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Jornal dos Bairros
Novembro 2014 Ano 18 Nº 11
Publicação da União das Associações de Bairros de Caxias do Sul - Filiada à FRACAB e à CONAM
UAB já tem nova corte de Mais Belas Foto: Mário André Coelho
Ingridi Bonatto (esquerda para direita), do Bom Pastor é a Simpatia Comunitária e Tainara Sarmento Dondoni, do Serrano, é a nova Segunda Princesa. Já Nathalia Caroline Velho Trindade, bairro Pioneiro, conquistou a coroa de Mais Bela Comunitária, tendo Luisa Moraes Paim, do Sagrada Família, como sua Segunda Princesa
XII Congresso da UAB 05 e 06 de Dezembro Dia 05 | Abertura | 19h30min Dia 06 | Debates e Deliberações 09h às 17h Sede da UAB Luiz Antunes, nº 80
Agenda Categorias de Base 23/11 - Sub 11 | Cruzeiro | 08h30 30 / 11 - Sub 15 | Enxutão | 08h30 07/12 - Sub 13 | Arena| 08h30
Finais Campeonatos Ouro e Veteranos 29 /11 | Enxutão | 19h30
Premiação Campeonatos do Segundo Semestre 12/12 UAB Cultural | 19h30
Jornal dos Bairros Novembro 2014
Opinião
Editorial Quem é democrata hoje no Brasil? Por Emir Sader, em Carta Maior
As disputa políticas tem frequentemente girado em torno da disputa da democracia. Uma e outra força política pretende apropriar-se da palavra democracia e caracterizar seu oponente como não democrata. Mas quem realmente é democrata hoje no Brasil e quem não o é? O Brasil foi sempre caracterizado como o país mais desigual do continente mais desigual. Não o mais rico, nem o mais pobre, mas aquele cuja desproporção entre ricos e pobres era a maior. Não era, portanto, um país socialmente democrático embora, pelos cânones liberais, era considerado uma democracia: divisão dos poderes do Estado, eleições periódicas, pluralismo partidário, imprensa livre (atenção: livre quer dizer privada, para o liberalismo). Não poderia ser democrático, porque não o era para a grande maioria. Foram os governos do PT que ampliaram enormemente a inclusão social e, portanto, a democracia no Brasil. Mas esse processo se choca com estruturas de poder a que a democratização não chegou. A democratização obedeceu aos cânones liberais apontados acima. Mas não chegou às estruturas profundas do poder no Brasil. Não chegou ao sistema bancário, à propriedade da terra, às grandes corporações industriais e comerciais, não chegou aos meios de comunicação. Ao contrário, em vários aspectos essas estruturas de poder se consolidaram como grandes monopólios, ao invés de ser democratizadas, de forma paralela às estruturas politicas e institucionais. Os governos Lula e Dilma dão continuidade ao processo de democratização, estendendo-a ao plano social, desenvolvendo processos de inclusão e de cidadania para a grande maioria. E se chocam com aquelas estruturas não democrática
de poder na sociedade. O processo eleitoral recém concluído viu, por um lado, um apoio majoritário às políticas sociais que deram início ao mais importante processo de democratização social do Brasil, por outro, o controle da formação da opinião pública por parte da direita, apoiada no controle monopolista dos meios de comunicação. Quem é democrata hoje no Brasil? Quem estende direitos elementares, sempre negados, à grande maioria da população? Ou quem considera que a economia não cresce porque o salário mínimo seria alto? Quem luta pela democratização dos meios de comunicação ou quem detém o seu monopólio e faz uso partidário e discricionário dele? Quem propõem o fim do poder do dinheiro sobre as campanhas eleitorais? Ou quem elege bancadas de lobbies baseados nos financiamentos empresariais, para defender seus interesses? Quem fortalece os bancos públicos para desenvolver políticas sociais? Ou quem se vale dos bancos privados para a especulação financeira? Quem faz chegar atenção médica a dezenas de milhões de brasileiros, que nunca puderam gozar dela? Ou quem se opõe a isso, bem como à abertura de novas vagas nos cursos de medicina das universidades públicas? Quem quer que as decisões do governo se baseiem em consultas à população? Ou quem quer seguir monopolizando as instâncias de decisão parlamentar, baseados na negociata de cargos e favores? Quem quer um país para todos? Ou quem quer voltar ao país governado só para uma parcela da população? A campanha, mais além dos enfrentamentos imediatos, faz parte de uma imensa luta para democratizar o Brasil. Que tem agora na democratização dos meios de comunicação e na reforma política, suas próximas batalhas.
Jornal dos Bairros Expediente: Veículo da União das Associações de Bairros de Caxias do Sul – UAB - Rua Luiz Antunes, 80, Bairro Panazzolo – Cep: 95080-000 - Caxias do Sul Filiada à Federação Riograndense de Associações Comunitárias e de Moradores de Bairros (FRACAB) e a Confederação Nacional de Associações de Moradores (CONAM) Presidente: Valdir Walter Diretor de Imprensa e Comunicação: Cláudio Teixeira - claudiosteixeira@gmail.com Editora: Karine Endres - MTb. 12.764 - karine.endres@gmail.com Reportagem: Karine Endres e Luana Reis Editoração e Design Gráfico: Karine Endres E-mail: jornaldosbairroscx@gmail.com Telefone: 3238.5348 Tiragem: 10.000 exemplares Conselho Editorial: Antonio Pacheco de Oliveira, Cláudio Teixeira, Flávio Fernandes, Karine Endres, Paulo Saussen e Valdir Walter Email: uabcaxias@gmail.com Comercial: 3219.4281 Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.
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Falecimento Volmar Dias Machado ‘FERA’ Foto: Karine Endres
Comunitarista era conhecido por sua dedicação à militância
É com imensa tristeza que a diretoria da UAB e a equipe do Jornal dos Bairros noticia o falecimento do diretor de Cultura, Volmar Dias Machado, o ‘Fera’. O sindicalista e comunitarista veio a falecer no dia 3 de novembro, aos 49 anos, de insufiência respiratória causada por uma crise asmática. “Fera”, como era mais conhecido, sofria de asma desde pequeno. Volmar Machado nasceu no dia 3 de junho de 1964 em Nova Prata. Segundo Jusara Roncatto, sua irmã e também comunitarista, a família veio para Caxias do Sul em 1976, quando passaram a residir na rua Sarmento Leite. Duas décadas depois, a família se mudou para o bairro Bom Pastor, justamente na casa onde o corpo do comunitarista foi encontrado, já sem vida. Ele deixa a filha Camila Prigol Machado, com 19 anos. Camila também tem atuação comunitária, tendo sido a Simpatia Comunitária na corte de 2010 a 2012, que contou com Shania Pandolfo como Mais Bela. Hoje Camila cursa psicologia na Universidade de Caxias do Sul (UCS), o que era motivo de muito orgulho de seu pais. Segundo Jussara, Fera iniciou sua trajetória no movimento comunitário há
cerca de dez anos, na segunda gestão da ex-presidente, Tânia Menezes. Mas o início da sua militância foi pelo sindicalismo, através do Sindicato dos Metalúrgicos, quando começou a trabalhar na Engemac, há cerca de trinta anos. Fera era filiado ao PCdoB, partido que defendeu e militou até o fim de sua vida.
Dedicação Segundo Jusara, uma das principais características do seu irmão era a dedicação e a lealdade. “Muitas vezes ele assumia responsabilidades que não eram dele, para preservar outras pessoas. Ele era uma pessoa muito boa. Chegava até a dar raiva. Com frequência ele se prejudicava para ajudar aos outros”, relata Jusara. Um dos maiores orgulhos de Fera foi ver Camila na Universidade. Jusara conta que por diversas vezes Fera teria comentado que todos seus anos de lutas valeram a pena quando Camila conseguiu cursar psicologia através do ProUni. “Ele sempre dizia que todas as vezes em que apanhou nas greves ou todo o esforço para eleger Lula e Dilma valeram a pena, afinal, hoje a filha dele podia estar cursando uma faculdade de graça”, relata Jusara.
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Movimento
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Lideranças demandam mais agilidade nas obras Foto: Karine Endres
Durante a Assembleia Geral da UAB, realizada no dia 1º de novembro, os comunitaristas pediram mais agilidade à secretaria municipal de Obras e Serviços Urbanos. Representando a secretaria de Obras estava o Diretor Geral, Noberto Soletti. Ele compareceu à AG representando o secretário Adiló Didomênico, que não pode estar presente devido à problemas de saúde na família, que reside no interior do estado de Santa Catarina. Segundo Soletti, Adiló é um secretário que não deixa as pessoas sem respostas sobre as demandas, mesmo que essa resposta seja um ‘não’. Para Soletti, a secretaria vem buscando atender as demandas da cidade, dentro do possível e das dificuldades que todas as secretarias têm. “Algumas coisas conseguimos atender mais rápido, outras nem tanto. Sabemos das dificuldades que vocês têm e que são vocês os cobrados dentro das comunidades. Sabemos o quanto isso tem valor, que são vocês que nos trazem as demandas. Mas nós procuramos trabalhar com prioridades”, afirma. Soletti explica ainda que a secretaria de Obras está desenvolvendo diversas ações nos bairros, que até então não
Assembleia para debater saúde
Luiz Pizzetti, presidente de honra, alertou sobmportãncia dos comunitaristas
eram desenvolvidas via secretaria. Como exemplo, ele citou os alagamentos constantes no Floresta, nas proximidades da Sorvelândia. No Cruzeiro, a Antônio Broilo também está sendo executada pela secretaria. “É uma obra importantíssima, mas também de uma dificuldade gigantesca. Temos que escavar quatro ou cinco metros de profundidade na rocha pura, para podermos passar a galeria que é necessária para não termos mais problemas de alagamento. No Jardim América também já estamos avançando na obra, escavando 3,7 metros na rocha pura, para trocarmos a tubulação de 60 cm para uma de 1,20 de diâmetro”, afirmou.
Plano contra Incêndio nos Centros Comunitários Todos os 65 centros comunitários precisam regularizar os seus Planos de Prevenção Contra Incêndio (PPC), conforme determina a lei estadual aprovada em dezembro de 2013. Segundo Valdir Walter, engenheiros estão cobrando em torno de R$ 3.500 para elaborar os planos e o Corpo de Bombeiros prometeu iniciar a fiscalização em janeiro. “Nós temos que nos organizar, por-
taria tivesse condições de absorver seria executado por nós. Mas também não é fácil, porque temos que executar as obras grandes, sem parar a manutenção da cidade”, afirma.
que o Corpo de Bombeiros já nos avisou que a partir de janeiro estará vistoriando os centros comunitários e interditando aqueles que realizam eventos, mas que não estão adaptados”. Ainda segundo Valdir, já foi solicitado que a Prefeitura Municipal disponibilize engenheiros próprios da administração para colaborar na elaboração destes planos.
Segundo ele, a secretaria de Obras tem absorvido essas grandes obras de drenagem, que antigamente eram todas licitadas. “Temos uma compreensão, nesta gestão, de que aquilo que a secre-
O presidente da AG, Paulo Saussen, propôs que no dia 29 de novembro, último sábado do mês, fosse realizada uma assembleia específica só para tratar das atuais polêmicas envolvendo a saúde municipal. Entre estes pontos, está a negativa dos médicos concursados em assinar o ponto eletrônico e a eleição do Conselho Municipal da Saúde. A presidente do Villa Lobos Vergueiros, Tânia Menezes, contrariou o dia escolhido, afirmando que até esta data o assunto já estaria fora de pauta do governo municipal. Porém, suas contestações não foram consideradas e a data foi mantida.
Comunitaristas questionam Juracy Leão, do Arcobaleno I, ressaltou que a secretaria de Obras é aquela para qual os comunitaristas mais recorrem. “Embora sejamos bem atendidos, muitas vezes o serviço demorar para sair. Há protocolos que estão lá há mais de um ano”, afirmou o comunitarista. “Esses dias, me ligaram da secretaria avisando que uma obra estaria pronta. Fui lá e vi que não tinha sido feito nada. Como pode isso?”,questionou. Mariza de Oliveira, presidente da Amob Colina das Castanheiras, cobrou a execução de uma boca de lobo em uma esquina e, segundo ela, o engenheiro responsável visitou o local e disse que a boca de lobo não era necessária. “Há uma rua no nosso loteamento, que cavalo não sobe mais, somente a trote de mula, de tanto buraco e pedra. Onde está a secretaria quando precisamos?”, indagou também. Já Maria Elisa Marques, presidente
do Jardim Oriental, ironiza que foi ‘sorteada’ porque o seu protocolo estaria com o próprio Soletti. Segundo ela, há um protocolo para revisão das bocas de lobo parado na secretaria de Obras, desde agosto de 2013. “Eu assumi a Amob em julho de 2013 e em agosto protocolei este pedido e até agora não fui atendida”, afirma. “Já cobrei o presidente da Codeca, Valter Vebber, se não executavam o reparo por falta de equipamentos, e ele afirmou que só atende os protocolos quando as secretarias fazem os pedidos”, disse. “Há uma boca de lobo em frente à escola, que sabemos que tem porque temos memória. É em rua asfaltada, mas a boca de lobo está coberta de lama. Os moradores estão querendo reclamar na imprensa, mas já pedi que resolvêssemos conversando com a secretaria, mas não está adiantando”, afirma.
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Mais Belas
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Um novo reinado d O dia 15 de novembro foi de angústia para 21 meninas e suas famílias. Mas também foi momento de alegria para quatro garotas. No ginásio 1 da UCS, por volta das 11 horas da noite, o movimento comunitário conheceu sua nova corte do Mais Bela Comunitária. Nathália Caroline Velho Trindade (bairro Pioneiro), Mais Bela, Luisa Moraes Paim (Sagrada Família), Primeira Princesa, Tainara Sarmento Dondoni (Serrano), Segunda Princesa e Ingridi Bonatto (Bom Pastor), Simpatia Comunitária, deverão levar adiante o trabalho das meninas que entregaram suas faixas e coroas no sábado.
Eleitas em 2012, Letícia de Carvalho, Gabriele Rossi, Elisabeth Martins e Isadora Perotti – respectivamente da Mais Bela à Simpatia Comunitária– desenvolveram com orgulho e habilidade as tarefas cumpridas pela corte nestes dois últimos anos. Agora, deixam um legado onde meninas bonitas, inteligentes e simpáticas estiveram sempre presentes nas principais atividades comunitárias. Para a Mais Bela, Nathália Trindade, esta será uma oportunidade de desenvolver seus projetos educativos no movimento e também agregar e ajudar às comunidades. Ela descreve como grandiosa a sensação ao ter seu nome anunciado. “Me sinto muito honrada com essa oportunidade de representar a UAB de Caxias do Sul. Para mim, esse concurso ressalta a força da mulher”, afirma. Já a Primeira Princesa, Luisa Paim, afirma que a disputa foi
de fato muito acirrada. “Estava com muita fé, dei o máximo de mim, mas foi um concurso muito disputado”, afirma. Tainara Dondoni, eleita Segunda Princesa, também ressalta que o concurso foi bem disputado. “Foi uma sensação maravilhosa quando anunciaram meu nome e pretendo desempenhar essa função da melhor forma”, diz. Ingridi Bonatto, Simpatia Comunitária, destacou também a alegria em estar na corte e afirma que tem como objetivo honrar o título que recebeu. Antes da nova corte ser conhecida, as três melhores torcidas foram anunciadas. O bairro Pioneiro foi o grande premiado da noite, conquistando a faixa de Mais Bela e também a melhor torcida. Já a segunda colocação ficou com a torcida de Rafaela Marini, do Fátima, e a terceira, com Ingrid Bonatto, do Bom Pastor, que também conquitou a Simpatia Comunitária.
Beleza, mas também conhecimento Após a entrevista, realizada durante um coquetel reservado para os jurados, as meninas desfilaram coletivamente e individualmente. Então, foi o momento de todas as candidatas aguardarem com ansiedade quem seriam as dez finalistas. Além das quatro eleitas, estiveram entre as finalistas as candidatas Bianca Pereira Zaccani, Caroline Rafaela Martins, Jéssica Visoná, Michelen Reduzino Walter, Rafaela Marini e Sheila Amanda
Foto: Mário André Coelho
passaram por Nicoletti. uma entrevista A escolha com os jurados do Mais Bela antes do desfile. Comunitária Neste momenleva em conta a to, elas precisabeleza das canram mostrar que didatas, sua detinham compresenvoltura na endido o papel passarela, mas que seria exigido também conde cada uma das sidera o perfil eleitas dentro do comunitário. As As dez finalistas receberam presentes e certificados movimento comumeninas foram nitário. avaliadas durante todo o préensaios e visitas aos bairros. As ganhadoras foram concurso, que incluiu palestras, Além disso, as meninas
aquelas que obtiveram a maior pontuação na soma de todos os itens avaliados. As entidades apoiadoras que compuseram o corpo de jurados foram a Universidade de Caxias do Sul (UCS), a Federação Riograndense de Associações Comunitárias e de Moradores de Bairros (FRACAB), Festa da Uva, Yang Modeladores, o Centro de Auxílio às Pessoas com Câncer (CAPC), Miss Caxias 2015, Visate, Banco do Povo e Prefeitura Municipal Foto: Mário André Coelho
Ao centro, nova corte do Mais Bela fotografa junto aos jurados, departamento de Organização das Mulheres da UAB, Mais Belas 2012 e Mais Bela Negra Comunitária (à direita)
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Mais Belas
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de Mais Belas inicia Foto: Mário André Coelho
As Mais Belas recém eleitas posam para a imprensa. Da esquerda para direita, a Simpatia Comunitária, Ingridi Bonatto, do Bom Pastor, Tainara Sarmento Dondoni, Segunda Princesa, representando o Serrano. Ao lado, Nathália Velho Trindade, do bairro Pioneiro, eleita Mais Bela Comunitária, e à direita, Luisa Moraes Paim, Primeira Princesa, candidata pelo Sagrada Família
Corte de Mais Belas se despede Antes do anúncio da nova corte, foi o momento das meninas que portaram suas coroas nos últimos dois anos se despedirem. Letícia de Carvalho, então Mais Bela Comunitária da UAB, agradeceu a oportunidade que recebeu de vivenciar o movimento comunitário e ressaltou as amizades e o aprendizado conquistado nesse período. “Quero agradecer esse privilégio que tive, de ser a Mais Bela Comunitária de Caxias durante dois anos. No fim a gente começa a pensar em tudo que passou e dá muita tristeza se despedir. Agradeço a todos pelo carinho que sempre recebi”, disse Letícia. Já Gabriele Rossi, Primeira Princesa, agra-
deceu a todos pela oportunidade que teve. “Sempre fui muito bem acolhida e só tenho muito o que agradecer à todos e à UAB, que nos ensina valores e nos ensina a sermos comunitários”, disse. Elisabeth Breda Martins, Segunda Princesa, também agradeceu a todos pela oportunidade. “É com dor no cora-
ção que entrego minha faixa. Mas com a certeza de que uma nova corte, ainda mellhor, virá. Porque isso nos move, a certeza de que coisas melhores virão”, afirmou. Isadora Perotti, Simpatia Comunitária, agradeceu em primeiro lugar o apoio que recebeu do presidente de sua Amob, na época. “Com muito orgulho fui a Simpatia Comunitária da UAB. Agradeço primeiro ao presidente do São Leopoldo na época, Modesto Pigotti, que me convidou para representar o bairro no concurso. Na época, não tinha noção do quanto esse concurso iria mudar a minha vida. A gente cresce como pessoa e como cidadã”, concluiu.
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Movimento
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XII Congresso redefine prioridades Já estão acontecendo as reuniões preparatórias para o XII Congresso da UAB. Entre os dias 10 e 21 de novembro, oito encontros devem acontecer, para se fazer um levantamento das necessidades das comunidades, nas mais diversas áreas sociais. O XII Congresso.acontece nos dias 5 e 6 de dezembro, na UAB No dia 5, a abertura será às 19h30, e já no sábado, as atividades iniciam às 9h. Sob o tema “Atualizando Propostas de Políticas Públicas do Movimento Comunitário”, a entidade busca que os comunitaristas discutam as suas demandas, para uma atualização da pauta de reivindicações .
Critérios para participação São participantes natos do XII Congresso da UAB os presidentes de bairro, ou seu representante com ata da reunião
da Amob, indicando a substituição. Os diretores da UAB também são delegados natos, isto é, com direito à participação garantido. Além disso, cada reunião do pré-congresso pode eleger até 3 delegados.
das durante o Congresso, com votação na plenária final. Documentos, resoluções e moções podem ser entregues para coordenação do congresso até o inicio da plenária final.
Segundo Cláudio Teixeira, diretor de Comunicação da UAB, a proposta é fazer um Congresso que aprofunde o entedimento do movimento comunitário sobre as diversas necessi-
dades das comunidades, atualizando as bandeiras de luta da entidade. “Ao mesmo tempo, queremos criar solidariedade entre as comunidades sobre essas demandas”, conclui. Foto: Luana Reis
Credenciamento O credenciamento para participar do XII Congresso da UAB será na sexta-feira, dia 5, das 18h às 22h.
Almoço No sábado, dia 6, será servido almoço para os delegados credenciados na sexta-feira. Todos precisam realizar o credenciamento, sejam diretores da UAB ou presidentes de Amobs.
Proposições, documentos e resoluções As moções serão debatiComunitaristas discutem suas prioridades durante o XI Congresso, em 2012
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Geral
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Caxias reativa seu Fórum da Economia Solidária Foto: Cláudio Teixeira
Fórum é espaço de articulação entre apoiadores, poder público e organizações de economia solidária
A UAB está sendo uma das protagonistas da reativação do Fórum Municipal de Economia Justa e Solidária. No dia 20 de outubro, na sede da UAB, cerca de 15 empreendimentos de economia solidária, representantes do poder público e de entidade de apoio participaram da reativação do Fórum. Segundo Paula da Rosa, diretora do departamento de Economia Solidária da UAB, o Fórum Municipal foi reativado como forma de apoiar os empreendimentos. Segundo Paula, os empreendimentos de economia solidária quando reunidos no Fórum têm mais poder de organização e pressão para reivindicarem e conquistarem espaços e políticas públicas. “O Fórum é uma forma de apoio, inclusive de legitimação política, destes empreendimentos. Através do Fórum, fica mais fácil conseguir locais para a exposição de produtos, por exemplo, ou então a articulação entre o poder público e as entidades”, completa Paulinha, como é mais conhecida a diretora. Uma das principais metas do Fórum é a capacitação dos empreendimentos sobre o que é a economia solidária, sobre as leis estaduais que a protegem e que garantem a participação em licitações, por exemplo. Segundo Paula, o Fórum
está avançando em seus objetivos, sendo que grupos de trabalho já foram formados, desde comunicação, finanças até articulação e mobilização. A primeira reunião oficial do Fórum aconteceu logo após a reativação, quando se discutiu a indicação dos nomes que irão representar a serra gaúcha no Conselho Estadual da Economia Solidária. Genessy Bertolini, do empreendimento Imigrantes Della Montagna, foi indicada para ser a representante caxiense no Conselho Estadual. A primeira oficina de formação organizada pelo Fórum Municipal está marcada para o dia 21 de novembro, na Faculdade da Serra Gaúcha, com participação do Fórum Estadual de Economia Solidária.
Certificação Para um empreendimento ser oficialmente reconhecido como da economia solidária, ele precisa passar por uma certificação. Essa certificação garante que ele estará abrigado sob a legislação estadual da Economia Solidária, pagando tributos diferenciados e inclusive podendo participar de licitações de compra do Governo Estadual. A UAB está trabalhando também nesta frente, sendo uma das entidades que avaliam e certificam os empreendimen-
tos da Economia Solidária na Serra Gaúcha. Desta forma, a atuação da entidade é diretamente vinculada à secretaria estadual da Economia Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa do Estado do RS.
Ampliação Segundo Paula, um dos seus principais objetivos enquanto diretora de Economia Solidária da UAB é levar todo o conhecimento que o Fórum está reunindo para os bairros. “Queremos que a UAB seja entidade apoiadora da economia solidária para além dos grupos que já estão formados. Queremos que esse apoio seja levado também para os bairros, ajudando a formação de novos empreendimentos, já que muitas famílias podem obter suas rendas através desta forma de organização”, diz a diretora. Paula da Rosa explica que a UAB já estava participando das etapas preparatórias para a III Conferência Nacional de Economia Solidária, que será realizada entre os dias 26 e 30 de novembro, em Brasília. A etapa regional do Fórum aconteceu em 29 de abril, em Caxias do Sul, e a etapa estadual foi realizada em 10 e 11 de setembro, em Porto Alegre. Em todas estas atividades, a UAB esteve presente como entidade apoiadora da economia solidária.
C M Y K
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Esporte
Times da série Ouro e Feminino recebem prêmios A UAB, através do seu departamento de Esportes, entregou a premiação para os melhores colocados e destaques dos campeonatos realizados no primero semestre do ano. Os melhores do 8º Campeonato Intebairros Feminino, Copa Geni Peteffi (in memorian) e do 20º Campeonato Intebairros Série Ouro, Copa Valdir Negrão, receberam seus troféus e medalhas no dia 25 de outubro, na sede da UAB. No campeonato Feminino, o grande destaque coube à equipe do Fátima Alta, que além do título de campeã, ainda emplacou o Melhor Técnico, Goleador, a Defesa Menos Vasada e a Disciplina Geral. Já na Série Ouro, a disputa foi mais equilibrada, com o campeão Belo Hori-
zonte dividindo alguns prêmios com o Vila Amélia. Valdir Negrão, o homenageado da Ouro, agradeceu, em primeiro lugar, à Deus por poder vivenciar essa homenagem. Ele sofreu um AVC no início do ano e correu sério risco de morte. “Ver meus amigos do Belo Horizonte aqui, com tantos prêmios, também é muito emocionante”, disse. Marcos Wilson da Silva, representante da Smel, apoiadora dos eventos via Fiesporte, elogiou a dedicação da UAB e o participação dos atletas. “Esses campeonatos acontecem não apenas porque a UAB se propõem a organizar, mas sobretudo porque vocês participam”, afirmou.
Premiados Série Ouro
20º Campeonato Intebairros Série Ouro Copa Valdir Negrão Campeão - Belo Horizonte 2º Lugar - Serrano 3º Lugar - Vila Amélia 4º Lugar - Planalto Rio Brando Melhor Técnico - Belo Horizonte Goleador - John Lennon - Vila Amélia Defesa Menos Vasada - Belo Horizonte Disciplina Geral - Belo Horizonte Destaque - Daniel - Vila Amélia
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Premiadas Feminino Fotos: Karine Endres
8º Campeonato Intebairros Feminino - Copa Geni Peteffi in memorian Campeão - Fátima Alta 2º Lugar - Vila Ipê 3º Lugar - Pôr do Sol 4º Lugar - Século XX Melhor Técnico - Ildo - Fátima Alta Goleador - Suelen - Fátima Alta Defesa Menos Vasada - Fátima Alta Disciplina Geral - Fátima Alta Destaque - Jussecarla Leal - Pôr do Sol