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Mapa das culturas do IFNMG: Identificação e divulgação dos agentes eventos, projetos e espaços culturais na área de abrangência do IFNMG Campus Diamantina
Coordenador: Gregório Hernández Pimenta Discentes bolsistas: Rayane Aparecida Almeida e Jamille de Oliveira Colaboradora: Marli Silva Froes
Autor do relato de extensão:
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Gregório Hernández Pimenta Campus: Diamantina Públicos-alvo: Grupos Comunitários e comunidade externa Período: 01/10/2021 a 31/03/2022
Projeto Mapa das culturas do IFNMG:
Identificação e divulgação dos agentes, eventos, projetos e espaços culturais na área de abrangência do IFNMG Campus Diamantina
Diferentes artistas e equipamentos culturais de Diamantina e região foram cadastrados em uma plataforma digital, possibilitando a divulgação dos mesmos e o fortalecimento da cultura local.
Entre os meses de outubro de 2021 e abril de 2022, vários campi do IFNMG desenvolveram a versão local do projeto “Mapas de cultura do IFNMG”, que teve, como objetivo, cadastrar agentes culturais, eventos, projetos e espaços culturais da área de abrangência de cada campus, em uma plataforma digital. Com isso, esperava-se dar visibilidade para os diversos artistas, grupos e coletivos da região e oferecer um espaço virtual que concentrasse informações sobre a produção artístico-cultural da cidade e seu entorno.
No Campus Diamantina, os artistas foram descobertos pela troca de informações entre coordenadores, bolsistas e informantes locais. Esse processo auxiliou a construção de listas de agentes culturais e a expansão do repertório dos bolsistas, que
Captura de tela com o mapa de Diamantina e todos os cadastros realizados
puderam conhecer novos trabalhos artísticos.
Coube aos bolsistas estabelecer a comunicação com o artista e realizar
Captura de tela com o cadastro dos espaços/equipamentos culturais
Gregório Pimenta
Captura de tela de uma reunião online de orientação das bolsistas
o cadastro no site. Devido à pandemia, o contato teve de ser feito, estritamente, por meio digital, o que, de acordo com a bolsista Jamille de Oliveira, foi uma das dificuldades do trabalho: “um dos grandes desafios de estar em um projeto de extensão na pandemia é que a tecnologia que ajuda a encontrar várias pessoas é a mesma que te afasta de outras; a internet é assim, é facilitadora, mas também distancia grande parte das nossas relações interpessoais.”
Avaliamos que a limitação imposta pela tecnologia influenciou bastante o número final de agentes cadastrados em relação aos agentes contactados. Foram 55 contatos, dos quais somente 18 foram efetivamente cadastrados no site. Tendo em vista essa limitação, ao final do projeto, acabamos nos concentrando no cadastramento de espaços/ equipamentos culturais e finalizamos o projeto com 25 cadastros dessa categoria no mapa.
Um aspecto que ficou evidente durante o desenvolvimento do projeto foi que alguns artistas não têm a dimensão do quão potente é a sua arte e que, por isso, precisa ser divulgada. Conforme relata a bolsista Jamile de Oliveira “lembro-me de conversar com uma escritora que achava que não poderia participar, porque
Captura de tela de uma reunião online de coordenação do projeto.
Desenho de Manuela Aguiar Ribeiro, discente do Curso Técnico em Agropecuária.
‘não trabalhava com arte, só com escrita’. Por outro lado, aprendemos com alguns artistas a necessidade da superação das dificuldades, do preconceito e da desvalorização. Fica a lição da resistência, perseverança e, acima de tudo, esperança na arte. O Mapas das Culturas me fez criar laços, conhecer histórias e, principalmente, reaprender o que é cultura”.”
Atuar em um projeto de extensão com a temática da arte e da cultura trouxe vários aprendizados e experiências importantes para as bolsistas do projeto. Segundo a bolsista Rayane Almeida, a experiência de atuar em seis meses do projeto “Mapas das culturas” lhe permitiu “a ampliação da noção de cultura, de produtos culturais e do próprio artista, noções as quais desconhecia. Fica o aprendizado de que há vários artistas transformando seu mundo em arte e que não têm tanta visibilidade”.
Jamille, ao relatar sobre seu aprendizado no projeto, destaca: “Algo que me marcou durante o projeto foi poder fazer trocas com
Captura de tela com o cadastro dos agentes culturais
as pessoas que íamos contactando e conversar com elas. E essa troca nos permitiu também ensinar, a partir do que aprendemos e vivenciamos no projeto, que há diversas formas de expressões artísticas; foi muito valioso tanto para nós como bolsistas, como também para a comunidade local”.
O projeto foi desenvolvido em diversos campi do IFNMG e as informações ainda podem ser vistas no site oficial. Reforçamos que a busca por integrar a comunidade nos campos artístico e cultural é de extrema importância para a sua valorização. Uma comunidade que conhece a sua cultura conhece a sua história.