Edição 2479 01/03/17

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Cidades Política Cultura Esportes São Caetano Mundo Economia Tecno

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boletos pagos hoje não terão acréscimo de tarifas por atraso.4Pág. 05

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Bancos retomam atendimento às 12h de hoje

NESTA EDIÇÃO

Fim do monopólio nos transportes, em Mauá, perde força 4Pág. 04

Carnaval no Rio registra 2º acidente com carro alegórico Acidente deixou pelo menos 12 feridos na Sapucaí. 4Pág. 05

abc

Quarta-feira, 01 de março de 2017 Edição 2479 Ano XI

Câmaras municipais do ABC preparam reformas

Candidatura de Lula é impasse para centro-esquerda Apesar dos anos de desgaste, o cenário atual entre observadores prevê alguém da centro-esquerda com chances de ir ao segundo turno em 2018.

Acuadas por ações da Justiça e decisões do TCE (Tribunal de Contas do Estado), as Câmaras do Municipais do ABC buscam adequar o número de funcionários comissionados e remunerações concedidas aos parlamentares.

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Santo André tem força-tarefa na região da Sacadura Cabral

DESTAQUE SQN

política Depoimento de Yunes sobre Padilha preocupa Temer. 4Pág. 07

cultura Dez Mona se apresenta no Sesc Pompeia na próxima sexta-feira (3).

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esportes Bruno revela mágoa com o Fla: “Gostaria de ter recebido uma carta”.

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Na última semana, a Prefeitura realizou uma mega vistoria no local para traçar um plano de benfeitorias necessárias em todo o bairro. 4Pág. 03

economia Acerto de contas com o Leão vai até 28 de abril. 4Pág. 14


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2 editorial

PASSANDO A LIMPO Foto: Divulgação

descartada n De saída da presidência do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC em ju-

lho, Rafael Marques (PT) descartou disputar cadeira à Câmara Federal na eleição de 2018. Líder da entidade sindical há cinco anos, o petista tem o nome sondado nos bastidores para disputar vaga de deputado federal, em dobrada com o já parlamentar paulista e ex-sindicalista Teonílio Barba (PT), que tentará a reeleição à Assembleia Legislativa.

mandato tampão n À frente do sindicato desde 2012, Rafael Marques decidiu que não dis-

putará mais um mandato na entidade. O estatuto do órgão permite que o dirigente dispute a reeleição apenas uma vez, mas como seu primeiro mandato no sindicato foi tampão – então presidente, Sérgio Nobre deixou o cargo para assumir cadeira na direção nacional da CUT (Central Única dos Trabalhadores) – o petista, em tese, poderia tentar renovar o mandato no sindicato até 2020.

de fora n Apesar de estar livre para concorrer ao pleito do ano que vem, Rafael

Marques garantiu que não figurará as urnas nas disputas por vagas no Legislativo. “Eu sou muito lento para tomar decisão de caráter pessoal. Mas já disse a quem me consultou que não disputarei eleição para o Parlamento. Não é algo que eu goste. Os trabalhadores ainda precisam de alguém que milite no movimento social”, explicou, ao emendar que deseja atuar na “formação de base” dos sindicalistas.

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www.jornalhojelivre.com.br Publisher: Luciana Sereno Diagramação: Natália Sabino comercial.hojelivre@gmail.com redacao.hojelivre@gmail.com ANUNCIE: 950600843

Circulação: SCS, SBC, Santo André, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e RGS TIRAGEM E VEICULAÇÃO: 30 MIL EXEMPLARES

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Aposta no prejuízo!!!

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Os jogos de azar foram banidos do país em 30 de abril de 1946, por decreto do presidente Eurico Gaspar Dutra, satisfazendo um desejo legítimo da sociedade brasileira. Nessas sete décadas, não faltaram projetos de lei propondo a legalização do jogo. Eles florescem essencialmente em épocas de crise econômica, como a atual, quando argumentos como incremento de arrecadação e geração de empregos ganham mais apelo — especialmente num cenário de estados falidos. Mas os possíveis benefícios da legalização dos jogos de azar não compensariam os inúmeros malefícios. Historicamente, no Brasil, esse negócio sempre esteve atrelado a um submundo de organizações criminosas, que corrompem, matam, lavam dinheiro e agem como autênticos mafiosos nas disputas pelo controle da atividade. Estão aí os exemplos do jogo do bicho e dos caça-níqueis. Atividades ilegais, mas que são exercidas amplamente, em alguns casos à luz do dia, sob as vistas grossas de autoridades e da própria sociedade. Em maio de 1993, 14 chefões do jogo do bicho foram condenados pela juíza Denise Frossard por crime de formação de quadrilha. A decisão histórica, além de colocar os bicheiros na cadeia, teve a importância de revelar como agia o “tribunal” da contravenção, em que bicheiros se reuniam para combinar a morte de seus adversários. Por trás das clandestinas máquinas de caça-níqueis, também se esconde hoje uma rede de criminalidade que se faz notar pelos homicídios decorrentes da disputa pelos pontos de jogo. A julgar pelo histórico de assassinatos, é difícil acre-

ditar que a simples legalização da atividade faria com que os inimigos selassem a paz. Mas há outros aspectos a serem levados em conta. Está comprovado que jogos de azar aumentam os casos de endividamento das famílias. Já aconteceu no Brasil, no tempo em que eles eram liberados, e ocorre em outros países. Aqueles que defendem a legalização da atividade apresentam exemplos e números que mostram apenas um lado da questão. A cidade americana de Las Vegas, meca dos jogos, por exemplo, está localizada num país que tem um sistema de controle de lavagem de dinheiro muito mais eficiente do que o nosso. Além disso, nossas cidades têm outras vocações. Desfrutam de natureza exuberante. Se a questão é aumentar a arrecadação e o fluxo turístico, a discussão precisa ser outra. Deve-se perguntar por que não se trata o turismo de forma profissional, por que não se dá segurança ao turista, por que a infraestrutura é tão precária, por que alguns serviços são tão ruins e por que não se consegue viabilizar economicamente cidades localizadas em cenários paradisíacos. Cidades que tinham suas economias atreladas ao jogo, como as estâncias hidrominerais do Sul de Minas, certamente sofreram impacto com o fechamento dos cassinos. Mas isso foi há 70 anos. Nesse período, o país mudou, a internet revolucionou costumes, novas vocações surgiram. Deixar-se iludir por uma atividade que há muito foi rechaçada pela sociedade brasileira é apostar na volta de um passado sombrio.S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

FRASES

Comportada mas não recatada. Wanessa, musa da Mocidade Independente de Padre Miguel

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cidades

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contexto

Santo André realiza força-tarefa na região da Sacadura Cabral

A Prefeitura de Santo André deu um passo importante para combater alguns dos problemas do bairro Sacadura Cabral. Na última semana foi feita uma vistoria de forma integrada entre secretarias na avenida Lauro Gomes, às margens do Ribeirão dos Meninos, para traçar medidas que prestem atendimento específico às pessoas em situação de rua e usuários de droga, além da retirada de entulho e lixo. O cenário encontrado no local é de passeio obstruído por entulhos despejados de forma irregular, lixo, mato alto e diversas barracas montadas por pessoas em si-

tuação de rua, além de ser uma área com frequente movimentação entre usuários de droga. Participaram da vistoria representantes das secretarias de Saúde, Inclusão e Assistência Social, Desenvolvimento Urbano e Habitação, Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos e Desenvolvimento Econômico, além da GCM (Guarda Civil Municipal) e Semasa. Projeto Segundo o vice-prefeito e secretário de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos, Luiz Zacarias, o fundamental do projeto na região é o apoio social. “Não tirar os barracos só por tirar. Que-

remos fazer um trabalho social para encaminhar e orientar essas pessoas para recuperarem sua dignidade. Todas as secretarias vão fazer parte deste trabalho para poder prestar apoio”, disse Zacarias. Para o secretário de Inclusão e Assistência Social, Marcelo Delsir da Silva, os trabalhos de sua secretaria se divide em duas partes. “Estamos reordenando o serviço com as pessoas em situação de risco. Primeiro queremos entender o porquê eles estão nessa situação, se é pelo uso da droga ou falta de oportunidade. A partir deste diagnóstico, vamos ver as ações que podemos fazer a seguir”, disse.

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Saúde A pasta de Saúde deu início ainda na semana passada a um programa para atender às pessoas em situação de rua no local. A ação no Sacadura Cabral integra o “Santo André Eu Amo, Eu Cuido”, programa de manutenção que tem como característica unir diversas equipes e departamentos da administração municipal, com calendário de serviços para colocar a manutenção da cidade em dia. Desde o início do projeto, foram feitos diversos serviços de poda, capina e roçagem nas praças e ruas da cidade, além de pinturas de solo, sinalização e troca do sistema de iluminação.


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CIDADES

contexto

Transportes em Mauá: fim do monopólio perde força

Anunciado durante a campanha eleitoral do ano passado como uma das principais propostas no plano de governo do prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), o fim do monopólio no sistema de transporte coletivo da cidade, hoje gerenciado somente pela empresa Suzantur, perde força dentro da atual gestão. Como não há definição por parte do Paço para criação da MauáTrans, autarquia cujo desafio seria justamente regulamentar o transporte municipal, a expectativa agora é a de que a discussão da proposta fique somente para o segundo semestre, no entanto, sem qualquer garantia da Prefeitura para que a medida, de fato, seja tirada do papel. Principal instrumento da administração

para sacramentar o fim do monopólio e também colocar em prática a integração do Bilhete Único e a gratuidade dos coletivos aos domingos e feriados, a criação da MauáTrans, que antes era dada como certa dentro do governo de Atila, atualmente passa por processo de revisão, que pode culminar no seu engavetamento. Embora ressalte que a instalação da autarquia segue em discussão, Atila Jacomussi já cogita deixar o projeto de lado para criar a Secretaria de Transportes. Em tese teria a mesma função, no entanto, sem a independência da MauáTrans. “Os dois projetos estão em análise no departamento jurídico da Pre-

feitura junto à reforma administrativa que queremos colocar em prática. A previsão é que até maio seja definido o que é mais viável, mas tanto um como o outro projeto devem contemplar as necessidades da Paço sobre o assunto.” Na mesma medida em que o chefe do Executivo tem alterado sua postura em relação à criação da autarquia, Atila também tem adotado discurso mais ameno sobre o fim do monopólio no sistema de transporte da cidade, projeto incluso no seu plano de governo. Após declarar durante toda campanha eleitoral que iria trazer “de volta

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o padrão de qualidade que nós tínhamos (no sistema de transporte público de Mauá) antigamente, acabando com o monopólio”, agora o chefe do Executivo tem optado por dizer que, no momento, o foco do Paço tem sido a fiscalização do atual sistema. “Queremos acabar com esse modelo arcaico. A criação da autarquia ou secretaria só tende a nos auxiliar nisso, mas nossa prioridade agora é oferecer um sistema de qualidade, criando novas linhas e fiscalizando o serviço oferecido hoje.” Vale lembrar que na quinta-feira a tarifa de ônibus do município será reajustada para R$ 4.


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cidades

carnaval rio

Mais um acidente com carro alegórico marca 2º dia de desfiles na Sapucaí

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serviço Bancos reabrem após as 12h nesta Quarta-feira de Cinzas A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que as agências bancárias em todo o país reabrem na Quarta-feira de Cinzas (1º) às 12h. Quem não aproveitou os meios eletrônicos para quitar débitos que venceram durante os dias do Feriado de Carnaval pode ficar tranquilo porque os boletos pagos hoje não terão acréscimo de tarifas por atraso. “Normalmente, os tributos já vêm com datas ajustadas ao calendário de feriados nacionais, estaduais e municipais. Caso isso não tenha ocorrido no documento de arrecadação, a sugestão é antecipar o pagamento”, informou a entidade. Para os clientes que vão passar a semana inteira viajando e não dispensam a ida até uma agência, a recomendação é consultar o endereço dos bancos no site Busca Banco da Febraban. Basta acessar o link www.buscabanco.com.br e fazer a busca de acordo com o estado e município desejado. Foto: Divulgação

Mais um acidente envolvendo um carro alegórico deixou pelo menos 12 feridos na Sapucaí. Parte da estrutura da alegoria da Unidos da Tijuca cedeu e atingiu integrantes da escola, na madrugada desta

terça-feira (28). O caso ocorreu no dia seguinte a outro acidente na Sapucaí deixar 20 feridos, durante apresentação da Paraíso do Tuiuti. A Secretaria Municipal de Saúde

informou que 20 pessoas foram atendidas. Delas, 12 sofreram traumas e oito tiveram crise de ansiedade. Seis pessoas foram transferidas para hospitais, sendo dois casos considerados mais graves.


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política

na região

Cãmaras municipais do ABC preparam reformas

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Acuadas por ações da Justiça e decisões do TCE (Tribunal de Contas do Estado), as Câmaras do Grande ABC buscam adequar o número de funcionários comissionados e remunerações concedidas aos parlamentares. Em São Bernardo, o Legislativo prepara, por determinação da Justiça e do Ministério Público, a demissão de um terço do atual quadro de servidores. A saída dos colaboradores ocorrerá pela falta de escolaridade mínima exigida para ocupar funções e vai impactar em 109 dos 319 servidores. Na visão do presidente da Casa, Pery Cartola (PSDB), com a reforma, o Parlamento estará plenamente adequado às solicitações judiciais. “Acreditamos que o atual projeto nos coloca 100% dentro do desejo da Justiça”, ponderou. Já na Câmara de Santo André os problemas passam pela rejeição de contas da Casa pelo TCE e também por uma ação do MP que pediu a redução no número de cargos de confiança. Em 2016, foram cortadas 42 funções comissionadas. Para o presidente do Legislativo andreense, Almir Cicote (PSB), mesmo com as mudanças na estrutura de cargos, ainda existe ambiente de insegurança quanto a novos questionamentos. “Queremos nos adequar às solicitações do MP e do TCE, mas também entendemos que muitas vezes não há um entendimento pacífico com relação às Câmaras, cada cidade tem uma forma de dialogar. Temos divergências de pensamentos, gostaríamos que existisse um alinhamento de decisões parecidas, como parâmetro”, explicou. Nos últimos 17 anos, em Santo André, apenas as contas relativas ao ano de 2001 foram aprovadas pelo TCE. Neste período, Sargento Juliano (PSB), José de Araújo (PSD) e José Montoro Filho, o Montorinho (PT), presidiram a Casa e foram enquadrados na Lei da Ficha Limpa, por conta da rejeição de suas contas. As objeções do tribunal foram relativas ao pagamento de 13º salário aos vereadores andreenses. Embora o STF (Supremo Tribunal Federal) tenha derrubado a proibição neste ano, a prática era vedada até então. Na cidade de Mauá, o ques-

tionamento do TCE se deu em relação à proporção do número de funcionários comissionados em relação aos servidores de carreira. No exercício de 2014, as contas foram rejeitadas, quando a Câmara era presidida por Paulo Suares (PT).

maras deveriam ter planos para o melhor aproveitamento de servidores concursados. Para ele, os critérios de nomeação de cargos de confiança é prejudicial para o funcionamento do Legislativo.

contra a quantidade de postos preenchidos por livre nomeação nas Câmaras do Grande ABC, sem concurso público, houve uma movimentação para tentar a regularização do tema junto à Justiça.

“O problema é que o tribunal acaba presumindo o que é certo. Durante meu mandato, adequei as questões dos funcionários à Lei Orgânica e a quantidade de comissionados foi a mesma nos últimos dez anos”, defendeu o petista.

“Boa parte dos cargos comissionados acaba preenchida por conta de compromissos políticos e nem sempre por competência, escolaridade e eficiência. Para os municípios, acaba sendo desastroso por conta dos custos dessa escolha”, afirmou.

A tentativa de conversa com a promotoria e a Procuradoria-Geral de Justiça com objetivo de eventual consenso, no entanto, não prosperou e as ações cobrando cortes cresceram nos últimos dois anos.

Em São Caetano, as contas dos anos de 2011, 2012 e 2013 foram rejeitadas pelo TCE por problemas como o excesso de comissionados, falta de planejamento financeiro e pagamento de horas extras a servidores sem concurso público. A Casa era presidida por Sidão da Padaria (PMDB). Atualmente, o Legislativo estuda a possibilidade de cortar um assessor comissionado para cada um dos 19 gabinetes dos parlamentares. A minirreforma ainda está sendo estudada e visa adequar os cofres da Casa ao contingenciamento de 21% do Orçamento deste ano. Redução de cargos Na opinião do advogado constitucionalista Adib Abdouni, as Câ-

Abdouni acredita também ser complexo o processo de padronização do quadro de cargos e salários das Câmaras. “Uma lei federal neste sentido é improvável. Cada cidade tem suas particularidades. O foco mesmo precisa ser a redução gradativa no número de comissionados e o aproveitamento dos concursados, que ganham menos e afetariam em menor grau o uso das verbas parlamentares”, considerou. Manobras Em 2015, quando teve início as ações do Ministério Público e TCE (Tribunal de Contas do Estado)

Uma alternativa cogitada foi a elaboração de PEC (Proposta de Emenda à Constituição) estadual para determinar percentual de servidores em comissão que cada Câmara poderia nomear livremente. A única legislação existente sobre o tema data do ano de 1960. De acordo com a lei federal que organiza a classificação de cargos no Poder Executivo, a proporção entre servidores de carreira e comissionados deve ser de 50% cada. Já o entendimento do MP é o de que os postos em comissão dispostos à assessoria dos Legislativos têm de ser exceção e não a regra.


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política

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contexto

Depoimento de Yunes sobre Padilha preocupa Temer

Os agitos da última semana na Esplanada dos Ministérios podem dificultar os planos do presidente Michel Temer (PMDB) de emplacar com placar expressivo a agenda reformista na Câmara dos Deputados e do Senado. Segundo auxiliares do Palácio do Planalto, as acusações de José Yunes, ex-assessor da Presidência da República, contra o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDM-RS), preocupam Temer. Interlocutores do presidente afirmam que o depoimento deYunes ao Ministério Publico Federal foi classificado como uma “traição inesperada” pelo núcleo duro do governo Temer. Para eles, o ex-assessor de Temer agiu para não ser atingido pela delação premiada do ex-vice-presidente da Odebrecht Cláudio Melo Filho. Segundo o executivo da empreiteira, Yunes teria recebido em seu escritório uma

parte de um repasse de R$ 10 milhões da Odebrecht ao PMDB durante as eleições de 2014. Yunes, por sua vez, disse ao MPF que atendeu a um pedido de Padilha. “Foi uma traição, que acabou por colocar em dúvida a postura de Temer e de seus principais aliados. Isso não destruirá os planos do presidente, mas atribuirá dificuldades ao governo para aprovar a agenda reformista com margem”, afirmou um interlocutor do peemedebista a EXAME.com. O noticiário da Esplanada dos Ministérios na última semana foi classificado como agenda negativa pelo núcleo do governo. Não bastasse o depoimento de Yunes sobre Padilha, a saída repentina de José Serra (PSDB-SP) do Ministérios das Relações Exteriores também pode azedar os planos de Temer para

o primeiro semestre. Até julho, o presidente quer aprovar as reformas da Previdência e trabalhista no Congresso. Ainda que tenha deixado o cargo por motivos de saúde, Serra também estaria irritado com a pouca visibilidade no governo e estaria preocupado com o conteúdo das delações de executivos da Odebrecht, de acordo com interlocutores do tucano. Um novo escândalo envolvendo outro ministro de Temer poderia colocar em risco o futuro do governo peemedebista. Diante dessa possibilidade,“Serra se antecipou ao vazamentodosdepoimentosedeixouapasta”. A escolha do novo ministro da Justiça e Segurança PúblicaOsmar Serraglio (PMDB-PR) deve ter efeitos ambíguos

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para a gestão peemedebista. A iniciativa de acabar com a indefinição sobre o titular da pasta foi positiva, porém, a escolha de um nome mais político do que técnico reforça a declaração de Padilha sobre as nomeações do governo. Recentemente, Padilha afirmou que a escolha de Ricardo Barros (PP-PR) para o Ministério da Saúde foi determinada pela necessidade de garantir apoio político. A declaração não foi bem recebida nos corredores do Planalto. Após o Carnaval, há a expectativa pela divulgação do conteúdo das delações de executivos da Odebrecht. Após dias negativos na Esplanada, o presidente trabalhará para minimizar os efeitos dos depoimentos sobre seu futuro e sua governabilidade, afirmam auxiliares palacianos.


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política

contexto

Impacto da Lava Jato deixa cenário para 2018 imprevisível

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Geraldo Alckmin ou um outro político tradicional. Marina Silva, ladeada ou não por Joaquim Barbosa. Lula ou Ciro Gomes. João Doria ou alguma surpresa ainda incógnita, à espera do momento certo para ser revelada, à moda dos profetas ocultos das religiões orientais. Neste fevereiro de 2017, estas são as apostas para a sucessão do presidente Michel Temer (PMDB) entre líderes partidários, analistas políticos e

de mercado ouvidos pela reportagem. É um exercício que deságua no paradoxo socrático do “Só sei que nada sei”, devido ao imponderável representado na Operação Lava Jato. Os consultados, em sua maioria, não quiseram se identificar, para falar livremente. Dois deles resumiram publicamente a divisão nas especulações para 2018, descontando um cenário em que a crise política se agrava, derruba Temer e leva a um pleito indireto.

“Acho que a surpresa virá. E há espaço aberto para aventuras, pois o eleitorado vai pedir alguém de fora do sistema político”, diz o economista e filósofo Eduardo Giannetti da Fonseca, que assessorou Marina em 2014, mas que aqui opina por si próprio. À frente do Centro de Liderança Pública, o cientista político Luiz Felipe D’Avila afirma que “o próximo presidente sairá da estrutura partidária tradicional”.

eleições 2018 Candidatura de Lula é a dúvida no campo da centro-esquerda Apesar dos anos de desgaste, o cenário atual entre observadores prevê alguém da centro-esquerda com chances de ir ao segundo turno em 2018. Os olhos convergem para o expresidente Luiz Inácio Lula da Silva, único nome do PT com densidade eleitoral, exceto que o partido aposte em algum derrotado de 2016, como o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad. A questão é menos se Lula será impedido de concorrer por uma condenação em duas instâncias na Lava Jato, uma possibilidade, e mais se ele irá encarar uma campanha na qual teria de enfrentar um rosário de questionamentos, do desastre econômico à Lava Jato. Segundo a análise corrente, um candidato como Ciro Gomes (PDT) poderia emergir com a bênção lulista. Dado o histórico de desavenças entre ambos, tal aliança é incerta, e Ciro em si tem a fama de morrer pela boca -muito antes de haver redes sociais, ele perdeu o passo na campanha de 2002 ao chamar um eleitor de “burro” ao vivo no rádio. “Ele se autosabota”, diz Eduardo Giannetti, completando: “mas é articulado e pode se cercar de gente mais competente na economia”. “Eu acho que Ciro é o candidato a ser derrotado, se Lula não sair mesmo”, completa um líder do PMDB. O partido de Temer tende a estar a reboque, apesar do protagonismo acidental do momento. Poderia até lançar um quadro distante da Lava Jato, como o governador Paulo Hartung (ES), mas parece mais fácil ir com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que está no PSD e poderia ser um nome caso a economia demonstre reação. “Os avanços que estão sendo feitos no campo fiscal não chegam à ponta, são de uma assimetria dramática”, afirma Giannetti. Em “eleitorês”: o emprego dificilmente subirá rapidamente, por mais que os mercados comemorem reformas que venham a ser aprovadas -de resto, sempre rotuláveis por adversários de “tirarem os direitos dos trabalhadores”. Foto: Divulgação


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cultura

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agenda

Dez Mona se apresenta no Sesc Pompeia na próxima 6ª

Uma mistura de cores, experimentos e diversas receitas sonoras toma conta do Sesc Pompeia (Rua Clélia, 93), em São Paulo, na próxima sexta-feira (3). A partir das 21h30 a unidade recebe a banda belga Dez Mona, que faz única apresentação na Capital paulista. As entradas custam de R$ 12 a R$ 40 e podem ser compradas nas bilheterias e pelo site www.sescsp.org.br.

O grupo formado nos anos 1990, na cidade de Antuérpia, e que conta com Gregory Frateur (voz e piano), Tijs Delbeke (guitarra) e Roel Van Camp (acordeão), chega ao País para mostrar o resultado de seu útlimo disco de estúdio, Origin, lançado em 2015. É dele que saltam canções como Does It Make You, Happy?, Dirty Language e All I Ever Wanted. Além das novas faixas, o trio passeia pe-

los outros trabalhos da carreira. Temas de discos como Pursued Sinners, Saga e A Gentleman’s Agreement não devem ficar de fora do repertório da noite. O Dez Mona, que já foi dupla e até sexteto, promove mistura de jazz, rock, sons do cabaré, música gospel e também folclore do Leste Europeu. No mesmo dia

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A partir das 21h, também na sexta, o Sesc Belenzinho (Rua Padre Adelino, 1.000) recebe o show de Chico Trio. Acompanhado por Marcos Nimrichter (piano) e Jefferson Lescowitch (contrabaixo), o baterista Chico promove repertório baseado em bossa nova, sambas e choros. As entradas custam de R$ 6 a R$ 12 (www.sescsp.org.br).


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10 esportes fora da cadeia

Bruno revela mágoa com o Fla: “Gostaria de ter recebido uma carta”

Aguardando julgamento em liberdade após liminar concedida pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal, o ex-goleiro Bruno falou pela segunda vez com a imprensa após deixar a prisão na última sexta-feira. Em entrevista à Rádio Itatiaia, o ex-atleta revelou uma mágoa com o elenco do Flamengo de 2009, pelo qual foi campeão do Campeonato Brasileiro. Para o ex-jogador, seus companheiros de equipe deveriam ao menos ter lhe enviado uma carta em solidariedade no momento de sua prisão. “Eu gostaria de ter recebido no mínimo uma carta daquele grupo de 2009 do Flamengo, com o qual fomos campeões brasileiros. Na verdade eu não quero nada de nenhum deles, mas naquele momento ali (seria importante), independentemente se Patrícia Amorim tivesse

proibido, como alguns falaram para mim na época que proibiu. Mas se fosse com qualquer um deles, independentemente do que tivesse acontecido, eu mandaria uma carta. Seria até mais radical e iria lá visitar. Independentemente se o cara errou. ‘Posso não concordar com o que você fez, mas vim aqui te ver’. Faltou prestar solidariedade. Eu só queria uma carta daquele pessoal”, declarou o ex-goleiro. Bruno, que passou por duas grandes equipes do futebol brasileiro, atuando pelo Atlético-MG entre 2002 e 2006 e pelo Flamengo entre 2006 e 2010, afirmou que não estava preparado para o sucesso. “O cara quando é muito pobre e se depara com o sucesso tão rapidamente, não consegue administrar. Eu mesmo não estava estruturado. A pessoa deixa se levar. E mesmo a

Ingrid (esposa do jogador) me falando tantas vezes e chamando minha atenção, eu tinha que estar com o coração aberto para ouvir. Mas eu achava que eu colocando coisas materiais em casa já era suficiente, mas não é bem assim não. Até falo para as pessoas hoje que não é preciso de muito para sermos felizes. Para mim a coisa mais importante hoje é o amor e a família”, afirmou. O ex-atleta completou falando sobre alguns jogadores que foram visitá-lo durante o momento em que esteve na prisão. “O Fábio. Foi lá o Jajá, que é pouco conhecido. Jackson Avelino, o Jajá, que jogou no América-MG e comigo no Flamengo. Teve algumas outras pessoas, como o Gladstone, que foi zagueiro do Cruzeiro. O próprio Irineu, que jogamos juntos na base do Cruzeiro. Es-

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tiveram lá fazendo o trabalho deles, que é de evangelização”, completou. Antes de conseguir sua liberdade na última sexta-feira, o ex-goleiro Bruno estava preso desde o dia 7 de julho de 2010, sendo apontado como o principal suspeito do desaparecimento da modelo Eliza Samudio, que era sua amante. O ex-atleta, porém, foi julgado apenas no dia 8 de março de 2013, e foi condenado à 22 anos e três meses de prisão por assassinato e ocultação de cadáver, além do sequestro e cárcere privado do filho Bruninho, de quem não tinha reconhecido a paternidade. O corpo da modelo, que possuía 25 anos na época do desaparecimento, ainda não foi encontrado. Apesar de aguardar o julgamento em liberdade, Bruno deve retornar à prisão caso a sua condenação seja mantida pelo tribunal.


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esportes 11

contexto

Neymar e Messi podem ser proibidos de jogar eventual final da Champions Foto: Divulgação

futebol Contra Brusque Corinthians encontra velhos conhecidos O Corinthians visita o Brusque na noite desta quarta-feira (1), às 21h45 (horário de Brasília), no estádio Augusto Bauer, no interior catarinense, em partida única da segunda fase da Copa do Brasil. O Timão terá pela frente três profissionais que tiveram passagens pelo Timão: os volantes Boquita e Carlos Alberto, e o ex-volante e hoje técnico Pingo. O mais novo do trio, Boquita, 26 anos, subiu ao elenco principal do Corinthians em 2009 após se destacar na Copinha. Começou a ser usado pelo técnico Mano Menezes durante o Paulistão daquele ano, mas com o passar do tempo foi perdendo espaço e foi emprestado para Bahia e Portuguesa. Na sequência, rodou por diversos clubes como Atibaia-SP, Atlético Sorocaba, Vila Nova-GO e Marília. Em dezembro de 2016, assinou contrato com o Brusque, a sensação do Campeonato Catarinense. O Bruscão é vice-líder à frente de Chapecoense, Criciúma e Figueirense, clubes com mais tradição no estado. Foto: Divulgação

A situação do Barcelona na Liga dos Campeões da Europa não é nada animadora. Derrotado por 4 a 0 pelo PSG na partida de ida das oitavas de finais, o clube catalão precisa de praticamente um milagre para continuar vivo na competição. Entretanto, caso consiga chegar numa eventual final, que está marcada para Cardiff, no País de Gales, o clube possivelmente não poderá contar com a dupla Neymar e Messi.

Isso por que os craques não devem conseguir uma autorização para entrar no Reino Unido devido ao problemas que possuem com o Fisco espanhol. A informação foi confirmada por Aleksander Ceferin, atual presidente da Uefa. Após o Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia), países do Reino possuem algumas leis diferentes do restante da Europa. Segundo o comandante da

Uefa, essa diferenciação legislativa dificulta a possibilidade de os países serem sedes de eventos esportivos, tais como Eurocopa 2028 e Copa do Mundo 2030. Caso este problema se confirme, a dupla do Barcelona não será o primeiro caso de jogadores impossibilitados de atuar no Reino Unido. Em 2016, o lateral esquerdo Aurier, do PSG, não pode atuar na Grã-Bretanha por ter sido condenado à prisão na França.


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12 são caetano futebol

São Caetano é o líder isolado da Série A-2

Após vencer (1 a 0) o Água Santa, o São Caetano está novamente na liderança da Série A-2 do Campeonato Paulista. Para alcançar essa condição o Azulão precisou superar o rival, mesmo com um jogador a menos em campo, depois da expulsão de Ermínio, que também foi o responsável pelo gol azulino no jogo. Diante desta superação pela conquista do resultado positivo, o técnico Luís Carlos Martins enalteceu

a determinação apresentada pelos seus comandados no sábado. “O nosso time foi guerreiro, mesma atitude que apresentamos em Rio Claro, quando perdemos o jogo. O campeonato é difícil e, por isso, precisamos estar atentos a tudo. Esquece que não terá jogo fácil. Jogar contra o primeiro ou último colocado será sempre difícil”, afirmou. Com o triunfo frente o Netuno, o

São Caetano soma agora 16 pontos na tabela de classificação. Atuando no Anacleto Campanella, o conjunto caetanista segue com 100% de aproveitamento com quatro vitórias conquistadas em quatro partidas disputadas. Depois de novo resultado positivo na condição de mandante, Luís Carlos Martins ainda ressaltou alguns aspectos que fizeram o São Caetano levar a melhor con-

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tra um adversário direto, na briga pela classificação ao mata-mata. “Tivemos oportunidade de fazer mais gols no segundo tempo. Fiz substituições no momento necessário e conquistamos uma vitória merecida. O grupo está de parabéns”, elogiou. Na próxima rodada do estadual, o Azulão visita o time do Rio Preto. A partida acontece nesta quarta-feira (1), às 19h30, no Estádio Anísio Haddad.


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quarta-feira, 01 de março de 2017

mundo

contexto

Malásia indiciará as 2 mulheres detidas por assassinato de Kim Jong-nam

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eua Assessora de Trump é criticada por sentar com os pés sobre um sofá do Salão Oval Kellyanne Conway, assessora do presidente Donald Trump, foi alvo de críticas nas redes sociais por sentar com os pés sobre um sofá do Salão Oval da Casa Branca durante uma recepção oficial. Em uma fotografia, é possível observar Conway sentada com as pernas dobradas em um sofá do escritório de Trump com um telefone nas mãos, enquanto o presidente posa para uma foto com os líderes das Universidades e Instituições Comunitárias de Ensino Superior Historicamente Negras (HBCU) . No Twitter, muitas pessoas criticaram Conway e interpretaram sua linguagem corporal como um sinal de “falta de respeito”. “Conway com seus sapatos em um sofá do Salão Oval - coerente com vários graus de falta de respeito que a equipe de Trump demonstra”, escreveu um internauta. “A nova base de fotos do ‘privilégio branco’”, escreveu outro usuário do Twitter sobre a foto, na qual aparece um grande grupo de líderes negros de pé. Alguns estabeleceram comparações com uma foto de 2013 do ex-presidente Barack Obama com os pés sobre uma mesa no Salão Oval. “Lembram quando os republicanos perderam a cabeça com a decoração do Salão Oval de Obama”, tuitou outro internauta. O Escritório de Ética do governo dos Estados Unidos propôs recentemente uma punição a Conway por ter recomendado publicamente que as pessoas comprassem produtos da filha do presidente. Foto: Divulgação

A promotoria da Malásia anunciou nesta terça-feira (28) que apresentará acusações de assassinato contra as duas mulheres detidas pela morte ocorrida há duas semanas de Kim Jong-nam, o irmão do líder da Coreia do Norte Kim Jong-un, informou a imprensa local. As suspeitas, a indonésia Siti Aisha e a vietnamita Doan Thi Huong, foram detidas depois que atacaram a vítima no dia 13 de fevereiro no aeroporto de Kuala Lumpur, a capital da Malásia, com o agente nervoso VX, que causou sua morte minutos depois.

As duas, cujo prazo de detenção preventiva expira hoje, comparecerão perante um tribunal na quarta-feira para serem acusadas, segundo anunciou à imprensa o procurador-geral Mohammed Apandi Ali. Além das duas mulheres, a polícia malaia mantém sob custódia um químico norte-coreano, cuja detenção preventiva expira na sexta-feira. A detida indonésia afirmou que alguns homens a tinham contratado para fazer uma pegadinha com a vítima para um programa de televisão em troca de 400 ringits (cerca de US$ 90) e que

pensava que o VX era loção infantil. As autoridades malaias também estão em busca de quatro norte-coreanos, acusados de planejarem o ataque, e pediu que um diplomata da embaixada e um funcionário da companhia aérea estatal norte-corana, que teriam sido vistos com os suspeitos antes que estes fugissem do país, fossem interrogados. As autoridades malaias ainda não identificaram formalmente a identidade da vítima, enquanto esperam que algum familiar se apresente para que possa ser feita a confirmação através de exame de DNA.


quarta-feira, 01 de março de 2017

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14 economia contexto

Acerto de contas com o Leão vai até dia 28 de abril

Os contribuintes que vão declarar o Imposto de Renda neste ano só precisarão baixar um programa para prestar contas com o fisco. Antes, era necessário um programa para preencher a declaração e outro para enviar o documento à Receita Federal. Agora, um único aplicativo fará as duas coisas. O programa gerador da declaração, o PGD IRPF/2017, pode ser baixado no site da Receita (www.receita.fazenda.gov.br). O Receitanet, que também precisava ser baixado para permitir a transmis­são do formulário, já está incluído no programa. Quem ainda tiver instalado no computador o programa do ano passado não precisará baixar um novo, só atualizá-lo. Se o programa não atualizar automaticamente, basta acessar “Verificar atualizações”, no campo “Ferramentas”. O prazo para o envio da declaração vai das 8h do dia 2

de março até as 23h59 do dia 28 de abril. Também é possível acertar as contas com o fisco por meio de dispositivos móveis, como tablets e smartphones, com o download do aplicativo “IRPF”. Segundo a Receita Federal, o contribuinte poderá optar pela declaração pré-preenchida. Neste caso, os valores são apurados por meio do cruzamento de dados das empresas e apresentados ao contribuinte, que precisa apenas confirmá-los. O contribuinte terá acesso a um arquivo que deve ser importado para a declaração de ajuste anual. Se optar por essa forma de declaração, precisará ter um certificado digital, que tem custo, ou contratar um contador para usar o certificado. Quem perder o prazo ou deixar de fazer a declaração estará sujeito a multa de no mínimo R$ 165,74 ou, no

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máximo, 20% do imposto devido.

órgão, é melhorar seu banco de dados.

O governo espera receber 28,3 milhões de declarações dentro do prazo legal deste ano. No ano passado, foram enviadas 27,9 milhões.

Se e-mails e celulares forem eventualmente usados no futuro, a Receita pedirá autorização do contribuinte.

CPF Uma mudança importante na declaração deste ano é a necessidade de incluir o número do CPF de dependentes que tinham 12 anos ou mais em 31 de dezembro de 2016 – a idade mínima anterior era 14 anos. Ou seja, os pais devem fazer o documento dos filhos para que o CPF do dependente possa ser incluído no documento. A Receita também pedirá o e-mail e o celular do contribuinte, mas esclareceu que o fornecimento dessas informações não será obrigatório. A ideia, segundo o

Estão obrigadas a apresentar a declaração as pessoas físicas que tenham recebido, em 2016, rendimentos tributáveis que somaram mais de R$ 28.559,70. Esse valor era de R$ 28.123,91 anteriormente. Também precisará apresentar a declaração quem recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados na fonte acima de R$ 40 mil; fez operações em bolsa; obteve ganho de capital na venda de bens e direitos sujeito ao IR; teve posse ou propriedade, em 31 de dezembro, de bens ou direitos acima de R$ 300 mil. O calendário de restituições vai de 16 de junho a 15 de dezembro.


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quarta-feira, 01 de março de 2017

economia 15

números

Grupo Solvay divulga resultados de 2016

O Grupo Solvay alcançou um faturamento de 10,9 bilhões de euros em 2016, segundo anúncio feito na semana passada na sede do grupo, em Bruxelas, Bélgica. O EBITDA ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou 2,28 bilhões de euros, com uma elevação de 7,5% sobre 2015. A margem sobre o EBITDA bateu recorde em 2016 e alcançou 21%, um índice relevante para a indústria química em geral. O

lucro líquido em uma base subjacente alcançou 846 milhões de euros contra 768 milhões de euros em 2015. A empresa obteve em 2016 uma geração de caixa de 876 milhões de euros, que representou um aumento de 384 milhões de euros em relação ao ano anterior. Segundo Jean-Pierre Clamadieu, CEO do Grupo Solvay, “a empresa registrou em 2016 um crescimento sólido do EBITDA, apoiado por nosso processo de

transformação organizacional e pela melhoria do perfil dos nossos clientes. A busca pela excelência operacional, por resultado rápido de sinergias e uma dinâmica contínua de preços contribuíram de forma sólida para o nosso desempenho”, disse. Para Clamadieu, ‘a atualização do nosso portfólio nos permitiu reduzir significativamente nossa intensidade dos gases de efeito de estufa. No geral, estes elementos combinados

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aumentam a criação de valor sustentável para os nossos clientes e acionistas”. O CEO do Grupo Solvay acrescentou que a empresa continua no rumo certo para alcançar os nossos objetivos de médio prazo. “Para 2017, esperamos que o EBITDA subjacente cresça em um dígito de nível médio, impulsionado principalmente por nossas áreas de Advanced Materials e Advanced Formulations, e gere mais 800 milhões de euros de caixa”, disse.


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tecno

reciclagem

Herdeiro da Samsung é indiciado por corrupção

O herdeiro do grupo Samsung e outros quatro executivos da empresa foram oficialmente indiciados nesta terça-feira (28) por corrupção, no âmbito do escândalo político que abala a Coreia do Sul há vários meses, um novo golpe para a maior fabricante mundial de smartphones. O indiciamento significa de maneira quase certa que Lee Jae-Yong será levado, ao lado dos quatro executivos, a um tribunal, o que provoca novas inquietações ao conglomerado sulcoreano, que recentemente se viu obrigado a retirar do mercado, por falhas, um novo modelo de smartphone. Lee, 48 anos, foi acusado por “corrupção, utilização indevida de bens públicos, ocultação de ativos no exterior e perjúrio”, declarou Lee Kyu-Chul, portavoz da equipe especial que investiga o caso, que provocou o impeachment da presidente do país, Park Geun-Hye. Lee Jae-Yong é o vice-presidente da Samsung Electronics, filho do presidente do grupo e neto do fundador. No dia 17 de de fevereiro foi decretada sua detenção provisória. Três dos cinco indiciados pediram demissão, mas não o herdeiro do grupo, informou a Samsung, o prin-

cipal conglomerado do país, que representa 20% do PIB sul-coreano. A Samsung anunciou ainda o “desmantelamento” do Escritório de Estratégias Futuras, que supervisiona todas as decisões importantes da empresa, como parte de um “programa de reformas” que prevê maior independência para cada departamento da empresa. A empresa também decidiu acabar com o poderoso departamento responsável por fazer lobby junto ao governo. Além disso, afirma que deseja tornar a política de doações mais transparente. “Resta saber se é uma nova medida cosmética para desviar a atenção das críticas da opinião pública”, afirmou Chung Sun-Sup, diretor do chaebol.com, site que monitora o comportamento das empresas. No passado, recordou o analista à AFP, “a Samsung acabou com departamentos de controle do grupo quando foi descoberto que não cumpriam a lei, mas depois os criou novamente com outro nome”. Lee se tornou o principal executivo da Samsung após uma crise cardíaca de seu pai em 2014. A família Lee “deve continuar exer-

cendo seu poder e sua influência em todo o grupo”, afirmou Sun-Sup. Fusão polêmica O anúncio desta terça-feira é um novo golpe para o maior conglomerado empresarial da Coreia do Sul, que enfrenta dificuldades desde que retirou do mercado o Galaxy Note 7, que registrou vários casos de baterias com defeito. A derrocada foi atribuída em parte ao frágil sistema de gestão de um grupo com funcionamento centralizado, onde os diferentes departamentos aplicam sem pestanejar as decisões de um pequeno número de executivos. O escândalo político na Coreia do Sul tem como principal nome Choi Soon-Sil, amiga há 40 anos da presidente afastada Park, acusada de ter utilizado sua influência para obter mais de 70 milhões de dólares de diferentes empresas, e de interferir nos assuntos do Estado. A Samsung foi a empresa mais generosa para as fundações duvidosas controladas pela confidente da presidente. Também repassou milhões de euros a Choi sob o pretexto de financiar na Alemanha os treinamentos de ginetes sul-coreanos,

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incluindo a filha de Choi Soon-Sil. Em contrapartida, a Samsung teria recebido o aval do governo para a polêmica fusão em 2015 de duas de suas unidades, Cheil Industries e C&T. A operação foi denunciada por alguns acionistas que considerara mque a C&T foi deliberadamente desvalorizada. Mas a Caixa de Previdência, importante acionista da Samsung, controlada pelo ministério dos Assuntos Sociais, apoiou a decisão. Um ex-ministro de Assuntos Sociais foi acusado no mês passado por abuso de poder. Lee nega todas as acusações. Os indiciamentos foram anunciados no último dia de mandato da equipe especial de investigadores nomeada em dezembro pela Assembleia Nacional, que agora deve transmitir o caso aos juízes do Ministério Público. No total, 31 suspeitos foram indiciados, 17 deles nesta terça-feira. Uma exministra da Cultura e um ex-chefe de gabinete da presidência estão na lista. Agora o Ministério Público deve prosseguir com a investigação sobre outros grupos, como Hyundai Motor ou a gigante da distribuição Lotte, afirmou o porta-voz da equipe de investigação.


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