Jornal dos Bairros
Abril 2016 Ano 20 Nº 03
Publicação da União das Associações de Bairros de Caxias do Sul - Filiada à FRACAB e à CONAM
A democracia está abalada? Fotos: Agência Brasil
Dia 17 de abril de 2016. Após a histórica votação no Congresso Nacional, em que os deputados decidiram dar prosseguimento ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), o Brasil assiste a uma reviravolta no jogo democrático do país. Políticos, lideranças e especialistas analisam o fenômeno para o Jornal dos Bairros | Páginas 8 e 9
Atenção comunitaristas: >>> 31 de julho de 2016 é a data limite para reativação e fundação de Amobs Informações através dos números 3219.4281 (UAB) e 9686.5892 (Diretoria de Formação)
Mais Belas Nesta edição, o regulamento do concurso Mais Bela Comunitária 2016
Pág. 10
Saúde Saiba como prevenir a Gripe H1N1 Pág. 12
Perfil Confira a história de um dos líderes comunitários mais conhecidos da cidade, o seu ‘Cici’ Contracapa
Jornal dos Bairros Abril de 2016
Opinião
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Espaço do Leitor
Editorial Tempo de trabalho e de inovações
Beneficiários das Desigualdades Por Cristiano Cardoso
Mais um mês de trabalho intenso. Informações chegando a todo momento e o movimento comunitário que não cessa de trazer suas reinvidicações e demandas. Nunca, talvez o Jornal dos Bairros precisou dar tanto dinamismo às suas páginas e ao trabalho de seus profissionais. Com equipe ampliada, nossos trabalhadores da informação procuraram cobrir tudo aquilo que mais interessa à população dos bairros de Caxias do Sul. Por exemplo: estamos em um momento no qual nossa democracia está em cheque? A equipe do Jornal dos Bairros buscou conversar com políticos e especialistas no tema para tentar levar até você leitor, através de uma reportagem especial, mais do que informação, mas uma formação a respeito do tema.
Além disso, trazemos as formas de prevenção da gripe H1N1, informações a respeito do Sistema Integrado de Mobilidade (SIM Caxias) e o regulamento do concurso Mais Bela Comunitária 2016. Confira também as reivindicações e o trabalho das Amobs: São Salvador, Kaiser, De Zorzi, Jardim América e Século XX. De quebra, confira um perfil do líder comunitário Eoci Rogerio Ribeiro, o conhecido seu Cici! Por fim, você leitor, poderá perceber algumas alterações no projeto gráfico do jornal. Elas foram concebidas para que nossas páginas ganhem mais cor, mais destaque, mais vida e chame mais sua atenção. Se reparou, ótimo! Se não reparou, não há problema algum, pois sua leitura é a nossa principal satisfação! Até à próxima!
Retrato do Cotidiano
Os brasileiros padecem ainda hoje as consequências de uma história marcada pelas desigualdades sociais, onde a maioria da população sofre com essas diferenças e uma minoria é beneficiária desta marca histórica. Muitos são os defensores dos direitos privados, do livre comércio e até do funcionamento do Estado, no caso, das isenções tributárias ou acesso ao crédito público. A Reforma Política é mais do que necessária, é urgente, sendo fundamental um sistema eleitoral que priorize o processo democrático e acabe com a influência do poder econômico nas eleições. Os grupos detentores do poder econômico, que atuam muitas vezes de forma corporativista, possuem uma influência gigantesca nos rumos da política nacional, sendo apelidada por alguns parlamentares do Congresso Nacional de bancada BBB: da bola, da bala e do boi, fazendo referência aos dirigentes de clubes de futebol, aos donos de empresas produtoras de armamentos e aos ruralistas. O clientelismo também é uma cultura que deve ser banida do pensamento político nacional. Essa concepção de que a relação política deve ser a de
sempre ganhar alguma coisa, numa visão imediatista e individualista, em nada contribui para a construção de soluções políticas coletivas. A relação Executivo e Legislativo, com a existência da barganha e a troca de favores, numa atuação de alguns parlamentares, que buscam obras para os seus “currais eleitorais”, trocando assim seu voto na Casa Legislativa a favor do ordenador de despesas que está no Executivo, também é uma relação corrupta, muito incrustada na política “tupiniquim”. Temos ainda um enorme enfraquecimento das instituições políticas e sociais, como as Forças Armadas, o sistema educacional, o sistema político-partidário, entre outras. O vínculo entre propriedade, profissão e participação política, que perpetua até hoje, também contribui para um enfraquecimento brasileiro do ponto de vista das desigualdades políticas. Existe uma forte persuasão ideológica para justificar essas diferenças na sociedade: as desigualdades são naturais, os culpados são os próprios oprimidos, a culpa é da sociedade, as desigualdades são importantes para os cristãos verdadeiros. Essas são algumas teorias utilizadas por quem está na macroestrutura de poder. * Cristiano Cardoso é cientista político
Agenda Comunitária 07/05 - 14h00 Assembleia Geral - UAB 07/05 - 19h30 Abertura dos Campeonatos Série Ouro e Veteranos - Enxutão 19/05 - 09h00 Reunião de Diretoria - UAB O dourado do outono no Parque dos Macaquinhos, pelas lentes do fotógrafo Mário André Coelho
Jornal dos Bairros Veículo da União das Associações de Bairros de Caxias do Sul – UAB Rua Luiz Antunes, 80, Bairro Panazzolo – Cep: 95080-000 - Caxias do Sul Filiada à Federação Riograndense de Associações Comunitárias e de Moradores de Bairros (FRACAB) e a Confederação Nacional de Associações de Moradores (CONAM) Email: uabcaxias@gmail.com Comercial: 3219.4281 Presidente: Flávio Antônio Fernandes Diretora de Imprensa e Comunicação: Paula Cristina da Rosa - comunicacao.uab@ gmail.com
Editor: Alan Matos MTb. 18.178 - alan_juliano2000@hotmail.com Reportagem: Alan Matos Editoração e Design Gráfico: Karine Endres Conselho Editorial: Antonio Pacheco de Oliveira, Flávio Fernandes, Joce Barbosa, Karine Endres, Paula da Rosa, Paulo Sausen e Valdir Walter E-mail: jornaldosbairroscx@gmail.com Telefone: 3238.5348 Tiragem: 8.000 exemplares Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.
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Movimento
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Assembleia geral debate segurança pública Com a presença de representantes da Guarda Municipal e da Brigada Militar, encontro discutiu carências da área A União das Associações de Bairros (UAB) promoveu, no dia 02 de abril, a Assembleia Geral da entidade. Sob o tema “segurança”, mais de 100 líderes comunitários tiveram a oportunidade de questionar as autoridades sobre as dificuldades que Caxias do Sul enfrenta na área. O encontro, com mais de duas horas de duração, contou com a presença de representantes da Guarda Municipal e também da Brigada Militar (BM). Em um primeiro momento, o público pode conferir uma explicação sobre o programa de formação “Voluntários da Paz”.
Justiça Restaurativa O programa “Voluntários da Paz”, desenvolvido por setores da sociedade civil, como ao Judiciário, Poder Executivo e Instituições de Ensino, tem o objetivo de promover uma cultura de paz e de diálogo, além da oferta de serviços de solução de conflitos. o projeto permite que se amplie a oferta das práticas de justiça restaurativa na cidade, com a abertura de mil vagas para uma formação que habilitará voluntários para facilitar círculos de construção de paz. Catiane Silveira, formadora do programa, fez uma explanação explicando a todos os presentes como funciona o
projeto e quais são os resultados esperados. Entre os esclarecimentos de Catiane, foi colocado que os voluntários do programa poderão escolher as áreas e formas de atuação: se individualmente ou em grupos, e em quais espaços institucionais ou comunitários. “Cada turma em formação participará de uma oficina de planejamento. Conforme as pessoas e entidades que as apoiam se disponibilizem, poderão assumir responsabilidades maiores na estrutura de pacificação da cidade, formando Comissões ou Comitês de Paz”, elucidou. Na oportunidade, também foi distribuído material informativo ao público.
Críticas Com espaço aberto para o público questionar as auto-
Fotos: Mário André Coelho
Encontro contou com a presença de representantes da Guarda Municipal e também da Brigada Militar
ridades da segurança pública, a Assembleia Geral da UAB teve temais recorrentes que vieram à tona, como: críticas ao poli-
ciamento comunitário, prevenção a roubos, controle da baderna e som alto nos bairros, problemas com flanelinhas,
além de análises sobre o atendimento aos chamados da população para atendimentos da Brigada Militar.
O que diz a Brigada O representante do 12º Batalhão da Polícia Militar (12º BPM), capitão Amilton Turra não entrou em temas específicos, mas justificou alegando que a sociedade civil organizada é fundamental no processo de prevenção e combate à violência. “Todas as mudanças políticas e econômicas, tanto em âmbito nacional, estadual ou municipal impactam na segurança pública”, afirmou. Ele ainda elogiou e agradeceu o trabalho e a iniciativa da UAB, no que diz respeito à participação comunitária em relação à questão da perturbação do sossego público, mas acrescentou que a corporação não atua sozinha. “Além da Brigada Militar, o Mi-
Capitão Turra responde críticas ao trabalho da BM
nistério Público e o Judiciário são o caminho”, acrescentou.
Sobre a questão dos flanelinhas levantada pelos comu-
nitaristas, o capitão Turra disse para que se encaminhe uma solução para o problema, é necessário que as vítimas representem e denunciem o crime. Sugeriu que se organizem reuniões nos bairros afim de discutir problemas particulares da segurança pública. Ele admitiu que os problemas têm aumentado nas comunidades, as demandas na mesma proporção e que as soluções só serão encontradas com a ajuda da comunidade, governos e com mudanças efetivas nas leis criminais. Sobre o policiamento comunitário, o capitão Turra explicou que com o aumento dos núcleos, diminuiu a qualidade do serviço.
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Transporte
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Fórum dos Usuários debate SIM Caxias Foto: Mário André Coelho
Mais de 60 líderes comunitários discutiram novo sistema que está transformando o cotidiano da cidade A primeira edição do ano do Fórum dos Usuários, que aconteceu no dia 9 de abril, debateu o Sistema Integrado de Mobilidade (SIM Caxias). Mais de 60 líderes comunitários estiveram presentes ao encontro, que contou com a presença do secretário municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade, Manoel Marrachinho. Foram mais de duas horas de exposição do novo sistema aos comunitaristas, que tiveram a oportunidade de fazer perguntas ao secretário, com a finalidade de esclarecer as mudanças que estão ocorrendo no transporte público da cidade, além de expor críticas e sugestões para a solução de problemas já crônicos na cidade, como falta de pontualidade em linhas de ônibus. “O SIM Caxias é o início de um processo. Não é a solução
Comunitaristas ouviram explicações do secretário de transportes sobre o SIM Caxias
para tudo. Há muita coisa ainda por fazer. Mas temos a convicção de que estamos fazendo muita coisa em um curto espaço de tempo. Vamos continuar prosperando”, afirmou o secretário municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade, Manoel Marrachinho.
Menos paradas no centro Entre os aspectos do SIM Caxias debatidos na ocasião, estiveram questões como o me-
nor número de paradas na área central da cidade para dar agilidade e pontualidade ao novo sistema. De 35 paradas existentes nas ruas Sinimbu e Pinheiro Machado – onde circularão os ônibus que farão o deslocamento entre as duas Estações Principais de Integração (EPIs) -, os ônibus troncais pararão apenas em 15 pontos. “É decisivo para nós a alternância das paradas. Nós temos em nossa cidade uma parada a cada 140 metros.
O olhar do movimento Tânia Menezes, diretora de mobilidade da UAB, fez observações sobre o projeto SIM Caxias: “Tudo o que é novo nos assusta. O SIM é um projeto que começou a ser gestado no governo Pepe Vargas. Se trata de um projeto de Caxias do Sul. Não é desse ou daquele prefeito. Com ele, vamos conquistar algo que buscamos há tempos: a passagem única e diminuir o tempo entre origem e destino. São esses fatores que farão com que deixemos nossos carros em casa e passemos a andar de ônibus. Lutamos por mais ônibus nos finais de semana e que comecem a passar mais cedo nas paradas. O transporte público não pode ser visto como um transporte do futuro, mas sim como um transporte do presente”, avaliou. Além disso, Tânia fez críti-
cas ao fato de que o movimento comunitário foi o último segmento da sociedade a participar de uma simulação do novo sistema, que ocorreu no dia 12 de abril: “Teríamos que ter sido chamados por primeiro para a simulação do SIM Caxias. Seremos os últimos. Antes deram entrevistas à imprensa. Nós que andamos de ônibus temos outro olhar sobre a questão. Mas não importa quantas reuniões teremos, vamos tirar todas as dúvidas sobre o novo sistema”, concluiu. Sérgio de Campos, também diretor de mobilidade da UAB chamou as lideranças comunitárias presentes no encontro para contribuírem na divulgação do novo sistema: “Todos vocês (referindo-se aos presentes) serão multiplicadores das informações que
estão sendo divulgadas aqui. Vocês serão avaliadores da qualidade do SIM, dos carros, do tratamento dos motoristas. Se trata de uma oportunidade única”, convocou. Sérgio ainda disse reconhecer o esforço realizado por parte da secretaria dos Transportes para promover maior esclarecimento acerca do SIM: “Percebemos que a secretaria tem tentado elucidar, esclarecer. Ainda há um medo do momento do novo sistema entrar em operação. Mas estão sendo treinadas pessoas para a divulgação diária das novas informações, dos horários. Sabemos que toda e qualquer mudança causa um certo temor. Entendemos isso, mas precisamos que a informação chegue às comunidades, nos bairros. Acredito que tudo está muito ainda na área central da cidade”, afirmou.
Se parássemos em todas, continuaria o mesmo comboio nas ruas”, esclareceu Marrachinho. “Nossa meta é 4 a 6 minutos de intervalo entre os ônibus na área central da cidade. Com todas as paradas, isso não é possível”, disse.
Cartão único de integração Hoje, o transporte público de Caxias do Sul conta com nove cartões. A partir de maio, haverá um cartão único para todo o tipo de passageiro. “O sistema foi elaborado para dar mais ganho para quem já usa cartão. É mais agilidade, mais segurança”, afirmou Marrachinho. Durante o Fórum dos Usuários, Marrachinho explicou ainda que os cartões serão utilizados para que a pessoa fique integrada ao sistema a partir do momento que passa pelo operador. Depois desse momento, o passageiro poderá embarcar em outros ônibus, sempre pela parte de trás para não pagar nova passagem. Além disso, haverá o controle para que o usuário possa andar em um período de uma hora sem pagar outra passagem.
Comunitaristas testam SIM Caxias Mais de 100 lideranças comunitárias compareceram a uma simulação do Sistema Integrado de Mobilidade (SIM Caxias) promovida pela secretaria municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMTTM), no último dia 12 de abril. O novo sistema foi colocado à prova do movimento comunitário da seguinte maneira: os passageiros se reuniram em frente ao Martcenter Shopping, na RSC 453. De lá, todos embarcaram em linhas alimentadoras do bairro Desvio Rizzo, que se dirigiu até a Estação Principal de Integração (EPI) Floresta. No local, os usuários embarcaram na linha BRT01, que foi pela rua Sinimbu até a estação Principal de Integração (EPI) Imigrante. O trajeto todo foi feito em aproximadamente uma hora e meia – com direito a uma parada para explicação sobre o sistema - já com a chamada integração tarifária, isto é, com os usuários utilizando apenas uma única passagem para fazer todo o percurso.
Questionamentos Os comunitaristas puderam tirar dúvidas com o secretário de transportes Manoel Marrachinho e também com o gerente administrativo e financeiro da Visate, Gustavo Marques dos Santos.Os maiores questionamentos foram sobre as diferenças na utilização do cartão e do dinheiro para pagar a passagem. Conforme foi esclarecido por Gustavo Marques do Santos, a integração é melhor aproveitada por quem usa o cartão de integração. “
Identificação e 2º corredor
Ao todo, são 15 paradas que serão percorridas pelos ônibus BRT nas ruas Sinimbu e Pinheiro Machado. Segundo informações da SMTTM, além do menor número de paradas percorridas durante o trajeto, a agilidade dos carros será assegurada pelo fato de que os carros percorrerão um 2º corredor nessas vias, a exemplo do que já ocorre em cidades do exterior.
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Transporte
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É possível andar de ônibus de graça? Audiência debate ‘Tarifa Zero’ para transporte público em Caxias. Participantes concordam que gratuidade está longe de virar realidade Um transporte público mais barato e eficiente é o que desejam todos os caxienses. Mas, e se fosse possível andar de ônibus de graça pela cidade? A ideia é distante da realidade da maioria da população, mas foi debatida amplamente na audiência sobre “tarifa-zero”, realizada na Câmara de Vereadores, dia 21 de março, através da Comissão de Legislação Participativa e Comunitária (CLPC), presidida pelo vereador Jaison Barbosa (PDT). Com a presença do secretário municipal dos Transportes e Mobilidade Urbana, Manoel Marrachinho, vereadores, lideranças comunitárias e representantes da Visate, o encontro
serviu para que a maioria manifestasse opiniões sobre como diminuir o custo das passagens, além de tentar responder de onde viriam recursos financeiros caso o transporte público fosse totalmente gratuito. O secretário municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade, Manoel Marrachinho, destacou que a “tarifa-zero” pode vir a ser um grande incentivo para que as pessoas utilizem mais os meios coletivos de transporte. ““Não resta a menor dúvida de que o grande sonho é de que ninguém pague a tarifa. Isto seria um grande diferencial para que as pessoas deixassem seus transportes particulares e começassem a usar o transporte público. Mas isso demandaria o replanejamento de todo o transporte público”, assegurou.
Gratuidade x tarifas mais baratas O secretário afirmou, no entanto, que o momento é mais
Você sabia? >>> A tarifa zero é realidade em 12 cidades brasileiras, como Agudos (SP) e Porto Real (RJ). A maior delas é Maricá (RJ), com mais de 140 mil habitantes. Lá, a prefeitura criou uma autarquia para gerir o serviço na cidade >>> 86 cidades, de 24 países já aboliram a cobrança
pelo transporte público >>> 26% dos usuários do transporte público não pagam a tarifa em Caxias do Sul. Os outros usuários que pagam pela tarifa acabam pagando esse valor >>> De 305 mil cartões do vale-transporte emitidos em Caxias, 105 mil são gratuitos
Quem paga a conta? O presidente da União das Associações de Bairros, Flavio Fernandes questionou, durante a audiência, a origem dos recursos financeiros para viabilizar a tarifa-zero na cidade. “A UAB quer a ‘Tarifa-Zero’, mas também queremos saber como será paga essa conta. Não podemos ali na frente, perder direitos na educação, na saúde, na segurança. Buscamos o barateamento da passagem. Vemos que é possível. Além disso, não queremos só gratui-
dade, queremos um serviço de qualidade”, afirmou. O vereador Guila Sebben (PP), da CLPC, foi mais um a indagar a viabilidade da proposta: “O que temos que buscar em Caxias não é a tarifa-zero. E se quem usar o transporte não pagar a passagem, alguém vai pagar para esse ônibus transitar e nós temos que ter a percepção de que só quem paga é a população, se não com a passagem, com seus impostos”, disse
Foto: Fábio Rausch
Vereadores e lideranças comunitárias avaliaram transporte público em audiência
favorável para que se discuta o barateamento das passagens no município. “Entendemos que a ‘tarifa zero’ é um sonho a ser perseguido por todos nós. No entanto, no momento atual, entendemos que há muito espaço para buscarmos a ‘modicidade tarifária’, ou seja, uma tarifa mais atrativa para o cida-
dão”, disse. Gustavo Marques dos Santos, gerente financeiro da Visate falou sobre o impacto das gratuidades já existentes sobre o preço final da passagem. “Em Caxias há uma tarifa altíssima. A Visate não é contra a gratuidade. A Visate é contra a não-regulamentação da gratuida-
de. Hoje, bastou completar 60 anos, aí tu vai lá e faz um cartão gratuito. Isso são 27 mil pessoas. O impacto na tarifa é de R$ 0,25. Reivindicamos que se regulamente a gratuidade e se dê a quem realmente precise. Para se ter uma ideia, de um número de 350 mil cartões, 105 mil são gratuitos”, observou.
O que pensam os líderes comunitários da área do transporte: Tânia Menezes, diretora do departamento de Mobilidade Urbana da UAB:
Sérgio Campos, diretor do departamento de Mobilidade Urbana da UAB:
“O SIM Caxias está mexendo com a vida de todo mundo. Nossa diretoria tem a proposta de realizar um seminário de fôlego para discutirmos o transporte e outras alternativas. O transporte coletivo tem a mesma importância da saúde, do SUS. Não podemos viver de informações da empresa. O poder público tem que ter capacidade, de monitorar, de fornecer os números. Tem muito jeito de baratear a tarifa. Vamos fazer uma grande campanha para que as pessoas andem de ônibus. Não é só discutir transporte coletivo, é discutir a vida da cidade, uma cidade criativa e uma cidade inclusiva.”
“Existe preocupação com a divulgação e nós, da UAB estamos presentes. Nosso presidente está à frente de uma negociação junto à prefeitura para iniciarmos nos próximos dias, junto com a Visate, com a secretaria de Trânsito fechando um acordo para que haja sim, todas as formas de divulgação, chamando presidentes das Amobs, diretores regionais, a comunidade em geral.”
Cassiano Fontana, presidente da Associação dos Usuários do Transporte de Passageiros (Assutran): “Será que agora, que faltam faltam três anos e oito meses para discutirmos a nova concessão de transporte, que é em 2020, não é hora da Assutran, da UAB e outras organizações discutirem de forma clara e transparente o que queremos para os próximos 20 anos? Porque são 20 anos que a Visate vai ficar. Vamos começar a pensar. Tarifa-zero...e a nossa saúde, como está? Tarifa-zero...e a nossa educação, como está? Temos que pensar um pouco no que é prioridade para nós.”
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Formação
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Seminário debate violência contra a mulher Foto: Alan Matos
A UAB, através do Departamento de Organização das Mulheres, colocou as diversas formas de violência contra as mulheres em pauta. O 1º Seminário de Organização das Mulheres, realizado em19 de março, teve como tema “A violência contra a mulher no cotidiano”, o encontro contou com a parceria de diversas entidades, como a Coordenadoria da Mulher, do Conselho dos Direitos da Mulher, da rede de Mulheres de Caxias do Sul, Marcha de Mulheres, e da Frente Parlamentar pelo fim da violência contra as mulheres da Câmara de Vereadores. O seminário foi dividido em dois momentos. Durante a manhã, os participantes tiveram a oportunidade de assistir a palestra “As formas de violência
Estatísticas de atendimento >>> Coordenadoria da Mulher / Centro de Referência para a Mulher (de janeiro de 2005 até fevereiro de 2016) - 23.848 atendimentos >>> Casa de Apoio Viva Rachel (desde sua criação em 1999) - 743 atendimentos a mulheres e 971 atendimentos a crianças
Coordenadoria da Mulher divulgou serviços de proteção à mulher
contra a mulher”, proferida pela psicóloga do Centro de Referência para a Mulher de Caxias do Sul, Luciane Demenech e pela Assistente Social Jamile Mazzotti, que trouxeram números dos atendimentos a ocorrências contra a mulher na cidade (veja quadro ao lado). “São mais de 42 entidades ligadas à Rede de Proteção à Mulher. Somos uma referência no país. As mulheres podem ter acesso a serviços de psicologia,
serviço social, assessoria jurídica, entre outros. Quanto mais os serviços forem divulgados e houver maior esclarecimento, há a probabilidade de o número registro aumentar”, observa Luciane. Ângela Cordova e Aline Cristina Pezzi, diretoras do departamento de Organização da Mulher e duas das idealizadoras do Seminário enfatizam a importância do trabalho de divulgação das informações acer-
ca da violência contra a mulher: “A violência psicológica, é muito pouco falada. Sabemos que muitas mulheres sofrem com isso no dia a dia, e por acharem que isso não e importante, não denunciam”, esclarece. Na parte da tarde, o público pôde conferir a duas esquetes teatrais alusivas às formas de opressão contra a mulher na atualidade. As peças foram escritas, dirigidas e encenadas pelas próprias integrantes do movimento em defesa dos direitos das mulheres. Ao final do encontro, foram realizadas duas dinâmicas
de grupo, uma sob o tema “violência doméstica” e a outra que debateu o assunto “violência moral”. Para o fechamento do seminário, os participantes tiraram uma série de encaminhamentos com o objetivo de fortalecer o movimento em prol dos direitos das mulheres e também de levar maior esclarecimento ao público. “Nosso objetivo foi alcançado, pois as pessoas presentes tiveram integração entre as atividades e vão ser multiplicadores de informação do que aprenderam no encontro”, assinala a diretora de Organização das Mulheres da UAB.
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Geral
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Patrimônio da MAESA agora é de Caxias Foto: Ícaro de Campos
Espaço, com mais de 50 mil metros quadrados, foi repassado ao município através de solenidade de escrituração no Palácio Piratini Caxias do Sul finalmente conquistou formalmente o patrimônio da antiga Metalúrgica Abramo Eberle S/A (MAESA).O ato que oficializou a entrega do prédio, com 50 mil metros quadrados, ao município, ocorreu no dia 31 de março, no Palácio Piratini, em solenidade de escrituração que contou com a presença do Governador do Estado José Ivo Sartori (PMDB), do prefeito de Caxias do Sul, Alceu Barbosa Velho (PDT) e do presidente da União das Associações de Bairros (UAB), Flávio Fernandes, entre outras autoridades. O projeto de doação foi sancionado pelo governador Tarso Genro (PT) em 8 de dezembro de 2014. Na época, o valor estimado do prédio era de R$ 30 milhões. O patrimônio foi finalmente tombado pela prefeitura em janeiro de 2015. Além disso, a reivindicação para que o prédio tivesse suas características preservadas foi feito pela UAB ainda no início de 2012, com o pedido formal de tombamento para a prefeitura.
Patrimônio municipal O prefeito Alceu destacou a importância do repasse formal do patrimônio ao município. “É uma formalidade jurídica para uma transferência, que
bone que hoje abriga o Arquivo Histórico da cidade”, lembrou.
Ganho para Caxias
!
Autoridades políticas participaram de ato de entrega formal do patrimônio à comunidade caxiense
já havia sido feita por gesto e pela lei. Mas isso é boa política, a política republicana. O governo passado doou o patrimônio e hoje este governo está honrando isso, passando de fato o patrimônio ao Município. Faz parte da história de
Caxias e é de Caxias. O importante é que a MAESA é nossa!”, disse. Alceu ainda reforçou a importância da Comissão Especial que já está trabalhando com competência
O que o prédio da MAESA poderá abrigar >>> Transferência de
Espaço cenotécnico, onde ficarão ale-
para o prédio;
gorias e construções de desfiles como Festa da Uva ou carnaval;
secretarias municipais
>>> Museu da Metalurgia e de Artes Visuais; >>> Mercado Público, com restaurante, café e espaço para música ao vivo; >>> Multipalco: espaço para apresentações de teatro e de dança, com um teatro de maior expressividade dos existentes em Caxias;
Sala de cinema; >>> Espaço para exposições de fotografias; >>> Biblioteca; >>>
>>>
venda e produção de artesanato local; >>> Sala para economia criativa, onde po>>> Sala para
dem ficar empresas startups;
conselhos municipais; >>> Auditório de centro
>>> Sala para
de convenções; >>> Sala para arquivo público que hoje está no Arquivo Histórico.
“A UAB já luta há vários anos pela ocupação daquele espaço, de modo que se tenha o maior aproveitamento para a comunidade caxiense” Flávio Fernandes
para definir a ocupação daquele espaço. “Agora a caminhada é longa e muito difícil para definirmos a finalidade de todo aquele complexo”, afirmou.
Conquista histórica
O Governador Sartori falou da satisfação em passar a MAESA a Caxias do Sul. “É um patrimônio histórico feito pelos caxienses e um monumento dos trabalhadores da indústria para o país e o mundo, visto que já existiam parcerias internacionais naquela época. Estou muito feliz com este ato, pois fui um dos criadores do Conselho do Patrimônio Histórico Cultural (COMPAHC) e participei, na década de 70, da preservação do Hospital Car-
Para o presidente da UAB, Flavio Fernandes, a conquista do prédio é histórica para a cidade. “É um ganho enorme para Caxias do Sul. Ainda não temos a real dimensão do que tudo aquilo pode se tornar para a cidade. A UAB já luta há vários anos pela ocupação daquele espaço, de modo que se tenha o maior aproveitamento para a comunidade caxiense”, analisa o presidente da UAB Flavio Fernandes.
Parcerias Rúbia Frizzo, da Comissão Especial para Análise de Uso e Gestão da Maesa, destacou que a assinatura da escrituração encerra apenas a primeira etapa do projeto. “As próximas fases dependerão de orçamento e alocação de recursos, com a possibilidade de firmarmos parcerias para a ocupação dos espaços”,enfatizou. Também participaram da cerimônia em Porto Alegre o secretário municipal do Planejamento, Gilberto Boschetti, o diretor-presidente do SAMAE, Edio Elói Frizzo, o conselheiro da CAU/RS, Carlos Pedone, membros da Comissão Especial para Análise do Uso do Prédio da MAESA; o presidente da Comissão Temporária Especial para Acompanhamento do Processo de Tombamento da Antiga Maesa/Fábrica 2 da Câmara de Vereadores, vereador Jaison Barbosa, o presidente da AMOB Exposição, Lucas Diel, onde está localizada a MAESA, e o deputado estadual, Vinicius Ribeiro.
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Política
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Podemos ainda acred Políticos, líderes e especialistas falam à reportagem do Jornal dos Bairros sobre os riscos de um retrocesso político no país Estamos em um momento de reafirmação ou derrocada da democracia? 513 deputados podem passar por cima da vontade de 54 milhões de brasileiros que elegeram democraticamente uma presidente? Ainda tentando responder a estas questões, o Brasil assistiu, no último domingo, dia 17 de abril, à votação histórica para o prosseguimento do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) no Congresso Nacional. De lá, o processo segue para o Senado Federal, onde a discussão será retomada. A população divide-se: enquanto parte da população acredita que o processo de impedimento da presidente é um golpe parlamentar e um retrocesso político, a outra parcela espera que interromper o mandato de Dilma é a forma de acabar com a corrupção no país e retomar o crescimento econômico.
De acordo com o cientista político Thiago Bach, o momento ainda é cedo para avaliar se há retrocessos ou avanços democráticos com a atual crise política brasileira. “Temos que esperar um desfecho. De uma maneira geral, acredito que vivemos um sistema democrático bastante frágil justamente pelo fato do Brasil ser um país jovem, não acostumado com a tradição democrática”, afirma.
Golpe x impeachment Para Bach, a discussão maior não deve se ater à legalidade do impeachment. O instante é para que avaliemos que medidas podem ser tomadas para que o país possa avançar politicamente. “Muito tem se falado em golpe ou não ser golpe. Vamos supor que ocorra um impeachment por vias legais. Será que se tiraria uma conclusão de se fazer uma reforma política, e dentro da reforma política, uma reforma partidária? Esse é o tipo de debate que não vemos nem na mídia, nem nas pessoas e eu acho que seria uma grande saída e um grande aprendizado para esse momento”, avalia.
Retrocessos x avanços democráticos Além disso, a crise política brasileira proporciona momentos em que se pode constatar um amadurecimento da democracia no país. Outros, nem tanto. É o que afirma Bach, ao analisar o contexto político que o Brasil está vivendo. “As manifestações reafirmam a democracia tanto no sentido de defender o governo, como se opor ao governo”, analisa. O retrocesso democrático, segundo o cientista político, está no fato de que parcela da sociedade, principalmente durante as manifestações, ainda pede a volta do regime militar. “Acho que, no momento que alguém defende uma intervenção militar, mesmo que constitucional, isso coloca a democracia em cheque, afinal houve uma luta muito grande para que a gente pudesse assistir um momento como a gente está assistindo hoje, manifestações seja de que lado for”, pondera.
Maior politização Ainda segundo Bach, o acirramento dos ânimos de quem participa das discussões ou das manifestações, pode
‘Democracia é poder fazer uma devassa na vida de qualquer pessoa’ Fotos: Mário André Coelho
Adelino Telles, líder da bancada do PMDB na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul não acredita em implicações democráticas quando o assunto é impeachment: “Não há retrocesso democrático. Do jeito que está ingovernável. Já houve impeachment no tempo de Collor e não teve abalo na democracia. Se sou eu a presidente, eu pediria para sair”, afirma. “Eles ficam brigando lá internamente e o povo é quem tá levando chumbo. Não tem mais condições. Tem que ter uma saída. Qual? Não me pergunte que eu não sei, mas o ponto culminante é fazer uma nova eleição para a coisa fluir melhor”,
acrescenta. O vereador ainda acredita que a democracia deve servir para que se apure delitos na vida tanto do político como do cidadão comum. “Eu acredito que existe a liberdade para que se vá a fundo sobre coisas certas ou erradas. Acho que a democracia também é isso. É poder fazer uma devassa na vida de qualquer pessoa”, diz. Ainda segundo Adelino, as manifestações públicas que estão sendo vistas pelo país podem ter salto positivo. “Aquele movimento que o cidadão escolher ir sem ter nada é muito importante. Não há massa de manobra”, afirma.
Votação do dia 17 de abril sacramentou continuidade do proc
acabar num resultado positivo. “Por muito tempo, a esquerda no Brasil deteve o monopólio da verdade ou da justiça social, só que para o bem democracia, finalmente nós temos uma direita. Isso fortifica o debate político. Havendo uma direita, ou uma centro-direita, esse deba-
te se enriquece. Acho que isso traz para a sociedade questões que até então não se debatia. Podemos sair muito mais fortalecido desse momento do ponto de vista democrático. Acho que as pessoas estão voltando a debater política em função da crise” conclui.
‘A democracia já está abalada’ O líder da bancada do PT em Caxias do Sul, Rodrigo Beltrão fala em um possível retrocesso, referindo-se à crise política e à possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT): “Dentro de um estado democrático de direito, é visível que estamos retrocedendo, estamos ameaçando uma construção de mais de 28 anos”, analisa. “A constituição federal reafirmou a democracia como princípio fundamental, a partir do artigo primeiro, ou seja ‘que todo poder emana do povo’. Estamos sob ameaça de ofender toda essa construção e retroagir”, analisa. O vereador também avalia com cautela o processo de impeachment contra a presidente Dilma. “No modelo que nós vivemos, não
há nada mais importante do que o voto popular. Sempre que se fala em interrupção de mandato (impeachment), é uma medida extremamente forte. Entendemos que impeachment sem crime de responsabilidade é golpe à democracia”, afirma. O parlamentar diz ser preocupante o viés político de instituições vinculadas ao judiciário. “Nos preocupamos porque há uma politização na condução das instituições que representam o fortalecimento da democracia, como o Ministério Público Federal, Polícia Federal e Justiça Federal. Então, a democracia já está abalada por conta da politização desses órgãos, o que é lamentável, porque nós defendemos autonomia, defendemos investigação, punição, mas tudo dentro da legalidade”, conclui.
Jornal dos Bairros
Política
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ditar na democracia? Fotos: Walter Campanato | Agência Brasil
Os riscos da politização do sistema judiciário Foto: Mário André Coelho
cesso de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT)
Voltando aos ‘anos de chumbo’... Luiz Carlos Pizetti, presidente de honra da União das Associações de Bairros (UAB), lembra com pesar dos “anos de chumbo” que viveu atuando na entidade. De 1964 até 1970, o comunitarista atuou no movimento comunitário na ilegalidade. “Recolheram todos os documentos das associações. Só devolveram após concluírem que não havia conteúdo subsersivo”, rememora. Segundo Pizetti, que fundou a Associação de Moradores do bairro Madureira e trabalhou arduamente para manter o movimento comunitário vivo em Caxias durante a ditadura militar, um dos maiores desafios da época era realizar as reuniões. “Fazíamos nossas assembleias, muitas vezes mensais, cada vez em um lugar diferente. Íamos de olhos vendados até as reuniões para que se fôssemos pegos, não conseguíssemos entregar os colegas”, destaca. Conforme o comunitarista,
o trabalho era dedicado à intensa formação dos militantes. “Tínhamos as bases operária, sindical, de agricultores, entre outras. Promovíamos a formação para todos os núcleos sociais”, descreve. “Não era fácil. Se vissem três ou mais pessoas reunidas, pessoas da vizinhança poderiam nos entregar, assim, mudávamos sempre o local de realização das reuniões”, acrescenta Pizetti. Apesar disso, o líder acredita que não há risco de viver novamente uma época como aquela. “O maior temor é o retrocesso político-social que estamos sofrendo. Podem acabar com os programas sociais, assim como fizeram com o golpe militar. Naquela época, João Goulart estava tentando implementar as reformas de base. Se tivesse ido até o fim, hoje seríamos um país de primeiro mundo. Agora, podem acabar com os avanços que tivemos na área social”, analisa.
Jean Carbonera, advogado fundador da entidade Advogados Sem Fronteiras em Caxias do Sul avalia que certas medidas do judiciário na crise política podem ser fruto da origem do magistrado brasileiro: “São os chamados concurseiros. Pessoas que fazem sua faculdade, sua especialização, mas que deixam sua vida para o concurso. Pouca vivência possuem no cotidiano da sociedade, pouco participam das disputas que posteriormente estarão sob seu crivo de julgamento. Trazem bom conhecimento teórico, mas pouca vivência prática”, analisa. Para Carbonera, a politização do sistema judiciário já existe há muito tempo, no entanto, o probleAdvogado Carbonera afirma que impeachment não será bom para o país ma maior está na postura acabe tendo a última palavra”, voto popular em decorrência política dos outros poderes. esclarece. do cometimento comprovado “A politização do sistema juAinda na avaliação de Carde um crime. O impeachment diciário sempre existiu. O probonera, não há boa perspecem si não é golpe. O impeachblema não é o fato de levarem tiva para os desdobramentos ment dá possibilidade para que a disputa política para o judipolíticos do impeachment. “O uma maioria circunstancial no ciário. A disputa política está resultado não será bom. Pasparlamento possa dar um golsendo levada para o judiciário sando o impeachment, a crise pe”, explica. porque no meio político estão irá continuar. Será muito pior, ocorrendo verdadeiros descaLegislativo forte porque ele estará na base de labros”, aponta. uma ilegalidade. Não vai exisConforme Carbonera, o tir mais um governo que vai ter que está em crise não é a forImpeachment é segurança de governar sendo ça do poder legislativo, e sim a que a qualquer momento uma golpe? democracia representativa que maioria circunstancial pode Na visão de Carbonera, o está frágil. “Temos um legislatiderrubar aquele governo. Se impeachment que está tendo vo que está com força para que nossa jovem democracia persequência na Câmara Federal sua vontade valha mais do que mite que isso aconteça com a e agora, no Senado, pode esa de 54 milhões de eleitores. chefe do poder Executivo, não tar sendo utilizado de forma A democracia representativa precisamos muito para imagiequivocada. “O instituto do está frágil. Todas as questões nar o que pode acontecer com impeachment é uma forma de que não estiverem claras, serão um simples cidadão no dia a fazer com que o voto dos parlevadas ao judiciário para que dia”, alerta Carbonera. lamentares valham mais que o atue como poder moderador e
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Mais Belas
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Lançado regulamento Mais Bela Comunitária 2016 Concurso tem o objetivo de integrar a juventude ao trabalho comunitário. Participantes devem ter 15 anos ou mais e integrar uma Amob Foi dada a largada para um dos concursos mais badalados de Caxias do Sul e região. É o Mais Bela Comunitária 2016, que, a partir deste mês, já tem regulamento definido. Todas as normas do concurso foram elaboradas levando em consideração o incenti-
vo ao maior envolvimento das meninas e das comunidades ao movimento comunitário.Em sua 17ª edição, o Mais Bela Comunitária traz o espírito de engajamento e registra crescimento a cada ano em que é realizado, inclusive com a realização de concursos por bairros, onde os moradores indicam suas representantes para o concurso. A expectativa é de que as meninas cresçam junto com a luta comunitária, conforme explica a diretora do departamento de Organização da Mulher, Ângela Córdova. “Organizamos o concurso sempre tendo em mente o perfil de quem parti-
Foto: Mário André Coelho
Ângela (dir.) e atual corte de Mais Belas apresentam o regulamento
cipa. Esperamos cada vez mais presença das meninas na causa comunitária, com elas sendo mais ativas e valorizando a oportunidade de integração.
Que venham a se somar ao movimento!”, destaca. Entre os requisitos para a menina que quiser participar eestão a exigência de ter sido
eleita ou indicada pela Amob de seu bairro e ter idade mínima de 15 anos, entre outros critérios (ver regulamento). O local e a data do concurso ainda não estão definidos. As inscritas concorrem aos títulos de mais Bela Comunitária de Caxias do Sul, primeira e segunda princesas comunitárias e também simpatia comunitária. Além de avaliar as candidatas em itens como comprometimento, simpatia e desenvoltura, a comissão julgadora também concederá troféus às três melhores torcidas. Entre os quesitos avaliados estarão animação, visual e espírito esportivo.
Regulamento Mais Bela Comunitária de Caxias do Sul CAPÍTULO I DA DENOMINAÇÃO, LOCAL E DATA (Local e data a ser definido) ART. 1º – A UNIÃO DAS ASSOCIAÇÕES DE BAIRROS DE CAXIAS DO SUL – UAB, com o apoio das ASSOCIAÇÕES DE MORADORES DE BAIRROS filiadas, promove o concurso “A MAIS BELA COMUNITÁRIA”. ART. 2º – É objetivo do concurso a integração da juventude ao trabalho comunitário, através de uma atividade social e recreativa, congraçando os jovens, seus familiares e amigos com as associações de moradores de suas comunidades. ART. 3º – O CONCURSO “A MAIS BELA COMUNITÁRIA” - 17ª edição, realizar-se-á em (local e data indefinido)à partir das 19h30min CAPÍTULO II DAS INSCRIÇÕES ART. 4º – Serão consideradas aptas para inscreverem-se ao concurso “‘A MAIS BELA COMUNITÁRIA” as candidatas que atenderem aos seguintes requisitos: a) Ter sido eleita ou indicada pela AMOB aonde Mora. b) Ser solteira. c) Ter idade mínima de 15 anos e a máxima de 26 anos, completos até a data do concurso; d) Autorização por escrito, do pai, da mãe ou do responsá-
vel legal para os menores de 21 anos;
DE CAXIAS DO SUL
e) Ser associada (ou dependente de sócio) de uma associação de moradores filiada à UAB;
c) 2ª PRINCESA COMUNITÁRIA
f) Estar ciente de seus compromissos com AMOB e depois com a entidade UAB. g) A Candidata que quiser participar e sua AMOB não tiver ativa, ou não querer se responsabilizar pela mesma, ficará da Diretoria da UAB decidir, a permanência da mesma. h) Casos omissos serão avaliados pela comissão organizadora; ART. 5º – As inscrições das candidatas para o concurso serão realizadas gratuitamente, mediante o preenchimento de fichas fornecidas pela UAB; § Primeiro: Serão oficializadas como candidatas somente aquelas, cujas fichas de inscrição forem recebidas pela Secretaria Geral e Depto. Organização da Mulher da UAB até o dia 30 de setembro de 2016. § Segundo: Não poderão participar representantes eleitas em concursos municipais anteriores (Mais Bela Comunitária de Caxias do Sul, 1ª e 2ª Princesas e Simpatia Comunitária). CAPÍTULO II DO CONCURSO ART. 6º – As candidatas concorrerão aos título seguintes: a) A MAIS BELA COMUNITÁRIA
b) 1ª PRINCESA COMUNITÁRIA d) SIMPATIA COMUNITÁRIA § Primeiro: As candidatas eleitas receberão faixas alusivas ao evento e correspondentes à sua classificação, bem como prêmios a serem definidos pela organização. § Segundo: A candidata eleita como MAIS BELA COMUNITÁRIA representará o município e a UAB no concurso estadual “A MAIS BELA COMUNITÁRIA RS”, realizado pela FRACAB em data e local a ser definido pela entidade responsável. § Terceiro: A participação das candidatas eleitas nas atividades da entidade será responsabilidade da mesma, caso não compareçam com frequência será reavaliado seu Titulo diante a diretoria. £ Quarto: As eleitas não irão poder por durante o seu mandato participar de outros concursos de Beleza na qual não seja indicação da entidade que estão representando. CAPÍTULO IV DA COMISSÃO JULGADORA ART. 7º – Será concedido troféu para às 3 (três) melhores torcidas. ART. 8º – O julgamento das candidatas e das torcidas será feito através de COMISSÃO JULGADORA, constituída por
membros escolhidos pelo Departamento de Organização da Mulher e Diretoria Executiva da UAB. ART. 9º – Serão considerados, para avaliação e julgamento das candidatas os seguintes quesitos: a) Entrevista (onde serão avaliados conhecimentos gerais e comunitários); b) Comprometimento nas questões sociais do seu bairro e do município c) Simpatia e Beleza. d) Desenvoltura na passarela; e) Comprometimento com a agenda do Pré Concurso (disponibilidade de agenda nos meses de outubro e novembro nos finais de semana); f) Respeitar a modelagem e padrão do vestido definidos pela comissão organizadora; § Primeiro: As candidatas deverão desfilar de vestido que será padronizado com cor e modelagem, onde o tecido será fornecido pela UAB e a confecção de responsabilidade da candidata e sua AMOB. As candidatas receberão baby looks alusivas ao concurso, que serão fornecidas pela entidade. § Segundo: As candidatas serão chamadas em ordem alfabética, e realizarão desfiles individuais e coletivo. § Terceiro: Dentre as candidatas, em seu total, serão escolhi-
das 10 finalistas. § Quarto: Aos quesitos previstos no ART. 9º serão aplicadas notas mínimas de 05 e máximas de 10 pontos. ART. 10º – Para o julgamento das torcidas organizadas serão considerados os quesitos: a) Animação; b) Visual; c) Esportividade ( comportamento durante todo o evento); § Primeiro: As torcidas que demonstrarem comportamento anti-esportivo serão desclassificas, podendo em caso de reincidência e a critério da comissão organizadora desclassificar a candidata representante da mesma. § Segundo: Será permitido às torcidas o uso de faixas, cartazes, apitos e balões (sendo vetado o uso de instrumentos de percussão, ou de sopro em geral). § Terceiro: É expressamente proibido o uso de papeis picados e artefatos pirotécnicos ou que produzam fumaça e afins. § Quarto: A cada um dos quesitos serão aplicadas notas de mínimas de 05 e máximas de 10 pontos Observação: Os ônibus serão fornecidos conforme o numero de ingressos vendidos, e não será por bairro e sim por localização, por isso a importância de estar no local na hora que for marcado.
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Esporte
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UAB realiza seminário do Esporte Comunitário Foto: Mário André Coelho
Evento, realizado dia 16 de abril, destacou esporte como incentivo para inclusão social e orientou para a elaboração de projetos na área A UAB promoveu, no dia 16 de abril, o Seminário de Esporte Comunitário 2016. O evento ocorreu na sede da entidade, em uma tarde de sábado, e contou com a participação do professor de educação física Mauro Caxias e de um dos diretores da secretaria municipal de Esporte e Lazer, Marcos da Silva. O encontro foi destinado às lideranças envolvidas com o esporte comunitário. Na primeira parte do Seminário, Mauro Caxias ministrou o painel “A importância do esporte comunitário nas comunidades
Encontro buscou ouvir as demandas das comunidades na área do esporte e lazer
como agente de transformação social”. De acordo com Caxias, uma das grandes portas de entrada do jovem para o esporte é na escola de educa-
ção formal. “É na escola é onde tudo começa, inclusive o esporte”, destacou. Segundo o professor, há programas na SMEL que proporcionam esta entra-
Propostas retiradas do Seminário Ao final do Seminário, foi elaborado um documento com propostas de atividades e parcerias com a UAB e comunidades. Confira: PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA >>> Que a UAB seja proponente de um projeto social voltado à formação de escolinhas de futsal dentro das comunidades, em parceria com as Amobs e governo municipal;
>>> Promover atividades nos bairros, com campeonatops para categorias de base, das Amobs das regiões, promovendo a integração das mesmas, juntamente com outras atividades esportivas e culturais; >>> Busca de novos parceiros para captação de recursos visando projetos sociais direcionados às Amobs, Suporte para Amobs na realização de eventos de esporte e lazer (desde auxílio na elaboração das atividades
até à sua divulgação).
da para o mundo dos esportes. “Há campeonatos para crianças e também são promovidas competições de entidades esportivas. O sujeito se sente pertencendo a um grupo, o esporte coletivo faz isso. A pessoa se sente importante e passa a valorizar o espírito de grupo”, avaliou.
Captação de recursos Já no segundo momento do Seminário, foi a vez de um dos diretores da SMEL, Marcos Wilson da Silva, abordar os recursos que são destinados em Caxias do Sul para a área do esporte e lazer. Segundo Marcos, ao longo de 13 anos de financiamento na área, foram contemplados 1465 projetos, o que totalizou R$ 21 milhões. “O esporte melhora a qualidade de vida, facilita a inclusão social e valoriza crianças, adolescentes, idosos, ninguém escapa, disse Marcos da Silva. Segundo ele, para o ano de 2016, será repassado à sociedade através de projetos do programa de Financiamento Municipal de Desenvolvimento do Esporte e Lazer (Fiesporte), quase R$ 3 milhões e 200 mil. Os recursos estarão divididos em 42 modalidades diferentes. “O projeto precisa ser sem fins lucrativos e o proponente não pode ser servidor público”, esclareceu Marcos da Silva. Foto: Alan Matos
POLÍTICAS PÚBLICAS >>> Facilitar à comunidade o acesso aos equipamentos públicos existentes; >>> Criação de complexos esportivos regionais onde não existam equipamentos públicos que atendam às demandas, >>> Manutenção mais frequente nos ginásios das escolas municipais que proporcionam espaços para comunidade.
Grupos de trabalho indicaram encaminhamentos
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Saúde
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Infectologistas ensinam como prevenir a gripe H1N1 Higienização das mãos e vacina são fundamentais, mas cuidados com a saúde também pesam na hora de evitar a doença Médicos infectologistas da Sociedade Brasileira de Infectologia fazem um alerta sobre os cinco principais passos para se proteger contra o contágio pelo vírus Influenza H1N1. A vacinação e uma atenta higienização das mãos são fundamentais para se proteger contra a doença, mas cuidados com o sono e a alimentação também pesam na prevenção. No ano passado inteiro, 141 brasileiros pegaram o vírus, mas neste ano, em menos de três meses (até o dia 22 de março), o estado de São Paulo sozinho já havia notificado 260 casos da doença. Quanto às mortes, o Brasil teve 36 em 2015, mas em 2016, 38 paulistas já morreram em função das complicações da doença. Até o momento, em Caxias do Sul não foi registrado nenhum óbito em decorrência de Influenza H1N1. Porém, há
Foto: Gustavo Rech
registro de casos de síndrome gripal que apontam que o vírus está circulando na região. Maria Ignez Bertelli, diretora da Vigilância em Saúde informa que a secretaria realizará no dia 20 de abril, uma capacitação com as equipes das UBSs para preparar os profissionais para a vacinação e também para o atendimento em casos da doença. “Além disso, todos os estabelecimentos de saúde já receberam os protocolos de assistência e manejo clínico que tem por objetivo orientar os profissionais de saúde quanto ao atendimento de casos de H1N1”, destaca Maria Ignez.
Campanha A Secretaria da Saúde está trabalhando na preparação para a 18ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, que será realizada no Rio Grande do Sul de 25 de abril a 20 de maio de 2016. Já no dia 30 de abril, será realizado o Dia D contra a Gripe, com as Unidades Básicas de Saúde abertas para atender a comunidade. “É importante destacar que a campanha de vacinação é destinada a pessoas acima
Vacinação pelo SUS começa no dia 20 de abril em Caxias do Sul
de 60 anos. Crianças na faixa etária de seis meses a menores de cinco anos, gestantes, mulheres que deram a luz até 45 dias pós parto, trabalhadores de saúde, povos indígenas e portadores de doenças crônicas não transmissíveis deverão apresentar a prescrição médica. A Secretaria informa ainda que a vacina é contraindicada para pessoas com histórico de reação anafilática prévia em doses anteriores, bem como a
As diferenças entre as gripes A influenza é comumente conhecida como gripe. Trata-se de uma doença viral, febril, aguda, geralmente benigna. Existem três tipos de influenza: A, B e C. O vírus tipo C causa apenas infecções respiratórias brandas. Já os vírus A e B são responsáveis por epidemias sazonais. O vírus Influenza A é responsável pelas grandes pandemias, entre eles encontramos os subtipos H1N1e H3N2.
Sintomas A gripe comum é caracterizada por início abrupto dos sintomas, que são predominantemente sistêmicos, incluindo febre, calafrios, tremores, dor de cabeça, mialgia e anorexia, assim como sintomas respiratórios, como tosse seca, dor de garganta, e coriza. A infecção
geralmente dura 1 semana, com os sintomas sistêmicos persistindo por alguns dias, sendo a febre o mais importante. Os sintomas da gripe H1N1 se assemelham aos da gripe comum. Eles incluem febre, tosse, garganta inflamada, dores no corpo, dor de cabeça, calafrios e fadiga. No entanto, ela também pode causar diarreias e quadros de vômitos. Além disso, ela também pode causar uma piora de doenças crônicas existentes. A nova influenza A (H1N1) é uma gripe sem precedentes e provocada por um novo tipo de vírus, ou seja a população não tem nenhuma imunidade contra ela.
Transmissão Tanto a gripe comum
quanto a gripe H1N1 podem ser transmitidas da mesma maneira. Os vírus se disseminam de pessoa para pessoa, especialmente através de tosses ou espirros das pessoas infectadas. Algumas vezes as pessoas também podem se infectar tocando objetos que estão contaminados com os vírus da influenza e depois tocando sua boca e nariz.
Tratamento No caso da gripe comum o tratamento deve ser realizado com medicação sintomática, hidratação, antitérmico, alimentação leve e repouso. Se as complicações se agravam, são necessárias medidas de suporte intensivo. Uma das principais complicações da influenza são as infecções bacterianas se-
qualquer componente da vacina ou alergia grave relacionada a ovo de galinha. Além dis-
so, as reações em decorrência da imunização são geralmente leves.
Conheça os 5 passos da prevenção contra H1N1 1º passo: Não deixe de se vacinar contra o vírus H1N1. A vacina será disponibilizada pelo SUS em abril para os grupos com risco de maior complicação como o dos idosos, crianças de seis meses a 5 anos, gestantes, puérperas (que acabaram de dar à luz), portadores de doenças crônicas, funcionários do sistema prisional e da área da saúde. Para quem não está nos grupos de risco, é possível tomar a vacina na rede particular; 2º passo: Evite o contato com as pessoas com a gripe H1N1, como abraço, beijo e aperto de mão. Em ambientes fechados, procure deixar as janelas abertas para que haja circulação do ar; 3º passo: Lave muito bem cundárias, principalmente as pneumonias. Em caso de complicações, o tratamento deve ser específico. O Ministério da Saúde alerta que é fundamental procurar atendimento nas unidades de saúde, para que haja identificação precoce de risco para agravamento da doença.
as mãos com água e sabão (inclusive entre os dedos, nos pulsos e por dentro das unhas) e utilize álcool gel para uma higienização completa. Se não for possível, faça pelo menos um dos dois procedimentos; 4º passo: Ao se segurar em lugares públicos como maçanetas, corrimãos, apoios do metrô e dos ônibus, evite levar as mãos até os olhos, nariz e boca enquanto não puder fazer nova higienização; 5º passo: Evite estresse, ansiedade, má alimentação, dormir pouco, beber e usar drogas. Isso enfraquece o sistema imunológico e deixa o organismo ainda mais exposto ao vírus.
Grupos de risco Algumas pessoas, como idosos, crianças novas, gestantes e pessoas com alguma comorbidade possuem um risco maior de desenvolver complicações devido à influenza. A melhor maneira se prevenir contra a influenza sazonal é se vacinar todo ano.
Bem Estar
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Dependência emocional: o amor que aprisiona
Relações fraternas e amorosas são essenciais para o ser humano, mas quando essa necessidade se torna incontrolável, é necessário buscar ajuda O dependente emocional demonstra uma dependência afetiva em relação a uma outra pessoa. Ele necessita da aprovação, aceitação e reconhecimento do outro para lidar com as situações da vida, pois não acredita no seu próprio valor, no seu poder de tomar decisões, fazer escolhas e até mesmo na sua capacidade de conquistar alguém e, muitas vezes aceita relações destrutivas como um prêmio de recompensa. É uma pessoa submissa e
insegura, pois sua percepção de si mesma é muito frágil. Sente-se incapaz de agir adequadamente sem o auxílio de outras pessoas e por isso recorre frequentemente aos outros para ser orientada, ajudada e direcionada, sendo que tudo isto surge da necessidade de satisfazer suas necessidades internas e não pelo desejo de estar na companhia da outra pessoa. Conforme a psicóloga clínica Raquel Vidigal, todo ser humano depende de um outro. “A fase que mais vivemos ou que mais fica clara esta dependência acontece na infância (desde nascimento). Neste período somos dependentes fisicamente e também emocionalmente”, esclarece. A especialista ainda explica que, nos casos de dependência emocional, há uma tendência de comportamento nociva para o desenvolvimento do indivíduo. “Ele tende, inconscientemente, a repe-
tir relações (com pessoas ou objetos como carros, roupas, viagens, trabalho, lazeres, equipamentos tecnológicos, internet...) que proponham entrar em contato com sua dependência de algo ou alguém”, informa.
Tratamento O mais indicado para os casos de dependência emocional, segundo a psicóloga Raquel é a terapia psicológica. “Uma análise ou uma terapia não pode jamais prometer que irá curar ou eliminar tal sintoma ou tal quadro, mas pode oferecer através de um autoconhecimento algumas possibilidades mais saudáveis ou que gerem menos prejuízo e talvez maior sensação de bem estar e equilíbrio emocional”, conclui.
Sintomas >>> Dificuldade em tomar decisões sozinho, fato que gera uma necessidade excessiva em pedir opiniões alheias para resolver situações da vida cotidiana; >>> Necessidade em transferir a responsabilidade de suas ações para outras pessoas; >>> Dificuldade em discordar das opiniões das pessoas por medo de ser desaprovado
e perder o apoio delas, já que não acreditam ser capazes de “funcionarem” sozinhos; >>> Sentimento de incapacidade em iniciar projetos ou fazer coisas de forma independente. Precisam de supervisão para realizar as coisas, ou seja, alguém que “garanta”, de alguma forma, que as coisas vão dar certo; >>> Sentimento de insegurança e desamparo no indivíduo,
pois este acredita ser incapaz de cuidar de si próprio, demonstrando um medo excessivo de ser rejeitado ou abandonado; >>> Quando um relacionamento amoroso é rompido, o sujeito sente a necessidade de procurar um novo relacionamento para suprir uma carência e um sentimento abandono.
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São Salvador quer espaço para lazer A comunidade do loteamento São Salvador não conta com um espaço destinado ao lazer e esta é a principal demanda dos moradores, afirma Edson Estecanlla, presidente da Amob. “Não temos uma boa área de lazer. A gurizada jogava bola no meio da rua. Fizemos um campinho na área verde. Fizemos as goleiras com os moradores, e agora eles saíram da rua. Mas o local ainda não está próprio para a segurança das crianças e dos adolescentes”, explica Estecanella. Segundo ele, a área verde possui cerca de 8 mil m2 e não conta com nenhum equipamento público. “Estamos muito abandonados aqui, nem local para fazer uma caminha-
da a gente tem”, afirma. Estecanella explica que a área verde foi parcialmente aterrada, mas o processo não foi concluído. “A gente gostaria de fazer um campinho, um parque infantil, uma academia da melhor idade, mas está muito difícil”, afirma. Para ele, uma patrola que trabalhasse no local, que fizesse o nivelamento do espaço já seria de grande ajuda. “A gente mostrou para a secretaria de educação o espaço para construir uma creche, mas ela disse que não tem recursos para construir creche. E o espaço aqui parado, sendo que a gente poderia ir fazendo aos poucos uma boa área de lazer. É uma área que permite vários usos”, garante. Outra demanda é a instalação de uma sinaleira no cruzamento das ruas Anísio Borges dos Santos com Assis Mariani. Um pouco antes do cruzamento há um morro com uma forte inclinação,
Foto: Karine Endres
Cruzamento perigoso entre Anísio Borges e Assis Mariani coloca em risco a vida de moradores
o que dificulta o cruzamento sobretudo para os ônibus articulados. “Este é um ponto em que acontecem diversos acidentes”, afirma. A alteração da linha São Caetano / Arco Baleno, que
agora para na Moreira César é uma reivindicação da comunidade. “O secretário Marrachinho quer que a gente pegue um novo ônibus na Coronel Flores. Mas , enquanto a estação de
transbordo da região Sul não estiver saído do papel, queremos que nossa linha vá até a Guia Lopes, pois muitos trabalhadores precisam ir até depois da Praça Dante Alighieri”, afirma o presidente.
Acesso ao transporte público é desafio no Kayser Comunidade necessita andar grandes distâncias a pé para embarcar nos ônibus da Visate Deslocar-se mais de um quilômetro para pegar um ônibus, faça chuva ou faça sol, é a realidade de uma parcela significativa da população do bairro
Kaiser. Com mais de 8 mil moradores, o bairro não possui uma linha de transporte público que atenda as necessidades de deslocamento da comunidade. Sem ônibus que transite pelas vias secundárias do bairro, os moradores precisam sempre caminhar até a Avenida Rio Branco, que corta a região, para embarcarem nas linhas São Francisco ou Planalto Rio Branco. Foto: Alan Matos
Subida com mais de 1 km é rotina para moradores
Com isso, a qualidade e a pontualidade dos ônibus ficam prejudicadas. É o que afirma o presidente da Amob Kaiser, João Evelino da Silva. “Os horários não são muito confiáveis. Além disso, passam sempre lotados, com passageiros em pé”, diz. A situação se torna ainda mais grave para os moradores da rua Antônio Gatterman. A via é uma subida contínua com aproximadamente 1,5 quilômetros de extensão. Em reunião com a secretaria municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMTTM), realizada recentemente, os moradores expuseram o problema ao secretário Manoel Marrachinho: “Nos disseram que com a implantação do SIM Caxias, parte dos problemas serão resolvidos. Além
disso, ele (o secretário) nos disse que irá ver uma alternativa para a população da rua Antônio Gatterman”, afirma Irineu Alves da Silva, diretor de obras da Amob. O secretário Marrachinho, explica que os ônibus que trafegam pela região não podem atender a rua Antônio Gatterman, pois isto traria problemas operacionais ao atual sistema. A alternativa, segundo ele, é
aguardar a entrada em operação do SIM Caxias e da EPI Floresta: “Dependerá de estudo. Combinamos com os moradores novo encontro na primeira quinzena de maio. É possível termos uma ‘linha alimentadora’, dentro do novo sistema, que atenda aos moradores daquela região. Os ônibus do atual sistema não podem, pois estariam trafegando em fluxo inverso”, frisa.
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Centro Comunitário Século XX tem variadas atividades Espaço, administrado pela Amob, possui várias oportunidades de cursos e eventos para moradores do bairro Aulas de capoeira, encontro de religiosos, oficinas de arte, academia livre e da 3ª idade, entre outros atrativos estão à disposição dos moradores do bairro Século XX. O espaço, que já tem mais de 40 anos na localidade, é todo administrado pela Associação de Moradores do Bairro (Amob), que também realiza suas reuniões no local. Além disso, a estrutura, com mais de 300 metros quadrados, abriga a realização de eventos em prol da inte-
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Foto: Alan Matos
gração familiar da comunidade, como aniversários e chás-de-fralda. Tudo com preços bastante acessíveis aos moradores. Conforme Elvero Viegas de Britto, presidente da Amob Séc. XX, a procura é grande e são assegurados preços acessíveis à comunidade. “Garantimos a gratuidade ou bons valores nas atividades através de parcerias”, afirma. Elvero diz ainda que toda a renda obtida através dos eventos não é utilizada visando o lucro, mas sim para a manutenção do Centro Comunitário. “A prefeitura ajuda, mas nós que garantimos a conservação do espaço”, assegura.
Próximos eventos
“A prefeitura ajuda, mas nós que garantimos a conservação do espaço” Elvero Viegas de Britto
No próximo dia 7 de maio, os moradores poderão prestigiar o baile do Séc. XX, com ingresso no valor de R$ 30. Já no dia 11 de junho, um jantar-beneficente será promovido para ajudar uma moradora do bairro, ao valor de R$ 25. Os eventos iniciam às 19h.
Atividades no centro comunitário garantem manutenção do espaço
Saiba Mais >>> As aulas de capoeira são ministradas duas vezes por semana pelo mestre Alexandre, para qualquer interessado na comunidade local. As turmas são de 10 a 12 alunos. O curso é gratuito e realizado em turno contrário ao da escola;
>>> Oficinas de arte são ministradas em parceria com o Centro de Referência em Assistência Social Leste (CRAS) para crianças e adolescentes de 6 a 15 anos; >> Para alugar o espaço comunitário para eventos como bailes, aniversários e chás-de
-fralda, o investimento é de R$ 70 por evento; >>> Todas as atividades devem ser agendadas com o presidente da Amob, Elvero Viegas de Britto através do fone 54 – 9913.7090 ou por meio da Centro de Referência Leste (CRAS Leste)
De Zorzi II quer mais segurança e pavimentação Foto: Alan Matos
Comunidade convive com perigos para trafegar nas principais vias do bairro A falta de um passeio público que garanta a segurança e a tranquilidade dos moradores para trafegar pela Rua Padre Raul Lacossi chama a atenção de quem se aproxima dos arredores do bairro De Zorzi II. A via é uma das principais ruas que dá acesso à comunidade e também aos loteamentos Nsa. Sra. Das Graças e Campos da Serra. O local registra um movimento considerável de carros, ônibus e de pedestres, principalmente nos turnos da manhã e da noite, quando trabalhadores se dirigem aos seus empregos e retornam às suas residências. Conforme o presidente da Amob De Zorzi II, Moacir Toss, o problema se agrava na altu-
lização da SMTTM, Rogério Garcia, informou que algumas das obras para garantir a segurança na Padre Raul Lacossi deverão ser iniciadas em, no máximo dois meses por equipes da Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca). Já a secretaria Municipal de Urbanismo, responsável pela obra de passeio público naquela via, informou que, no momento, não há nenhum funcionário trabalhando para solucionar o problema.
Conquista Fluxo intenso de veículos é ainda mais perigoso na altura do condomínio Terra Nossa
ra do condomínio Terra Nossa. Segundo ele, há a necessidade da instalação de redutores de velocidade e da colocação de tachões na rua. “É um absurdo o que se vê por ali. Registramos inclusive ‘pegas’ de motos e de veículos. Há muito risco de aci-
dentes”, enfatiza. O presidente diz ainda que, na tentativa de solucionar o problema, uma verba do Orçamento Comunitário (OC) havia sido disponibilizada para melhorar o trânsito no local, mas que como o valor foi con-
siderado baixo para as obras, a solução para o problema ficou sob a tutela das secretarias de Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMTTM) e de Urbanismo (SMU). Procurado pela reportagem do JB, o diretor de sina-
Três anos de Orçamento Comunitário foram necessários para garantir a pavimentação da José Carlos de Oliveira, outra importante via de escoamento do De Zorzi II. A obra, com uma extensão de aproximadamente 240 metros, teve o valor de R$ 100 mil conquistado pelos moradores e deve iniciar ainda neste ano.
Jornal dos Bairros Abril de 2016
Bairros
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Cinco décadas de atuação comunitária Foto: Mário André Coelho
Eoci Rogerio Ribeiro, o “seu Cici”, tem trajetória pessoal que confunde-se com a história do bairro Planalto Frente
Passei muitos prefeitos, cobrei de todos os prefeitos que passaram, sempre fui de conversar, mas não de criar atritos. Isso eu não faço, porque entendo que quem vai perder é a própria comunidade”, fala, com firmeza.
De fala mansa, comportamento humilde e olhar distante, Eoci Rogerio Ribeiro, o seu Cici, como é conhecido de todos, é um dos líderes comunitários mais atuantes da cidade. Uma das razões para isso é por ele ter herdado a tradição do pai, comunitarista já falecido. A luta de seu Cici já soma mais de 50 anos. Casado há 40 anos com Elizabete Ribeiro, seu Cici é pai de Elvio Donizete Ribeiro e Elton Carlos Ribeiro. Sua trajetória pessoal confunde-se com o desenvolvimento do bairro Planalto Frente, com mais de 6 mil habitantes. Natural de Caxias do Sul, atualmente aposentado, ele já está à frente da Amob há cerca de 35 anos.
Seu Cici encontra tempo ainda para dedicar-se ao Conselho Municipal de Defesa dos Direitos do Consumidor (Comdecon) e também ao Conselho de Consumidores da Rio Grande Energia (RGE), ocupando as cadeiras disponibilizadas para o movimento comunitário. Mas nunca esquece das reivindicações do bairro: “Nossa maior luta no momento é pela polícia comunitária. Os primeiros dois meses de implantação no bairro eles atuaram, funcionou e agora não se viu polícia comunitária mais lá. Foi uma luta e hoje, dentro da nossa região, estamos muito carentes de segurança. Há muito roubo, muito assalto”,diz. Quando perguntado sobre onde encontra energia para trabalhar na causa comunitária, seu Cici responde sem pensar muito tempo: “A gratificação é a amor à camiseta. Isso me dá prazer. Quero estar do lado de todo o cidadão de bem, que paga seus tributos, para que não fique batendo de porta em porta e não tenha resposta”, conclui, contente.
Conquistas “Continuo esse trabalho por entender que tem que ter alguém do próprio bairro que lute e que leve as coisas para o bairro”. Assim seu Cici define uma das motivações pelas quais leva a luta comunitária adiante. Ele relembra uma das principais conquistas que al-
Lutas atuais
Seu Cici herdou a causa comunitária de seu pai, atuante comunitarista
cançou estando em uma das linhas de frente do movimento comunitário, que foi a melhoria do abastecimento de água na comunidade. “Tivemos problemas de abastecimento d’água. Precisávamos de um reservatório para distribuir água dentro do bairro. Trabalhei um ano em cima disso, não tinha terreno. O então prefeito Victorio Trez determinou de utilidade pública um terreno que existia e hoje não temos mais problemas”, diz, com convicção. Além disso, seu Cici exemplifica avanços que o bairro obteve e que foram fundamentais para seu desenvolvimento: “Pe-
gamos o bairro praticamente desnutrido. Viemos cobrando pavimentação de ruas, lutamos também pelo transporte e hoje ele está suprindo aquilo que a comunidade precisa. Tivemos avanços na iluminação pública. A tensão elétrica dos transformadores foi aumentando e a energia caía. Hoje estamos com tudo isso em dia, a comunidade está satisfeita”, descreve alegre. Outra importante conquista que garante mais qualidade de vida aos moradores do Planalto, segundo o seu Cici, foi a Escola Infantil Planalto, ampliada para que a instituição comportasse mais crianças.
“Estamos com ela praticamente lotada. Há crianças na fila”, descreve, com satisfação.
Preferência pelo diálogo Apesar de todas as cobranças que teve de levar adiante, principalmente no que diz respeito ao poder público, seu Cici afirma sempre estar aberto ao diálogo, garantindo o relacionamento pacífico e harmonioso com as autoridades do município. “Alguém tem que cobrar do poder público. Nós cobramos bastante. Sabemos das dificuldades que os presidentes de bairro têm para reivindicar os serviços.
Escola tem obras de recuperação no Jardim América A rotina tem sido de muito trabalho durante os últimos domingos na Escola Abramo Randon. Uma iniciativa conjunta entre a Amob Jardim América e o Clube de Desbravadores e Aventureiros (pertencentes à Igreja Adventista) promoveu a recuperação de diversos espaços da instituição de ensino, tornando o local mais limpo, organizado e com condições ideais de receber os estudantes. Com cerca de 120 trabalhadores voluntários envolvidos foram realizadas a roçada da grama, o corte de arbustos com motosserra, a remoção de galhos quebrados por tempo-
rais, a varrição de toda a escola, a limpeza das paredes e de focos de insetos, a pintura das portas e do pátio interno, além do conserto da parte elétrica. O trabalho é todo feito de forma a envolver ainda mais a comunidade. Em cada domingo é registrada a presença de jovens, adolescentes e também crianças engajadas com a causa. Rogério Édson Garcia da Silva, presidente da Amob Jardim América Margarida e também um dos idealizadores da ação, ressalta que o trabalho na Abramo Randon faz parte do perfil do trabalho dos Clubes de Desbravadores e Aventureiros,
que já há anos atua também em iniciativas conjuntas com o poder público. Conforme o presidente da Amob, o trabalho já foi reconhecido pela sociedade. “Conquistamos reconhecimentos públicos através da Lei Municipal - 7842, em 28 de agosto de 2014 - dia municipal dos Desbravadores de Caxias do Sul”, destaca. O exemplo pode e deve ser seguido por outras Ambos, enfatiza Rogério. “A Amob Vitório Trez e também outras Escolas já solicitaram o trabalho. E, recentemente fechamos com a manutenção do SESI ao lado da represa”, exemplifica.
Foto: Rogério Édson Garcia | Divulgação
Roçada, pintura e limpeza foram realizados por voluntários
As parcerias também são importantes para a manutenção da iniciativa. Estão envolvidos nas ações o Instituto Elisa-
betha Randon, supermercados da região e também a companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca).