Revista Mais ES Nº 7

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www.maises.com.br | Sétima edição - Abril de 2013 - R$ 5,00

Há 42 anos crianças são a prioridade

Inaugurado há mais de quatro décadas, Hospital Infantil ( HIFA) é referência estadual e quer ampliar o atendimento – meta é fazer funcionar o hospital do Aquidaban, como maternoinfantil


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ABRIL/2012

Editorial

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Sítio Histórico de Muqui Município faz parceria com Senat para capacitar setor de turismo com cursos de especialização

HIFA dá exemplo

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Meio Ambiente Foz do Brasil doa 12 mil mudas para a Floresta Nacional ( Flona ) de Pacotuba

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Na linha da velocidade Via expressa com o maior fluxo de veículos em Cachoeiro tem alta velocidade sem sinalização adequada

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Editor Wagner Santos wagnersantos25@hotmail.com

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Contato da redação: (28) 3511-7481 Jornalistas colaboradores Roberto Al Barros Departamento Comercial: Lília Argeu - (28) 9919-5558 liliaargeu@r7.com

Há 42 anos crianças são a prioridade

Inaugurado há mais de quatro décadas, Hospital Infantil é referência estadual e quer ampliar o atendimento – é fazer funcionar o hospital do Aquidaban, como maternoinfantil

Críticas, comentários e sugestões: revistamais.es@gmail.com Revista Mais ES (06.056.026/0001-38) Rua Bernardo Horta, 81, bairro Guandu Cachoeiro de Itapemirim – ES - Cep 29.300-795

Contato comercial (28) 3511-7481 (28) 3301-0058 Impressão: Gráfica Espírito Santo de FATO Diagramação: Gil Velasco contato@gilvelasco.com Site: www.maises.com.br

Para se compreender a história do Hospital Infantil Francisco de Assis (HIFA) é preciso observar que ao longo de seus 42 anos de existência, sobreviveu a momentos de turbulência, na política e na economia. Venceu períodos de hiperinflação e de mudanças na moeda. Foram tempos difíceis e heroicos, de certa forma, quando os gestores daquelas ocasiões enfrentaram os desafios e mantiveram as portas abertas acolhendo crianças humildes que necessitavam de atendimento. Para isso, contaram com o inestimável apoio de dezenas de médicos pediatras que, ao longo de décadas, praticaram a medicina humanitária sem cobrar nada pelas consultas. (Veja matéria na página 16.) Nada foi fácil na história da instituição. Desde os 16 anos entre a ideia de criar um hospital pediátrico e o seu efetivo funcionamento - à atual espera para que, enfim, possa assumir o inconcluso hospital materno-infantil – há concorrência para transformá-lo em hospital de trauma. Hoje a Diretoria luta pela gestão do Hospital do Aquidaban, erguido em terreno doado pelo HIFA com a condição de que, uma vez construído (com verba federal), fosse entregue para administração do próprio HIFA. O hospital não foi concluído e a “novela” já se aproxima dos 10 anos sem desenlace. Enquanto isso, o Hospital Infantil Francisco de Assis é referência em atendimento de qualidade e humanizado, projetando Cachoeiro de Itapemirim como referência no atendimento infantil. A demanda reprimida e crescente continua. Se for observada a atuação do PSF (Programa de Saúde da Família) nos bairros e a carência de médicos pediatras nas periferias, o Hospital do Aquidaban iria somar importante espaço para a área materno-infantil. Enquanto a Saúde Pública frequenta o noticiário com suas carências sem fim, o HIFA dá exemplo de gestão eficiente, o Hospital Infantil dotado de tecnologia de ponta, com destaque no atendimento em diversas outras especialidades.


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Política, cultura, economia e de tudo um pouco dos bastidores da notícia

A crise é séria

Auditoria

Depois de passar a campanha inteira anunciando que a casa estava arrumada e que por isso poderia fazer ainda mais no segundo mandato, o prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Carlos Casteglione (PT), mostrou que a realidade é bem distante da ficção eleitoral. A queda da receita, que pode atingir até R$ 32 milhões neste ano, fez o prefeito cortar investimentos. Até o Orçamento Participativo, única marca da atual administração teve o ciclo deste ano interrompido.

O prefeito de Anchieta, Marcus Assad, completou 100 dias de governo consertando obras mal feitas e desfazendo armadilhas deixadas por seu antecessor. No período, também fez uma auditoria na Prefeitura e o resultado será enviado ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas.


Novo emprego

A Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Agersa) de Cachoeiro de Itapemirim deu posse a dez aprovados em concurso público, o primeiro, desde sua criação, em 1999. Cabe à Agersa verificar a prestação adequada dos serviços, dentro das condições previstas nos contratos firmados entre a prefeitura e as concessionárias. A agência regula, por exemplo, o de tratamento de água e esgoto no, considerado um dos melhores do país.

Muitos dos servidores que perderam o emprego em Itapemirim, com a vitória de Dr. Luciano de Paiva (PSB) sobre o candidato do casal Norma-Ferraço (DEM) encontraram abrigo no vizinho município de Marataízes, administrada por outro médico, o DR. Jander Nunes Vidal (PSDB).

Estrutura O governador Renato Casagrande (PSB) assinou as ordens de serviço para início das obras de implantação e pavimentação de dois trechos da rodovia estadual ES 486, no distrito de Itaóca, em Cachoeiro de Itapemirim, no dia 13. Serão investidos R$ 26 milhões na construção dos 3,5 quilômetros de extensão do Contorno de Itaoca, mais a pavimentação de 8,2 quilômetros do trecho entre Alto Gironda, Gironda e Itaóca. As duas obras serão feitas pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-ES).

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Concursados

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Contraponto


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Iphan analisa Sítio Histórico de Muqui Município faz parceria com Senat para capacitar setor de turismo com cursos de especialização

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epois de mais de cinco anos de visitas a Muqui, técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) estão decidindo pelo Tombamento Federal de aproximadamente 40 unidades do Sítio Histórico – o que significa um recorde no Espírito Santo – dentre os quase 300 prédios entre casarões, palacetes, residências e igreja já tombados como patrimônio municipal e estadual. A informação é do secretário municipal de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer de Muqui, Pedro Matteini, que prevê para o início do segundo semestre (julho/agosto) a realização de três cursos de especialização para pessoas que atuam no setor de turismo no município. “Serão turmas de até 30 alunos cada, destinados ao aperfeiçoamento técnico, para quem trabalha em hotéis, restaurantes e na

agroindústria de nosso município, incluindo guias turísticos”, esclareceu Pedro Matteini. Em 1999, quando foi iniciado o processo pelo tombamento municipal do Sítio Histórico de Muqui, concretizado por Lei específica em 21 de agosto de 2000, Pedro Matteini esteve ao lado da professora Ney Rambauducci no trabalho de conscientização acerca da importância arquitetônica do casario para a História da cidade. “Trabalhamos juntos, com apoio de muitos amigos. Em 2008 ocorreu o Tombamento Estadual”, relata Matteini. “Hoje o Iphan conta com equipamentos de alta tecnologia, inclusive aparelho de GPS, para o tombamento federal, mas precisamos capacitar a cidade, que ainda não possui infraestrutura suficiente para receber o turista em nível nacional”, conclui o secretário.

O Sítio Histórico de Muqui, cuja arquitetura remonta ao Período Novo, da primeira década do século XX, é um caso raro de conservação de casario da época, pois mantém intactas suas características em fachadas, mobiliários e utensílios, adornos em madeira e pinturas em varandões realizadas por artistas italianos como Monti e Giuseppe Irlandine. Muitos imóveis foram restaurados desde o tombamento municipal, e hoje a cidade ostenta um belo acervo em suas ruas e praças arborizadas. Localizada a 140 quilômetros da capital Vitória e a 28 de Cachoeiro de Itapemirim, o acesso é feito pela BR 393 a partir de Cachoeiro e por duas rodovias estaduais, de Mimoso do Sul, para quem vem do Rio de Janeiro, e a partir de Jerônimo Monteiro, para quem chega da Região do Caparaó capixaba ou mineiro.


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Foto: Roberto Al Barros

Im贸veis foram restaurados ap贸s o tombamento municipal e hoje a cidade ostenta belo acervo em suas ruas e pra莽as arborizadas


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ECOLOGIA

Foz cede 12 mil mudas para floresta Total, desde 2009, recuperou 13 hectares considerados estratégicos

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m apenas quatro anos, a Floresta Nacional (Flona) de Pacotuba já recebeu 12 mil mudas de árvores nativas por meio da sua principal parceria externa, o que permitiu recuperar 13 hectares de áreas consideradas estratégicas pela gestão da unidade de preservação, que fica em Cachoeiro de Itapemirim (ES). A parceria é com a concessionária Foz - unidade Cachoeiro de Itapemirim e a Pastoral Ecológica da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim da Igreja Católica. Crianças da escola estadual do Distrito de Burarama participaram, no último dia 10, do plantio simbólico de 50 dessas mudas, que neste ano vão se juntar a outras 5 mil a serem plantadas pela Foz, com parceiros, tanto na Flona de Pacotuba, quanto em outras áreas de interesse para preservação ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Itapemirim. “Esta área de hoje é importante por ter uma nascente. E é grande o interesse da Flona em realizar esse tipo de atividades com as escolas, também porque o público precisa conhecer o

que tem tão perto para ajudar a proteger nossa floresta”, explicou o chefe da unidade de conservação, Alfredo Antonio Neto. Ao todo, a Flona tem 450 hectares (área equivalente a 450 campos de futebol), sendo que muitas áreas ainda não são cobertas por floresta, dificultando o trânsito de animais e sementes – o que é vital para a diversificação e consequente sobrevivência das espécies, segundo a bióloga Aline Lobato, técnica da Flona responsável pela educação ambiental. Entre as mudas plantadas estão de jequitibá, angico, ingá, cibipiruna, castanhola, ipê e boleira. O plantio faz parte do programa Rio Vida Reflorescer, da Foz, que com parceiros já plantou mais de 30.000 mudas para a recuperação de 70 hectares. A professora dos estudantes que participaram do plantio, Cirlei Brittes, explica que a participação dos estudantes foi muito importante para as ações da escola. “Aqui elas conhecem a realidade do que vamos falar, depois, em sala de aula. Elas observam como podem participar do cuidado da natureza e, quando

passar o tempo, vão poder voltar aqui e observar o crescimento das árvores que plantaram”, destaca. O plantio também foi a primeira atividade da escola dentro da nova parceria educacional com a Foz: o projeto Cuidar Mais, que envolve outras 19 escolas públicas e privadas de Cachoeiro de Itapemirim num novo modelo de trabalho que, em especial, oferece aos estudantes, como recurso didático, um kit de revistas em quadrinhos educativas, baseadas numa metodologia já aplicada em mais de 700 cidades brasileiras, para facilitar a abordagem de assuntos como Sustentabilidade, Saúde e Saneamento, estimulando a criação de novas ações que envolvam inclusive as comunidades do entorno das instituições de ensino. Antes do plantio, as crianças receberam informações a respeito da Floresta Nacional de Pacotuba e da importância da ação que, logo depois, realizaram. Durante o plantio, elas ficaram encantadas com macacos-prego que acompanhavam a movimentação das pessoas.


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TRÂNSITO

Na linha da Veloc

Via expressa com o maior fluxo de veículos em Cachoeiro tem alta velocidade

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ano de 2012 foi trágico para a avenida José Felix Cheim, em Cachoeiro. Mais conhecida como “Linha Vermelha”, a via expressa corta a cidade do IBC ao Centro, atravessando bairros populosos, e esteve no noticiário por ali terem ocorridos acidentes como atropelamentos em faixas de pedestres, carros desgovernados e morte brutal de motociclista. O trecho mais crítico, de cerca de 1 km, localiza-se entre o trevo que dá acesso aos bairros IBC/Rubem Braga até a Igreja São Francisco de Assis, no Km 90, onde a via é única opção para o Centro. A alteração que tornou a av. Jones dos Santos Neves neste trecho, também mão única, em sentido contrário, é considerada muito importante para melhorar o trânsito de Cachoeiro em anos recentes. Construída nos anos 90, no leito por onde passavam os trilhos da ferrovia Cachoeiro-Rio, a Linha Vermelha corta sete bairros. Hoje, no trecho mais crítico, a via não possui sinalização que limite a velocidade (a primeira placa de 40 km/h fica no bairro Zumbi), os quebra-molas não obedecem ao padrão do Contran, as faixas de pedestres são poucas e com desgaste ficam apagadas, e o limite de velo-

cidade não é respeitado pela grande maioria dos veículos que por ali trafegam. O acidente mais trágico de 2012 ocorreu na manhã do dia 03 de setembro, quando o vendedor de salgados Manoel Domiciano Leal, 35 anos, seguia em direção ao centro da cidade conduzindo uma motocicleta Shineray 49 cc, de cor vermelha. Ao tentar cruzar a pista para acessar a av. J. Santos Neves, foi atingido pelo caminhão basculante, placa KBP 0046, e uma das rodas do caminhão passou pela cabeça da vítima, que, socorrida pelo Corpo de Bombeiros, faleceu ao dar entrada no pronto socorro da Santa Casa. Próximo à uma loja de tintas, o início da noite do dia 26 de julho, uma mulher com uma criança no colo, ao atravessar na faixa de pedestres depois de os carros terem parado, foi atingida por uma motocicleta que lançou as vítimas ao chão. Somente com a chegada do Corpo de Bombeiros, mãe e filho foram encaminhados a Santa Casa de Cachoeiro. Cerca de 20 dias antes, na faixa de pedestres em frente a um ponto de ônibus, a 50 metros da loja de tintas, um veículo dirigido por um motorista alcoolizado atropelou duas jovens, tendo uma delas levado cinco pontos na cabeça.


e sem sinalização adequada

dado ao entrar e ao sair da oficina. “São automóveis, ônibus, carretas e motos que passam em velocidade altíssima. Isso aqui não é uma rodovia. É uma avenida dentro de um bairro”, cobra Adilson. O Trevo IBC-Rubem Braga regula o trânsito de seis vias que se cruzam, e sua recente engenharia de tráfego agradou aos motoristas que por ali trafegam, apesar de ainda causar confusão a visitantes por falta de sinalização. Quem trafega no sentido Centro da cidade, a partir dali tem a Linha Vermelha como única opção, que recebe então o tráfego de cerca de quinze bairros e municípios como Castelo, Muqui, Mimoso do Sul, Atílio Vivácqua, Jerônimo Monteiro, Alegre, Guaçuí e outros. Muitos motoristas poderiam estar utilizando a av. Mauro Miranda Madureira (Rodovia do Valão), mas não o fazem por falta de conhecimento. A Travessa de extensão de 50 metros que liga a Linha Vermelha à avenida Jones dos Santos Neves no final da rua Santo Passoni, localizada cerca de 200 metros após o trevo, fora transformada em mão única sentido J. Santos Neves, mas voltou a ter fluxo nos dois sentidos na última semana de setembro. Entretanto, não possui sinalização adequada, horizontal ou vertical, para orientar os motoristas que por ali trafegam. A partir da Travessa até a Igreja São Francisco de Assis, a via apresenta uma série de intercessões e cruzamentos, com grande fluxo de pedestres, poucas faixas para travessia e nenhuma passarela. “Depois que o trânsito foi colocado todo para descer por aqui, temos que dar graças a Deus por não estar morrendo muita gente”, conclui o eletricista Ezequias Brito da Silva. Enquanto isso, a Prefeitura de Cachoeiro anuncia a colocação de “pardais” para limitar a velocidade, na Linha Vermelha e em outros pontos da cruciais do perímetro urbano. “Será contratado um serviço de fiscalização eletrônica para nossa cidade”, afirmou o prefeito Carlos Casteglione.

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“A velocidade está demais. Tem a faixa de pedestres, mas a gente fica meia hora e os veículos não param. Eles não respeitam o pedestre. Há quatro anos fui atropelada em cima da calçada por um Honda Civic preto em alta velocidade que bateu num gol vermelho e me jogou dentro de uma vitrine. Tenho sequelas nas pernas e na coluna e o processo está na justiça” conta a dona de casa Maria do Carmo Perin, moradora da rua Santos Cocco, no bairro São Francisco de Assis. Sandra Paula Sechim, moradora da avenida José Felix Cheim, lembra que “no início de uma manhã de domingo, em agosto passado, um automóvel desgovernado em alta velocidade atropelou duas mulheres que caminhavam no acostamento, uma delas grávida que, felizmente, não perdeu a criança”. E acrescenta: “Minha cunhada estendeu a mão pedindo preferência na faixa de pedestre outro dia e seu braço quase foi arrancado. Semana passada um bêbado tentou atravessar aqui perto e foi atropelado e arrastado por quase 50 metros, não sei como não morreu”. Adilson Brito da Silva é proprietário de uma auto-elétrica na avenida, onde os clientes devem ter muito cui-

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cidade

Trânsito


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Hospital Infantil

é referência no Espírito Santo HIFA tem maior UTI neonatal-pediátrica e atendimento humanizado em quatro unidades

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ual o segredo para se manter um hospital filantrópico, com 90% do atendimento pelo SUS, com a maior Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Estado (neonatal e pediátrica); Centro Cirúrgico com equipe especializada em cirurgia geral, urológica, ortopédica, otorrinolaringológica, neurológica dentre outras; Pronto Socorro Pediátrico para atendimento de média complexidade em neurocirurgia, neurologia, cirurgia e outros; único laboratório de hospital do ES com Certificado Nacional de Qualidade pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas; Pronto Atendimento Infantil (PAI) em prédio próprio com média de 150 crianças/dia desde sua inauguração em 2006; Clínica de Fisioterapia; Atendimento em cerca de 20 exames especializados – de Mamografia a Medicina Nuclear; atendimento humanizado com todos os setores interligados por rede de fibra ótica; atendimento à crianças de Cachoeiro, Sul do ES e municípios de outras regiões do ES através de convênio com a Secretaria de Estado da Saúde e aproximadamente 400 funcionários? Este é o “Hospital Infantil Francisco de Assis” (HIFA) – www.hifa.org.br – localizado em Cachoeiro de Itapemirim. Inaugurado em 29 de junho de 1971, por ideal de jovens espíritas da cidade com apoio do saudoso médico ícone da medicina humanizada, Dr. Gilson Carone. No

próximo dia 29 de junho, o HIFA completa 42 anos de muita luta em prol da saúde materno-infantil de Cachoeiro e região. Entretanto, desde 2006, ao assumir a atual diretoria, tendo na presidência o empresário do setor de Transporte de Cargas, Winston Roberto Machado, o HIFA iniciou um processo de modernização de suas estruturas físicas e expansão no atendimento, e hoje vive um novo tempo. Juntamente com a história de fundação, a edição registra alguns aspectos que foram fundamentais para que isso ocorresse, transformando o HIFA em referência no atendimento materno-infantil no Estado do Espírito Santo. Há de se registrar que a entidade é mantida em grande parte pela sociedade civil, através de doações fundamentais para a ampliação e modernização de vários setores. E tem recebido também verbas de emendas parlamentares, federais e estaduais, para compra de medicamentos, insumos e equipamentos de alta tecnologia. A renda o “Estacionamento Rotativo”, em ruas do centro da cidade, é direcionada para a UTI (veja matéria nesta edição). Outra fonte de renda do hospital é a prestação de serviços em Medicina do Trabalho (para cerca de 90 empresas conveniadas) e através do Laboratório de Análises Clínicas com vários convênios, entre eles com a Prefeitura Municipal e a Unimed Sul Capixaba (veja matérias nesta edição).


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Uma história de muita luta A criação do hospital surgiu de iniciativa de grupo de jovens da Mocidade Espírita “Jerônimo Ribeiro”, com apoio do médico pediatra Dr. Gilson Carone – jovem médico pediatra recém-chegado a Cachoeiro, que prestava atendimento gratuito às crianças enfermas oriundas de famílias pobres da cidade. A inauguração do Hospital Infantil Francisco de Assis (HIFA) em 29 de junho de 1971 foi precedida por 16 anos de obras e busca por equipamentos. A história registra que antes da inauguração do HIFA, crianças “eram hospitalizadas em uma pequena enfermaria da Santa Casa, e recebiam assistência médica apenas do Dr. Gilson Carone e outro pediatra radicado na cidade”. Com a aprovação da obra, a diretoria do Centro Espírita constituiu uma comissão encarregada da construção do Hospital – obra dificultada pelos poucos recursos disponíveis. Passados 15 anos de construção, a obra física foi concluída e, em 30 de novembro de 1969, a diretoria do Cen-

tro Espírita, seus associados e demais pessoas pertencentes à comunidade espírita de Cachoeiro de Itapemirim, decidiram, em reunião, pela fundação e aprovação do Estatuto, eleição e posse da primeira diretoria do Hospital Infantil “Francisco de Assis”, que teve como seu primeiro Presidente Satyro Pereira França; Vice-Presidente Waldir Tavares da Silva; Primeiro Secretário Renato César de Moura Portas; Segundo Secretário Clésio dos Santos; Primeiro Tesoureiro Fortunato Pereira Ribeiro; Segundo Tesoureiro Ernani Carlos Galvão e Diretor-Médico Dr. Gilson Carone. Uma nova luta começou para a aquisição de equipamentos, móveis e utensílios hospitalares para que a unidade hospitalar entrasse em funcionamento. Enfim, a esperada inauguração acontece em 29 de junho de 1971, com a presença do Prefeito Municipal Hélio Carlos Manhães, do Governador do Estado Arthur Carlos Gerhardt Santos e outras autoridades. Assim, deu-se início a uma longa e laboriosa luta, visando assistir com carinho

e abnegação à saúde da infância enferma e necessitada de Cachoeiro de Itapemirim. A instituição completou 42 anos de fundação e um incansável trabalho em prol das crianças. Nos dias atuais, com apoio da sociedade através de empresários e doações pelo sistema de Telemarketing assim como a inovação de serviços prestados a empresas conveniadas, o Hospital dá continuidade a um processo de modernização que atende exigências da Anvisa assim como permite a Cachoeiro possuir um hospital infantil modelo no atendimento humanizada e de qualidade.


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Hospital mantém pronto socorro e Modernizado, Pronto Socorro Infantil do HIFA está dotado de nova infraestrutura O Pronto Socorro do Hospital Infantil “Francisco de Assis” é o único no sul do Estado do Espírito Santo para atendimento infantil de média complexidade com neurocirurgia pediátrica, neurologia, cirurgia pediátrica, Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e as mais variadas especialidades médicas, possibilitando uma oferta resolutiva de saúde à população infantil. O paciente é atendido pela ordem de chegada ou recebe atendimento imediato conforme a prioridade do caso – emergência ou urgência. Os casos de baixa complexidade são encaminhados para o PAI – Pronto Atendimento Infantil – “Dr. Gilson Caroni”, localizado em prédio novo, defronte ao HIFA. O Pronto Socorro atende a população infantil através do SUS (Sistema Único de Saúde) e também a particulares e convênios – em casos de urgência/emergência como: convulsões, quedas, acidentes, intoxicações, queimaduras e outras doenças graves. O espaço, que compreende um conjunto de salas, acaba de ser totalmente reformado.

São mais de 2 mil crianças atendidas por mês, oferecendo consultas de “Emergência 24 horas”, com profissionais altamente qualificados. Além da recente reforma, modernização e ampliação, o Pronto Socorro adquiriu novos equipamentos. “O que nós temos de melhor é a hu-

manização e a qualidade no atendimento. Quando o ambiente é superlotado e não consegue atender a demanda, cai a qualidade, o que não é o nosso caso. Nosso objetivo é sempre acolher a demanda para manter a qualidade”, sintetiza Regina Cely Leal, Relações Institucionais do HIFA.


O PAI ( foto ) atende de 7h00 às 22h00, e, após este horário, a criança deve ser encaminhada ao Pronto Socorro do HIFA.

Com objetivo de oferecer um atendimento mais humanizado à população, e, consequentemente, desafogar o Hospital Infantil Francisco de Assis (HIFA), que recebe crianças de Cachoeiro de Itapemirim e de todo Sul do Estado do Espírito Santo, a entidade adquiriu, em leilão, área do Estrela do Norte Futebol Clube,

em frente à sede, e construiu, com apoio da Prefeitura Municipal de Cachoeiro de Itapemirim, o Pronto Atendimento Infantil (PAI) “Dr. Gilson Carone”. A transferência para o novo endereço ocorreu em 16 de agosto de 2012. O PAI funcionava desde 29 de setembro de 2006 – também através de convênio com

a Prefeitura – na Av. Pinheiro Júnior, próximo ao Tiro de Guerra (TG), onde hoje a Clínica de Audiologia funciona em endereço exclusivo. O Pronto Atendimento Infantil (PAI) atende a população infantil pelo SUS, realizando consultas de baixa gravidade, tais como: febre alta e persistente, vômitos frequentes, diarreia, urticária, crise de bronquite e outras patologias. Desde sua inauguração, em 2006, atende em média 150 crianças por dia. Os casos mais graves são encaminhados para o Pronto Socorro do HIFA, localizado na sede do hospital, na mesma rua de defronte ao PAI. O novo ambiente, ainda mais amplo e agradável, tem como principal diferença o atendimento rápido e de qualidade. A unidade também possui uma enfermaria para permanência de pacientes em observação, para casos de curta duração. Com um corpo clínico e equipe de profissionais de saúde altamente qualificados, o PAI oferece também serviços ambulatoriais especializados em Ortopedia, Hematologia e Fisioterapia. O PAI atende de 7h00 às 22h00, e, após este horário, a criança deve ser encaminhada ao Pronto Socorro do HIFA.

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pronto atendimento para crianças


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Rotativo vira fonte de receita A partir da publicação da lei 4.777, de 8 de junho de 1999, o Estacionamento Rotativo da cidade de Cachoeiro de Itapemirim passou a ser administrado pelo Hospital Infantil “Francisco de Assis”. Além da função social, o rotativo tem o objetivo de ajudar a regular o trânsito ao facilitar o estacionamento através de uma rotatividade de vagas na região central da cidade. Toda a arrecadação é revertida para o HIFA, destinando-se à compra de medicamentos e manutenção da UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), de acordo com a Lei. Hoje são 40 funcionários, com carteira assinada, entre cobradores e supervisores, que atuam em 27 ruas e pontos de arrecadação. Em 2012 o Estacionamento Rotativo do HIFA contabilizou um montante bruto de R$ 753.746,00, beneficiando diretamente a cerca de 700 crianças que foram atendidas pelo na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HIFA. “A tendência é estarmos sempre aumentando esses números”, destacou o coordenador do setor Estevão

NOVOS EQUIPAMENTOS PARA O ROTATIVO

Arrecadação - R$ 753.746,00 MANUTENÇÃO DO PROGRAMA R$451.198,77 AUXÍLIO HIFA / UTI -

R$ 302.547,23

CRIANÇAS BENEFICIADAS - 697 Galvão, acrescentando que “o rotativo é uma ferramenta essencial de captação de recursos que mantém o nosso hospital em funcionamento. Por isso é tão importante o motorista pagar o rotativo”. Ele orienta aos motoristas a exigirem o bilhete que comprova o pagamento durante o período de funcionamento do rotativo, que é de segunda a sexta-feira das 8h00 às 18h00 e aos sábados de 8h00 a 12h00, no valor é de R$ 2,00 por hora.

O Hospital Infantil “Francisco de Assis” adquiriu, no primeiro trimestre deste ano, novos equipamentos de segurança para os funcionários do setor de transporte que utilizam motocicletas, facilitando também o desenvolvimento do trabalho com novo baú de carga, colete com faixas refletivas e capacete com adesivos refletivos, além da instalação de antenas para proteger de linhas de pipas e as barras para proteção das pernas, conhecidas como mata-cachorro. “Isso demonstra a seriedade da Entidade com nosso setor, uma vez que as motocicletas, além de atenderem ao rotativo, são utilizadas também para agilizar o transporte de material biológico ao laboratório, garantindo a segurança e a qualidade dos resultados, entre outras tarefas,” Destacou o coordenador do setor de Transportes do Rotativo, Roberto Correa.


no atendimento

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Tranquilidade e conforto em Medicina do Trabalho O serviço de atendimento em Medicina Ocupacional do Hospital Infantil Francisco de Assis foi criado, há cerca de cinco anos, com objetivo de, com atendimento de qualidade e diferenciado, obter resultado financeiro para contribuir com a manutenção do HIFA. Hoje conta com cerca de 90 empresas conveniadas. As consultas e os exames admissionais, demissionais ou periódicos, com atendimento humanizado, já ocorrem no novo espaço adquirido pelo HIFA, reformado e modernizado, na rua Cel. Guardia, nº 83 – Centro. O serviço de Medicina Ocupacional tem como conveniadas grandes empresas de Cachoeiro de Itapemirim. Atende com exames simples ou especializados como Audiometria, Espirometria, Acuidade Visual, ECG (Eletrocardiograma), EEG (Eletroencefalocardiograma), PPP, Raio X, Ultrasonografia, Exame Psicotécnico e Exames Laboratoriais realizados no Laboratório Satyro Pereira França, que funciona na sede do HIFA com postos de coleta na cidade, no distrito de Itaóca (Pedra) e no município de Marataízes.

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MEDICINA OCUPACIONAL


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Centro de Audiologia Sul Capixaba e Policlínica Gente A audição da criança cuidada com equipamentos de última geração A Policlínica Gente é uma unidade de atendimento mantida pelo Hospital Infantil Francisco de Assis (HIFA), de Cachoeiro de Itapemirim, criada para atender a crescente demanda no campo da deficiência auditiva. Para profissionalizar e especializar o atendimento, foi criado, anexo à Policlínica, o Centro de Audiologia Sul Capixaba “Dr. Fernando Portinho”, que realiza avaliação auditiva clínica a partir de serviços de diagnósticos e exames específicos, como reabilitação auditiva com indicação médica, seleção e adaptação de Aparelho de Amplificação Sonora Individual, terapias fonoaudiológicas, impedanciometria, videolaringoscopia, entre outros atendimentos, como o “teste da orelhinha” em recém nascido, por exemplo. Se for constatada alguma deficiência auditiva na criança, ela será acompanhada por médicos otorrinos qualificados para fazer o acompanhamento até que o problema tenha o tratamento necessário. “Com o novo endereço da Policlínica

Gente”, lembra Regina Cely Leal, Relações Institucionais do HIFA “foi criado um leque maior de atendimento, pois ali temos um ginecologista, um cirurgião-pediátrico e uma médica otorrino, esta coordenadora do Centro de Audiologia Sul Capixaba “Dr. Fernando Portinho”. Regina explica que com criação do Centro de Audiologia, para a realização dos exames que fazem a prevenção de surdez, em crianças e adultos, o atendimento é feito pelo SUS, através de convênios e particulares, ou mesmo gratuitamente, como no caso do teste da orelhinha se a mãe não tiver a guia. “Se o teste da orelhinha não tiver sido feito no hospital-maternidade onde a mãe deu a luz, a criança pode ser levada, de preferência com um dia de nascida, para fazer o exame da orelhinha na Policlínica Gente. Se não tiver o encaminhamento do médico, ela fará o teste da orelhinha totalmente gratuito”, enfatiza Regina. O Centro de Audilogia Sul Capixaba está apto a atendimentos nas especiali-

dades Audiometria Tonal, Audiometria Vocal, Impedanciometria, Teste da Orelhina e Bera, além de exames de praxe. O BERA (sigla em inglês), tecnicamente falando, é a audiometria tronco cerebral, exame de última geração que avalia a audição quando testes de rotina não fornecem as informações necessárias ao médico. |No mesmo endereço e em sala específica, funciona também um posto de coleta do Laboratório de Análises Clínicas do HIFA, com atendimento a partir das 6h30m. Os atendimentos para os exames especializados da audiologia são marcados na Policlínica. Toda a estrutura é moderna e humanizada, proporcionando conforto e com equipes altamente capacitadas. O laboratório começa a atender às 6h30m (da manhã) e a Policlínica funciona até às 18h00, de segunda à sexta-feira, em seu novo e endereço, na av. Pinheiro Júnior, 39, Bairro Ibitiquara (Próximo ao Tiro de Guerra e à Ponte Carin Tanure), em Cachoeiro de Itapemirim.


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Alvorada de um novo tempo

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Hospital filantrópico teve inicio difícil, mas superou desafios e hoje é referência Quando o novo presidente – Winston Roberto Machado – assumiu a presidência do Hospital Infantil Francisco Assis, em setembro de 2006, encontrou um hospital “muito simples”. Apesar da boa vontade e dedicação das diretorias que o precederam, a falta de investimentos e rapasses públicos tornava a administração muito difícil. A primeira providência a ser tomada foi a de recuperar a Certidão de Filantropia junto ao Ministério da Saúde e liquidar os débitos trabalhistas (INSS retido na fonte e FGTS), estes quitados através de empréstimos bancários. O débito com a Receita Federal foi parcelado em 10 anos. Com essas providências, o hospital voltou a dispor de CNDs (Certidão Negativa de Débito) e se tornou apto a receber verbas públicas, que, no entanto, não podem ser utilizadas para pagar contas atrasadas. Na ocasião o HIFA devia R$ 850 mil à companhia de eletricidade Escelsa, incluindo multas e juros, valor que foi pago mediante acordo. Depois de muitas reuniões, em Cachoeiro e em Vitória, a Diretoria do HIFA conseguiu sensibilizar os dirigentes da Escelsa, que dividiu o débito em 48 parcelas, sem cobrar o montante dos juros e multas. O acordo incluiu, no entanto, cláusula com a condição de que, se ocorresse novo atraso ou uma parcela não fosse quitada em dia, a Escelsa criaria uma 49º parcela com o montante perdoado. Com as doações mensais de empresários amigos, diretamente na conta de luz, o HIFA garantiu o pagamento das parcelas de R$ 13 mil em dia, e contratou uma empresa de telemarketing para angariar mais recursos, que têm sido de grande importância para a manutenção do hospital desde então. “Com muito respaldo da classe política – explica o presidente Winston Roberto Machado – o HIFA passou a ter repasses de emendas parlamentares – federais e estaduais – que nos têm permitido executar obras e comprar equipamentos e medicamentos para o hospital. Para as despesas gerais, água, luz, telefone e folha de pagamentos, nossas fontes de recursos principais são o Estacionamento Rotativo, o Telemarketing, doações de empresas e pessoas físicas, prestação de serviços do Laboratório para a Unimed e outros clientes, e o serviço de Medicina do Trabalho às empresas conveniadas”, explica o presidente da entidade. INVESTINDO NO MODERNO Com as verbas parlamentares chegando a partir do constante apoio da bancada do Sul do ES, em Brasília, e repasses também a partir de emendas de deputados

Winston Machado assumiu a presidência do HIFA em 2006

estaduais, a Diretoria do HIFA procurou ouvir dos técnicos dos diversos setores do hospital acerca das necessidades. “As reformas e ampliações começaram pelas enfermarias, depois fomos para a UTI e Pronto Socorro, depois PAI (Pronto Atendimento Infantil-“Dr.Gilson Carone”) que mantém convênio com a Prefeitura Municipal de Cachoeiro de Itapemirim para atendimento SUS, e outros, tornando os setores dotados de estruturas com tecnologias que os dias atuais exigem”, analisa Winston Roberto, que está em seu segundo mandato de cinco anos à frente do Conselho Deliberativo do hospital. Um fato que ilustra o avanço do HIFA, em sua recente trajetória de modernização e adequação a um novo e exigente tempo, com muitos acidentes, doenças e avanço da dengue, está no aumento na oferta de leitos de UTI Neonatal e Pediátrico (UTIN e UTIP). Em 2006 eram quatro leitos de UTI, mas à medida que passaram para oito, depois 12 e hoje 20, observou-se que a demanda crescia. “Na verdade, havia uma demanda reprimida”, explica o presidente Winston Roberto Machado,

acrescentando que hoje, além dos 19 leitos de UTI, o hospital dispõe de 15 leitos de UADC (Unidade de Alta Dependência de Cuidados), que é uma etapa de recuperação da criança localizada entre a UTI e seu retorno para a enfermaria. “E mais oito leitos de UTI estão previstos para os próximos dias”, revela o gestor. Com esses avanços que dotam a UTI do hospital de equipamentos com alta tecnologia agregada, o HIFA conta com a maior infraestrutura de UTI infantil do Espírito Santo, recebendo crianças não somente do Sul do Estado, mas também de Vitória, São Mateus Linhares, Colatina e outros municípios, a partir de convênio com o Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Saúde (SESA). – É um trabalho de equipe – ressalta Winston Roberto Machado –, realizado com a estrutura funcional que criamos. Nossos funcionários fazem uma administração altamente profissional, por isso estamos investindo em qualificação, através de cursos de Graduação, MBA, Mestrado, para que os responsáveis pelos setores se qualifiquem ainda mais, uma exigência


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Notas

HIFA quer administrar materno-infantil Estudo de viabilidade do Hospital Materno-Infantil foi entregue ao Ministério da Saúde O superintendente do Hospital Infantil Francisco de Assis (HIFA), Jailton Pedroso, participou no dia 9, de reunião na Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa para o debate da implantação de Hospital Materno-Infantil em Cachoeiro de Itapemirim. Na ocasião, Jailton apresentou dados que justificam a abertura do hospital na macrorregião sul, que mantém o maior índice de mortalidade infantil em comparação às demais no Estado. “A obra deixaria de ser um elefante branco para, enfim, cumprir a missão para qual foi erguida, que é a de salvar vidas”, destacou o superintendente. O deputado Glauber Coelho (PR) entregou, neste mês, ao gestor do Núcleo do Ministério da Saúde no Espírito Santo, Bartolomeu Martins Lima, um estudo preliminar para a implantação do Hospital Materno-Infantil onde atualmente funciona a Superintendência de Saúde, no bairro Aquidaban. Bartolomeu deve agendar visita a Cachoeiro para discutir o projeto definitivo do hospital com a Prefeitura Municipal. O estudo técnico, realizado pela direção do HIFA, prevê a readequação do prédio para abrigar um hospital que ampliaria o atendimento e a assistência às gestantes patológicas e às crianças de toda a região sul do Estado, além de oferecer 150 novas vagas de UTIN. “Estamos há dois anos discutindo este assunto com a direção dos hospitais filantrópicos. A situação está se agravando e colo-

Superintendente defende a implantação do hospital cando em risco a vida das mães e de seus filhos”, diz Glauber, que fez apelo ao Governo do Estado para que no prédio passe a funcionar um Hospital Materno-Infantil, com gestão do Hifa.


O 4º pavimento do HIFA está com obras em fase de acabamento. Além da farmácia, do almoxarifado e outras dependências, ali também funcionará a nova cozinha, já que o hospital, com seu atendimento humanizado, serve refeição também para o acompanhante da criança, muitas vezes de cidades vizinhas, em muitos casos com até mais de 15 a 30 dias de internação.

Campanha Em 2012, foram realizados 574 transfusões de sangue no HIFA, mas apenas 22 pessoas foram doadoras. “Precisamos aumentar este número”, destaca a assistente social Carolina Batista. O hospital está fazendo uma campanha com palestras e sensibilizações durante todo o mês de abril (2013), por considerar a doação de sangue uma “ação sublime e de fundamental importância para aqueles que necessitam”. O atendimento às necessidades de sangue do HIFA é feito no Banco de Sangue da Santa Casa de Cachoeiro.

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Procedimentos “invisíveis”

O prefeito de Anchieta, Marcus Assad, completou 100 dias de governo consertando obras mal feitas e desfazendo armadilhas deixadas por seu antecessor. No período, também fez uma auditoria na Prefeitura e o resultado será enviado ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas.

Conselhos do HIFA

O HIFA funciona com três conselhos de diretoria: Deliberativo, Administrativo e Fiscal, além da Assembleia, permitindo assim que as decisões sejam tomadas em acordo com as normas de funcionamento das entidades filantrópicas.

Cirurgias

Em 2012 a equipe médica do Centro Cirúrgico do HIFA realizou mais de 650 cirurgias de amígdalas e adenóides, além de outras intervenções, algumas de maior complexidade.

Aniversário solidário

Dona Jandira

Depois de passar a campanha inteira anunciando que a casa estava arrumada e que por isso poderia fazer ainda mais no segundo mandato, o prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Carlos Casteglione (PT), mostrou que a realidade é bem distante da ficção eleitoral. A queda da receita, que pode atingir até R$ 32 milhões neste ano, fez o prefeito cortar investimentos. Até o Orçamento Participativo, única marca da atual administração teve o ciclo deste ano interrompido.

Está virando moda na sociedade cachoeirense, pessoas que, no aniversário, pedem de presente coisas úteis para serem doadas para o HIFA. Foi assim que, recentemente, o hospital recebeu mais de 100 pacotes de fraldas descartáveis. E como multiplicadores estarão levando amigos e parentes a tão nobre gesto envolvendo muitos atores da sociedade nesta causa.

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Obras

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o abordar principalmente temas do cotidiano, como política, teologia e psicanálise, nesta coletânea que traz 28 textos, publicados originalmente no jornal Espírito Santo de FATO, Roney Moraes surpreende o leitor com sua capacidade de síntese e versatilidade temática. Certamente porque o autor, além de psicanalista clínico com doutorado em psicologia clínica, é jornalista, cronista, professor, teólogo e mestre em filosofia da religião com participação ativa em diversas entidades, como a Associação Brasileira de Filosofia e Psicanálise e a Academia Cachoeirense de Letras, entre outras. “Sem mais palavras” mescla a

observação do cotidiano às lições da vida, permitindo que, mesmo o leigo, tenha acesso a temas como psicanálise e filosofia. Uma das características do cronista é a facilidade com que se comunica com o leitor, numa conversa coloquial onde, muitas vezes, consegue inserir um humor sutil, como nas crônica “Sem tambor nem trombeta”, e em “Le Bourgeois Gentilhomme. “A ideia de que o intelectual tem que sofrer e que a felicidade é para os desprovidos de cérebro é retrógrada. Nada nos impede de apoderarmos da felicidade. Não é bobagem persegui-la, pelo menos no âmbito psicanalítico. Ora, o objetivo da psicanálise é fazer as pessoas felizes”, lembra Roney Moraes na crônica “A felicidade é possível”. Uma livro para ler e pensar sobre os valores da sociedade atual, seus desafios e superações. No dia 27 de abril, a obra, já lançada em Cachoeiro, será apresentada em Marataízes, na Câmara Municipal. Sem mais Palavras, Roney A. Moraes, Editora Espírito Santo de FATO, 72 Pág. R$ 15,00. A venda nas livrarias Companhia do Saber, Mister Book e cafeteria Mourad’s

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