ANO IX - Nº 328 Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia 08 A 15 DE DEZEMBRO/2019 SERRA/ES
Cientistas brasileiras quebram um recorde da genética
Distribuição Gratuita
ANA LUCIA
8 Aconteceu, na Serra, no último Domingo (01), Um manifesto em favor da cidadania e respeito à comunidade LGBTI Pág. 11
JORGE PACHECO
8 Bolsonaro proíbe órgãos do governo de assinarem a Folha Em tom de ameaça, Jair Bolsonaro a rmou que os anunciantes do jornal devem "prestar atenção" Pág. 5
8
ANA MARIA IENCARELLI
Todos os dias muitas crianças são violentadas, um a cada oito minutos. Despreparado para o que escreveu, o Estado se alia com o crime de violação de diversos direitos Pág. 10
INFOMONEY/REPRODUÇÃO
HAROLDO CORDEIRO FILHO
8 Entrevista com o vereador Sandro Parrini, que faz uma análise sobre as políticas públicas na Capital Pág. 12
LAÉRCIO FRAGA “LAU”
8 Temporada 2019 de frescobol fecha o ano com chave de ouro. Pela primeira vez duplas de frescobol capixabas foram reconhecidas como campeãs de um circuito com quatro etapas Pág. 14 DAVI MOURRAHY
8 Sempre considerei o mestre Jesus como o pai da motivação. Ele nunca questionou a sua missão Pág. 8 ©FOTOLIA/PRESSMASTER
Encontrado novo método para cauterização de doenças ginecológicas
FOTO: JOEL SARTORE/NATIONAL GEOGRAPHIC
MARY BOMFORD/FLICKR
No último dia 29 de novembro, foi publicado na revista cientí ca GigaS cience o mais novo avanço brasileiro na área da ciência. No artigo, um grupo internacional, liderado por cientistas do Brasil, anunciou ter feito o sequenciamento mais completo do
genoma da cana-de-açúcar. A pesquisa resultou no mapeamento de 373.869 genes, o equivalente a 99,1% do total. Financiado pela Fapesp em parceria com a Microso, que forneceu o sistema computacional necessário ao trabalho, o estudo marca a primeira vez em que a
enorme maioria dos genes desse vegetal é investigada. A evolução pode ter aplicações em biotecnologia e melhoramento genético, a rmam os pesquisadores. O trabalho foi ainda coordenado por mulheres brasileiras. Gláucia Mendes
Souza, professora de química da USP, e Marie-Anne Van Sluys, especialista em genética da mesma universidade, foram as autoras principais do artigo. Pág. 7
Aquecimento global lança Antártica sob ameaça de espécies invasoras O derretimento das geleiras atrai animais não nativos que gostam de climas mais amenos, causando um desequilíbrio ambiental no continente Pág. 2
Cientistas russos desenvolvem novo método para o tratamento de doenças como a leucoplasia. O procedimento inovador combina métodos de diagnóstico fluorescente e terapia fotodinâmica Pág. 9 THINKSTOCK/VEJA
Cães reconhecem as palavras, mesmo pronunciadas por estranhos Pág. 8
135 mil pessoas no Brasil convivem com o HIV e não sabem Às vésperas do Dia Mundial de Luta Contra a Aids, celebrado no 1º de dezembro, o Ministério da Saúde fez um alerta: 135 mil pessoas no Brasil convivem com o HIV e não sabem. Na avaliação do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, houve ganhos importantes nos últimos anos, mas ainda há uma série de desa os. Pág. 15
2 MEIO AMBIENTE
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Criticamente ameaçadas, Aquecimento global lança vaquitas são vistas com Antártica sob ameaça de espécies invasoras filhotes no México Notícia empolgou biólogos, pois estimativas apontam que até julho apenas 19 animais da espécie continuavam vivos
O derretimento das geleiras atrai animais não nativos que gostam de climas mais amenos, causando um desequilíbrio ambiental no continente ANDRÉ AFONSO/UFRPE
CREATIVE COMMONS
WIKIMEDIA COMMONS
Não é novidade que as vaquitas fazem parte do grupo de mamíferos mar in hos mais ameaçados de extinção. Segundo estimativas divulgadas em julho, apenas 19 destes animais ainda estavam vivos à época. No entanto, uma exp edição realizada por biólogos no m de outubro trouxe esperanças à espécie. Isso porque, de acordo com um estudo publicado no Marine Mammal Science, seis vaquitas foram avistadas com lhotes no Golfo da Califórnia, no México. Como explicaram os especialistas, esse fato prova a resiliência dos animais: "A capacidade de uma pequena população se recuperar após um declínio severo é fortemente in uenciada por sua biologia reprodutiva", escreveram os
autores do artigo. As vaquitas vivem apenas em uma pequena faixa ao norte do Golfo da Califórnia e, apesar dos esforços do governo mexicano para impor um refúgio protegido, práticas ilegais de pesca continuam ameaçando a espécie. Isso porque esses animais dividem seu habitat com o peixe totoaba (também criticamente ameaçado), que é caçado por comerciantes. Logo, quando esses peixes são capturados, algumas vaquitas acabam cando presas nas redes dos pescadores e morrendo. Pensando nisso, esforços para salvar a espécie da extinção iminente incluíram o governo do México e a Fundação Leonardo DiC apr io. Em 2017, eles tentaram criar um cativeiro para proporcionar a reprodução da
espécie, mas o plano foi cancelado quando uma fêmea morreu pouco após ser capturada. Por isso, Lorenzo RojasBracho, um dos autores e chefe do Gr up o de Pesquisa em Mamíferos Marinhos da Comissão Nacional Mexicana de Áreas Naturais Protegidas, e sua equipe estão desenvolvendo um projeto de monitoramento da espécie. A ideia é pesquisar uma alternativa mais apropriada para proteger as vaquitas. "Temos animais que foram capazes de sobreviver todos esses anos, e é importante protegê-los, porque a sobrevivência da vaquita depende dos indivíduos que temos agora", a rmou Rojas-Bracho, ao San Diego Union-Tribune.
Vitória e Parajuru são reintroduzidos à natureza
O equilíbrio do ecossistema da Antártica está em perigo, uma vez que espécies invasoras estão se multiplicando devido ao derretimento das geleiras. Esse péssimo cenário foi recentemente descrito em um estudo publicado no periódico Science Advances por pesquisadores do Reino Unido. Pa r a qu e m n ã o s a b e , o s especialistas consideram espécies invasoras aquelas que não são nativas ou naturais de determinado ambiente, mas passam a ocupá-lo quando têm a oportunidade. Em muitos casos, os invasores são favorecidos pelo fato do novo território não ter predadores naturais para a espécie, permitindo que ela se reproduza. A presença de espécies invasoras pode degradar um ecossistema, pois elas competem
com animais nativos por recursos como água, território e alimento. Além disso, essa ameaça se torna maior, pois, em alguns casos, esses animais caçam as espécies nativas, causando um enorme desequilíbrio ambiental. Segundo os especialistas, na Antártica, áreas descongeladas devido ao aquecimento global podem atrair animais e microorganismos que estão adaptados a climas menos gelados. Por isso, os pesquisadores acreditam que a área descongelada da península deve triplicar nos próximos 100 anos, propiciando o ambiente necessário para que espécies invasoras se multipliquem. “As mudanças climáticas reduzem as barreiras de [ e s p é c i e s i nv a s o r a s ] p a r a adentrar essas regiões, reduzindo seus problemas para
ACERVO ICMBIO
Peixes-bois foram reintroduzidos na APA Barra do Rio Mamanguape, na Paraíba Os peixes-bois Vitória e Parajuru foram reintroduzidos, no dia 24 d e nove mbro, n a Á re a d e Proteção Ambiental (APA) Barra do Rio Mamanguape na Paraíba. A reintrodução faz parte do planejamento elaborado entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Fundação Mamíferos Aquáticos, desde 2017, com o objetivo principal de tornar a APA Barra
do Rio Mamanguape novamente um sítio de reintrodução dos peixes-bois. Primeiro local no Brasil a ter uma base de trabalho para preservação do peixe-boi (desde a década de 1980), Mamanguape não fazia reintrodução da espécie há quase 10 anos. Desde 1994, o ICMBio e parceiros já reintroduziram 49 peixes-bois na natureza. Também foram recuperados as estruturas do centro de
visitantes, o galpão náutico e reconstruído o cativeiro de aclimatação. A sede da APA Barra do Rio Mamanguape e a estrutura de apoio à pesquisa também serão recuperadas com novos investimentos a partir deste mês de dezembro. Os investimentos para o centro de visitantes, o cativeiro dos peixesbois e o galpão náutico foram captados pela Fundação Mamíferos Aquáticos junto à
se estabelecer”, explicou o pesquisador Peter Convey, coautor da pesquisa, à AFP. Mas o problema não são apenas os animais: os pesquisadores consideram ainda que o degelo na Antártica pode aumentar também a presença humana na região. Segundo eles, c e rc a d e 5 m i l p e ss o as j á trabalham na península e 50 mil turistas a visitam todos os anos, números que devem aumentar. O problema disso é que os hu m a n o s t r a z e m e s p é c i e s invasoras para o continente — o que já aconteceu com duas espécies de moscas e uma de gramínea. “O fundo do poço é que os humanos trazem 99% das espécies invasoras, d e s e qu i l i br an d o qu a l qu e r processo natural”, disse Convey.
Peixe-boi Vitória Fundação O Boticário. Vitória e Parajuru foram trazidos da Base do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade
Marinha do Nordeste (Cepene), em Itamaracá (PE), no mês de abril deste ano, e caram sete meses no cativeiro de aclimatação, até estarem aptos a
serem reintroduzidos no mar. Ao todo, são oito peixes-bois reintroduzidos que vivem na A PA B ar r a d o R i o Mamanguape, além dos animais nativos. Vitória foi resgatada em janeiro de 2015 em uma praia B ar r a d o Mamang u ap e e Parajuru em 2014, no litoral do Ceará. Eles foram levados ainda lhotes para Itamaracá, onde foram reabilitados e passaram por cuidados até a reintrodução. A A PA B a r r a d o R i o Mamanguape é um dos locais mais i mp or t ante s p ar a a população de peixes-bois no Nordeste do Brasil. A unidade de conser vação protege ambientes de mangues, recifes de coral, pradarias de gramíneas submersas, praias, restingas, e ainda mantém uma comunidade de pescadores que exercem suas atividades de forma artesanal.
Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3086-4830 / 99664-6644 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES
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"Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor"
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CULTURA 3
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Qual o país com o maior número de pirâmides do mundo? Fora do Egito é possível encontrar o dobro dessas antigas estruturas, que foram construídas em menos tempo
Livro celebra a biodiversidade da Amazônia Livro é criativo, original e colorido
GETTY IMAGES
MEROE
MESOPOTÂMIOS REPRODUÇÃO CICLOVIVO
As pirâmides fazem parte do imaginário das pessoas quando se fala sobre o Egito. No entanto, elas não são exclusivas do país, estando presentes em diversas civilizações ao longo da história. Os mesopotâmios foram os primeiros a construírem e st r utu r as e m for mato d e pirâmides, os zigurates. Vários outros povos estavam interessados em erguer construções parecidas que seriam usadas para propósitos religiosos, como os sumérios, babilônios e assírios. Localizada no México, mais especificamente na região de
QUEÓPS OU GIZÉ
Puebla, temos a maior delas (em questão de volume), a Pirâmide de Tepanapa, também conhecida como a Grande Pirâmide de Cholula. São impressionantes 65 metros de altura e 439 metros de base. O Reino de Kush, um antigo império africano localizado onde hoje está o Sudão, competia c om o E g it o e m qu e s t õ e s econômicas e de força militar, mas também em relação à cultura e política. Por isso, estando sob a constante influência dos egípcios, foram construídas inúmeras pirâmides na região.
FOTO: REPRODUÇÃO
As estruturas possuíam a mesma função nos dois territórios: eram locais destinados ao descanso eterno de seus reis e rainhas. Entretanto, no Sudão, podemos encontrar 255 pirâmides, enquanto o Egito, país famoso por sua frequência, possui entre 118 e 138 dessas construções — quase metade das espalhadas pela primeira nação. Além diss o, os egíp cios demoraram cerca de três milênios para construí-las, enquanto os outros conseguiram fazer o dobro disso em um espaço de poucos séculos.
De acordo com as más línguas, o peixe Bodó é feio de dar dó. Mas Cascudinho não perde tempo com zombarias, ele está ocupado demais inventando e contando histórias. E, mesmo que muitos de seus amigos não acreditem, todo mundo ouve quando ele chega na escola cheio de aventuras para contar. Com texto de José Bessa Freire e ilustrações de Luciana Grether, 'Cascudinho – o peixe contador de histórias' é um lançamento da Editora do Brasil que apresenta e exalta a biodiversidade amazônica. Com um grande elenco aquático, o livro é criativo, o r i g i n a l e c o l o r i d o. Um a homenagem à diversidade aquática do Brasil, especialmente da Amazônia, e à criatividade do povo brasileiro,
(AVENTURASNAHISTORIA.UOL.COM.BR)
um contador de histórias nato. A inspiração para o livro veio de histórias que José ouviu ao longo da vida. Entre elas 'A sogra do jacamim', protagonizada por pássaros da Amazônia, e contos d o l iv ro Ti d d l e r. O autor imag inou as aventuras de Cascudinho e dos peixes para c ont á - l as às ne t as , c om a esperança de que não rompam a cadeia amorosa de abraço na beleza da diversidade da vida. O processo criativo de Luciana Grether para ilustrar a história de Cascudinho envolveu conhecer lugares e personagens novos. “Para este projeto, escolhi representá-los de forma gráfica, inspirada nas gravuras da arte popular”, comenta a ilustradora. Nas ilustrações do livro, estão os seres e as águas da Amazônia embalados pela correnteza da
história e pela admiração da artista pela beleza dessa narrativa. O autor José Bessa Freire nasceu às margens do Rio Negro. Sua infância, nas noites quentes de Manaus, foi embalada por histórias contadas por duas Elisas: sua avó e sua mãe. Com as mesmas histórias, ninou sua filha, Zezé. Algumas narrativas orais, guardiãs da memória, dos saberes e dos seres da floresta, José ouviu dos índios, seus amigos. Algumas outras, o autor descobriu em cursos que fez: o Normal do Instituto de Educação do Amazonas e o doutorado em Letras na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). LUCIANO DANIEL
Foto Antiga do ES FACEBOOK
TEPANAPA OU CHOLULA
4 MUNICÍPIOS
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Colatina
Fundão
Cidade corre risco de Programa Estadual de Qualificação em Atenção perder seu Fórum Primária à Saúde DIVULGAÇÃO
Romenique A possível integração de comarcas prevê a junção do fórum de Fundão ao de Ibiraçu. Caso isso ocorra, o município de Fu n d ã o p e r d e r á o Fó r u m Desembargador Cícero Alves situado na sede da cidade e
passará a ser atendido pelo Fórum Desembargador Oscar Farias Santos, em Ibiraçu. Na v is ã o d o a dvo g a d o e presidente da AMOTIMBUÍ, Romenique Borges Simões, a eventual saída do Fórum da sede
do município será um retrocesso para Fundão. “É uma crueldade com os munícipes, principalmente os mais carentes. Pense na di culdade de um morador de Praia Grande, por exemplo, em se deslocar ao Fórum de Ibiraçu apenas para solicitar a nomeação de advogado dativo para defender seus direitos, já que Fundão t amb é m n ã o c ont a c om a atuação da Defensoria Pública. Ou seja, os munícipes de Praia Grande carão a mais de 50 km do Fórum que, em tese, nos atenderá, e os de Fundão e T i m b u í c a r ã o à aproximadamente 17 km e 25 k m d e d i s t â n c i a , resp ectivamente. Iss o s em dúvida será um fator limitante para que os menos favorecidos recorram à Justiça. A situação é gravíssima e recomenda o interesse de toda a sociedade”, disse Romenique.
SITE DA PREFEITURA
Aconteceu, na manhã de terçafeira (3), no Auditório do Senac, a Cerimônia de Acolhimento dos pro ssionais participantes d o Pro g r am a E s t a du a l d e Q u a l i c a ç ã o e m At e n ç ã o Primária à Saúde no município de Colatina. O prefeito do município, Sérgio Meneguelli, o secretário Estadual de Saúde, Nésio Fernandes de Medeiros Júnior, e outras autoridades estiverem presentes. O secretário Estadual de Saúde foi a Colatina especialmente para explicar e tirar as dúvidas dos pro ssionais que irão participar do curso de pós-graduação nas suas áreas, junto com equipes estratégicas
da Saúde da Família no mu n i c ípi o, qu e a d e r iu a o programa. O mesmo visa cooperar com provimento de pro ssionais de saúde para
reduzir as desigualdades regionais e ampliar a cobertura e a resolutividade da Atenção Primária à Saúde.
Caparaó
Desenvolvimento Vereadora Sônia Steins Regional do exige reforma do Pronto Atendimento Caparaó do município
DIVULGAÇÃO/PREFEITURA DE GUAÇUÍ
HAROLDO CORDEIRO FILHO
Na sessão ordinária do último dia 02, a vereadora Sônia Steins, DIVULGAÇÃO
através da indicação 333/2019, pediu providências da reforma e
pintura do Pronto Atendimento (PA) do município, Dr. Cézar Agostini, haja vista que que o mesmo encontra-se com suas instalações em estado lastimável d e f u n c i o n a m e n t o. Já f o i requerido no passado, mas não foi atendido. No primeiro requerimento, além da reforma estrutural e pintura, foi solicitada também uma sala para pequenas cirurgias. A vereadora pede providências do Poder Executivo.
O Sebrae ES, em parceria com o Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Caparaó e com o apoio da Prefeitura de Guaçuí, realizou o lançamento do Plano de Desenvolvimento Regional do Caparaó Capixaba, dentro do Programa Líder (Liderança para o desenvolvimento regional). A cerimônia aconteceu na noite de t e rç a - fe i r a ( 3 ) , n o Te at ro
Municipal Fernando Torres, com a presença da vicegovernadora Jaqueline Moraes, da prefeita de Guaçuí, Vera Costa, demais prefeitos da região e autoridades, além de re pre s e nt ante s d o S ebr a e, secretarias estaduais e pessoas que participaram do programa. O evento contou ainda com uma palestra do prefeito de Anchieta, Fabrício Petri, que
f a l ou s o bre a ç õ e s e m s u a administração para recuperar seu município diante do f e c h a m e n t o d a Us i n a d a Samarco. E foi encerrado com a execução da música “Cordilheira”, de Marcos “Tuim” Sathler, um dos facilitadores do Programa Líder, com tudo terminando com o que é chamado, dentro do projeto, de “Abraço Caparaó”.
POLÍTICA 5
08 A 15 DE DEZEMBRO DE 2019
Jorge Pacheco
Analista Político Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista jorgepachecoindio@hotmail.com
“Política é quase tão excitante como a guerra e não menos perigosa. Na guerra a pessoa só pode ser morta uma vez, mas na política diversas vezes”,Winston
Churchill
JOSÉ DIAS/PR
Bolsonaro proíbe órgãos do governo de assinar Folha
Pacote Anticrime ficou “menos pior”, mas ainda é um enorme retrocesso, avaliam especialistas
REPRODUÇÃO REDES SOCIAIS
Em tom de ameaça, Jair Bolsonaro afirmou que os anunciantes do jornal devem "prestar atenção". Nenhum órgão do meu governo vai receber o jornal Folha de S. Paulo aqui em Brasília
que o Valor Econômico sobreviva à medida provisória de ontem, eu espero”, disse, entre risos, em pronunciamento na abertura do Congresso da Federação Nacional de Distribuição dos Veículos Automotores (Fenabrave).
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) fez mais uma investida contra veículos de imprensa. Em entrevista à TV Bandeirantes, disse que vai proibir órgãos do governo federal de assinar a Folha de S. Paulo estou determinado. É o que eu posso fazer, mas nada além disso", disse ao jornalista José Luiz Datena. O ataque público não é o primeiro contra a Folha ou contra a imprensa. Só nesta semana, o “Capitão” usou suas redes sociais para criticar veículos de comunicação pelo menos duas vezes. Em um primeiro momento, comparou a Globo, o Estado de S. Paulo, a Veja e a Folha a hienas, em um vídeo no Twitter. Tamb é m n e st a s e m an a , o presidente chamou a TV Globo de "patifes" e "canalhas", após a veiculação de uma reportagem em que o porteiro do condomínio que Bolsonaro tem casa no Rio de Janeiro a rma que o "seu Jair" teria dado a autorização para que um dos suspeitos do assassinato da v e re a d or a Ma r i e l l e Fr a n c o entrasse no local. Na reportagem, a Globo aponta que o então deputado estava em Brasília no dia do crime, contradizendo o depoimento do p o r t e i r o. M e s m o a s s i m , o presidente ameaçou não renovar a concessão da emissora. "Vocês vão renovar a concessão em 2022", relembrou o presidente. "Se o processo não tiver limpo, não vai ter renovação", a rmou. Em setembro deste ano, o presidente assinou uma medida provisória para retirar a obrigatoriedade de publicação de licitações públicas, editais de concursos e leilões em jornais de grande circulação. Na prática, a alteração retira verba de veículos jornalísticos, que perdem anunciantes. Quando anunciou a medida, ainda em agosto, o presidente ironizou que a mudança ia "ajudar a imprensa de papel". “Eu espero
"Estamos aqui em razão desse debate porque não há como não afirmar que existe uma espécie de acórdão, uma conspiração contra o combate à corrupção e à impunidade” AJUFE
Há uma tentativa de protelação, quem sabe até quando e com qual objetivo. Por isso, nós defendemos a manutenção do calendário inicial. Essa frente abraça a PEC da Câmara, mas entende que o PL do Senado deve continuar tramitando. Não há nenhum comprometimento se esse projeto for aprovado antes da PEC – e é provável que seja – porque esses projetos não são excludentes, são necessários", a rmou o senador Álvaro Dias (Podemos-PR), que foi eleito presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Prisão em Segunda Instância. Já o vice-líder da frente será o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), que coordenou a coleta de assinaturas dos d e p u t a d o s q u e i nt e g r a m a iniciativa. "Há um sentimento de urgência e pressão popular para que isso [a retomada da prisão em segunda instância] ocorra. Mas aqui também há essa impressão de que o assunto vai esfriar e car para o ano que vem. Então, todas as vezes que disserem que o assunto vai esfriar, nós vamos esquentar mais. [...] Não vamos permitir que os criminosos permaneçam na rua, nem os que já foram soltos nem os que ainda serão condenados", a rmou van Hattem. O deputado do Novo ainda disse que criar uma frente parlamentar mista como essa não é fácil, porque requer apoio da Câmara e do Senado. E indicou que, como conseguiu lançar essa frente após poucas semanas de coleta de assinaturas, ess e g r up o vai conseguir fazer pressão para pautar o assunto.
Paralelamente à frente, os deputados e senadores já coletam, por exemplo, assinaturas para ap r e s e nt a r o s d o c u m e nt o s necessários para exigir que essa votação seja realizada neste ano. No Senado, 45 parlamentares já assinaram o pedido, que precisava do apoio de metade da Casa (41 senadores) e, por isso, será entregue à presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Simone Tebet (MDB-MS), nesta quarta-feira (4). A ideia é pedir que Simone Tebet paute o projeto de lei que está na casa e já recebeu sugestões do ministro Sérgio Moro até a próxima semana. Já na Câmara, são necessárias 257 assinaturas para apresentar um requerimento de urgência. Segundo van Hattem, a frente precisa do apoio de só mais 22 deputados para conseguir protocolar esse documento e pedir que, antes mesmo de apreciar a PEC da Segunda Instância, a Câmara vote um projeto de lei que trata do assunto e que, ao contrário da PEC, poderia ser aprovado ainda neste ano. Tanto Marcel van Hattem quanto Álvaro Dias a rmam que dar urgência a esse projeto é necessário para combater a sensação de impunidade no Brasil, já que a possibilidade da prisão em segunda instância permite a execução provisória da pena antes do julgamento de todos os recursos que são apresentados pelos condenados. A ideia foi reforçada por outros parlamentares que integram a Frente em Defesa da Segunda In s t â n c i a n a c e r i m ôn i a d e lançamento da frente nesta terçafeira. Entre eles, estavam os senadores Major Olímpio (PSLSP), Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), Lasier Martins (Podemos-RS) e os deputados José Nelto (Podemos-GO), Paulo Ganime (Novo-RJ) e Renata Abreu (Podemos-SP). "Não se trata de um projeto contra Lula, mas contra milhares de delinquentes que estão soltos", garantiu Lasier Martins.
Câmara aprova pacote anticrime Entre outros pontos, o texto aumenta o número de casos considerados hediondos e pelos quais o condenado não pode contar com anistia, graça FÁBIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL/DIVULGAÇÃO
ou indulto e deve começar a cumprir pena em regime fechado O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quartafeira (4) o projeto de lei do pacote anticrime (PL 10372/18), que faz diversas mudanças na legislação penal, como aumento de penas e novas regras para progressão de regime pelos condenados. A matéria será enviada ao Senado. O texto foi apresentado em Plenário pelo relator da comissão especial, deputado Lafayette de Andrada (Republicanos-MG), com base no texto do relator do grupo de trabalho, deputado Capitão Augusto (PL-SP). Temas polêmicos, como a de nição de que não há crime se a lesão ou morte é causada por forte medo (o chamado excludente de ilicitude), foram retirados pelo grupo de trabalho que avaliou várias propostas, entre as quais a apresentada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e a do ministro da Justiça, Sérgio Moro. O tempo máximo que a pessoa pode car presa cumprindo pena aumenta de 30 para 40 anos. Segundo o substitutivo aprovado, a liberdade condicional dependerá também de o condenado não ter praticado falta grave no presídio nos últimos 12 meses dessa liberação e o c omp or t am e nto d e ve r á s e r considerado bom em vez de satisfatório. Para Andrada, o projeto melhora muito a legislação penal em torno de situações condenadas pela população. “Proibimos o livramento condicional para todos os criminosos de crimes hediondos que resultaram em m o r t e . Ta m b é m f o r a m aumentadas as penas para crimes cometidos com armas de uso proibido”, a rmou. Já o relator pelo grupo de trabalho, deputado Capitão Augusto, lamentou que alguns tópicos tenham cado de fora do relatório, como o excludente de ilicitude. “No próximo ano, vamos retomar a tramitação desses p ontos p or meio de outros projetos de lei”, disse, pedindo apoio dos deputados. No Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/03), a pena para quem lidar com armas de uso proibido aumenta de três a seis anos de reclusão para quatro a 12 anos de reclusão. Isso inclui usar, portar, fabricar ou entregá-la a criança ou adolescente. Bom prometo a vocês que voltarei ao assunto que é muito grave, importante e que deixa o
povo brasileiro de “ouvidos atentos”.
Sociedade civil rechaça Aras por troca no Conselho de Direitos Humanos A decisão do procurador-geral da República, Augusto Aras, de tirar a subprocuradora Deborah Duprat do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) foi rechaçada por 176 organizações da sociedade civil. Em nota conjunta, essas entidades explicam que Deborah Duprat, que é da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), havia sido eleita para o cargo que agora será ocupado pelo próprio Aras. Por isso, classi cam a decisão do PGR como uma "manobra" e "um ato autoritário". " Nã o é n at u r a l e x t i n g u i r conselhos de participação; não é natural cassar mandatos de conselheiros; não é natural nomear presidentes biônicos para presidência de conselhos; não é natural preterir os eleitos; não é natural cassar o mandato de uma conselheira eleita vice-presidente com mandato vigente – mesmo que tudo isso tente se passar como algo natural ou formalmente com ap arê nc i a d e l e g a l i d a d e. A sociedade civil não aceitará este ato autoritário e irá resistir de todas as formas contra a tirania deste governo", diz a nota, que é assinada por entidades como a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Tr a n s e x u a i s e I n t e r s e x o s (AB GLT), a Ar ticulação de Mulheres Brasileiras (AMB), a Articulação para o Monitoramento dos Direitos Humanos no Brasil, a Associação Brasileira de Saúde Mental, a Central de Movimentos Populares e o Centro de Educação Cidadã e Direitos Humanos.
Votação de urgência para PLs de concursos é adiada Divergência entre deputados na Ales adiou análise de tramitação especial dos projetos para sessão desta terça (4) Os seis primeiros itens do Expediente Sujeito à Deliberação da sessão ordinária de segundafeira (3) na Assembleia Legislativa (Ales) eram projetos do Executivo com pedidos de regime urgência para a abertura de créditos especiais. A votação dessas solicitações, entretanto, foi sobrestada (suspensa) após debate entre os parlamentares. Vários deputados questionaram o governo do Estado por encaminhar tais matérias para o Legislativo no nal do mandato do governador Paulo Hartung (sem
partido). Outros defenderam as propostas, alegando que o futuro secretário da Casa Civil, Davi Diniz, tinha dito que não haveria problema em votá-las Euclério Sampaio (DC) falou que atual gestão estava querendo “raspar o tacho” e eodorico Ferraço (DEM) que a Casa deveria “abrir os olhos” porque os créditos “estavam cheirando muito mal”. Já Bruno Lamas (PSB) disse que se colocaria contra os requerimentos de urgência e pediu que a votação fosse realizada nominalmente O deputado Marcelo Santos (PDT), que presidia a Mesa no momento, informou que em reunião com Diniz havia chegado ao entendimento de que não existia impedimento legal para votar as proposições. Enivaldo dos Anjos (PSD) contou que também esteve com o secretário e corroborou as palavras do colega. Lamas e Ferraço cobraram que a Mesa atendesse sugestão do demista, sobre a criação de uma comissão de parlamentares para conversar com a equip e de transição do governador eleito Renato Casagrande (PSB). A iniciativa tem objetivo de evitar dúvidas a respeito de votação de projetos que possam impactar a futura administração. “Sugiro à Mesa que isso (a criação da comissão) vá para reunião do Colégio de Líderes para a gente dialogar no coletivo, para não car só com um ou dois deputados, temos a informação que chegou um novo projeto de suplementação de mais de R$ 300 milhões. Ou a gente coloca um freio ou não terá recursos para suplementação”, argumentou o Bruno Lamas. O também socialista deputado Freitas pediu que a votação dos requerimentos fosse sobrestada para que os colegas de plenário pudessem tratar do assunto. Ele sugeriu que os itens voltassem a ser discutidos na sessão desta terça-feira (3) e foi atendido pelo presidente Erick Musso (PRB). O deputado Enivaldo dos Anjos (PSD) no momento em que presidia a Casa na sessão ordinária desta quarta (04) leu comunicado que inclui emenda na redação nal do Projeto de Lei (PL) 262/2018, responsável por proibir a cobrança de serviços de terceiros nas faturas de serviços públicos fornecidos mediante concessão, como energia elétrica, água potável, esgotamento sanitário e gás natural canalizado. Marcelo Santos (PDT), autor tanto do PL quanto da emenda, argumenta que a intenção não foi incluir na matéria as cobranças de ser viços dos municípios capixabas. Dessa forma, a emenda exclui todas as cobranças realizadas pelas prefeituras na proibição constante no artigo 1º do projeto. A emenda foi apresentada com base no artigo 2015 do Regimento Interno, que diz que “as emendas à redação nal serão para evitar incorreção de linguagem, erros de técnica legislativa, incoerência notória, contradição evidente ou absurdo manifesto”.
6 TECNOLOGIA
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Guia calcula quantidade de água usada na construção civil Material é gratuito e está disponível para download JEAN-PHILIPPE WALLET
O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), a Caixa Econômica Federal e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) lançaram esta semana em São Paulo (SP) um guia que permite calcular a quantidade de água utilizada na construção de edi cações. O Guia Metodológico de Cálculo de Pegada Hídrica em Edi cações está disponível gratuitamente para download. Apre s e nt a d o du r ant e o seminário “Conservação de Ág u a e Us o d e Fonte s Alternativas em Edi cações – Diferencial Competitivo para Empreendimentos”, o guia teve como consultora técnica a empresa In nitytech Engenharia e Meio Ambiente. A diretora técnica da In nityech, Virgínia Sodré, explicou que, a partir do cálculo
da pegada hídrica, incorporadoras, construtoras e clientes poderão tomar decisões para aperfeiçoar seus projetos e compras e, assim, racionalizar o consumo de água. “ N o f u t u r o , o s empreendimentos poderão ser etiquetados quanto ao impacto sobre o consumo de água, a exemplo da etiquetagem já existente de equipamentos e edi cações, que atesta o grau de e ciência no consumo de energia”, a rmou. Para o vice-presidente do S i n d u s C o n - S P, F r a n c i s c o Antunes de Vasconcellos Neto, essas normas e publicações “constituem o arcabouço que vai viabilizar o uso racional e consciente da água, dando embasamento técnico às ações e legislações pertinentes e possibilitando o uso seguro deste recurso natural pela população”. Já o gerente-executivo da Caixa
Econômica Federal, Eduardo Vo n S c h w e r i n P i m e n t e l , anunciou que a instituição renovou a certi cação Casa Azul para estimular o uso racional dos recursos naturais na construção e no uso de empreendimentos, mediante a maximização dos benefícios para os projetos mais sustentáveis. “A certi cação da Caixa para empreendimentos sustentáveis, que já tinha as categorias Bronze, Prata e Ouro, ganhou uma nova: Diamante, quando a construtora
Chevy Corvette 2020 terá 1.200 cavalos de potência
demonstra a adoção de inovações”, informou Pimentel. A certi cação dá direito a condições mais vantajosas de nanciamento. Presente no lançamento, o ass ess or s ênior do PNUD, Haroldo Machado Fi l ho, especialista em desenvolvimento sustentável, enfatizou que a participação de vários atores de diferentes setores – entre eles, governo, iniciativa privada, sociedade civil organizada e agentes de nanciamento – é
importante para o desenho e implementação de políticas públicas e cazes para o alcance d o s O b j e t i v o s d e Desenvolvimento Sustentável (ODS), dentre os quais se prevê acesso universal à água potável e ao saneamento básico até 2030. “Cu mpr i r e ss e obj e t ivo depende de buscarmos soluções não convencionais e disruptivas”, a rmou. Coordenadora do Comitê de Meio Ambiente (Comasp) do SindusCon-SP e da comissão de
Startup chinesa pode ser a 2ª no mundo a testar carros totalmente autônomos
REPRODUÇÃO/HENNESSEY
Hennessey Performance Engineering promete diversas atualizações de potência e desempenho para o próximo ano
A Hennessey oferece mais de mil cavalos de potência nos Corvettes da geração C7 há sete anos, mas dessa vez pretende elevar suas atualizações de desempenho. Na terça-feira (3), foi anunciado que o Corvette 2020 contará com até 1.200 hp, graças a um sistema de turbo triplo em desenvolvimento, ao lado de um LT2 V8 de 6.2 litros. O pacote também agrega uma transmissão de dupla embreagem atualizada como forma de lidar com o maior pico de potência. Além dele, haverá um pacote separado que tem como intuito fornecer 700 hp, possível devido ao sistema de supercharger em que a empresa trabalha. No entanto, os números de potência não estarão disponíveis
até que a HPE entre no computador do C8 para sintonização. O fundador da empresa, John Hennessey, disse à Roadshow que os números são baseados em seu "know-how" de trabalhar com a família de motores LT da General Motors, e em sua experiência em ajustar Corvettes e Camaros. Ao ser questionado acerca do prazo em que o ajuste estará disponível, o CEO a rmou que a
disponibilidade "é desconhecida no momento". Ainda assim, o executivo disse que está con ante de que a equipe poderá oferecer uma ampla gama de atualizações para o ano que vem. O a nador começará a trabalhar com o Corvette 2020 a p a r t i r d o próx i m o a n o e , enquanto isso, dedicará seu tempo ao sistema de supercompressor e twin-turbo. Além disso, eles terão de resolver o problema relacionado à ECU, criptogra a que a GM a rma ser "muito difícil de trabalhar para o mercado de reposição". Até lá, atualizações menos potentes serão lançadas. Outras novidades para 2020 são a atualização de escape de aço inoxidável para aumentar a potência, uma carga de peças de corpo em bra de carbono, pacotes de rodas e freios, e atualizações de suspensão.
estudos da ABNT que elaborou a norma de conservação de água em edi cações, Lilian Sarrouf atribuiu as legislações mal feitas sobre o tema à falta de normas técnicas que lhes deem embasamento, e destacou o protagonismo da construção civil na elaboração do regramento. Segundo ela, legislações e cientes devem promover boas práticas, incentivá-las e fornecer diretrizes, e não devem obrigar a determinadas práticas sem viabilidade, especi car soluções, de nir questões técnicas, rest r ing ir avanços e gerar insegurança. Ela enfatizou que o uso de fontes alternativas pode se tornar viável se feito de forma articulada entre poder público e iniciativa privada, buscando compatibilizar as leis de saneamento e dos códigos de obras.
REPRODUÇÃO/CNET
As regras para testar veículos autônomos nas ruas mudou nos últimos anos, principalmente por conta de acidentes causados por experiências malsucedidas. A t u a l m e n t e , a Wa y m o , subsidiária do Google, é a única autorizada a fazer esses testes. Mas isso pode mudar muito em breve, com a entrada da chinesa AutoX, patrocinada pela gigante Alibaba.
A AutoX entrou com um pedido para realizar testes com carros totalmente autônomos no estado da Califórnia, com a prom e ss a d e qu e te r á u m motorista reserva, acompanhando tudo via controle remoto. E, caso seja aceit a, p o de chaco a l har o mercado. Isso porque há nada menos do que 60 companhias
desenvolvendo suas próprias soluções de mobilidade autônoma na Califórnia, também com condutores sobressalentes. Ainda não se sabe exatamente quais são os critérios de aprovação, mas p are c e m s e r r í g i d o s , p oi s f abr i c ante s c omo G e ne r a l Motors e Ford decidiram adiar seus veículos para esse nicho porque não se sentem prontas para comercializá-los. A AutoX está con ante, até porque vem realizando ajustes há três anos. O diretor de operações da empresa disse que sua tecnologia "pode ser profunda" e será "segura para o público", ao con rmar seu pedido de permissão de testes.
CIÊNCIA 7
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Cientistas brasileiras quebram um recorde da genética Projeto da USP representa o maior, mais completo e mais rápido mapeamento genético já feito da cana-de-açúcar INFOMONEY/REPRODUÇÃO
Pesquisa brasileira detecta alterações no cérebro de jovens com obesidade Estudo usou ressonância magnética para investigar a massa cinzenta de adolescentes obesos PÂMELA BERTOLAZZI/SOCIEDADE RADIOLÓGICA DA AMÉRICA DO NORTE
No último dia 29 de novembro, foi publicado na revista cientí ca GigaScience o mais novo avanço brasileiro na área da ciência. No artigo, um grupo internacional, liderado por cientistas do Brasil, anunciou ter feito o sequenciamento mais completo do genoma da cana-de-açúcar. A pesquisa resultou no mapeamento de 373.869 genes, o equivalente a 99,1% do total. Financiado pela Fapesp em parceria com a Microso, que forneceu o sistema computacional necessário ao trabalho, o estudo marca a primeira vez em que a enorme maioria dos genes desse vegetal é investigada. A evolução pode ter aplicações em biotecnologia e melhoramento genético, a rmam os pesquisadores. O trabalho foi ainda
c o ord e na d o p or mu l he re s brasileiras. Gláucia Mendes Souza, professora de química da USP, e Marie-Anne Van Sluys, especialista em genética da mesma universidade, foram as autoras principais do artigo. Ao identi car praticamente a totalidade dos genes da cana-deaçúcar e relacioná-los às suas funções, o estudo permite que os cientistas manipulem o DNA para, por exemplo, fazer com que a planta produza mais açúcar ou bra. Desse modo, a produtividade de cada planta pode crescer muito. Apesar do grande sucesso r e s u l t a nt e d a p e s q u i s a , o sequenciamento genético da cana-de-açúcar é um processo longo e complexo. Os diversos cruzamentos já realizados com a planta para chegar no espécime
que consumimos atualmente tornou seu genoma extremamente complicado de analisar. Por isso, ainda não há previsão para o mapeamento dos 0,9% restantes do DNA vegetal. O estudo também pode ter in uência no setor nacional de produção de energia. A cana pode ser queimada como biomassa, processo que gera energia. Assim, se a pesquisa culminar em um crescimento signi cativo da produtividade da planta, uma porção ainda maior da eletricidade brasileira pode ser fruto dessa queima. Atualmente, cerca de 9% da energia consumida no Brasil advém da biomassa — número muito signi cativo, mas passível de grandes aumentos.
Arqueólogos encontram
restos de guerreiro egípcio que lutou em conflito descrito na Pedra de Roseta O artefato, que possibilitou a tradução dos hieróglifos, retrata um levante do povo egípcio contra o faraó grego Ptolomeu WIKIMEDIA COMMONS
Pedra de Roseta
Durante escavações na cidade egípcia de Thmouis, arqueólogos encontraram restos de 2.200 anos de um guerreiro que foi morto num levante descrito na importante Pedra de Roseta. A descoberta foi anunciada pelo cientista havaiano Robert Littman e o
antropólogo russo Jay Silverstein. Segundo o relatório da e s c av a ç ã o, divulgado pela Science News, o corpo foi "jogado no chão e coberto de terra, sem sinal de enterro", apresentando "ferimentos nos braços curados e não curados". Littman acredita que essas são evidências de violência corporal logo antes de sua morte. Entretanto, ainda não é claro se o guerreiro de origem egípcia
esteve ao lado da revolta nativa, iniciada em 206 a.C. ou lutou a favor do faraó grego Ptolomeu V. Através de cruzamento de fontes, foi possível associar o sítio da descoberta ao momento histórico específico, mas poucas informações sobre o indivíduo foram encontradas. Is s o p orqu e próx i m o a o esqueleto, havia uma ponta de flecha queimada e munições, que foram datadas do período da revolta. Ao mesmo tempo, foram identificadas moedas do período. Mais estudos deverão ser realizados para saber mais sobre o guerreiro e o conflito.
Um novo estudo realizado por médicos brasileiros comprovou a relação entre a obesidade em jovens e alterações na chamada "substância branca" do cérebro. Os pesquisadores utilizaram imagens de ressonância m ag n é t i c a p ar a ch e g ar à s conclusões, que serão apre s e nt a d a s à S o c i e d a d e Radiológica da América do Norte durante uma conferência. "O estudo com adolescentes obesos mostra uma redução de integridade cerebral em regiões de substância branca responsáveis pelo controle de apetite, controle emocional, sistema de recompensa e funções cog nit ivas", relat a Pâmela Bertolazzi, que participou do estudo, em entrevista à Galileu. A substância branca é uma área cerebral composta por células que têm o papel de sustentar e nutrir o órgão, além de garantir o isolamento elétrico de neurônios e gânglios. Essa parte do cérebro é composta principalmente por células da glia, que nutrem e apoiam a estrutura cerebral, e axônios, responsáveis pela transmissão de pulsos elétricos. Embora a obesidade esteja associada principalmente ao ganho de peso, evidências
recentes sugerem que a condição desencadeia uma in amação no sistema ner voso que pode dani car regiões importantes do cérebro. "Estudos anteriores apontam diminuição de p e r for m an c e a c a d ê m i c a e menores valores de QI em crianças e adolescentes obesos quando comparados ao grupo controle, o que sugere uma associação da obesidade com o desenvolvimento cerebral", conta Bertolazzi, que é do corpo clínico do Hospit al Sír ioLibanês, em São Paulo. Tendo isso em vista, ela e seus colegas decidiram investigar a questão mais a fundo com o auxílio de aparelhos de ressonância magnética. As análises foram feitas por meio de uma técnica que rastreia a difusão da água ao longo da substância branca durante a transmissão de determinados sinais pelo cérebro. Utilizando essa técnica, os pesquisadores realizaram as análises graças à chamada "anisotropia fracionada" (FA) — que mede as condições da substância branca do cérebro. Como é possível observar na imagem abaixo, a FA está dos jovens obesos em pouquíssimos
lugares (em vermelho), em comparação com a FA do grupo controle (verde). Essas regiões destacadas em vermelho são justamente as responsáveis por controlar as funções cerebrais alteradas, como o controle emocional e o circuito de recompensa, por exemplo. Para o estudo, os especialistas compararam as informações de 59 adolescentes obesos e 61 adolescentes saudáveis, com idades entre 12 e 16 anos. "Atualmente, nosso estudo é o que p ossui maior número amostral de crianças, ao todo são 120 sujeitos. E os dados condizem com os achados nos adultos", explica Bertolazzi. D e acordo com ela, iss o signi ca que, na prática, após a publicação do artigo cientí co, a té cnic a que ut i lizaram na pesquisa poderá ser utilizada no dia a dia de médicos para detectar eventuais riscos ligados à obesidade mórbida. Além dos riscos ao d e s e nv o l v i m e nt o c e re br a l demonstrados pelo novo estudo, sabe-se que a obesidade abre portas para doenças c ard i ov as c u l are s , a l é m d e diminuir a expectativa de vida, quando associada a hábitos alimentares não saudáveis e à falta de exercícios. Por isso, B e r t ol a z z i f a z qu e s t ã o d e ressaltar a importância de ações do governo que "conscientizem as famílias e incentivem a atividade física". Dessa forma, o grupo de pesquisadores do qual a brasileira participa pretende continuar estudando o assunto focando justamente na prática de esportes. "Pretendemos realizar um programa de incentivo a exercícios físicos nesses a d o l e s c e nt e s o b e s o s p a r a avaliarmos se haverá recuperação da integridade cerebral, conforme esperamos", diz a especialista.
8 BEM-ESTAR
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DAVI MOURRAHY Professor, palestrante, coach, escritor e hipnoterapeuta
O pai da motivação. Quem será? P REPRODUÇÃO INTERNET
ara entendermos mot ivação, costumo fazer um paralelo com alguns ícones e tomar emprestado algumas ideias de homens que mudaram a história do mundo por seus conhecimentos, competências, habilidades e atitudes. Quando falamos em administração lembramos 'Peter Drucker', que com suas ideias revolucionou a administração. Quando falamos em medicina 'Dr. Hipócrates', que até os dias de hoje os formando em medicina usam o seu juramento. Sócrates foi considerado o pai da loso a, se dedicou ao ensino e ao conhecimento da virtude.
Nada de escrito foi deixado por ele. Aristóteles foi considerado um dos pais do direito natural.
Quantas pessoas fantásticas a humanidade teve o prazer de conhecer. Pessoas que marcaram
seu tempo com suas ideias e ideais. Quando falamos em
motivação, pensamos em algo tão recente e imaginamos quem é o cara da motivação hoje. Motivação é exemplo. Não se motiva ninguém. Sempre considerei o mestre Jesus como o pai da motivação. Ele tinha uma missão do seu pai e não se importava com o que diziam a seu respeito e nunca questionou a sua missão. Jesus lavou os pés dos seus discípulos, nos ensinando o que mais se fala hoje em termos de liderança servidora. Ele não dava ordens ia junto fazer. Ele fazia com que as pessoas que estavam ao seu redor se sentissem amadas, porque Ele sempre tinha uma palavra de e sp e r an ç a , d e c ons ol o, d e
entusiasmo. Pessoas motivadas têm um diferencial fantástico. São mais de dois mil anos de sucesso que esse Homem faz. “Deus dá força ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os moços certamente cairão; mas os que esperam no Senhor re n ova rã o a s s u a s fo rç a s , subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão” (Profeta Isaías 40: 29-31)
Livro: As 7 Virtudes de um Profissional Campeão Profº Davi Mourrahy
Cães reconhecem as Como as mudanças palavras, mesmo climáticas afetam a pronunciadas por saúde mental? estranhos Jovens são os mais afetados pela nova condição, já que estão em constante contato com notícias nas redes sociais que denunciam o problema ecológico
Estudo da Universidade de Sussex revela que cachorros conseguem generalizar fonemas, sem que eles precisem ser falados pela mesma pessoa
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Só faltam falar. Os cães podem reconhecer certas palavras, mesmo que pronunciadas por desconhecidos, uma prédisposição para a compreensão da linguagem que se acreditava era exclusiva dos humanos, revela um estudo divulgado nesta quarta-feira (4) na Royal Society. Se sabia que os cães domésticos compreendem ordens simples, e que são capazes de reconhecer vozes humanas familiares que pronunciam frases conhecidas, mas não que percebem a palavra humana e sua fonética. Uma equipe da universidade britânica de Sussex realizou uma experiência com 70 cães domésticos, de diferentes raças, que escutaram sílabas, sem sentido para eles, pronunciadas por desconhecidos: 13 homens e 14 mulheres. Ao observar a reação dos cães a
diferentes estímulos sonoros (pelo método conhecido como “habituação-desabituação”), os pesquisadores descobriram que os animais reconhecem termos como "Escondeu", "teve" e "quem t e r i a”, p r o n u n c i a d o s p o r diferentes pessoas. Isto revela que conseguem “g e n e r a l i z a r o s f o n e m a s , independentemente das pessoas que os pronunciam”, explicou à AFP David Reby, professor de etologia da universidade francesa de Lyon Saint-Etienne e um dos autores do estudo. “Até o momento se pensava que esta capacidade de categorizar as palavras, sem treinamento p r é v i o, e r a e x c l u s i v a d o s humanos. Mas achamos que não é o caso”, acrescentou Holly Root-Gutteridge, da Universidade de Sussex, outra autora do estudo. “Este tipo de reconhecimento
de fonemas é um pré-requisito do idioma, já que para se falar é preciso ser capaz de identi car uma mesma palavra através de diferentes locutores”, destaca Root-Gutteridge. O estudo sugere que os cães conseguem, através de certas palavras – sem sentido para eles ("Atenção", "ouvido", "capuz") – detectar a voz das pessoas que não conhecem. “São, portanto, capazes de formar muito rapidamente uma representação da voz”, outro prérequisito para compreender a palavra, destaca David Reby. Outros animais, como as chinchilas ou os ratos, já haviam apresentado capacidades semelhantes, mas com um t r e i n a m e n t o p r é v i o. “ É a primeira vez que conseguimos estes resultados de maneira espontânea”, destacou RootGutteridge.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais ansioso do mundo. Eventos estressantes e até mesmo alterações hormonais são alguns gatilhos para o distúrbio. Porém, outro fator pode estar aumentando as taxas de ansiedade no mundo: as mudanças climáticas. Segundo a revista Psychology Today (Psicologia Hoje), o fenômeno recente chama-se "ecoansiedade" e ainda não há e s t at í s t i c a s qu e re v e l e m a quantidade de pessoas que estão s of rendo com o problema. Entretanto, o distúrbio é o resultado da preocupação constante com as questõ es ambientais e a deterioração da natureza. Na verdade, o medo gerado pelas alterações climáticas está crescendo tanto que a Asso ciação Psicanalítica Internacional já está classi cando a situação como "a maior ameaça à saúde global do século 21". Recentemente, a Organização das Naçõ es Unidas (ONU) a rmou que temos menos de 11 anos para evitar catástrofes ambient ais. Ness e s entido, episódios como as queimadas na Amazônia, a extinção de espécies e o desaparecimento de rios
causam a sensação de perda, desesperança e frustração. Sentir que não podemos fazer nada para impedir a degradação do planeta nos deixa agitados, o que potencializa a ansiedade. Dessa forma, os sintomas mais comuns da ecoansiedade incluem: ataques de pânico; pensamentos obsessivos; perda de apetite; insônia, e altos níveis de estresse devido às mudanças climáticas. A condição ainda não foi
incluída no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), mas está sendo cada vez mais relatada em consultórios psicológicos. Caso você esteja se sentindo angustiado pelas condições ambientais do planeta e não consiga controlar os sintomas, é possível buscar a psicoterapia. Nela, você irá encontrar ferramentas para entender e driblar a situação. Além disso, uma nova vertente da psicoterapia também pode ser uma s aída p ara quem est á sofrendo com a ecoansiedade: a ecopsicologia. De acordo com eodore Roszak, criador do termo, o objetivo deste tratamento é reconectar as pessoas à natureza, incentivandoas a viver de maneira sustentável s e m c ar o b c e c a d o c om a questão.
SAÚDE 9
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Encontrado novo método para cauterização de doenças ginecológicas Cientistas russos desenvolvem novo método para o tratamento de doenças como a leucoplasia. O procedimento inovador combina métodos de diagnóstico fluorescente e terapia fotodinâmica ©EVERYTHINGPOSS
Pesquisadores da Universidade Nacional de Pesquisa Nuclear do Instituto de Engenharia Física de Moscou (NIYaU-MEPhI, na sigla em russo), em parceira com colegas da área de medicina, desenvolveram um novo método para tratamento da leucoplasia. A descoberta foi descrita em um artigo publicado na revista Photodiagnosis and Photodynamic erapy (Fotodiagnóstico e Terapia Fotodinâmica). Os pesquisadores combinaram métodos de diagnóstico uorescente e terapia fotodinâmica. No procedimento, os cientistas umedecem gazes com solução de substância f o t o s s e n s í v e l (fotossensibilizador) e as aplicam na neoplasia por duas a três horas.
As células patológicas são capazes de acumular esse tipo de substância em quantidades muito superiores às que acumulam as células saudáveis. Por isso, após a aplicação, grande parte do fotossensibilizador deixa as células saudáveis, mas permanecem nas células doentes. A área afetada é, em seguida, exposta à radiação combinada de pulsos de luz curtos e potentes e irradiação de luz vermelha suave, emitida por diodos emissores. O fotossensibilizador absorve a radiação e ativa o oxigênio molecular dissolvido nos tecidos do organismo. O oxigênio passa do estado de multiplicidade triplete para o estado singleto, no qu a l el e p o ssu i p o d e ro s as propriedades oxidantes. Neste estado, ele destrói as células do tecido patológico e cria
condições propícias para a at iv a ç ã o d a i mu n i d a d e. A luminosidade resultante do estímulo do fotossensibilizador é registrada utilizando métodos espectroscópicos, que permitem determinar com precisão os
limites do tecido afetado. "A terapia fotodinâmica é um método que preserva o órgão na qual a doença se manifesta e que já provou ser e ciente, dados os resultados positivos obtidos em mais de 700 pacientes", explicou
o diretor interino do Departamento de Micro, Nano e Bi ote c nol o g i as a L as e r d a N I Ya U - M E P h I , V i k t o r Loschenov. Segundo ele, os resultados das abordagens utilizadas sugerem
que essa tecnologia inovadora poderá contribuir de diversas formas, tanto na prevenção de formações malignas nos tecidos, quanto no tratamento da leucoplasia. O próximo passo para os cientistas é aprimorar o método, a m de criar uma tecnologia que avalie com precisão qual a e cácia da exposição a laser em toda a área irradiada. Isso permitirá que se evite tanto a subexposição, que poderia levar à re c a í d a , c om o a superexposição, que em alguns casos poderia levar à necrose. Esse fator é muito relevante para o uso da terapia fotodinâmica em casos mais g r av e s , c om o e m d o e n ç a s cancerosas ou estados précancerosos do colo do útero..
Depressão será maior Síndrome rara estaria por causa de afastamentos trás de milhares de casos em 2020 de autismo Incentivar mudanças no estilo de vida é essencial para combater o "mal" da próxima década de 20, segundo especialistas Ritmo acelerado, prazos curtos para entregas, jornadas estendidas, pressão por resultados. Essas são situações que têm se tornado cada vez mais comuns na vida das pessoas; não à toa muita gente vem sofrendo com efeitos físicos e mentais dessa "nova" rotina. D i a n t e d e s s e c e n á r i o, a depressão deve ser o principal motivo de afastamentos por doença do trabalho em 2020. A aposta é da Organização Mundial da Saúde (OMS), que relata que cerca de 6% da população brasileira são diagnosticados com o problema – tornando o Brasil o país mais depressivo da América Latina. Durante um encontro sobre saúde básica no Brasil e no mundo, promovido p elo Instituto SAB, em São Paulo, o psiquiatra Ronaldo Laranjeira a rmou que a incidência de doenças cardiovasculares tende
a diminuir nos próximos anos, assim como o câncer. Entretanto, os transtornos mentais têm tendência a aumentar. Para ele, até 30% dos indivíduos no mundo terão pelo menos um episódio depressivo durante a vida. Cada vez mais comum, a depressão (CID 10 – F33) é uma doença psiquiátrica crônica, caracterizada por tristeza profunda, perda de interesse, ausência de ânimo e o s c i l a ç õ e s d e hu m or, qu e também pode levar a pensamentos suicidas. Diversos são os motivos que podem desencadear a depressão, incluindo o ambiente pro ss i ona l. Já d e nt ro d o trabalho, a principal causa de depressão é a sensação de incapacidade para atender à demanda ou à função para qual a pessoa foi determinada, segundo uma pesquisa chinesa sobre a doença em empresas.
Outros fatores que afetam o bem-estar e o desempenho no trabalho, afetando a saúde mental dos colaboradores, são: jornadas de trabalho estendidas; percepção de má che a; falta de tempo para se capacitar mais; ausência de perspectiva de carreira; assédio (sexual e moral), mal-entendidos; con itos pro ssionais entre colaboradores; pressão por resultados; prazos de entrega curtos; autocobrança. De acordo com o estudo, as pro ssões que costumam ap r e s e nt a r m a i o r t a x a d e depressão são aquelas de contato direto com o público, como vendedores e atendentes de telemarketing. Além diss o, é p ossível identi car o problema através de sinais aparentemente simples no dia a dia, que devem ser observados com atenção. Os principais sintomas da depressão no trabalho são: desânimo; desmotivação; falta de iniciativa; f a lt a d e e ne rg i a ; improdutividade; isolamento social; di culdade de concentração; alterações no sono; alterações no apetite; irritabilidade; mau humor. Nem sempre os fatores desencadeantes da depressão no trabalho estão ligados a um clima organizacional ruim. Isso porque existe a resiliência pessoal, que é a capacidade de superar e suportar pressões e situações inusitadas. Lembre-se: assédio é crime e p o de ac ar ret ar em fobi as, t r au mas e out r as d o e nç as crônicas para a vítima além da depressão.
Pesquisa estima que 12 mil autistas brasileiros carregariam uma alteração genética responsável pela chamada síndrome Phelan-McDermid ANGELO SHUMAN/SAÚDE É VITAL
Os transtornos do espectro autista são resultados da combinação de diversos fatores. E um que pode contribuir para milhares de casos no Brasil, segundo um estudo da Universidade de São Paulo (USP), é uma alteração no DNA que causa a síndrome PhelanMcDermid. Antes de falar da pesquisa e da relação com o autismo, precisamos entender essa doença rara, que foi identi cada pela primeira vez nos Estados Unidos no m da década de 1980. A pedagoga Cláudia Spadoni, representante brasileira da ONG americana Phelan McDermid Syndrome Foundation, conta que o problema é fruto da desordem em um dos nossos 23 pares de cromossomos, que são as estruturas das células onde o DNA ca guardado. “São pessoas que não têm parte do cromossomo 22, mais especi camente numa região chamada 22q13. A alteração pode ser herdada dos familiares ou vir de uma mutação nova, que só aconteceu com aquele sujeito”, explica a voluntária, que é mãe de uma menina portadora. De acordo com a bióloga Maria Rita Passos Bueno, do Departamento de Genética e Biologia Evolutiva da USP — que
participou da pesquisa brasileira —, essas modi cações levam ao mal funcionamento do gene Shank3, que se localiza no cromossomo 22. “Em geral, as pessoas possuem duas cópias funcionais do Shank3. Quem tem a síndrome de Phelan-McDemid deixa de ter uma delas”, arremata. A doença é de nida como um transtorno global no desenvolvimento que afeta a condição motora, intelectual e verbal, além de causar complicações nos rins e no aparelho gastrointestinal. Os sintomas já aparecem antes de um ano de vida. “Os primeiros sinais são motores, como não conseguir segurar a cabeça, sentar sem apoio, engatinhar e andar”, relata Cláudia. Depois, a fala e a interação com os outros não se desenvolvem. Atualmente, existem 2.200 portadores diagnosticados no mundo, segundo a ONG Phelan McDermid Syndrome Foundation. Cem estão no nosso Pa í s , o n d e a e n f e r m i d a d e começou a ser detectada somente há dez anos. Porém, como só é
possível agrar o problema por meio de exames genéticos, a i nst itu i ç ã o susp e it a qu e o número seja consideravelmente maior. Como só os exames genéticos acusam a sua presença é um problema, pois eles não estão disponíveis na rede pública. Alguns até são cobertos por planos de saúde, mas, em geral, custam caro. Quanto ao tratamento, não existe cura para a Phelan-McDermid. O que se faz é um trabalho terapêutico para cuidar dos sintomas. Ele se baseia em sessões de fonoaudiologia, sioterapia e terapia ocupacional, além de remédios para lidar com eventuais manifestações físicas. Cláudia lembra que é importante pensar em uma forma de comunicação alternativa, já que o comando neurológico da fala existe, mas a meninada não consegue reproduzi-lo adequadamente. “É preciso encontrar um instrumento para a criança se expressar. Os fonoaudiólogos conhecem alguns métodos, como i m a g e n s e a p l i c a t i v o s ”, complementa a representante da ONG. Recentemente, outra organização chamada CureSHANK foi criada nos Estados Unidos para incentivar o investimento em pesquisas de des envolv imento de novas drogas. “Hoje, existem 400 cientistas no mundo dedicados a isso”, conclui a voluntária.
10 Criança hoje, Criança amanhã
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ANA MARIA IENCARELLI Psicanalista http://www.anamariaiencarelli.blogspot.com Psicanalista Clínica, especializada no atendimento a Crianças e Adolescentes Associada ao Instituto de Direito de Família (IBDFAM) Agente de Cidadania pelo Instituto de Cultura e Cidadania A Voz do Cidadão
Criança e Estado - Parte I M
denunciando. Proteção? Direito à dignidade? Direito à Saúde? Despreparado para o que escreveu, o Estado se alia com o crime de violação de diversos
A miséria que o Estado permite não entra neste “culposo”? Mesmo vivendo em condições abaixo da linha da pobreza, este casal mantinha a família, cuidava
conseguiu que uma caneta judicial escrevesse que o Rio de Janeiro era perigoso e que a favela, onde a mãe nasceu e se criou, com vida organizada,
WALLHERE.COM
uito temos a falar sobre a presença e a ausência, a responsabilidade e a omissão do Estado na vida da criança hoje. O Estado vem reivindicando uma participação na ingerência da criança que caminha no sentido invasivo e não segue os artigos do E s t at u t o d a C r i a n ç a e d o Adolescente (ECA) e da Constituição Federal (CF), que rezam a garantia de seus Direitos Fundamentais, num olhar um pouco mais atencioso. O próprio Estado, usando o argumento da proteção, que, aliás, é falha por todos os ângulos, entrou na família, na escola, e se fez dono em algumas questões com a judicialização excessiva que divide espaço igual com uma omissão alarmante de suas pretensas funções. Não protege. Expõe ao risco. Quando você tem a Voz do Estado desquali cando e des considerando a Voz da Criança que relata, explicitando, em suas expressões verbais compatíveis à sua idade, em seus desenhos, em suas brincadeiras de encenação, quando o que está escrito é: “CRIANÇA É SUJEITO DE DIREITO”. Todos os dias muitas crianças são violentadas, um a cada oito minutos. O Estado, pela voz de seus representantes nas diversas Instituições, pretensamente, de Proteção, acusa estas crianças de serem mentirosas e as entrega para àquele a quem elas estão
direitos. Há poucos dias, um incêndio num barraco na Av. Paulista, sim, encostado a um muro na Av. Paulista, me chamou a atenção. Duas crianças de quatro e dois anos morreram por queimaduras, o colchão onde dormiam pegou fogo. A mãe, que cozinhava, teve queimaduras, mas, sobreviveu, assim como o pai que teve queimaduras de 2º e 3º graus. Uma tragédia na família. Os pais, internados em hospital, estão sob Custódia. Acusados de homicídio culposo.
do s s eus d ois l ho s como conseguia. E o Estado, vai prendê-los e condená-los como culposos pelas mortes dos lhos? Onde estava o Estado na vida desta família nestes últimos cinco anos? A culpa é do fósforo que acendeu o fogão agora? Um O p e r a d or d e Ju st i ç a sentenciou uma criança e sua mãe à Privação Materna. Motivo: o pai, que tinha histórico de violência doméstica, quis TER a posse do lho após a separação. Cinco anos sem se interessar para estar com a criança. Até que
tenta, de maneira pí a, se justi car dizendo que não notou nenhum traço de alteração mental num pai, concedendolhe, portanto, a manutenção do convívio, após separação, com uma criança de um ano e 11 meses. Este Senhor não teve nenhum interesse para saber do histórico deste pai, acusado de violências diversas. A mãe deve ser louca e a avó materna mais ainda, é o que vigora nas mentes julgadoras. Eis que o pai pega a criança e a mata. Este pai já havia assassinado a própria mãe aos 18 anos, incendiando a casa dela para apagar vestígios. Frio e calculista. Condenado, cumpriu 10 anos de detenção. E foi liberado. E constatamos mais um Bernardo assassinado pelo pai, sob a garantia de convívio
paterno irrestrito. Hoje, para a Justiça, parece que se um pai morrer, terá que ser empalhado na sala porque seu lho não sobreviverá sem a presença do pai. Ninguém sabe onde isto está comprovado cienti camente. E st á proibida a or fandade paterna pelo Estado. Mas os pais abandonam seus lhos a cada esquina. As crianças que foram acometidas com a microcefalia consequente do Zica Vírus, não têm o mesmo tratamento do Estado: 75% dos pais abandonaram seus lhos microcefálicos. O que é hoje o Estado para a Criança? P.S. Continuaremos o tema na próxima semana.
trabalho, casa própria, cuidados maternos de boa qualidade, era uma área de risco e a criança deveria ser entregue ao pai violento. O Estado deixou que bolsões de marginalidade acontecessem, que criminosos se apoderassem de territórios habitados por pessoas comuns também, e depois usa a sua própria omissão para perpetrar uma arbitrariedade no desenvolvimento de uma criança, e na formação de seu caráter? Um outro Operador de Justiça
PELO MUNDO MICHEL BRUGNOLI
Por Michel Brugnoli & Haroldo Cordeiro Filho HAROLDO CORDEIRO FILHO
Rio Reis Magos e ao Fundo Igreja de mesmo nome Nova Almeida – Serra – ES – Brasil Nikon, 3100 DX 18-55mm 1:3.5-5.6G
Rio Verzasca, com sua cor verde muito particular e única – Val Verzasca – Suíça Nikon D40x 35-70mm 1:3.3-4.5
COMPORTAMENTO 11
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ANA LUCIA Ana Lucia Bernardo Cordeiro
Professora
Um grito de liberdade DIVULGAÇÃO
Olá pessoal,
U
m manifesto em favor da cidadania e respeito a lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, aconteceu no último domingo (1º), em Jacaraípe, na Serra. O evento contou com apresentações culturais e shows musicais na orla da praia. Este é o 12º Manifesto do grupo, que este ano teve como tema "Seja diversidade, seja cor, seja luta". O objetivo da manifestação foi trazer uma re exão sobre a garantia das políticas públicas, inclusão social e o combate à LGBTfobia. Precisamos lutar contra preconceitos profundamente enraizados na sociedade em razão da orientação sexual e ident idade de gênero, que expõem muitas pessoas LGBTIs de todas as idades e em todas as regiões do mundo, à violações e v identes de s eus direitos humanos. Segundo a lei nº 4.166 de fevereiro de 2014, o Manifesto faz parte do calendário o cial de
eventos do município da Serra. Desde então, todos os anos a manifestação vem recebendo um público, estimado, de 15 mil pessoas. O evento é realizado pelo Fórum LGBTI Municipal e conta com o apoio da Prefeitura da Serra, por meio da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania (S e dir) e da S e cret ar ia de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer (Setur). É uma festa linda, cheia de cor, amizade e beleza. Essas pessoas só querem respeito e o direito de ir e vir sem medo de perder a vida por nada. Além de ter achado tudo muito lindo e perfeito, conheci uma pessoa maravilhosa, que aceitou prontamente ser fotografada pelo nosso jornal Fatos & Notícias, o autônomo e pro ssional de beleza, expert em cabelos, Rogério de Souza Silva, fantasiado de policial. Quero agradecê-lo, especialmente, por ter nos emprestado sua imagem e dizer q u e f oi mu it o b om p o d e r escrever um pouco mais sobre a
luta dessas pessoas para terem reconhecidos seus direitos e respeito, que todos devemos ter. Parabéns a todos os LGBTIs por sua coragem e determinação. Vocês conhecem a origem da parada LGBTI+? Na madrugada de 28 de junho d e 1 9 6 9 , ap ó s u ma b at i d a policial, lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, f re quent adores de um b ar chamado Stonewall Inn, em Nov a Iorqu e, n o s E s t a d o s Unidos, resolveram dar um basta às agressões, preconceitos, humilhações e perseguições que sofriam. Por dias, o grupo resistiu e
enfrentou a polícia local. A tensão tomou, então, proporções mais violentas e ganhou o apoio da comunidade que, mesmo após o m do episódio no bar, foi às ruas protestar e exigir igualdade de direitos. O movimento foi fundamental para fortalecer a luta LGBTI+ no país e acabou in uenciando também outros lugares no mundo. No Brasil, a Primeira Parada do Orgulho LGBTI+ aconteceu em 1997. O símbolo do movimento é a bandeira arco-íris, que foi criada em 1978 por Gilbert Baker para o Dia da Liberdade Gay nos EUA. Originalmente, tinha oito cores, cada uma com um signi cado.
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Há 64 anos, Rosa Parks Gatos têm expressões recusava-se a entregar seu faciais, diz estudo lugar no ônibus para um branco A implacável atitude da costureira tornou-se símbolo da luta pelos Direitos Civis dos negros nos Estados Unidos GETTY IMAGES
Na década de 1960, nos estados americanos do Sul, como o A l ab am a , o s n e g ro s e r am c ons i d e r a d o s c i d a d ã o s d e segunda classe. Não podiam votar, eram proibidos de entrar em certos clubes, lojas e igrejas e, no transporte público, tinham que dar preferência aos brancos. Em 1º de dezembro de 1955, essa discriminação foi posta em xeque por uma costureira negra de 42 anos. Cansada e com dores nos pés depois de um dia de trabalho, Rosa Parks se recusou a ceder seu lugar no ônibus a um homem branco. "Eu não imaginava que caria envolvida até o pescoço no Movimento Pelos Direitos Civis e muito menos que meu ato naquele dia teria um impacto tão grande. Mas já ansiava e lutava por mudanças há muito tempo", c on f e s s o u R o s a Pa r k s e m ent re v ist a à Aventuras na
História concedida dias antes de falecer, em 2005. A regra era clara: havia duas seções, de brancos e negros. Brancos sentariam na frente e negros atrás. Mas, se houvesse um único branco em pé, o motorista deveria mover para trás a placa que indicava o limite das seções. A ação faria com que os negros mais à frente tivessem que saltar para trás ou ainda carem de pé. Mas Rosa disse não. O motorista do ônibus pediu que a mulher levantasse. “Não”, respondeu simplesmente. “Bem, então vou fazer com que a prendam”, falou James Blake, o motorista do transporte em que ela estava. De maneira intransigente, Parks ainda disse: “pode fazer isso”. Dito e feito, Rosa Parks foi presa pela implacável e revolucionária atitude. Ao saber
da notícia, Martin Luther King Jr. e outros líderes da Associação Nacional para o Avanço das Pessoas de Cor (NAACP na sigla em inglês) transformaram o caso de Rosa no estopim da luta contra a desigualdade racial que c a r i a c on h e c i d a c om o o Movimento pelos Direitos Civis. No dia seguinte, os negros de Montgomer y iniciaram um b oicote aos ônibus, s ob a liderança do quase desconhecido pastor de 26 anos. A atitude acabou causando uma grave crise nanceira na região, visto que muitas pessoas negras utilizavam o transporte público nor te-amer ic ano e, ent ão, simplesmente pararam de ser suas maiores usuárias. Foram necessários 382 dias até que, em 21 de dezembro de 1956, a Suprema Corte dos Estados Unidos declarasse inconstitucional a segregação racial nos transportes públicos d o p a í s . " Vi v í a m o s u m a segregação racial legalizada e andávamos de cabeça baixa. Os brancos pensavam que eram superiores e não houve um único dia em que eu não tenha me sentido humilhada. Hoje, temos os mesmos direitos que eles. Mas ainda há muita desigualdade e injustiça. O caminho é longo", explicou a ativista.
Estudo feito com mais de seis mil pessoas mostra que mulheres são melhores em identificar expressões dos animais do que homens PEXELS
Os gatos não são impossíveis de entender, como muitos imaginam. Na verdade, eles demonstram as e m o ç õ e s p or m e i o d e s u a s expressões faciais — mas que, aí sim, os humanos têm muita di culdade em decifrar. É o que diz um estudo publicado no periódico cientí co Animal Welfare (Bem-estar animal), feito com mais de seis mil pessoas de 85 países. Os participantes assistiram a vídeos rápidos dos animais e depois opinavam se eles estavam de bom humor ou não. As cenas que incluíam gatos recebendo carinho ou conseguindo algo que eles queriam foram classi cadas como positivas. Já as gravações que mostravam gatos com dor ou fugindo de algo foram consideradas negativas. Nenhum dos gatos mostrou expressões de medo, como presas à mostra ou orelhas encolhidas — expressões faciais que já são amplamente conhecidas. Em geral, os participantes acertaram menos de 60% das respostas – o que foi visto como algo ruim pelos pesquisadores. Apenas 13% dos participantes se saíram muito bem, com 75% ou mais de acertos. O resultado também mostra que as mulheres (que eram cerca de 75% dos participantes) tiveram melhor pontuação do que os homens. Além disso, as pessoas mais jovens se saíram melhor do que as mais velhas. "O fato de as mulheres geralmente terem melhor desempenho que os homens é
c o n s i s t e nt e c o m p e s q u i s a s anteriores que mostraram que as mulheres parecem ser melhores em decodi car demonstrações não verbais de emoção, tanto em humanos quanto em cães", disse a autora Georgia Mason, bióloga comportamental da Universidade d e Gu elph , no C ana d á , e m comunicado. Os mais habilidosos em adivinhar os sentimentos felinos eram pessoas com experiência pro ssional envolvendo gatos, como veterinários. No entanto, o
(27) 99912-9931
motivo para isso não está claro. De acordo com Mason, pode ser porque essas pessoas são naturalmente brilhantes e, por isso, decidem pela carreira de veter inár ios. Mas, t amb ém, poderia ser porque elas têm mais oportunidades e motivação para ap re n d e r, j á q u e e s t ã o constantemente lidando com animais e precisam decifrar se eles estão com dor ou se já estão melhor. O surpreendente é que ter gatos em casa não foi um grande diferencial, e relatar um forte apego aos animais não resultou necessariamente em uma pontuação mais alta. Segundo os pesquisadores, o estudo é importante porque revela que algumas pessoas são mais capazes de ler rostos de gatos, o que sugere que outras poderiam s er treinadas t amb ém. Iss o ajudaria a fortalecer o vínculo entre proprietários e gatos e melhorar o cuidado e o bem-estar dos animais.
12 OLHAR DE UMA LENTE
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HAROLDO CORDEIRO FILHO Haroldo Cordeiro Filho - Jornalista DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer
Sandro Parrini se diz independente e comprometido com as causas sociais A
de São Pedro e outro na comunidade da Praia do Suá”. “Um dos problemas mais sérios de Vitória é o da mobilidade urbana. Não é fácil de se resolver. A ideia de trocar o transporte por uma bicicleta, ou o carro compartilhado, patinete... Acho genial... teria que haver um envolvimento maior das pessoas com relação a isso. Acho que está na hora do gestor começar a pensar em alguns
pó é prejudicial para a saúde da população”. “A educação na Capital está muito bem avaliada se encontra à frente de muitas cidades do País. Existem problemas? Claro que existem, pois eles nunca deixarão de existir numa cidade, mas temos trabalhado muito aqui na Câmara pela valorização dos pro ssionais da área da educação. Para se ter uma ideia, acabamos de aprovar
CÁSSIO NEVES
dvogado e presidente da Comissão de Constituição e Justiça da casa de Leis da Capital, Sandro Parrini é responsável pela constitucionalidade dos Projetos de Leis enviados pelos parlamentares da Câmara. “A n a l i s a m o s e v i m o s s e s ã o inconstitucionais ou não e, assim, se são considerados inconstitucionais, nós arquivamos, e eles não prosseguem”.
“Precisamos dar opções às nossas crianças e jovens. As drogas estão destruindo vidas. Futuros brilhantes estão sendo ofuscados pelas drogas”. O parlamentar fez questão de nalizar a entrevista falando sobre duas indicações de sua autoria que é a implantação de um polo gastronômico de frutos do mar. O vereador disse que a ideia surgiu quando visitou o mercado de peixes em Fortaleza. “O
a
(27) 99233-3990
um piso que é superior ao piso federal. Há uma scalização muito forte por parte dos vereadores. Fazemos blitze nas escolas, para vermos o funcionamento, obras que por ventura estejam paradas, calendário de entrega de creches. A atuação scalizadora faz toda diferença”. Na saúde, a Capital também é exemplo, segundo Parrini. “Quando aparecem problemas, a Câmara logo toma conhecimento e as medidas são tomadas para sanar imediatamente o problema, não sei precisar o número de Unidades Básicas de Saúde – UBS, mas posso quase garantir que todas as comunidades da Capital têm uma unidade de saúde. Não posso deixar de lembrar que temos duas unidades de atendimento 24h, um na comunidade
anéis rodoviários... não existe nenhum estudo de engenharia nesse sentido, mas devemos começar a pensar na ideia. Acredito que seria mais barato e funcional. O Aquaviário, por exemplo, não deveria nunca ter parado. Hoje, poderíamos sair do Centro de Vitória e des emb arc ar em C ambur i, iss o descongestionaria o uxo de carros substancialmente”. Se fosse prefeito, o parlamentar disse que deixaria como legado um hospital e uma faculdade municipais. Faria um
polo gastronômico de frutos do mar pode ser implantado na Praia do Suá, lá
bem articulada, mas existe uma pauta que está esquecida que é a reforma do
investimento pesado no esporte por a c re d it ar qu e o e sp or te é u m a ferramenta transformadora.
temos o mercado de peixes, a baía de Vitória e uma bela vista do Convento da Penha. Tenho certeza que atrairia
Código Penal, não estamos vendo movimentação nesse sentido”, chama atenção o vereador.
TATI BELING
CÁSSIO NEVES
O vereador do PDT, se diz um parlamentar independente, responsável com as questões pertinentes às políticas sociais, e, como advogado, diz acreditar na Justiça. “Temos bons advogados, juízes e desembargadores... eu acredito nas instituições jurídicas”. Perguntado sobre a poluição na Grande Vitória (pó preto), ele falou que a prefeitura tem agido. “Não sei como está o desdobramento disso, mas a prefeitura está agindo, inclusive multando as empresas poluidoras, mas não sei se as multas estão sendo pagas, se estão sendo contestadas. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente tem atuado rme nessa questão. É um assunto que deve ser tratado com rmeza. Não podemos negar que esse
muitas pessoas, tanto daqui de Vitória como turistas de outros municípios e de outros Estados. A outra indicação que tenho trabalhado, desde o início do meu mandato, é a implantação de uma e s c ol a d e i d i om a s . E ss a e s c ol a funcionaria na Fábrica de Ideias, em Jucutuquara. Daríamos oportunidades para as pessoas que não têm condições de cursar línguas”. Politicamente temos uma bancada
BRASIL 13
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A semana em Brasília S e no E
Haroldo Cordeiro Filho Luzimara Fernandes
jornalfatosenoticias.es@gmail.com
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO HÉLIO FILHO/SECOM
Renato Casagrande (PSB-ES) Centro de Excelência para Pessoas com Deficiência O Dia Internacional da Pessoa com De ciência, lembrado em todo mundo na última terça-feira (3), foi especial para os capixabas de cientes físicos, visuais e intelectuais. Aproveitando a data e com intuito de oferecer ainda mais oportunidades a essa parcela da população, o governador Renato Casagrande assinou um documento que autoriza a construção do Centro de Excelência para Pessoas com De ciência. A assinatura ocorreu no Salão São Tiago, no Palácio Anchieta, em Vitória, e contou com a presença do secretário de Estado de Esportes e Lazer, Júnior Abreu, secretários municipais de Esportes, além dos paratletas capixabas que participaram das Paralimpíadas Escolares, homenageados por Casagrande. O governador, em uma fala sobre a importância de o Estado cumprir o seu papel de promover a cidadania, se dirigiu aos paratletas e suas famílias: "Vocês são o exemplo para que a gente possa romper o preconceito e os limites nesse mundo, nesse País, nesse Estado. E nós não fazemos mais do que a nossa obrigação em dar as condições para que o cidadão capixaba, a cidadã capixaba tenha todo o ambiente pleno para exercer suas atividades”, disse. ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Janete de Sá (PMNES) Cantata de Natal na Assembleia Legislativa
A deputada Janete de Sá promoveu nesta quintafeira (5), a 15ª Cantata de Natal, no plenário da Assembleia Legislativa. O evento reuniu cerca de 500 crianças e adolescentes de escolas públicas e projetos sociais da Grande Vitória e cantores pro ssionais. A cantata marca a abertura o cial do Natal do Legislativo e de todos os capixabas. “Desde que assumi meu primeiro mandato de deputada estadual, realizo essa solenidade com alunos da rede pública e particular de ensino e com parceiros que se destacam em atividades musicais e artísticas no Estado. A Cantata de Natal representa nossa esperança de uma sociedade mais ética, mais justa e com oportunidades para todos, independente de classe social, condição e idade, e também tem o objetivo de integrar os funcionários da Assembleia nesse espírito de Natal” destacou a deputada Janete de Sá, proponente do evento.
PEDRO FRANÇA/AGÊNCIA SENADO
Rose de Freitas Fabiano Contarato (Podemos-ES) (Rede-ES) Políticas públicas para combater a violência contra a mulher Na terça-feira (3), a mídia divulgou mais dados relativos à violência contra a mulher no Espírito Santo: foram 29 vítimas de feminicídio no Estado de janeiro a novembro e pelo menos outras duas mulheres mortas pelos companheiros neste início de dezembro. A necessidade de políticas públicas para combater esse cenário tem sido, e s empre foi, uma d as pr incip ais preocupações de Rose de Freitas. E a parlamentar tem respondido com sua atuação em Brasília. Para se ter ideia, a PEC 75/2019, de autoria de Rose e que torna os crimes de feminicídio e estupro imprescritíveis, foi aprovada pelo Senado em novembro e já está em tramitação na Câmara dos Deputados. ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Sérgio Majeski (PSB-ES) Direitos da pessoa com deficiência Presidente da Frente Parlamentar de Apoio a Inclusão, a Acessibilidade e Cidadania das Pessoas com De ciência da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Sérgio Majeski, repudiou a decisão do governo Federal de enviar ao Congresso Nacional um Projeto de Lei que desobriga as empresas de adotarem uma política de cotas para pessoas com de ciência ou reabilitadas. Justamente no Dia Internacional da Pessoa com De ciência, comemorado anualmente em 3 de dezembro, o Executivo apresenta uma proposta que di culta a inclusão verdadeira de um grupo signi cativo de brasileiros no mercado de trabalho. Em novembro, a s ca lização comprovou uma reclamação apresentada por um cidadão ao gabinete do deputado Majeski alertando sobre o descumprimento do artigo 45 da Lei Federal nº 13.146/2015 – Estatuto da Pessoa com De ciência – sobre a acessibilidade em hotéis, pousadas e similares. O Procon noti cou sete estabelecimentos para que sejam tomadas as providências cabíveis para adequação, assegurando os direitos das pessoas com de ciência.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Felipe Rigoni (PSB-ES) Projeto para pessoas com deficiência
Gasto público precisa ser consciente! O senador Fabiano Contarato votou a favor da manutenção do veto presidencial contra a volta da propaganda partidária gratuita na televisão e no rádio. O Congresso Nacional manteve na terça-feira (03), o veto. Para ele, “além de serem responsáveis por um gasto excessivo, elas representam a velha política. Uma política sustentada, em sua maioria, na dependência dos recursos públicos. O que defendemos é a nova política! Uma política feita com transparência e consciência do real valor do dinheiro público”.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Da Vitória (CidadaniaES)
Felipe Rigoni criticou o Projeto de Lei 6.159/2019, encaminhado pelo governo Federal ao Congresso na última semana de novembro. O texto propõe alterações na lei de cotas para pessoas com de ciência e no auxílio-inclusão. S e g u n d o o p ar l am e nt ar, a s prop o s t a s representam “um século de retrocesso” nas políticas públicas sobre o tema. Um dos pontos estabelece multa de dois salários mínimos para empresas que descumprirem o número mínimo de pro ssionais com de ciência. “Estamos voltando mais de um século no entendimento sobre de ciência, tratando pessoas quali cadas como incapazes. A de ciência não se dá apenas no impedimento físico, mas no encontro deste impedimento com as barreiras sociais”, argumenta Rigoni. SITE DO PARLAMENTAR
Sérgio Vidigal (PDTES)
Preço do combustível A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (04), a realização de uma audiência pública para discutir a política de preços praticada pelas principais distribuidoras de combustíveis do País. O requerimento para a realização do debate contou com o apoio do deputado federal Da Vitória. “Objetivo é saber como é feita a distribuição do lucro do comércio de combustível no Brasil. O que vemos hoje é a população pagando um preço alto, uma scalização grande nos postos de gasolina, que representam o comércio varejista, e uma concentração do lucro nas distribuidoras que não contam com as mesmas obrigações no mercado. Há dúvidas sobre para onde vai o lucro com a venda de combustível”, ressaltou o deputado federal Da Vitória.
MP do contrato de trabalho verde e amarelo O deputado protocolou sete emendas à Medida Provisória 905/2019, que criou nova modalidade de Contrato de Trabalho, denominado “Verde e Amarelo”. A MP está em vigor desde 12 de novembro. Sérgio Vidigal comenta que vai trabalhar para aprimorar o texto. “É uma medida que tem ligação direta com os direitos dos trabalhadores. Portanto, vamos atuar de forma que as garantias já previstas se mantenham e as propostas do governo federal sejam aprimoradas”, disse Vidigal. E completou: “A medida acarreta mudança na legislação trabalhista, processual do trabalho e previdenciária e recupera propostas já rejeitadas pelo Congresso Nacional, em outras MPS editadas nesse ano, como por exemplo, a questão do trabalho aos domingos e feriados”. LISSA DE PAULA
LUCAS SILVA
Fabrício Gandini (Cidadania-ES)
Iriny Lopes (PT-ES) Empregos para jovens
Combate à poluição plástica
A Frente Parlamentar de Fiscalização de Obras de Coleta e Tratamento de Esgoto voltou a se reunir nesta quinta-feira (05). Os temas da reunião, proposto por Gandini, foram as Perspectivas Jurídicas para o Combate à Poluição Plástica. Segundo o deputado, a frente teve a sua abrangência ampliada e, além de abordar a situação dos municípios da Grande Vitória, irá discutir os desa os de outros municípios do Estado e também outras temáticas de meio ambiente. “A poluição plástica é um grave problema ambiental e que vem gerando muitos impactos ao planeta, por isso a importância de tratar esse tema”, destaca o deputado Gandini. TATI BELING/ALES
A deputada abordou a Medida Provisória 905, que, a pretexto de criar empregos para jovens, coloca na conta do trabalhador as desonerações para classe patronal. Nessa m o d a l i d a d e d e c o nt r at a ç ã o p r e c á r i a , empresários vão pagar 20% do FGTS, bem abaixo dos 40% da multa em caso de demissão, também passam a recolher para o FGTS 2%, em vez dos 8% estabelecidos no regime de CLT. Desconto na gorjeta de garçons, rebaixamento de 30% para 5% do adicional de periculosidade, aumento de carga horária para bancários e liberação do trabalho aos sábados, trabalho aos domingos para o comércio e a indústria sem pagamento de horas extras. São inúmeras concessões aos empresários à custa da precarização do emprego de trabalhadoras e trabalhadores e também dos desempregados, que terão descontados do seguro desemprego 7,52%.
14 SER ESPORTE
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LAÉRCIO FRAGA “LAU” Professor, formado em Arte e Educação Física e trabalha nas prefeituras de Serra e Cariacica fracaodesegundo@gmail.com
Evento para ficar na história Circuito Estadual de Frescobol Temporada 2019 de frescobol fecha o ano com chave de ouro
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esmo com o tempo instável, o público compareceu e abrilhantou ainda mais a performance dos melhores atletas de frescobol do Estado durante os dois dias de competição na Praia de Camburi – Point BB – Vitória – ES. Pela primeira vez duplas de frescobol aqui no Espírito Santo foram reconhecidas como campeãs de um circuito com quatro etapas, cumpridas elmente, seguindo um calendário divulgado no início do ano, onde os melhores atletas participaram. Na categoria iniciante não deu para ninguém. A dupla Saulo e Rômulo con rmou o favoritismo e, com incríveis 378 toques e cinco b o l a s n o c h ã o, c a r a m e m primeiro lugar, deixando a dupla Fábio e Graciane em segundo (366 toques). Andréia e Fernando (328 toques) completaram o pódio. Na categoria feminina, deu mais uma vez a dupla do Rio de Janeiro Graça e Simone, com Claudinha/Baiacú em segundo e Simone (ES) e Tininha em terceiro. Na categoria Mista, Dalber e Simone (ES) conquistaram o lugar
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mais alto do pódio e, se não tivessem cado de fora das duas primeiras etapas, com certeza brigariam pelo título de melhor dupla mista do ano. Claudinha/Baiacú, campeões da temporada, caram em segundo lugar e a ótima dupla Diana/Narcizo, de Guarapari, completou o pódio. Na Masculina B a dupla do Rio de janeiro Jackson e Guilherme fechou com chave de ouro conquistando o primeiro
desde a etapa anterior, eles jogaram relaxados e conseguiram superar mais uma vez os seus adversários. Jorginho/Jerê e Davi Gladiador e o incansável e papa troféus Rubinho Magrinho, de Linhares, completaram o pódio em segundo e terceiro lugares respectivamente. Na categoria Masculina A era grande a expectativa sobre quem seria a dupla campeã da temporada. Diogo Birita e Felipe estavam a apenas 20 pontos de DIVULGAÇÃO AFRES
lugar. Foi a quarta vitória em quatro etapas, isto é, um aproveitamento de 100%. Já com o título de melhor dupla masculina B
Gustavo e Roberto e precisavam vencer a etapa ou carem duas p o s i ç õ e s à f re nte. Iss o n ã o aconteceu. Roberto e Gustavo
mostraram a regularidade de sempre, caram em terceiro lugar e, com o quarto lugar da dupla, que estava em segundo do ranking, se tornaram campeões da temporada da elite do frescobol capixaba. Nessa etapa o duelo foi protagonizado por duas duplas que surpreenderam. Heitor/Baiacú e Naldo/Jânio sobraram na arena. Jânio e Naldo simplesmente “destruíram”, jogando o no do frescobol atual com ataques potentes e um entrosamento pouco visto nas apresentações deste ano. Eles não deixaram nenhuma margem de dúvida de quem seriam os vencedores da etapa e, nos minutos nais da apresentação e com uma intensidade fenomenal de jogo, zeram com que a torcida em peso contasse os ataques desferidos pelos dois atletas. Foi um dos grandes momentos do evento. A dupla já se candidata a favorita para o próximo ano. Heitor e Celio Baiacú também zeram uma ótima apresentação e caram com o vice na etapa. Todas essas emoções foram registradas pela câmera sempre
presente de Haroldo ONG (Jornal Fatos & Notícias) que fez a cobertura in loco do evento mais esperado do ano. Grandes jogos; dedicação e envolvimento dos organizadores; apoio das secretarias de esportes e parceria com empresas, zeram deste e vento um sucess o. Agradecimento especial aos responsáveis pelo point BB que deram todo o suporte e não mediram esforços para que a etapa fosse realizada. Ano que vem tem mais! O evento teve o patrocínio da Crypton Raquetes. Copatrocínios: Cristal Graffiti,
Decathlon, Prenda Multishop, HBS, Angorá Biquínis, Rede de ensino Doctum, Pitanga cosméticos, Água mineral Pedra Azul, Farmácia Regina, (Marechal Floriano), Café Mania e Bolos Artesanais “Minha mãe que fez”, s u c o s Ve s F r e e e jean.carlos@negocioscontabilidad e.com.br. Participação: Secretaria de Esportes do Estado do Espírito Santo e Prefeitura de Vitória Re a lização: Ass o ciação de Frescobol do Espírito Santo (Afres) Cobertura total: Jornal Fatos & Notícias.
Mais de 990 mil pessoas vivem sem energia elétrica na região amazônica Pesquisa mostra que 19% de indígenas, 22% de habitantes de Unidades de Conservação, e 10% de assentados rurais não possuem eletricidade PIXABAY/BARBARA808/CREATIVE COMMONS
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eletricidade. Para as pessoas que m or am e m Un i d a d e s d e Conservação, esse número chega a 22% e, para os assentados rurais, é de 10%. O Pará é o estado com mais pessoas sem acesso à energia elétrica: são 409.593, o que representa 4,8% da população estadual. Já o Acre apresenta o maior percentual da população sem eletricidade, 10%, o que signi ca 87 mil habitantes. O ranking de cidades com a maior quantidade de moradores sem energia elétrica também é liderado pelo Pará. No município de Breves, são mais de 77 mil pessoas. Em Portel, são quase 47
avaliar sistemas isolados de energia, que são desconectados do SIN, e se concentram na região Norte – neste caso, foram considerados dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que indicavam a localização e a quantidade de pessoas atendidas por cada sistema isolado. A partir do estudo, o Iema espera que seja possível criar políticas públicas para aumentar o acesso à energia elétrica em cada território. "É interessante notar que podem existir pessoas ou comunidades que não querem ter acesso à energia elétrica e sua vontade deve ser respeitada", aponta a instituição. "Entretanto, vale ressaltar o seguinte: aqueles que gostariam de ter eletricidade, mas estão sem acesso ao serviço público de energia elétrica, passam por di culdades relevantes diariamente".
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Levantamento realizado pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema) aponta que 990.103 brasileiros vivem sem acesso ao serviço público de energia elétrica na Amazônia Legal – área que engloba nove estados que possuem vegetação amazônica. São eles: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Gross o, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e parte do Maranhão. A análise focou em territórios habitados por indígenas, extrativistas, quilombolas e a s s e nt a d o s . O s re s u lt a d o s mostram que 19% da população de terras indígenas não têm
m i l moradores s e m eletricidade – em 2016, o IBGE indicou q u e a população local era de 59 mil pessoas. De acordo com o Iema, para chegar ao resultado de mais de 9 9 0 m i l brasileiros s e m eletricidade, a pesquisa foi dividida em duas fases. Uma etapa analisou o Sistema Interligado Nacional (SIN), rede de energia que conecta usinas aos consumidores de todo o Brasil. Outra parte foi
Av. Adalberto Simão Nader, n° 709 - Bairro República - Vitória / ES (em frente a nova entrada do aeroporto, ao lado do Hotel Quality) Não jogue este impresso em vias públicas
GERAL 15
08 A 15 DE DEZEMBRO DE 2019
Observação de onças-pintadas movimenta US$ 7 milhões ao ano no Pantanal Turistas brasileiros e estrangeiros querem observar fauna e flora preservadas FUNDAÇÃO VIDA SILVESTRE ARGENTINA
O Pantanal é um dos paraísos brasileiros. Com um ecossistema riquíssimo, é um dos destinos preferidos por brasileiros e estrangeiros que procuram interagir e observar a natureza. O turismo de observação, como é conhecido, movimenta US$ 7 milhões por ano apenas na região de Porto Jofre, no município de Poconé, onde termina a estrada Transpantaneira. O dinheiro vem de pessoas que querem ver de perto a fauna e ora pantaneiras. “Apenas aqui, são US$ 7 milhões, mas o Pantanal inteiro movimenta muito mais. Sem falar na compra de passagens, hospedagens, aluguel de carros e toda a logística que está envolvida para que o turista chegue aqui. O Brasil precisa investir nisso e
perceber que a preservação da onça, além de ser bené ca à fauna, bene cia a economia”, c ont a R af a e l Ho o ge s t e ij n , supervisor da ONG Panthera Brasil, que trabalha diretamente na preservação das onças na fazenda Jofre Velho. Desde 2014, a Pantheras Brasil trabalha pela preservação das onças-pintadas no Pantanal. O turismo não invasivo, a conscientização das comunidades locais e a instalação de cercas que separam a onça do gado são algumas das práticas adotadas. A ONG também se dedica ao estudo da espécie. Mesmo movimentando recursos importantes para a região, as onças-pintadas ainda s ã o c a ç a d as . No i n í c i o d e novembro, três onças-pintadas
foram mortas no município de
Cocalinhos (MT). Com apoio de
órgãos como o Instituto
Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação e da Biodiversidade (ICMBio), a Polícia Civil do Estado identi cou a propriedade em que os animais foram mortos e as pessoas envolvidas no crime ambiental, mas o caso ainda segue em investigação. “Temos que ensinar que a onçapintada não é ameaça, não é inimigo. Há muito o que fazer, mas já vemos alguns avanços na região. Existem fazendeiros que têm nos procurado para entender a onça-pintada, perceber que ela pode ser uma forma de turismo, ao mesmo tempo que protegemos a espécie”, conta Elizeu Evangelista da Silva, pantaneiro e colaborador da ONG Pantheras.
Moradores do Conjunto 135 mil pessoas no Carapina I vão às urnas Brasil convivem com no próximo domingo o HIV e não sabem HAROLDO CORDEIRO FILHO
Gustavo Ferreira, Alberto Alvarenga e Jean Lepaus No próximo domingo, 08, os moradores da comunidade Carapina I vão às urnas no Centro Comunitário Castro Alves (CCCA), escolher seu líder comunitário. Alberto, candidato à reeleição, diz que os seus projetos serão apresentados conforme as demandas da comunidade. Segundo ele, no seu primeiro mandato, a sua
gest ão utilizou bast ante serviços sociais, projetos esportivos (futebol, caratê, capoeira, dança de salão e cine móvel). Jovens foram cadastrados para o primeiro emprego e os capacitados em parcerias do governo do Estado, Prefeitura da Serra e iniciativa privada. Alberto deverá focar, caso seja reeleito, em dois pontos
importantes: saúde e mobilidade urbana. “Na saúde, um posto é insu ciente para atender a população que não é só do Conjunto Carapina I, mas da Grande Bairro de Fátima. Vamos batalhar para encontrar uma saída para esse problema”. “Na mobilidade urbana temos o projeto, em uma parceria município-governo do Estado, que é a construção da ciclovia e a implantação do estacionamento rotativo”. “Pretendo trabalhar, junto com minha diretoria, adquirindo conhecimento das soluções que encontraremos junto com os moradores da comunidade. Meu mandato será decido pela população”. Até o fechamento desta e d i ç ã o out ro s p o s s í ve i s candidatos não atenderam ao convite do jornal Fatos & Notícias para darem a sua opinião.
Por causa do Dia Mundial de Luta Contra a Aids, o Ministério da Saúde divulgou novos dados sobre a infecção por HIV e lançou sua campanha anual SAÚDE É VITAL
Às vésperas do Dia Mundial d e Lut a C ont r a a A i d s , celebrado no 1º de dezembro, o Ministério da Saúde fez um alerta: 135 mil pessoas no Brasil convivem com o HIV e não sabem. Na avaliação do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, houve ganhos importantes nos últimos anos, mas ainda há uma série de desa os. “Temos uma estabilização em torno de 900 mil pessoas com casos de aids, e podemos observar u m a e p i d e m i a , principalmente em homens jovens, na faixa etária de 25 a 39 anos. É com essa população que precisamos trabalhar prioritariamente”, disse. D e a c ord o c om d a d o s apresentados na última sextafeira (29 de novembro), dos 900 mil brasileiros com HIV, 7 6 6 m i l f o r a m diagnosticados, 594 mil fazem tratamento com antirretroviral e 554 mil não transmitem o HIV. O balanço aponta ainda que o número de pessoas que carregam o vírus continua subindo no País: há u m a n o, e r a m 8 6 6 m i l .
Somente em 2018, foram noti cados 43,9 mil novos casos. O ministro da Saúde comemorou a redução na letalidade da doença. Foram evitados quase 12 mil quadros de aids entre 2014 e 2018, e houve queda de mortalidade em 22,8% no período de cinco anos. “Encerrando o ano de 2019, veremos uma diferença ainda maior. Não podemos ter mortes por aids”, a rmou. Ela é direcionada à população jovem, onde o í nd i c e d e c ont ág i o e st á crescendo. O foco é reforçar a importância da prevenção, testagem e tratamento: “Se a dúvida acaba, a vida continua.
Precisamos incentivar o diagnóstico precoce para salvar vidas. O maior problema ainda é o medo. É importante esse incentivo para fazer o teste. Temos que atingir metas internacionais, como algumas cidades já estão fazendo. E o Brasil ainda precisa testar 90% da população”, disse o diretor do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções S exualmente Transmissíveis, do HIV/Aids, Gerson Pereira. Até o m do ano, o governo estima que serão distribuídos 462 milhões de preservativos, q u e e v i t a m a i n f e c ç ã o. Mandetta também celebrou a informação de que o município de São Paulo receberá certi cação pela eliminação da transmissão vertical do HIV, quando o vírus é passado durante a gestação, parto e amamentação. No Paraná, as cidades de Curitiba e Umuarama foram as primeiras a serem certi cadas e m 2 0 1 7 e 2 0 1 9 , respectivamente.
PRECISÃO
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16 EDUCAÇÃO
Pisa 2018: educação brasileira continua em sinal de alerta
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08 A 15 DE DEZEMBRO DE 2019
Os dados foram divulgados recentemente e mantêm o país entre os últimos, como na matemática, que está na 70º posição de 79º. Regiões chinesas lideram SHUTTERSTOCK
Jogos educacionais podem ajudar estudantes a superar o medo de errar Aprendizagem depende também da autoconfiança do aluno, que ele acredite ser capaz de realizar as tarefas
Só 2% dos brasileiros tiveram os níveis mais altos de pro ciência em pelo menos uma disciplina no Pro g r am a Inte r n a c i on a l d e Avaliação de Alunos (Pisa) 2018, enquanto a média dos outros países é de 16%. Feito pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o programa é um dos principais indicadores de educação do mundo e cujos últimos dados coletados foram divulgados no nal de 2019. Realizado de três em três anos com jovens de 15 anos, o documento mostra os níveis de pro ciência em leitura, matemática e ciências.
Inegavelmente, o Brasil caiu posições e dentre os 79 países analisados está entre os 20 últimos. Pequim, Xangai, Jiangsu e Guangdong, que foram avaliadas de forma única, lideram o ranking em todas as áreas. Em relação à última edição, em que o país apresentou quedas nas três áreas analisadas, nesta última, o país teve um pequeno avanço, ap ont an d o, e nt re t ant o, u m desempenho ainda estagnado. A situação brasileira mais grave é com a matemática, uma vez que os estudantes aparecem na 70° posição, com cerca de 32% dos jovens atingindo o nível 2 ou superior na disciplina, a média dos
outros países é de 76%. Contudo, apenas cerca de 1% dos brasileiros tiveram nota 5 ou superior, com uma média da OCDE de 11%, tendo Pequim, Xangai, Jiangsu e Zhejiang, o melhor resultado, 44%. Já em leitura, o País cou em 57° lugar, tendo metade de seus alunos atingindo o nível 2. Em ciências o Brasil aparece na 64º posição com cerca de 45% dos estudantes atingindo o nível 2 ou superior. Aliás, em relação a países da América do Sul, o Brasil sai à frente da Argentina em leitura e matemática, estando empatados em ciências. Para saber mais acesse: www.oecd.org/pisa/.
Revista da Turma da Mônica contra desperdício é lançada A família brasileira desperdiça, em média, 128 kg de alimentos por ano ANTÔNIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL
Com apoio de parceiros, a Embrapa lançou, no último dia 26 de novembro,) em Brasília, uma revista em quadrinhos da Turma da Mônica e um guia didático para professores sobre consumo sustentável. Na cerimônia, o desenhista e escritor Maurício de Sousa esteve presente. As pu b l i c a ç õ e s e du c at i v a s explicam os impactos negativos do desperdício de alimentos nas famílias e dão dicas de como substituir esse hábito por um consumo mais sustentável. A iniciativa faz parte de projeto apoiado pelos Diálogos Setoriais União Europeia – Brasil, liderado pela Embrapa, em parceria com o WWF-Brasil e colaboração do Instituto Maurício de Sousa. As
publicações terão tiragem impressa e serão disponibilizadas gratuitamente em formato digital. A Embrapa atua com parceiros e m a ç õ e s d e e du c a ç ã o p a r a mudança comportamental de desperdício de alimentos por meio da iniciativa Sem Desperdício, lançada em 2016 pela Empresa, o WWF-Brasil e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). O projeto, apoiado pela EU, está alinhado com essa campanha e foca na educação de jovens estudantes e professores dos ensinos fundamental e médio. Nascida como uma campanha de comunicação para conscientizar o público urbano sobre o desperdício de alimentos, #SemDesperdício
despertou o interesse da Delegação da União Europeia no Brasil (Delbra). Por meio dos Diálogos Setoriais, atividades de pesquisa e de apoio a políticas públicas têm sido promovidas desde 2017. No próximo ano, Embrapa e WWF-Brasil planejam novas ações para disseminar os conteúdos educativos das publicações que estão sendo lançadas. A iniciativa está alinhada com a meta 12.3 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que estabelece a redução pela metade das perdas e desperdício de alimentos até 2030. Pesquisa recente da Embrapa e da F u n d a ç ã o G e t ú l i o Va r g a s , viabilizada pelos Diálogos Setoriais, aponta que a família brasileira desperdiça, em média, 128 kg de alimentos por ano. Para o ana list a Gust avo Por pino, co ordenador do projeto nos Diálogos Setoriais, reduzir o desperdício no nal da cadeia demanda ações contínuas de educação. “O desperdício nas famílias é um hábito enraizado na cultura de consumo latina e, para termos impactos positivos, p o demos come çar e ducando nossos jovens e capacitando professores, que são importantes agentes no processo de mudança cultural”, destaca.
Por Sílvio Fiscarelli, para a coluna Pesquisa Aplicada, parceria de Iede e Nova Escola Sílvio Henrique Fiscarelli é mestre e doutor em Educação Escolar pela Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara (Unesp) e professor na mesma instituição
É muito comum atribuirmos as di culdades de aprendizagem d o s e s tu d ant e s a f at ore s extraescolares como as políticas educacionais, suas condições socioeconômicas e familiares, bagagem de valores, experiências e vivências que se chocam com as práticas de ensino na escola. Estes aspectos, sem dúvida, in uenciam o processo educacional. No entanto, gostaria de chamar a atenção para um outro aspecto que, muitas vezes, passa desapercebido dentro da sala de aula: o medo de errar dos alunos. To d o s o s p r o f e s s o r e s , provavelmente, já se deparam com aquilo que parece ser uma “indiferença” ou “preguiça” do aluno frente às atividades propostas durante a aula. Estão ali, mas não fazem o exercício e esperam que seja corrigido para copiar a resposta, por exemplo. É claro que existem exceções, mas esse comportamento pode ser classi cado como medo de errar. Na verdade, o medo não é do erro, mas das consequências do erro. Do ponto de vista do aluno, essas consequências podem ser externas, por exemplo, expor sua condição de não saber fazer uma determinada atividade para o professor e outros alunos. O medo de errar também gera consequências de caráter interno, quando o aluno, constatando seu erro, se sente inferior aos outros por não saber realizar uma determinada tarefa. Ou seja, o medo das consequências do e r ro l e v a à i ns e g u r an ç a , ansiedade e displicência. O medo de errar leva o aluno a querer “fugir” da situação e, nestas condições, começa a importunar os colegas e a realizar ações que não têm r e l a ç ã o c o m a at i v i d a d e prop o s t a . Um a re c e nt e pesquisa realizada na Universidade de Maryland aborda a “ansiedade social”, um transtorno que atinge crianças e jovens que temem que seus erros sejam percebidos em
situações sociais (BUZZELL et al, 2017). A aprendizagem depende, em grande parte, de uma autocon ança do estudante. É preciso que ele acredite ser capaz de realizar as tarefas, evitando assim, o sentimento de desânimo e de frustração (Bandura et al, 2008). Esta autocon ança vai in uenciar fortemente no interesse, na persistência e no esforço dispensado à realização das atividades. Kuhl (2000), chama atenção para um fenômeno denominado volição, que é um fator distinto da motivação, p o i s s e g u n d o o au t o r, a motivação é responsável pelo interesse e desejo inicial, enquanto a volição é responsável pela manutenção do interesse, das intenções e da ação planejada para atingir os objetivos. Podemos pensar que existe uma relação ent re motivação e volição, pois, para dispor-se a realizar uma tarefa, os alunos precisam ter um certo grau de motivação. Contudo, para se manterem engajados na tarefa e não se dispersarem, precisam também de um certo grau de volição. O medo de errar atua diminuindo a volição, que é fundamental para que o aluno se mantenha envolvido e crie oportunidades para a aprendizagem. Poderia continuar dando outros exemplos e situações, mas acho que os argumentos são su cientes para mostrar que o medo de errar é um elemento a ser considerado dentre as chamadas di culdades de aprendizagem. Durante a pesquisa com uso de tecnologia em uma escola do primeiro ciclo do Ensino
Fundamental de Araraquara, no interior do estado de São Paulo, temos observado que o uso dos recursos tecnológicos pode levar a uma diminuição do medo de errar. De início, destaco o fato de que a maioria dos alunos não percebem as at i v i d a d e s re a l i z a d a s n o computador como uma forma de julgamento de suas competências e habilidades, fato que os deixa menos apreensivos em engajar-se nas tarefas. O caráter lúdico das atividades ameniza o peso dos erros que possam vir a cometer, pois, para o aluno, a participação e o processo de interação tornam-se mais importantes do que resultado nal propriamente dito. O s j o go s e du c a c i on ai s , quando elaborados de maneira adequada, podem levar os alunos a perceberem que o erro pode fazer parte do processo, que ele pode re etir porque errou, tentar corrigir e continuar. Outro aspecto interessante é o fato de os alunos identi carem suas características individuais de uma maneira mais natural: alguns são mais rápidos no teclado, outros têm mais habilidade com o mouse; alguns terminam primeiro, outros demoram mais para chegar ao m. Ou seja, é uma forma de entenderem que apresentar di culdades em um ou outro aspecto de uma tarefa é algo absolutamente normal. Embora a pesquisa esteja em andamento, considero os indícios apresentados como princípios interessantes de como a tecnologia pode ajudar os alunos a superar, mesmo que parcialmente, o medo de errar.
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