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Mogilar: um pedaço da história

PRESENTE DE GREGO ATUAL PREFEITO JÁ ASSUMIU O MANDATO COM O PROJETO DO ESTADO EM ANDAMENTO Coube ao prefeito Caio Cunha impedir a instalação de pedágio em solo mogiano

Por Lailson Nascimento lailsonnascimento@leiaogazeta.com.br

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Apesar da boa relação do chefe do Executivo mogiano com o atual governador Rodrigo Garcia (PSDB), o ano de 2021 marcou uma luta de “Mogi contra o pedágio”. Embora o projeto de instalação da praça de pedágio em solo mogiano tenha sido idealizado pelo então governador João Doria (PSDB), inclusive antes do primeiro ano de gestão do atual prefeito de Mogi, coube a Caio Cunha (PODE) enfrentar, nas esferas política e judicial, a intenção do Estado.

Mesmo sob o risco de perder investimentos do Governo do Estado, Caio Cunha apresentou, em 24 de outubro de 2021, uma pesquisa que mostrava que 85% dos mogianos eram contrários ao projeto. À época, o estudo também mostrava que quatro em cada cinco mogianos jamais votariam em um candidato a governador, ou a vice-governador, que autorizasse a instalação do pedágio na cidade.

O recado do prefeito aos membros do governo estadual e aos futuros candidatos era claro: “Esse é um dado muito importante quando você fala em um ano pré-eleitoral. É isso que incomoda, infelizmente: o voto. Mas é importante lembrá-los que, se depender de Mogi das Cruzes, ninguém vai ser eleito em 2022 defendendo o pedágio. A cidade não aceita esse projeto absurdo”, afirmou o prefeito em seu pronunciamento na ocasião.

Dois meses após aquela “declaração de guerra”, e com Rodrigo Garcia já exercendo o cargo de governador, veio a boa notícia: o Estado de São Paulo arquivava, naquele dia 22 de dezembro de 2021, o projeto de instalação de pedágio em Mogi das Cruzes.

DIVULGAÇÃO

INTERESSE DOS MOGIANOS

Mesmo sob risco de perder investimentos, o prefeito enfrentou o projeto

RISCO – Em entrevista à GAZETA no último dia 11 de agosto (leia mais nas páginas 14 e 15), Caio Cunha lembrou-se de como foi a disputa de Mogi contra o Estado.

“Eu tinha bastante medo de como seria a reação do Governo do Estado por conta da pressão que a gente estava fazendo. Eu lembro que muitos deputados me falavam que apoiavam o movimento contra o pedágio, mas não participariam dos atos porque não queriam brigar com o Estado. Mas era o último fôlego, e todos sabiam disso. Por isso que eu fui ‘pro pau’. Eu entrei na justiça, eu fiz pesquisa, enfim, me tornei ‘persona non grata’ no Palácio dos Bandeirantes.” Apesar da disputa com João Doria, Caio Cunha entende que Rodrigo Garcia foi fundamental para que o interesse de

Entidades Mogi das Cruzes prevalecesse. realizaram pesquisa contra o projeto “Se fosse pelo Doria, o pedágio estava aí. Por isso que a gente brigou. Agora, nós tivemos alguns aliados internamente no Governo do Estado, e um deles é o atual governador Rodrigo Garcia, até então vice-governador. Na época, ele foi muito tranquilo, foi muito olhou no olho. Em uma reunião, ele me falou assim: ‘Caio, é praticamente impossível de voltar pra trás, porque está muito bem encaminhado. Mas eu concordo com você que isso não pode acontecer. Eu posso te ajudar. Não tenho força agora para isso, mas na primeira oportunidade como governador, você tem a minha palavra que eu derrubo esse projeto. E foi o que aconteceu.”

Ainda nesse tema, o prefeito fez questão de frisar que Rodrigo Garcia também sinalizou, assim que assumiu o mandato como governador, que não iria penalizar Mogi por conta da disputa em relação ao pedágio.

“O Rodrigo foi muito sábio. Na nossa mesma reunião sobre o pedágio, ele me disse o seguinte: ‘Caio, a gente já deu canelada um no outro, discutimos o que tinha que tirar, e já conseguimos tirar o pedágio. Agora, a gente tem que discutir o que tem que colocar. Quais são as necessidades de Mogi?’. Nesse momento, eu já tinha todos os pedidos de Mogi das Cruzes”, lembrou o prefeito. Confira nesta página o que foi conquistado desde então.

Parabéns

HISTÓRIA DA CIDADE LOCALIDADE, QUE TERIA RECEBIDO O NOME ATUAL TRÊS ANOS APÓS O FIM DA 2ª GUERRA MUNDIAL, ESTÁ ENTRE OS MAIS TRADICIONAIS DE MOGI DAS CRUZES

BRUNO ARIB

Mogilar enfrenta o progresso com resiliência e assiste às mudanças da cidade, com seu cenário de metrópole

Por Aristides Barros reportagem@leiaogazeta.com.br

O Mogilar é o bairro de Mogi das Cruzes que mais cedeu à “verticalização” e, hoje, o seu cenário arquitetônico assemelha-se ao das grandes metrópoles, com dezenas de prédios gigantescos que invariavelmente acentuam a potência do município. Alheio à metropolização, que é a principal marca do progresso, na localidade são encontradas pessoas simples, como o funileiro José Ferreira da Silva, 60 anos, que saiu da cidade de Euclides da Cunha, na Bahia, para “vencer em São Paulo” e conseguiu sucesso em Mogi das Cruzes.

“Vim da Bahia já faz 42 anos, trabalhei em indústrias e depois montei a minha oficina, que já tenho há 21 anos. Tudo que tenho saiu do trabalho que realizo nela, a casa, o sustento da família”, fala, orgulhoso, o nordestino, expressando o amor ao bairro e à cidade. “Mogilar e Mogi das Cruzes é tudo de bom”, define o funileiro, que enche o peito para dizer que é dono da Oficina do Baiano.

O bairro é dominado por oficinas automotivas, que fazem todos os tipos de serviço para que os mogianos fiquem com seus carros em boas condições de trânsito e de visual. Carlos Willian, que trabalha na Chaparral Auto Peças, fala um pouco da empresa, que detém o título de uma das melhores do ramo. “A equipe tem mais de 10 profissionais, que não deixam a boa fama da loja, fundada há mais de 20 anos pelo “Seu Ernesto”, perder o brilho e nem a qualidade”, afirma. “Estou aqui há 11 anos e é uma das mais procuradas da cidade. O movimento é intenso e isso se deve a tudo o que o “Seu Ernesto” trabalhou para a Chaparral chegar a esse nível, e a gente tem a responsabilidade de continuar o trabalho dele com a mesma competência”, disse.

Pessoas como o baiano José Ferreira e Carlos Willian formam a população trabalhadora da localidade, que era conhecida como Bairro do Tietê, e em 1948 – três anos após o fim da 2ª Guerra Mundial –, passou a se chamar Mogilar, segundo relatou o professor e historiador Cláudio Sousa, ao rever escritos do aposentado “contador de histórias”, do bairro Virgílio Frezatti, numa entrevista concedida em 2003, ao jornal O Diário.

O Tietê, que seria o nome de origem da localidade, persiste às constantes agressões sofridas ao longo

““Tudo que tenho saiu do trabalho que realizo em Mogi, a casa, o sustento da família”

“José Ferreira da Silva, funileiro

“Estou aqui há 11 anos e é uma das mais procuradas da cidade”

Carlos William, atendente “

dos anos e traz vida, com pequenos animais subindo e descendo o rio sinuoso que traz grande parte da história da cidade e da região nas suas águas hoje turvas, que um dia foram motivo de alegria e ponto de lazer.

Ponto de grande procura de quem gosta sempre do bom e do melhor, o Bohemius BAR, localizado na Avenida José Moreira Filho, nº 56, também é um dos endereços mais procurados do Mogilar e onde o empresário e cantor Sérgio, dono do estabelecimento, recebe a todos sempre com um sorriso no rosto. O Bohemius BAR funciona de terça a sábado, das 16 horas às 22 horas.

FÉ – A comunidade também se encontra em perfeita harmonia e comunhão quando participa dos eventos celebrados com muita devoção na Paróquia São José Operário, que une os moradores do Mogilar em um só pensamento: paz.

COTIDIANO COMÉRCIO ALIMENTA O IMAGINÁRIO POPULAR COM HISTÓRIAS QUE ULTRAPASSAM A IMAGINAÇÃO

Estudantes saiam para a farra e passavam no bar que deram o nome: Copo Sujo

Por Aristides Barros reportagem@leiaogazeta.com.br

O Bar Copo Sujo, na Rua Coronel Cardoso de Siqueira, 732, Centro, não está localizado no Mogilar, mas também fez história na Mogi das Cruzes antiga e continua fazendo na atualidade, sem perder seu o título de sede da boemia da área central da cidade. Ponto de encontro de mogianos da velha guarda e também da jovem guarda, o nome saiu das “escapadas” de estudantes que saiam da Etec Presidente Vargas e, após uns “drinques” no local, o batizaram de “Copo Sujo”.

O nome, não recomendável, pode ter surgido da irreverência da juventude estudantil da época, que “sedenta”, não esperava o “Japonês”, antigo dono, lavar os copos e mandavam bebida goela abaixo no primeiro que viam pela frente. O “chute” foi do repórter ao indagar o atual dono do bar, o comerciante Vagner Zucchini, 56 anos, se o batismo se-

AMOR

Vagner Zucchini está à frente do Copo Sujo há quase 30 anos

BRUNO ARIB

ria porque os copos não eram lavados. “Eu lavo”, respondeu imediatamente ele, que já dirige o bar há 28 anos.

Disse que quando comprou do “André”, até tentou mudar o nome. “Porque achava feio”. Mas, o advertiram: “O nome é top e você vai ganhar dinheiro com isso”. Seguiu o conselho e até fez uma placa. Antes de pertencer ao André, o bar era do Japonês e já tinha o nome “asqueroso”.

E tem muita história. “Já foi o Bar do Fêmur”. Isso há uns 40 anos, quando uma chuvarada derrubou parte do muro do Cemitério São Salvador, espalhando ossos pelas imediações. “Um freguês pegou um fêmur e trouxe para o bar, e aí veio o nome”, contou Vagner Zucchini.

O comerciante segue nas histórias. “O pessoal mais velho, muitos deles já falecidos, dizem que esse bar tem mais de 100 anos. Falam que há uns 70 anos aqui era o Bar do Macuquinho, e funcionava 24 horas. Lá nos fundos tinha um prostíbulo com uns quartinhos, e vinha gente de todos os cantos para... já sabe!”, resumiu.

Cercado de mitos e lendas, o Bar Copo Sujo enfeitiça quem se apodera dele. “Enquanto eu for vivo, vou ficar com o bar, e, sinceramente, nem eu e nem o pessoal que vem aqui consegue imaginar a cidade sem o Copo Sujo”, afirmou o proprietário.

Além das histórias, do próprio nome, outro chamariz do comércio lendário são os salgados feitos no local. “Faço um torresmo, coxa e sobrecoxa de frango que são bem populares em toda a cidade”, se orgulha o comerciante.

COMUNIDADE – Outro ponto alto e que enaltece os frequentadores do Copa Sujo são as ações sociais feitas pelos frequentadores, que todos os fins de ano se reúnem para arrecadar dinheiro e compram presentes para as crianças de bairros carentes da cidade. “Já faz muitos anos que fazemos isso. É gratificante”, finalizou Vagner Zucchini, evidenciando que bar não é só um lugar de beber, mas também de gerar boas ações.

LUZIA DE PINHO MELO UNIDADE SERVE PARA ATENDIMENTOS DE MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE

Mogilar sedia hospital que atende as cidades da região do Alto Tietê

O bairro do Mogilar recebe moradores de toda a região do Alto Tietê que procuram socorro médico no Hospital Luiz de Pinho Melo, que foi inaugurado em 1991 e se destaca pelo atendimento de média e alta complexidade. Ele é referência em neurocirurgia, cirurgia vascular, ortopedia e oncologia. O hospital realiza atendimento gratuito – 100% SUS (Sistema Único de Saúde).

O equipamento estadual atende cerca de 2,5 milhões de pessoas da região do Alto Tietê, que conta com 11 municípios: Mogi das Cruzes, Arujá, Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Poá, Salesópolis, Santa Isabel e Suzano.

A unidade de saúde dispõe de leitos clínicos, cirúrgicos, pediátricos, psiquiatria, centro cirúrgico, serviço de oncologia e quimioterapia e ambulatório de especialidades, além de uma unidade de cirurgia ambulatorial, onde são realizadas cirurgias eletivas de pequena e média complexidade, com internação e alta no mesmo dia do procedimento.

O atendimento é realizado por uma equipe multiprofissional qualificada, que atua com o objetivo de proporcionar o melhor atendimento a nossos pacientes, prestando serviços com humanização.

BRUNO ARIB

REFERÊNCIA

O Luzia é um dos maiores de todo o Alto Tietê

462 anos da nossa querida Mogi das Cruzes! #mogianize-se

POLÍTICA PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE MOGI TEM ASSUMIDO PROTAGONISMO DENTRO DO PARTIDO

Candidatura de Marcos Furlan à Alesp é protagonista no partido Podemos

Por Guilherme Alferes guilhermealferes@leiaogazeta.com.br

Nos últimos anos, o Podemos tem demonstrado uma força de crescimento muito grande, principalmente no estado de São Paulo. Nas eleições de 2020, o partido atingiu o maior crescimento no estado em número de eleitos em relação a 2016, de três para 17 prefeitos e de 92 para 331 vereadores. No pleito deste ano, a expectativa é de repetir o feito e aumentar o número de deputados estaduais eleitos, atualmente três.

Uma das principais apostas da presidente nacional do partido e deputada federal, Renata Abreu, para completar a missão é justamente uma das maiores lideranças da região do Alto Tietê, o presidente da Câmara Municipal de Mogi das Cruzes, Marcos Furlan.

Vereador mogiano é uma das apostas de Renata Abreu

COM MORAL

Evento de lançamento da candidatura de Furlan atraiu até o governador Rodrigo Garcia

BRUNO ARIB

Furlan, que se filiou ao partido em março deste ano a convite do prefeito Caio Cunha, se tornou um dos protagonistas da chapa encabeçada pelo atual governador, Rodrigo Garcia (PSDB), na disputa rumo à Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo). O prestígio dos mogianos pode ser medido pelo fato de Renata, que é candidata à reeleição ao Congresso Nacional, ter escolhido dar o pontapé inicial de sua campanha dividindo o palanque com candidatos da região. A confiança aumenta quando se analisa o já citado evento, ocorrido no dia 24 de agosto no Rancho Santa Fé (antigo VacaLoca), em que, com a presença de Garcia, do candidato da chapa ao Senado, Edson Aparecido (MDB), e do deputado estadual e candidato a federal, Rodrigo Gambale, Furlan foi o protagonista.

Mesmo tendo a agremiação em seu favor, a disputa dentro do próprio Podemos não será fácil. Além do vereador mogiano, o partido lançou 96 candidatos no estado, mas para se destacar, Furlan tem levantado a bandeira de que moradores do Alto Tietê devem eleger candidatos da região, para garantir uma boa representação dos interesses das cidades frente ao governo estadual.

Além das pautas regionais, como a reabertura do pronto-socorro do hospital estadual Luzia de Pinho Melo, o candidato tem como plataforma a defesa da educação, segurança e, principalmente, esporte.

Furlan defende que os moradores do Alto Tietê votem em candidatos que são da região

Depois de redescobrir o passado, chegou a hora de viver o presente. Em 2022, queremos convidar os mogizeiros e mogizeiras a viverem tudo o que a cidade tem a oferecer.

Compartilhe! Aproveite! Crie histórias - e orgulhe-se disso! É hora de viver!

01 de setembro

17h

DJ Kriador Av. Cívica Gratuito

19h

20h

Pagode do Canta Av. Cívica Gratuito

DKCinco Av. Cívica Gratuito

21h

Luana Camarah Av. Cívica Gratuito

02 de setembro

18h

DJ Aposan Av. Cívica Gratuito

19h30

Sinfônica com artistas Mogianos Av. Cívica Gratuito

21h30

Marcos e Bueno Av. Cívica Gratuito

festival é hora de viver!

03 de setembro

17h30

Nathan Ginach Av. Cívica Gratuito

19h

Rodrigo Goes e DJ Nandes Av. Cívica Gratuito

19h30

Combo Sujo (DJ Fill, Cascão, ADJota) Av. Cívica Gratuito

21h

Raffa Augusto Av. Cívica Gratuito

07 de setembro

19h

Ministério Madureira com Maestro Lélis, Orquestra Ecos de Glória, Mogi Adoração e artistas gospel de Mogi Cemforpe Gratuito

#SOUMOGIZEIRO acesse e saiba mais!

pravoce.mogidascruzes.sp.gov.br/mogi-presente

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