Fevereiro e Março de 2014 - no 19 - Distribuição Gratuita
Carlinhos Nogueira: Missão cumprida Álvaro Henrique: Violão guaraense João Maciel:
de pioneiro a administrador
Forte,
mas sem perder a ternura
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Revista do Guarรก
Edição Alcir de Souza (DRT 767/DF) Reportagem: Rafael Souza (DRT 10260/DF) Endereço: EQ 31/33 Ed. Consei, salas 113/114 - Guará II Fone: 3381.4181 Fax: 3381.1614 E-mail: contato@jornaldoguara.com Site: jornaldoguara.com Facebook: facebook.com/jornaldoguara Impressão: Gráfica Ideal
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promete ser um ano intenso para o guaraense. Além de vivermos a Copa do Mundo, ainda teremos uma imprevisível eleição. Com a saída de cena de grandes caciques eleitorais, o guaraense terá uma gama muito maior de candidatos para escolher, pelo menos na disputa para a Câmara Legislativa. Nesse momento, não nos arriscamos a dizer que conseguiremos eleger um representante da cidade, mas temos a certeza que muitos tentarão ser a voz uníssona dos cidadãos do Guará. Como sempre fizemos, mostraremos ao longo do ano os candidatos que tem militância na cidade, para que possamos manter a tradição de sempre ter ao menos um representante no legislativo local. Mas, esse é assunto para depois do carnaval. Nesta edição mostramos mais um pouco de quem faz o Guará ser o que é. Aos poucos, mês a mês, fazemos o registro da cidade de seu ângulo mais subjetivo. É difícil para os protagonistas entenderem o seu papel na história enquanto a vivem. Queremos apenas, que você, leitor, entenda melhor nosso presente. Boa leitura,
Circulação: Bancas de revistas, comércio, órgãos públicos, consultórios médicos e odontológicos, restaurantes, portarias de edifícios comerciais, lideranças comunitárias e empresariais, autoridades que moram ou interessam ao Guará, Câmara Legislativa, bancada do DF no Congresso Nacional e na Região Administrativa do Guará.
Alcir de Souza Editor Uma entrevista sobre os últimos meses de Carlinhos Nogueira como administrador
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Os jardins dos guaraenses são tema da coluna Joel Alves
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O perfil da Major Fabiana, comandante dos bombeiros do Guará
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José Tarcizio, o cabeleiro que embeleza a cidade há três gerações
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POUCAS&BOAS
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Estádio Finalmente o estádio do Cave será reformado. Previsto anteriormente para a Copa do Mundo, como centro de treinamento, a obra passou por vários desafios para ser liberada. O Guará receberá um estádio em condições de uso graças a dois cidadãos daqui: Cláudio Monteiro, Secretário da Copa, e o administrador Carlinhos Nogueira.
Jorge Martins
Fim da era Viplan A partir do dia 22 de fevereiro, terminou a era da Viplan, que serviu aos usuários do DF, especialmente os do Guará, por mais 40 anos. Todas as linhas da cidade, operadas pela empresa da família Canhedo, foram substituidas pela empresa Marechal. Independente das várias opiniões dos usuários sobre a qualidade do serviço oferecido, a Viplan cumpriu o seu papel e teve participação em quase toda a história da nossa cidade, que tem 45 anos.
É a nova Delegacia? Não será mais este a construção do novo prédio que vai abrigar a 4ª Delegacia de Polícia do Guará. O terreno está há oito destinado no Polo de Moda, inclusive com placa de identificação. O projeto está pronto desde o ano passado, mas falta vontade política do governo para iniciar a obra, porque recursos financeiros também existem no caixa do GDF. Cansado de esperar por uma definiação, o delegado Rodrigo Larizzati está promovendo uma reforma no velho e inadequado prédio da 4ª DP na EQ 25/26.
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O novo estádio do Guará deve ser renomeado. Com tantos estádios batizados em homenagem a políticos (a maioria ainda vivos), o do Guará deveria receber o nome de um jornalista esportivo que militou ativamente na área esportiva do Distrito Federal. Jorge Martins foi um dos maiores defensores do esporte brasiliense, foi ex-presidente da Associação Brasiliense de Cronistas Desportivos , um amigo e ex-colunista deste jornal. Frequentou muito o estádio do Cave e merece ter seu nome na entrada.
Emendas e emendas Há dois anos, o Clube dos Amigos tenta viabilizar um projeto para atendimento de 150 crianças carentes com atividades esportivas e culturas no Guará, inclusive com o apoio do deputado federal Popó. No ano passado, uma emenda parlamentar do deputado distrital Welligton Luiz (PMDB), de apenas R$ 110 mil, foi destinada para o projeto, mas a execução esbarrou na burocracia e na falta de vontade política da Administração do Guará. O tratamento, entretanto, não foi o mesmo dispensado a outras emendas parlamentares destinadas a eventos esportivos e culturais na cidade. Enquanto a emenda do projeto do Clube dos Amigos atenderia um projeto permanente e não foi autorizada, uma outra, de R$ 150 mil, para um baile de aniversário de um clube amador recebe prioridade da Administração todos os anos. Foi executada também emenda para um torneio de futevôlei, de apenas um dia, no valor de R$ 150 mil. Relevância do projeto não é prioridade para a Administração do Guará para a execução das emendas.
Não é candidata A administradora da Região da Estrutural, a guaraense Socorro Torquato, definitivamente não será candidata a deputada distrital, como se especulava. A garantia é do marido dela, o deputado federal Roberto Policarpo.
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Cartel dos combustíveis O preço dos combustíveis nos cinco postos do Guará são rigorosamente iguais. Afinal, são controlados por apenas três grupos.
Bandalha no Guará A página Reclama Guará, do Facebook publicou fotos encaminhadas por seus leitores/internautas, de flagrantes de abusos praticados por motoristas na cidade. Os abusos acontecem principalmente nos finais de semana, quando praticamente não há giscalização. Tem cara de pau que chega a estacionar na faixa destinada a locomação de deficientes.
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Instituto Kaizen Beleza completa das cabeças aos pés
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a visão empresarial de Manoel Branco, aliada ao sonho profissional da mulher Célia Barbosa, surgiu o mais completo instituto de beleza do Guará. Proprietário de uma factoring e de uma imobiliária, Branco viu no crescimento socioeconômico do guaraense, especialmente no que está ocupando os novos condomínios na orla do Guará II, a oportunidade de montar um negócio para a esposa Célia, que já vinha dando sinais de que era esse o seu caminho profissional,
através da realização de cursos na área da beleza feminina, mas ainda informalmente. Surgiu daí a ideia de criar um completo instituto de beleza, para aproveitar esse nicho da cidade. E chegou como presente de aniManoel Branco e Celia: Experiência e afinidade versário de Célia, no dia 9 de novembro de 2013. mara dos Deputados. “Montei tudo sem que ela soubesse e A qualidade do serviço não foi pena entreguei no próprio dia”, conta sado apenas para as modernas instaBranco. lações. De acordo com Célia, os 12 O Instituto Kaizen, palavra japonesa profissionais foram criteriosamente que significa “melhoria constante e selecionados, como é o caso do cabegradual”, não é apenas um salão de leireiro Erik de la Vega, com passagens cabeleireiro, mas um centro de esté- por salões do Plano Piloto e do Lago tica avançado com serviços de cabelo, Sul, e a podóloga Francisca Franco, unha e pé, depilação, maquiagem, es- uma das mais conceituadas no ramo tética facial (tratamento de manchas, no Distrito Federal. rugas, olheiras) e corporal (massagens relaxantes e terapêuticas) e até podologia (unhas escravadas, calos, rachaduras, bolhas). “A nossa proposta é oferecer um lugar QE 40 Rua 3 lote 7 agradável, em que a cliente (homem Polo de Moda também) possa sair bem melhor do que entrou, inclusive na autoestima”, afirma Manoel Branco, que ajuda a www.kaizenbrasilia.com.br mulher no início do negócio depois de aposentar-se como servidor da Câ-
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O Cabeleireiro Erik de La Vega é um dos mais conceituados no DF
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Major Fabiana Elegância entre os fortes
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izer que a mulher cada vez mais ganha espaço no mercado de trabalho virou lugar comum, porque é uma realidade que não surpreende mais ninguém. O que ainda pode causar surpresa, não pela capacidade delas, é a mulher ocupar determinadas funções que até há pouco tempo eram privilégio dos homens. E a major Fabiana Santos de Oliveira quebrou um desses paradigmas, ao tornar-se a primeira comandante de uma unidade do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal. E o que mais valoriza o feito é que foi em 2010, quando ela tinha apenas 35 anos de idade, nomeada comandante do Corpo de Bombeiros da Candangolândia. Um ano depois, aos 36, comandou a unidade do Lago Sul. Desde o ano passado, essa potiguar de Natal, hoje com 38 anos, comanda a unidade do Corpo de Bombeiros do Guará e é responsável por parte da segurança pública de cerca de 130 mil habitantes e de mais de cinco mil empresas. Sob seu comando estão 98 bombeiros, sendo 11 mulheres. Major Fabiana foge em parte do estereótipo da mulher que ocupa funções consideradas mais pesadas ou mais ligadas ao universo masculino conservador. A farda laranja e o coturno não conseguem esconder uma mulher vaidosa, que faz questão de trabalhar bem maquiada. A entrada dela na corporação foi por um acaso e não uma vocação, mas transformada numa paixão. Depois de trabalhar como recepcionista de hotel em Natal, ela resolveu tentar melhorar de vida em Brasília, para onde já tinham vindo amigos e familiares. Sem ainda imaginar o que poderia fazer, a primeira oportunidade que surgiu ela agarrou. E era um concurso para o Corpo de Bombeiro. Nem imaginou o que poderia enfrentar, porque o importante era conseguir uma atividade estável. Tinha apenas 19 anos. Apenas um ano depois de entrar como soldado, Fabiana concorreu a uma das cinco vagas para oficial do CBDF e ficou em segundo lugar. A partir daí, foi ocupando funções importantes na corporação, sempre com muito profissionalismo e dedicação, o que lhe valeu o convite para assumir o comando da unidade da Candagolân-
Fabiana comanda o 13o Grupamento de Bombeiro Militar, no Guará I, que além de prestar os serviços em casos de emergência, também recebe projetos sociais e esportivos em sua quadra dia. Quando perguntada sobre a escolha da profissão, os olhos da major Fabiana brilham junto com a resposta. "Sou apaixonada pela profissão de bombeira e motivada como se tivesse acabado de chegar. Faço o meu trabalho com muito orgulho. E me sinto privilegiada por ser um exemplo para as muitas outras mulheres, principalmente as colegas do Corpo de Bombeiros, por ter chegado onde cheguei". Fácil ser comandante de uma instituição tão importante da segurança pública ela admite que não é. "As minhas dificuldades não são as mesmas dos homens, por não ter a força física deles. E o meu desafio é provar que posso exercer a função de tamanha responsabilidade sem ter que ficar comparando a capacidade entre homem e mulher". Ao contrário, o fato de ser mulher, até ajuda, segundo a comandante. "A mulher é mais organizada, mais criteriosa, mais detalhista e mais humana, o que ajuda na hora de tomar determi-
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nadas decisões internas ou no atendimento a um sinistro", garante. Solteira, mãe de uma adolescente de 13 anos e moradora de Vicente Pires, major Fabiana gosta de viajar, correr e ficar em casa com a filha. Mas, mesmo nos momentos de folga, tem que estar disponível 24 horas para qualquer emergência que requeira sua participação. "Tenho que ficar atenta ao que acontece no quartel e na região e quando ocorre um sinistro maior ou algum problema interno tenho que ser acionada. Faz parte da função de comandante", explica. Entre seus 86 colegas masculinos da unidade do Guará, Fabiana diz que é muito respeitada, porque se considera exigente mas sem tem perder a ternura. "Tem que haver um meio termo. Não adianta querer se impor apenas dando ordens, porque todos são profissionais dedicados e qualquer ser humano gosta de ser bem tratado. Fica tudo muito mais fácil", ensina a mulher que é um exemplo para o universo feminino. fevereiro e março de 2014
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gentequeFAZ Diferente da maioria dos presidentes da cooperativas habitacionais, que buscam ganhos pessoais e políticos, TEREZA DIAS é uma lutadora apenas pela causa. Sua principal luta é pela destinação da área da Cidade do Servidor somente para as cooperativas habitacionais.
O McBené começou com uma simples lanchonete ao lado da Feira do Guará, mas logo se transformou em restaurante e ponto de encontro político, graças à habilidade do proprietário BENEDITO PEREIRA DA SILVA, que é também o presidente do Sindicato dos Quiosques do DF.
Deputado federal e secretário Especial do Idoso do GDF, Ricardo Quirino, morador do Guará há muito tempo, é um dos líderes do movimento evangélico do Distrito Federal. Pertence à Igreja Universal do Reino de Deus, onde é pastor.
Eleita a melhor jogadora de vôlei do mundo em 2005 e em 2008, a guaraense PAULA PEQUENO voltou à terra natal para criar o time do Vôlei Brasília, de quem é a principal estrela. Paula morou no Guará até os 15 anos, na QE 26, onde continua morando sua mãe.
A guaraense ONÃ SILVA é uma das mais elogiadas escritoras do Distrito Federal. É, também, uma das que mais produz - média de um livro por ano. Já ganhou vários prêmios literários aqui e em outras regiões. Enfermeira de profissão, ministra palestra nas áreas de saúde e de literatura
Presidente da Associação Polo de Moda, que congrega cerca de 80 confecções do segmento no Guará, NÁGELA MARIA GONÇAVES DOS SANTOS é uma incansável lutadora pela regularização da quadra. Sua mais recente é contra a instalação de um quiosque na Praça da Moda.
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Missão cumprida Prestes a entregar o cargo de administrador, para concorrer ao mandato de deputado distrital, Carlinhos Nogueira, explica pontos polêmicos e faz uma avaliação de sua gestão até agora. Revista do Guará - O que o morador pode esperar para 2014? Carlos Nogueira – Começamos o ano muito bem. O Fórum do Guará foi inaugurado e vai movimentar a economia da cidade, com a geração de empregos, o GDF publicou decreto para a reforma do estádio de futebol do Cave, o Guará vai ganhar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e a Administração continua investindo em obras de infraestrutura. Quais, por exemplo? A ampliação do sistema de iluminação está garantida e vamos realizar uma tomada de preços para a instalação de 20 novos parques infantis em diversos pontos da cidade. Está em execução a segunda fase do asfalto novo, vai recuperar a via central do Guará II. Sobre a UPA, já foi definido o local? Seráconstruída no setor do Jockey, às margens da EPTG, próximo ao Terminal de Cargas. É uma área de fácil acesso e o GDF vai investir R$ 9 milhões para a con-
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strução do prédio. Não teria outro local dentro do Guará? Nós consultamos a Terracap sobre outros terrenos, mas existem problemas judiciais. O local escolhido é bem localizado e o terreno atende às necessidades da UPA. Somente de área construída ela terá 2,4 mil m² em um espaço total de 6 mil m². Quando vai começar a obra? O quanto antes. O dinheiro está disponível e o projeto está pronto. Falta a Terracap liberar o terreno para que a Secretaria de Saúde autorize a empresa contratada a preparar o terreno. Como vai ser essa UPA? Segundo a dra. Cristiane (Cristiane de Aguiar, coordenadora das UPAs do DF), a UPA terá condições de atender até 450 pacientes, com 20 leitos para observação pré-hospitalar. As especialidades básicas que serão oferecidas são pediatria, clínica médica e odontologia. E a reforma do estádio do Cave? O GDF teve de encontrar uma solução jurídica para a reforma do estádio, já que a LUOS não foi votada e as regiões administrativas estão sem uma legislação urbanística específica para tratar dessa e de outras questões relacionadas ao uso e ocupação do solo. Até que tudo fosse resolvido o projeto da reforma acabou atrasando, mas agora está tudo certo com o decreto baixado pelo governador Agnelo. Como vai ser a reforma? Serão construídos novos vestiários, o gramado trocado, a iluminação reforçada, o setor de imprensa modernizado e as arquibancadas, depois de recuperadas, ganharão assentos. Se a reforma for concluída a tempo, o estádio servirá de apoio para as seleções que vierem disputar a Copa em Brasília. De qualquer forma, o legado para o Guará será enorme, já que teremos um espaço de qualidade para a realização de grandes eventos
esportivos. Quais são as obras em andamento na cidade? A implantação de piso tátil nas calçadas é uma delas. Ele está sendo colocado em locais de grande circulação e vai trazer uma melhoria na qualidade de vida das pessoas com deficiência. A ampliação do sistema de iluminação continua firme e, com o apoio da CEB, estamos colocando novos postes de luz em diversos pontos da cidade. Algumas faixas de aceleração/desaceleração estão sendo construídas para melhorar o fluxo do trânsito na cidade e novos pecs serão entregues em breve. Não tem pec demais na cidade? Acho que não. Temos uma população estimada em 175 mil habitantes. Se 30% desse universo frequentassem os pecs eles seriam insuficientes. A verdade é que a Administração continua recebendo pedidos para a instalação dessas academias de ginástica na cidade. A Regional, inclusive, por meio da Novacap, está instalando
Temos uma população estimada em 175 mil habitantes. Se 30% desse universo frequentassem os Pecs eles seriam insuficientes. mais dez até o final de março. É a mesma situação dos campos de futebol de grama sintética? O campo de futebol requer um espaço maior e depende para sua instalação de emenda orçamentária de parlamentares. Até o momento não chegou nenhuma indicação, mas os dez existentes estão suprindo as necessidades dos jogadores. Nós recebemos uma reclamação de uma moradora do Guará I. Ela questiona o fato dos jogos no campo sintético próximo de sua casa irem até altas horas da noite, inclusive de madrugada, com palavrões
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e outros problemas. A Administração pode fazer alguma? O que podemos fazer é conversar com a CEB e solicitar para que a iluminação seja desligada automaticamente a partir de determinada hora e que a lei do silêncio seja respeitada, a exemplo do que nos fizemos outros campos. Porém, os últimos três ainda não foram instalados, mas vamos fazê-lo. Alguma novidade sobre a retirada das pedras portuguesas do calçadão? Estamos correndo atrás. Em uma reunião com o secretário de Planejamento, Paulo Antenor de Oliveira, para tratar de novos investimentos para o Guará na área de infraestrutura, aproveitamos a oportunidade para tratar do calçadão.Os recursos existem de uma emenda orçamentária e é preciso que eles sejam liberados para que a obra seja iniciada. O secretário pediu aos técnicos que participavam da reunião que dessem prioridade ao assunto. Estamos aguardando. Outra reclamação recorrente é a falta de estacionamentos no Guará. Como a Administração tem lidado com o problema? Se dependesse só da Administração a questão estaria resolvida. Nós sabemos quais setores estão mais necessitados de estacionamentos, como o Polo de Moda e o Setor de Oficinas. Dependemos, no entanto, de outros órgãos do GDF, como Novacap, Detran, Coordenadoria das Cidades, Agefis. Estamos informados que a Novacap depende da liberação de recursos para que comece a construção de sete novos estacionamentos na cidade e para a abertura de novas galerias de águas pluviais. Começou a coleta seletiva em todo o Distrito Federal. O sr tem alguma informação de como estão as coisas aqui no Guará? A Administração tem ajudado o SLU a divulgar os horários e os dias que o caminhão da coleta seletiva passa aqui na cidade. Os moradores estão preparafevereiro e março de 2014
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novidade? No começo pode até ter uma confusão com relação aos dias e horários da coleta, mas com o tempo as coisas vão se ajustando. O governador Agnelo disse que a conscientização da população sobre a coleta seletiva é fundamental nesse processo e que a meta do Governo é reciclar 15% do lixo seco recolhido no período de um ano, após a implantação do novo sistema. Quais são os maiores desafios? O morador precisa entender que os caminhões da coleta seletiva recolherão somente o lixo seco, que é papel, papelão, plástico, vidro e alumínio, nos dias e horários estabelecidos para este tipo de coleta. Já os caminhões da coleta convencional, responsáveis por retirar o lixo orgânico, continuarão cumprindo a escala e o itinerário que já fazem normalmente.
até a chegada do caminhão.O SLU recomenda cuidado ao descartar os vidros. A orientação é embalar o material em papelão ou jornal, para facilitar o manuseio e evitar acidentes. Quanto ao lixo orgânico ele joga fora como já vinha fazendo anteriormente.
Qual seria então o trabalho do morador? É separar o lixo seco do orgânico e ficar atento aos horários e os dias que o caminhão da coleta seletiva vai passar. Se for o caso ele guarda o lixo seco
Para que dê certo a participação do morador é fundamental. Todos nós precisamos entender que a coleta seletiva representa um avanço muito grande para melhorar a qualidade de vida do morador e a
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preservação do meio ambiente de nossa cidade. Sem contar com o fechamento do lixão da Estrutural.
É verdade. O fechamento do lixão é necessário. O GDF está construindo o primeiro aterro sanitário do DF e os centros de triagem, o que vai trazer um ganho de qualidade para muita gente.Todos nós temos de ter essa consciência. Todo mundo participando a coleta seletiva vai ser um sucesso e o DF passará a ser referência nacional.
Projeção debate o Brasil: Pré-candidato à presidência pelo Psol, senador Randolfe Rodrigues fala para acadêmicos na Fapro-Taguatinga no dia 24
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projeto “O Projeção Debate o Brasil”, uma realização conjunta do SuperNEX - o renovado Núcleo de Extensão das Faculdades Projeção – e da Escola de Ciências Jurídicas e Sociais, traz seu primeiro palestrante para falar aos acadêmicos das Faculdades Projeção no próximo dia 24 de março. Na data, o senador Randolfe Rodrigues, pré-candidato escolhido pelo PSOL para disputar a Presidência da República nas eleições deste ano, vai falar sobre “Reforma Política” e “Mobilizações Sociais” em palestra que será ministrada no auditório da unidade Taguatinga. Senador da República mais jovem do Brsdil e mais votado da história do estado do Amapá, Randolfe é considerado um dos mais atuantes do Congresso Nacional. O NEX deve anunciar nos próximos dias a abertura de inscrições online para o evento. O projeto “O Projeção Debate o Brasil” pretende trazer às Faculdades Projeção os principais nomes da sucessão presidencial. Os contatos já foram estabelecidos também para a vinda dos senadores Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) e da presidente Dilma Rousseff (PT). A expectativa da organização é de que o clima de ano eleitoral leve à lotação do auditório do complexo educacional de Taguatinga, palco das palestras com os pré-candidatos.
Randolfe será o primeiro a falar em ciclo de palestras com presidenciáveis
Fapro anuncia oferta de mestrado e doutorado Cursos de Direito e Filosofia serão ofertados em parceria com a Unisinos Pouca gente imaginava que o excelente momento vivido pelas Faculdades Projeção - com a confirmação oficial, pelo Ministério da Educação, de que a instituição é a melhor, entre as particulares, do Distrito Federal (IGC 4; índice geral de cursos) - poderia ficar ainda melhor. E ficou. O Grupo Projeção acaba de dar o “passo
adiante” e anunciou ontem - sexta,14 - a oferta histórica de seu primeiro programa de Mestrado e Doutorado (Minter e Dinter) nas áreas de Direito e Filosofia. A oferta será fetia em parceria com a Universidade Vale dos Sinos (UNISINOS), instituição gaúcha com sede em São Leopoldo (RS). O programa de Mestrado e Doutorado
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PROJEÇÃO-Unisinos será oferecido primeiramente para professores e colaboradores. São 25 vagas para MESTRADO EM DIREITO; 25 vagas para MESTRADO EM FILOSOFIA; e 15 vagas para DOUTORADO EM FILOSOFIA. Por se tratar de um programa multidisciplinar, pode ser cursado por profissionais de todas as áreas. fevereiro e março de 2014
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PANORAMA Campeonato da QE 38 começa dia 28 Começa no próximo dia 28 de março, sexta-feira, o Campeonato de Futebol Amador da QE 38. Até o momento 16 equipes estão confirmadas, restando ainda quatro vagas a serem preenchidas. O gerente de Esportes e Lazer da Administração, Edgar Fernandes, informa que no dia 18 de março estarão disponíveis o regulamento e a tabela do campeonato, que é organizado também pela Associa-
ção Desportiva do Guará (ADG). Compareceram no congresso técnico do campeonato, que definiu os últimos detalhes da competição, os representantes das equipes do Parma, KLP, Arsenal, Fluxo, Esportivo, Galácticos, Brasil, Real, Treze, Gita, Pereba, Cefec e Portuguesa. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones 85829147- 82422082 ou 92954449.
Guará Basquete quer mais Representante do Guará no campeonato profissional de basquete do Distrito Federal quer mais da cidade que ser apenas sua sede. O time quer formar aqui os novos jogadores profissionais de basquete, além de oferecer uma atividade esportiva para os jovens guaraenses. Os jogadores e diretores do Guará Basquete iniciaram a sua própria escolinha, na quadra da QI 2, atrás do Pão de Açúcar do Guará I, e no 4º Batalhão de Polícia Militar no Guará I. As aulas são gratuitas, o time pede apenas a doação de 5 quilos de alimentos não perecíveis na matrícula. As turmas são divididas por idade. Crianças de 9 a 12 anos treinam às terças e quintas, e os de 13 e 14 anos às quartas e sextas. As aulas acontecem no 4º BPM ás 9h30 ou às 15h30, com uma hora de duração. Os jovens de 15 e 17 anos treinam na quadra da QI 2 às segundas, quartas e sextas, às 17h, em aulas com 1h30 de duração. Os adultos treinam depois, das 20h30 às 22h. Quem quiser participar basta comparecer ao local dos treinos e fazer a matrícula. Para quem tem intimidade com a bola laranja, haverá seleção para o time profissional do Guará Basquete após o carnaval, em preparação para o campeonato brasiliense da modalidade.
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José Neife é reeleito na Feconseg Guaraense assume federação dos conselhos comunitários de segurança pela 3ª vez Numa cerimônia que contou com a presença inclusive do secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, no Clube dos Amigos, nesta quinta-feira, o guaraense José Neife de Alcântara foi empossado pela terceira vez consecutiva na presidência da Federação dos Conselhos Comunitários do Distrito Federal. Prestigiada também por representantes da maioria dos 34 Consegs do DF, o evento teve como principal assunto a crise da segurança no Distrito Federal. José Neife fez um balanço da atuação dos conselhos comunitários e garantiu que o reconhecimento da população é cada vez maior, “embora ainda não seja o ideal”.
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Convidado de honra, o secretário Sandro Avelar enalteceu a importância dos conselhos e prometeu aumentar a estrutura desses órgãos para melhorar o atendimentos à comunidade. “Cada conselho terá sua sede. Onde não for possível ocupar um espaço em prédio do governo, ele será instalado num dos postos de segurança comunitária, que estão praticamente desativados”. Sandro Avelar recebeu a solidariedade dos representantes dos Consegs contra os críticos que culpam o secretário pela crise na segurança pública do DF, provocada pela insatisfação dos policiais militares.
Upa do Guará O dinheiro está disponível e o projeto pronto Teoricamente faltaria o mais fácil para a implantação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Guará/Estrutural, que é a definição do local exato da construção, prevista para as proximidades do Jockey Club. Mas, entraves jurídicos e burocráticos podem atrasar a obra, porque os órgãos envolvidos estão encontrando dificuldades para a liberação da área. Duas liminares impetradas por posseiros impedem a ocupação de grande parte do terreno do Jockey e falta a Terracap demarcar o que está liberado. Nesta quarta-feira, 5 de fevereiro, a coordenadora regional de Saúde do Guará, Maroa Santiago, acompanhada da coordenadora das UPAS do DF, Cristiane de Aguiar, e o administrador do Guará, Carlos Nogueira, visitaram algumas áreas na região prevista. Inicialmente, o local proposto seria ao lado da Via Estrutural, nas proximidades do Setor Terminal de Cargas, mas o administrador Carlinhos Nogueira e Maroa Santiago não concordaram porque o local não atenderia a população do Guará além de dificultar o acesso de quem fosse encaminhado na triagem do Hospital Regional do Guará. A unidade está sendo implantada para atender as regiões de Vicente Pires, Águas Claras, SCIA-Estrutural, SIA, Guará I e II e Lúcio Costa. O local a ser definido deverá ter 6 mil m². Só de área construída serão 2,4 mil m². Além disso, deverá ter acesso fácil
para a população. Cristiane Aguiar afirma que a visita técnica é essencial para discutir a melhor localização que irá atender a população. “O objetivo hoje é rever questões técnicas externas pertinentes à localização e área adequada. Já temos a verba o que precisa ser definido o quanto antes é um local”, declarou.
Encaminhamento Nas unidades, os pacientes são avaliados de acordo com a classificação de risco, podendo ser liberados ou permanecer em observação por até 24 horas, ou se necessário, serão removidos para um hospital de referência. As quatro Unidades de Pronto Atendimento (UPA) do
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Administrador Carlinhos Nogueira e representantes da Secretaria de Saúde: local definido Distrito Federal fecharam o ano de 2013 com mais de 525 mil atendimentos. Por dia, 1.607 pacientes, em média, receberam assistência médica nas unidades do Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Samambaia e São Sebastião. A Secretaria de Saúde (SES/DF) prevê a construção de mais sete unidades em 2014. O projeto UPA 24h integra, além dos hospitais, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU/192), que organiza o fluxo de atendimento e encaminha o paciente ao serviço de saúde adequado à situação. Segundo Maroa Santiago, a emergência do Hospital Regional do Guará é sobrecarregada porque não comporta a população que busca o atendimento. “A UPA-Estrutural vai melhorar o fluxo da emergência. O DF cresceu e o nosso hospital continua do mesmo tamanho. Esse serviço é essencial para desafogar o pronto-socorro. Em paralelo, a cada dia estamos melhorando a nossa atenção básica como, por exemplo, na ampliação do programa Saúde da Família”, afirmou. As unidades fazem parte da Política Nacional de Atenção às Urgências e foi criada em 2002, para prestar atendimento de média complexidade, como vítimas de acidentes e problemas cardíacos.
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Pesquisa em domicílios da Estrutural revela que a cidade ainda precisa dos serviços públicos do Guará
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Companhia de Desenvolvimento do Planalto Central, a Codeplan, divulgou em fevereiro o resultado da Pesquisa Distrital de Amostra de Domicílios da Estrutural, cidade que há apenas uma década fazia parte da Região Administrativa do Guará. A Estrutural foi elevada ao status de região administrativa em 2004, pela Lei 3.315, que criou o Setor Complementar de Indústria e Abastecimento, a RA XXV, que abrange ainda a Cidade do Automóvel. Antes, toda a região fazia parte da RA X, o Guará. Hoje, com uma população de 35.801 habitantes, segundo a Codeplan, a Estrutural ainda carece de atendimento básico em saúde, educação, habitação e emprego. Boa parte dos moradores acaba utilizando os serviços públicos do Guará, como o hospital e as escolas, mesmo que consumam muito pouco na cidade. Os números são positivos: em alguns setores a Estrutural começa a alcançar a sua independência completa, em outros ainda sobrecarrega as outras cidades do DF. A progressão dos serviços públicos é natural, já que a cidade tem apenas 10 anos de criação. Segundo a PDAD da Estrutural, em cada um dos 9.071 domicílios, vive em média 3,95 pessoas. Destes, 86,23% são contruções permanente e 13,33% ainda são barracos. Só existem apartamentos de um quartos, ou quitinetes, mas não passam de 0,5% do total de
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domicílios. Dependência do Guará Quando é considerada a migração interna para a Estrutural, ou seja pessoas que saíram de outras cidades do DF para morar na Estrutural, apenas 3,15% da população saíram do Guará, bem atrás dos oriundos da Ceilândia, 33% ou de Taguatinga 14,16%. Mais de metade da população compra alimentos e contrata pequenos serviços da própria Estrutural. Mas quando precisam comprar roupas, calçados, eletrodomésticos, e lazer preferem Taguatinga e Ceilândia. Mesmo com a proximidade geográfica, o Guará não é lembrado pelos moradores da Estrutural na hora de consumir. Em todos os itens pesquisados, como alimentação, roupas, serviços pessoais, e lazer, o Guará não passou dos 2,89% na preferência dos consumidores. O Guará também absorve poucos trabalhadores da Estrutural. Mais de 38% dos trabalhadores são empregados na própria cidade, 15,95% trabalham no Plano Piloto e 8,05% trabalham no Guará, ou seja, cerca de apenas 1 mil pessoas. A situação é bem diferente quando analisamos os serviços públicos utilizados, ainda que os números sejam melhores que os de 2011. Dos 13.264 alunos Estrutural, 6.128 (46,20%) estudam na própria região, já 31,32% se deslocam para frequentar escolas no Guará. O Cruzeiro recebe 1.149
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estudantes, 8,66% enquanto Brasília recebe 8,21%. As escolas do Guará e da Estrutural ainda fazem parte da mesma Coordenação Regional de Ensino. Não faltam vagas para alunos do Guará nas escolas locais, e a oferta de vagas para alunos da Estrutural deve diminuir gradativamente, com a abertura de novas escolas na RA XXV. Na saúde a situação é a mesma. Quase 98% da população da Estrutural utiliza a rede pública de saúde, destes, mais de 76% o fazem no Guará, 19% no Plano Piloto e 3% em Taguatinga Apenas 5% da população declaram ter planos de saúde privados, e a cidade não tem hospital público. Mas, o Posto de Saúde da Estrutural é bem movimentado, já que recebe 93,27% do público da Estrutural, e apenas 5% da população busca atendimento nos Postos de Saúde do Guará. Emancipação Ainda que os números da PDAD elaborada pela Codeplan mostrem uma cidade extremamente dependente do Guará e que acrescenta pouco à economia da RA X, os resultados são muito positivos. Mostram uma evolução significativa da economia e dos serviços públicos da Estrutural desde 2011, época da última pesquisa. No final do ano passado, o GDF finalmente liberou as escrituras de cerca de 9 mil lotes, que passam a ser regularizados. E, ainda em 2014, a cidade fica livre do aterro sanitário, que será transferido para Samambaia.
pioneirosdoGuará “Eu morava na Asa Norte, na 406, e cheguei no Guará em 1976. Dos 45 anos que o Guará está fazendo, tem 38 que estou aqui. Eu vim nomeado para uma divisão de fiscalização que tinha na Administraçãon Regional do Guará, a Divisão Regional de Licenciamento e Fiscalização de Obras. Durante o tempo que eu fiquei lá fui diretor de Fiscalização, diretor de Obras e por último, em 90 e 91, administrador regional do Guará. Fui o segundo morador do bloco T da QI 04, formei condomínio lá. Era solteiro, casei e quando nasceu o segundo filho, mudei para uma casa no Guará II. Há 20 anos moro na QE 30, no Guará II. Eu ainda peguei um restinho de poeira aqui no Guará. As ruas do Guará I, dentro dos conjuntos J, K, L e M, V, X, W e Z que são aquelas casas geminadas de 90 m, não tinham calçamentos, não tinham asfalto, porque a ideia dos urbanistas e arquitetos da época era que quem morava naquelas casas não iria ter carro. Eu já estava na Administração quando aquele calçamento foi feito, fui fiscal daquelas obras. A conseqüência desse calçamento ter sido feito posteriormente é não foi não possível rebaixar o nível daquelas ruas e em muitos casos eram freqüente os alagamentos. Já existia o Guará II, tanto que quando eu vim pra cá a Administração Regional funcionava na QE 24. Os administradores, naquela época, duravam mais tempo, eram nomeados pelo governador. Formei-me em dezembro de 1975 e em abril de 76 eu fui nomeado para a divisão de licenciamento. E coisas que aconteceram aqui como, por exemplo, o antigo Cine Karin, aquela galeria que tem ali na QE 07, não existiam aqueles prédios onde funcionam o BRB, CEF, ali onde tá o Correios era um supermercado. Aquilo tudo foi construído depois que eu vim pra cá. O Habite-se do Cine Karin tem o meu nome, foi inaugurado no dia 5 de maio de 1976.
João Maciel de Oliveira Eu não esperava que virasse o quevirou. Por exemplo, as QIs do Guará II eram prédios de 3 pavimentos, mesmo altura dos prédios do Guará I. Essa mudança para 6 que hoje virou 26. Essa mudança para 6 já foi um baque. As ruas continuaram as mesmas, com exceção da via central do Guará I que não existia do jeito que é hoje. Quando foi inaugurada a iluminação do Guará II eu também já estava aqui. E essa mudança irresponsável que a Câmara Legislativa praticou contra o Guará em 2006, mudando de seis, pra oito, pra 26. Um absurdo que fizeram com o Guará. As casas de zero quarto que eram os terrenos de 120m, com sala, cozinha e banheiro, foram pensadas para solteiros e depois podiam ser ampliadas. Teve gente que abandonou casa, simplesmente não queriam. Uma casa original no Guará, pra você derrubar, só o terreno custa 400, 500 mil reais. Eu falo
que teve gente que abandou, porque nós tivemos funcionários da Administração que não quiseram. Pelo tempo que passei aqui, fiquei 15 anos na Administração, tiveram coisas que marcaram, por exemplo, a duplicação da pista do Guará I, aquilo foi feito em 1990, antes era uma via só e não tinha nem canteiro separando, agora imagina hoje sem aquela duplicação. Se já é difícil com ela... Na época foi a maior obra que foi feita no Guará. Vários administradores não conseguiram realizar a obra e na minha gestão foi concretizada e foi uma forma de marcar minha passagem. Inclusive na Administração, a gente tinha uma equipe pequenininha para tomar conta da cidade. Para fazer serviço de limpeza era uma equipe de 20 pessoas. Maquinário não tinha. A primeira cerca do Parque do Guará nós que fizemos, e tentamos tirar os chacareiros, mas não deu tempo”.
A Revista do Guará publica em cada edição o depoimento de um pioneiro da cidade sobre os primeiros anos do Guará. Os depoimentos são registros informais da nossa história, colhidos pela repórter Janaína Xavier, e que em breve serão reunidos em um único volume. Se você conhece alguém que participou da história do Guará, nos escreva.
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Beleza na dor Hospital do Guará recebe a exposição Recomeço, uma mostra de fotografias de mulheres que superaram o câncer de mama
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exposição "Recomeço: histórias de mulheres vitoriosas” esteve no Hospital Regional do Guará até o dia 1º de março de 2014. Promovida pela Secretaria de Estado da Saúde do DF, a mostra retrata 20 mulheres associadas à Recomeçar, a Associação de Mulheres Mastectomizadas de Brasília, que tiveram a mama reconstruída após mutilação decorrente do tratamento contra o câncer de mama. As fotos são de mulheres que resgataram a autoestima, a feminilidade e a confiança. Como parte do programa, foi ministrada uma palestra no auditório do HRGu para que as pessoas pudessem tirar as suas dúvidas e entender mais sobre a doença e a importância da prevenção. Para a exibição foram produzidos 23 quadros e
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22 totens. A exposição busca apresentar uma abordagem inovadora do tema, pois explora as imagens com um olhar editorial de moda, aliado a breves depoimentos que mostram às mulheres que o câncer de mama não é o fim e sim um recomeço de vida. O objetivo é ilustrar as possibilidades de reinicio de uma vida plena após a percepção inicial de mutilação que a mastectomia produz no imaginário feminino. As fotos de Tatiana Gama revelam a sensibilidade da artista no olhar, apresentam um resultado estético surpreendente e explicitam a redescoberta dessas mulheres sobre seu corpo e visão de mundo. "Esperamos que as imagens e depoimentos dessas mulheres, tão felizes e empoderadas
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de si mesmas, contribuam para a diminuição do tabu em torno da doença e colabore para o aumento da procura pelo diagnostico precoce" explica a fotógrafa. A exposição circula por espaços públicos do Distrito Federal e já foram distribuídos cerca de 15 mil panfletos confeccionados para a ação e 15 mil panfletos institucionais da Recomeçar contendo informações técnicas e legais sobre a reconstrução mamária.
Serviço
Exposição Recomeço: histórias de mulheres vitoriosas 21/02 a 01/03 das 8h às 18h Palestra: 26/02, às 10h, auditório do HRGu.
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Luciano Lima
Parque do Guará
Combate às drogas? I O GDF perdeu, em 2013, uma dotação orçamentária no valor de R$ 19 milhões do Ministério da Justiça para o combate ao crack. O dinheiro não foi utilizado por não ter sido apresentado nenhum projeto que justificasse a utilização da verba. Vidas e muitos milhões perdidos.
Combate às drogas? II É preciso intensificar o combate ao uso e tráfico de drogas no Complexo Esportivo do Cave. Praticantes do Bicicross, por exemplo, dizem que a pista está sendo usada inclusive para guardar entorpecentes. É bom investigar!
Ações nas redes sociais promovidas pelos estudantes do curso de Gestão Ambiental do ICESP e pelo grupo “Amigos do Parque do Guará” estão ajudando a divulgar um dos mais importantes parques ecológicos do DF. Com a campanha “Ocupar para Aprender a Respeitar e Preservar”, os Amigos do Parque do Guará estão atraindo cada vez mais visitantes ao parque. O meio ambiente e a qualidade de vida agradecem.
Calçadão com acessibilidade? Eu juro que estou tentando entender a obra que visa a colocação do piso tátil no Guará. A ideia é garantir mais acessibilidade às pessoas com deficiência visual. Existem lugares onde piso tátil foi colocado em calçadas com vários problemas. Faltou planejamento e saíram colocando piso tátil de qualquer jeito.
Ciclovia? Pedras portuguesas?
Porão do Rock O Porão do Rock 2014 vai desembarcar no Guará no dia 10 de maio. O Guará, em 2013, foi segunda cidade que mais levou público a um dos mais importantes festivais de rock do Brasil. Em breve, a organização vai divulgar como serão as inscrições para as seletivas do festival. Fique de olho no site www.poraodorock.com.br
A ciclovia prometida, por enquanto, ficou pela metade. Na Avenida Contorno do Guará II só as quadras ímpares receberam a obra. É importante alertar o poder público que a metade da ciclovia entregue está servindo de coopervia, já que os praticantes preferem a segurança de um piso sem buracos e irregular. Pedras Portuguesas não servem para a prática de caminhadas e corridas. Quando serão substituídas?
Pedal noturno Os pedais noturnos tomaram conta do Guará. É muito bonito assistir quase todas as noites as vias da cidade serem tomadas pelas bikes iluminadas. É preciso mais políticas públicas para os modais. Os grupos prometem tomar fazer uma grande homenagem no aniversário do Guará. É esperar para conferir!
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Hatril Empresa guaraense formada por uma única família é referência no DF na gestão de equipamentos clínicos
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Guará é repleto de exemplos de empresas fundadas e tocadas por famílias inteiras. Padarias, supermercados, escolas e imobiliárias que romperam os limites da cidade e firmaram-se como líderes de seus setores no Distrito Federal. O negócio familiar, além de trazer comprometimento de todos os envolvidos no crescimento da empresa, traz segurança também para o cliente. Uma família envolvida em torno do mesmo objetivo passa segurança para quem a contrata, por ser a empresa familiar um negócio mais duradouro, fundado sob premissas maiores que apenas os acordos comerciais. Outra grande vantagem é a estrutura mais enxuta e eficiente, com alta fidelidade dos empregados e colaboradores. No Guará, uma empresa se destaca em uma área não convencional: a engenharia clínica. A diretoria da Hatril é composta pela família do fundador Elve
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Santos, que trabalha com seu filho Fernando, seus irmãos Edgar, Eldo, Elci e seu pai Edgar. A família é especializada na gestão de equipamentos médico-hospitalares. Assessora desde a aquisição dos equipamentos até a sua correta utilização, cuidando para que tudo em uma clínica médica, ou hospital, funcione precisamente. A carta de clientes da Hatril é composta por hospitais públicos ou particulares e grandes corporações, como tribunais, a Câmara dos Deputados e até mesmo pequenas clínicas. Enfim, atua onde há a necessidade de equipamentos de diagnóstico e de tratamento em saúde. O diretor da empresa, Elve Santos, a fundou em 2006. Antes, já havia participado da formação de outras empresas da área. Ele, que é administrador de empresas e engenheiro pós-graduado em engenharia clínica, participou da fundação da Veton, em
1987, posteriormente da Micromed e da Medware, especializada em programas para captura de imagens de equipamentos de ultrassonografia e software para gestão de hospitais e clínicas. Manutenção Em 2010, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária determinou que todos os estabelecimentos de saúde de todas as especialidades, inclusive estética, implantassem um sistema de gestão das tecnologias existentes. Ou seja, estabelecimentos precisavam não apenas manter seus equipamentos em funcionamento, mas acompanhar toda a sua vida útil, com manutenções preventivas e avaliações de condições de uso. Hoje, as clínicas e hospitais já procuram manter contratos não só para não pararem por quebra de seus equipamentos, mas, para poderem estar em conformidade com a legislação e para poderem pleitear cer-
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tificação de qualidade em seus serviços. A Hatril também representa empresas com produtos de alta complexidade tecnológica na área clínica e promove o treinamento de profissionais para operar equipamentos de vanguarda. Como a área de saúde de tem alta rotatividade de funcionários e crescente desenvolvimento técnico, a gestão tecnológica é um investimento cada vez mais adotado por clínicas e hospitais. E no Distrito Federal, uma empresa de uma família guaraense é uma das mais conceituadas no ramo.
Hatril
Engenharia Clínica QE 40 conjunto D lote 37 – Guará II
3381 3700
www.hatril.com.br
empresasdoGuará
Para brilhar mais Loja do Guará cortou o caminho até o fabricante para oferecer semijoias, em alto padrão e baixo preço
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mercado de acessórios femininos cresceu mais de 13% no ano passado e a tendência é que a presença feminina no mercado consumidor aumente ainda mais em 2014. Com o crescimento da demanda, a oferta de acessórios também cresceu. Com tantas opções no mercado, é preciso ficar atendo à qualidade do que se compra. As semijoias merecem uma atenção especial na compra e uma loja do Guará encontrou a maneira perfeita para oferecer semijoias de qualidade a preço justo. Diferentemente das bijuterias, as semijoias são fabricadas em materiais mais resistentes, banhadas com metais nobres e cravadas com pedras semipreciosas ou adornadas com peças de melhor acamamento. São a melhor alternativa ao uso de joias. Quando Rosangela Sousa entrou no mercado de semijoias, percebeu que a oferta de produtos de baixa qualidade, com acabamento ruim e sem garan-
tia era muito grande. Como não encontrava as peças ideais para vender, resolveu cortar caminho e buscar suas peças direto de quem produzia. Assim poderia acompanhar todo o processo e ter a certeza da qualidade do que vendia. Assim, nasceu a Robiju. Rosangela viaja o país em busca dos melhores designs e produtores. Pesquisa os lançamentos das grandes joalherias, peças usadas por atores, jornalistas e apresentadores de tv, e tudo que as celebridades usam. Ou ela mesma compra os elementos em metal e monta modelos exclusivos. Vai pessoalmente às oficinas que fabricam as peças, compra e leva ela mesma para a galvanoplastia, o banho de ouro ou de prata. Cada modelo recebe até dez banhos de metal nobre. “Muitos que escolhem trabalhar com semijoias optam por colocar uma camada mais baixa de ouro, e utilizam verniz de proteção, o que altera a coloração final da peça, deixando-as amareladas” explica Rosangela. Como o processo de montagem dos acessórios é feito pela própria loja, tem a garantia de não terem verniz, apenas ouro ou prata. O ouro gerO domínio da linha de almente é de tom produção da Robiju palha, que mais se garante a qualidade das aproxima do ouro semijoias
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18k. O longo processo resulta em peças escolhidas pessoalmente, de acordo com as tendências da moda, e de qualidade superior ao vendidos em outros locais. A proprietária da Robiju explica que quando abriu mão dos intermediários e passou ela mesma a orientar todo o processo de fabricação, conseguiu oferecer um preço menor que as revendas de semijoias. Outros acessórios A loja da Robiju no Guará oferece colares, brincos pingentes, anéis, pulseiras, alianças e braceletes, além de peças exclusivas e modernas, como os aramados artesanais e peças com pedras naturais e zircônia. Tudo com pelo menos um ano de garantia. Para melhorar a experiência de compra de suas clientes, a Robiju também oferece bolsas de couro ecológico, relógios (com garantia de um ano) e óculos com proteção oftalmológica e garantia de seis meses. Modalidades de venda Rosangela vende no varejo, atendendo em sua loja, no atacado com desconto de 30%, para revendedores cadastrados.
Robiju semijóias e acessórios QE 40 conj. J lote 02 loja 03
3026-2715 robijusemijoias@gmail.com fevereiro e março de 2014
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Adoce sua vida! Lilá e Fernanda decidiram compartilhar com todos o que apenas os mais próximos conheciam: um incrível talento para preparar docinhos e sobremesas.
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s doces são a melhor parte da festa. E o sucesso de uma comemoração está atrelado diretamente à qualidade das guloseimas. Tem até gente que vai só para comer quitutes, pouco importa o motivo da festa. Presentes em quase todas as cozinhas brasileiras, os doces fazem parte de nossa tradição. E pensando em preservar e melhorar esses costume que as amigas Lilá Amaral e Fernanda Schimidt se juntaram na mesma cozinha. Agora a Lananda é uma promissora e elogiada produtora de docinhos artesanais e sobremesas no Guará. Lananda é a junção de dois nomes: “La” de Lilá e “Nanda” de Fernanda. As duas começaram a fazer doces para complemento de suas rendas, cada uma com o que mais tem intimidade na cozinha: Fernanda com trufas e bombons e Lilá com brigadeiros e docinhos de festa tradicionais. Em um almoço para colocarem o
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papo em dia, as duas servidoras públicas decidiram montar uma cozinha em conjunto para atender a seus clientes. Um local apenas para se dedicarem exclusivamente ao trabalho que mais as motivavam. Pediram demissão de seus empregos e fundaram a Lananda Doces, hoje com uma carta de clientes consolidada e com festas agendadas até o final do próximo ano. O sucesso, segundo as sócias, é a tradição aliada com o cuidado no preparo. “Um bom doce é um doce fresquinho, feito na panela mesmo, sem conservantes. É a mesma receita daquele doce que a mulher faz quando a TPM ataca no domingo” explica Lilá. Para elas o doce tem uma relação emotiva com as
pessoas. “Um bom doce deixa o gosto guardado na memória. Quando você deseja comer um doce, aquele é o primeiro que você lembra”. Mesmo com sabores exóticos e requintados, como os doces de milho, gengibre ou mesmo de vinho, os campeões de venda são os tradicionais: brigadeiro, beijinho de coco, casadinho e brigadeiro de limão siciliano. Para elas, mesmo em um doce tão popular como o brigadeiro, o preparo faz muita diferença. “Um bom brigadeiro é aquele que não é tão doce, tem a massa fresquinha e o chocolate na medida certa. Não pode ter o aspecto congelado, com a massa cristalizada”. Os doces da Lananda são vendidos aos centos, ou em pedidos especiais, para festas e eventos. Os preços pariam de R$ 45 o cento dos docinhos mais tradicionais enrolados a R$ 180 reais o cento dos os doces especiais de colher.
Lananda Doces
contato@lanandadoces.com.br
9143 0690 8400 0862 Revista do Guará
A beleza resiste ao tempo O cabelereiro José Tarcízio fez a cabeça de duas gerações de guaraenses e até hoje, o conceituado profissional continua a atender na cidade
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uando o Guará começou a consolidar sua identidade, no início dos anos 80, se alguém perguntasse na rua quem era o melhor cabeleireiro da região, certamente apontariam José Tarcizio. Sua história está relacionada com a da cidade há três décadas, e um passeio pelo arquivo do Jornal do Guará mostra dezenas de matérias sobre eventos e premiações recebidas pelo profissional. Seu primeiro salão foi na QI 8, um espaço que em pouco tempo não comportou a crescente clientela. Tarcizio abriu então uma filial na QE 11. Quando o Parkshopping abriu, ainda nos anos 80, ele abriu o mais moderno salão de Brasília no shopping, com ajuda de Marinete, sua esposa na época. Depois vieram espaços na Asa Sul e na Asa Norte. Mas, Tarcizio não conseguiu ficar muito tempo longe do Guará, onde até hoje tem o seu salão com sua assinatura na QE 26, em um amplo espaço, com estacionamento, e o mais importante, com o atendimento do próprio Tarcizio. Seu jeito simples esconde a bagagem profissional, moldada em cursos e congressos na Europa e em todo o Brasil. Herdou a profissão do pai, que era barbeiro, mas se encontrou fazendo a cabeça das mulheres. Chegou em Brasília em 1975, vindo de Pompéu, em Minas Gerais. Em pouco tempo abriu seus salões e foi notícia em todo o Distrito Federal, chegando a ganhar 14 troféus em competições de cortes femininos em Brasília, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. A vocação de cabeleireiro acabou superando a de administrador de empresas e Tarcizio decidiu pelo talento. Hoje ele atende em uma única casa. Com horários concorridos e elogiados por muitas gerações.
Estúdio T
QE 26 conj. U casa 10
3383 1390
Atendimento com hora marcada
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Sanduíche com arte Quem tem o paladar exigente encontra no Miró uma alternativa para lanches rápidos e para o almoço de domingo
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riqueza de cores e formas da pintura do espanhol Joan Miró sempre encantou Ronaldo Ferreira, além da gastronomia. Para juntar as duas paixões criou o Miró Baguetes e Cia, com um cardápio de lanches para paladares mais exigentes. Como ele mesmo diz: ‘’para pessoas que gostam de comer bem.’’ O quiosque fica ao lado da Igreja Maria Imaculada, na QE 15 do guará II. As baguetes com gergelim, de uma fornada quente exclusivamente produzida para Miró pela Pão Dourado, são recheadas com os mais inusitados sabores. O cardápio batiza cada um dos sanduíches com o nome de um artista ou uma região da Espanha. Cada sanduíche serve duas pessoas e custam menos que lanches de rede de fast food. O pintor Francisco Goya foi homenageado com um sanduíche de filé mignon, mussarela, cebola e bacon, um dos mais pedidos. Velázquez vai também de filé fatiado, mussarela derretida, cebola, bacon e azeitonas pretas. Cartagena é uma surpreendente mistura de carne de sol em tiras mussarela e abacaxi. Há poções de filé de frango, como o batizado com o nome da maior Ilha espanhola, Mallorca, que leva ainda
queijo cheddar, cebola e tomates. São opções com carne de sol, filé mignon, filé de frango e linguiças calabresa e toscana. Quem prefere não comer carne, pede o Vegetariano: tomates secos, mussarela, cebola, champignon, azeitonas pretas e salada. Aliás, há a opção de incluir salada ou pasta de alho em qualquer sanduíche. Eles saem na baguete tradicional ou na mini baguete, para os menos esfomeados. A linha de frente do Miró são os sanduíches, mas há quem o procure por conta de outras coisas. No cardápio há caldos preparados por Cida, esposa de Ronaldo que divide com ele a paixão pela cozinha. De alho poro à abóbora, os caldos são acompanhados de cebolinha e a exclusiva baguete. Pode-se pedir cachorro quente ou porção de carne de sol. Tudo acompanhado de sucos naturais. Mistura-se qualquer fruta para alcançar o sabor desejado, ao gosto do freguês. Açaí na tigela é outra opção para quem busca energia rápida. E a sobremesa é Petit Gateau, bolo de chocolate com duas bolas de sorvete. Especialidade da casa. O Miró espanta pela simplicidade e bom gosto. Lanches rápidos e elegantes.
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Bafão do Miró
Aos finais de semana, o Miró transforma-se. Passa a abrir na hora do almoço para vender o Bafão, carne assada no bafo de carvão, para ser apreciada em casa, com a família. Chance de descansar no fim de semana, sem abrir mão de um bom almoço. São preparados costelão bovino, costela suína, coxa e sobre coxa de frango, linguiça e carne de sol. Acompanhadas de arroz carreteiro, feijão tropeiro e mandioca derretendo. Tudo no quilo apenas para levar. Se preferir o cliente pode pedir a carne fatiada na hora e acebolada.
Miró
Baguetes e Cia
QE 15 conj Y, ao lado da Paróquia Maria Imaculada
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passeiopeloGUARÁ
Joel Alves
Parque do Guará
Depois de muitas campanhas, caminhadas, passeatas, enfim, de muitas batalhas da comunidade pela valorização do Parque, ele hoje começa a ser cada dia mais frequentado pelo guaraense de todas as idades. Lá tem PEC (Ponto de Encontro da Comunidade), quadras de futebol de salão, de areia, parquinho infantil, pista de caminhada, orquidário, mirante e muito verde. Ainda tem muitas batalhas e vitórias a serem conquistadas, mas uma visita lá já é uma boa opção. O parque é nosso.
Ciclovia Guará I
O trecho da ciclovia do Guará I tem uma vista muito bonita. No trecho que começa na EPTG e se estende até à QE 08, passando pela QE 18 e em frente ao Restaurante Savasse, na QI 22 é possível curtir pelo lado esquerdo as várias árvores frutíferas e os jardins das residências Guará I, além de parquinhos infantis, quadras de esportes e ponto de exercícios. Já do lado direito, dá para para acompanhar a linha do trem, o condomínio Guará Park e a Superquadra Brasília (SQA), além da bela vista da cidade de Águas Claras do outro lado.
Jardim da Júlia
Moradora da esquina da rua na QE 26, Júlia Zartariam plantou e cuida de pequeno mas belo jardim no beco ao lado de sua casa. Antes, a área vivia sempre suja e isolada. Depois do jardim, ninguém sujou ou jogou entulho no lugar. Um belo exemplo de cidadania.
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Jardim do Sandoval Na EQ 24/26, próximo ao Colégio CE 06, o casal de aposentados Sandoval Barros e Zilda cuida de um jardim na esquina de sua casa, na área verde. Além de cuidar do jardim que plantou, o casal ainda cuida de outros na rua. É a oportunidade que Sandoval tem de praticar o que aprendeu na fazenda em que foi criado, no interior do Rio de Janeiro. Num pequeno espaço, o casal cultiva várias plantas e flores que embelezam o lugar.
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Renato Menguele
Gerente de Cultura do Guará
Museu do Vinil É com grande satisfação que encho a boca, que teclo com vontade, que compartilho e curto a inauguração do museu do vinil, uma luta ininterrupta feita pelo Ricardo Retz que passou por provações e mesmo assim não desistiu de seu sonho que é resgatar e propagar a musica para todos que não foram atingidos por ela.
Grande Vitória da nossa cultura
O “nosso” gerente de cultura do Guará em seu pleno exercício nunca apareceu nas reuniões do novo Conselho de Cultura do Guará, seu argumento é que o nome dos conselheiros ainda não saiu no Diário Oficial e descobri também que ele estará saindo do cargo pra se candidatar na próxima eleição. Então, com isso, se prova o desinteresse da Gerência de Cultura do Guará com relação aos artistas da nossa cidade.
Novo espaço para a música Guaraense O Guará tem um novo point de cabeças pensantes, é o Café Quintal que foi aberto na QE 19 e tem como intuito agregar os artistas daqui não só com shows e poesia, mas também com reuniões e debates sobre a nossa cena e venho aqui desejar boa sorte para Juliana Krause e vida longa ao Café Quintal.
No ultimo carnaval de Brasília a nossa escola de samba Império do Guará foi a campeã do grupo de acesso e ano que vem disputará o grupo de elite. Parabéns ao presidente Mário Santos e todos envolvidos, mais uma prova que o Guará é forte em todas as partes da cultura.
Cadastro de músicos do Guará Estou cadastrando os músicos do Guará para fazer parte da programação programa do Jornal do Guará na radio guara web que é transmitido todo sábado às 14h. Quem tiver interesse de fazer parte da fomentação da cena local mande o material de sua banda para o colunasonsdaqui@gmail. com, podem mandar sugestões, criticas, pedidos etc.
Dica de disco Não sei se vocês sabem, mas o Alex Podrão, vocalista do Detrito Federal mora no Guará desde 2004 e logo no ano seguinte regravou um dos discos de maior sucesso do Punk da Capital Federal, o 1983 que tem “Desempregado”, “Orfãos da Nação”, “Diga Não” entre outras. Esse disco marcou época e fez muita gente abrir a mente para as falcatruas governamentais, eu mesmo comecei a me politizar ouvindo Detrito no final da década de 80. Atual formação é Alex Podrão – voz, Bosco – guitarra, Galego – Bateria, Bill – Baixo.
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Violão guaraense O
violonista, morador do Guará, Alvaro Henrique vem se consolidando como um dos principais instrumentistas brasileiros na atualidade. Sua trajetória, que inclui apresentações em diversos países, é marcada pelo ineditismo e pela qualidade do repertório que apresenta, além de sua colaboração bem sucedida com compositores e pela promoção de eventos de música instrumental. O músico erudito realizou nos últimos anos apresentações em 15 países de três continentes diferentes, incluindo desde países com intensa atividade de concertos, como EUA, Inglaterra, Alemanha, Áustria e Suíça, a países menos ativos como Namíbia, Moçambique, Jamaica e Grécia. O que diferencia o violonista guaraense é a escolha do repertório. Ele é o único brasileiro a tocar a “Obra Completa para Violão Solo de Heitor Villa-Lobos” na última década. Com o trabalho, Alvaro Henrique foi recomendado ao Ministério de Relações Exteriores para a promoção da música de Villa-Lobos no exterior. Outros projetos que ganharam destaque foram “Homenagem aos 50 anos de Brasília”, “Melodia”, “Sonatas” e “Flores para Villa-Lobos”. Alvaro Henrique tem empregado réplicas de instrumentos do passado nas suas apresentações. Atualmente possui uma guitarra barroca ateor-
3321 Cover & Back:3321 Cover & Back
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1:18 PM
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Suite Candanga Alvaro Henrique, guitar 1 Louis Moreau Gottschalk (arr. Alvaro Henrique): Grand Triumphal Fantasy on the Brazilian National Anthem, op. 69 11:02 2 Carlos Alberto da Silva: The Reconstruction of Brasilia
9:38
Mario Ferraro: Little Suite From Brasilia 3 Imaginary City 4 Savannah Flower 5 The Emptiness, and a Bird 6 Unexpected City 7 The Sky Over the Central Plateau
(14:05) 2:39 2:51 3:05 2:06 3:22
Jorge Antunes: Brasilia 50 8 1960 - Inauguration of Brasilia: Niemeyer and Kubitschek 9 1961 - Resignation of Janio Quadros
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Suite Candanga CRC 3321
10 1962 - Foundation of the University of Brasilia: Darcy Ribeiro 11 1963 - President Kennedy's Assassination 12 1964 - Military Coup 13 1965 - Vietnam War and AI-2 14 1966 - Closing of the National Congress 15 1967 - Swearing in of President Costa e Silva 16 1968 - AI-5 Walking and Singing 17 1969 - Man on the Moon, Pelé's 1000th goal 18 1970 - Brazil World Champions 19 1971 - Assassination of Lamarca 20 1972 - Naive Guerilla 21 1973 - Honestino's Disappearance 22 1974 - Carnation Revolution 23 1975 - Vladimir Herzog's Assasination
1:55 1:58
Alvaro Henrique, guitar
1:29 2:04 2:05 2:01 1:27 1:21 3:00 3:10 2:37 2:37 2:55 4:03 4:17 3:36
Total Time: 75:31
Recorded: November 1 - 15, 2012 at Estudio Virtual, Brasilia, Brazil. Produced and Engineered by Wladimir Barros. Edited, Mixed and Mastered by Alvise Migotto at Anima13 Studios, Sao Paulo, Brazil. Photos by Leon Rodrigues – http://leonrphoto.com. This CD was sponsored by Lucio Flavio Haeser, Lucilia Bandeira Kornijezuk, and Barbosa, Caldas e Rocha Advocacia.
bada, Além de tocar a música do passado empregando informações sobre a época, Alvaro Henrique é bastante ativo na promoção da música do presente. Estreou obras de compositores consagrados, como Cláudio Santoro, e promove a música de autores pouco conhecidos, como Oliver Thedieck. Entre as estreias realizadas, destaque para a primeira transmissão radiofônica de Valse-Choro, de Heitor Villa-Lobos, pela Rádio Câmara. Mais de uma dezena de obras foram escritas para o instrumentista, entre elas quatro concertos para violão, fazendo de Alvaro Henrique um dos violonistas que mais teve concertos dedicados a ele em toda a história. Entre os compositores que escreveram para ou tiveram obras estreadas por ele estão Jorge Antunes, Ernest Mahle, John Duarte, Mário Ferraro, Carlos Alberto da Silva, Sérgio Igor Chnee, Guerra Vicente, Celso Mojola, Jean Goldenbaum e Calimério Soares. Alvaro Henrique foi o primeiro violonista brasiliense a gravar um álbum de violão erudito. Participou de outros dois CDs, um lançado na Suíça (Brazilian Breeze, música brasileira para grupo de flautas) e outro lançado na Áustria (com obras de Jean Goldenbaum). Também participou da gravação do DVD da “Ópera de Rua: Auto do Pesadelo de Dom Bosco”, de Jorge Antunes. P
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Suite Cadanga O ultimo trabalho de Álvaro é uma homenagem à capital federal e foi lançado no fim de 2013 nos Estados Unidos. Quando elaborou o projeto do album Suite Candanga, o músico estudava na Alemanha e queria fazer da sua cidade natal a musa de novas obras. Foram encomendadas três composições inéditas, uma para um compositor que vive em Brasília (Jorge Antunes), outra para um compositor que vive em outro estado (Carlos Alberto da Silva) e uma para um compositor que vivia em outro país (Mario Ferraro). Completa o repertório um arranjo de Alvaro Henrique da Grande Fantasia Triunfal sobre o Hino Nacional Brasileiro, obra do pianista estadosunidense Louis Moreau Gottschalk.
Para ouvir Alvaro Henrique
alvarohenrique.com fevereiro e março de 2014
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Primeira Antologia de Artes Visuais do Guará Jornal do Guará reunirá em livro obras de arte produzidas por guaraenses em comemoração ao 45° aniversário da cidade
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ara reunir obras visuais de artistas guaraense, o Jornal do Guará organiza a primeira Antologia de Artes Visuais da cidade. Obras de diversas linguagens estarão reunidas em um catálogo impresso com o objetivo de proporcionar ao guaraense a oportunidade de conhecer a criação cultural de sua cidade e divulgar a arte criada no Guará. Em busca de um recorte amplo da produção artística da cidade, serão aceitas obras em qualquer formato que possa ser capturado em meio digital e impresso. Assim, pintores, escultores, fotógrafos, cineastas, estilistas e desenhistas podem mandar uma mostra de sua criação. Todas as obras devem ser originais e feitas por apenas um artista. A organização da Antologia de Artes Visuais é de Rafael Souza, com curadoria do artista Paulo Ataíde. Cada artista ocupará uma página com apenas uma imagem, portanto deve encontrar a melhor forma de apresentar sua obra. Pode ser a fotografia de uma tela ou de uma escultura, um frame de um filme ou uma imagem desenvolvida digitalmente. O importante é que a imagem enviada seja de boa qualidade e retrate apenas a obra, sem elementos estranhos à criação artística. Não é preciso enviar fotografias dos autores das peças. Regras de participação As imagens das obras de arte que a
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O artista Paulo Ataíde será um dos curadores da Antologia. É a primeira vez que as obras visuais de artistas guaraenses serão reunidas em livro. compõem a Antologia de Artes Visuais do Guará serão selecionadas pela equipe da editora Jornal do Guará. Os artistas participarão gratuitamente da coletânea, precisando apenas enviar o material completo e com qualidade de impressão para o endereço eletrônico arte@jornaldoguara.com. É preciso enviar três imagens em formato jpg, com resolução de 300 dpi, as especificações da obra (título, técnica, dimensões, data de produção), informações de contato (telefone, endereço, e-mail, perfil em redes sociais) e um currículo resumido do artista com no máximo 700 caracteres. Podem participar artistas moradores ou ex-moradores do Guará. Todo o material deve ser enviado em uma única mensagem, até o dia 31 de março. Não há premiação ou aquisição de nenhuma obra, e os exemplares da Antologia não poderão ser comercializados. Ape-
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nas serão aceitas inscrições por meio eletrônico. Qualquer dúvida pode ser tirada no mesmo e-mail de inscrição. A Antologia O resultado da coleta de obras resultará em uma galeria digital e em um livro, produzidos pelo Jornal do Guará e distribuídos gratuitamente. O lançamento ocorrerá durante as comemorações do 45º aniversário do Guará, em maio de 2014, em uma exposição de parte das obras retratadas na Antologia.
Antologia de Artes Visuais do Guará Inscrições com envio de arquivos jpg (300 dpi) e currículo resumido (700 caracteres) para arte@jornaldoguara.com ou atelieataideecoarte@gmail.com
pensandoacidade
Hilma Amaral
Referência na paisagem
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ontos referenciais da paisagem urbana são elementos inseridos no contexto da cidade, que têm como objetivo orientar as pessoas em seus deslocamentos. A função orientadora pode ser específica de determinados elementos, criados especialmente para este fim, e pode ser mais uma função atribuída a vários outros elementos voltados para finalidades diversas. Os elementos destinados especificamente a orientar a circulação urbana integram o sistema de sinalização. São placas, totens e outros artefatos fixados em pontos estrategicamente previstos, que identificam e encaminham veículos e pedestres para as diferentes localidades urbanas. Os pontos referenciais que, na verdade, foram criados para outras funções, mas se incluem como significativos marcos orientadores da circulação urbana, são edificações com características diferenciadas em relação ao entorno, em termos de dimensionamentos, forma, cor, tempo de construção, posicionamento na malha urbana e atributos inerentes à sua própria função. Estas características podem ocorrer isoladamente em determinado objeto arquitetônico, ou mesmo em função urbanística que concentre atenção, e podem resultar da concorrência de vários aspectos em mesmo elemento. No primeiro caso estão incluídas, por exemplo, determinadas residências localizadas em esquinas ou ao longo de ruas, onde cores diferenciadas ou número de pavimentos ou forma inerente ao objeto podem identifica-las como elementos marcantes no contexto geral. Também se refere a praças, jardins e edificações com outra função que não aquela predominante em determinada área, como hospital, escola e posto de combustível em localidade eminentemente habitacional. No segundo caso estão edificações de arquitetura identificada como de período histórico anterior ao contexto
do entorno, onde podem convergir características, simultaneamente, associadas a aspectos formais, de dimensionamentos e função que as isolam no meio em que se inserem. O Distrito Federal, unidade com profundos vínculos enraizados no planejamento urbanístico de áreas antes desocupadas, incluiu em sua poligonal duas cidades já seculares. No centenário núcleo urbano de Planaltina, de uma antiga praça central dominada por uma igreja e margeada por edificações históricas, partem ar-
No caso particular do núcleo residencial do Guará, a questão dos referenciais urbanos ainda é um aspecto negativo de difícil solução. ruamentos paralelos entre si, marcados por estas mesmas estruturas. O Plano Piloto, referência em planejamento urbano, possui dois níveis de abrangência quanto aos marcos orientadores. Por um lado, a própria setorização, associada à tipologia das edificações implantadas em cada uma destas áreas, permite que se isole facilmente as diferentes funções urbanas. Entretanto, em um segundo nível, o deslocamento interno a cada setor, considerada a tipologia uniforme adotada, é marcado por confusões resultantes da dificuldade em se estabelecer marcos referenciais. No caso particular do núcleo residencial do Guará, a questão dos referenciais urbanos ainda é um aspecto negativo de difícil solução. O projeto urbanístico do Guará I adotou o desenvolvimento de módulos de idênticas dimensões, constituindo as
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denominadas Quadras Internas (QIs). No momento inicial da formação deste loteamento, associado aos modelos prontos de edificações residenciais fornecidos pelo governo distrital aos futuros moradores, foi propiciado a absoluta uniformidade de todo o território correspondente. Àquela época, encontrar determinado endereço requeria a ajuda do morador visitado que, familiarizado com área, formalizava mentalmente os tênues signos que orientavam para o caminho correto. Atualmente, mesmo com as alterações promovidas pelas contínuas revisões atualizadoras de normas urbanísticas e pelas implantações de edifícios institucionais marcadores da paisagem, ainda é difícil identificar o caminho a ser seguido para atingir objetivos. Conclui-se, portanto, que o projeto urbanístico de uma área é instrumento fundamental na definição dos signos que irão favorecer ou dificultar a orientação nos deslocamentos urbanos. A questão dos pontos referenciais não é tema de simplicidade de tratamento. A abordagem é extensa e profunda por vincular-se não apenas ao planejamento urbano, mas também a fatores que extrapolam os limites da objetividade, alcançando o repertório de signos mentalmente formalizados por cada indivíduo, dependentes de suas características psicológicas, sua cultura e vivência. O urbanismo, por si só, não pode afirmar que determinado projeto soluciona esta questão por ser ocorrência inerente a aspectos, a um só tempo, objetivos e subjetivos. Uma árvore em uma esquina pode ser referência para uma pessoa e passar despercebida para outra. Da mesma forma, uma cor pode ser marcante para alguém, mas sem qualquer significado para muitos. Por esta razão, o planejamento urbanístico torna-se importante na diferenciação dos espaços e o planejamento da sinalização urbana é fundamental na sua identificação. fevereiro e março de 2014
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falandosobreVINHO Júlio Neves O vinho pode reverter sintomas da obesidade A universidade do Texas, nos Estados Unidos, revelaram que o Resveratrol, substancia encontrada na casca da uva, um dos componentes responsáveis pelo tanino do vinho, previne o processo de envelhecimento e inibe alguns dos efeitos maléficos da obesidade. “Mesmo se você estiver em um dieta não saudável, há coisas que você pode consumir simultaneamente que podem protegê -lo de alguns dos efeitos nocivos de uma dieta não balanceada. O resveratrol é um deles”, diz Christopher Jolly, professor associado do Departamento de Ciências da Nutrição da Universidade do Texas.
Tanino, a sensação mais rude do vinho! O mais óbvio e para muitos o mais doloroso ingrediente de um vinho tinto são os taninos. Estão presentes no vinho através das sementes, cascas e engaços das uvas. No dia a dia, o tanino está presente no chá-preto e na pele das nozes por exemplo. É a sensação mais rude que podemos ter na boca. A parte interna e a gengiva parecem enrugar de um modo muito irritante, como se tivéssemos comendo uma banana verde. Os vinhos não contêm taninos para serem agradáveis ao sabor, quando jovens, mas na esperança de que serão bons no futuro, o tanino age como um tipo de conservante para prolongar a vida dos grandes e potentes vinhos.
Vinho Nordestino Após a série da Rede Globo, Amores Roubados, o Brasil se voltou ao vinho nordestino. Na região do Vale de São Francisco, a vinícola Rio Sol, onde a maior parte das cenas da mini série foram gravadas, o João António, diretor da vinícola, comemora a repercussão dos vinhos da região. A vinícola possui uma tecnologia moderna, onde as vinhas foram plantadas pela universidade de Lisboa, além de laboratório, barricas de qualidade e engarrafamento automático. Com solo fértil e água em abundância transformaram a região do Vale do São Francisco, localizada a 500 quilômetros de Salvador, entre o Sertão da Bahia e o Agreste Pernambucano, numa das maiores regiões produtoras de vinho do Brasil. Há onze anos fazendo vinho em Pernambuco, João, além de diretor, é enólogo, vendedor, marqueteiro, publicitário, tudo! Ele é uma figura! Mais brasileiro que português, alegre, brincalhão, descontraído, contador de piadas, nas feiras e encontros de vinhos, ele está lá! Servindo, humilde, explicando tudo o que seu vinho e sua região pode dar ao nosso Brasil. Parabéns João, você merece muito mais!
Cerva, cerveja, redonda, azulzinha, piriquete….. Bem, posso afirmar que sou apaixonado por vinho! Mas a realidade é que em qualquer lugar do mundo, onde pessoas estejam reunidas, conversando, se divertindo e rindo é bem provável que a cerveja esteja presente acompanhando esse momento agradável. Somos brasileiros, apaixonados por um churrasquinho e uma gelada, popularmente chamada de cerveja. Uma, com véu de noiva então? A gelada é uma bebida socializante por verdade nacional, está ligada diretamente ao futebol, na roda de samba e no happy hour em qualquer dia da semana. Mas qual a melhor cerveja? Que temperatura realmente deve-se ser servida? Existe um copo ideal para cada tipo? Qual suas diferenças? Lúpulo, pilsen, malte, o que são? A cada edição vamos falar um pouco sobre essa bebida loira e por vezes escura como caramelo, com aromas, níveis de amargor e suas harmonizações.
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Por que a rolha dos espumantes tem formato de cogumelo? Na revista inglesa Decanter, a explicação foi apresentada pelo enólogo Paulo Lopes da maior corticeira do mundo, a portuguesa Amorim. A explicação para o formato intrigante da rolha dos espumantes é que a rolha desenvolve essa forma devido a absorção do dióxido de carbono na garrafa. A pressão dentro da garrafa de vinhos espumantes é equivalente a 3 a 4 vezes mais que a um pneu de carro. A fabricação da rolha é com discos de cortiça maciça em sua parte inferior que é mais elástica do que a parcela superior feita em cortiça granulada, absorvendo o gás e se expandindo muito mais do que a parte granulada, atribuindo assim essa forma de cogumelo.
Vinhos do mês Rio Sol Cabernet Sauvignon e Syrah 2011 Região do Vale São Francisco, diretamente da vinícola que sediou a série Amores Roubados, “ o vinho do Leandro” diz João Santos, diretor da vinícola. É um tinto fermentado em cubas de inox, com maceração média, apresenta aromas a fruta preta, fumados e baunilha. Na boca, estrutura de corpo médio e fruta fresca. Encontrado no restaurante Don Mano Pizzaria na QI 27.
Italiano Chianti Classico 2009 dos vinhedos Isole e Olena da região italiana de Toscana, com uvas 85% sangiovese e 15% canaiolo. Com aroma rico em frutas vermelhas frescas e delicadas como cereja e ginja. Complexo no nariz, com especiarias e couro, nota-se o resultado delicado de um ano em madeira. Na boca, muito equilibrado, com taninos presente, uniforme, macio e crescente a cada gole. Elegante de acidez viva, capaz de harmonizar com assados e carnes gordurosas. Sugestão paleta de carneiro assada, marinhada em vinho tinto ou uma picanha virada, recheada com pimentos assados….divino! Vinho que evolui a cada taça, os aromas e a boca ficam mais interessantes, um vinhaço! Sem dúvidas um super-chianti clássico, belíssimo italiano encontrado na loja da importadora Mistral na QI 09 do Lago Sul.
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GENTE
Fátima Souza
Diva O Rotary Club do Guará, a cidade, os amigos e a família perderam Divarcy Miranda, vítima de câncer fulminante. Divarcy era conhecida pelo dinamismo e pela alegria contagiante. Uma grande perda.
Pela cidade
Aderbal Luiz da Silva, esta colunista e nosso editor Alcir Souza na visita que o deputado federal e pré-candidato a governador Izalci Lucas fez ao Guará
Encontro Grupo de pesos pesados (de influência) no Guará: João Carlos Oliveira (Diretor de Administração Geral da Administração Regional), Rubens Mendes (diretor de Obras da Administração Regional), professor Oswaldo Saenger (dono do Grupo Projeção), Deverson Lettieri (ex-administrador regional do Guará e ex-diretor do Detran), professor Gilson Gomes , diretor da Faculdade Projeção do Guará, e José Gurgel, colunista do Jornal do Guará.
Festa Uma das mais simpáticas figuras do Guará, o lavador/guardador de carros e empresário Adeilson dos Reis Macedo (na foto com a mulher Juliana) reuniu um grupo de amigos para comemorar mais um aninho da pequena Alice, no Salão de Múltiplas Funções do Cave.
Casal experiente No fim do ano passado, Paulo de Souza e sua esposa Amélia comemoraram mais um ano juntos. Já são 52 anos de união do casal que organiza um dos mais tradicionais grupos de terceira idade de Brasília. As animadas reuniões no Centro de Convivência do Idoso do Cave acontecem sempre às segundas-feiras , com música ao vivo, bingo, palestras e muita conversa.
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arquivoJG
Resgate de fatos documentados nos 31 anos do Jornal do Guará
O fim das lagoas de oxidação do Guará A té 1993, os moradores do Guará, principalmente do Guará II, sofriam com os pernilongos e o mau cheiro provocado pelas três lagoas de oxidação que existiam na cidade. Mas o então governador Joaquim Roriz e o secretário de Obras José Roberto Arruda, com a ajuda da Caesb, conseguiram construir o canal que passou a transportar o esgoto da cidade diretamente para a estação de tratamento do Lago Paranoá. Todo o esgoto coletado no Guará era jogado nas três lagoas - uma ao lado da QE 36 e as outras duas entre as QEs 38, 42 e 44, onde passavam por um processo de decantação e separação das impurezas para depois ser transportado para o lago. Na época do calor, o mau cheiro era quase insuportável e atraia os pernilongos que infernizavam os moradores próximos. A liberação dos recursos para a canalização do esgoto e a desativação das lagoas de oxidação teve a participação direta do ex-senador e ministro do Tribunal de Contas da União, Walmir Campelo Bezerra, padrinho político do administrador regional do Guará da época, Heleno Carvalho. Foi
Valmir que negociou os recursos com a União, com a ajuda do secretário de Obras José Roberto Arruda. Após o esvaziamento das piscinas de esgoto, os buracos foram aterrados com entulho e terra. Os dois locais estão reservados para a construção de
praças e instalação de equipamentos esportivos, porque a fragilidade do subsolo não permite a construção de residência. Nas futuras quadras 48 a 56 do Guará, o terreno que abrigava um das lagoas de oxidação será uma grande praça de convivência.
Acima, a solenidade de desativação, onde se vê o governador Joaquim Roriz, o administrador do Guará Heleno Carvalho, o ex-senador Walmir Campelo e o secretário de Obras, José Roberto Arruda
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Tudo o que você precisa, melhor do que você imaginava.
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