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Seguros Previdência

MARCO QUINTANA/JC

Porto Alegre, quarta-feira, 30 de outubro de 2013 Caderno Especial do Jornal do Comércio

Tranquilidade garantida para toda a família


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Porto Alegre, quarta-feira, 30 de outubro de 2013

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MERCADO

Para Rossi, expansão deve se manter

favoráveis, como aumento de renda, controle da inflação e expansão do nível de emprego formal, fortalecem esse cenário positivo. O presidente do Sindicato das Seguradoras no Rio Grande do Sul (SindsegRS), Julio Cesar Rosa, projeta que, nos próximos sete a dez anos, independentemente da expansão ou não da economia brasileira, o mercado manterá uma boa performance. “Com o desemprego em baixa e o aumento da renda per capita, as pessoas passam a adquirir bens e, com isso, vem junto o seguro”, acrescenta. Ele pondera que o Brasil precisa do bom

desempenho das commodities para crescer, enquanto o mercado segurador não necessita. Para ele, o crescimento não vai baixar de 20% nos seguros e ficará entre 25% e 30% na previdência privada. Segundo o presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg), Marco Antonio Rossi, o crescimento será mantido. Ele espera um aumento próximo de 20% em todo o País e de 26% no Rio Grande do Sul. Segundo Rossi, a área de seguros vive momento especial, pois, desde a década de 1990, a média de crescimento supera os 10% e a participação no PIB, que era inferior a 2%, agora é de 5,7%. Na previdência complementar, o volume de novos aportes no País apresentou um aumento de 16,92% em comparação aos R$ 33 bilhões acumulados no primeiro semestre de 2012. Segundo a FenaPrevi, a previdência complementar aberta tornou-se uma das principais modalidades de investimento para poupança de longo prazo. Hoje, o sistema conta com 12.760.460 contratos ativos e 95.557 pessoas já usufruindo de benefícios (aposentadoria, pecúlio, pensão, renda por invalidez e renda a menores).

MARCOS NAGELSTEIN/JC

Dados divulgados pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi) mostram que tanto o mercado de previdência complementar quanto o de seguro de pessoas registraram crescimento no primeiro semestre de 2013. A previdência complementar arrecadou R$ 38,6 bilhões nos primeiros seis meses, representando uma evolução de 16,92% em relação a igual período de 2012, e o seguro de pessoas totalizou R$ 12,7 bilhões, um avanço de 20,48% sobre o primeiro semestre do ano passado. A FenaPrevi representa 22 seguradoras e 13 entidades abertas de previdência complementar no Brasil, além de 74 empresas que comercializam produtos de seguros de pessoas e previdência complementar aberta. O vice-presidente da FenaPrevi e presidente da Bradesco Vida e Previdência, Lúcio Flávio de Oliveira, afirma que a perspectiva é muito positiva para 2013 e a expectativa é de fechar o ano com um crescimento em torno de 20%. “No último trimestre, as captações crescem muito porque há mais dinheiro em circulação na economia e fechamento do exercício fiscal das empresas”, observa. Ele lembra que há mais de dez anos o setor cresce de forma consistente e as condições

CNSEG/DIVULGAÇÃO/JC

Previdência complementar e seguros mantêm crescimento

Economia consistente fortalece cenário positivo

Planos individuais em destaque Com a alta do setor no primeiro semestre de 2013, a carteira de investimento fechou o mês de junho com R$ 354 bilhões, mais 16,89% na comparação com os R$ 302,8 bilhões registrados em junho de 2012. O levantamento mostra ainda que, em comparação com junho de 2012, a carteira de investimento do VGBL - modalidade de plano indicada para quem declara o IR pelo modelo simplificado - obteve melhor desempenho, com elevação de 23,92%, saltando de R$ 182,8 bilhões para R$ 226,6 bilhões. No mesmo período, o PGBL - recomendado para os participantes que declaram o IR pelo formulário completo – teve um crescimento de 9,67% e contabilizou R$ 75,9 bilhões. Já a carteira dos planos tradi-

cionais passou de R$ 50,1 bilhões para R$ 51 bilhões, mais 1,66%. Na análise por produto, o destaque foi para os planos individuais, com arrecadação de R$ 34,5 bilhões. Os planos empresariais e para menores alcançaram novos aportes de R$ 3,3 bilhões e R$ 840,7 milhões respectivamente no primeiro semestre de 2013. As provisões (recursos acumulados pelos titulares dos planos do sistema de previdência complementar aberta) tiveram saldo de R$ 344,5 bilhões, o que significou um acréscimo de 18,58% no primeiro semestre de 2013 em comparação com os R$ 290,5 bilhões do primeiro semestre de 2012. As provisões do VGBL tiveram o crescimento mais expressivo no período, de R$ 182,3

bilhões para R$ 226,6 bilhões, um avanço de 24,3%. Já as dos planos PGBL cresceram 9,84%, de R$ 69,1 bilhões para R$ 75,9 bilhões. As reservas de planos tradicionais apresentaram no primeiro semestre uma evolução de 7,79%, passando de R$ 38,5 bilhões para R$ 41,5 bilhões. Em relação a market share, de acordo com a Fenaprevi, os planos VGBL mantiveram a liderança no volume de provisões entre os planos de caráter previdenciário, com 65,78% do total, seguidos pelos PGBL, com 22,06% do volume total, enquanto os planos tradicionais contaram com 12,05%. Outros produtos – incluindo os Fapi (Fundo de Aposentadoria Programada Individual) – ficaram com 0,11%.

Perfil do investidor em previdência privada Distribuição de planos por idade

Proporção*

Faixa etária: até 18 anos

13,63%

Faixa etária: entre 18 e 30 anos

13,09%

Faixa etária: entre 30 e 40 anos

22,25%

Faixa etária: entre 40 e 50 anos

21,02%

Faixa etária: 50 anos ou mais

30,01%

Distribuição de planos por sexo

Proporção*

Masculino

57,68%

Feminino

42,32%

* 12.679.559 de contratos de planos de previdência ativos

FONTE: FENAPREVI

EXPEDIENTE Editor-Chefe: Pedro Maciel - Editora de Cadernos Especiais: Ana Fritsch - Subeditoras: Cíntia Jardim e Sandra Chelmicki - Reportagem: Angela Caporal - Projeto gráfico e editoração: Ingrid Müller - Editor de Fotografia: João Mattos - Revisão: Adriana Grumann, Daniela Florão, Gustavo Rückert e Mauni Lima Oliveira


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A arrecadação do mercado de seguros de pessoas no País chegou a R$ 12,7 bilhões no primeiro semestre de 2013, segundo a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi). Isso representa um aumento de 20,48% na comparação com o mesmo período do ano passado. Nos primeiros seis meses, as seguradoras pagaram aos clientes R$ 2,9 bilhões em indenizações, volume 5,01% maior que o verificado no primeiro semestre de 2012. No Rio Grande do Sul, o setor de seguros teve uma performance melhor do que a média nacional e cresceu 26% entre janeiro e junho de 2013, passando de R$ 1,41 bilhão para R$ 1,78 bi, segundo dados da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg). O presidente do Sindicato das Seguradoras do Rio Grande do Sul (Sind-seg/RS), Julio Cesar Rosa, é cauteloso ao avaliar o crescimento acima da média do setor no Estado. “Acredito que seja em função do bom momento da agricultura. Os produtores contrataram mais seguro rural (aumento de 99%), talvez por precaução, influenciados pela quebra da safra em 2012.” Além disso, Rosa lembrou que a safra recorde deste ano pode ter estimulado o consumo de bens como, por exemplo, automóveis, nos quais também foi observado um crescimento significativo de vendas de seguros. “Mas esse crescimento é relativo, reflete um momento”, ponderou Rosa. O seguro viagem foi o produto que apresentou maior crescimento relativo no período. A mo-

dalidade arrecadou R$ 44 milhões e obteve alta de 68,81%. Outro produto que teve forte crescimento no período foi o auxílio-funeral, que prevê cobertura, em caso de falecimento, das despesas com o sepultamento do segurado. O seguro somou R$ 126,7 milhões e registrou uma expansão de 59,62%. O seguro de vida, produto com maior volume em prêmios no segmento, obteve um aumento de 18,66% e arrecadou R$ 5,5 bilhões, seguido por acidentes pessoais, que apresentou expansão de 11,27%, totalizando R$ 2,3 bilhões em prêmios. Apenas em julho, de acordo com a FenaPrevi, o mercado de seguros de pessoas, que engloba produtos como o seguro prestamista, seguro educacional e seguros de vida individual e em grupo, movimentou R$ 2,1 bilhões, aumento de 18,96% em comparação com o registrado no mesmo mês em 2012. Em julho, o mercado segurador pagou R$ 567,3 milhões em indenizações aos segurados, 7,95% a mais do que foi pago em julho de 2012. O seguro de vida é a modalidade de seguros de pessoas com maior volume de prêmios emitidos, e a carteira de vida movimentou R$ 859,99 milhões apenas neste mês, representando uma elevação de 14,69% frente a igual mês de 2012. O segundo produto com maior crescimento relativo foi o seguro viagem, que cobre acidentes, extravio ou perda de bagagens e despesas hospitalares e médicas de viajantes em caso de acidentes em deslocamentos no Brasil ou no exterior. A modalidade cresceu 102,06% e registrou R$ 13,3 milhões em prêmios.

JONATHAN HECKLER/JC

Cenário positivo

Rosa acredita que aumento das vendas reflete bom momento da agricultura

Ranking das empresas e da carteira de investimentos no primeiro semestre de 2013 Posição

Empresa

Total de reservas*

Bradesco Vida e Previdência

32,61%

Itaú Vida e Previdência

24,1%

Brasilprev Seguros e Previdência

21,39%

Zurich Santander Seguros e Previdência

5,91%

Caixa Vida e Previdência

5,77%

HSBC Vida e Previdência

3,15%

Icatu Seguros

1,99%

Sul América Seguros e Previdência

1,23%

Safra Vida e Previdência

0,88%

10º

Porto Seguro Vida e Previdência

0,67%

*Total de R$ 354 bilhões (as demais entidades somam, no total, 2,3% da carteira de investimentos).

FONTE: FENAPREVI


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CONJUNTURA

O presidente do Sindicato das Seguradoras no Rio Grande do Sul (Sindseg-RS), Julio Cesar Rosa, sintetiza as expectativas para o comportamento do setor nos próximos anos com a seguinte afirmação: “O Brasil é o país da vez”. Há, porém, um entendimento de que novos produtos terão de ser adaptados para a realidade brasileira de aumento da longevidade, entre outras características como o ingresso de uma nova faixa de consumidores e a conscientização das populações mais jovens sobre a importância do planejamento e da poupança. Para Rosa, os clientes estão mais exigentes e as companhias têm de estar atentas. O vice-presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi) e presidente da Bradesco Vida e Previdência, Lúcio Flávio de Oliveira, diz que os planos de previdência já começam a entrar na lista de prioridades. “Cada vez mais cresce o interesse por meio da oferta de poupar por

longo prazo como instrumento para economizar para outros interesses”, analisa. Oliveira ressalta que viver mais e com qualidade de vida depende de planejamento financeiro e as pessoas estão cada vez mais se dando conta disso. Muitas empresas também estão se voltando para a questão do aumento da expectativa de vida da população brasileira e desenvolvendo ações específicas para faixas etárias mais avançadas. No caso do Bradesco, ele cita o Circuito da Longevidade e o Fórum da Longevidade Bradesco Seguros. O presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg), Marco Antonio Rossi, acredita que a tendência de elevação dos negócios vai se manter em todo o País. Acrescenta que o Brasil é o 15º país do mundo em seguros. No entanto, em algumas áreas, a penetração dos produtos ainda é

extremamente baixa. De acordo com o presidente da CNSeg, apenas 10% da população conta com seguro de saúde dental, 25% com seguro saúde e só 40% da frota de automóveis têm seguro. Segundo Rossi, além do crescimento econômico e do mercado de trabalho aquecido, o brasileiro está hoje mais consciente da necessidade do seguro. “Era muito comum o brasileiro enxergar o seguro vinculado ao automóvel. De 20 anos para cá, surgiram novos produtos, e a visão do brasileiro se ampliou muito nessa área”, avalia. Para ele, a previdência privada e a saúde suplementar são os grandes destaques do setor, que apresenta crescimento em todas as áreas. “Esses produtos na verdade acabaram virando objeto de desejo da população. Quando se realizam pesquisas sobre aquilo que representa um diferencial para a classe média, sempre a área de saúde e a previdência complementar aparecem entre os dez pontos

LUTERPREV/DIVULGAÇÃO/JC

Momento favorável à expansão Raber ressalta a necessidade de levar mais informações ao público

de maior necessidade do consumidor”, observa. Mesmo com a conjuntura favorável, o diretor-geral da Luterprev, Evandro Raber, aponta para a necessidade de levar mais informações aos consumidores. “Infelizmente, se pesquisarmos entre os que têm plano de previdência, 95% não sabem o que têm”, afirma. Ele considera que, às vezes, há um entendimento equivocado do que é previdência e, por isso, os programas de educação financeira devem começar cedo, ainda na

fase escolar, como ocorre na rede Sinodal, na qual as orientações são repassadas a partir do Ensino Fundamental. Para Raber, é importante a compreensão de que a formação de uma reserva para o futuro deve ocorrer paralela à construção do patrimônio. “Quanto mais cedo esse conceito for entendido, melhor o resultado”, acrescenta. Ele salienta que “se tudo der certo, vamos envelhecer e precisar de amparo. Portanto, a grande decisão é fazer ou não um planejamento”.

Aposta na conscientização sobre importância de planos previdenciários houve, no último período, uma oscilação nos rendimentos, em razão das novas regras do governo para os fundos de investimento, mas é bom lembrar que a previdência complementar é algo que se faz para o futuro e, no longo prazo, teremos uma boa média de

MARCO QUINTANA/JC

O diretor-presidente da diretoria executiva do Gboex, Ilton Roberto Brum de Oliveira, acredita que, em 2014, o crescimento da previdência complementar vai continuar em taxas entre 15% e 20%, pois o produto ainda é uma excelente opção. “Sabemos que

Para Oliveira, impacto das novas regras do governo não preocupa

ganhos.” Segundo Oliveira, mesmo com um alto nível de desconhecimento e interesse por parte da população, está havendo uma mudança na mentalidade das pessoas sobre a importância de investir em planos de renda complementar para manter o padrão de vida no futuro. “Ninguém quer perder a sua condição financeira, justamente quando envelhecer. Especialmente aqueles que hoje recebem um salário acima do teto máximo pago pela previdência pública. Hoje as pessoas se cuidam mais e também aproveitam mais a vida depois de aposentadas”, pondera. Oliveira afirma que o aumento da renda, a longevidade e a insegurança em relação à previdência pública aliados aos esforços das empresas em desenvolver produtos mais ágeis, mais acessíveis, agregando serviços e ampliando as iniciativas em comunicação, em educação financeira e esclarecendo dúvidas junto ao consumidor, são fatores que impulsionam o interesse e os crescentes números do setor.

Os planos individuais estão alavancando o mercado, de acordo com Oliveira, especialmente o VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres) e o PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres). “Os dois produtos-chave no mercado são o PGBL, operado pelas entidades de previdência, e o VGBL, que é operado por seguradoras.” Ele lembra que o Gboex trabalha com os dois segmentos da previdência complementar, os planos de renda e os planos de risco, no qual o produto principal é o pecúlio, que é um mecanismo de proteção para a família. “O pecúlio é um patrimônio distinto que se destina aos beneficiários de livre escolha. Se o titular faltar, os seus beneficiários receberão o valor contratado de forma direta. O pecúlio não entra em inventário. Além disso, o valor é integral, pois não incide imposto de renda no recebimento”, destaca. Neste ano, o Gboex completou o seu centenário e é uma das maiores entidades abertas de previdência complementar sem fins lucrativos do País, com aproximadamente 200 mil associados e

presente nas principais cidades do Brasil. No segmento das entidades abertas de previdência complementar sem fins lucrativos, segundo dados da Susep, o Gboex encerrou 2012 com uma participação de 57% no mercado nacional, sendo seu maior mercado o Rio Grande do Sul, com um market share de 66%. E no primeiro semestre deste ano, se manteve próximo a esses números. No ano passado, o Gboex cresceu 11% em relação ao ano anterior e a estimativa para 2013 é de um incremento entre 11% e 15% em contribuições. Neste ano, introduziu novos produtos em seu portfólio, ampliando as opções de coberturas e agregando sorteios e serviços de assistência residencial 24h. “Além da proteção, vamos investir cada vez mais em benefícios adicionais aos clientes e na qualidade do atendimento, bem como centraremos esforços na parceria com os corretores de seguros, que são os profissionais que realizam o primeiro contato, prestam as primeiras informações e realizam a gestão da vida do cliente,” salienta o diretor-presidente.


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TENDÊNCIAS

Em um mercado cada vez mais disputado e competitivo, a oferta de seguros diferenciados, muitos desenvolvidos a partir das necessidades específicas de clientes, tornou-se um nicho rentável e um diferencial para as companhias. Há soluções personalizadas para pet shops, esportes radicais, coleções particulares, bicicletas importadas e diversos outros produtos e serviços pouco convencionais. Foi, por exemplo, a partir de uma demanda pessoal que o paraquedista e sócio da Kalassa Brasil Insurance, Paulo Kalassa, descobriu que havia espaço para um seguro até então pouco explorado no Brasil: para esportes radicais. Dessa forma, acabou formatando produtos diferenciados também para praticantes de asa delta e voo livre, entre outras modalida-

des mais radicais. A empresa tem uma área prime para pessoa física que desenvolve coberturas sob medida. São clientes de alta renda e que recebem atenção especial ,como atendimento exclusivo pelos diretores da Brasil Insurance. De coleções a esportes radicais, a companhia também percebeu a demanda por seguros para bicicletas especiais de alto valor, cujo uso está virando uma tendência no País. Kalassa conta que, há um ano, lançaram uma linha para a faixa de valor entre R$ 3 mil e R$ 5 mil e que agora recebe em torno de 300 solicitações por mês. Uma das maiores corretoras de seguros no País e a primeira a abrir capital na bolsa, a Brasil Insurance é formada por 50 corretoras nos segmentos de saúde, vida, veículos, ramos ele-

Linhas especiais acompanham economia Além de nichos de alta renda, os seguros diferenciados acompanham também as tendências da economia, como a expansão do mercado de pet shops. A Liberty Seguros desenvolveu o Liberty Pet Shops, um seguro da Linha Liberty Seu Negócio com coberturas especiais e soluções customizadas de acordo com as necessidades de pet shops e clínicas veterinárias. Além da cobertura básica patrimonial contra incêndio, queda de raio e explosão, oferece proteção nos casos de roubo e/ou furto qualificado de bens, danos elétricos e lucros cessantes, e coberturas específicas para o segmento, como deterioração ou contaminação de vacinas em ambientes frigorificados. O diretor corporativo da Liberty, Luiz Carlos Paladino, conta que o Pet Shops surgiu a partir do levantamento de necessidades específicas. “Resolvemos fazer algo diferente para chegar mais perto dos clientes”, revela. A seguradora começou a conversar com os donos de pet shops para verificar suas principais carências e descobriu, entre outros problemas, que havia riscos de deterioração de vacinas, dificuldade para contratação temporária de empregados e para cobertura de eventuais danos

durante banho ou tosa de animais. Como resultado, houve a personalização de vários produtos para esse mercado, entre os quais, a Responsabilidade Civil Pet Shop, que pode cobrir as despesas veterinárias em caso de acidentes com animais domésticos durante prestação de serviço de banho e tosa, despesas extraordinárias com salários de temporários, pagamento por até seis meses das despesas com salário de funcionário temporário se, por motivo de acidente ou doença, o funcionário registrado ficar afastado da empresa por mais de 15 dias. Dentro dos serviços de assistência 24 horas, ainda é possível conseguir hotéis para os animais em caso de sinistro no local segurado. Com essa oferta variada, a procura tem sido boa e Paladino informa que o Pet Shops, lançado no início de 2012, já comercializou cerca de 500 apólices no País. A companhia também tem produtos específicos para hotéis, pousadas, padarias, floriculturas e vinícolas. Ele exemplifica que, no caso das floriculturas, a carência era para cobertura durante o transporte das flores. Nas vinícolas, a opção é de responsabilidade civil garantindo a degustação.

mentares, profissionais, financeiro e afinidade, cobrindo praticamente 100% das necessidades de seguro dos clientes. Coberturas especiais também é uma das características da Chubb do Brasil. Gerente regional do Rio Grande do Sul, Leonardo Martins Neustadt explica que são coberturas complementares inclusive a seguros residenciais, como o caso de objetos de arte, coleções, tapetes ou qualquer item que tenha valor intrínseco para o mercado de arte. “O mercado de luxo está em expansão e a Chubb acompanha”, acrescenta. Há coberturas para transporte de objetos de arte ao local de uma exposição, por exemplo, e até para cobrir eventuais necessidades de restauração e depreciação quando acontece algum sinistro.

BRASIL INSURANCE/DIVULGAÇÃO/JC

Produtos atendem a clientes sob medida

Kalassa explora seguros para esportes radicais

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EMPRESA

Produtos para atender a todos os ciclos da vida constante e estimulados a participar de eventos relacionados à sua área. “Trabalhamos com gente e temos de entender de gente”, salienta Saut. O bem-estar do grupo também é considerado e uma sala confortável foi projetada no escritório da Capital para que os funcionários possam ter momentos de pausa e relaxamento, mesmo durante o expediente. Nessas horas, geralmente eles aproveitam para exercitar um dos passatempos prediletos: campeonatos de videogame. Saut considera que, com a expectativa de vida dos brasileiros já ultrapassando a barreira dos 74 anos, “é preciso sensibilizar o indivíduo sobre a necessidade de poupança. A previdência pública não vai manter o padrão de vida da maior parte dos indivíduos”, acrescenta. O vice-presidente Sul da Icatu aponta também os riscos de uma equação que está caracterizando o País e que combina baixa natalidade com alta longevidade, ou seja, menos brasileiros economicamente ativos e contribuindo para a previdência pública para uma massa que tende a ser cada vez maior de aposentados. A previdência privada tem ainda a vantagem de ser um dos melhores investimentos quando se trata de longo prazo, pois tem

Desempenho consistente Em julho deste ano, a Icatu Seguros contabilizava uma captação líquida total de R$ 723,5 milhões em previdência, o que a coloca entre as cinco maiores do País e como a primeira no ranking das companhias não ligadas a bancos de varejo. O crescimento em comparação ao mesmo período do ano anterior foi de 205,9%. Quando a soma abrange os diferentes tipos de contribuições, a Icatu Seguros igualmente se destaca, aparecendo em primeiro lugar entre as seguradoras independentes e figurando entre as sete maiores do País com um montante de R$ 1,5 bilhão, o que representou um avanço de 13,3% sobre julho de 2012. No ano passado, a companhia obteve um lucro líquido de R$ 165,3 milhões, um crescimento de 61% em relação a 2011. O faturamento

em 2012 chegou a R$ 2,8 bilhões, significando um aumento de 33% na comparação com o ano anterior. O patrimônio líquido ficou em R$ 839,5 milhões, enquanto o volume de ativos livres totalizou R$ 573,1 milhões e a soma de ativos sob gestão alcançou R$ 11,4 bilhões. Com mais de 6 milhões de clientes no Brasil, a Icatu Seguros apresentou, em 2012, um faturamento de R$ 1,1 bilhão no segmento de seguros de vida, mais de R$ 1 bilhão na captação total de previdência privada e R$ 1,6 bilhão em provisões técnicas no segmento de capitalização. Foram R$ 51,6 milhões distribuídos em forma de sorteios. Na Icatu Fundos de Pensão, o patrimônio administrado chegou a R$ 1,4 bilhão no ano passado, com um total de 64 mil participantes.

Saut lembra que carteira de clientes da Icatu ultrapassa os 2 milhões

JONATHAN HECKLER/JC

Líder entre as seguradoras independentes no mercado brasileiro de vida e previdência, a Icatu Seguros fechou o primeiro semestre de 2013 com um patrimônio líquido de R$ 642,5 milhões, e sua solidez e rentabilidade a tornam referência no setor. O vice-presidente Sul da empresa, César Luiz Saut, credita o bom desempenho ao fato de a companhia oferecer produtos que atendem às necessidades de todas as fases do ciclo da vida. Infância, juventude, maturidade, senioridade e decrepitude estão contempladas no portfólio da Icatu, o que faz com que a seguradora seja percebida como um porto seguro para seus clientes. Com origem no Grupo Icatu, a seguradora, fundada em 1991, conta atualmente com 22 filiais no País e ostenta um crescimento acima da média do mercado. “Mantemos um aumento constante de mais de 20% ao ano”, afirma Saut. Com mais de mil funcionários no Brasil, a regional Sul apresenta um destacado índice de produtividade e tem uma carteira de cerca de 2 milhões de clientes pessoas físicas e mais de 25 mil empresas. Cinquenta indenizações são pagas por dia pelo escritório de Porto Alegre. Com o grande volume de demanda e atendimento, os funcionários são capacitados de forma

um tratamento tributário diferenciado, seja porque permite a dedução das contribuições do imposto de renda, até o limite de 12%, seja pela não incidência do come-cotas. “Conforme a renda média vai aumentando, a longevidade cresce”, pondera. Ele afirma que as pessoas estão se conscientizando de que “abdicar de um consumo imediato é uma decisão obriga-

tória, porque não ter poupança é saber que sua capacidade e ritmo laboral não poderão diminuir, e isso é utópico”. Para Saut, o seguro de vida é um mecanismo importante de preservação financeira, porque dá liquidez e preserva o patrimônio. Ele costuma dizer aos clientes: “construa patrimônio, mas mantenha mecanismos que gerem

renda passiva para mantê-lo”, exemplificando que não basta apenas fazer aquisições, é preciso, no futuro, ter meios para manter o que foi conquistado. Apenas na região Sul, a empresa já atingirá neste ano um movimento econômico de cerca de R$ 500 milhões de seguros de vida e mais de R$ 450 milhões entre previdência privada e capitalização.

Icatu dá dicas para consumidores O seguro de vida é um produto que fornece proteção em todas as fases da vida. Afinal, desde a infância, o indivíduo pode estar protegido pelos planos adquiridos por seus pais. Durante a juventude, a partir do início da atividade profissional, é uma importante ferramenta de proteção contra doenças ou acidentes que podem ocasionar uma invalidez. Assim, pode assegurar a autonomia financeira conquistada. Na maturidade, além dos mesmos riscos pessoais, normalmente as pessoas passam a ter dependentes financeiros. Com o seguro, todos os planos e a segurança dos entes queridos ficam garantidos. Já em idades mais avançadas, mesmo com os filhos criados, é uma importante ferramenta de sucessão, pois assume a função de cobrir gastos com advogados e impostos para a transmissão de patrimônio. Além disso, garante a proteção de herdeiros não previstos na lei. Na hora da aquisição de uma apólice, deve-se, em primeiro lugar, identificar o objeto principal da proteção oferecida pelo seguro de vida. De uma

forma geral, os especialistas apontam que uma família precisa de dois a cinco anos para se reestruturar financeiramente com a perda do principal provedor. Assim, a cobertura mínima deve ser entre 18 e 24 vezes a despesa média mensal. Contudo, outros custos que sejam imediatos (funeral, taxas médicas ou dívidas com financiamentos) ou futuros (educação e aposentadoria, por exemplo) devem ser considerados para uma proteção plena. O investimento em um seguro de vida é proporcional à proteção financeira que oferece. Um colete salva-vidas custa menos de R$ 100,00 e tem o poder de salvar uma vida em uma situação trágica. Essa mesma quantia investida em um seguro pode salvar uma família inteira de uma tragédia financeira com R$ 100 mil de benefício. É apenas um exemplo, e é claro que, assim como equipamentos de segurança, quanto mais sofisticada for a necessidade de proteção, maior o custo. Ele nunca será barato ou caro, mas sempre condizente com a solução para o risco envolvido. FONTE: ICATU SEGUROS


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TECNOLOGIA

A cultura da venda de seguros online ainda não está disseminada no Brasil, mas nos próximos cinco anos, 5% das vendas já deverão ser feitas dessa forma. Essa é a opinião do presidente do Sindicato das Empresas de Seguros Privados, de Capitalização e de Resseguros, no Estado do Rio Grande do Sul (Sindesergs), Julio Cesar Rosa. Ele acredita que a comercialização por meios remotos veio para ficar também no Brasil, e o mercado de seguros terá de se adaptar. Rosa afirma que já há projetos-piloto por parte das seguradoras, mas que exigem um período de adaptação. “É preciso uma estrutura de pós-consulta para dar suporte às demandas”, acrescenta. Segundo ele, em média a taxa de retorno em relação às consul-

tas feitas por meio eletrônico é de 1%, ainda considerada baixa. A média internacional é de 3% a 4% para essa modalidade, embora na Inglaterra a prática seja tão usual que a taxa de retorno chega a 15%. O vice-presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi) e presidente da Bradesco Vida e Previdência, Lúcio Flávio de Oliveira, considera que o uso de meios eletrônicos é uma necessidade atual, e as empresas estão se ajustando à norma. Ele observa que nesse mercado “os produtos sãos mais vendidos do que comprados, e os negócios ainda são muito fechados no olho a olho”, mas ele acredita que a tendência é de crescimento da utilização dos canais eletrônicos para contratação e serviços.

MARCO QUINTANA/JC

Resolução aprovada em setembro permite transações

O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) aprovou, em setembro, a Resolução 294, que permite a comercialização de produtos relacionados aos planos de seguros e de previdência complementar aberta por meios remotos, ou seja, com uso de internet, celular e outros meios eletrônicos. A proposta, elaborada pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), autoriza às companhias a emissão de bilhetes, apólices e certificados individuais, além da troca de informações e da transferência de dados, através de internet, telefonia, televisão a cabo ou digital, sistemas de comunicação via satélite, entre outros. A utilização dos meios remotos deverá garantir ao contratan-

A proposta poderá ser formalizada por meio de login e senha ou certificado digital

te a possibilidade de impressão do documento e o fornecimento, quando solicitado, de sua versão física. De acordo com a resolução, “a emissão das apólices e certificados individuais observará os procedimentos efetuados sob hierarquia da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras (ICP-Brasil) ou outra autoridade pública raiz cuja infraestrutura seja equivalente à PKI (Public Key Intrastructure), com identificação de data e hora do envio. Na contratação por apólice ou por certificado, a proposta poderá ser formalizada por meio de login e senha ou certificado digital, necessariamente pré-cadastrados pelo proponente/ representante legal em ambiente seguro.”

No final de setembro deste ano, entrou em vigor a Circular nº 473 da Superintendência de Seguros Privados (Susep), que estabelece que os documentos expedidos para as empresas supervisionadas por meio do site da autarquia na internet têm a mesma validade que os documentos expedidos fisicamente. Pela circular, as empresas devem consultar, regularmente, seção específica no site, com utilização de login e senha próprios, para ter acesso aos documentos expedidos pelas diversas áreas da Susep. O objetivo da iniciativa é proporcionar maior agilidade na comunicação com as empresas supervisionadas, além de representar significativa redução do consumo de papel e de outros insumos utilizados na reprodução de documentos.

FENAPREVI/DIVULGAÇÃO/JC

Venda por meios remotos chegou para ficar

Oliveira considera uma necessidade o uso do ambiente virtual

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PROFISSÃO

A corretagem no DNA da família Ser corretor de seguros está no DNA da família Pansera. Três gerações fazem parte da história da Pansera Corretora de Seguros, fundada em 1979 e com sede em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Os irmãos Ricardo, Roberto e Rogério administram a empresa, que tem a participação de três de seus filhos atuando como corretores. Eles seguem o caminho aberto por Albino Pansera, fundador da corretora e que teve a parceria da mulher, Nancy, que chegou a se formar como corretora para acompanhá-lo e incentivá-lo no empreendimento. Ricardo Pansera, que também é vice-presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros e Resseguros, de Empresas Corretoras de Seguros e Resseguros, Saúde, Capitalização e de Previdência Privada do Rio Grande do Sul, diz que o perfil de empresas familiares é comum nesse ramo, em que as relações de confiança são muito importantes. No caso da Pansera Corretora de Seguros, a aposta é na qualidade dos produtos e nos serviços diferenciados

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MARCO QUINTANA/JC

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Seguros Previdência

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para se distinguir em um mercado concorrido. O foco na qualidade dos serviços e na satisfação do cliente fez com que a Pansera, em 1998, tenha sido a primeira corretora de seguros do Rio Grande do Sul a tornar-se certificada na Qualidade Total no PGQP - Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade. Da esquerda para a direita: Roberto, Rogério, Matheus, Albino, Renato, Raphael e Ricardo Pansera

Corretores têm papel primordial na orientação dos clientes O Rio Grande do Sul tem cerca de 5.300 corretores de seguros em atividade e, desse universo, fazem parte tanto os profissionais que atuam como pessoa jurídica quanto os que são diretamente ligados às companhias. O presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros e Resseguros, de Empresas Corretoras de Seguros e Resseguros, Saúde, Capitalização e de Previdência Privada do Rio Grande do Sul (Sincor/RS), Celso Marini, diz que o Estado disputa com o Paraná a con-

dição de quarto colocado no ranking brasileiro. O principal mercado é o de São Paulo, seguido pelo Rio de Janeiro e por Minas Gerais. “Há uma perspectiva de crescimento real bastante grande nos próximos quatro a cinco anos”, afirma, o que ele atribui também ao elevado nível dos profissionais e à conscientização das pessoas sobre a importância do seguro de vida e de patrimônio, entre outros. Marini também aponta a ascensão das

classes de renda mais baixas como um dos fatores que estão impulsionando o mercado segurador, que tem no seguro de vida o carro-chefe, e crescimento também de outros produtos, como seguro de proteção financeira e de responsabilidade civil, para várias categorias. Ele destaca que, com a expansão da atividade, aumenta a importância do papel do corretor. “Seguro é olho no olho, é confiança no corretor, como em um médico de família”, ressalta.

Formação adequada ajuda a enfrentar a competição possui 26 matérias distribuídas em fases. A aprovação requer 70% de frequência e conceito mínimo de 7,0 em cada matéria. Segundo ela, o aluno, ao se habilitar, está apto a realizar, além do tradicional seguro de automóvel, os mais diferentes seguros, tais como previdência complementar, responsabilidade civil, vida, cascos de embarcações, condomínio, entre outros. O curso possui em média 446 horas e é realizado durante o ano letivo. Jane informa

que para 2014 haverá uma pequena alteração de cronograma em função da realização dos jogos da Copa do Mundo. As aulas serão iniciadas ainda no mês de fevereiro, e a previsão de término é para dezembro. As provas obedecem a um cronograma nacional e são aplicadas no mesmo horário em todas as cidades brasileiras onde o curso é oferecido. Fundada em 1971, a Escola Nacional de Seguros tem a missão de difundir o ensino, MARCO QUINTANA/JC

Quem pretende ingressar na atividade de corretor de seguros deve ter uma formação adequada, pois o profissional, além de ser orientador, será o primeiro a administrar os conflitos entre a seguradora e o cliente. A coordenadora da Unidade Regional Rio Grande do Sul da Escola Nacional de Seguros, Jane Mansur, explica que a habilitação para o exercício pleno da profissão se efetua obrigatoriamente por meio da aprovação em curso regular ou exame específico. O curso

a pesquisa e o conhecimento em seguros. A coordenadora afirma que a instituição atende às necessidades dos profissionais brasileiros por uma educação continuada, ajudando-os a enfrentar um mercado com forte competitividade. Com sede no Rio de Janeiro, a Escola marca presença em mais de 60 cidades do País através da atuação de suas 14 Unidades Regionais, uma delas em Porto Alegre, e de parcerias com entidades e outras instituições de ensino.

Atribuições do corretor de seguros Análise de risco, ou seja, verificar as possibilidades de prejuízos e recomendar as apólices

mais adequadas para ressarcir tais perdas possíveis. Elaboração de um programa de seguros, estabelecendo prioridades para que sejam

atendidos, primeiramente, aqueles que têm maior repercussão sobre o patrimônio do cliente. Ajuda na escolha da seguradora, levando em conta o melhor atendimento técnico e

econômico-financeiro caso aconteça o evento previsto na apólice, além de orientação sobre as renovações, adequando o seguro às condições que ocorreram.

Escola especializada forma profissionais para o mercado

Atenção às mudanças ocorridas na vigência das apólices para poder aconselhar sobre os

efeitos de eventuais mudanças, inclusive indicando as medidas mais aconselháveis. Busca de reduções, descontos, tarifações e outras vantagens além da obtenção de

melhores coberturas ou reduções dos prêmios, melhorando as condições de segurança para evitar riscos.


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MICROSSEGUROS

Regulamentado em junho de 2012 pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), o microsseguro ainda está em fase de conquista de mercado. O produto desempenha um papel fundamental, já que se encontra na fronteira entre os serviços financeiros e a proteção social. A advogada e coordenadora da cátedra de Microsseguro da Academia Nacional de Seguros e Previdência, Ana Rita Petraroli, afirma que a comercialização encontra obstáculos por se tratar de um produto novo, “é um período de transição e um processo de aprendizado”. Ana Rita lembra que ainda há questionamentos dos grandes players do setor em relação à nova modalidade, entre os quais a questão da tributação para as seguradoras. Na sua opinião, o microsseguro também “terá um papel educativo para essa classe social que começa a ascender e, assim, aprenderá a importância de se proteger”. Ela acredita que outros produ-

tos mais complexos poderão ser bem absorvidos no futuro se for construída uma base cultural. O microsseguro é direcionado a um público-alvo de baixa renda (classes C, D e E), com idade de contratação variando entre 18 e 70 anos, e em alguns planos a venda está restrita a titulares de conta bancária ou de caderneta de poupança. Os produtos podem ser vendidos por meio de correspondentes bancários, correspondentes de microsseguro, corretores de microsseguro, lojas, empresas de prestação de serviços e também meios remotos. Segundo dados da Susep, existem quatro produtos de microsseguro de pessoas que estão focados principalmente nas coberturas de morte acidental e reembolso de despesas com funeral, cobrindo sinistros ocorridos com o segurado e seus dependentes em qualquer parte do planeta. Além delas, também há produtos que oferecem as coberturas de morte, reem-

bolso de despesas com funeral, invalidez permanente total por acidente, despesas médicas, hospitalares e/ou odontológicas decorrentes de acidente pessoal, diárias por internação hospitalar, diárias por incapacidade temporária, desemprego e doenças graves. Para microsseguro de danos, foi protocolizado somente um produto, que oferece as coberturas de incêndio, queda de raio e explosão para residências em todo o território nacional O prazo mínimo de vigência das coberturas de microsseguro será de um mês. Outra norma limita o valor das coberturas nas apólices para que o produto seja caracterizado como microsseguro. Como exemplo, a indenização para perda de bagagem está em R$ 1 mil, para seguro de vida, em R$ 24 mil, e reembolso de despesas com funeral, em R$ 4 mil. A regulamentação ainda permite uso de celular na venda de seguros e a inclusão de sorteios pela capitalização.

ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC

População de baixa renda conquista mercado

Ana Rita acredita que o produto terá um papel educativo para a classe social que começa a ascender


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SEGURO POPULAR

Apólices para produtos massificados estão em alta mento da BNP Paribas Cardif do Brasil saltou 309%: passou de R$ 255 milhões para mais de R$ 1 bilhão, e foi a primeira companhia focada somente no segmento de seguros massificados a atingir essa marca no Brasil. Comparoni diz que, no caso da BNP Paribas Cardif do Brasil, os seguros populares são distribuídos por meio de grandes parceiros estratégicos, principalmente dos setores varejo, automotivo e de bancos e financeiras. Um dos mais comercializados pela BNP Paribas Cardif do Brasil é o Proteção Financeira, que garante o pagamento de financiamentos, mensalidades ou prestações por um período predeterminado em casos de imprevistos que impeçam o consumidor de cumprir com seus compromissos financeiros, como morte, invalidez por aciden-

te, desemprego e incapacidade física. Esse produto representa 60% do faturamento da companhia. Outro produto com boa aceitação é o Garantia Estendida, que prolonga a garantia de fábrica de um determinado bem, que pode ser um automóvel, eletroeletrônico, celular, entre outros. Sua inserção nos mercados varejista e automotivo é grande, fazendo com que seja responsável por 25% do faturamento da empresa. Além disso, segundo ele, também há os produtos individuais, como os seguros de vida, residência, títulos de capitalização, o Autofácil, entre outros, que correspondem a 15% do faturamento da empresa. Segundo Comparoni, formato tem um grande apelo popular

Frota segurada Esse seguro não possui franquia e não analisa o perfil do condutor, avaliando apenas a região de circulação, a marca e o ano-modelo do automóvel e seu valor é até 50% menor do que os seguros tradicionais. Além disso, o produto inclui a instalação de um rastreador veicular, procedimento que incrementa a segurança do bem. Essas características o tornam um produto propício à venda online, já que seu modo simplificado de operar aumenta a agilidade e diminui o custo da contratação, permitindo a oferta do seguro com valor reduzido.

Especialista em seguros, o advogado Juliano Ferrer, do escritório CJosias & Ferrer Advogados Associados, salienta que, por meio de seguros simplificados, de baixo custo operacional, “busca-se garantir indenizações frente aos infortúnios da vida”. Segundo ele, trata-se de um movimento do mercado que gera inserção social e fomento da cultura do seguro, além de minorar os danos das tragédias naturais. “Vivemos um mundo de importantes mudanças climáticas e sociais, diminuindo desigualdades”, afirma. Segundo a Superintendência de Seguros Privados (Susep), no Brasil, o termo seguro popular é usado para designar produtos massificados com importâncias seguradas e prêmios de pequeno valor. Mas não é o mesmo que microsseguro, direcionado para as necessidades específicas das famílias de baixa renda, enquanto o seguro popular é para todos os tipos de consumidores e apenas significa seguro de pequenos valores. O advogado Ferrer informa que, pelo menos desde 2004, a Susep tem dado atenção ao seguro popular, regulamentando a comercialização de apólices mais acessíveis para as camadas menos MARCO QUINTANA/JC

O Autofácil da BNP Paribas Cardif do Brasil foi lançado em 2008 em resposta a uma pesquisa que apontou que cerca de 70% da frota nacional não estava segurada. O levantamento foi feito a partir do cruzamento de dados da Susep e da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O seguro possui uma forma de contratação simplificada e é voltado a veículos com até 15 anos de idade e valor de mercado de até R$ 70 mil, estipulado pela tabela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

Garantia de indenizações

Produto é até 50% mais barato que os seguros tradicionais

Para Ferrer, movimento do mercado gera inserção social

favorecidas da população. Com as Circulares Susep 267/2004 e 306/2005, por exemplo, o órgão regulador determinou ao mercado condições de apólices dos ramos de “vida em grupo” e “‘automóvel”, com foco em custo mais baixo – seguro popular. Ele observa que, no mesmo sentido, o Decreto 5.172/2004 reduziu a carga tributária desses produtos, especialmente no que tange ao IOF. ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC

O diretor de automóveis da BNP Paribas Cardif do Brasil, Adriano Comparoni, afirma que seguros com características populares estão conquistando, cada vez mais, parcela significativa da sociedade. “Vale ressaltar que não são apenas as camadas emergentes que optam por produtos do tipo. São seguros com boa inserção em diversas classes, pois contemplam necessidades muito variadas”, acrescenta. A empresa se especializou no desenvolvimento de produtos massificados desde o seu surgimento no País, em 2000. Toda sua operação é baseada em produtos dessa natureza, que têm um grande apelo popular, devido ao seu formato simplificado e de custo acessível. Para dar um exemplo desse cenário positivo, ele relata que, nos últimos cinco anos, o fatura-

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BNP PARIBAS/DIVULGAÇÃO/JC

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Seguros Previdência

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PREVIDÊNCIA

Segmento privado tem demanda reprimida ção é de natureza privada e apresenta dois segmentos: o fechado e o aberto. O primeiro é composto por planos de benefícios administrados pelos denominados “fundos de pensão” (entidades fechadas de previdência complementar), enquanto o segundo é integrado por planos de benefícios administrados por entidades abertas de previdência complementar, incluindo também as sociedades seguradoras autorizadas a operar exclusivamente no ramo de seguro de pessoas. No caso da previdência privada, trata-se de um segmento que ainda tem uma demanda reprimida, como explica o superintendente da Bradesco Vida e Previdência S/A no Rio Grande do Sul, Clodomiro de Souza Dorneles. “Há uma demanda reprimida em alguns mercados, principalmente por parte das pequenas e médias empresas; e as pessoas estão mais atentas à poupança e mais comedidas no consumo”, acrescenta. Como ainda não são produtos

Dorneles acredita que as pessoas estão mais atentas à poupança

MARCO QUINTANA/JC

Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) é o órgão responsável pelo controle e pela fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro e, no seu site www. susep.gov.br, traz diversas informações sobre esse setor e também orientações ao consumidor. O sistema de previdência brasileiro apoia-se em dois pilares. O primeiro (previdência social), tem natureza pública e é de iniciativa governamental. A participação da massa de trabalhadores é universal e compulsória. É formado por benefícios definidos, sob o regime financeiro de repartição simples (mutualismo), no qual os benefícios são pagos com as contribuições arrecadadas, não havendo acumulação e capitalização de recursos em contas individualizadas, numa espécie de pacto social entre gerações, em que os trabalhadores ativos financiam os inativos. A segunda base de sustenta-

de alta popularidade, os consumidores interessados devem buscar informações e orientações com profissionais do ramo. “É preciso

Diferenças entre PGBL, VGBL e PRGP O superintendente da Bradesco Vida e Previdência S/A no Rio Grande do Sul, Clodomiro de Souza Dorneles, explica que PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres) e VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres) são duas modalidades de investimento para acumulação de recursos que, futuramente, podem ser revertidos em renda temporária ou vitalícia. Flexíveis, permitem ao participante aumentar ou diminuir suas contribuições ao longo do plano, fazer aportes adicionais a qualquer momento e ainda, caso haja necessidade, resgatar parte ou o valor total acumulado, respeitando a carência inicial a partir do ingresso no plano e após, a cada 60 dias. Podem investir em renda fixa, mas há opções de mesclar o investimento, aplicando parte em renda variável. O PGBL é indicado para quem declara o imposto de renda no modelo completo, pois as contribuições podem ser deduzidas da declaração de renda Pessoa Física, no modelo completo, até o limite de 12% da renda bruta anual. Já o VGBL é mais adequado para quem é isento, declara Imposto de

Renda simplificado ou tem previdência complementar e já abate, conforme legislação em vigor, o limite máximo de 12% da renda bruta anual. Ele aponta que os planos de previdência PGBL ou VGBL são, hoje, excelentes alternativas de acumulação de recursos no longo prazo. A composição de suas carteiras pode assumir características que atendam aos mais diversos perfis de cliente quanto a risco, desde os mais conservadores aos mais dinâmicos. O plano denominado PRGP garante, durante o período de diferimento, remuneração dos recursos da Provisão Matemática de Benefícios a Conceder, por taxa de juros efetiva anual e índice de atualização de valores, os quais estão previstos nos respectivos regulamentos. Durante o período de diferimento, haverá apuração de resultados financeiros. O percentual de reversão de resultados financeiros também consta do regulamento. VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres) e PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres) são planos por sobrevivência (de

seguro e de previdência, respectivamente) que, após um período de acumulação de recursos, proporcionam aos investidores (segurados e participantes) uma renda mensal - que poderá ser vitalícia ou por período determinado - ou um pagamento único. O primeiro (VGBL) é classificado como seguro de pessoa, enquanto o segundo (PGBL) é um plano de previdência complementar. A grande diferença entre os dois reside no tratamento tributário dispensado a um e outro. Em ambos os casos, o imposto de renda incide uma única vez, no momento do resgate ou recebimento da renda. Entretanto, enquanto no VGBL o imposto de renda incide apenas sobre os rendimentos, no PGBL o imposto incide tanto sobre o valor aplicado quanto sobre seus rendimentos. Para evitar a bitributação, é permitido deduzir as contribuições ao PGBL (valor aplicado) na declaração de ajuste anual do imposto de renda para pessoas físicas (IRPF), desde que seja utilizado o modelo completo e o valor a ser deduzido não ultrapasse 12% da renda bruta recebida no ano.

levar em conta a liquidez e a confiabilidade da instituição em que os recursos serão aplicados, e não decidir de forma isolada somente

pelo preço, mas levando em conta o conjunto: taxa, performance, serviços agregados e atendimento”, afirma Dorneles.

Dicas de investimento Qual a melhor época para aderir a um plano? Quanto mais cedo a pessoa investir, maior será a sua reserva financeira, mas o mercado atualmente tem muita oferta, são diversas opções com algum tipo de proteção. Quem procurar? Consulte um corretor de seguros, pesquise empresas que tenham boa reputação e credibilidade. Quais são as alternativas de planos? É bom considerar que, além da previdência para resguardar sua aposentadoria, pode contar também com outros tipos de proteção, como planos de pecúlio e seguros de vida. O que deve ser considerado na escolha de um plano? As pessoas não gostam de pensar em assuntos como falecimento, doença, acidentes, ou outros produtos nessa linha, mas é nesse tipo de situação que as famílias necessitam de apoio. Qual a idade máxima para a adesão? Existem planos para pessoas com até 80 anos, mas para planos de proteção, entre eles pecúlio e seguros de pessoas, o plano é realizado conforme a idade. O que deve ser levado em conta na hora de assumir um compromisso? O principal é ter disciplina, porque, em geral, as pessoas não conseguem fazer uma economia por longo prazo. Como definir o valor da contribuição? O valor da contribuição é variável, de acordo com a realidade do contribuinte. É muito mais simples e acessível do que, de modo geral, a população faz ideia. FONTE: DIRETOR-PRESIDENTE DA DIRETORIA EXECUTIVA DO GBOEX, ILTON ROBERTO BRUM DE OLIVEIRA


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