Telecomunicação Tecnologia caderno especial do Jornal do comércio sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
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A vez da computação em nuvem
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TECnologia
#TECnologia da informação
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O que você sabe sobre seus clientes o Big data não está distante de pequenas empresas e pode alavancar e qualificar as vendas O Big Data aparece, já há alguns anos, entre as principais tendências em tecnologia da informação. A grande coleção de dados aumenta a cada publicação em redes sociais, pagamentos digitais e utilização da internet como um todo. Por vezes, a leitura dessas informações é tão complexa que torna difícil fazer o processamento e a análise sem o uso de softwares que façam um cruzamento. Essas análises podem ter inúmeras aplicações, como o acompanhamento de epidemias, a qualificação do estudo a partir da personalização dos interesses ou dificuldades, a ampliação da segurança pública e o impulso para negócios e vendas. A aplicação fica mais fácil quando exemplificada. O filme Moneyball - O Homem que Mudou o Jogo, estrelado por Brad Pitt, mostra a história real de Billy Beane, gerente de um time de beisebol, que aposta na análise estatística de desempenho de todos os jogadores da liga para
montar uma equipe competitiva sem gastar muito dinheiro. “Esse é um ótimo exemplo de como a análise massiva de dados pode ser útil para diversos campos de atuação e pode trazer conclusões e insights que vão além do puro feeling”, comenta André Flores, consultor da Cosmo – Sistemas Colaborativos de Inovação. De acordo com Flores, a estimativa é que tudo que a humanidade já escreveu até hoje seja equivalente a 50 Petabytes. “A velocidade da evolução das grandezas é surpreendente. Quando começamos a utilizar internet, há duas décadas, conexões e dados eram medidos em Kilobytes e Megabytes. Agora, produzimos tanto que estamos falando em Petabytes e Exabytes. E, logo, já estaremos familiarizados com os Zettabytes, que se referem a um milhão de Petas”, reflete. O varejo virtual já aplica o Big Data ao captar dados sobre comportamento de compra do cliente e traduzir isso no processo de re-compra de novos produtos. “Conhecendo melhor o consumidor, fica mais fácil criar uma comunicação específica e assertiva, que irá, naturalmente, alavancar vendas. O interessante do Big Data é que “big” (grande, em português) é um conceito relativo: o que é grande para mim, pode ser infinitamente pequeno para outra empresa. Se for grande e complexo para que
CoSm
o/diV
ulgaç
ão/JC
x Para Flores, dados deveriam ser mais usados
sua empresa possa analisar normalmente, você pode chamar de Big Data, sim. É claro que, comumente, pensamos nos tais de Petabytes e em capacidades quase infinitas de processamento, mas coletar, analisar e interpretar bem os dados disponíveis deveria ser algo comum nas empresas, independentemente da nomenclatura, pois possibilita conhecer mais o cliente e também o próprio negócio, proporcionando ganhos significativos”, afirma.
Brasil avança no uso da computação em nuvem dEll/diVulgação/JC
x Soluções escaláveis são benefício, diz Bortone sexta-feira, 27/02/2015
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A Dell realizou, recentemente, um estudo para mapear a adoção de tecnologias como Big Data e computação em nuvem (ou cloud computing) no universo corporativo. Foram consultados dois mil decisores da área de Tecnologia da Informação (TI) de médias empresas em 11 países, incluindo o Brasil. “O levantamento identificou que, enquanto o País está entre os mais avançados no uso de cloud computing, no caso de Big Data, aparece com a terceira menor porcentagem de adoção”, comenta João Bortone, diretor de Marketing da divisão de Soluções Empresariais da Dell para América Latina. Quando o assunto é Big Data, o estudo identificou que 51% das médias empresas brasileiras afirmam ter capacidade para analisar grandes volumes de dados. No entanto, 54% delas ainda não têm certeza sobre como podem lidar com esse tipo de informação, e só 31% entendem os benefícios reais e trabalham com projetos nessa área. “O grande desafio do Big Data está na análise dos dados – estruturados e não estruturados – que crescem em ritmo exponencial dentro das organizações”, reforça. O portfólio da Dell oferece soluções para a área de Big Data, que inclui diversas ferramentas para gestão e análise de dados. Segundo o estudo da Dell, 90% das organizações brasileiras já possuem algum tipo de aplicação na nuvem. O País, juntamente com o México, desponta como mercado com maior penetração dessa tecnologia, contra uma média mundial de 79%. “Existem diversos motivadores para a adoção
de soluções de cloud computing, mas os principais deles são as necessidades de atender demandas do negócio com agilidade, flexibilidade e custos adequados. O grande benefício do cloud computing é a possibilidade de implementar, de forma rápida e simplificada, sistemas e soluções que possam ser escaláveis de acordo com as necessidades específicas do negócio”, explica Bortone. De acordo com o executivo, existe uma ampla gama de soluções baseadas em nuvens privadas, públicas e híbridas. “Para garantir que os clientes tenham acesso aos melhores recursos e tecnologia disponíveis, a Dell possui sólidas parcerias com os principais fornecedores de nuvem em toda a indústria, cujas soluções são otimizadas para trabalhar facilmente com hardware, software e serviços Dell”, diz.
Expediente
Editor-Chefe: Pedro Maciel (maciel@jornaldocomercio.com.br) Editora de Cadernos Especiais: Ana Fritsch (anafritsch@jornaldocomercio.com.br) Subeditora: Sandra Chelmicki (sandra@jornaldocomercio.com.br) Reportagem: Flavia Mu Projeto gráfico e diagramação: Luis Felipe Corullón Editor de Fotografia: João Mattos Revisão: André Fuzer, Luana Lima, Rafaela Milara e Thiago Nestor
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3 TElium nETWorKS/diVulgação/JC
Quanto custa estar na cloud ambiente mais flexível permite selecionar os investimentos, diminuindo os custos operacionais O estudo Analysis of the Brazilian Cloud Computing Market, da Frost & Sullivan, mostra que o mercado da computação em nuvem (ou cloud computing) movimentará U$ 1,1 bilhão em 2017. O crescimento é impulsionado pelo exponencial aumento do volume de dados e pela mobilidade. “A nuvem permite um modelo de gestão de TI mais sustentável, pois proporciona um ambiente flexível, no qual os investimentos serão direcionados somente ao que é realmente necessário, diminuindo os custos operacionais e adequando-os a escala de crescimento da empresa. A tecnologia entrega os recursos como serviço, otimizando as despesas em infraestrutura”, explica Lívia Verdi Lampert, gerente de Marketing da King Host. O mercado já dispõe de diversas soluções na nuvem, desde softwares a plataformas e infraestrutura como serviço — como as soluções oferecidas pelo Google. Todo o empresário que utiliza recursos computacionais tem o perfil para contratar serviços de cloud computing. Uma solução em nuvem, segundo o especialista, pode começar pequena e ser ampliada conforme cresce a demanda. “Se um hardware é comprado, a necessidade de expansão implica um novo equipamento. Essa capacidade de expansão ou contração de uma
x Lívia ressalta que é preciso considerar a otimização das despesas em infraestrutura
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nuvem permite adequar os custos de acordo com a evolução de um produto ou aplicação”, afirma. É possível, ainda, o uso da nuvem para aplicações de curto prazo, como uma campanha publicitária intensa que necessita de recurso computacional por um período muito curto de tempo e, logo na sequência, essa demanda diminui drasticamente. “Nestes casos, usar recursos na nuvem é excelente, pois o cliente pode pagar pelo uso apenas naquele período”. Para Daniel Francisco Sachet, CIO da Telium Networks, as empresas já não têm mais receios sobre as soluções de virtualização de servidores. Qualquer aplicação e qualquer tipo de informação podem ir para a nuvem. “É claro que em aplicações de alto desempenho é necessário contratar recursos de nuvem também de alto desempenho. Esse tipo de nuvem computacional é montada em cima de servidores de última geração. As questões de segurança na nuvem deixaram de ser uma preocupação nos últimos anos, pois os recursos contratados possuem os mesmos níveis de segurança de recursos computacionais exclusivos alocados para um único cliente. Isso é feito através de firewalls, equipamentos de segurança da própria infraestrutura da nuvem, que garantem a integridade dos dados”, afirma. Segundo Lívia, a tendência é que a portabilidade de dados torne-se algo comum não só no ambiente corporativo, mas também na vida das pessoas, principalmente com o crescimento da adoção da “internet das coisas” e da popularização do consumo de conteúdos em áudio, vídeo e imagem. “A tecnologia se consolidará enquanto segue em transformação, buscando a melhoria na experiência do usuário. No ambiente corporativo, a computação em nuvem passa a ser uma certeza, migrando a decisão para qual estratégia adotar na nuvem, se ‘pública, ou privada’”, diz. KingHoST/diVulgação/JC
x Sachet destaca praticidade da nuvem
Impacto no mercado de segurança As previsões da IDC Brasil, empresa líder em inteligência de mercado e consultoria nas indústrias de tecnologia da informação, telecomunicações e mercados de consumo em massa de tecnologia, mostram que o mercado de cloud computing é promissor em 2015. E isso terá consequências para outras áreas da TI. O aumento de investimentos em mobilidade e também em funcionalidades na nuvem acarretarão na ampliação do mercado de segurança, já que a preocupação do mercado corporativo em assegurar a proteção de seus dispositivos é crescente. Para os pesquisadores da consultoria, a adoção de cloud computing pelas empresas vai impulsionar a demanda por segurança ao longo do ano e, de acordo com as projeções, esse mercado atingirá US$ 117 milhões no Brasil. “A infraestrutura e os serviços para cloud estarão no centro das atenções em 2015”, afirma Pietro Delai, gerente de pesquisas e consultoria de Enterprise da IDC Brasil. A convergência de infraestrutura e armazenamento serão os elementos de maior interesse no mercado. “Além disso, as empresas que adotarem cloud em 2015 o farão em ambientes híbridos, ou seja, em redes públicas e privadas”, complementa. De acordo com as tendências divulgadas pela IDC, os cases de sucesso demonstrando os benefícios do uso de cloud computing promoveram a infraestrutura como serviço, o que contribui para crescimento da cloud pública. A expectativa, segundo os estudos da IDC, é de um crescimento de mais de 50% em 2015 no Brasil. “A nuvem proporciona disponibilidade de espaço − recursos de processamento, memória e disco −, reduz gastos futuros, readequando a infraestrutura com mudanças da demanda, e também pode ser acessada de qualquer lugar”, comenta Daniel Francisco Sachet, CIO da Telium Networks. sexta-feira, 27/02/2015
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#mErCado
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Potencial para crescer investimento em banda larga, fortalecimento da competição, diminuição dos impostos, compartilhamento das redes existentes e regulação mais simples fazem parte da receita de sucesso do setor Um estudo realizado pela Maksen, empresa de consultoria global com atuação na área de telecomunicações, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), identificou que a expansão dos investimentos em banda larga e o incentivo à maior competição são quesitos fundamentais para o desenvolvimento do setor de telecomunicação do Brasil. De acordo com o estudo, a banda larga é a tecnologia de telecom com maior impacto no crescimento econômico de países em desenvolvimento. Segundo o Banco Mundial, um aumento de 10% na taxa de penetração da banda larga geraria uma elevação de 1,38% do PIB destes países. “Avaliamos que o Brasil ainda tem um atraso grande, do ponto de vista que pouca gente tem acesso”, comenta Sérgio do Monte Lee,
executivo da Maksen no Brasil. Um fator que ilustra o subdesenvolvimento do Brasil com relação a outros países é o investimento per capita em Telecom. Entre 1998 e 2011, o País investiu para cada habitante apenas US$ 730,00, cerca de US$ 1.000,00 a menos do que a Coreia do Sul e US$ 2.800,00 a menos do que os Estados Unidos. Para se aproximar do atual nível de desenvolvimento desses países, o Brasil precisaria investir muito mais. “Ainda que as principais áreas metropolitanas demandem redes mais robustas e de fibra ótica, é inevitável expandir a rede de banda larga sem fio”, diz Lee. Para auxiliar nesse sentido, segundo ele, é preciso aumentar o uso da atual tecnologia 3G antes de passar para a 4G – que é mais cara e envolve mudanças na estrutura da rede e também a compra de celulares mais modernos –, além de aumentar a oferta com recurso de transmissão via satélite nas regiões mais remotas do País. “Em lugares mais desenvolvidos, como Estados Unidos e Europa, a internet móvel é um complemento para a internet fixa. Nunca é substituída”, complementa. Para o executivo, o movimento de fusões e aquisições de empresas e operadoras promove o compartilhamento de ativos e de capacidade da rede. “O fenômeno da concentração pode melhorar a qualidade de rede, mas traz menos competição ao mercado”, pondera.
Investimento na banda larga do Brasil O Brasil ocupa o 89º lugar no ranking mundial de rapidez da banda larga, segundo relatório da Akamai, empresa que analisa trimestralmente esse desempenho em diversos países do mundo. Os investimentos das operadoras em infraestrutura e serviço aumentam para que a experiência no uso da internet seja melhor, tornando-se completa com a possibilidade de convergência. Um dos diferenciais estratégicos da GVT, por exemplo, é o investimento para colocar a fibra óptica o mais próximo possível do cliente para oferecer mais qualidade, desempenho e integração nos serviços de banda larga, TV e telefonia fixa. “A GVT fechou o ano de 2014 com mais de 3 milhões de clientes de banda larga. O investimento realizado
no ano é superior a R$ 2 bilhões”, revela Sergio Hartmann, gerente sênior da GVT Regional Sul. Segundo ele, a rede de cabos da GVT, baseada em fibra óptica, é jovem e concebida para oferecer ultravelocidades e serviços convergentes. A Nextel investiu, ao longo de 2014, mais de US$ 500 milhões em infraestrutura, tecnologia e pessoal, buscando ofertar uma rede sem surpresas para os consumidores, cobertura 3G e aumento da qualidade no atendimento em canais receptivos e presenciais, bem como simplicidade nos processos de serviços e cobrança. Isso tudo resultou na marca de mais de 1 milhão de clientes em 2014, segundo a Anatel, na maior receita média por usuário (US$ 30,00) e na menor taxa de cancelamento (2,28%).
Interiorização da telecomunicação
O mercado nacional de telecom já não está mais restrito às gigantes do setor. As pequenas operadoras são responsáveis por 11% dos acessos de banda larga em todo o Brasil. De acordo com Carlos Eduardo Vianna, diretor da SouthTech Telecom, o crescimento expressivo é recente: até cinco anos atrás, o percentual nem aparecia entre os dados de pesquisa e de mercado. A SouthTech Telecom, fornecedora de soluções em telecomunicação para sexta-feira, 27/02/2015
empresas, provedores e operadoras, teve um crescimento de 185% em suas vendas em 2014 em comparação com o ano anterior. “O resultado foi maior que a soma de 2012 e 2013”, comemora Vianna. A SouthTech investe na rede de fibra óptica, e hoje já são mais de 6 mil quilômetros implantados, que atendem a clientes corporativos. “No interior, percebemos a ascensão dos provedores locais. Levamos conectividade a clientes que as grandes operadoras não atendem”, revela.
marCoS nagElSTEin/JC
x Hartmann: GVT foca na fibra ótica
De acordo com o empresário, a Anatel tem criado ferramentas que permitem o desenvolvimento das pequenas empresas, o que reflete diretamente no desenvolvimento das comunidades. Em 2014, a SouthTech finalizou o processo de expansão de rede para dar início ao aumento de densidade, ou seja, a utilização por mais pessoas e empresas. A expectativa é entregar serviços de banda larga com mais agilidade e com preço reduzido para mais usuários. Caderno Especial do Jornal do Comércio
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#E-CommErCE
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Compras em um clique Comércio eletrônico oferece praticidade para os clientes e um mercado promissor para as empresas Adotar ou não o e-commerce como canal de vendas? A tecnologia muda comportamentos, a forma de vender e comprar e ainda mostra-se lucrativa. A resposta “sim” torna-se certeira a partir das análises dos números do mercado. De acordo com a E-bit, empresa especializada em pesquisas no setor, o comércio eletrônico movimentou R$ 35,8 bilhões em 2014, crescendo 24% em relação a 2013, quando o faturamento chegou a R$ 28,8 bilhões. Mais de 51,5 milhões de consumidores únicos ao longo do ano e mais de 103,4 milhões de pedidos realizados a um tíquete médio de R$
347,00. A previsão é de que o comércio eletrônico cresça 20% em 2015, atingindo faturamento estimado de R$ 43 bilhões. Neste promissor mercado, está inserida a Natura, que começa a migrar para o comércio virtual, mas sem perder o princípio da venda por meio das relações entre consultor e consumidor. Em dezembro de 2014, a marca colocou no ar a plataforma Rede Natura, que oferece produtos de todas as linhas. “Percebemos que o mercado se transforma, e o consumidor não quer abrir mão de nada. O cliente pesquisa no celular, compara preços e compra on-line ou na loja. A tendência é multiplataforma. No nosso caso, as consumidoras gostam da consultora, mas também querem a comodidade de poder pedir e receber o produto em casa”, explica Murilo Boccia, diretor de Relacionamento com Cliente da Natura. A compra na Natura, até então, funcionava por meio da consultora, que fazia as encomendas de suas clientes, intermediando pagamentos, rece-
bimentos e distribuição. “A atenção da consultora é importante, mas esse processo de compra pode levar uns 10 dias”, comenta. A Rede Natura encurta e agiliza esse processo. “Criamos a figura da ‘consultora digital’, que pode ser um complemento ao trabalho presencial, mas há uma porta aberta para pessoas interessadas em só vender pela internet. É um pessoal mais jovem, antenado e que se identifica com esse jeito de vender. E começam a aparecer homens interessados também”, revela. A consultora pode divulgar seu espaço dentro do site, indicar produtos, acessar relatórios, incentivar a compra, mas não estará mais envolvida na parte dos pagamentos e da logística de entrega. A cliente terá, ainda, a opção de pagar com cartão de crédito. “Percebemos esse movimento como rejuvenescimento para a marca. Assistimos a um fluxo maior de clientes A e B que querem o autosserviço. Essa era, até então, uma camada mais distante da Natura”, comenta.
Investimento em comodidade A Panvel, maior rede de farmácias do Rio Grande do Sul, tem no DNA a conveniência dos consumidores. Uma das novidades da empresa é o sistema de assinaturas, por meio do qual o consumidor, após realizar a compra de seus produtos, pode cadastrar quando deseja receber novamente aqueles mesmos itens. “Sempre na data indicada, o produto será faturado e entregue na casa do cliente. Entendemos que existe um potencial grande para medicamentos de uso contínuo, aqueles que têm data certa para acabar. A intenção é trazer cada vez mais comodidade na relação do consumidor com a marca. É um hábito novo que precisa ser criado, e isso leva tempo”, diz Júlio Mottin Neto, vice-presidente do Grupo Dimed. “Nossa estratégia é deixar de ser uma farmácia e cada vez mais ser uma experiência de compra. Nosso e-commerce, contando junto a tele-entrega, representa 9% das vendas. Temos focado e investido também na experiência mobile, que hoje já representa 12% das vendas on-line.
riCarDo ToSCani/Divulgação/JC
x Bronzatto e os sapatos da Louloux em um de seus bazares
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Acreditamos que em um futuro bem próximo a venda mobile será elementar no hábito de consumo”, afirma o executivo. De acordo com Mottin Neto, há diferença no tipo de produto procurado na loja e no e-commerce. “No site, não podemos vender nenhum produto que exija a retenção de receita. A venda de higiene e beleza na internet representa 55%, enquanto nas lojas físicas esse percentual cai para 35%”, comenta. E, mesmo investindo no digital, a Panvel vive um processo de expansão de lojas. Atualmente, são 321 unidades próprias. Em 2014, foram inauguradas 26 lojas, e a previsão para 2015 são 30 novas unidades. “No nosso segmento, há dois elementos importantes: a urgência em obter os produtos, no caso dos medicamentos, e o volume de novidades lançadas todos os anos, no segmento da higiene e beleza. Acredito que o canal físico será sempre mais eficiente para atender essa urgência e proporcionar o conhecimento de novidades”, comenta.
panvEl/Divulgação/JC
x Neto fala sobre o sistema de assinaturas
A reinvenção de uma marca O e-commerce ainda não tinha vivido um boom, mas tornou-se salvação para Cristiano Bronzatto, criador da celebrada marca de calçados Louloux. A empresa viveu um período de ascensão no exterior, que logo veio abaixo com a crise mundial em 2008. De volta ao Brasil, sem dinheiro para investir, Bronzatto encontrou na internet uma oportunidade de salvar seu negócio. Os calçados feitos com sobras da indústria fizeram sucesso e reinventaram a marca. “Não foi bem uma estratégia, mas a única alternativa. Parecia mágica: uma foto é o que vende um sapato. Acho que deu certo pelo diferencial do produto mesmo, pois há inúmeros e-commerces com marcas conhecidas e preços mais baixos”, relembra.
As lojas temporárias ajudaram a fazer engrenar a venda pela web. Como se fosse um bazar, a Louloux apresenta seus sapatos por dois a três dias em cada cidade. “E isso sempre movimenta o e-commerce. Ainda é uma marca pequena. Então, as pessoas precisam ver de perto, tocar, perceber a qualidade. Ainda há quem desconfie da compra on-line”, comenta. Em 2015, após a inauguração de três lojas próprias, a Louloux assinará franquias. “As lojas ajudam a levar a marca para a rua. Neste novo momento, teremos franqueados que acompanharão a rotina da loja de perto e, assim, poderemos focar na criação dos sapatos e no e-commerce, aprimorando sempre a experiência do cliente”, afirma. Caderno Especial do Jornal do Comércio
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Conversa digital maRCoS nagElSTEin/JC
x Tavares, junto da sócia Fabiane Criscuoli, aponta as vantagens do digital em comparação com o analógico
atenção aos interesses do cliente é essencial para as empresas aperfeiçoarem a sua comunicação ser humano é multitarefa, faz diversas atividades ao mesmo tempo e, hoje, tem acesso facilitado a inúmeros canais de informação e relacionamento. A internet intensificou uma vida mais corrida e ampliou o ambiente virtual, com chat on-line, sites, e-mail, redes sociais, podcasts, YouTube e aplicativos em dispositivos móveis. Os canais de comunicação digitais, quando usados de maneira pensada e estratégica, podem alavancar negócios e otimizar recursos, uma vez que o marketing digital chega a custar 61% menos do que o tradicional. “O que acontece é que estamos vivendo um período de transição. O digital ainda não caminha sem o analógico. Não adianta enviar um e-mail e esperar. É preciso dar continuidade para essa conversa, bem do jeito que se dá na vida real”, constata Deivis Tavares, diretor de negócios da Intelly, empresa de Tecnologia da Informação desenvolvedora da premiada ferramenta iSend. Há também quem use o meio digital de forma analógica, disparando – como uma rádio, televisão ou jornal – as informações sem fazer uma leitura dos interesses do destinatário. “Isso nunca trará o resultado esperado. É importante
O b 1/3 da
população está presente na internet
b 40% da população brasileira está on-line, representando 80 milhões de usuários b E-mail lidera o tempo da internet móvel, com 38,5% do tempo gasto DaDoS: inTElly
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conhecer o cliente. A rastreabilidade ajuda a fazer negócio e demonstra preocupação, cuidado e interesse”, diz. E ele complementa com um exemplo simples. “Uma agência de turismo envia um e-mail para seus clientes com diversos tipos de viagem: destinos para família, destinos para casais, destinos de aventura e destinos exóticos. O iSend, nossa ferramenta, faz relatórios sobre os cliques e, a partir daí, é possível segmentar o mailing, entendendo o que chama a atenção e, consequentemente, atingindo o público de maneira mais certeira”, detalha. Ações complementares e interligadas fortalecem o potencial da comunicação digital. “Temos clientes que enviam por e-mail o que está disponibilizado no YouTube e publica também na rede social. E, desta forma, a comunicação se dá de maneira alinhada por multicanais, respeitando suas linguagens”, revela. E, de acordo com Tavares, peca quem só lembra do cliente na hora da venda. O Sport Club Internacional é um dos clientes da Intelly que já adotou a estratégia multicanal em sua comunicação, que envolve todos os possíveis interesses do seu público. “O sócio recebe cartões de aniversário com uma homenagem em vídeo, principais notícias do time e da sede, promoções e até a mensalidade personalizada com todos os gastos. No período de eleições do clube, movimentamos todos os canais, inclusive enviando SMS chamando para acessar o site ou ir até o estádio para votar. E, claro, tudo isso só para quem tem interesse em receber determinado conteúdo”, afirma.
Correio eletrônico qualificado Há alguns anos é anunciada a morte do e-mail. No entanto, grandes empresas, como Google e Yahoo, contrariam qualquer possível tendência e investem em melhorias em suas plataformas de enviar e receber mensagens. “O e-mail não vai morrer. Todo mundo tem, no mínimo, uma conta. Grande parte do mercado está aderindo aos meios digitais e ao e-mail marketing para divulgação, informação e, principalmente, para conversão em vendas”, comenta Livia Menna Barreto Ribeiro, diretora da Dinamize, empresa que oferece soluções de envio e análise de e-mail marketing. De acordo com Livia, o e-mail marketing é a mídia que mais gera conversão em vendas. “A vantagem das ações de marketing via e-mail é o baixo custo em relação às outras mídias e a possibilidade de mensurar o retorno de cada ação. O envio do e-mail marketing, quando feito adequadamente, é eficaz e traz retorno imediato, pois é um envio segmentado, direcionado ao usuário que realmente deseja receber informações e promoções sobre determinados produtos e serviços. Não existe uma forma mais eficaz para publicidade do que o e-mail marketing”, garante. As ferramentas de disparo de e-mail, como o Mail2Easy da Dinamize, evoluíram e disponibilizam relatórios completos, com dados relacionados ao e-mail enviado. “Essas informações auxiliam na tomada de decisões do marketing das empresas. As estratégias digitais são pensadas a partir dessa análise, uma vez que as ferramentas disponibilizam número de visualizações, cliques, taxas de aberturas de e-mails e reencaminhamentos. Com base nesses dados, inicia-se o planejamento de ações de marketing e vendas”, diz. maRCoS nagElSTEin/JC
x Para Lívia, a forma mais eficaz de publicidade é o email-marketing Caderno Especial do Jornal do Comércio
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Tá na mão! aplicativos mudam hábitos para facilitar o dia a dia e promover a colaboração e o lazer Os usuários de smartphone parecem perceber o potencial dos aplicativos para outras funcionalidades além da troca de mensagens e do entretenimento dos jogos. De acordo com a empresa de consultoria Flurry, o uso de apps cresceu 76% em 2014 quando comparado ao ano passado. “Enquanto, em 2013, os apps mais procurados foram os de “messaging” − Facebook,
Twitter, Snapchat e Whatsapp −, em 2014, cresceu muito o uso de soluções para produtivid dade, utilidades e e-commerce”, comenta Paulo Mello, desenvolvedor e especialista em aplicaçõess móveis, diretor de tecnologia da recém-lançada plataforma MyTraining, voltada ao universso fitness, que reúne equipe em Porto Alegre e São Francisco, nos Estados Unidos. Os números comprovam a mudança que essa tecnologia traz para o comportamentoo e a rotina das pessoas. E Mello aposta na linha de aplicativos com um propósito específico. “Em breve, todos estaremos acostumados a pedir um táxi ou comida, ouvir música, receber ajudar para se exercitar, fazer compras. Tudo pelo celular”, afirma.
Incentivo para cuidar da cidade Pelo menos quando se trata de open data − política dos dados abertos − e de incentivo para novas ideias e soluções colaborativas para cuidar da cidade, Porto Alegre está em igualdade com Nova Iorque e São Francisco. As cidades norte-americanas serviram de inspiração para a criação do #DataPoA, portal de dados abertos da Capital que serve como subsídio para o desenvolvimento de soluções inteligentes que contribuam para uma cidade com gestão qualificada. A compilação e organização dos dados, que podem ser usados por todos, é feita pela
Procempa. A Capital é a primeira cidade do Braasil a tornar o open data uma política pública, o que garante sua continuidade independentemente de partido. “Nossa busca é por engajamen nto do cidadão”, comenta Thiago Ribeiro, coordenador do POA Digital, plataforma criativa e de comunicação digital da prefeitura de Porto Alegre, que reúne diversos projetos, como o #DataPOA. De 2013, ano de lançamento do #DataPOA, até aqui, jáá são quase 20 aplicativos em funcionamento.
apps quE uTilizam dados do #daTapoa Doctor PoA Vou De Bike PoA PoA trânsito
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O aplicativo localiza, através do GPS, os hospitais e unidades de pronto atendimento de Porto Alegre com atendimento de emergência mais adequado e mais próximo para diversas situações, como pediatria, cardiologia, obstetrícia e trauma. O Doctor POA informa também endereço e telefone do local.
É possível descobrir como chegar a qualquer destino em Porto Alegre utilizando o BikePoa, serviço de aluguel de bicicletas da Capital. O usuário informa o lugar de partida e o ponto desejado de chegada. O aplicativo traça a rota e mostra os pontos de locação das bicicletas no caminho.
É um guia de transporte de Porto Alegre. O aplicativo oferece informações compiladas dos diversos meios de locomoção disponíveis na cidade, como opções de transporte, variações das linhas ou horários. Também disponibiliza informações em tempo real sobre o tráfego.
MARCOS NAGELSTEIN/JC
x Aplicativos de clubes disponibilizam notícias e informações que interessam ao torcedor
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Dupla Gre-Nal no celular Os torcedores do Grêmio e do Internacional levam os times de futebol no coração e também no celular. Os dois clubes disponibilizam aplicativos para smartphone, tanto para sistema Android quanto para iOS, ambos desenvolvidos pela empresa francesa Netco Sports. Os aplicativos são gratuitos e têm integração com Facebook, Twitter e Instagram, trazendo notícias, calendários de jogos, eventos ao vivo, ficha técnica de jogadores e informações sobre os estádios. Também é possível assinar canais pagos com conteúdo exclusivo, como wallpapers customizados, e receber alertas de gols, escalações e informações durante as partidas. Os 100 mil torcedores que já fizeram download do aplicativo do Grêmio po-
dem acompanhar a transmissão dos jogos com informações em tempo real e têm acesso à Grêmio Rádio Umbro. Na versão premium, é disponibilizado em primeira mão o Guia da Partida, publicação especial entregue na Arena em dias de jogo. O app do Inter, lançado em novembro, já ultrapassou os 30 mil downloads e, em 2015, deve ter novas funcionalidades, como “check-in” e “check-out” do estádio e outras interações como uma rede social exclusiva para o colorado. O clube já estuda a possibilidade de oferecer a compra de ingresso e o acesso ao estádio pelo app. “Estamos trabalhando e fazendo testes nesse sentido, mas são integrações complexas”, adianta Jorge Avancini, diretor de Marketing do Internacional. sexta-feira, 27/02/2015
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#TEnDÊnCiaS
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Vida conectada internet das coisas, apesar do alto custo, é a grande aposta dos especialistas e da indústria do setor A internet das coisas, definida como um conjunto de dispositivos caseiros e habituais que passam a pensar e gerir informação, cria expectativas e parece ser uma das principais tendências em tecnologia. “O desejo de conectividade em dispositivos de casa é algo muito antigo. Hoje em dia, nós já temos lojas de ‘home automation’ com alguns sistemas para casas. Mas ainda é algo limitado”, comenta Marcelo Fontoura, mestre em Comunicação Social pela Pucrs. A internet das coisas deve trazer mudanças de comportamento e também na maneira das pessoas relacionarem-se com o trivial. “Todo maRCoS nagElSTEin/JC
x Para Fontoura, novidade traz mudanças no comportamento
mundo tem alguma relação forte e até emocional com objetos variados do dia a dia. Quando estes objetos passam a ser mais ‘inteligentes’ e a guardar mais informações das pessoas, o que representa ‘entendê-las’ melhor, a tendências é fortalecer esse vínculo”, avalia. A novidade, no entanto, ainda parece distante do consumidor, pelo alto custo. “Com exceção de alguns dispositivos em mercados mais desenvolvidos – como os fabricados pela Nest, comprada pelo Google −, a internet das coisas tem sido uma novidade para poucos, os chamados early adopters. Se ela vai realmente se espalhar e criar novos mercados massivos, como os smartphones, ainda não se sabe dizer. Há anos as fábricas são automatizadas e todas as máquinas conversam, jogando informação de um lado para o outro e gerando dados essenciais para o dia a dia. É assim, também, na área da aviação, onde a comunicação é constante. A indústria mobile soube se adaptar muito bem a contextos sociais diversos. De um modo geral, diria que o cenário de internet das coisas é promissor”, reconhece. Fontoura aposta em três principais tendências em conectividade. “A primeira é a dos wearables, a chamada ‘computação vestível’, com nomes como Pebble, Google Glass e, mais recentemente, o Apple Watch. Alguns dizem que será tão relevante quanto o smartphone, mas ainda é cedo para dizer. Há também os mobile payments – pagamento móvel – que deve crescer consideravelmente nos próximos anos. A Apple está entrando com tudo nisso. Minha previsão é de que teremos uma experiência completa, com a qual as pessoas se acostumarão e, por isso, toda a indústria deve seguir atrás. Finalmente, temos a tendência de que mais do que nunca a mobilidade chegou a países menos desenvolvidos e a pessoas de baixa renda”, diz.
Experiência em realidade virtual Uma apresentação sensorial da moda. A Renner, durante o Preview Outono-Inverno 2015, levou os convidados a uma experiência tecnológica inédita pelas inspirações dos criadores de estilo da marca. Enquanto as peças estavam expostas nos ambientes especialmente preparados para a ocasião, as tendências que inspiraram a REnnER/DiVulgação/JC
x Projeto da Renner proporciona experiência inédita sexta-feira, 27/02/2015
lg/DiVulgação/JC
nova coleção foram conferidas através do Google Cardboard – um visor de realidade virtual feito de papelão que leva o público a um ambiente 3D de uma maneira simples e divertida. “Com o Cardboard, nossos convidados puderam descobrir músicas, cores, padrões e imagens que inspiraram as mentes criativas por trás da nova coleção, como se estivessem lado a lado com a nossa equipe de estilo”, explica Luciane Franciscone, gerente-geral de marketing da Renner. O projeto é uma parceria entre Renner, Google e a agência 3yz. O Google Cardboard é uma porta de entrada de baixo custo para a realidade virtual. O visor, uma estrutura simples, transforma um smartphone em um óculos básico para realidade virtual. Ele é feito de um pedaço de papelão dobrável, duas lentes, um microchip, um ímã, um elástico e duas fitas de velcro. “Com este projeto, queremos mostrar como os limites entre off-line e on-line estão cada vez mais borrados e assim,como o virtual se torna uma parte intrínseca da nossa realidade’, disse Maria Fernanda Cerávolo, diretora criativa do The Zoo para o Google América Latina.
x Sistema pode resolver problemas técnicos de forma instantânea
Interação com assistência técnica Menos tempo para cuidar dos afazeres de casa exige mais praticidade dos eletrodomésticos. A LG Electronics do Brasil, pioneira no setor de lava e seca, inclui em suas máquinas de lavar roupas o sistema Smart Diagnosis, que ajuda o consumidor a diagnosticar possíveis erros de manuseio por meio de uma ligação para o SAC da LG. Com os sinais sonoros emitidos pelo produto durante a ligação é possível identificar motivos de falha. A função possibilita resolver o problema instantaneamente ou munir o técnico de informações precisas para garantir maior eficiência na hora da visita.
Conexão com toque fashion Pioneira no quesito e tendência dos acessórios vestíveis, conhecidos como wearables, a Sony convidou o renomado designer de joias Jack Vartanian para assinar uma edição premium, exclusiva e limitada de sua pulseira inteligente SmartBand. A parceria é inédita na área de tecnologia e também no mercado de luxo nacional. A peça, em ouro ou e prata, é vendida em kit com o smartphone Xperia Z2, flagship à prova d’água com câmera de 20.7 megapixels. Além da pulseira, a Sony também possui em seu portfólio o relógio inteligente, que ligado ao smartphone via Bluetooth ou NFC (Near Field Communication, tecnologia que permite a troca de informações entre dispositivos sem a necessidade de cabos ou fios, mas pela aproximação física), mostra as horas e entrega notificações, como e-mails, redes sociais e mensagens, em tela. Caderno Especial do Jornal do Comércio
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#inovação
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Robótica no fundo do mar Simplificar a vida das pessoas é a busca da evolução tecnológica desde a revolução industrial. a área da robótica tem obtido importantes avanços a partir da consolidação dos computadores O avanço tecnológico permitiu a programação de equipamentos para operações repetitivas, diminuindo a intervenção humana nos processos produtivos, por exemplo. “Há inúmeros desenvolvimentos relacionados à inteligência artificial. No entanto, a robótica que nos envolve é composta de equipamentos pré-programados para operações específicas”, explica Giovani Geremia, engenheiro mecânico e sócio da Instor Projetos e Robótica, empresa que desenvolve equipamentos robóticos ou automatizados para a indústria. Atualmente, a equipe da Instor está dedicada ao desenvolvimento de um robô que faz a limpeza de risers em plataformas de petróleo − tubulação flexível que leva o mineral do fundo do mar até a plataforma. A iniciativa é financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs). “O projeto consiste em um sistema autônomo para manter as tubulações livres de cracas marinhas, que são crustáceos que vivem nos rochedos e em cascos de navios”, explica. A tecnologia substituirá o trabalho dos mergulhadores que, munidos de espátulas, fazem a limpeza. O projeto da Instor também mostra-se uma solução inteligente para o uso da energia, utilizando um meio alternativo nas próprias ondas. “O sistema funcionará utilizando os movimentos do swell das ondas e marés em alto mar para movimentar o conjunto verticalmente na tubulação, não necessitando, assim, de nenhum equipamento elétrico ou eletrônico para sua operação”, explica. O cronograma de desenvolvimento do robô prevê que, até o fim de 2015, um protótipo do conjunto seja instalado em uma plataforma de testes no Rio de Janeiro. A entrada do sistema no mercado ocorrerá na metade de 2016. maRCoS nagElSTEin/JC
x Cunha (D) e os sócios Berriel (E) e Werlang (C) sempre vislumbraram o potencial dos sistemas de automação residencial
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maRCoS nagElSTEin/JC
x Empresa de Geremia trabalha na criação de um robô que limpará plataformas de petróleo
Drones sobre o campo Os veículos aéreos não tripulados (Vants) devem movimentar cifras próximas de 8,3 bilhões de dólares em 2015 no mundo, superando com folga os atuais 2,7 bilhões de dólares anuais. No Brasil, a segurança pública e a agricultura de precisão estão entre as áreas que mais utilizam a tecnologia. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que já detém conhecimento da tecnologia desde no início de 1998 e acompanha o crescimento desse mercado no Brasil, estima que já tenham sido adquiridas por produtores agrícolas perto de 200 unidades, variando de tamanhos e tipos de sistemas. “Nos últimos dois anos, com o impulso dos modelos elétricos e multirrotores, conhecidos como drones, tornou-se mais fácil difundir a tecnologia”, afirma Lúcio André de Castro Jorge, pesquisador da Embrapa Instrumentação e responsável pelo desenvolvimento de tecnologias de drones/Vants. “Seu principal uso é para captura de diversos tipos de imagens e, para cada uma, são necessárias ferramentas distintas de análise que estão em desenvolvimento pela Embrapa”. Os modelos variam muito, assim como o tipo de sensor, que se destinam a diferentes aplicações - para ver doenças na lavoura, por exemplo, é preciso câmeras adequadas. Além disso, há ferramentas de análise. “A
SamuEl vaSConCEloS/Divulgação/JC
x Cerca de 200 unidades já foram adquiridas
Embrapa dá todo o suporte, identificando ferramentas próprias e até desenvolvendo novas sob demanda”, diz. Os drones podem ser montados com investimentos a partir de R$ 5 mil, com câmeras simples, mas também podem ser sistemas complexos, com câmeras de 300 bandas espectrais, o que pode elevar o investimento para até R$ 300 mil. “Algumas das primeiras culturas a adquirirem foram as de cana-de-açúcar, eucaliptos, algodão, soja e milho. Mais recentemente, já é possível ver drones em pastagens e citros”, complementa.
Tomadas Wi-Fi para controle de energia Há 10 anos, quando Luís Canabarro Cunha, empresário e sócio da Esos Technology, resolveu tirar o plano de negócio da faculdade do papel, com os sócios e engenheiros Eduardo Agostini Berriel e Nicolas Werlang, já vislumbrava o potencial dos sistemas de automação residencial. “O tempo traz experiência, e descobrimos que um caminho mais interessante seria investir em ideias e soluções pontuais em vez de sistemas completos”, comenta Cunha. A Esos, que produz sensores de presença, dimmers e campainhas-cigarras, está trabalhando no desenvolvimento de uma tomada
Wi-Fi que combate o desperdício de energia elétrica. Com um computador ou smartphone, através de software ou aplicativo, será possível agir remotamente, ligando ou desligando aparelhos de qualquer lugar. Além disso, a inovação possibilitará gerenciar, mapear e controlar a eficiência energética dos eletrodomésticos, certificando o usuário de que o consumo está dentro do esperado e verificando se a manutenção do eletrodoméstico está em dia. “O usuário também poderá montar um relatório de gastos em dinheiro no período de tempo que julgar necessário”, detalha. sexta-feira, 27/02/2015
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Nova experiência ao pagar a conta marCoS nagElSTEin/JC
x Ferramentas permitem pagamentos pela web caso o cliente não tenha o cartão na hora da compra
Pagamento móvel seguro é uma tendência que acompanha o boom dos smartphones e tablets randes ideias são capazes de promover bons e lucrativos negócios. Para chegar lá, é preciso dar o primeiro passo. E, assim, de maneira despretensiosa, nasceu o S3 Food Lab, um laboratório de food design que desenvolve conceitos de restaurantes e realiza jantares como se fossem “protótipos” para experimentar receitas e aceitação do público. A ousadia do empreendimento reflete-se em questões práticas, como a cobrança dos comensais. “Procuramos uma ferramenta sem burocracia. Usamos o leitor de cartão do PagSeguro, que é acoplado ao tablet e smartphone e o cliente paga
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a conta. Há a opção de gerar boletos de cobrança ou enviar pedidos de transferência, caso a pessoa não possua cartão. Após cada pagamento, enviamos o comprovante via e-mail para conferência”, explica Ricardo Yudi, chef e proprietário do S3 Food Lab. O PagSeguro, plataforma de pagamento on-line da UOL, após o lançamento dos primeiros leitores de cartão de débito e crédito, colocou no mercado, em 2014, a versão “mini” do equipamento, desenvolvida para celulares e tablets. “O empresário só precisa ter um celular ou tablet com acesso à internet, baixar gratuitamente o aplicativo e adquirir um leitor de cartões”, explica Ricardo Dortas, diretor do PagSeguro, empresa que está apostando no mercado presencial. “A adoção do m-payment no Brasil está seguindo o mesmo ritmo de avanço do uso de smartphones”, revela. A plataforma possui certificações que garantem segurança na gestão dos dados bancários, como a utilização de protocolos de comunicação seguros.
Confiança nas transações Soluções seguras em transações aumentam a inclusão tecnológica em atividades de rotina, como a realização de operações bancárias sem sair de casa. “O certificado digital padrão personifica o cidadão ou a empresa na rede, o que garante validade jurídica aos atos praticados com seu uso. A transação é feita de forma virtual, mas demanda identificação da pessoa que a está realizando pela web”, detalha Luiz Carlos Zancanella Junior, vice-presidente da Safeweb, empresa gaúcha focada em soluções voltadas à segurança de documentos, aplicações e transações na internet. De acordo com o especialista, o certificado digital não é novidade, mas suas aplicações estão em momento de ampliação. “Em 2007, ocorreu a primeira grande demanda de emissão de certificados digitais no Brasil. Além disso, a obrigatoriedade de uso de Notas Fiscais eletrônicas (NF-e) exigiu o uso de certificado digital”, relembra. Em 2014, o certificado digital ficou mais próximo também do cidadão. “O contribuinte portador de e-CPF tem a possibilidade de acessar os dados de sua Declaração de Imposto de Renda pré-preenchida, o que reduz o risco de cair na malha fina e acelera a restituição”, exemplifica. marCoS nagElSTEin/JC
x Zancanella Jr.: foco no certificado digital
Menos receios nas compras pela web PaYPal/DiVulgação/JC
x Pelissaro diz que pagamentos entre fronteiras cresceram 27% no último trimestre
sexta-feira, 27/02/2015
Quando a publicitária Taíssa Bach começou a pensar nos preparativos do seu casamento, não teve dúvidas: decidiu comprar o vestido de noiva pela internet. “Há uma enorme variedade de produtos, e o preço é muito competitivo”, diz. O comportamento da Taíssa é cada vez mais comum. Uma pesquisa recente do PayPal, sistema de pagamento pela internet, revela que 46% dos consumidores on-line no Brasil compram tanto no mercado doméstico quanto em sites no exterior. “O Paypal realiza dois mil pagamentos entre fronteiras a cada minuto. Esse tipo de transação cresceu 27% no último trimestre”, diz Renato Pelissaro, diretor de Marketing do Paypal para a América Latina.
Desmistificar a compra on-line e investir em segurança deve trazer um crescimento ainda maior. A adesão às compras na internet, de acordo com os estudos da Paypal, pode chegar a R$ 92,97 bilhões em 2016. No entanto, o Brasil, ao lado de Cingapura, é o país que mais se preocupa com fraudes on-line. De acordo com uma pesquisa realizada pela empresa em julho de 2014, 70% dos entrevistados brasileiros têm receios de comprar pela web. “Estamos investindo em proteção ao consumidor, reduzindo as inseguranças. A conta do cliente PayPal é protegida contra pagamentos não autorizados e, caso a mercadoria comprada não seja entregue, o usuário pode recorrer para ter seu dinheiro de volta”, afirma Pelissaro. Caderno Especial do Jornal do Comércio
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Profissão do futuro é realidade maRCoS nagElSTEin/JC
Agenda dos próximos cursos Formação EspEcialista Em GEstão Em ti Início previsto: 9 de março de 2015 Local: sede da alfamídia (avenida cristóvãoo collomb bo, 1.4496, porto alegre)) Formação EspEcialista Em DEsEnvolvEDor pHp Início previsto: 14 de março de 2015 Locall: sed de da alfamíídia (aveniida criistóóvãão colombo, 1.4496, porto alegre) Formação EspEcialista Em markEtinG DiGital E publiciDaDE para míDias sociais onlinE Início previsto: 16 de março de 2015 Local: on-lline GEstão EstratéGica Em E-commErcE E markEtinG DiGital Data: 23 a 25 de março de 2015 Local: Wbi brasil (av. ipiranga, 4.619 b – porto alegre) GEstão DE social mEDia Data: 18 de abril de 2015 Local: Wbi brasil (av.iipiranga, 4.6619 b - porto aleggre)
x Cursos, como os oferecidos pelo Senac, tiveram expressivo aumento na procura nos últimos anos
a demanda por profissionais qualificados acompanha o crescimento da necessidade por soluções em tecnologia conhecimento técnico em áreas relacionadas à tecnologia abre portas no mercado de trabalho. Gestão de tecnologia da informação (TI), desenvolvimento de softwares, segurança da informação, social media, design de jogos e de sites, e-commerce. Há uma infinidade de profissões que demandam questões técnicas e atualização constante. De acordo com Milton Procaso, coordenador do Senac Informática, a procura por cursos voltados para área de tecnologia teve aumento expressivo nos últimos cinco anos. “O crescimento econômico do País exige das empresas o investimento em tecnologia, o que requer mão de obra preparada. Há aqueles profissionais que ‘entendem um pouco’, mas sem dúvida aquele que tem conhecimento técnico consegue facilmente encaixar-se no mercado”, garante. O Senac Informática oferece cursos de informática básica até formações de profissionais da área de TI. “Hoje, qualquer profissional precisa ter noções básicas de tecnologia. Um sistema de caixa do supermercado já exige esse conhecimento. O universo mobile traz novas oportunidades e necessidade, e o profissional não consegue manter-se no mercado sem atualização. As mudanças e as novidades têm ritmo veloz: novos equipamentos, novas linguagens e novas necessidades”, afirma. O mercado convive com a falta de candidatos que dominem assuntos específicos, como cloud
O
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computing e análise de dados, que, rapidamente, se tornarão realidade e necessidade. Para Flávia Câmara, gerente-geral da Sisnema, “um profissional que só fica atrás da máquina não resolve. É necessário desenvolver a visão de negócio. Como uso a técnica a favor do negócio?”, questiona-se. Para a executiva, a informática começa, aos poucos, a deixar de ser entendida como custo para empresa, mas como parte do negócio. “Há algumas áreas bem carentes de bons profissionais, como desenvolvimento e banco de dados. Hoje falamos muito nos e-commerces como tendência em vendas. Essa é uma ferramenta que depende de dados e que precisa de gerente de projeto, analista de dados e business intelligence”, exemplifica. As empresas também carecem de investimentos na capacitação técnica de suas equipes. “O turn over, característico do segmento, desmotiva o desenvolvimento das pessoas. Sem dúvida, a qualificação de uma empresa passa pela qualificação de seus indivíduos. Mas acredito que tão importante quando investir nas pessoas é investir na qualificação institucional”, diz José Antonio Antonioni, presidente da Associação Sul-Riograndense de Apoio ao Desenvolvimento de Software (Softsul). De acordo com ele, é preciso mostrar ao mercado que a empresa desenvolvedora tem maturidade de processos e serviços que garantam a qualidade da entrega. “A certificação passa por definir processos, de acordo com normas internacionais, documentar as etapas e colocá-las em operação”, diz. A qualidade do produto também pode ser certificada a partir de critérios como usabilidade e manutenção. “O software certificado tem mais credibilidade no mercado. Para o usuário, a certificação é um indicativo de qualidade que atenderá o uso que se propõe”, afirma.
GEstão DE míDia on-linE Data: 09 de maio de 2015 Local: Wbi brasil (av. ipiranga, 4.6619 b - porto aleggre) curso técnico Em inFormática Início previsto: março de 2015 Local: Escola profi fisssional Fundatec (rua prof. cristiano Fischer,, 2.012 – porto aleggre)) DEsEnvolvEDor DE GamEs Início previsto: 2 de março de 2015 Local: senac informática (av. venâncio aires, 93 – porto aleggre)) EDição DE víDEo Inííciio previistto: 16 de março de 2015 (manh hã e tarde) e 6 de abril de 2015 (noite) Local: senac informática (av. venâncio aires, 93 – porto alegre) WEb DEsiGnEr Início previsto: 9 de março de 2015 Local: senac informática (av. venâncio aires, 93 – porto alegre) Formação DEsEnvolvEDor WEb com Java Início previsto: 9 de março de 2015 Local: sisnema (rua Washington luiz, 820/601 - porto alegre) Formação Estruturas complEtas oriEntação a obJEto pHp - FramEWorks Data: 14 de março a 27 de junho de 2015 Local: sisnema (rua Washinggton luiz, 820/6601 - porto alegre)
sexta-feira, 27/02/2015
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Claro investe na qualidade da internet móvel após a fusão com a nET e Embratel, a empresa passa a oferecer um portfólio completo de serviços Grandes investimentos para garantir a melhor experiência em conexão de dados em alta velocidade na internet. Esse pode ser o resumo dos últimos anos da Claro, além de ser a resposta para uma tendência de comportamento. A operadora registrou que, no segundo semestre de 2014, 100 celulares foram vendidos por minuto e, destes, 76% são smartphones. Também, no último ano, 51% da população brasileira teve acesso à internet, sendo que 62% destes acessos são feitos pelo celular. De 2012 até o final de 2014, a Claro investiu R$ 6,3 bilhões em infraestrutura no Brasil para atender melhor seus mais de 70 milhões de clientes. “Queremos ser reconhecidos pela qualidade do serviço prestado, fazendo investimentos importantes no Brasil. Nosso foco é oferecer a melhor internet móvel do País”, afirma Marcelo Repetto, diretor regional Claro para o Rio Grande do Sul. Em 2014, 59 cidades gaúchas já possuíam conexão via tecnologia 3G. Os clientes de Porto Alegre, Bento Gonçalves, Canoas, Caxias do Sul, Lajeado, Viamão e Santa Maria já experimentam a conexão 4G. De acordo com relatório publicado pela OpenSignal, organização que utiliza apps de
Android e iPhone para analisar as condições da conexão móvel em todo o mundo, a Claro oferece o 4G mais veloz do mundo. A operadora é a única a oferecer a tecnologia de quarta geração para conexão de dados em alta velocidade sem custo adicional a todos os usuários (pré, pós e controle). Também permite o acesso ao Facebook e Twitter gratuitamente pelos dispositivos móveis. “É a maneira que encontramos de oportunizar uma experiência de navegação com qualidade e rapidez para nossos clientes. Aumentamos em cinco vezes o acesso, pois as pessoas puderam testar a qualidade da rede”, justifica. Segundo Repetto, em 2015, a Claro terá novidades. A operadora, após a fusão com NET e Embratel, terá novo posicionamento. “Entendemos que a tecnologia vem para ajudar na produtividade, serve para entreter e para aumentar o conhecimento. E a internet proporciona tudo isso. Com toda a tecnologia disponível na mão – a internet 4G mais rápida, o telefone que conecta ao mundo e a TV que tem tudo – é o usuário quem faz suas escolhas. Estamos dando um portfólio completo de telecomunicações”, garante. Repetto aposta que a boa experiência com a internet móvel é capaz de contribuir para o crescimento da banda larga fixa, o que também ofereceremos a partir da fusão. “Nossa estratégia é suprir todas as necessidades de nossos clientes em telecomunicações. E, além disso, é uma grande facilidade centralizar as contas e o lugar para resolver problemas”, destaca.
marCos nagElsTEin/JC
x Repetto diz que a busca é pelo melhor serviço
TIM aposta em infraestrutura para crescer marCos nagElsTEin/JC
x Krieger cita a criação do Controle Whatsapp como uma das inovações da empresa
sexta-feira, 27/02/2015
O perfil de consumo de serviços de telecomunicações muda rapidamente e exige redes cada vez mais robustas. “A forte migração de voz para o consumo de dados, aliada ao desafio da mobilidade, tem sido determinantes na estratégia de ampliação de infraestrutura e melhoria da qualidade de atendimento”, afirma Christian Krieger, diretor da TIM no Rio Grande do Sul. “Queremos ser protagonista desse movimento e acreditamos que o mercado brasileiro de telecomunicações apresenta enormes oportunidades para o aumento da utilização e receita provenientes do uso de serviços e plataformas de dados e acesso à internet, em particular por meio dos acessos móveis”, diz. Prova disto é a inédita parceria da TIM com o aplicativo Whatsapp. “Inovamos com a criação do Controle Whatsapp, onde o cliente navega no aplicativo sem consumir seu pacote de internet. Sucesso total entre os consumidores”, comemora. Atualmente, os usuários de dados da operadora já representam 43% do total da base, que hoje ultrapassa 74,2 milhões de clientes no País. Com market share de 26,91%, a TIM segue na vice-liderança do mercado brasileiro e mantém-se líder no segmento pré-pago, com 62,4 milhões de usuários.
No triênio 2014-2016, estão previstos R$ 11 bilhões de investimento da TIM no Brasil, sendo 90% em infraestrutura. “Seguiremos investindo valores expressivos no Brasil, com foco no desenvolvimento e melhoria de infraestrutura e serviços para atender à demanda crescente dos consumidores, tendo a inovação, a qualidade e a transparência como pilares da sua atuação”, diz. A modernização de rede prevê não apenas a expansão da fibra, mas também a sua integração com o 4G. A operadora garante boa posição no futuro da banda larga móvel. Em setembro de 2014, adquiriu o bloco 2 no leilão da faixa de 700 MHz para o 4G, em um investimento total de aproximadamente R$ 2,9 bilhões. “A frequência de 700 MHz será uma grande oportunidade de modernização digital para o Brasil, impulsionando o desenvolvimento da banda larga móvel e a massificação da TV digital”, explica. Atualmente, a base de assinantes de 4G ultrapassa 1,1 milhão de clientes. Em 2015, o 4G chegará a várias cidades gaúchas, e, até 2016, a operadora levará a tecnologia para mais 259 cidades com um investimento em torno de R$ 1,5 bilhão no desenvolvimento da tecnologia no País. Caderno Especial do Jornal do Comércio
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Vivo foca na expansão do 4G e em serviços mobile marCos nagElsTEin/JC
negócios estão alinhados com a estratégia da empresa de se tornar uma telco digital A tecnologia de quarta geração oferece ao cliente uma experiência de uso totalmente diferenciada no acesso à internet pela rede móvel. De acordo com Clenir Wengenowicz, diretora da Regional Sul da Vivo, o desempenho do 4G pode ser até 10 vezes superior quando comparado ao 3G, e o usuário tem acesso ultrarrápido a vídeos, streaming de música e a jogos, entre outros serviços on-line ou na nuvem. A Vivo é líder na oferta dessa tecnologia. “Em junho de 2013, ativamos a rede 4G em Porto Alegre, que atualmente está presente em 14 municípios”, diz. Clenir afirma que, no Brasil, a Telefônica Vivo é a maior empresa de telecomunicações, com mais de 95,5 milhões de clientes, sendo mais de 80,2 milhões na operação móvel, na qual detém a maior participação (28,6%). “A Vivo está presente em mais de 3,7 mil cidades, mais de 3,1 mil delas com acesso à rede 3G e 140 cobertas com 4G, atingindo 77 milhões de pessoas”, detalha. O Brasil, onde atua desde 1998, é a maior operação mundial da Telefônica em número de clientes, presente em 21 países ao redor do mundo. O investimento forte em infraestrutura possibilita que a empresa continue crescendo e qualificando o atendimento das demandas dos clientes. No Rio Grande do Sul, em 2014, foram implanta-
x Clenir diz que é preciso criar soluções que beneficiem o trabalho, o estudo e o lazer das pessoas
das 181 novas Estações Rádio Base − estação fixa usada para radiocomunicação com estações móveis − e 500 tiveram ampliação de capacidade da rede 3G. “A expansão seguirá no próximo ano. A população precisa, cada vez mais, do tráfego de dados, especialmente através de dispositivos móveis. Os brasileiros continuarão se conectando, se comunicando e fazendo negócios”, afirma Clenir. Além de conectividade, a Vivo investe nos Serviços de Valor Agregado (SVAs). “Eles vêm aumentando receitas enquanto oferecem um fantástico leque de opções de atividades via celular”, constata Clenir. A empresa já contabiliza 42,8 milhões de clientes que utilizam pelo menos um dos 68 SVA disponíveis – relacionados à educação,
saúde, finanças, seguros e segurança on-line –, o que corresponde a 53,6% dos 80 milhões de clientes móveis da Vivo no Brasil. Os conteúdos são disponibilizados por multiplataforma, que inclui SMS, site móvel, portal web, voz e aplicativo, e podem ser acessados a qualquer hora e de qualquer lugar. Esse segmento de negócio está alinhado com a estratégia da Vivo de se transformar em uma telco digital – empresa de telecomunicações que oferece serviços amplos em áreas diversas, como saúde, tecnologia e entretenimento. “Desde já, é preciso agregar valor, criar soluções que tragam benefícios ao dia a dia de trabalho, estudo, lazer e convivência, o que deixa a empresa cada vez mais presente na vida dos clientes”, diz.
NET oferece soluções completas e integradas nET/diVulgação/JC
x Para Dall’Agno, o portal de conteúdo Now tem mostrado retornos muito positivos por parte dos clientes
Caderno Especial do Jornal do Comércio
A convergência parece ser a palavra do futuro. A NET, maior operadora de serviços convergentes via cabo da América Latina e uma das 10 maiores do mundo, aposta na tendência das soluções completas e integradas e oferece TV por assinatura, banda larga, vídeo sob demanda na TV e em dispositivos móveis, além de telefonia fixa e celular. A unificação das empresas NET, Claro e Embratel potencializa a diversificação e a qualificação dos serviços, além de proporcionar comodidade aos clientes, com tudo em um único atendimento e em uma só fatura. “A NET é líder em TV por assinatura e banda larga no Brasil, com mais de 8,5 milhões de domicílios conectados. Também lidera o crescimento da telefonia fixa, sendo a operadora que mais recebe números portados”, comenta Eduardo Dall’Agno, diretor da NET Serviços Regional Sul. De acordo com o executivo, apesar de o mercado e a economia terem crescido menos no ano passado, a empresa teve crescimento acelerado e sustentado. “O mais importante é que, pelos indicadores
de qualidade de TV por assinatura e banda larga, divulgados pela Anatel, a NET obteve posição de destaque positivo no setor ao longo de todo ano” Em 2014, o acesso mobile ao NET Now − portal de conteúdo que possui um acervo de filmes, séries e documentários dos canais oferecidos pela operadora − marcou um passo na evolução da TV, que agora permite ao cliente escolher e assistir ao seu programa favorito quando quiser e onde estiver. “São 350 milhões de acesso por ano em um catálogo de mais de 20 mil títulos. O acervo inclui conteúdos gratuitos exclusivos, como programas dos canais disponíveis no pacote de TV contratado, e os mais recentes lançamentos do cinema para alugar pelo controle remoto quando quiser”, detalha. “A experiência integrada trazida pelo aplicativo NET Now tem revelado retornos muito positivos por parte dos clientes, que agora estão conhecendo um novo jeito de assistir TV”, avalia. Para 2015, a estratégia da NET é continuar crescendo e democratizando o acesso aos serviços oferecidos. sexta-feira, 27/02/2015
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Sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
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