam troféus, certificados e medalhas. “A responsabilidade social é uma prática voluntária, e não deve ser confundida exclusivamente com ações compulsórias impostas pelo governo ou por incentivos externos”, disse o coordenador da comissão mista, Marcelo Gazen. Representando o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Edegar Pretto (PT), o deputado Maurício Dziedricki (PTB) ressaltou o trabalho desenvolvido pelos vencedores. “Muito mais do que o troféu, esse reconhecimento representa a perseguição que todos nós devemos ter das boas práticas no nosso dia a dia”, destacou. A edição deste ano do prêmio contou com 90 inscritos, sendo que 73 foram habilitados. Onze projetos receberam o Troféu Prêmio Responsabilidade Social, criado pelo artista plástico José Carlos Moura. Além das premiadas com troféu, 16 organizações ganharam a Medalha de Responsabilidade Social. A grande vencedora do Tema Norteador, que abordou a Equidade de Gênero, foi a Fundação La Salle, com o projeto Casa da Cidadania. “A premiação legitima uma prática de promoção dos direitos das mulheres, que deve ser reconhecida, continuada e fortalecida”, disse a coordenadora de projetos, Michele Nunes D’Avila.

MARCO QUINTANA/JC

MARIANA CARLESSO/JC

Fidene

Marco André Regis (c) recebe distinção de Vergilio Perius e Ubiracy Ávila (d)

Cátia Maria Nehring recebe reconhecimento de Marcelo Gazen e Roberto Martins

Sociedades Cooperativas

Entidades Governamentais

MARCO QUINTANA/JC

Corsan

MARCO QUINTANA/JC

Unimed dos Vales do Taquari e Rio Pardo

Aldo Pricladnitzki (c) recebe premiação de Vergilio Perius e Ubiracy Ávila (d)

Marcus Vinicius Vieira de Almeida (e) recebe a distinção de Luiz Klippert


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Micro e Pequenas Empresas Lenz Bergesch Contabilidade

Municípios Três Passos

MARIANA CARLESSO/JC

premiação MARCO QUINTANA/JC

Elisete Lopes e deputado Maurício Dziedricki entregam prêmio para o prefeito José Carlos Amaral (c)

Entidades sem Fins Econômicos (até R$ 250 mil) Rotary Club de Lajeado Engenho

Silvia Grewe (e) e Simone Imperatore entregam distinção a José Inácio Lenz

Médias Empresas

MARCO QUINTANA/JC

Bebidas Fruki

José Alfredo Nahas e Liane Rotta entregam premiação para Rosângela Backendorf (c)

Entidades sem fins econômicos (acima de R$ 250 mil)

MARCO QUINTANA/JC

Fundação La Salle

Modesto Mendes entrega reconhecimento a Aline Eggers Bagatini

MARCO QUINTANA/JC

Grandes Empresas CVI Refrigerantes José Kolling (segundo da esquerda para a direita) com o prêmio

Tema Norteador

Katiane Roxo entrega reconhecimento para Ottomar Vontobel

MARCO QUINTANA/JC

MARCO QUINTANA/JC

Fundação La Salle

Marcelo Gazen entrega reconhecimento para Michele Nunes D’Ávila


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–– entrevista −

Iniciativas que fazem a diferença A cada edição do Prêmio Responsabilidade Social, promovido pela Assembleia Legislativa do Estado Rio Grande do Sul, são conhecidas iniciativas que fazem a diferença em suas comunidades. Coordenador pelo segundo ano consecutivo da Comissão Mista, responsável por selecionar os vencedores da premiação, o advogado e diretor da Federação das Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), Marcelo Gazen, conta com entusiasmo dos projetos que chegaram de todos os cantos do Estado e surpreenderam pelo comprometimento e capacidade de mobilização. Ações de empresas privadas e públicas, entidades e universidades que nos fazem acreditar em uma sociedade melhor, com mais qualidade de vida e preocupação com o meio ambiente. “Há muitas pessoas desenvolvendo projetos bacanas pelo Estado”, diz ele. O trabalho da comissão se iniciou em maio com reuniões mensais e quinzenais e analisou os 90 projetos inscritos. Desses, 73 foram habilitados. Outras ações que preencheram o Relatório de Responsabilidade Social e apresentaram projeto temático específico foram selecionadas como finalistas para o Tema Norteador, que este ano tratou da Equidade de Gênero, tendo como base os Princípios de Empoderamento das Mulheres, lançado pela ONU Mulheres e Pacto Global. Na entrevista a seguir, o coordenador ressalta o aprimoramento do sistema e a transparência da premiação. Jornal do Comércio Quais as novidades na edição deste ano em relação ao ano passado? Marcelo Gazen – A cada edição buscamos melhorar e inovar os processos de avaliação. Neste ano tivemos um aprimoramento do sistema, oferecendo mais segurança e transparência em todo processo. Na primeira fase o participante lança os dados dentro de um formulário eletrônico e não se corre o risco de adulterações. Desta forma, todo o processo se torna mais rigoroso e preciso. Outra novidade deste ano é que a Comissão Mista irá disponibilizar para as empresas que solicitarem um relatório do resultado. Muitas em-

FREDY VIEIRA/JC

Marcelo Gazen, da Federasul, destaca que projetos surpreenderam pelo comprometimento e capacidade de mobilização

presas e entidades querem saber a sua pontuação, quais pontos podem melhorar para voltar na próxima edição com mais força. JC – Quais as entidades que integram a Comissão Mista? Gazen – A Comissão Mista é responsável pela organização, processo de avaliação e julgamento do prêmio. Também é ela quem estabelece os critérios e faz a seleção de quem são os agraciados com troféus, certificados e medalhas. São premiadas as categorias entidades governamentais, municípios, entidades sem fins econômicos, instituições de ensino superior, cooperativas, micro e pequenas empresas, médias empresas, grandes empresas, instituições de ensino técnico e ONGs,

Foi bem difícil chegar ao vencedor, pois foram muitos os projetos bacanas e com atendimento amplo em suas comunidades

além do Tema Norteador. O grupo é formado por representantes da Federação das Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio), Serviço Social do Comércio (Sesc), Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade (PGQP), Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Conselho Regional de Contabilidade (CRC), Conselho Regional de Administração (CRA), Observatório de Responsabilidade Social das Universidades Brasileiras (Orsub), Sistema Ocergs/Sescoop, Organização Parceiros Voluntários (OPV), Serviço Social da Indústria (Sesi) e Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). JC - Como a comissão chega aos finalistas? Gazen – Os finalistas são definidos a partir de critérios estabelecidos no edital no qual é analisado o balanço de responsabilidade social e o relatório de responsabilidade social dos inscritos. Para o Tema Norteador são analisados os critérios estabelecidos pelos julgadores e que, ao final, chegaram a uma pontuação. Os 12 mais bem pontuados são os finalistas que apresentam seus projetos pessoalmente em Porto Alegre, um

A cada edição buscamos melhorar e inovar os processos de avaliação. Neste ano tivemos um aprimoramento do sistema

mês antes do dia da solenidade de premiação. JC – Como é definido o Tema Norteador? Gazen – A cada ano o Tema Norteador é escolhido pela Assembleia Legislativa tendo como foco assuntos que estão sendo discutidos pela sociedade. O Tema Norteador entrou para a premiação na edição de 2007, quando se abordou o “Planejamento Familiar”. Esse ano foi definido o tema Empoderamento das Mulheres, lançado pela ONU Mulheres e Pacto Global. A ideia foi estimular ações e enfrentar o machismo, a violência de gênero e a desigualdade. Na edição 2017, 16 projetos foram inscritos e selecionados 12 finalistas, que fizeram uma apresentação formal à comissão no

dia 26 de outubro. Foi bem difícil chegar ao vencedor, pois foram muitos os projetos bacanas e com atendimento amplo em suas comunidades. Então, nos focamos naquele que teve maior alcance na região em que estava inserido. JC - Há uma comissão específica para o Tema Norteador? Gazen - Sim. É criada uma outra comissão entre os membros da Comissão Mista que faz uma análise por meio de critérios pré-estabelecidos e chega aos finalistas. Esse ano, a comissão do Tema Norteador foi formada por representantes de quatro entidades: Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP), Conselho Regional de Contabilidade, Parceiros Voluntários e Observatório da Responsabilidade Social das Universidades Brasileiras (Orsub). JC - O senhor acha que a crise econômica influenciou o investimento das empresas em projetos de responsabilidade social? Gazen – Sim, acredito que tenha influenciado. O número de inscritos caiu um pouco em relação ao ano passado (foram 102 inscritos em 2016 e 90 em 2017). As dificuldades financeiras acabaram não potencializando novas empresas a realizarem esse tipo de projeto. Entretanto, empresas tradicionais, que já investem há bastante tempo, seguem trabalhando forte neste sentido e evoluindo muito mais em responsabilidade social. JC - Na sua opinião, o que pode ser feito para incentivar os empresários a investirem em projetos sociais? Gazen – O principal fator seria a própria exigência das empresas com seus fornecedores e pares para que eles tenham este tipo de ação em seus negócios. O governo também pode fazer a sua parte incentivando as empresas, seja com redução de impostos ou criação de uma linha crédito específica para os empresários que têm a responsabilidade social no DNA do seu negócio. O investimento em responsabilidade social também pode vir a ser um critério habilitatório em licitações, no qual pode se dar vantagens ou preferências para empresas que têm essa preocupação social.


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–– Sociedades Cooperativas – Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo −

Boas práticas de gestão e atendimento Presente todos os anos na premiação, a Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo (Unimed VTRP) conquista, pela quarta vez, o troféu de Responsabilidade Social. É a segunda vez que figura no topo na categoria Sociedades Cooperativas. “Buscamos o equilíbrio entre a situação, a excelência no atendimento aos clientes e nossa presença nas comunidades em que atuamos. E as ferramentas de gestão nos mostram a direção para trilhar este caminho”, afirma o médico Aldo Pricladnitzki, presidente da Unimed VTRP. Em 2004, conquistou o 1º lugar na categoria Empresas de Médio Porte. Em 2010, foi a vez do Troféu Destaque RS, na categoria Grandes Empresas. Em 2013, o troféu veio entre as Sociedades Cooperativas, mesma conquista deste ano. Em todas as outras edições, a Unimed VTRP conquistou a Medalha de Responsabilidade Social, que reconhece as boas práticas dos envolvidos. Aliás, são as boas práticas de gestão interna e também para a comunidade que levam a cooperativa a este destaque. “O desenvolvimento sustentável é um desafio para qualquer instituição. E ele precisa estar aliado ao desenvolvimento humano. E é isso que procuramos. Temos programas

UNIMED/DIVULGAÇÃO/JC

Uma das diretrizes estratégicas da instituição é o engajamento em causas voltadas ao bem comum

que envolvem nossos colaboradores no voluntariado empresarial, que contribuem com o trabalho desenvolvido pelas entidades sociais. Com o Programa Viver Bem na Escola, dá suporte aos educadores em temas como sexualidade e drogadição, além de outras campanhas, sendo uma delas Eu Ajudo Na Lata, no qual já conseguimos doar 19 cadeiras de rodas para a nossa comunidade”, afirma Jelci Danielli, coordenadora da

área de Gestão da Sustentabilidade da cooperativa médica. Uma das diretrizes estratégicas da Unimed VTRP é o engajamento em causas voltadas ao bem comum. Atualmente, a cooperativa apoia duas iniciativas globais: os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs), no qual busca alinhar suas práticas socioambientais aos objetivos; e o Pacto Global, sendo que a Unimed tornou-se signatária do Pacto Global

no ano de 2012, quando passou a fortalecer as práticas que atendam ao conjunto de valores fundamentais nas áreas de direitos humanos, padrões trabalhistas, meio ambiente e combate à corrupção. Anualmente, a Cooperativa também faz a Communication on Progress à Organização das Nações Unidas (ONU). Desde 2015, a bandeira da inovação vem sendo trabalhada e assimilada como cultura corpo-

rativa. Neste ano, todos os colaboradores passaram por treinamento dentro da metodologia do Design Thinking, e agora estão desenvolvendo, através de grupos de cocriação, sugestões de melhorias nos processos da cooperativa. Uma plataforma on-line, o Innovare, auxilia neste processo. Outro investimento dos últimos anos, que já traz frutos para a Unimed VTRP, é o Sistema Integrado de Gestão do Atendimento. Ele comunica médicos, clínicas, hospitais e laboratórios, agilizando e trazendo mais segurança aos procedimentos, levando a gestão da saúde dos clientes a um novo patamar. Com sede em Lajeado, e abrangência de 59 municípios nos vales do Taquari, Rio Pardo e região do Jacuí, a Unimed VTRP conta atualmente com o Nível I na Acreditação – principal auditoria dos planos de saúde no Brasil – e figura, pelo 14º ano consecutivo, na pesquisa da Revista Exame de Melhores Empresas para Trabalhar. No que diz respeito à Acreditação – que, assim como o Troféu Responsabilidade Social, analisa as práticas de gestão, e vai além conferindo a qualidade dos atendimentos dos clientes e da rede ofertada –, a Unimed VTRP é benchmarking no setor da saúde suplementar.

–– Sociedades Cooperativas – Cotripal −

Cooperar por um mundo melhor A Cotripal Agropecuária Cooperativa, localizada no Noroeste gaúcho, com sede em Panambi, chegou aos 60 anos acreditando que a melhor forma de desenvolver seus associados e a comunidade é através da união em prol do crescimento mútuo. Para isso, promove projetos socioambientais voltados para todas as esferas da sociedade. Focada na agropecuária, conta com quase 4 mil associados e mais de 2 mil colaboradores. Além de estar ao lado da família do campo desde o projeto da lavora até as negociações da produção, a cooperativa desenvolve atividades na área de varejo e atua na indústria, com fábrica de rações e frigorífico próprios e, inclusive, participação na Cooperativa Central Gaúcha Ltda. (CCGL). O trabalho social desenvolvido pela Cotripal tem sido reconhecido pela Assembleia Legislativa com certificados, medalhas e troféu. Em 2014, ganhou o troféu, principal reconhecimento da premiação, com projeto educacional “Eu + Você = Mundo Melhor”. As atividades alcançam cerca de 1,2 mil crianças

anualmente, com idades entre 10 e 11 anos. São mais de três décadas levando reflexão sobre valores morais para dentro das escolas de forma lúdica e divertida. A didática consiste na construção de um terrário em sala de aula, um “minimundo” para servir de habitat a pequenas plantas e insetos. Através de atividades cooperativas, entre colegas e famílias, são abordadas questões éticas de convivência em sociedade e cuidado com o meio ambiente. Entre os projetos que desenvolve estão o Programa Aprendiz Cooperativo, que forma cerca de 80 jovens entre 15 e 18 anos anualmente, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop-RS) e a Cooperconcórdia; o Projeto Eu Coopero, no qual promove o voluntariado e a contribuição para manutenção de entidades beneficentes; o Programa de Inclusão Juntos Somos Mais, com acompanhamento, capacitação e inclusão de pessoas com deficiência no quadro funcional; o Programa Cuidar, que realiza refloresta-

MARKETING COTRIPAL/DIVULGAÇÃO/JC

Atividades alcançam cerca de 1,2 mil crianças anualmente, com idades entre 10 e 11 anos

mento, recolhimento de embalagens vazias de fitossanitários, tratamento de resíduos, captação da água da chuva e orientações ambientais; o Projeto Terra de Futuro, que oferece 40 bolsas de estudos por ano aos fi-

lhos de associados; diversos projetos para os funcionários, promovendo lazer, integração e capacitação profissional em parceria com o Sescoop-RS e a participação do Programa Mesa Brasil, do Sesc.


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–– Instituições de Ensino Superior – Fidene/Unijuí −

Premiada pelo segundo ano consecutivo A Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação do Noroeste do Estado (Fidene/Unijuí) recebeu, pelo segundo ano consecutivo, o Prêmio de Responsabilidade Social. “Estamos orgulhosos com essa conquista, que demonstra toda a responsabilidade, a relação com a comunidade a partir das atividades que a Fidene/Unijuí desenvolve e reforça o nosso espírito de universidade comunitária”, afirma a reitora da Unijuí, professora Cátia Maria Nehring, destacando ser uma grande honra para a instituição receber a distinção, que coroa as comemorações dos 60 anos de Ensino Superior na região Noroeste do Estado. Segundo Cátia, muitos são os projetos desenvolvidos na região. Entre eles, o que concorreu ao Tema Norteador desta edição e que ficou entre os 10 finalistas. O “Sala de Diálogo: da violência ao respeito” promove a equidade de gênero trabalhando com homens agressores, detidos na Penitenciária Modulada de Ijuí, em virtude da prática de crimes previstos na

Lei Maria da Penha. “A intervenção junto aos autores de violência doméstica e familiar contra as mulheres constitui elemento essencial à redução desse tipo de violência”, observa. Além da Unijuí, por meio dos cursos de Psicologia e Direito, estão envolvidos Ministério Público do Estado, Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), Rede de Proteção à Mulher de Ijuí, Poder Judiciário – Comarca de Ijuí – Vara de Execuções Penais e 2ª Vara Criminal. Em quase três anos de atuação, o projeto tem agregado novos participantes e apoiadores, demonstrando ser capaz de superar os obstáculos e se manter plenamente vigente. “É interessante observar que entre os participantes presos há um incentivo dos mais antigos para a participação dos mais novos, com relatos que evidenciam os benefícios representados pelos encontros”, diz a reitora. Outro destaque da Fidene/ Unijuí é o “Avanços Tecnológicos na Produção de Aveia na Região

Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul”. A iniciativa fomenta a cadeia de produção, levando aos agricultores elementos que possam reduzir o uso de defensivos agrícolas e elevar a qualidade da produção. O projeto foi aprovado por meio do Programa Polos Tecnológicos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado e adquiridos equipamentos como a semeadeira e a colheitadeira de parcela, multiplantadeira, tratores, roçadeiras, trilhadeiras, descascadoras, estação meteorológica, enxadas rotativas, pulverizadores, medidores de umidade do solo, sensores de medição de clorofila, entre outros. Em 2016, foram cultivados 227,6 mil hectares do grão. Na região Noroeste do Estado, a produção também tem destaque. É por isso que, na Unijuí, o projeto de pesquisa desenvolvido dentro do Departamento de Estudos Agrários busca aliar novas tecnologias a uma produção mais sustentável. A Escola Fazenda da Universidade (Irder) destinou uma área

UNIJUÍ/DIVULGAÇÃO/JC

Cátia Nehring destaca que a instituição busca estar sempre em movimento

experimental de dois hectares para que os estudos sejam aplicados. Há dois anos sendo desenvolvido, o projeto já realiza as atividades de teste. Atualmente, mais de 20 experimentos estão sendo feitos a campo e nos laboratórios da universidade. A reitora Cátia afirma que a instituição está sempre em movimento e procura inovar suas práticas e reinventar suas iniciativas. “Novos projetos estão sempre em pauta, mas a continuidade das iniciativas consolidadas, que bus-

cam a melhoria constante de suas ações, também é uma diretriz que se mantém”, garante. Ela adianta que o grande e novo projeto que a universidade está em vias de implementar é o curso de Medicina, que deve gerar um grande impacto na região pela capacidade de melhoria da rede de atenção básica à saúde e, consequente, da qualidade de vida da população da região. “Acreditamos no nosso projeto e na formação que iremos fazer de médicos preparados e preocupados com a saúde”, completa.

–– Instituições de Ensino Fundamental, Médio, Técnico e Profissionalizante – Senai −

Programa apoia as mulheres nos cursos de capacitação O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-RS) recebeu, pela quarta vez, o Troféu Responsabilidade Social da Assembleia Legislativa. O tema da 18ª edição englobou os cases das iniciativas realizadas em 2016, que representaram as práticas e

ações para desenvolver formas de enfrentamento à discriminação, à violência de gênero e às desigualdades, tendo como base os Princípios para Empoderamento das Mulheres, lançado pela ONU Mulheres e Pacto Global. O Senai-RS recebeu a distinção DINHO PRODUÇÕES/DIVULGAÇÃO/JC

Entidade promove condições de equidade, visando à inclusão, formação profissional e inserção

pelo Programa Senai de Ações Inclusivas (PSAI) Capacitação Profissional de Mulheres com Deficiência. O PSAI, com foco na vertente gênero e deficiência, tem como objetivo promover e apoiar a inclusão de pessoas com deficiência na indústria. O programa possibilita o ingresso de mulheres com base nos princípios da equidade em cursos regulares nas escolas do Senai-RS, com respeito à diversidade e orientação sobre acolhimento dos colegas com algum tipo de necessidade específica. Os alunos contam com acompanhamento e convivência em seu ambiente escolar, como fatores importantes para o sucesso do programa de inclusão na empresa e atendimento de prerrogativas legais. Desde sua implantação, em 2001, foram capacitados 9.051 alunos, implantando a metodologia em 40 escolas. Foram constituídos 13 Grupos de Apoio Local e 150 parcerias no Rio Grande do Sul. “O PSAI promove condições de equidade que respeitem a diversidade inerente ao ser humano (gênero, raça/etnia, maturidade e deficiência) visando à inclusão e à formação profissional dessas pessoas nos cursos

do Senai, com base nos princípios da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência”, afirma o diretor regional do Senai-RS, Carlos Trein. O programa está fundamentado em uma educação profissional emancipatória para desenvolver a capacidade de pensar criticamente a realidade e promover a igualdade de condições para as pessoas, com e sem deficiência que procuram na Educação Profissional a inserção e/ou reinserção na indústria”, diz o diretor. Desde 2004, o Senai-RS inscreve seus programas sociais no Prêmio de Responsabilidade Social da Assembleia Legislativa, concorrendo na categoria Instituições de Ensino Fundamental, Médio, Técnico e Profissionalizante, buscando conquistar as premiações de reconhecimento social. Em todas as participações anuais, a instituição recebeu o reconhecimento com o Certificado e conquistou quatro troféus (2008, 2009, 2014 e 2017), além de nove medalhas. Em 2016, o Senai-RS obteve a Medalha Destaque 2016 do Prêmio de Responsabilidade Social, com o tema norteador “Consumo Consciente e Educação Financeira”, do Projeto Desafio Senai.


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–– Micro e Pequenas Empresas - Lenz Bergesch Contabilidade −

Evoluindo junto com a região O escritório de contabilidade Lenz Bergesch, com sede em Lajeado, recebeu pela terceira vez o prêmio Troféu Responsabilidade Social. A empresa traz ainda no currículo nove medalhas e três certificados de Responsabilidade Social, todos concedidos pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. Os sócios do escritório destacam que o engajamento com as questões sociais e o desenvolvimento da região existem desde a abertura do negócio. A medida em que houve o seu crescimento e a evolução da gestão - tendo aderido ao Programa de Qualificação Empresarial da Associação Comercial de Lajeado e ao Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP) - também foi possível dar um retorno maior à comunidade. “Os prêmios mostram que esta-

LENZ BERGESCH CONTABILIDADE/DIVULGAÇÃO/JC

mos no caminho certo, mas mais relevante do que receber uma distinção é a diferença que podemos fazer no dia a dia das pessoas”, afirmam os sócios José Lenz, Glicério Bergesch e Daniel Bergesch. É essa mentalidade que faz a empresa prestar serviços contábeis, gratuitamente, a instituições como a Liga Feminina de Combate ao Câncer, Associação de Pais e Amigos da Fundação para a Reabilitação das Deformidades do Crânio-Faciais (Fundef/Apaf), Rotary Club Lajeado e CTG Tordilho Negro. A Lenz Bergesch também criou um Comitê de Voluntariado interno, que destina tempo e investimentos para planejar e executar campanhas em prol de quem mais precisa. Somente em 2016, o comitê esteve envolvido em mais de 10 projetos, que vão de arrecadações de

Engajamento com questões sociais, como voluntariado junto à Amam, existe desde a abertura do escritório

roupas, livros, móveis e produtos de higiene até o patrocínio de palestras e a realização de atividades diversas. A Associação de Menores de Arroio do Meio (Amam), o Serviço de Assistência Especializada em AIDS/DST (SAE), a Hemoterapia do Vale do Taquari (Hemovale), a Fundação para Reabilitação das Deformidades Crânio-Faciais (Fundef), a Sociedade Lajeadense de Auxílio aos Necessitados (Slan) e o

Projeto Corrente do Bem de Lajeado foram alguns dos beneficiados. Além disso, o escritório conta com um Programa de Educação Ambiental que norteia as suas ações para minimizar os impactos ambientais. Elas vão desde a distribuição de garrafinhas plásticas e xícaras personalizadas, evitando o uso de copos plásticos, ao descarte correto de componentes eletrônicos e lâmpadas.

Para o público interno há campanhas de racionalização da energia elétrica e de reciclagem de papel, nos quais os recursos são revertidos em benefícios para os próprios funcionários. O escritório ainda promove a qualificação da sua equipe por meio de auxílio educacional e trabalha na conscientização para os cuidados com a saúde com as campanhas do Outubro Rosa e o Novembro Azul.

–– Médias Empresas - Bebidas Fruki S.A. −

Meta da empresa é crescer de maneira sustentável A Fruki participa do Prêmio de Responsabilidade Social desde 2006 e teve seu trabalho social e ambiental certificado em todas as edições. Segundo o diretor-presidente Nelson Eggers, a trajetória da empresa sempre foi marcada por um forte comprometimento junto à sociedade. “Aprendemos, desde

o início, a buscar o crescimento de maneira sustentável, com base nas boas práticas de gestão e aliados ao que é possível executar para manter os recursos naturais disponíveis e em condições de beneficiar a todos. Nossos profissionais aprendem e são incentivados a incorporar, desde os primeiros momentos FRUKI/DIVULGAÇÃO/JC

Eggers diz que trajetória sempre foi marcada por comprometimento social

em que ingressam na equipe, um espírito colaborativo e o tão saudável entendimento de que é possível viver em harmonia, conciliando trabalho e respeito ao meio ambiente”, afirma Eggers. A gestão ambiental da Fruki engloba o tratamento de resíduos líquidos, tratamento de resíduos sólidos, tratamento de emissões atmosféricas e o Programa Tecnologias Limpas. Toda a água que não pode ser mais utilizada é encaminhada para a Estação de Tratamento de Efluentes. Esta estação possui um sistema por lodo ativado, que bioxida a matéria-orgânica para que a água seja disposta no corpo receptor, de forma que impacte da menor forma possível no meio ambiente. Quanto aos resíduos sólidos, todo o lodo gerado na Estação de Tratamento de Efluentes (tratamento primário e biológico) é incorporado em solo agrícola em área licenciada pertencente a Fruki, destinada ao cultivo de hortifrutigranjeiros e de árvores nativas. Além do lodo, são incorpora-

dos ao solo resíduos como as cinzas da caldeira. Por intermédio de parcerias com organizações governamentais e privadas, a empresa atua na sensibilização da sociedade quanto à recuperação e preservação de recursos naturais. Em todas as áreas está presente a coleta seletiva de resíduos, através de recipientes devidamente identificados. Em 2016 foram enviadas 626 toneladas de material para a reciclagem, o que equivale a 98,5 do total dos resíduos gerados na empresa. Os gases emitidos pela caldeira são controlados por um filtro com cortina de água, impedindo a emissão de fuligem para o meio ambiente. Toda frota é gerenciada pelo setor de manutenção, que garante o bom funcionamento dos veículos e a necessidade de troca, reduzindo os impactos nas emissões atmosféricas. De acordo com Eggers, outras ações também são mantidas pela empresa diante do compromisso de respeito ao meio ambiente. A empresa utiliza ainda rótulo de papel na Água da Pedra e no Fru-

kito, substituindo o uso do plástico. Os estoques das embalagens das linhas de produção estão localizados estrategicamente próximos à sua respectiva linha, reduzindo o uso da empilhadeira. Nestes equipamentos, existe um controle de velocidade, diminuindo o consumo de gás, além de aumentar a segurança dos operadores. “De pequenas atitudes até modificações mais profundas, entendemos que sempre é possível melhorar nossos processos e, consequentemente, nosso relacionamento com o ambiente que nos cerca. Prova disso é o reconhecimento constante que temos obtido junto a importantes órgãos e instituições, com premiações e distinções na área de responsabilidade social, fato que certamente motiva nossa equipe para dar sequência a este trabalho. Acreditamos cada vez mais na multiplicação dos exemplos positivos, formando uma corrente onde os elos sejam duradouros e resistentes”, completa o diretor-presidente.


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–– Grandes Empresas – CVI Refrigerantes −

Compromisso com o crescimento sustentável A CVI Refrigerantes recebeu, pela primeira vez, o prêmio máximo da Responsabilidade Social. Em 2013, tinha ficado com a medalha e, em 2009, 2010 e 2011, com o certificado na categoria Grandes Empresas. Para a direção da empresa, a conquista de mais uma premiação é o resultado do compromisso com iniciativas socialmente responsáveis. “Entre os nossos valores está liderança – coragem para construir um mundo melhor e buscamos vivenciar isto todos os dias. Estamos em constante evolução com o objetivo de ‘Criar Valor Sustentável’, não apenas ao nosso negócio, mas às pessoas que fazem parte dele e às comunidades onde convivemos”, afirma o diretor-presidente, Emerson Vontobel. Uma das ações da empresa é o programa CVI Social, que tem

como objetivo disseminar a clareza de visão em investimentos sociais e o espírito empreendedor entre as organizações sociais de Santa Maria, visando ao crescimento autossustentável dessas entidades e à melhora na qualidade de vida da comunidade. Dividido em três etapas – certificação, capacitação e apoio financeiro a projetos –, o programa beneficia organizações sem fins lucrativos de Santa Maria, Itaara, Mata, São João do Polêsine, Júlio de Castilhos e São Pedro do Sul. A CVI Refrigerantes é uma empresa da Companhia Vontobel de Investimentos que atua no segmento de bebidas por meio da produção, comercialização e distribuição de produtos das linhas The Coca-Cola Company, Heineken e Leão Alimentos e Bebidas. A empre-

CVI REFRIGERANTES/DIVULGAÇÃO/JC

Para a empresa, premiação é resultado do trabalho voltado a iniciativas socialmente responsáveis

sa tem suas origens nos negócios iniciados pela família Vontobel, ainda na década de 1940, em Porto Alegre, com a fabricação de doces. Nos anos seguintes, aproveitou sua estrutura de carroças e caminhões e iniciou a distribuição de bebidas, negócio que prosperou significativamente e resultou com a franquia da Coca-Cola Brasil, em 1963. Três anos após, a empresa passou atuar em Santa Maria com um depósito regional, que, mais

tarde, em 1977, daria lugar à fábrica que hoje abriga a sede da CVI Refrigerantes. Hoje, a empresa totaliza 25 mil metros de área construída e opera com quatro linhas (uma de envase para latas, duas de embalagens PET e uma de embalagens de vidro). Constituídas por modernos equipamentos de fabricação, elas têm capacidade de produzir 528,2 bilhões de litros de bebidas por ano.

Além da fábrica instalada em Santa Maria, a empresa possui Centros de Distribuição em Passo Fundo e Vale do Rio Pardo (com sede em Vera Cruz), e Transit Points (responsáveis exclusivamente pela distribuição de produtos) em Bagé e Santana do Livramento, atendendo às regiões Central, Fronteira-Oeste e Planalto Médio do Rio Grande do Sul, nos quais emprega, de forma direta, cerca de 970 colaboradores.

to municipal. Nove unidades de saúde foram reformadas e, em novembro, a prefeitura equipou as Estratégias de Saúde da Família (ESF) com condicionadores de ar. Além de beneficiarem as unidades de saúde, os equipamentos foram instalados no Centro de Atenção Psicossocial (Caps), no Núcleo Atenção Saúde da Família (Nasf) e na Secretaria Municipal de Saúde. Ao todo, foram adquiridas, por meio de licitação pública, 32 unidades, com um investimento total de R$ 112.812,00. A ampliação dos programas sociais com oferecimento de oficinas de canto para adolescentes, coral para idosos, capoeira, educação física, ginástica, taekwondo, corte e costura, além da formação de grupos de gestantes, idosos e crianças são

outras ações que tornam a cidade uma referência. Para chegar ao resultado do prêmio, foram avaliados os indicadores de aprovação escolar, despesas da folha em relação à receita, assistência social, população com baixa renda, benefícios sociais, população em subabitação, capacitação profissional, preenchimento do Balanço Social, consumo médio anual de energia elétrica, saúde, despesas públicas, Relatório de Responsabilidade Social, educação e cultura, taxa de alfabetização, expectativa média de vida, taxa de evasão escolar, limite de despesa média com pessoal, taxa de leitos disponíveis em relação à população, meio ambiente, taxa de mortalidade, mínimo investido em ensino e taxa de mortalidade infantil.

–– Municípios – Três Passos −

Cuidado na aplicação dos recursos públicos Pelo segundo ano consecutivo, o município de Três Passos é o vencedor do Prêmio de Responsabilidade Social em sua ca-

tegoria. “Há uma preocupação da gestão para que a responsabilidade social esteja integrada e praticada em toda a organizaPREFEITURA DE TRÊS PASSOS/DIVULGAÇÃO/JC

Entre as ações que destacaram a cidade estão melhorias nas escolas

ção pública, tendo sempre como aspecto principal a construção do bem-estar comum, a observância de procedimentos administrativos, a capacitação de servidores, entre outros. Esses são quesitos que contribuem para que, novamente, Três Passos receba este destaque. Além disso, esta conquista também representa a adequação da destinação dos recursos públicos por parte da gestão”, afirma o prefeito José Carlos Amaral. Entre as ações que destacaram a cidade do Noroeste do Estado estão os investimentos em melhorias nas escolas, com ampliação do número de vagas e bem-estar aos alunos. Segundo o prefeito, em média, o percentual investido em educação no município é de 26% a 27%. Na área da saúde, o investimento é de cerca de 17% do orçamen-


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–– Entidades Sem Fins Econômicos (Até R$ 250 mil) – Rotary Club de Lajeado Engenho −

Menos diferença e mais inclusão social Há 23 anos, o Rotary Club de Lajeado Engenho (30.313) Distrito 4.700 serve a comunidade de forma voluntária. Por meio de parcerias com escolas e instituições ou iniciativas próprias, atua em projetos que buscam reduzir as diferenças sociais e promover a inclusão social. Um dos destaques do grupo é o conjunto de iniciativas na educação, como o projeto “Os Jovens Poetas de Lajeado”, no qual é editado um livro com poesias escritas por alunos do Ensino Fundamental. Na edição de 2016, as 35 escolas de Lajeado participaram. Segundo a presidente do clube Rosangela Backendorf, o trabalho se iniciou com cerca de 6,2 mil alunos, que tiveram seus textos analisados por professores de cada escola participante, sendo que destes trabalhos foram escolhidos os melhores. O livro tem aproximadamente 257 poesias e desenhos, e tiragem de mil exemplares. “Este é o projeto mais antigo do clube, que vamos manter e evoluir”, afirma Rosangela.

ROTARY/DIVULGAÇÃO/JC

Um dos destaques do grupo é o conjunto de iniciativas na educação, como o projeto ‘Os Jovens Poetas de Lajeado’

As despesas com a edição do livro e do evento são custeadas por empresas parceiras. Nesta edição, foram A Grande Loja Maçônica de Porto Alegre e a Maçonaria de Lajeado. “Ser voluntário é algo que

alimenta a alma. Convido as pessoas a conhecer o trabalho do Rotary”, diz Rosangela. Outra iniciativa do grupo é o Projeto CRE (Companheiro Rotariano na Escola), que ajuda os jovens do Ensino

Médio na escolha da profissão e na redução da evasão escolar. Ainda na área de educação, promove a Feira de Profissões em Colégio Estadual e o Trote Solidário, em parceria com o curso de Medicina da Uni-

versidade do Vale do Taquari (Univates), no qual foram arrecadadas 4,1 toneladas de alimentos para o Programa Mesa Brasil, do Sesc. Com 39 associados, sendo 17 integrantes do Conselho Diretor, o grupo também destina anualmente ao Rotary Internacional US$ 2 mil para ajuda humanitária em qualquer parte do mundo e aquisição de vacina contra poliomielite. Os rotarianos auxiliam entidades, como a Fundação para Reabilitação das Deformidades Crânio-Faciais (Fundef) de Lajeado, com a doação de recursos para a compra de materiais cirúrgicos. Para arrecadar verba para as ações, o clube realiza eventos, como a Noite do Engenho, um jantar-baile que gera recursos para atender aos projetos de doação e auxílio aprovados pela Comissão do Clube. Grande parte da receita arrecadada no evento em 2016 foi destinada à aquisição de aparelhos de ar-condicionado para a ala de atendimentos de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) do Hospital Bruno Born, de Lajeado.

–– Entidades Sem Fins Econômicos (Até R$ 250 mil) – Fundação La Salle − BANCO DE IMAGENS FUNDAÇÃO LA SALLE/DIVULGAÇÃO/JC

Nos caminhos da transformação social A Fundação La Salle executa projetos sociais voltados para a promoção de direitos, prevenção às violências, organização comunitária, apoio educacional, desenvolvimento do esporte, da cultura e do lazer. São várias iniciativas, que buscam sempre a transformação social das pessoas e das comunidades. Como integrante da Rede La Salle de Educação e com 11 anos de existência, o trabalho da instituição é na ponta, pois ocorre junto a crianças, adolescentes, jovens e mulheres que estão em busca de oportunidades. A atuação é múltipla, intersetorial e interdisciplinar, contando com profissionais de Sociologia, Psicologia, Assistência Social, Assessoria Jurídica e Pedagogia. Dezesseis projetos sociais foram constituídos em diferentes espaços de atuação no ano de 2016, a partir de uma proposta educativa que alcança outros fóruns formativos, além daqueles constituídos formalmente, como a escola, a família, a igreja. Um desses espaços diferen-

ciados é o trabalho das Agentes de Ação Social, em parceria com a prefeitura de Canoas. Mulheres que antes não possuíam emprego fixo ou que não tinham registro profissional de suas atividades passaram a integrar, desde maio, o projeto Casa da Cidadania. Essa iniciativa do Sistema Municipal de Prevenção de Violências, que teve como eixo central o trabalho de mobilização comunitária, foi conduzida e coordenada pelas antigas Mulheres da Paz – um grupo de mulheres atuantes nos bairros Guajuviras e Mathias Velho. As ações deste grupo foram voltadas, principalmente, ao empoderamento feminino e ao enfrentamento das violências de gênero. O trabalho desenvolvido pelas 28 Agentes de Ação Social foi dividido em três eixos: acolhimento e mediação comunitária de conflitos; prevenção comunitária às violências; e educação para os direitos. Todo o processo de formação de que as agentes participaram

Trabalho ocorre junto a crianças, adolescentes, jovens e mulheres em busca de oportunidades

possibilitou a multiplicação dos conhecimentos e ações referentes ao empreendedorismo de mulheres e à promoção de políticas de empoderamento de igualdade de gênero, através de iniciativas voltadas à comunidade e ao ativismo social. A partir de suas práticas, o grupo garantiu visibilidade social, passando a integrar espaços de participação popular e controle social, como, por exemplo, o Conselho Municipal de Saúde e o Conselho Mu-

nicipal de Políticas para as Mulheres, além de encontros sistemáticos com a Rede Municipal de Enfrentamento às Violências. Em 2017, o trabalho das agentes de Ação Social continua atendendo às demandas por ações que se incidam na realidade pautada nas desigualdades entre homens e mulheres. O projeto Casa da Cidadania foi o grande vencedor do Tema Norteador do Prêmio de Responsabilidade Social, que, neste ano, abor-

dou a Equidade de Gênero. Para o diretor-presidente, Ir. Olavo José Dalvit, esse e os demais projetos sociais realizados pela Fundação La Salle são o sentido da existência da instituição, que preza por uma sociedade com igualdade de oportunidades. Segundo ele, executar projetos sociais em parceria com órgãos públicos e outras instituições é uma forma de levar adiante o compromisso lassalista com os mais pobres.


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–– Corsan - Entidades Governamentais −

Gestão focada na transparência A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) adotou o aprimoramento das boas práticas de Governança Corporativa. O diretor-presidente, Flávio Ferreira Presser, explica que o processo de estruturação, com base em princípios do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, teve início no final de 2015. Em 2016 e 2017, foram realizadas várias ações, como a implementação de um conjunto de políticas e práticas orientadas para diversos objetivos, entre eles, dar maior visibilidade e transparência às decisões da companhia que afetam os diversos públicos com os quais se relaciona. Em paralelo a esse processo, a Lei nº 13.303/16, conhecida com Lei das Estatais, exige padrões de Governança e Gestão das empresas públicas e socieda-

des de economia mista. “As ações de aprimoramento das práticas de Governança Corporativa da Corsan objetivam preservar e aumentar o valor da companhia e o retorno para a sociedade, a equidade de tratamento com todas as partes relacionadas, aumentar os mecanismos de controle e dar mais transparência às suas ações, atender às novas exigências por mais e melhores serviços, e – por último, mas não menos importante – atender à Lei das Estatais”, afirma Presser. Para o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Corsan, Jorge Melo, o prêmio de Responsabilidade Social é o reconhecimento da atuação da empresa na promoção da saúde e da qualidade de vida da população. “Estamos atentos ao nosso papel social. A Corsan busca, por meio de sua Política de Sustentabilida-

de Socioambiental, estabelecer objetivos, diretrizes e responsabilidades para realizar a gestão das atividades de forma sustentável social e economicamente, refletindo o compromisso em adotar práticas em benefício da sociedade e do meio ambiente”, diz ele. Nas diretrizes de sustentabilidade, a estatal busca universalizar o acesso ao saneamento básico às diferentes comunidades – principalmente às menos desenvolvidas economicamente –, de forma a proteger a saúde pública e o meio ambiente, aumentar a eficiência dos sistemas de abastecimento de água tratada e dos sistemas de esgotamento sanitário, aprimorar o benefício da tarifa social, e promover a transparência na gestão e na aplicação dos recursos financeiros. O público interno também se beneficia com iniciativas,

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL CORSAN/DIVULGAÇÃO/JC

Objetivo é universalizar o acesso ao saneamento básico às diferentes comunidades

como a lei das cotas aos portadores de deficiência em concurso público, e o desenvolvimento e a capacitação profissional. A Corsan promove práticas extensivas a todos os funcionários, por meio de cursos e treinamentos de curta duração, e investe em bolsas para

educação formal e línguas estrangeiras com até 50% do valor total. Há 30 anos, instituiu o Programa de Preparação para Aposentadoria (PPA), com a finalidade de promover ações que permitam o desligamento profissional satisfatório.

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PASSOS PARA TRANSFORMAR SEU IMPOSTO EM DOAÇÃO. O SEU IMPOSTO DE RENDA PODE COLABORAR COM A EDUCAÇÃO DE MUITAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES.

O IPDAE é uma associação sem fins econômicos, funda-da em abril de 1998, na cidade de Porto Alegre, no bairro Lomba do Pinheiro, região com alto índice de vulnerabilidade social e com grande densidade populacional, hoje com cerca de 90 mil habitantes. Propõe o acesso à leitura e à música como instrumentos mediadores no processo de transformação individual e social. Em 19 anos de atuação intensa, centenas de pessoas foram beneficiadas. O IPDAE transformou vidas, realizou sonhos, formou cidadãos, abriu novos horizontes.

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Av. João Oliveira Remião, 7193 Bairro Lomba do Pinheiro Porto Alegre - RS - Fone: 51 3336 3713 e-mail: ipdae2010@gmail.com www.ipdae.com.br IPDAE.Intituto


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Porto Alegre, segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

–– Medalhadas −

Empresas que investem em cidadania cidadania e emancipação social, e empoderamento feminino. Outro destaque da edição foi o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), que, em 2016, reuniu o Relatório de Administração e o de Sustentabilidade em um mesmo documento. “O novo modelo adotado em nosso Relatório de Administração e Socioambiental reflete a convicção do BRDE de que o desempenho econômico e financeiro é indissociável do desenvolvimento socioambiental sustentável. Este documento nos aproxima mais dos parâmetros internacionais dos Relatórios Integrados que buscamos acompanhar, ainda que se trate de um primeiro esforço”, conta o diretor de Planejamento do BRDE, Luiz Corrêa Noronha. Para fortalecer as ações de responsabilidade socioambiental, conferir institucionalidade e melhor estruturar os processos relacionados com o tema, o BRDE elaborou, em 2014, a Política de Responsabilidade Socioambiental que lançou as bases para os Planos de Ação dos anos seguintes. Desde então, o banco tem prio-

rizado a implantação da Agenda Ambiental da Administração Pública – A3P; o aprimoramento dos Mecanismos de Gestão do Risco Socioambiental; e o Programa BRDE PCS – Produção e Consumo Sustentáveis, que oferece linhas de crédito para empreendimentos ambientalmente amigáveis. “A premiação é um importante reconhecimento público e nos motiva a seguir avançando no campo da responsabilidade socioambiental, sempre na perspectiva das políticas públicas e da agenda global dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, avalia Luiz Noronha. A Federação Unimed-RS também recebeu medalhas neste ano, assim como a Unimed Nordeste. Outras unidades da cooperativa médica ganharam certificados: Unimed Fronteira-Noroeste, Unimed Litoral Sul, Unimed Vale das Antas e Unimed Vale do Sinos. A cooperativa ainda ficou com o Troféu Responsabilidade Social com o case da Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo. “O que alicerça a conquista deste prêmio é a disposição da Federação Unimed-

-RS em incorporar considerações socioambientais em seus processos decisórios, o que implica em um comportamento transparente e ético, que contribui para o desenvolvimento sustentável”, disse o diretor do Instituto Unimed-RS, Alcides Mandelli Stumpf. Há sete anos, as ações desenvolvidas pela Sociedade de Ônibus Gigante Ltda. (Sogil) são reconhecidas com o Certificado de Responsabilidade Social da Assembleia Legislativa. Em 2011 e 2014, a empresa recebeu a premiação máxima na categoria Empresa de Médio Porte. Já nos anos de 2012, 2013, 2015, 2016 e 2017, ganhou a Medalha de Responsabilidade Social. Em 2016, a Sogil contou com 415 colaboradores voluntários, somando 1.268 horas de voluntariado e beneficiando 13.869 pessoas. Entre as atividades estão os projetos Sogil Arte, Sogil nas Escolas e Entre para Somar, que atendem estudantes de Gravataí e Glorinha e têm como foco a educação e cidadania no trânsito e no transporte. Já o Ônibus Social, dedicado exclusivamente a

ações de responsabilidade social, percorreu 7.678 quilômetros com transporte gratuito em 2016 para as ações da comunidade. O Tecon Rio Grande, subsidiário do Grupo Wilson Sons, também vem se destacando por suas ações que visam melhorar a vida dos seus colaboradores, da comunidade e também do meio ambiente em seu entorno. É por isso que o terminal de contêineres recebeu mais uma Medalha de Responsabilidade Social. Em 2016, o Tecon Rio Grande reforçou ainda mais os seus investimentos em processos operacionais, destinando R$ 367 mil para melhorias do meio ambiente (cerca de R$ 100 mil a mais em relação a 2015). Já o valor aplicado em ações sociais de entidades privadas, no mesmo período, foi de R$ 123 mil. “Estamos muito felizes por receber mais esse reconhecimento, pois isso também nos serve de estímulo para seguir investindo no bem-estar das pessoas que, de alguma forma, estão ligadas ao Tecon Rio Grande”, destaca Paulo Bertinetti, diretor-presidente do Tecon Rio Grande. MARCO QUINTANA/JC

Para conquistar a Medalha de Responsabilidade Social, as empresas apresentaram seus balanços sociais, com indicadores quantitativos, como investimento em cidadania, geração de emprego, benefícios sociais e capacitação profissional. Essa premiação valoriza os projetos que não ganharam o Troféu Responsabilidade Social, mas que estão entre os 20% melhor pontuados no ranking dos balanços sociais em cada categoria. Na edição deste ano, 16 organizações foram reconhecidas. Uma das medalhistas, neste ano, foi a Universidade de Passo Fundo (UPF), que desenvolve uma política de responsabilidade social há vários anos. Nesta edição, a universidade também concorreu ao prêmio do tema norteador com o Projur Mulher, que atende mulheres em situação de violência e filhos nas áreas cível e criminal nos termos da Lei Maria da Penha e legislação. A iniciativa promove encontros e eventos para informação, conscientização e sensibilização sobre igualdade de gênero, direitos humanos e fundamentais na promoção da multiplicação da

Medalhistas e vencedores na entrega do Prêmio Responsabilidade Social 2017, solenidade realizada na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul no dia 30 de novembro

Medalha de Responsabilidade Social • Entidades Sem Fins Econômicos (Acima de R$ 250 mil): Associação Atlética Banco do Brasil • Entidades Governamentais: Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE • Sociedades Cooperativas: Cooperativa de Crédito, Poupança e Investimento Sicredi Pioneira RS • Micro e Pequenas Empresas: Escritório Beninca Ss Ltda. • Entidades Sem Fins Econômicos

(Até R$ 250 mil): Fundação de Apoio ao Egresso do Sistema Penitenciário – Faesp • Entidades Sem Fins Econômicos (Acima de R$ 250 mil): Fundação Semear • Instituições de Ensino Superior: Fundação Universidade de Passo Fundo • Entidades Sem Fins Econômicos (Acima de R$ 250 mil): Instituto do Câncer Infantil • Entidades Sem Fins Econômicos

(Acima de R$ 250 mil): Instituto Pobres Servos da Divina Providência – Abrigo João Paulo II • Entidades Sem Fins Econômicos (Acima de R$ 250 mil): Instituto Vitória • Entidades Sem Fins Econômicos (Acima de R$ 250 mil): Lar da Criança Henrique Liebich • Instituições de Ensino Fundamental Médio, Técnico e Profissionalizante: Sociedade Escolar de Santa Cruz Mante-

nedora do Colégio Mauá • Médias Empresas: Sogil – Sociedade de Ônibus Gigante Ltda. • Grandes Empresas: Tecon Rio Grande S.A. • Sociedades Cooperativas: Unimed Nordeste-RS Sociedade Cooperativa de Serviços Médicos Ltda. • Sociedades Cooperativas: Unimed-RS – Federação das Cooperativas Médicas do Rio Grande do Sul


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Segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Jornal do ComĂŠrcio


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