Jornal dos Bairros | Julho 2013 | Edição 17 - Ano 17

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Jornal dos Bairros Julho 2013

Editorial

Julho 2013 Ano 17 NÀ 07

Publicação da União das Associações de Bairros de Caxias do Sul - Filiada à FRACAB e à CONAM

Brasileiros querem avanços Fotos: Karine Endres

Junho de 2013 viu o que há muitos anos não acontecia. Imensas manifestações sacurdiram o Brasil. Bandeiras e pautas muitas vezes contraditórias tomaram as ruas. Em julho, os trabalhadores foram novamente às ruas - pois para eles ir às ruas não é novidade - somando-se às vozes das manifestações, reivindicando um Brasil justo, digno com direitos para todos. Págs. 08, 09 e 10

Orçamento

Participação

Reuniões do Orçamento Comunitário iniciam em agosto. Confira a agenda de quatro regiões

UAB sedia V Conferência Municipal das Cidades e debate reforma urbana

Pág. 11

Págs. 06 e 07

Nova diretoria da UAB toma posse durante Assembleia Geral Pág. 03

Opinião Brasil em luta

Fomos sacudidos durante o último mês por gigantescas mobilizações populares nas ruas dos grandes centros urbanos do Brasil. Inclusive em nossa cidade, milhares de pessoas foram às ruas. Sem uma reivindicação em comum, assistimos uma multidão sem líderes marchar pelas ruas das cidades cobrando mais direitos, mais opções de cultura, lazer e educação e expressando sua indignação com as discussões no Congresso Nacional, que tem produzido verdadeiras grosserias como o projeto da “cura gay” ou Projetos de Emenda a Constituição que beneficiam a corrupção. O estopim de toda essa inquietação foram as manifestações contra os aumentos de passagem de ônibus em capitais como Porto Alegre, São Paulo e Recife seguidas por abuso de violência policial contra os manifestantes. O início da Copa das Confederações em estádios que consumiram milhões de reais para atender os interesses da FIFA também é um ingrediente que ajudou esse inconsciente coletivo, alimentado pela grande mídia que se beneficiará muito da realização da Copa do Mundo, mas tenta emplacar pechas negativas ao Governo Federal, demonstrando que o verdadeiro partido de oposição é a grande imprensa, representada pelas Organizações Globo, Editora Abril, Folha de São Paulo e Grupo Estadão. A junção de tantos grupos infiltrados em meio a esse imenso inconsciente coletivo produziu situações curiosas. Imaginar até então skinheads (fascistas da extrema-direita) em uma mesma manifestação que os punks, assim como partidários de esquerda e de direita, misturados a bondes e quadrilhas de arrastão gerou manifestações com atos de violência e destruição nunca antes vistas em nosso país. Grupos sociais que há anos estão permanentemente na luta como

anarquistas e militantes de movimentos sindicais, além de partidos de esquerda, foram escorraçados das manifestações, numa tentativa de afastar aqueles que sempre estão com o povo. O que inicialmente poderia ser lido como um golpe de estado, pois as primeiras transmissões televisivas apontavam para a tentativa de derrubada da presidenta Dilma, mostrou-se como uma forma de produzir uma reviravolta do Governo Federal contra a areia movediça que é o Congresso Nacional. Dilma foi a TV e em cadeia nacional de televisão anunciou 5 pactos com a população nas áreas econômica, saúde, transporte, educação e participação popular, com a realização de um plebiscito pela reforma política que se arrasta há anos. Os movimentos sociais sentiram que o momento está propício para a reafirmação de pautas históricas e também foram as ruas de forma organizada. Como deve ser a luta daqueles que lutam contra as forças do capital, forças que dominam nosso país nos bastidores do poder, forças que controlam a grande mídia e que tem pavor de ver o povo exercendo direitos. Ainda muito terá que ser refletido sobre estas manifestações. Com a possibilidade de mais pessoas terem direito a educação, com políticas como o PROUNI ou as cotas raciais ou mesmo com a erradicação da fome e da miséria com políticas como o bolsa-família e ainda com o direito a moradia através do Minha casa, minha vida, nos deparamos com uma população que engatinha nesta democracia de pouco mais de 20 anos em busca de mais direitos. Cabe a nós que estamos a frente de movimentos sociais nos colocarmos ao lado dessa sede de melhorias em nosso país. Afinal de contas, como diz o ditado popular, só se busca o livro depois de se estar alimentado.

Jornal dos Bairros Expediente: Veículo da União das Associações de Bairros de Caxias do Sul – UAB - Rua Luiz Antunes, 80, Bairro Panazzolo – Cep: 95080-000 - Caxias do Sul Filiada à Federação Riograndense de Associações Comunitárias e de Moradores de Bairros (FRACAB) e a Confederação Nacional de Associações de Moradores (CONAM) Presidente: Valdir Walter Diretor de Imprensa e Comunicação: Cláudio Teixeira - claudiosteixeira@gmail.com Editora: Karine Endres - MTb. 12.764 - karine.endres@gmail.com Design Gráfico: Karine Endres Reportagem: Karine Endres E-mail: jornaldosbairroscx@gmail.com Telefone: 3238.5348 Tiragem: 10.000 exemplares Conselho Editorial: Antonio Pacheco de Oliveira, Cláudio Teixeira, Flávio Fernandes, Karine Endres, Paulo Saussen e Valdir Walter Email: uabcaxias@gmail.com Comercial: 3219.4281 Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

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Série Prata e Veteranos iniciam em 10 de agosto As inscrições para os campeonatos Série Prata e Veteranos, realizados pelo departamento de Esportes da UAB, ainda não foram encerradas, mas as aberturas dos certames já estão programadas. Os dois jogos de abertura devem ser realizados no dia 10 agosto, às 19 horas, no Enxutão. As inscrições podem ser realizadas até o dia 20 julho, com uma taxa de R$ 220,00 por time, em cada categoria. Logo após o encerramento das inscrições e ainda antes da abertura, será realizado o sorteio das chaves e é importante que os times se organizem para participar. Previsto para às 20 horas do dia 24 de julho, na UAB, cada equipe deve enviar um representante para o sorteio, quando serão definidos as chaves e o regulamento

Agende-se para o futebol: Prazo de inscrições: 20 de julho > R$ 220,00 por time Sorteio das chaves: 24 de julho > 20 hs, na UAB Abertura dos campeonatos Série Prata e Veteranos: 10 de agosto > 19 hs, no Enxutão

dos certames. O diretor do departamento de Esportes, Josmar dos Santos, lembra que todas as equipes devem comparecer à abertura, contando assim, desde o início, pontos para sua classificação. “É importante que todos venham na abertura, fortalecendo assim os campeonatos da UAB. Isto vai contar pontos para a classificação disciplinar dos times”, explica o diretor. “Esperamos que estes sejam novamente campeonatos muito bons, com um excelente nível, como tem acontecido nos últimos anos. Além disso, ressaltamos a importância da disciplina em campo, lembrando que as infrações graves contarão também para os demais campeonatos municipais”, afirma. Josmar lembra que é nome do bairro que está sendo levado em quadra. “Cada jogador tem que lembrar que representa seu bairro. Não é apenas ele que está em quadra, mas o nome o bairro”, afirma. Além disso, o departamento de Esportes está com um programa na rádio comunitária UAB FM 87,5. O programa vai ao ar aos domingos, das 18 às 20 horas, comentando os principais fatos da rodada do final de semana. “Neste programa queremos manter os jogadores atualizados sobre as rodadas, andamento dos jogos, classificação e todos os fatos importantes que acontecerem durante as partidas”, afirma Josmar.

Mande seu recado Escreva para o Jornal dos Bairros. Mande sua sugestão, reclamação ou comentário. Entregue na sede da UAB até a última semana de cada mês ou pelo e-mail jornaldosbairroscx@gmail.com

Sebastião Nunes Faleceu no dia 6 de junho o técnico de futebol Sebastião Nunes. Mais conhecido como ‘Tião’, técnico de futebol amador de Futsal.

Ele atuou em vários torneios amadores da cidade e acompanhou por anos os campeonatos realizados pela UAB.

Agenda Comunitária 20/07 - 14h Debate do departamento de Organização da Mulher sobre violência contra as mulhers nas redes sociais

20/07 - Término das inscrições para os campeonatos Série Prata e Veteranos 20/07 - 20h Filó das Embaixatrizes da Festa da Uva 24/07 - 20h Reunião de organização dos campeonatos Série Prata e Veteranos

27/07 - 09h Reunião da diretoria da UAB 03/08 - 14 Assembleia Geral da UAB


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Movimento

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Comunitaristas eleitos são empossados Os comunitaristas eleitos para dirigirem as Amobs e a União das Associações de Bairros lotaram o auditório José Carlos de Anflor durante a sua posse, no dia 6 de julho. Presidentes, além de diretores de Amobs e da UAB foram diplomados durante a Assembleia Geral da UAB. Mais de 180 comunidades elegeram as diretorias no dia 2 de junho para o mandato de 2013 a 2015. UAB prestigiada Diversas autoridades prestigiaram o evento, como o prefeito municipal, Alceu Barbosa Velho (PDT), vice-prefeito, Antônio Feldmann (PMDB), presidente da Câmara de Vereadores, Édson da Rosa (PMDB), a deputada estadual, Marisa Formolo (PT), além de vereadores, secretários municipais e presidente de autarquias. O prefeito municipal, Alceu Barbosa Velho, ressaltou a solidariedade presente no movimento comunitário. “Se eu tivesse que definir a relação de vocês, o que significa a UAB, seus dirigentes, assim como os presidentes de bairro, eu diria que é um dos maiores exemplos de solidariedade que eu posso perceber”. P

Para Pizetti, momento histórico Luiz Pizetti, presidente de honra da UAB, aproveitou a oportunidade para chamar os novos e antigos comunitaristas a se somarem às manifestações de Alceu quer todas as crianças de Caxias, maiores de quatro anos, no ensino fundamental até 2016 ruas, para que possa ser possível “dar um salto de cem anos na Parceria nidade para avançarmos nas conquishistória”. O presidente da Câmara de Vereatas sociais, na busca de uma sociedaPizetti lembrou que a Ditadura Milidores, Édson da Rosa, destacou que o de justa e construir um mundo novo”, tar fez mais do que ceifar vidas, ela rommomento é festivo. “Uma posse é um afirma Pizetti. peu com a capacidade de luta de mais momento festivo de todas as pessoas Capacidade de unir de uma geração. “Temos que recuperar que se colocam à disposição e reconheEm nome da Assembleia Legislatiesse tempo perdido e surgiu a oportucemos o valor de todos os comunitarisva, a deputada estadual Marisa Formolo, tas. Tanto que neste ano fizemos efetivasaudou a nova diretoria e cumprimentou mente uma parceria, através do Câmara pela maturidade política, que resultou vai aos Bairros, com aqueles que melhor em uma única chapa para a União. “Inconhecem a realidade e os problemas dependente das posições partidárias, de suas comunidades”, diz Édson. “Em todos se juntaram em uma chapa única nome da Câmara de Vereadores, saudapara fazer uma grande eleição democrámos a todos que foram eleitos e desejatica nessa cidade”, enfatizou. “Aqui hoje, mos a todos uma boa gestão”, concluiu. as maiores autoridades são vocês que estão tomando posse, tanto na direção Coquetel da UAB quanto nas Amobs. Sem vocês, Cada presidente de bairro foi chanão haveria solenidade hoje. Quero deimado à frente do plenário para receber xar um voto de esperança, pois a cidade seu diploma de posse. Ao encerramento é uma grande casa, se cada um faz a sua da diplomação, todos foram convidados parte, dá certo. E vocês estão organizaa participar de um coquetel no ponto de dos nos bairros e é disso que precisacultura UAB Cultural. mos, organização”, afirmou

UAB tem nova Executiva

“Quero agradecer a Maria por esses dois mandatos e quero dizer, que lá no início eu já dizia que ela seria uma grande tesoureira, e se confirmou. Muitas vezes ela chorou nessa salinha ao lado, quando a verba ficava curta e a Maria se desesperava. Eu sempre dizia que a gente conseguiria fazer com que tudo desse certo”, afirma Valdir. “Maria, tu foi nossa grande tesoureira e será sempre. Tenho certeza que continuará fazendo um grande trabalho no departamento de Patrimônio”, afirmou.

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Grabriele é UAB e Visate na Festa da Uva 2014

Prestação de contas aprovada por unanimidade

Durante a AG, também foi realizada a prestação de contas da UAB do mandato, pela então tesoureira Maria Bonilla, que deixou o cargo. Maria assume o departamento de Patrimônio da UAB e passa a tesouraria para o ex vice-presidente, Flávio Fernandes. A prestação de contas foi aprovada por unanimidade pelos presentes. Valdir Walter, reeleito para a presidir a União, destacou o trabalho de Maria Bonilla, que conduziu com sobriedade as finanças da entidade nos últimos quatro anos.

Geral

Foto: Karine Endres

O prefeito afirma torcer para que a amizade se fortaleça na UAB e no movimento. “Tudo que eu torço, é que vocês continuem tendo essa amizade, que vocês têm e que vocês vivam essa solidariedade. Eu, como prefeito, agradeço a parceria, faço voz para que ela continue e vida longa à nossa UAB”.

Maria Bonilla, ao centro na mesa, teve planilhas aprovadas com casa cheia

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A Executiva da UAB é a instância responsável por dar andamento e executar as decisões da diretoria da UAB e também dos presidentes de bairro, através da Assembleia Geral. Ela responde pelo dia-a-dia da União. Já a diretoria é formada por todos os diretores dos 22 departamentos, conselho fiscal, diretorias de região – em um total de dez regiões, seis secretarias especiais, além da mesa da Assembleia Geral – constituída por presidente, vice e três secretários). A Assembleia Geral é o espaço onde os presidentes de bairro tomam suas decisões, podendo orientar e definir a linha política que será adotada pela entidade.

Saiba quem é a nova Executiva

Presidente: Valdir Fernandes Walter Vice: Jocemar Barbosa Secretária geral: Cleusa Moraes Jurídico: Antonio Pacheco Tesoureiro: Flavio Fernandes Patrimônio: Maria Bonila Comunicação: Cláudio Teixeira Participação Popular: Elvino Santos Formação: Alexandre Severo Confira a Assembleia Geral:

Presidente: Paulo Saussen Vice-presidente: Valdevino Tavares 1º Secretária: Edi Maria Bolson 2º Secretária: Cláudia Maria dos Santos 3º Secretário: Sérgio Luis de Jesus

Foto: Luiz Chaves

A primeira princesa comunitária da UAB, Gabriele Barili Rossi, está representando a UAB, em parceria com a Visate, no concurso para Rainha da Festa da Uva 2014. Gabriele é moradora do Jardim América e tem 21 anos. Ela foi a candidata da UAB, contrariando a tradição de indicar a Mais Bela Comunitária, pois Letícia de Carvalho, que detém a faixa, ainda não completou 18 anos e não pode concorrer, conforme o regulamento do concurso à soberana da Festa da Uva. Gabriele vem cumprindo uma extensa agenda do préconcurso. As 25 candidatas precisam dominar a história da cidade de Caxias, sobretudo aquela referente à colonização italiana, conhecer os pontos turísticos e sua importância, assim como ter boas noções de etiqueta e comportamento em

“Uma candidata que nos represente na Festa, nos dá oportunidade de visibilidade e também possibilita que as meninas dos bairros possam participar, no mesmo grau de importância que uma menina de um grande clube ou grande empresa” Ângela Córdova

Gabriele, primeira embaixatriz à esquerda, divulga também o nome da UAB em visita ao governador Tarso

público. “A agenda é extensa sim, fora os eventos oficiais, todos os dias temos um novo compromisso”, afirma a candidata co-

munitária. “São entrevistas nos meios de comunicação, visitas, apresentações de candidatas, fora o tempo para estudar”, diz. Mas, segundo ela, a dedi-

União também está na corte de Galópolis Foto: Andreia Coppini

de Galópolis, no dia 29 de junho. Cecille Felippi foi escolhida rainha do distrito e Luana To n e t Letícia, à esquerda, representou comunitaritas ta, a outra A União das Associações princesa. Elas irão representar de Bairros também está reprea comunidade por dois anos. sentada na corte eleita para o Além disso, a torcida de distrito de Galópolis. A atual Letícia foi escolhida como a Mais Bela, Letícia de Carvalho, melhor entre as sete candidaconcorreu e foi eleita princesa tas. Muitos comunitaristas par-

ticiparam do evento, ajudando a conquistar este título. “Para nós foi importante apoiar nossa Mais Bela Comunitária em um concurso do seu próprio bairro, onde ela também levou o nome da UAB. Além de conquistarmos a coroa de princesa, garantimos o título de melhor torcida organizada. Isto, no mínimo, demonstra nossa capacidade de união e de participação comunitária em eventos que não são apenas os organizados pela própria entidade. Assim fortalecemos o nome da UAB nos mais diversos locais e bairros de Caxias”, diz Ângela.

cação vale a pena. “Fico feliz e orgulha por estar representando duas entidades de tamanha importância para Caxias do Sul. A UAB é como se fosse uma segunda casa para mim, e a Visate é parte do dia a dia da maioria dos caxienses”, continua Gabriele. Segundo ela, é um compromisso diferenciado, pois o movimento comunitário ‘é uma força muito grande’. “Tenho que me empenhar o máximo, dar o meu melhor, para poder estar representando cada uma dessas pessoas que fazem parte e lutam pela comunidade, da melhor forma possível”, explica. Segundo Ângela Córdova, diretora do Departamento de Organização das Mulheres, da UAB, a importância da UAB ter uma candidata no concurso da Festa da Uva é justamente por esta ser a maior festa comunitária da cidade. “A UAB sendo

uma entidade popular, que atinge a maior parte da população de Caxias, tendo uma candidata que nos represente na Festa, nos dá oportunidade de visibilidade e também possibilita a participação das meninas dos bairros”, afirma. Shania Pandolfo, que também é diretora do departamento, ex Mais Bela e que já concorreu à Rainha, reafirma a oportunidade de visibilidade para a entidade. “São meses de visibilidade e uma forma de nos afirmarmos em um determinado meio social. Afinal, não é porque somos uma entidade popular, que não podemos participar da uma festa tradicional e que, historicamente, reúne as elites da cidade”, diz. Ângela ainda afirma que, neste ano, a festa tem como lema a diversidade e por isso, é ainda mais importante a UAB estar representada. “Quem mais representa a diversidade de Caxias do que a própria UAB, que reúne todo o tipo de cultura e padrões sociais?”, questiona.


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Segurança

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Foto: Andreía Copini

Governo do Estado pretende implantar mais oito núcleos ainda em 2013

do Estado”, disse o presidente da UAB, Valdir Walter, em nome da comunidade. Caxias é pioneira O secretário estadual, Airton Michels, ressaltou a iniciativa caxiense e anunciou oito novos núcleos do Policiamento Comunitário até o final deste ano. “Vocês foram proDivulgação Governo do RS tagonistas e incentivadores para que outros municípios gaúchos procurassem essa política estadual de polícia comuni-

tária. De longe, Caxias é o município que mais incentiva e busca ações da área da segurança junto ao Governo Estadual, porque é uma vontade da comunidade, que pede e nós, autoridades da área, procuramos atender essas solicitações. Tanto que Caxias apresentou resultados positivos na redução da criminalidade. Voltarei aqui ate o final do ano para entregar mais núcleos do Policiamento Comunitário aos caxienses”, informou o secretário estadual, também anunciando para breve a implantação na cidade da Patrulha Maria da Penha. O prefeito Alceu Barbosa Velho ressaltou a parceria com o Governo do Estado em várias

ações em prol da comunidade. “A sua presença secretário é uma distinção para Caxias pela sua posição no Estado e pela sua economia. Temos várias parcerias com a Brigada Militar, entre elas a participação no Gabinete de Gestão Integrada do Municípiol. É o GGI-M, que reúne as forças do município, que decide as ações como a implantação da justiça restaurativa, a qual também somos pioneiros no Rio Grande do Sul e no Brasil. E nossas parcerias são efetivas, no caso do Policiamento Comunitário a Prefeitura investe cerca de R$ 500 mil ao ano. Então, o que o Governo Estadual faz encontra eco aqui em Caxias”, disse Alceu Barbosa Velho.

Etapa municipal Em Caxias, a conferência teve a presença do secretário estadual de Habitação e Saneamento, Marcel Frison, do vice-prefeito Antônio Feldmann, do secretário municipal da Habitação e Coordenador da Comissão Preparatória Municipal, Renato Oliveira, do diretor presidente do Samae, Elói Frizzo, do secretário municipal do Urbanismo, Fábio Vanin, além de vereadores, comunitaristas e

Marcel Frison, secretario estadual, chamou atenção para importância da pressão popular para que avanços sejam conquistados

comunidade em geral. Frison abordou “A Reforma Urbana e a Política Nacional de Desenvolvimento Urbano”. Já o engenheiro Arnaldo Dutra, da Corsan, trouxe informações sobre o tema “Saneamento para Todos com Desenvolvimento Sustentável e Controle Social”. Após os painéis, os inscri-

tos, representantes de diversos segmentos da sociedade, participaram das oficinas, inspiradas no texto-base da conferência, enviado pelo Ministério das Cidades. O relatório final, aprovado em plenária, está ainda sendo formatado pela prefeitura municipal, que deverá divulgá-lo para a comunidade.

RS participa No RS, 235 municípios estão realizando suas conferências e devem enviar delegados para a Conferência Estadual das Cidades, que ocorre de 15 a 17 de agosto no Centro de Eventos da Fiergs em Porto Alegre. A etapa nacional deve acontecer de 20 a 24 de no-

vembro deste ano, em Brasília. Realização A 5º Conferência Municipal foi uma realização da prefeitura, em parceria com Câmara de Vereadores, CIC, UAB e sindicatos e Associação de Engenheiros, Arquitetos, Agrônomos, Químicos e Geólogos de Caxias do Sul (SEAAQ).

Secretário estadual defende protagonismo popular

C M Y K

Os dez núcleos mais antigos sição, Panazzolo, Cristo Redentor, Rio Branco, Lourdes, Bela Vista, Sanvitto, Floresta, Medianeira, Sagrada Família, Santa Lúcia, Cohab, Colina Sorriso, São Pelegrino, Petrópolis e Presidente Vargas, abrangendo cerca de 112 mil moradores.

Foto: Karine Endres

Cidades com transporte de qualidade, mobilidade urbana, acessibilidade, moradia de qualidade com custo acessível, acesso aos serviços públicos, comércio, além de cultura e lazer, somado à qualidade no abastecimento de água e tratamento de efluentes e resíduos são alguns temas que constituem a reforma urbana. E no dia 15 de junho, a UAB abriu suas portas para colocar estes assuntos em debate na 5º Conferência Municipal das Cidades. Com o tema “Quem muda a cidades somos nós. Reforma urbana Já.”, o processo da conferência (que ainda tem etapas estaduais e nacional) pretende que as pessoas discutam a cidade que querem e ajudem a formular planos para a mudança.

Cada núcleo conta com três PMs morando na região e uma viatura

Caxias do Sul foi pioneira no Rio Grande do Sul na implantação deste novo modelo de policiamento comunitário. Ainda no início de 2012, foram instalados 10 núcleos abrangendo os bairros Pio X, Santa Catarina, Expo-

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5º Conferência Municipal das Cidades discute reforma urbana em Caxias

Caxias já tem 14 núcleos de policiamento comunitário e Passo Fundo. A experiência piloto do A entrega dos novos núclepoliciamento comunitário em os foi realizada em um evento Caxias já deu bom resultados. no bairro Cruzeiro, um entre os Além dos dez núcleos iniciais, quatro novos núcleos implanque começaram a operar ainda tados, e contou com a presenno início de 2012, o município ça do prefeito municipal, Alceu recebeu mais quatro núcleos no Barbosa Velho, do secretário dia 13 de junho. estadual de Segurança Pública, Agora, os bairros MareAirton Michels, além de demais chal Floriano, Euzébio Beltrão autoridades militares e munide Queiróz, Cruzeiro, Cinquencipais. tenário I e II e Universitário, Jar“Agradeço aos nossos predim América e Antena passam sidentes de bairros que são a a contar com esse tipo de seguporta de entrada do policiarança, beneficiando mais 40 mil mento comunitário nos bairros. pessoas. O modelo é uma parSempre estareceria entre mos juntos de o Governo “Vocês foram protagonistas projetos como do Estado e incentivadores para esse, que bene– que sede que outros municípios ficiam a toda a as viaturas, policiais gaúchos procurassem essa comunidade. É e equipapolítica estadual de polícia um modelo que deu certo, que mentos, e comunitária” reduziu em 60 a a prefeitura 70% da violênmunicipal, Airton Michels cia nos bairros que é resatendidos. Não ponsável ouvimos mais falar de casos em auxiliar o custo de moradia graves nesses bairros, então dos policiais. Hoje o projeto se agradeço aqui ao empenho de expandiu para outros municítodos os parceiros, em espepios como Bento Gonçalves, cial a Prefeitura e ao Governo Campo Bom, Cruz Alta, Esteio

Reforma Urbana

‘Quem muda a cidade somos nós’, reafirmou o secretário estadual de Habitação e Saneamento, Marcel Frison, que também é conselheiro nacional das Cidades. Segundo, ele, já existem os mecanismos que podem garantir mais democracia no acesso à terra e às cidades, porém, “as prefeituras não farão isso se não houver pressão popular”, afirma. Para ele, o programa federal ‘Minha Casa Minha Vida’ é uma importante iniciativa para diminuir o déficit de habitações, porém, sozinho, não conseguirá dar uma resposta satisfatória a toda a demanda que existe nesta área. “O pro-

nomia, mas também responde grama retomou uma política Estatuto das Cidades a um grande déficit habitaciomassiva de habitação que não A criação do Estatutos da nal. “O processo que gerou o existia desde a década de oiCidade foi uma grande tenta. Desde esse períoconquista para a sociedado também não existiam ““O interesse pela terra enquanto de, avalia o secretário Frimais investimentos em son, que poderia ajudar a mercadoria é muito grande em saneamento no país. Podiminuir o custo da terra uma economia movida pelo rém, o custo da terra ainpara habitações de intecapital, Se a gente não tiver um da é extremamente alto resse social. “Mas não é contraponto social profundo, para em muitos lugares, inviaaplicado”, argumenta o bilizando a construção de dar firmeza para os gestores e a secretário. unidades habitacionais a “O Estatuto das CiCâmara fazerem as reformas, elas um preço mais acessível”, dades cria um conjunto não vão sair”” argumenta. de instrumentos para a Para o gestor, o proreforma urbana, como a Marcel Frison grama foi um indutor do taxação progressiva, as desenvolvimento econôáreas de interesse social, programa não é perfeito e premico, foi uma política econômimas muito pouco as prefeituras cisamos evoluir mais”, afirma. ca criada para a ajudar a gerar têm aplicado isso. E é um debaemprego e a movimentar a ecote que precisa ser feito. Mas as

prefeituras não farão isso sem pressão popular”, diz. “O interesse pela terra enquanto mercadoria é muito grande em uma economia movida pelo capital, a pressão da propriedade privada é muito grande. Se a gente não tiver um contraponto social profundo, para dar firmeza para os gestores e a Câmara fazerem as reformas, elas não vão sair”, diz Frison. As ocupações em área de risco são um forte sintoma deste fato, acredita o gestor estadual. “Elas não vão para as áreas de risco porque são suicidas, mas sim, são empurradas para as periferias por-


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Reforma Urbana

Julho 2013 que não têm para onde ir, e esse processo resulta na criação dos bolsões de miséria ao redor das cidades”, afirma. Plano estadual Segundo Frison, o Governo do Estado já está construindo o plano estadual de habitação de interesse social, e no qual, Caxias deverá ser considerada uma região metropolitana. “Precisamos enfrentar a democratização do solo urbano, mas não faremos isso se as prefeituras não utilizarem os instrumentos para incidir no meio urbano. Não é possível

que a terra tenha o mesmo valor quando utilizada para os bens sociais e quando usada para o mercado. As questões comunitárias e sociais precisam ter o mesmo valor das coisas voltadas para o mercado e para a economia”, diz. Mobilidade e acessibildade Ele também destaca a importância de discutir a mobilidade urbana, “e isso tem a ver com a forma como enxergamos a cidade”, explica

Frison. “A cidade tem que ser integrada, o emprego, o acesso aos serviços, ao lazer, à saúde, em que estar perto das pessoas. As coisas não podem estar segmentadas. O desenvolvimento não pode ser pensado dividindo as coisas. A grande parte do emprego tem que estar perto das pessoas”, acredita. Para o secretário estadual, não é um problema de fato todas as famílias terem um veículo próprio. “O problema é todas as pessoas quererem usar seu

07 veículo todos os dias, e não termos um transporte público de qualidade e acessível”, afirma. Outro tema de fundamental importância é a acessibilidade, segundo Frison, que trouxe o dado de que cerca de 10% da população brasileira possui algum tipo de dificuldade de acessibilidade. “Isso inclui as crianças, os idosos, os que enxergam pouco, os surdos e os que ouvem pouco, os obesos. Quando falamos de acessibilidade, não falamos apenas dos cadeirantes”, expõe. Frison afirma que o Go-

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não possuem água limpa para a higiene pessoal e da casa. Além disso, 2,4 bilhões – ou 1 a cada três pessoas em todo o planeta – não tem acesso a esgoto e usa diariamente rios, córregos e matas para suas necessidades”, disse. Para ele, pelo fato do saneamento afetar a saúde e a qualidade de vida das pessoas, este é mais grave problema relacionado com a pobreza e interfere diretamente na auto-estima e na dignidade das pessoas. “Falar em erradicação da pobreza sem falar em saneamento e por consequência em habitação é impossível”, acredita. “Ele tem que ser um direito de todos, independente da sua situação econômica, e para isso, as pessoas precisam exigir do gover-

Fotos: Karine Endres

No dia 6 de junho, os jornais de São Paulo ainda repercutiam mortes violentas em tentativas de assalto quando uma primeira manifestação de 150 jovens, aparentemente despretensiosa, aconteceu no centro da cidade, na hora do rush, rumo à Avenida Paulista. Era o primeiro protesto do Movimento Passe Livre (MPL), que nos dias seguintes atrairia os holofotes da imprensa e se espalharia como “epidemia” pelo Brasil, contagiando rapidamente a população de diferentes cidades. O papel das redes sociais (Twitter e Facebook) foi decisivo para a articulação dos discursos e para divulgar hora e local dos protestos. Mas a epidemia só ganhou força depois do dia 17, ao monopolizar o noticiário das grandes redes de televisão. Em São Paulo, os primeiros três protestos aconteceram em um intervalo de seis dias e não ultrapassaram os 10 mil manifestantes. Mesmo assim, já eram a principal história dos jornais. No dia 13 de junho, outras dez cidades aderiram capitais ou cidades médias, como Natal, Porto Alegre, Rio, Santos e Sorocaba. A repressão policial utilizada contra estes manifestantes correu como um rastilho de pólvora na internet. Diversas organizações e movimentos sociais iniciaram uma articulação nacional em apoio a estes manifestantes. Em Caxias do Sul não foi diferente. Os estudantes, sobretudo, chamaram um ato para o dia 21 de junho e ainda na terça, dia 18,

Foto: Karine Endres

no e participar de forma ativa para construir essa temática. E para isso precisa de controle público, isto é, controle social”, diz Dutra. Hoje, 5% do PIB brasileiro é investido em educação; 3,77% em saúde e outros 3% em infraestrutura – o que abarca todos investimentos “Saneamento básico é um direito de todos, por isso deve ser público”, diz Arnadlo Dutra em estradas, aeroportos e mou Dutra. tade política, com planejamensaneamento, por exemplo. “Quando falamos em obra to, mas sobretudo, com recur“Existe uma lacuna muito grande saneamento, falamos em sos financeiros. Sem dinheiro, de e precisamos avançar”, diz. obras de milhões. E com recurnão se faz saneamento”, afir“Saneamento se faz com vonsos das tarifas, é inviável, pois demoraria muito tempo para arrecadar o valor. E o PAC, neste sentido, foi muito importante, o saneamento público é um deixa de ser de compromisso pois trouxe alguns recursos, direito de todos e que precisa do governante eleito e pasmas ainda precisamos avanser universalizado. Abriu o consa a ser um compromisso de çar”, reafirmou o engenheiro. ceito de saneamento, incluindo gestão dos municípios. Como exemplo, Dutra cio tratamento de água, esgoto, tou que o PAC 1 liberou R$ 40 2010: aprovada a Lei 12.305, tratamento dos resíduos e do bilhões para obras de saneaque trata da política nacional lixo, assim como o manejo das mento. Agora, o PAC 2 liberou de resíduos sólidos e determiáguas. outros R$ 45 bilhões. na o final dos lixões em até Porém, segundo ele, o dé2007: Inicio do PAC 1, que desquatro anos. Ainda hoje, mais ficit brasileiro na área é de R$ tinou R$ 40 bilhões para obras de 3 mil municípios ainda têm 510 bilhões. “O Conselho das de saneamento depósitos de lixo a céu aberto Cidades identificou que precicomo destino de seus resídu2010: criado o Plano Nacional samos investir cerca de R$ 510 os. Caxias já conta com aterro de Saneamento Básico – dá as bilhões nos diversos tipos de sanitário regularizado. diretrizes para o saneamento obras de saneamento, em 20 em todo o Brasil e define que 2013: Conselho Nacional das anos, para resolvermos nosdevem ser feitos planos estaCidades aprova o Plano Naso déficit neste setor”, encerduais e municipais. O assunto cional de Saneamento Básico ra Dutra.

Mesmo para aqueles que acompanham a história do movimento, a epidemia de protestos surpreendeu. O filósofo Pablo Ortellado, coautor do livro Estamos Vencendo! (Conrad), sobre os movimentos autonomistas no Brasil, ainda se esforça para entender o que aconteceu. “A resistência e a desobediência civil já eram discutidas desde Seattle, em 1999, nos movimentos antiglobalização. A novidade foi o Passe Livre, que passou a ter uma pauta clara, com

1969: criação do Planasa – Plano Nacional de Saneamento.

2004: criação do Conselho Nacional das Cidades. Um marco no controle social e participação sobre o tema do saneamento 2005: criada a Lei dos Consórcios Públicos 2007: criada a Lei do Saneamento, que traça as diretrizes para o setor. Define que

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Antes de 1969: cada ente federativo conduzia o saneamento local de acordo com sua vontade própria. Foi quando alguns serviços, como o Samae foram criados. Não havia uma diretriz nacional, nem fonte de recursos estabelecidos.

Início dos investimentos federais em saneamento. Porém, considerava apenas o abastecimento de água e não o tratamento de efluentes ou de resíduos.

eles fizeram uma primeira ocupação na Câmara de Vereadores. Ainda naquela semana, o dia 17 se transformou em um marco nas manifestações de ruas do Brasil. São Paulo parou, com 200 mil pessoas nas ruas e já se contavam 21 protestos por todo o país. O auge foi no dia 20, quando 150 municípios tiveram protestos. Pelo menos 1 milhão de brasileiros foram às passeatas, segundo dados das Polícias Militares de 75 cidades. Desde Belém, no Pará, até Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai. A menor cidade a se rebelar foi Figueirão (MS), que tem Mais de 30 mil estavam na manifestação em Caxias, tomando mais de 11 quadras centrais 2,9 mil habitantes. O mote do transporte público foi leiros. Coxim (MS) protestou contra os ções regionais, especialmente nas cidao mais popular principalmente nas ciburacos nas ruas e pediu a saída do sedes menores. Picos (PI), por exemplo, dades que têm rede de ônibus. Mas os cretário de obras. atraiu manifestantes contra os pistoprotestos também ganharam conota-

Difícil leitura

Saneamento básico no tempo O engenheiro Arnaldo Dutra trouxe uma série de informações sobre como foi tratado o saneamento básico na história recente brasileira. Ele também falou sobre as principais leis que regem o tema hoje:

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2013: o ano que o B

verno Federal está criando os instrumentos necessários para que os gestores comecem a buscar soluções para estes problemas, como o próprio Estatuto das Cidades, o Sistema Nacional de Desenvolvimento Urbano e um fundo monetário correspondente, que buscam integrar todas as políticas de desenvolvimento urbano. Mas para que estes problemas sejam resolvidos, é preciso que estes instrumentos encontrem eco nas prefeituras e nos Estados, de forma articulada e com participação social.

Saneamento com controle e inclusão social Arnaldo Dutra, engenheiro da Corsan, também palestrou na Conferência Municipal das Cidades e trouxe dados importantes sobre este setor hoje, no Brasil e no RS. Ele lembrou que há um longo período não se investia em saneamento e hoje a situação é precária, mesmo os investimentos tendo sido retomados através do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, mantido pelo Governo Federal. Para ele, avançar no saneamento é “garantir cidadania”. “Não se pode querer que uma pessoa tenha dignididade, se ela não tem como tomar um banho com água limpa para ir trabalhar”, afirma Dutra. “O saneamento é um direito das pessoas e por isso não pode virar lucro. E se não pode visar o lucro, precisa ser público”, acredita. “Hoje, 1,6 bilhão de pessoas

Especial

um grupo de referência para negociar. O governo foi acuado pelas passeatas e mudou sua decisão.” As manifestações continuaram em menor quantidade depois da redução das tarifas, apesar de muitos protestos contra a Copa das Confederações. Para especialistas, atos podem continuar Diante da “epidemia” de protestos, as autoridades foram surpreendidas e

tentaram administrar “antibióticos” para acalmar a febre popular. A presidente Dilma Rousseff também precisou se mexer e anunciou a intenção de convocar um plebiscito para promover a reforma política, entre outras medidas. A professora e pesquisadora de mídia digital Giselle Beiguelman (FAU-USP) vê a atitude dos políticos com ceticismo. “Parece que eles tentaram colocar um ‘curativo’ para solucionar um problema muito mais grave”, diz. “Há

uma crise na democracia representativa. A internet aumentou a quantidade de informação e hoje as pessoas estão de olho nas ações governamentais Os protestos devem continuar enquanto não forem feitas reformas profundas.” Os analistas lembram que as reivindicações atuais são diferentes das ocorridas, por exemplo, em 1984, quando se pedia as “Diretas-Já”, e em 1992, quando os caras-pintadas gritaram pelo “Fora Collor”.


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Brasil foi para a rua

“Por que a Globo simboliza os podres da mídia brasileira?”

Uma energia vulcânica irrompeu nas ruas Para o teólogo, filósofo e escritor Leonardo Boff, o projeto de inclusão do PT alcançou depois de dez anos o seu teto. “A ilusão do PT foi entender-se como a realização do Brasil que queríamos. Abandonou o trabalho nas bases e perdeu a organicidadade com os movimentos sociais organizados que o criaram. Nas bases não se discutia mais política nem se sonhava com a construção de um Brasil ainda melhor”, constata Leonardo Boff. Segundo ele, “as ruas foram ocupadas pela energia da indignação. Não se trata de vinte centavos mas de respeito e de direitos negados. A própria destruição de bens públicos são gestos de negação de um mundo que nega as pessoas. Quer dizer, o arranjo históricosocial já não funcionava mais. Nega-se tudo: o poder público, os partidos, qualquer sigla de organização. O que está aí tem que mudar. É uma sociedade em

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a dignidade dos condenados a serem não cidadãos foi resgatada: puderam comer, ter um mínimo de educação, de saúde e de benefícios da modernidade como luz elétrica, acesso à casa e ao sistema bancário. Cerca de uma inteira Argentina de marginalizados foi incluída na sociedade contemporânea. “É um feito de magnitude histórica. A desigualdade social, nossa maior chaga, diminuiu em 17%”, completa. “O povo, uma vez desperto, quer mais. Não basta sair da miséria e da pobreza. Postula um outro Brasil, onde não haja contradições escandalosas como a atividade política movida por interesses, conchavos e negócios, como a corrupção fruto da relação incestuosa entre o poder publico e os interesses particulares dos poderosos”, acredita. Os privilégios das elites dominantes contam mais que os direitos dos cidadãos. Para elas são feitos os principais investimentos, restando sobras para as necessidade da população. Daí se explica a má qualidade do transporte coletivo em cidades inchadas, porque não se fez a reforma agrária, a saúde é precária e a educação desqualificada. Mas para Boff, também é notório que a direita brasileira, especialmente

aquela articulação de forças que sempre ocupou o poder de Estado e o tratou como propriedade privada, apoiada pela mídia privada e familiar, está se aproveitando das manifestações massivas nas ruas para manipular esta energia a seu favor. “A estratégia é fazer sangrar mais e mais a Presidenta Dilma e desmoralizar o PT e assim criar uma atmosfera que lhe permite voltar ao lugar que por via democrática perderam”, acredita o filósofo. Para ele, se deve superar a contradição “criticar o governo ou só defendê-lo”. “Se por um lado não podemos nos privar de críticas ao governo do PT, mas críticas construtivas, por outro, não podemos ingenuamente permitir que as transformações político-sociais alcançadas nos últimos 10 anos sejam desmoralizadas e, se puderem, desmontadas por parte das elites conservadoras”, afirma. Para Boff, as forças de direita visam ganhar o imaginário dos manifestantes para a sua causa que é inimiga de uma democracia participativa de matriz popular. “Por isso, as massas devem continuar na rua contra elas. Precisam estar atentas a esta infiltração que visa mudar o rumo das manifestações. Elas invocam a segurança pública e a ordem a ser estabelecida. Quem sabe, até sonham com a volta do braço armado para limpar as ruas”, afirma o teólogo. Para ele, uma saída é enfrentar as articulações da direita e ,com mais força, reclamar reformas políticas de base que vão na direção de atender a infraestrutura reclamada pelo povo nas ruas: melhor educação, melhores hospitais públicos, melhor transporte coletivo e menos violência na cidade e no campo.

No dia 11, a manifestação chamada pelos trabalhadores e pelas centrais sindicais, em conjunto cutras oitenta organizações, pediu transformações em nosso país. Ao lado das pautas trabalhistas, a democratização da mídia foi uma reivindicação central. Em várias capitais, os protestos terminaram em frente à sede da TV Globo e suas afiliadas. Em Porto Alegre, 100 quilos de esterco foram deixado na frente do prédio da RBS. Mas por que a Globo como alvo, se a crítica cada vez maior da população acerca do papel dos meios de comunicação de massa aponta para problemas comuns ao conjunto das grandes empresas que controlam a maioria do que se lê, assiste e ouve no Brasil? Porque a Globo é um símbolo. É parte desse problema e uma de suas principais causas. Vale enumerar: Concentração O cenário na televisão brasileira é de quase monopólio – algo proibido pela Constituição Federal, mas nunca garantido na prática. Na TV aberta, a Globo controla 73% das verbas publicitárias, embora tenha 43% da audiência. No mercado de TV por assinatura, a Globosat participa de 38 canais e tem poder de veto na definição dos canais da NET e da SKY, que juntas controlam 80% do conjunto de assinantes. Em grandes cidades como a do Rio de Janeiro, o grupo controla os principais jornais, TVs e rádios, situação que seria proibida nos Estados Unidos e em vários países da Europa, onde há regulação democrática da mídia anticoncentração.

cidades brasileiras também motivam as entidades. Para o secretário nacional de Finanças da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Quintino Severo, o momento é positivo para se obter conquistas. “Estamos há um bom tempo fazendo mobilizações com a pauta da classe trabalhadora e, dado o momento conjuntural, evidentemente que a possibilidade de conquista é maior”, avalia. Pautas A plataforma unitária das centrais e do MST inclui pontos como aumento dos investimentos públicos em educação, saúde e transportes; redução da

jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução dos salários; cancelamento dos leilões do petróleo; realização da reforma agrária e o fim do fator previdenciário. A questão da precarização das condições de trabalho também aparece na pauta, simbolizada na luta contra o Projeto de Lei nº 4.330/04. De autoria do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), o texto propõe a regulamentação da terceirização nos setores público e privado. O PL tem sido duramente criticado pelas centrais sindicais, que veem na proposta uma forma de flexibilizar ainda mais os direitos trabalhistas.

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Com os portões da Visate fechados desde às 3 horas da manhã, e com uma grande publicidade anterior sobre isso, os trabalhadores ficaram em casa. As ruas estavam com pouquíssimos carros e muitas firmas tiveram seu contingente de funcionários extreamente reduzidos. Em Caxias, a coalizão de forças de diversos sindicatos – metalúrgicos, servidores, profissionais da saúde, carteiros, bancários, comerciários – reuniu mais de quatro mil pessoas nas ruas. O objetivo é pressionar o governo a atender demandas que beneficiem os trabalhadores. Os protestos que vêm ocorrendo há cerca de um mês por centenas de

Entregue relatório do Câmara Vai aos Bairros Foto: Karine Endres

Democratização da mídia também foi pautada em Caxias, no dia 11

Centrais vão para a rua destravar pauta dos trabalhadores Os recentes protestos em todo o país têm levado para as ruas uma gama variada de pautas e manifestantes. Convocadas, em sua maioria, por estudantes engajados contra o aumento das tarifas do transporte público, as mobilizações ganharam a adesão, a partir de agora, da classe trabalhadora organizada. No dia 11 de julho, sete centrais sindicais foram para a rua. As manifestações reuniram sete centrais sindicais (CUT, CTB, Força, UGT, CSP/Conlutas, CGTB, CSB e NCST) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Em Caxias, novamente não foi diferente. A cidade parou no dia 11 de julho.

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Foto: Karine Endres

va-se como a resposta à questão “O povo, uma vez desperto, quer mais. que durante décadas se discutia nos Não basta sair da miséria e da pobreza. Postula um outro Brasil, onde grupos e que movia mentes e coranão haja contradições escandalosas ções: ‘Que Brasil queremos que seja como a atividade política movida libertador para as grandes maiorias historicamente condenadas e ofenpor interesses, conchavos e nedidas?’”, ele pergunta. gócios, como a corrupção fruto Uma vez no poder, o PT atenda relação incestuosa entre o deu às principais urgências populapoder publico e os interesses res desde sempre negadas ou insufiparticulares dos poderosos” cientemente satisfeitas. Finalmente, Leonardo Boff estado nascente cuja centralidade deve ser a coisa pública, de todos”, afirma. “Não entender essa irrupção é negar-se à realidade”, diz Boff. Não fazer as mudanças exigidas é permitir que a energia do negativo triunfe”, diz. Para Boff, “O PT significava a cristalização do poder social acumulado nas bases, transformado agora em poder político. Conquistou o lugar central das decisões dos destinos do país”. O filósofo diz ainda que o PT apresenta-

Geral

Promiscuidade política Várias emissoras afiliadas da Globo pelo Brasil são controladas por políticos envolvidos em inúmeros escândalos: no Maranhão, a família Sarney controla a TV Mirante; em Alagoas, Fernando Collor controla a Gazeta; entre outros. É importante lembrar que a Constituição Federal também proíbe, em seu artigo 54, que políticos detentores de cargos eletivos con-

trolem concessionárias de serviço público. Historicamente, as Organizações Globo construíram seu poder econômico e político a partir de estreitos laços com a ditadura militar, que lhe garantiu o acesso a toda a estrutura da Telebrás e a expansão nacional do seu sinal. Manipulação A emissora opera politicamente, direcionando o noticiário jornalístico a partir de suas opiniões conservadoras e buscando definir a agenda pública do país a partir de entrevistados que têm visões alinhadas. A mudança que vimos recentemente na abordagem da cobertura dos protestos simboliza bem a transição entre a deslegitimação e a tentativa de cooptação das ruas a partir de sua própria pauta. Momentos grosseiros de manipulação, como a cobertura das Diretas Já ou a edição do debate entre Collor e Lula, que favoreceu a eleição do primeiro, ainda existem, mas perdem espaço para uma manipulação mais sutil, sofisticada e cotidiana – muitas vezes imperceptível para grande parte da população. Corrupção A recente denúncia de uma operação fraudulenta da Globo para sonegar impostos na compra dos direitos de exibição da Copa do Mundo de 2002 – sobre a qual a população ainda aguarda explicações – não é o primeiro caso de corrupção na história da empresa. Seu crescimento na década de 1960 se deu a partir de um acordo técnico ilegal com o grupo Time-Life, que mereceu uma CPI no Congresso Nacional, mas foi abafado. Por estes e outros motivos a Globo simboliza os podres da mídia brasileira. Por este e outros motivos, a democracia brasileira só será consolidada quando os meios de comunicação de massa forem também democratizados; quando os princípios previstos na Constituição para a comunicação social saírem do papel e quando a liberdade de expressão for um direito garantido a todos e todas.

UAB é parceira da Câmara e esteve na primeira edição do evento no Belo Horizonte

O presidente da Câmara Municipal de Caxias do Sul, vereador Edson da Rosa, entregou no dia 04 de julho, ao prefeito Alceu Barbosa Velho, o relatório da primeira edição do Câmara Vai aos Bairros 2013. O documento contém 55 reivindicações de 34 localidades da região Norte do município. As demandas foram colhidas durante encontro realizado no último dia 29 de abril, no centro comunitário do Bairro Belo Horizonte, que reuniu 150 pessoas. Edson comentou que os principais objetivos da iniciativa têm sido fixar o conceito de Legislativo junto à população, e ouvir as suas reivindicações. Ele também enfatizou a parceria com a União das Associações de Bairros (UAB), para mobilizar as comunidades. Ao longo deste ano, a previsão é de que ocorreram mais cinco edições

do projeto, com a intenção de abranger as regiões Sul, Leste e Oeste, além do Interior e do meio universitário. Para Valdir Walter, presidente da UAB, a iniciativa aproxima de fato os moradores da Câmara e também dos vereadores. “É uma oportunidade para a população fazer suas reivindicações através do legislativo”, afirma o presidente da UAB. O projeto Câmara Vai aos Bairros é realizado por meio de parcerias com as associações de moradores, clubes de mães, igrejas, instituições de ensino e quaisquer outras entidades interessadas. A intenção consiste em aumentar a participação da Casa, junto a variados segmentos da comunidade caxiense, bem como, intermediar a solução de problemas apontados pela população.

UAB forma novas turmas de informática Foto: Mirando Toson

Danúbia Maciel, ao centro, entrega certificado para o comunitarista Sérgio Luis

O departamento de Inclusão Digital da UAB entregou os certificados de conclusão do curso de informática, promovido pela União, no dia 13 de julho. Ao todo, três turmas receberam seus diplomas, no evento realizado na sede da União. “Na era da informática, a UAB está de portas abertas para aque-

les que têm dificuldade com o mundo digital”, afirma Valdir Walter, presidente da entidade. Ele ainda ressalta que os cursos são gratuitos e estão abertos para todos os moradores de bairros. As inscrições para novas turmas já estão abertas. Maiores informações através do 3219.4281, com Clara.


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Orçamento Comunitário

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OC 2013 já tem reuniões marcadas Algumas regiões já estão com as suas reuniões do Orçamento Comunitário 2013 marcadas. Neste ano, as reuniões estão sendo realizadas por etapas e o Centro, Serrano, São Giácomo e Planalto são as primeiras regiões a realizarem os encontros. Os presidentes de bairro das demais regiões já podem entrar em contato com os coordenadores do OC, buscando agendar os seus encontros para setembro e outubro. Particpação Segundo o coordenador do OC, José Dambrós, a prefeitura quer a participação da comunidade.

“Quem escolhe a data e o local é o presidente da Amob, então, eles precisam se organizar com as demais entidades e forças vivas do seu bairro e loteamento e colocar gente nas reuniões”, afirma Dambrós. Ele ressalta que este é o critério para a distribuição dos valores: o número de participantes em cada reunião. “O valor destinado ao OC, que em 2013 é de R$ 15 milhões, será dividido pelo número total de participantes em cada reunião. Então, quem colocar mais gente, levará mais recursos”, argumenta. “A comunidade precisa participar, não apenas das reuniões, mas também depois,

fiscalizando, acompanhando e ajudando a preservar. A porta de entrada da prefeitura continua sendo o Orçamento Comunitário”, enfatiza o coordenador. Controle Ele ainda ressalta que a secretaria do OC redefiniu os métodos de controle das fichas e que será feito uma fiscalização rigorosa. “Não quero saber de gente querendo pegar ficha antes ou depois nas reuniões. Vale quem está lá, na hora marcada”, afirma. Sem UBS e creche Dambrós também alerta que neste ano não será aceito

o aporte de verbas para Unidade Básica de Saúde e construção de novas escolas infantis. “As comunidades que já iniciaram o aporte de verbas para este tipo de obra poderão continuar destinando recursos, até que se complete o valor necessário. Mas não serão aceitas novas indicações, porque são obras muito caras e acaba por se desmobilizar a comunidade, quando a obra demora para sair”, afirma. Loteamentos Irregulares Outra questão que gera inúmeros debates são os loteamentos irregulares. O coordenador afirma que estas comunidades poderão realizar

as reuniões do OC, mas que as verbas terão que ser destinadas para a regularização. “A prioridade é a regularização. A comunidade pode aportar verbas e assim vamos construindo o mapa, o alinhamento das ruas e avançando na questão”, afirma. Obras caras e que vinham sendo reivindicadas, como o asfaltamento de vias extensas para a circulação do transporte coletivo – caso do Conquista e do Cannyon – ou de infraestrutura – como a entrada do Villa Lobos e o acesso ao Belvedere – estão sendo planejadas com recursos do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento, Fase 2 – do Governo Federal).

Confira as reuniões que já estão marcadas: Serrano Século XX - Centro Comunitário 03/08 /15:00 Jardim Eldorado - Centro Comunitário - 07/08 / 19:30 J. das Hortênsias I - EMEF Bento Gonçalves - 10/08 / 14:00 Interlagos - Igreja Nossa Senhora dos Homens - 10/08 / 17:00 Rota do Sol - Casa do Valdecir - 17/08 / 15:30 Capivari - Igreja (Salão da Igreja) 23/08 / 19:30 Mariland - EMEF Ângelo Guerra 30/08 / 19:30 São Ciro II - EMEF Laurindo Formolo - 31/08 / 15:00 Chaimar - Bar Rodrigues - 31/08 / 19:00

Centro

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Rio Branco - Sede da Associação - 03/08 / 14:00 Floresta II - Travessa Virgílio Curtullo, nº 17 (Residência Lucimara) - 03/08 / 15:30 São Leopoldo - Salão Jesus Bom Pastor - 07/08 / 19:30 Jardim América - CTG Minuano - 08/08 / 19:30 Jardim América Antena - Rua Italo V.

Bersani, nº 155 (Residência Sr. Henrique) - 10/08 / 14:00 Pio X - Escola João Triches - 10/08 / 16:00 Cinquentenário I - Centro omunitário 12/08 / 19:30 Marechal Floriano - Centro Comunitário - 12/08 / 19:30 Cristo Redentor - Seminário Lateranense - 13/08 / 20:00 Flor da Serra - Centro Comunitário - 15/08 / 19:30 1º de Maio - Centro Comunitário - 16/08 / 19:30 Sagrada Família - Centro Comunitário 17/08 / 16:30 Centro - Anfiteatro da Câmara - 20/08 / 19:00 Vila Moderna - Sede da Associação 22/08 / 20:00 Vila Libertá - Escola Governador Roberto Silveira - 23/08 / 19:30 Euzébio Beltrão de Queiroz - Postinho (Ao lado da Cozinha Comunitária) - 24/08 / 16:00 Kahler - Centro Comunitário - 26/08 / 19:30 Madureira - Centro Comunitário - 27/08 / 19:00 N. Sra. De Lourdes - Salão da Igreja de Lourdes - 27/08 / 19:00 Jardelino Ramos - Escola Ivanir Marchioro - 30/08 / 19:00

Santa Catarina - Salão da Igreja Santa Catarina - 31/08 / 14:30 Boa Vista - EMEF Giuseppe Garibaldi 31/08 / 17:00

São Giácomo Vale Verde - Rua Adelino Andreazza Samotto, nº 288 - 03/08 / 14:00 Morada Feliz - Borracharia Cristal - 03/08 / 16:30 Colina das Castanheiras - Rua Antônio Felipe, nº 2800 - 07/08 / 19:00 Vale da Esperança - Centro Comunitário - 08/08 / 19:00 Matioda - Pavilhão da Comunidade Católica - 09/08 / 19:00 Mariani - Centro Comunitário - 10/08 / 16:00 Lorandi - Restaurante Gralha Azul - 14/08 / 19:00 Cidade Nova IV - Centro Comunitário 15/08 / 19:00 Boa Ventura - Espaço Aberto Rua Mário Verona - 16/08 / 19:00 São Giácomo - Salão Comunitário - 17/08 / 14:30 Reolon - Salão da Igreja N. Sra. Do Caravággio - 21/08 / 19:00 Cidade Nova - Centro Comunitário - 24/08 / 14:30

Cidade Industrial - Salão da Comunidade (Avenida Industrial) - 25/08 / 15:00

Planalto Pinho Verde - Casa da Presidente, nº 303 - 03/08 / 14:00 Monte Reali - Casa da Dona Irdes Salvalaggio - 03/08 / 18:00 Assunção - Rua São Pedro, nº 1140 09/08 / 19:00 Vila Verde - São Romédio - 16/08 / 19:00 Brisotto - Rua Ângelo Brisotto (Salão) - 17/08 / 19:00 Planalto I - Salão Igreja Aparecida 19/08 / 19:00 São Victor COHAB - Colégio São Victor - 22/08 / 19:00 Bortoline - Salão N. Sra. Do Rosário (R. Conde D’Eu, nº 730) - 28/08 / 19:00 Planalto II - Colégio Guerino Zugno 30/08 / 19:00 COESP - Centro Comunitário - 31/08 / 10:00 Paiquerê - Salão da Igreja São Victor 31/08 / 14:30 São Vergílio - Salão da Igreja Santo Antônio - 6º Légua - 31/08 / 18:00

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Igualdade

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II Conferência da Igualdade Racial propõe criação de secretaria específica Caxias realizou no dia 6 de julho sua II Conferência da Igualdade Racial e discutiu políticas públicas voltadas especificamente para este tema. Com mais de 120 participantes, uma das principais deliberações foi a indicação de uma secretaria municipal da Igualdade Racial. O tema é importante pois possibilita que o município acesse os recursos que serão disponibilizados pelo Governo Federal, através do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir). O Sinapir representa uma forma de organização voltada à implementação de políticas e serviços para superar as desigualdades raciais e combater as desigualdades sociais resultantes do racismo. Ele foi instituído pelo Estatuto da Igualdade Racial e envolve toda a estrutura executiva de um município ou estado, buscando

que conjunto a superação das desigualdades. O Sinapir busca criar uma forma dos municípios e estados criarem políticas públicas consistentes para a igualdade social, como política de estado. Aquelas prefeituras ou estados que optarem por criar secretarias destinadas exclusivamente ao tema da igualdade racial poderão ter a gestão plena dentro do sistema e receber mais volume de recursos para implementar as políticas de combate à desigualdade. Segundo Juçara Quadros, diretora de Etnias da UAB e presidente do Comune, é importante a conferência municipal apontar para a criação de uma secretaria municipal para a igualdade, buscando forças para que isso de fato aconteça. Também foram discutidos políticas de promoção da igualdade racial nos âmbitos regio-

Foto: Natielen Legner

nal Serra, estadual e nacional. Como destaque de proposta nacional, foi sugerida a criação do Ministério de Promoção da Igualdade Racial; em âmbito estadual, criação da Secretaria de Promoção de Igualdade Racial; e para o município, além da secretaria especíPromoção da igualdade racial é tema de conferência na Câmara de Vereadores fica, também foi apontada a incluIII COEPPIR, Sandra Maciel; da Entre eles, estavam o titular da são do segmento cultura afro Vice-Presidente do CODENE, Coordenadoria de Promoção da no Financiarte. “Esta conferênJeanice Dias Ramos; da presiIgualdade Racial, Mestre Brazil, cia serviu de base para as oudente do COMUNE e diretora o diretor geral da Secretaria de tras conferências que ocorrerão do departamento de Etnias da Segurança Pública e Proteção nas outras regiões do Estado”, UAB, Juçara Quadros e do preSocial, José Francisco Barden lembra Mestre Brazil. sidente da Câmara de Vereadoda Rosa; da coordenadora do O encontro contou com res, Edson da Rosa. COEPPIR e representante da cerca de 120 participantes.


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Espaço Comunitário

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Muita cultura no centro comunitário do Belo Horizonte O bairro Belo Horizonte conta uma história de superação através de seu centro comunitário. De um local marcado pela violência, o espaço agora abriga diversas iniciativas voltadas para a cultura e o lazer da comunidade. Segundo Jairo Gomes, presidente reeleito da Amob, o bairro Belo Horizonte tem em sua história a marca da violência e isso também impactava no centro comunitário. “Nosso bairro era muito violento há alguns anos atrás. E os moradores não viam o centro comunitário com bons olhos, pois em todas as festas ocorriam incidentes, inclusive com a ocorrência de mortes”, relata. Mas esta história ficou no passado. Um forte trabalho da diretoria fez do espaço local para a diversão, cultura e lazer. “E viemos numa busca de resgatar esse espaço. Hoje, esse centro é ocupado de segunda a segunda. Tanto os moradores com as festas de aniversário, casamento, quanto as igrejas da região e também é usado para a política comunitária”, relata. Segundo ele, o centro é aberto para todas as matrizes religiosas e as reuniões que preparam as festas da comunidade, seja a junina, seja a de Natal, são realizadas no espaço. “Até as atividades esportivas são organizadas no centro, pois buscamos fazer um trabalho de combate à violência, que antigamente, em qualquer situação que saíamos do bairro, a coisa acabava mal. Hoje, eu já aviso, que se é para sair e me incomodar por causa de atitutes violentas, eu não saio de casa”, enfatiza. Além disso, diversas ati-

Foto: Vitor Lemes

“Música para Todos” proporciona aulas de música e dança no centro do Belo Horizonte

vidades da Unidade Básica de Saúde são realizadas no centro, como as reuniões do grupo antitabagismo, a ginástica laboral, o PIM, o grupo de hipertensos e diabéticos. Ponto de Cultura Os moradores do Belo Horizonte se organizaram através da Amob e conquistaram um ponto de cultura, que é abrigado no centro comunitário. “O ponto ‘Música para Todos’, funciona no centro em uma sala própria e foi conquistado há dois anos”, conta Jairo. Segundo ele, ali se reúnem crianças, jovens e adultos do bairro, além de artistas de toda a cidade. O ponto de cultura ‘Música para Todos’ oferece aulas de violão, capoeira, cavaquinho, dança de salão e uma nova turma com aulas de canto deve iniciar em breve. Todos os cursos têm três turmas com dez alunos

cada, com um público que varia entre os cinco e os sessenta anos. Estas atividades são todas gratuitas e abertas apenas para os moradores do bairro. Além disso, no ponto de cultura também disponibiliza um estúdio de gravação que pode ser utilizado por todos os artistas de Caxias. A gravação dos CDs pode ser feita sem custo algum para o artista. Apenas é necessário entrar em contato com os responsáveis pelo ponto ou com o presidente da Amob, pelo telefone (54)

9126.8824, para agendar horários. Telecentro Outro recurso disponibilizado pela Amob é o telecentro, com recursos do governo federal. Hoje, a Amob conta com 11 computadores novos e uma estagiária, que

Ele relata que o telhado foi refeito, as paredes que receberam novo reboco e pintura. “Foi gasto em torno de R$ 100.000,00, tudo através de verba do OC. Esse valor foi conquistado com duas reuniões do OC. Chegou a

Espaço Comunitário: Centro Comunitário Belo Horizonte Área Construída: 200 m2 Estrutura: Banheiros, churrasqueiras, cozinha e salão Aluguel: de R$ 100 a R$ 200 Endereço: Avenida dos Metalúrgicos, 654, Belo Horizonte Espaço também abriga telecentro, com aulas em Linux

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São Victor discute definição para a escola infantil Foto: Karine Endres

dá aulas de segunda a sexta-feira. E recentemente, uma empresa de internet da cidade passou a fornecer internet de forma gratuita para o telecentro e para o centro comunitário. “É uma forma da empresa fazer um trabalho social, mas para nós foi fundamental, porque nossa primeira turma de alunos, que tinham em torno de 50 anos de idade, já tinham computadores em casa, mas não sabiam acessar a internet. Vieram fazer o curso para aprender a usar internet e a gente não tinha como oferecer”, relata. Biblioteca Comunitária No espaço também existe uma biblioteca comunitária, que atende das 14 às 16 horas, nas quartas-feiras. “Hoje, temos cerca de 500 livros para disponibilizar para a comunidade, que pode retirar os títulos ou ler no espaço do centro comunitário”, explica Jairo.

O espaço O Centro foi construído há mais de vinte anos e há dois anos recebeu uma reforma que remodelou todo o espaço. “Só não foram mudados as paredes e o piso, pois todo o resto recebeu intervenção”, explica Jairo.

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faltar um pouco, mas a prefeitura completou o valor”, relata. A cozinha também foi modificada, com novos instrumentos. Jairo explica que não havia água, nem fiação elétrica. “O centro estava completamente depredado, quando chovia, tinha mais água dentro do centro do que fora”, relata ele. O aluguel do salão é cobrado apenas para festas e varia de R$ 200,00 a R$ 100,00, dependendo se a estrutura será usada apenas à tarde, ou contará com janta à noite. O locador pega as chaves com o salão limpo e assim deve deve devolver. Segundo Jairo, o centro é emprestado apenas para moradores do bairro.

Secretária de Educação (ao centro, em pé) anúnciou construção de nova escola infantil no bairro

A nova diretoria da Amob São Victor já está trabalhando para resolver demandas antigas da comunidade. Um destes problemas foi discutido no dia 13 de junho, em uma reunião entre diretores da Amob, moradores e representantes da secretaria municipal de Educação. Em 2009, a escola de educação infantil Marquinhos teve seu prédio condenado pelo setor de engenharia da prefeitura e as crianças foram transferidas para uma outra escola no Bela Vista. Esta escola atende 54 crianças de 1 a quatro anos, dos bairros São Vitor, Bela Vista e arredores. Mas as crianças menores de 1 ano e quatro meses não puderam ser atendidas no novo local, devido à dificuldade de transporte. Os moradores dos bairros questionam o motivo da transferência das crianças e falta de atendimento para os bebês, já que o prédio antigo, no São Victor, ficou desocupado e em pé.

Conquista A nova Escola de Educação Infantil Marquinhos será construída na Rua Giovani Menegotto, esquina com a rua Pompeu Pezzi, no bairro Segundo a secretária municipal da Educação, Marléa Ramos Alves, como o prédio foi condenado, ele não chegou a desabar, mas isto poderia ter acontecido. “O prédio continuou em pé, mas vocês imaginam se ele chega a cair com as crianças dentro? A prefeitura não podia correr esse risco”, afirma a secretaria. Segundo ela, o atual prédio da escolinha Marquinhos será demolido e será construído um novo prédio no espaço onde houve a permissão de uso do Estado, que fica em frente à escola São Vitor. “A permissão de uso foi dada pelo Governo do Estado e agora vamos iniciar a licitação.

São Vitor Cohab. Os recursos para a obra são provenientes do próprio município. O custo estimado para a construção é superior a R$ 830 mil. A obra deve iniciar no segundo semestre e a previsão é de 180 a 240 dias”, explica Marléa. O município está prevendo construir uma creche e um ginásio – este através da secretaria de Esporte e Lazer. De acordo com Marléa, o projeto da nova escola infantil já está pronto. Neste momento, o município realiza a avaliação técnica e topográfica do local. Após, será aberto o processo licitatório para, então, dar início à obra. “A nova escola terá sua capacidade ampliada e atenderá 99 crianças, de zero a três anos. O prédio antigo será demolido e o terreno será utilizado para a ampliação da Escola de Ensino Fundamental São Vitor”.

Caxias tem Núcleo de Práticas Restaurativas Foi oficializado no dia 12 de julho o convênio entre a prefeitura municipal e o poder judiciário do Estado para a instalação e o funcionamento do Núcleo de Práticas Restaurativas, junto à Central de Conciliação e Mediação da Comarca de Caxias. A Justiça Restaurativa é um encontro de pessoas diretamente envolvidas em uma

situação de violência ou conflito, valorizando a autonomia e o diálogo. Cria oportunidades para que as pessoas envolvidas e os interessados em questão possam conversar e identificar as necessidades não atendidas, a fim de restaurar a harmonia e o equilíbrio. O Núcleo de Pacificação está sendo implantado grada-

tivamente na cidade desde o início do ano. É composto pela Central Judicial de Práticas Restaurativas, que funciona junto ao Fórum; pela Central de Práticas Restaurativas da Infância e da Juventude, junto à UCS; e pela Central de Práticas Restaurativas Comunitária, que funcionará junto ao CRAS, na Zona Norte do Município.


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Rio Branco também tem academia da melhor idade A população da terceira idade no bairro Rio Branco tem um bom motivo para sair de casa. A comunidade conta com uma academia da melhor idade (Amei) instalada desde fevereiro deste ano. Com um custo R$ 69 mil, a academia conta com dez equipamento de exercícios, bancos, cercamento, calçada de piso tátil para deficientes visuais e rampa de acesso para portadores de dificuldade motora. Sérgio Scola, presidente da Amob, relata que os moradores costumam usar o espaço mais pela manhã e ao final da tarde. Uma das grandes vitórias conquistada junto com o equipamento, e também um dos motivos que atrasou a obra, foi a manutenção das árvores do local. Segundo Sérgio, o terreno não é muito grande e a presença das árvores estava dificultando a instalação da academia. O presidente da Amob relata que o acesso ao espaço é fechado à noite e aberto pela manhã. “Os vizinhos estão ajudando a cuidar da praça e também a abrir e fechar o acesso. Já

Foto: Karine Endres

da lomba-faiaconteceu um inxa, em frente à cidente, quando UBS Rio Branjovens entraram co. “O pessona praça e tentaal que trabalha ram depredar o na Unidade Báequipamento. Os sica tinha que vizinhos ouviram ajudar alguns o barulho e chamoradores a maram a Brigaatravessarem da, que espantou a avenida Rio os guris”, relata Branco, porque Scola. é uma região Sérgio tamde muito movibém afirma que mento”, relata agora, as pessoScola. Segundo as de mais idaele, agora já é de do bairro têm possível ver os um incentivo a carros parando mais para sair de para a travessia suas casas e prade idosos. ticar algum exerA Acadecício físico. “Almia fica na João guns moradores Polla, esquina não saiam nem com a rua Gemais para camineral Mallet, nhar. Temos muitem 10 apareto idosos acima lhos para gide 70 anos, innástica. Uma clusive moradoinstrutora da res com mais de Moradores contam com nova academia desde o início do ano SMEL orientará oitenta e noventa Outro motivo para coa comunidade sobre a melhor anos. Agora, eles saem de casa memoração foi a instalação forma de utilização dos aparee usufruem do espaço”, relata.

lhos nas segundas, quartas e sextas-feiras, das 16h às 18h. Sérgio Scola afirma que trabalhando unidos, todos juntos pela mesma demanda, é possível melhorar a vida da população. “E vamos continuar lutando”, afirma ele. Scola também ressalta o apoio da prefeitura. “Não tem como negar que tivemos um grande apoio da prefeitura no ano passado e neste ano já começou nesse ritmo também”, diz. “Existe uma visão de que o Rio Branco é um bairro antigo e de que não há mais demandas, mas não é assim”, argumenta. Segundo ele, o bairro hoje já pode ser considerado central, e isso acarreta novas demandas. “Além da manutenção, sempre temos que olhar para as novas coisas que surgem. Por exemplo, hoje, temos seis agências bancárias aqui, e isso implica em segurança”, diz. Scola ressalta ainda que a próxima demanda da comunidade será por conquistar uma área própria para a UBS Rio Branco, que hoje é alugada e o custo é muito alto.

Integração

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Festa junina reúne comunidade no Colina do Sol Uma atividade realizada no Colina do Sol promoveu o lazer e a integração da comunidade e, de quebra, deixou a diretoria da Amob com um grande sorriso estampado no rosto. “Foi maravilhosa, foi até melhor do que a gente esperava”, fala Fernanda Goulart Pereira, ao comentar os resultados da festa junina realizada no bairro, no dia 15 de junho. “Nem nós esperávamos tanto calor humano quanto tivemos. A comunidade ajudou e participou e a diretoria da Amob está bem contente”, relata. A festa foi organizada com os objetivos de integrar a comunidade e, além disso, ocupar a praça do bairro, espaço que foi amplamente reivindicado pela comunidade.

“Conquistamos a praça através o Orçamento Comunitário e é importante ocuparmos e mostrarmos que é para as crianças, mas também para os adultos. É um espaço para a comunidade se conhecer e se encontrar”, relata a presidente. Fenanda relata que não houve cobrança de ingresso na festa, apenas a venda de alimentos e passe para as brincadeiras. “Tudo foi organizado com a ajuda da comunidade. Todos os alimentos vendidos foram feitos através de doação dos moradores. Por exemplo, os bolos foram feitos pelas mulheres da comunidade que já trouxeram cortados para a venda”, conta. Na festa, foi vendido quentão, pipoca, amendoim caramelado, bolo, pastéis fritos na

Liga de Bolão quer incentivar o esporte na cidade

C M Y K

Foto:Divullgação

as associações que compõem a Liga de Bolão de Caxias, e seus participantes se reúnem semanalmente para a prática do bolão, e também para as competições. Caxias sedia duas competições por ano. Uma delas é organizada pela prefeitura municipal e ouPremiação do campeonato de bolão realizado pela prefeitura em 2012 tra pela própria posta por quatro associações, Um fato que poucas pesLiga. Além disso, os jogadores e reúne mulheres e homens soas conhecem, sobretudo as também disputam o campena prática deste esporte, que mais jovens, é que Caxias posonato estadual e o nacional, teve seu início há mais de 3 sui uma Liga de Bolão, que tem que reúne sobretudo os três mil anos. por objetivo incentivar esta estados do sul do país. A Sociedade Recreativa modalidade esportiva amadoNo Brasil, sua prática acaCapuchinhos, Clube de Bora e também organizar cambou sendo mais disseminada lão São Pelegrino, Sociedade peonatos. nas cidades com populações União Forquetense e o Grupo Fundada em 1968, a Liga formadas por descendentes de de Bolão São Francisco são de Bolão de Caxias é comimigrantes europeus. É um dos

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mais antigos explica que o tipos de joO bolão é composto jogo é muigos da hisde uma pista de ma- to parecido tória da hudeira, bolas de arre- com o bomanidade. messo feitas de ma- liche, mas O mais deira ou resina, e nove que exige difundido uma certa pinos de plástico ou ‘boliche’ é um disposimadeira. tipo de variação ção física, do bolão. Em pejá que cada ríodos variados da bola pode pehistória, o bolão foi sar até 11 quicondenado, por ser conlos. “Mas também é um siderado jogo de azar. Até esporte que não exige muita que nos Estados Unidos entécnica, além disso, sempre há contraram uma forma de libealguém disposto a ensinar nas rar o jogo oficialmente: os norassociações”, afirma. te-americanos acrescentaram Segundo Mário Pozzer, mais um pino, alteraram um cada sociedade possui regupouco as regras, o desenho e lamento próprio e define seus formato das pistas, pinos e bocritérios para a participação las, e finalmente renomearam dos jogadores. “Mas para coo bolão para bowling (boliche, nhecer o jogo, o acesso é liem português). vre, e é independente do bairro O presidente da Liga de onde o jogador mora”, explica. Bolão de Caxias, Mário PoCada associação é composta zzer, conta que embora o jogo por agremiações, sendo alguseja antigo, em Caxias há cada mas voltadas para homens e vez menos praticantes. Mauro outras para mulheres.

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Crianças participaram de concurso para escolher melhor fantasia

Fotos: Cláudio Teixeira

hora, e refrigerante para as crianças. Havia algumas brincadeiras para os pequenos, como pescaria, cavalinhos e jogo de argolas. Os brindes também foram doados pela comunidade. “Deixamos bem claro, desde o início, que estávamos Diretoria da Amob buscou ocupar praça da comunidade e integrar moradores arrecadando demos usar esse valor para os as doções, mas que na hora os procurar realizar mais atividagastos da Amob, como as insalimentos e os passes seriam des na praça, proporcionando crições para o futebol, a menvendidos e o dinheiro encamique os moradores se conhesalidade com a UAB e gastos de nhado para a Amob, que çam. “Nosso loteamento cresdivulgação da própria Associaestava com o caixa vazio”, ceu muito e hoje já contamos ção”, explica Fernanda. relata Fernanda. com mais de mil moradores”, Segundo ela, a coafirma Fernanda. munidade achou válida a Para a presidente, este tipo ideia. “Batemos de porta de evento é uma oportunidade em porta, temos sócios, também para que as lideranças mas não são todos que comunitárias sejam mais copagam. Como temos gasnhecidas, que as propostas da tos, todos se prontificaAmob sejam divulgadas e que a ram a ajudar”, afirma. Secomunidade apresente as degundo ela, a falta de um mandas que julga necessárias. centro comunitário difiOs preços variavam entre R$ culta um pouco a integra0,50 e R$ 2,00, o que ajudou a ção da comunidade, mas fortalecer o caixa da Amob. “Ara diretoria da Amob vai recadamos R$ 884,00 e preten-

Vitória comemora 15 da ocupação O loteamento Vitória tem muitos motivos para comemorar. Iniciado há 15 anos, através de uma ocupação, hoje o loteamento já conta com diversos serviços públicos, ruas calçadas, linha de ônibus e está prestes a concluir seu processo de regularização. Para comemorar, a comunidade realizou uma janta com um baile e 14 meninas debutaram no evento, no dia 15 de junho. Cerca de 400 pessoas participaram da festa no Recreio Imigrante, no bairro Cruzeiro, porque o Vitória ainda não tem centro comunitário. As meninas Yasmin Miranda Friedrich, Tais da Rocha Alves, Tainá Guadagnini Portalupe, Stephanie Schneider Pereira, Patrícia Rech, Mônica Theis

da Veiga, Katiele Laís Knack, Karina de Lima Medino, Graziele Sales Lucchese, Gabriele Almeida Machado, Débora da Silva Cavalheiro, Daniella Leal da Silva, Caroline Rech Calderon e Bruna de Oliveira Gomes debutaram no evento. A festa foi organizada com grande esforço da comunidade, que adquiriu ingressos para o jantar. O Vitória completou seu 15º aniversário no dia 30 de maio. Na oportunidade ficou estabelecido com a Secretaria de Habitação do RS, a assinatura da transferência de áreas habitacionais do Estado para Caxias do Sul (antiga Cohab), mais especificamente áreas onde estão os loteamentos Vitória e Conquista, que posteriormente so-

Foto: Taís Batalha

Meninas que nasceram na época da ocupação debutaram no aniversário de 15 da comunidade

frerão regularização fundiária. Ainda durante a festa, os moradores do bairro foram homenageados com diversas placas comemorativas. O vereador Edi Carlos entregou uma

placa em nome da Câmara de Vereadores. A comunitarista Juçara Quadros também entregou uma placa, representando a deputada estadual Marisa Formolo, em

nome da Assembleia Legislativa do RS. Além disso, a Visate também esteve presente no encontro e entregou outra placa comemorativa.


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