Jornal dos Bairros l Edição 11 l Dezembro de 2015 / Janeiro de 2016 by Jornal dos Bairros

Jornal dos Bairros

Dezembro 2015 e Janeiro 2016 Ano 19 Nº 11

Publicação da União das Associações de Bairros de Caxias do Sul - Filiada à FRACAB e à CONAM

Por mais igualdade e justiça Foto: Revista Fórum

Conheça os melhores do futebol comunitário A UAB premiou os melhores times nos campeonatos interbairros de futsal. Ao lado, homenageados, jogadores e familiares prestigiam premiação. Págs. 10 e 11

Agenda Comunitária 21/12 18h30 Reunião de Mobilidade Urbana - Sim Caxias | UAB 09/01 14h Assembleia Geral | UAB

A luta por igualdade ainda é presente na sociedade brasileira. O povo negro ainda não possui o mesmo acesso que os brancos aos bens culturais e materiais gerados pela sociedade. Eles ainda morrem mais, tem menor escolaridade, ganham menos e possuem menor visibilidade que os brancos. A luta por igualdade é em todos os dias do ano, todos os anos. Confira matéria sobre a Consciência Negra nas páginas 8 e 9.

Foto: Karine Endres

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Opinião

Dezembro 2015 | Janeiro 2016

Editorial O novembro negro e os meios de comunicação Por Alex Hercog*

Em uma entrevista, Cartola afirmou que uma de suas principais canções, “O sol nascerá”, foi gravada sem que ele soubesse, pois um atravessador havia vendido a composição. Ela, então, foi trabalhada por mais de 25 artistas. Cartola, cujo avô foi escravizado, morreu como nasceu: pobre. O sambista carioca era torcedor do Fluminense. Dois anos antes de Cartola escolher o tricolor como time do coração, um episódio marcou a história do clube: o jogador Carlos Alberto foi provocado pela torcida do América, que o chamou de “pó de arroz”. Negro, o atacante tricolor sempre passava pó no rosto antes das partidas para dar uma esbranquiçada. Até hoje, o time adota o pó de arroz como símbolo. Passado quase um século, ainda tem gente no Brasil que se pinta para mudar a cor da pele. É o caso dos atores da emissora da Igreja Universal. Na novela de sucesso “Os Dez Mandamentos”, boa parte da história se passa no norte da África e os personagens não são majoritariamente brancos. Os atores, contudo, são. Em vez de contratar atores afrodescendentes, a escolha da Record foi de dar os principais papéis para atores brancos, que são tornados “morenos” com quilos de maquiagem. Na TV da família Marinho, “somos todos Maju”. Mas não negros. Os apresentadores e apresentadoras da emissora e de suas afiliadas são majoritariamente brancos. Na principal novela em exibição, “A Regra do Jogo”, são 48 atores e atrizes no seu elenco central. 43 são brancos e 5 são negros. Os personagens são descritos pela emissora da seguinte forma: “Ninfa: beldade do morro e semideusa do funk”; “Dênis: bandido e membro da facção criminosa”; “Iraque: bonito e sedutor; mototaxista da comunidade”; “Indira: sensualíssima e cabeça dura” e “Dinorah: empregada doméstica há mais de 30 anos”. O favelado compunha o samba, mas não ganhava dinheiro; o branco gravava e ficava rico. Não bastava o atacante ser bom de bola, precisava se pintar para não parecer tão negro. Se o personagem for um imperador, da elite social, ainda que africano, o papel tem que ser dado para um ator branco. Mas se o personagem for bandido, desenvolva um trabalho de baixa remuneração ou tenha apelo sexual, então o ator negro é o ideal para interpretá-lo. E não só no campo do entretenimento seguem as opressões. No dia 18 de novembro, mais de 15 mil mulheres

negras de todos os estados brasileiros marcharam em Brasília contra o racismo, a violência e pelo bem viver. Pouco adiantou para sensibilizar os meios de comunicação, que só transformou a marcha em notícia após um homem branco pró-impeachment ter atirado com um revólver durante a passeata. Ele foi a notícia, não as milhares de mulheres e suas reivindicações. No dia 20, a marcha da Consciência Negra também reuniu milhares de pessoas em diversas cidades do Brasil. Em Salvador – cidade com mais negros no mundo fora da África – duas grandes passeatas marcaram o dia. Uma delas, que ocorreu no centro, praticamente não foi objeto de cobertura midiática. A outra, na área conhecida como Liberdade, a imprensa compareceu, atraída pela presença do ex-presidente Lula. Os enquadramentos adotados pelos jornais relevam suas escolhas políticas. “Lula está em Salvador marchando no dia da Consciência Negra” rendeu mais notícia do que, por exemplo, “Movimento Negro quer o fim dos autos de resistência”; “Manifestantes são contra a redução da maioridade penal”; “Participantes pedem justiça no caso da Chacina da Vila Moisés/Cabula”. Na mídia, aliás, pouco ou quase nada se discute sobre como manter vivos os jovens negros, o que fazer para que a população negra ocupe outros espaços que não os presídios ou também quais políticas públicas devem ser desenvolvidas junto aos moradores de favelas. E isso não ocorre por falta de apelo ou conhecimento. De acordo com o Mapa da Violência, no Brasil são assassinadas 116 pessoas por dia. Quase 70% são negros. Praticamente a mesma porcentagem de negros encarcerados, em um país que tem mais de seiscentos mil presos. Nas favelas, a contagem se repete: 72% dos moradores desses locais se declaram negros. Portanto, mulheres, músicos, atores e jovens negros: as suas demandas políticas, o seu reconhecimento profissional, a valorização financeira do seu trabalho e o seu direito à vida continuam sendo cerceados. E o são também pelos homens brancos que, por razões históricas, controlam o poder econômico, político, religioso e midiático do país. Para mudar a realidade, é preciso disputar esses poderes. É preciso disputar a comunicação, hegemônica e alternativa, para que outras narrativas produzam novas representações e vivências.

* Alex Hercog é integrante do Intervozes. Artigo publicado originalmente em Carta Capital.

Árvore da Sabedoria: uma forma de fazer o bem

Foto: Divulgação

Alexandra Faccio, 42 anos, descobriu uma forma de ajudar aos outros. Com suas mensagens, produzidas em cartões artesanais, ‘Teca das Mensagens’, como é conhecida, busca trazer alegria para o cotidiano das pessoas. “Tem pessoas que ajudam os outros através do voluntariado. Eu busco trazer alegria e bons pensamentos para as pessoas através das mensagens. Eu monto as árvores, mas também distribuo as mensagens em locais como a Unidade Básica de Saúde”, relata. Ela explica que na UBS, ela entrega as mensagens no dia de encontro das pessoas com depressão. “As pessoas se animam quando você se importa com elas”, fala Teca. Com este objetivo, ela vem montando a ‘Árvore da Sabedoria’ ao longo das datas comemorativas do ano. Neste Natal, ela montou a árvore da Faculdade da Serra Gaúcha (FSG). Moradora da Lagoa do Rizzo, Teca montou a primeira árvore no Natal de 2014. As mensagens começaram em 1990, quando Alexandra participava de um grupo de jovens em Capão da Canoa. As mensagens eram trocadas entre os jovens, durante os retiros. Alexandra voltou para Caxias e quis trazer para cá a ideia que aprendeu lá. “De alguma maneira quero fazer com o que o dia da pessoa ganhe uma motivação especial”, diz. Primeiro, as mensagens eram entregues de mão em mão, inclusive na porta das igrejas. Depois surgiu a ideia da Árvore da Sabedoria, onde as mensagens ficam expostas e podem ser retiradas por qualquer pessoa interessada. “Cada pessoa tem um jeito, tem aquelas pessoas que vão auxiliar em hos-

pitais e casas de idosos. Mas eu preferi fazer assim. Posso, com as mensagens, tocar diversas pessoas, en diversos locais”, explica. Ela também coloca as mensagens em nos ônibus, nos contêineres de lixo, distribui nos estandes da feira do livro, entre outros. “Vou distribuindo por onde passo”, explica.

Feito à mão Todas as mensagens são feitas à mão, buscando reciclar o que encontra. Desde caixinhas de incenso, até imagens ou retalhos de roupas. “Uma fita pode ser usada para pendurar uma mensagem nos ônibus ou nas árvores. Tudo pode adquirir um novo significado”, explica. Já os textos são retirados da biblioteca pública municipal Dr. Demétrio Niederauer. “Quando alguém me diz que esta é a mensagem que precisava, eu sinto como se tivesse ganhado o meu dia. Se cada um fizer sua parte, o mundo vai brilhar ainda mais”, afirma.

Jornal dos Bairros Expediente: Veículo da União das Associações de Bairros de Caxias do Sul – UAB - Rua Luiz Antunes, 80, Bairro Panazzolo – Cep: 95080-000 - Caxias do Sul Filiada à Federação Riograndense de Associações Comunitárias e de Moradores de Bairros (FRACAB) e a Confederação Nacional de Associações de Moradores (CONAM) Presidente: Flávio Antônio Fernandes Diretora de Imprensa e Comunicação: Paula Cristina da Rosa - comunicacao.uab@gmail.com Editora: Karine Endres - MTb. 12.764 - karine.endres@gmail.com Reportagem: Karine Endres Editoração e Design Gráfico: Karine Endres E-mail: jornaldosbairroscx@gmail.com Telefone: 3238.5348 Tiragem: 8.000 exemplares Conselho Editorial: Antonio Pacheco de Oliveira, Cláudia dos Santos,Cleusa Moares, Flávio Fernandes, Joce Barbosa, Jucemar Alves, Karine Endres, Maria de Cesar Bonilla, Paula da Rosa, Paulo Sausen, Tania Menezes e Valdir Walter. Email: uabcaxias@gmail.com Comercial: 3219.4281 Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

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Movimento

Secretário de Obras e Serviços Públicos vem à Assembleia A última Assembleia Geral de 2015 da União das Associações de Bairros foi realizada no dia 5 de dezembro. Em pauta estavam os trabalhos executados pela pasta e também as demandas dos presidentes das Amobs em relação à secretaria municipal de Obras e Serviços Públicos (SMOSP). A atividade contou com a presença do secretário da SMOSP, Adiló Didomenico, e do diretor-geral Norberto Soletti e do diretor da área de saneamento, Enivelton. Adiló Didomenico ressaltou a quantidade de chuvas registradas em 2015 e o quanto isso impactou no trabalho da secretaria. “Desde que as medições pluviométricas começaram, este ano foi o de maior índice no Rio Grande do Sul. A chuva não nos deixou trabalhar e ainda destruiu as obras que estavam prontas”, disse. Ele também chamou atenção para as obras do Sistema

Integrado de Mobilidade – o SIM Caxias - que demandou esforços da secretaria de Obras. “Na hora do município fazer a contratação das obras, a Caixa Econômica Federal retirou 7 milhões e oitocentos reais que estavam destinados às obras de drenagem. E nós da secretaria de Obras, tivemos que decidir se deixávamos fazer os corredores de concreto e os recapeamentos por cima de galerias antigas, ou se a gente revisava tudo”, relata. Segundo ele, a opção foi resolver os problemas de drenagem. “Eu sei que acabamos sacrificando os presidentes de bairros e as obras nas comunidades para podermos resolver as demandas no centro”, afirma Adiló. Ao todo, das dez equipes da SMOSP, seis ficaram meio ano trabalhando apenas nas obras do SIM Caxias. “Estas obras não seriam de nossa responsabilidade, mas não

Contra os alagamentos Adiló também lembrou os alagamentos históricos que atingiam Caxias e o esforço da pasta para resolver este problema. “Em 2013 enfrentamos alagamentos históricos e tivemos que tomar uma decisão. Ou vamos fazer a manutenção do feijão com arroz, que é o que os bairros precisam, ou enfrentamos os alagamentos, que a cada noite que chove os telefones não param de tocar”, disse. Confira algumas obras que foram executadas nos últimos três anos, para resolver os problemas de alagamentos. >> Tanque do Pôr do Sol >> Tanque da Visconde de Pelotas >> Nova rede no Fátima Baixo >> Obras na Ernesto Bernardi no Desvio Rizzo >> Obras na Caetano Melo Filho, no Fátima Baixo >> Obras na Irmão Maurício, no Sagrada Família >> Obras na Jacob Brunetta,

Jacob Luchesi e Matheo Gianella, no Santa Catarina >> Nova rede na Antônio Broilo, no Cruzeiro >> Obras na Moreira César com Flores da Cunha >> Zeferino Scussiato, no Desvio Rizzo >> Obras no bairro São Francisco >> Floriano Prezzi, Pio X

Foto: Karine Endres

Secretário Adiló (ao centro) falou sobre as dificuldades da pasta em 2015 e ouviu as demandas comunitárias

deixamos botar um palmo de concreto ou um metro de asfalto sem revisar a rede. Foram mais de 1.500 metros de rede de grande porte trocada”, afirma. “Eu sei que vocês sofreram, mas nós sofremos junto porque tivemos que dar suporte para obras licitadas, contratadas e

“Quanta obra pequena para os senhores a gente não poderia ter feito se não tivéssemos encarado a Antônio Broilo. Mas não tem o que fazer, alguém tinha que encarar, ou a gente ia deixar fazer asfalto por cima de uma galeria caindo?”, questiona o secretário.

Secretaria já funciona descentralizada A secretaria de Obras concluiu seu projeto de descentralização em agosto deste ano. Agora, Caxias já conta com dez postos de atendimento, cada um com uma equipe de sete pessoas. “Vamos conseguir trabalhar muito forte agora com a implementação total da descentralização”, afirma Adiló. “Já estamos atendendo três vezes mais que antes”, diz o secretário.

Assembleia Extraordinária Quase ao fim da Assembleia, o movimento comunitário debateu as alterações que estão sendo estudadas pela secretaria municipal da Saúde, para diminuir os gastos do município com saúde. Uma das ideias apresentadas pela pasta foi a redução no horário de atendimento das Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Os comunitaristas colocaram em votação e de-

executadas por empreiteiras, mas que não contaram com recursos para o saneamento. Outra obra que também ‘consumiu’ as forças da secretaria nos últimos anos foi a substituição da rede e das galerias na Antônio Broilo, no bairro Cruzeiro.

liberaram que, à priori, o movimento é contra qualquer redução de horário nos atendimentos das Unidades Básicas. Mas caso essa proposta seja encaminhada pelo poder público, que a UAB convoque uma Assembleia Geral Extraordinária para debater especificamente este assunto, com a presença da secretária e dos conselheiros locais de saúde.

Segundo ele, a média era de 850 a 900 atendimentos antes da descentralização. O número passou para 2002 no ano passado, mesmo sem o processo concluído. “Agora com a descentralização concluída em agosto, já atendemos 2.400 protocolos. Isto mesmo ficando por seis meses trabalhando nas obras do SIM e outros cinco meses praticamente parados devido às chuvas”, explica.

Iluminação Pública A prefeitura municipal está desenvolvendo um projeto de troca das luminárias das vias públicas. “Foram licitadas luminárias para cinco fases e o prefeito não teve o prazer de ver uma luminária instaladas. A empresa ganhadora da licitação é do Paraná e o valor proposto foi R$ 300 mil a menos do que a proposta mais barata das empresas gaúchas. Mas durante três anos, ela não conseguiu se credenciar na RGE e tivemos que reincidir amigavelmente o contrato. “Tudo isto porque no Rio

Grande do Sul temos o clube do bolinha. Apenas seis empresas estão cadastradas na RGE para fazer as instalções e as outras não conseguem entrar”, afirma Adiló. Segundo o secretário, a licitação já foi refeita e a assinatura do contrato deve acontecer em breve.

Investimentos A secretaria de Obras precisa de investimentos. Segundo Adiló, último prefeito que deixou a pasta em condições de atender a população foi Victório Trez. “Naquela época, a prefeitura contava com sete tratores de esteira. Hoje tem um. O prefeito Alceu em 2014 fez um esforço, liberou 6 milhões de reais, quando pudemos respirar um pouco. Tínhamos três caminhões truck e duas escavadeiras para cuidar de um município com 5 mil quilômetros de estrada. Hoje temos nove caminhões e quatro escavadeiras”, afirma. “Mas ainda é pouco. São Marcos, com vinte mil habitantes, tem mais do que nós”, explica.

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Transporte

SIM Caxias é pauta do Fórum dos Usuários Foto: Karine Endres

O quarto Fórum dos Usuários de 2015 foi realizado no dia 28 de novembro, na UAB, e o foi o momento do secretário municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade (SMTTM), Manuel Marrachinho, apresentar como deve funcionar o Sistema Integrado de Mobilidade (SIM Caxias). O novo modelo já deve entrar em funcionamento nos primeiros meses de 2016. Na previsão mais otimista, o sistema já entra em operação até o fim de janeiro. Na mais pessimista, até o fim de março. Uma das grandes mudanças será o transbordo de passageiros das 18 linhas que irão integrar o sistema troncalizado. Ao todo, 40 mil pessoas por dia devem passar pelas duas Estações Principais de Integração – a EPI Floresta a e Imigrante. Marrachinho diz que o SIM Caxias é um projeto que está alicerçado na integração do transporte coletivo e existe desde 2004. “Ele vem sendo aprimorado ao longo do tempo e busca integrar as linhas de ônibus,

Acima, as 18 linhas que farão transbordo nas estações

da Feijó Junior. São 1280 ônibus por dia, passando naquela esquina. Não há como ter um sistema eficiente com este modelo, para uma cidade do tamanho de Caxias”, afirma. Avaliadores conhecem mais sobre como funcionará o SIM Caxias

dando mais velocidade operacional ao sistema e mais confiabilidade quanto ao horário”, explica o secretário. Ele afirma ainda que as linhas radiais - modelo atualmente adotado em Caxias - estão cada vez maiores, tanto em relação ao percurso, quanto

em número de linhas. Segundo Marrachinho, este modelo é altamente impactado pelo trânsito, perdendo confiabilidade conforme os congestionamentos acontecem. “Foi feita uma contagem dos ônibus que passam pelo corredor da Pinheiro, na altura

Mudanças já são sentidas Segundo Marrachinho, com as poucas mudanças que já foram feitas, como algumas linhas que não vão mais até a Praça Dante Alighieri, com a proibição de conversões à direita e retirada de estacionamentos já dá para sentir diferença.

Um exemplo é o corredor da Pinheiro, que possuía uma velocidade média de 9,5 quilômetros por hora (Km/h) em outubro de 2014. Com estas mudanças passou para 12,23, em outubro deste ano. Já na Sinimbu, para o mesmo período, a velocidade média era de 10,65 km/h e passou para 12,76 km/h. “Mas estamos falando de velocidade média. Em horários de pico, a velocidade na Pinheiro chegava a cair para 3 km/h. Para se ter uma noção, a velocidade normal de caminhada é de 6 km/h”, afirma.

Avaliadores querem mudanças e diálogo Os avaliadores populares do Fórum dos Usuários trouxeram as demandas de suas comunidades para o secretário da SMTTM. Edson Estecanella, presidente do São Salvador reclamou do fato que as linhas do bairro não sobem mais até a praça Dante Alighieri. “Senhor secretário, não é nem uma ou duas pessoas que sobem até a Guia Lopes. Enquanto a es-

tação de integração da Região Sul não estiver funcionando, as linhas precisam subir mais. Não é possível que as pessoas tenham que pagar duas passagens para ir trabalhar no centro”, afirma.

Convocatórias Fernanda, avaliadora do Colina do Sol, questionou sobre o fato de não estar recebendo as convocatórias para o Fórum. “Quem é o responsável pela convocató“Quero lembrar ria? Não reque as lideranças, cebi nada mesmo apoiando e fiquei sao governo, devem bendo por ter o direito de acaso, aqui sugerir, de criti- n a UA B ” , car, porque seafirmou. não fica difícil.” E l a t a m Maria Claudete b é m d e Cardoso nunciou que a linha do seu bair-

ro, a Santa Fé, quando passa pela estação da Bento não está parando para fazer o embarque dos passageiros. “Muitos ônibus estão ali parados e eles passam sem parar, deixando os passageiros lá. Isso é comum sobretudo no horário das 17h20min. O secretário, durante sua fala, explicou que a tarefa de convocar os Fóruns dos Usuários é da secretaria, mas que encontra dificuldades pois muitos não estão com os contatos corretos. “Estamos estudando a ideia de fazer um cadastro dos avaliadores direto na secretaria e mandar de lá as convocatórias”, afirmou.

Júlio Calegari Já Paulo Kowaleski, presidente do Loteamento Nossa Senhora de Caravággio II, parabenizou a secretaria e a prefeitura pela quantidade de obras executadas. “É uma quantidade enorme de projetos, de reca-

peamento, de pavimentação, de alteração de vias. Tudo isso está com a secretaria de Transporte neste momento, nós temos que reconhecer. São muitas coisas, não uma. Muitos até dizem que são obras para o centro. Não são para o centro. São para os moradores dos bairros, para as linhas de ônibus, todas as cidades grandes estão pensando nisso”, afirmou. Ele também chamou a atenção do secretário para a rua Júlio Calegari, no trecho entre a sinaleira e a Ernesto Casara. “Precisa fazer duas pistas neste trecho. Temos que pensar em tirar o estacionamento da Júlio Caligari, à partir da Visate, para que a gente tenha mobilidade”, afirmou. Para Manuel Marrachinho, a Júlio Caligari é realmente um problema sério. “Aquela região cresce muito e a secretaria está fazendo um projeto com um estudo global, para implantar um

binário naquele trecho inicial. Mas também queremos discutir isso com a comunidade”, afirmou.

Canais de comunicação Maria Claudete Cardoso, presidente do Vila do Rosário II, quer mais informações sobre as linhas coletoras, para entender o trajeto destas. Segundo ela, os presidentes de bairros só poderão ter uma avaliação sobre o SIM Caxias quando este estiver funcionando. Ela também aproveitou a oportunidade para reclamar do atendimento feito pela secretaria. “Quero ressaltar o atendimento mal educado que tive na secretaria. Quero lembrar que as lideranças, mesmo apoiando o governo, devem ter o direito de sugerir, de criticar, porque senão fica difícil. Teremos que procurar canais de comunicação. Se aqui não tem, vamos ter que procurar outros”, cobrou.

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Geral

Prefeito presta contas às lideranças Fotos: Ícaro de Campos | Divulgação

Cerca de 300 lideranças comunitárias foram recebidas pelo prefeito Alceu Barbosa Velho e demais gestores municipais no Salão da Comunidade Nossa Senhora do Carmo (Carmelo), no dia 29 de novembro. O encontro teve por objetivo levar até aos presidentes a prestação de contas do exercício de 2015 da gestão de Alceu. O coordenador do Orçamento Comunitário, José Dambrós, que recebeu os convidados, agradeceu a parceria com as lideranças dos bairros, de todas as regiões da cidade e do interior, na promoção de 258 reuniões deste ano e falou do esforço e dedicação da equipe do OC em buscar a realização das demandas junto à admi-

nidade, elos entre a Prefeitura e os bairros.”É o momento de agradecer pela vida e pelo trabalho. Trabalho esse que tem muito da contribuição de vocês. E vocês podem dizer com orgulho, um trabalho honesto. Viva o movimento comunitário!”, ressaltou Feldmann.

Tradição

Alceu informou que obras reivindicadas pelo OC e não executadas terão o projeto executivo finalizado

nistração. “Apesar das dificuldades do período entregamos muitas obras e outras tantas, mais de

50, vamos entregar até o final de 2016, graças a união de todos em prol do bem das comunidades”, informou. Em forma de agradecimento, Dambrós cantou a música tema da Festa da Uva (ele é um dos autores) e músicas da família e de natal .

Parceira

Presidente da UAB, Flávio Fernandes, falou em nome das lideranças

Representando os convidados do encontro, o presidente da UAB, Flávio Fernandes, agradeceu a administração municipal pela confraternização. “Passamos o ano juntos, reivindicando, questionando,

conquistando melhorias, então é hora de comemorarmos, de agradecer. A UAB e as AMOBs são parceiras da Prefeitura, como nas obras do SIM Caxias que vão revolucionar o transporte coletivo, quanto na Festa da Uva. Se hoje comemoramos que Caxias é a melhor cidade gaúcha e a quinta do país para se viver é graças também ao trabalho de todos nós, juntos”, afirmou o presidente da UAB. O vice-prefeito, Antonio Feldmann também agradeceu pela oportunidade do encontro com as lideranças da comu-

O prefeito Alceu lembrou da tradição desses encontros no final de ano, desde a administração do prefeito Sartori, quando se presta contas das realizações e juntos celebra-se as conquistas. “É o momento dizer que o ano valeu a pena. Apesar das dificuldades, queda no orçamento pela falta de repasse de recursos dos governos estadual e federal, avançamos com planejamento e graças a muitas mãos, ao trabalho e dedicação de todos que hoje merecem ser exaltados”. Alceu anunciou às lideranças que se a obra reivindicada não sair até o final do seu governo, o projeto executivo ficará pronto. “É o mais difícil de fazer. Depois, mais cedo ou mais tarde, acontece a obra”, explicou.

Escaneamento da Maesa está pronto Continuam sendo desenvolvidos os trabalhos para que a Maesa seja efetivamente transferida para o município e aberta ao público. No dia 4 de dezembro, foi apresentada para a comunidade o resultado do escaneamento do prédio conhecido como Fábrica 2 da Metalúrgica Abramo Eberle S/A,, a MAESA. O escaneamento permitiu conhecer, em plantas arquitetônicas em 3D, a atual situação do prédio, nos mínimos detalhes. De acordo com o representante da Engefoto, Renato Azivelli Filho, foi registramos milimetricamente cada espaço da MAESA. “Assim, obtivemos as plantas e maquetes em 3D, onde é possível observar o tamanho das colunas, das paredes, vigas, instalações robustas aparentes, e até onde tem janelas quebradas. Além disso, registramos os elementos exter-

Divulgação Prefeitura de Caxias do Sul

nos como muros, árvores, postes, bocas de lobo e curvas de nível”, explicou. O secretário municipal do Planejamento, Gilberto Boschetti, salientou que o escane- Prédio da Maesa é quatro vezes maior que centro administrativo. Conta inclusiva com lagoa amento vai Estudo entregue Administrativo, por exemplo”, auxiliar na elaboração dos futudisse. ros projetos arquitetônicos de Já outro documento, com o O trabalho foi executado intervenção, assim como para estudo para a ocupação, recupela empresa Engefoto Engeo efetivo uso das instalações. peração, uso e gestão do prénharia e Aerolevantamento e “Constatamos que a área dio da Maesa foi entregue pelo entregue ao prefeito Alceu Barconstruída é muito maior do prefeito Alceu Barbosa Velho ao bosa Velho e aos membros da que pensávamos, tendo 53 mil governador do Estado, José Ivo Comissão Especial para Análim². É um espaço quatro vezes Sartori, no dia 11 de novembro. se de Uso do Prédio da MAESA. maior que o prédio do Centro As sugestões foram levan-

tadas pela Comissão Especial para Análise de Uso do Prédio da MAESA. A entrega aconteceu dentro do prazo previsto de até um ano após a assinatura de transferência da propriedade para o município de Caxias – realizado em dezembro de 2014. O documento é composto por 14 itens que sugerem a ocupação do espaço com, por exemplo, um mercado público, a instalação de secretarias municipais - hoje instaladas em prédios alugados-, área de gastronomia, área cultural – como um grande teatro, entre outros. Para Flávio Fernandes, presidente da UAB, esta é uma conquista muito importante. “Conseguimos assegurar que uma parte da história de Caxias seja preservada. Agora, o objetivo é que no futuro a Maesa seja um espaço que a comunidade possa usufruir, com mais acesso à cultura e ao lazer”, defende.

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Geral

Caxias passa a faixa de Mais Bela Estadual Os gaúchos já tem sua nova corte estadual de Mais Belas Comunitárias. No dia 5 de dezembro, em Cruz Alta, foi o momento da então Mais Bela Estadual, a caxiense Nathália Trindade, passar a faixa para a nova eleita. Greyce Kelly Carvalho Dias, de Guaíba, encabeça a nova corte, que conta também com a participação de Thalia Schulz, de Venâncio Aires, como Primeira Princesa Comunitária, Lenita Caroline Souza dos Santos, de Cruz Alta, como Segunda Princesa Comunitária e Maria Eduarda Quoos Reis, também de Cruz Alta, como Miss Simpatia. Repetindo 2014, a comitiva de Caxias trouxe para a casa o título de melhor torcida. Ano passado, além da torcida,

a UAB conquistou as faixas de Mais Bela Estadual, com Nathália, e Primeira Princesa, com Ingrid Bonatto. Nesta edição do evento, Caxias esteve representada pela sua Primeira Princesa, Luisa Paim, e pela Segunda Princesa, Tainara Dondoni. Devido às diferenças na agenda – já que o concurso municipal é bianual, e o estadual é anual – a cada ano Caxias é representada por duas meninas da sua corte. Em 2014 foram concorrentes a Mais Bela municipal – Nathália Trindade - e a Miss Simpatia – Ingrid Bonatto. Para Flávio Fernandes, presidente da UAB, Caxias ganhou a melhor torcida de forma merecida. “Ganhamos no grito”, brinca o presidente. “Fomos a torcida que melhor tinha ensaiado e todos ajudaram muito para o coro se sobressair”, afirma ele. O presidente ressalta a participação das candidatas caxienses e dos 45 comunitaristas que foram até Cruz Alta torcer e dar força para as meninas. “Quero agradecer a participação da torcida e sobretudo de nossas candidatas que representaram muito bem a nossa entidade. Elas ficaram entre as dez finalistas e embora a gente não tenha conquistado nenhuma posição na corte estadu-

Fotos: Caroline Martins

dade e de interação entre as candidatas. A diretora Ângela Cordova ressalta a participação dos patrocinadores Yang Modeladores, Conceitually, Orus Noivas e Festas e Fotocine, que são os parceiros da Corte Municipal.

2016: ano de escolha

Da esquerda para direita, Lenita, Thalia, Greyce e Maria Eduarda

al, ficou o sentimento de um belo trabalho que foi executado pelo departamento de Organização das Mulheres”, ressalta Flávio. “Saímos de lá orgulhosos das nossas meninas”, complementa.

Avaliação Em reunião de avaliação do encontro, as diretoras do departamento de Organização das Mulheres, Ângela Cordova e Aline Prezzi, os diretores do

Departamento da Juventude, Shania Pandolfo e Michel Souza – responsáveis pelas candidatas no evento, junto com as participantes de Caxias, fizeram uma avaliação do concurso estadual. Entre os pontos ressaltados estão a boa recepção dada à delegação caxiense e as atividades enriquecedoras para os participantes, oportunizada pelos anfitriões. Como pontos negativos a falta de pontuali-

O departamento de Organização das Mulheres já iniciou os preparativos para a próxima edição do concurso Mais Comunitária de Caxias do Sul. A edição que escolhe a corte para o biênio 2016/2018 já está marcada para novembro. As associações de moradores já podem se organizar para escolher suas candidatas. As inscrições serão realizadas entre os dias 5 de março e 30 de setembro. Os bairros que necessitarem de auxílio para os concursos em suas Amobs podem buscar o departamento de Organização da Mulher.

Inclusão Digital certifica alunos Foto: Karine Endres

Na foto acima, Luiza, à esquerda, e Tainara se preparam para o desfile. Na foto abaixo, torcida de Caxias conquista troféu

Parte dos alunos formados pela UAB exibem seus certificados de conclusão de curso

A UAB, através do departamento de Inclusão Digital, formou os alunos de informática em 2015. O evento foi na sede da entidade, no dia 27 de novembro. Ao todo, mais de 40 alunos, em 8 turmas, concluíram o curso neste ano.

A diretora do departamento, Juliana Maciel, lembra que este trabalho é muito importante. “A informática é necessária em qualquer lugar. E aqui as pessoas podem fazer um curso gratuito, voltado justamente para quem não tem acesso”, diz.

A atividade contou com a presença da coordenadora dos Ciads (Centro Inclusão e Alfabetização Digital), Tania Beatriz Suzin, ligada à secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Emprego, da prefeitura municipal.

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Igualdade

Dezembro 2015 | Janeiro 2016

Consciência negra chama atenç A necessidadeede se discutir as pautas da negritude no Brasil levou à criação do Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro. Para debater temas como discriminação, preconceito, diferenças salariais, falta de visibilidade e representatividade, muitos municípios, instituições governamentais e da sociedade civil trabalham a Semana da Consciência Negra ou ainda o Mês da Consciência Negra. Neste ano, em Caxias do Sul, a Semana da Consciência Negra aconteceu entre os dias 7 e 29 de novembro (fica a per-

gunta se não deveria se chamar o Mês da Consciência Negra). O tema escolhido foi ‘Década Internacional de Afrodescendentes 2015-2024’. As atividades começaram no dia 7 de novembro com batizado de capoeira no Enxutão. Também houveram palestras, mesas redondas, oficinas e exposiçãoes. A ideia é mesmo chamar a atenção para o tema. Já pela ação da Câmara de vereadores entregou a Comenda Zumbi dos Palmares, a três personalidades que representam o movimento negro. Entre elas estava Jocemar Barbosa, mais conhecida como ‘Joce’, diretora de formação da UAB.

Conquistas Os debates gerados pelo Dia da Consciência Negra já trouxeram resultados. A lei

10.639, de 9 de janeiro de 2003, incluiu o dia 20 de novembro no calendário escolar, data em que comemoramos o Dia Nacional da Consciência Negra. A mesma lei também tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Nas escolas as aulas sobre os temas: História da África e dos africanos, luta dos negros no Brasil, cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, propiciarão o resgate das contribuições dos povos negros nas áreas social, econômica e política ao longo da história do país. Além disso, as políticas de cotas e também e implementação de programas voltados à saúde da população negra, através do SUS, também foram conquistas importantes.

Zumbi marca história A ex-ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, produziu um texto que reflete as lutas do povo negro. Confira: “A luta pela liberdade dos negros brasileiros jamais cessou. Em 1971, um significativo capítulo de nossa história vinha à tona pela ação de homens e mulheres do Grupo Palmares. Do Rio Grande do Sul era revelada a data do assassinato de Zumbi, um dos ícones da República de Palmares. Passados sete anos, ativistas negros reunidos em congresso do Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial cunharam o 20 de novembro como Dia da Consciência Negra. Em 1978, era dado o passo que tornaria Zumbi dos Palmares um herói nacional, vinculado diretamente à resistência do povo negro. Herdamos os propósitos de Luiza Mahin, Ganga Zumba e legiões de homens e mulheres negras que se rebelaram a um sistema de opressão. Lançaram mão de suas vidas a se conformarem com a prisão física e de pensamento. Contrapuseram-se ante às tentativas de

Personalidades negras de Caxias foram homenagead

Saiba mais sobre Joce Barbosa

Líder negro Zumbi do Palmares é símbolo da luta do povo negro

aniquilamento de seus valores africanos e contribuíram com seus saberes para a fundação e o progresso do Brasil. Orgulhosamente, exaltamos nossa origem africana e referendamos a unidade de luta pela liberdade de informação, manifestação religiosa e cultural. Buscamos maior participação e cidadania para os afro-brasileiros e nos associamos a outros grupos para dizer não

ao racismo, à discriminação e ao preconceito racial. Que o 20 de Novembro seja de muita festividade, alegria e renove nossas energias para continuarmos nossa trajetória para conquista de direitos e igualdade de oportunidades. Estejamos todos, homens e mulheres negras, irmanados nesta caminhada pela liberdade e pela consciência da riqueza da diversidade racial!”.

Jocemar Barbosa, 48 anos, foi moradora do Bairro Sagrada Família, durante mais de 40 anos. Nasceu em 9 de dezembro de 1966, em Caxias do Sul. Estudou na escola Ivanir Euclinia Marchiorio e no Apolinário Alves dos Santos, no Sagrada Família e Jardelino Ramos. Filha de Celino Nunes Barbosa e Julieta Maciel Nunes Barbosa e mãe da Júlia Inaê Barbosa, Joce traz a herança da luta comunitária de seus pais. Se filiou ao PCdoB aos 18 anos e antes integrava a JOC – Juventude Operária Cristã. Iniciou sua militância social junto ao movimento estudantil. Atuou no movimento comunitário como secretária-geral e diretora da associação de moradores do bairro Sagrada Família. Hoje, diretora de formação da União das Associações de Bairros (UAB) e diretora da Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam), foi uma das sócias-fundadoras da União das Mulheres Caxienses (Umca) e lutou em prol da Delegacia da Mulher de Caxias

do Sul. Também foi conselheira do Conselho Municipal da Comunidade Negra (Comune). Atualmente, reside no loteamento Campos da Serra, onde também acumula o cargo de diretora de comunicação da Amob. “A medalha representa um reconhecimento do meu trabalho no movimento negro, principalmente quando atuei no Comune. Com a medalha, tenho cada vez mais motivos pra continuar na luta. É uma motivação”, Joce.

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Igualdade

ção para a negritude brasileira Foto: Luis Carlos Erbes | Divulgação Câmara de Vereadores

Lideranças comunitárias são homenageadas Duas mulheres líderes comunitárias foram homenageadas este ano devido as suas atuações no movimento negro. Jocemar Barbosa, mais conhecida como ‘Joce’, diretora de Formação da UAB recebeu a Comenda Medalha Zumbi dos Palmares 2015, da Câmara de Vereadores. Também comunitarista, Juçara Quadros, que é diretora do departamento de Etnias da UAB foi homenageada pelos Correios, com o projeto ‘Correios Negro’. Ela foi uma das dez mulheres gaúchas selecionadas neste ano.

Em Caxias

das com Comenda Medalha Zumbi dos Palmares

as homenageadas Juçara Quadros Juçara nasceu em Caxias, no bairro Floresta, onde mora até hoje. Estudou nos colégios Cristóvão de Mendonza, São Carlos e La Salle. Hoje Juçara voltou a estudar sendo aluna de Assistência Social. Filha de Mário Quadros, jogador de futebol, e de Maria Isabel Torcadi – in memoriam – Juçara também desenvolveu atividades ligadas ao esporte. Foi atleta durante muitos anos da secretaria de Esporte e Lazer, sendo uma das integrantes dos equipes de Caxias, que disputavam campeonatos intermunicipais. É mãe de Carem Daiane Silva, Patrícia Daniela da Silva e Jeanderson Quadros da Rosa. Juçara também é avó de Aldair Inácio da Silva, o ‘Alda”, que emprestou seu nome ao campeonato Categorias de Base, da UAB. de 2015. Ela entrou para a UAB no departamento de Organização

Neste ano, o Parlamento caxiense reconheceu a atuação no combate ao preconceito e o trabalho social desenvolvido por três personalidade, através da Comenda Medalha Zumbi dos Palmares. Entre elas estava Joce. A entrega da melhada foi no dia 19 de novembro, na própria Câmara de Vereadores. Também foram homenageados Ademir Antônio dos Santos Neves (Pai Ademir)e Irmã Maria do Carmo Gonçalves. Edson da Rosa , que foi o primeiro negro a assumir uma cadeira no Parlamento Municipal e é o autor do decreto que

deu origem à comenda, apresentou um pouco da história dos homenageados agradeceu o esforço de cada um na busca de uma comunidade mais justa e igualitária. Conforme o parlamentar, a sessão solene ocorre na Semana da Consciência Negra, que tem entre os propósitos levar às pessoas conhecimento sobre a contribuição dos afrodescendentes na sociedade e propor medidas de combate ao preconceito e ao racismo. Durante sua fala, Joce ressaltou que seu sonho é um Estado livre e sem preconceito, onde negros tenham vez e voz. Para finalizar, Joce citou o ativista político norte-americano Martin Luther King, que disse: “Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados por sua personalidade, não pela cor de sua pele”. Presidente do Conselho Municipal da Comunidade Negra (Comune), Maria Geneci Silveira agradeceu a Câmara por ter acolhido as indicações da entidade – Pai Ademir e Joce Barbosa foram sugestões do Comune e a Irmã Maria do Carmo, indicada pelos líderes de bancada. Maria Geneci também elogiou a trajetória dos agraciados. Na mesma linha se manifestou o titular da Coorde-

nadoria da Igualdade Racial do município, Diógenes Brazil. Em nome do prefeito Alceu Barbosa Velho, ele cumprimentou e valorizou o esforço dos homenageados, principalmente na luta pelo fim da discriminação.

No Rio Grande do Sul Também comunitarista e liderança negra, a diretora do departamento de Etnias da UAB, Juçara Quadros, foi homenageada pelos Correios, no dia 30 de novembro. Neste ano, o tema do projeto “Correios Negro’, e com tema ‘Mulheres Negras – direitos humanos e empoderamento. O convite afirma que a homenagem é “um reconhecimento à sua dedicação, esforço, empenho e responsabilidade com a promoção da igualdade racial”. “Recebi a homenagem dos Correios e fiquei muito emocionada. Foram homenageadas dez mulheres ligadas ao movimento negro, em todo o Rio Grande do Sul. Destas, seis são dos Correios e quatro não. Sou uma destas quatro, o que muito me orgulha”, afirma Juçara Quadros.. A escolhas dos nomes passou ainda por Brasília, o que gera prestígio. Foto: Luana Reis

das Mulheres, ainda na primeira gestão de Daltro da Rosa Maciel. Foi presidente por duas gestões da Amob Floresta. Hoje é diretora de Etnias, da UAB. Juçara também já foi agraciada com a Medalha Comenda Zumbi dos Palmares, pela Câmara de Vereadores. Trabalhou na antiga Comai, hoje é a FAS. Foi a primeira mulher a trabalhar no albergue municipal. Depois foi assessora política, tendo sido secretária da Assessoria de Igualdade Racial na gestão do ex-prefeito do Pepe Vargas.

Comunidade prestigia entrega da Comenda à liderenças

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Esporte

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Campeões da Prata, Veteranos e Categorias de Base recebem troféus A UAB entregou os troféus e medalhas para as equipes, homenageados e personalidades que se destacaram ao longo dos campeonatos Série Prata, Veteranos e Categorias de Base – Sub 11, Sub 13 e Sub 15 - em 2015. A premiação foi realizada no dia 12 de dezembro, na sede

da entidade, e contou com a participação dos homenageados e seus familiares, diretores da entidade além de representantes da prefeitura municipal. Representando o poder público estavam Gabriel Citton e os diretores do Fiesporte, Marcos Wilson e Denise Cemin.

A equipe do Serrano foi a que conquistou o troféu de campeã no 21º Campeonato Interbairros de Futsal Série Prata – Copa Valdir Walter. Ao todo, 28 equipes disputaram este campeonato. Já o Esplanada foi o campeão no 9º Campeonato Inter-

bairros de Futsal Categoria Veteranos – Copa Sérgio Beneton, que contou com oito equipes. Na base, o 9º Campeonato Interbairros de Futsal Categorias de Base – Copa Aldair Inácio da Silva – Alda (in memoriam) – também foram premiados os melhores da três sub categorias.

Na Sub 11, o time do Esplanada foi o campeão, no dia 25 de novembro. Já os guris do Sub 13 disputaram o troféu no dia 8 de novembro, com o São Vicente conquistando o troféu. Na Sub 15, a vitória ficou com o 1º de Maio, em 15 de novembro.

Confira os premiados 9º Campeonato Interbairros de Futsal Categorias de Base Copa Aldair Inácio da Silva – Alda (in memoriam) Fotos: Karine Endres

Sub 11 Campeão - Esplanada 2º Lugar - São Vicente 3º Lugar - Serrano B Melhor Técnico - Esplanada Goleador - Luan Pereira - Esplanada Defesa Menos Vasada - Serrano B Disciplina Geral - São Vicente

Sub 13 Campeão - São Vicente 2º Lugar - Serrano B 3º Lugar - Serrano A Melhor Técnico - São Vicente Goleador - Maurício Oliveira - São Vicente Defesa Menos Vasada - Serrano B Disciplina Geral - Jardim Iracema

Sub 15

Campeão - 1º de Maio 2º Lugar - São Vicente 3º Lugar - Serrano A Melhor Técnico - 1º de Maio Goleador - Sander - Serrano A Defesa Menos Vasada - 1º de Maio Disciplina Geral - Ana Rech

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Esporte

Série Prata

21º Campeonato Interbairros de Futsal Série Prata Copa Valdir Walter Campeão - Serrano 2º Lugar - Fátima Alta 3º Lugar - São Cristóvão Melhor Técnico - Serrano Goleador - Thiago Godinho - São Cristóvão Defesa Menos Vasada - Fátima Alta Disciplina Geral - São Cristóvão Destaque - José Lindonez Lemos - Jardim Eldorado

Veteranos

9º Campeonato Interbairros de Futsal Categoria Veteranos – Copa Sérgio Beneton Campeão - Esplanada 2º Lugar - Serrano 3º Lugar - Nossa Senhora da Saúde Melhor Técnico - Esplanada Goleador - Nelson Oliveira - Esplanada Defesa Menos Vasada - Nª. Sra. Saúde Disciplina Geral - Nª. Sra. Saúde Destaque - Adelar Walter - Dept. Esportes

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Habitação

Litígio judicial preocupa famílias no Cidade Industrial Foto: Karine Endres

O Cidade Industrial vive um momento delicado: famílias estão apreensivas com a possibilidade de perder suas casas, construídas nos últimos 25 anos. A Agropecuária Serra Verde alega ser proprietária dos lotes. A área próxima ao km 72 da Rota do Sol (ERS-122), no fiAté mesmo a escola 19 de Abril estaria construída em propriedade da agropecuária nal dos anos 80 foi um momento delicado do bairloteada irregularmente, a dispuça desconstituiu as matrículas e ro Cidade Industrial”, relata a ta envolvia dois sócios, sendo legitimou a área como de posse diretora. que um deles haveria vendido da agropecuária, assim abrindo Ela afirma que o papel da os lotes com contratos de gaveum litígio entre moradores e a UAB é trabalhar em prol das ta. Após alguns anos esses mesSerra Verde. comunidades e seus moradomos terrenos foram reconheciLucia Klippel, diretora de res, mas que a entidade tem dos em matrícula no cartório de Habitação da UAB, afirma que um compromisso ético de agir imóveis. Nesta região também a entidade aguarda a posição dentro da lei, contudo estarão foi construída a Escola Municido Ministério Público, já que a acompanhando todas as etapal Dezenove de Abril que, que situação é extremamente compas presencialmente, para que também estaria irregular. plexa. “Vamos esperar o desdopossam auxiliar. No atual momento a justibramento do processo, pois é

Ministério Público está analisando o caso O promotor público, Adrio Gelatti, diz que o caso está sendo investigado pelo Ministério Público, em primeiro momento porque os moradores estão apreensivos de perder suas ocupações dos locais, pois inúmeros desses lotes foram adquiridos por escrituras públicas, reconhecidos em matrícula no cartório de imóveis, que no momento foram desconstituídas pela justiça, em razão de uma ação judicial que ainda não se teve acesso. O processo já foi solicitado e está sendo encaminhado do arquivo de Porto Alegre para

o estudo das questões que deram ganho de causa para a Agropecuária Serra Verde. “Vamos verificar qual o direito dos adquirentes dos lotes, referente a essa situação nova que sentenciou a desconstituição das matrículas e reestabeleceu a área inteira para a propriedade da agropecuária”, relata o promotor. Com isso, ainda não se tem uma definição, é preciso fazer uma análise profunda da ação judicial, para descobrir a origem, como aconteceu, e quais serão os efeitos resultantes da sentença.

Os moradores já se reuniram com o MP, inclusive com a presença dos representantes da agropecuária. Embora o MP esteja avaliando o caso, os moradores têm liberdade para optar pelas medidas que considere melhor, desde negociar com os representantes da Serra Verde, como também mover uma ação para garantir a posse de seus bens. “Nós vamos efetuar uma defesa da comunidade e seus moradores, para verificar se coletivamente temos como resolver esse litígio”, acentua Gelatti.

Empresa quer ressarcimento Jaime de Oliveira, responsável pela negociação dos terrenos pela Agropecuária Serra Verde, está trabalhando com o propósito de vender os terrenos de forma amigável e com um preço acessível para os moradores. Como avaliador de terras, está procurando ressarcir parcialmente o hipotético prejuízo da agropecuária. “O terreno médio na região custa 250 mil reais, nós procuramos negociar com descontos, oferecemos financiamentos para uma correspondência da Caixa ou Banco do Brasil”, exemplifica o avaliador de terras. Acentua que a empresa não tem interesse em tirar a casa de ninguém, mas sim um acerto de contas. Segundo ele, existem diversos terrenos irregulares, que contém falsificação de documentos, que alguns terrenos foram comprados em um determinado local, e a casa construído em outro de propriedade da agropecuária. Contudo, reconhece que muitas pessoas podem ter vindo a ser enganadas, mas que estão trabalhando dentro das conformidades da lei, e que contam com ela para que haja um desfecho de forma correta. “Até mesmo a Prefeitura de Caxias do Sul construiu uma escola em um terreno irregular de posse da Serra Verde, e esse está avaliado em cerca 3,5 milhões de reais, que terão de ser pago”, relata Oliveira.

Em defesa dos moradores Para Hugo Trindade da

Silva, presidente do bairro Cidade Industrial, é fundamental auxiliar de todas as formas os moradores da comunidade que ele representa. Falou que foram estipulados prazos para que as partes reúnam os documentos necessários para provar a veracidade da sua posição em relação ao processo. Em relação as autoridades, não está enxergando tamanho interesse no engajamento em prol dos moradores e suas famílias, que não estão contando com um posicionamento da Prefeitura de Caxias do Sul em relação ao caso. Com isso, os moradores estão procurando advogados individuais para que possam garantir sua moradia, pois, os casos variam muito. Procuraram a promotoria pública para que sejam os representantes do Cidade Industrial. “Estivemos reunidos com o promotor Adrio Gelatti que fará a defesa dos moradores, e tenho convicção que se ele trabalhar com empenho, vamos colocar um ponto final a favor dos moradores”, acentua o presidente. O fator importante dentro do processo é que não houve direito de defesa dos moradores. A primeira decisão a favor da Agropecuária Serra Verde não houve uma coerência de apresentação dos documentos por ambas as partes. “Agora estamos correndo atrás de todas provas possíveis da legitimidade das moradias, pois se existe alguma atitude ilegal, não acredito que seja por parte dos moradores”, relata Silva.

Comunidade em Ação

Capoeira fortalece vínculo de jovens com a sua comunidade Foto: Karine Endres

Alunos de sete turmas participaram do evento de encerramento do Capoarte

Nos bairros Jardim Iracema, Pioneiro e na Cooperativa Esperança do Vale (Cooespe), as crianças e jovens contam com o suporte da capoeira para fortalecer sua autoestima e seus vínculos comunitários. Ao todo, são cerca de 100 meninos e meninas, dos seis aos 17 anos, divididos em sete turmas, que participam do projeto ‘Capoarte - Capoeira para a Cidadania’, desenvolvido pelo capoeirista Wagner Ricardo Padilha. Nos bairros Jardim Iracema, há dois anos, e no Pioneiro, há 17 anos, o projeto é desenvolvido em parceria com a secretaria municipal da Cultura, através do programa ‘Cultura na Comunidade’. Já na Cooperativa Esperança do Vale, o Capoarte é desenvolvido voluntariamente há um ano. Wagner explica que as atividades acontecem nos centros comunitários, também em parceria com as Associações de Moradores. “As aulas acontecem no contraturno escolar e à noite. A atividade é gratuita, mas é preciso que o aluno tenha vontade de ‘tirar’ a capoeira”, explica o professor. “Em conjunto é feito um trabalho de construção de valores, de ideais comu-

nitários. Procuro sempre mostrar que eles podem fazer a diferença dentro de suas comunidades”, afirma Wagner. As atividades são gratuitas para todos os jovens interessados. As matrículas podem ser feitas diretamente com os representantes das Associações de Moradores. Wagner relembra que a necessidade de praticar atividades físicas o levou até à capeira ainda quando tinha 14 anos. “Eu queria sentir que estava inserido socialmente na atividade física que praticaria. Encontrei isso na capoeira. A capoeira consegue inserir todas as pessoas, tanto as da terceira idade, quanto as crianças, os portadores de deficiências. Ela é um meio de socialização do ser humano, na busca por maior qualidade de vida, uma vida comunitária e solidária”, ressalta. O capoeirista integra a Associação Brasileira de Apoio e Desenvolvimento da Arte Capoeira, o Abadá-Capoeira. O projeto Capoarte teve início há 17 anos, no bairro Pioneiro, onde Wagner conheceu a prática. “Hoje a capoeira é minha filosofia de vida”, afirma. “O que mais me estimula é o prazer de ajudar os jovens como eu fui ajudado a ter um caminho do bem, um caminho melhor a ser seguido. Porque dentro da capoeira eu aprendi conceitos básicos como ética, solidariedade, respeito, amizade”, explica. “Hoje eu consigo

tirar o meu sustento da capoeira e quero transmitir isso adiante”, fala.

Festa de encerramento No dia 12 de dezembro aconteceu a festa de encerramento das turmas de capoeira do projeto ‘Capoarte - Capoeira para a Cidadania’. A atividade foi realizada na sede da UAB e contou com a presença da secretária municipal de Cultura, Rubia Frizzo. Para a secretária, os projetos que acontecem nos bairros são aqueles que mais a orgulham. “Quero cumprimentar a todos que estão envolvidos, porque estar dentro da comunidade construindo cultura é extremamente importante”, disse. Ela ainda ressaltou que cultura não é genética, e sim que “a gente aprende, e aprende na comunidade onde vive”, disse. Também presente no evento, o ex-presidente da Amob Jardim Iracema, Rudimar Laiser, destacou a importância do projeto para sua comunidade. “Esse projeto foi muito bom para a gente. As crianças participam e dá para notar que tem uma diferença no comportamento delas”, afirmou. Segundo ele, os resultados são ainda mais gratificantes pois através da capoeira são passados os mesmos valores que são trabalhados na escolinha de futebol. “Mas nem todas as crianças que jogam capoeira jogam futebol”, afirma.

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Geral

Está pronta a primeira etapa da Radial Sudoeste Fotos: Ícaro de Campos

te mais acessível, facilitando o trânsito”, disse. A próxima etapa compreende as obras de infraestrutura no trecho entre ruas Sepé Tiarajú e João da Costa (Lote 2), com a execução de um viaduto com 286 metros de extensão, com investimento aproximado de R$ 4 milhões. A previsão do processo licitatório é para o primeiro semestre de 2016. Em seguida, serão executadas as melhorias nos Lotes 1

e 3. O primeiro, com extensão de 1, 6 mil metros, terá início no entroncamento com a Av. Rio Branco (Lote 4) e ponto final na Av. Martim Francisco Spiandorello. Já o terceiro lote, com extensão de 1,2 mil metros, iniciará no final do viaduto projetado, tendo o ponto final na Estrada São Marcos Linha Feijó. O valor total da obra ultrapassa R$ 11 milhões, com recursos federais e contrapartida do Município.

Obra na região Sul beneficia mais de 50 mil pessoas

A primeira etapa da Radial Sudoeste, o trecho que liga a avenida Rio Branco e a rua Giácomo Varaschini, está pronta. A obra foi entregue no dia 16 de dezembro pelo prefeito Alceu Barbosa Velho. O trecho de 1,1 km corresponde ao lote 4 da obra completa e demandou investimen-

tos de R$ 900 mil. A via recebeu terraplanagem, drenagem, pavimentação, sinalização e instalações elétrica. Cerca de 50 mil pessoas serão beneficiadas diretamente, mas a obra impacta na mobilidade de toda a Região Sul, pois é uma alternativa à avenida Rio Branco. O Prefeito Alceu lembrou

de como era o local e destacou a importância da obra para a mobilidade urbana. “As melhorias beneficiam, além dos moradores locais, os motoristas que encontram na Radial mais uma alternativa para seguir até Forqueta, Desvio Rizzo, por exemplo. Era uma via muito complicada que ficou visivelmen-

Lidernças comunitárias acompanham a entrega da obra

Festa da Uva: ‘Tirando o Pó’ volta para resgatar a tradição Resgatar acervos históricos, atrair a atenção e o engajamento da comunidade para a Festa da Uva é o principal objetivo do projeto Tirando o Pó. Vestidos, paletós, calças, roupas, certidões de nascimento e casamentos, malas, dedal, máquinas e demais objetos antigos que pertenciam aos imigrantes italianos têm um novo significado desde o lançamento do projeto, em 1994. Assim como a Olimpíada Colonial, o Tirando o Pó, surgiu em um momento em que a comunidade estava distante da Festa da Uva. Para reaproximar a população do evento, e também despertar ainda mais o interesse dos turistas, foi lançada a ideia de montar recantos em diversos estabelecimentos comercias da cidade. Os espaços recriam os ambientes típicos italianos, é como uma viagem ao passado, e assim preservam

a memória dos imigrantes. As montagens exigem criatividade, originalidade e harmonia. Caso os recantos não remetam aos costumes dos imigrantes, podem fazer alusão ao tema da Festa da Uva 2016 “Imagens e Horizontes”. Além disso, os recantos têm que estar montados em locais onde possam ser visitados e com boa visibilidade para que sejam fotografados. Podem participar residências, restaurantes, hotéis, supermercados, lojas, shoppings, indústrias, prestadores de serviço e demais interessados.

O Tirando o Pó teve uma pausa nas edições de 2012 e 2014, e retorna com uma estrutura ampliada para a Festa da Uva 2016. O projeto conta com o envolvimento de entidades empresariais e funcionais. Tais entidades formarão equipes de Orientação de Conteúdo, de Montagem, de Divulgação e de Mobilização. As inscrições para participar do Tirando o Pó ocorrem de 15 de janeiro a 10 de fevereiro de 2016 e podem ser entregues pessoalmente na CDL, Sindilojas, Sindigêneros e SEGH ou pelos sites das entidades.

Saiba Mais: (54) 3214.4586 ou projetos@ interfaceventos.com.br tirandopo@festanacionaldauva.com.br

31ª FESTA NACIONAL DA UVA 18 de fevereiro a 6 de março Horários De 2ª a 6ª feira, das 14h às 22h Sábado e domingo, das 9h às 22h Ingressos De 2ª a 5ª, R$ 12 - pessoas acima de 60 anos e estudantes, R$ 6 De 6ª a domingo, R$ 15 - pessoas acima de 60 anos e estudantes, R$ 7,50 DESFILE CÊNICO Data e horário 18, 20, 21, 26, 27 e 28 de fevereiro e 05 e 06 de março, sempre às 20h. Ingressos Arquibancadas – R$ 30 - pessoas acima de 60 anos e estudantes - R$ 15

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Geral

Baile reúne apoiadores da Rádio UAB FM 87.5 Fotos: Paula da Rosa e Daniele Krindges

Mais de 350 pessoas participaram do jantar e baile de confraternização da Rádio UAB FM 87.5. A festa aconteceu no dia 21 de novembro, no centro comunitário do Jardim Eldorado. Segundo Flávio Fernandes, presidente da UAB e da Rádio, o objetivo foi divulgar o nome da emissora e também buscar integração com as comunidades. “Nosso objetivo foi alcançado, que era fazer uma atividade onde os comunicadores e os ouvintes pudessem estar juntos, se conhecer e também se divertir. Foi muito bom e o sentimento é de dever cumprido, com muita alegria”, fala Flávio. A animação da noite ficou por conta da banda Marcas do Pampa. Confira algumas imagens desta noite especial.