Edição 2438 03/01/17

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abc

Terça-feira, 03 de janeiro de 2017 Edição 2438 Ano XI

Prefeitos são empossados e Câmaras votam presidências

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Os prefeitos eleitos para governar as cidades do ABC nas eleições municipais do último outubro tomaram posse de seus cargos no último domingo (1). Em seus discursos, eles reforçaram promessas da campanha e houve quem aproveitou para criticar antecessores. Acompanhe nesta edição do Jornal HojeLivre como ocorreram as solenidades oficiais.

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4Pág. 05 a 08

Subcomissão do ABC promove treinamento

DESTAQUE SQN

cidades Investimentos garantem mais segurança em Diadema. 4Pág. 04

cultura Agenda de shows para este 2017 agrada a todos os públicos.

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4Pág. 09

esportes Clube da China vai oferecer R$ 322 milhões por Diego Costa.

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4Pág. 10

Produtos Perigosos: ação será desenvolvida pela equipe de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Emergências Químicas Ambientais. 4Pág. 03

seu bolso IPTU e IPVA: vale a pena fazer empréstimo para pagar à vista?. 4Pág. 14


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2 editorial

PASSANDO A LIMPO

A falácia dos outsiders

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posse n O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), tomou posse no domingo

(1), em sessão solene na Câmara dos Vereadores. Ele se limitou a fazer o juramento de posse, sem discursos. “Me comprometo com a justiça social, paz e igualdade de tratamento a todos os cidadãos”, disse. A sessão foi presidida pelo vereador Eduardo Suplicy (PT), o mais votado nas eleições de outubro e também o mais velho entre os parlamentares da Casa.

base de oposição n Na abertura da cerimônia, Suplicy lembrou ter trabalhado pela tentati-

va de reeleição do ex-prefeito Fernando Haddad (PT) e frisou que irá compor a base de oposição na Câmara. “Todos sabem o quanto eu batalhei para que Haddad fosse eleito, pois considero que ele teve uma excelente gestão. Mas expresso meu respeito pela maneira democrática com que Vossa Excelência foi eleito”, afirmou Suplicy, dirigindo-se a Doria. “Temos a obrigação de fiscalizar os atos do Executivo. Espero que seja uma gestão de diálogo e respeito”, disse.

nomes n Tomaram posse também o vice-prefeito, Bruno Covas (PSDB), e os 55

vereadores. Cinco suplentes assumiram o cargo no lugar de vereadores eleitos que deixaram o posto para comandar secretarias do governo municipal. Já os vereadores que assumirão as pastas municipais são Soninha Francine (PPS), Patrícia Bezerra (PSDB), Eliseu Gabriel (PSB), Daniel Anneberg (PSDB) e Gilberto Natalini (PV).

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Os resultados das últimas eleições municipais – principalmente os observados em São Paulo e no Rio de Janeiro, as duas maiores cidades do País – têm servido como pretexto para se difundir a ideia de que estão em ascensão os chamados candidatos outsiders, aqueles que se apropriam da aversão difusa de boa parte da população à política dita tradicional para lustrar suas campanhas eleitorais com o verniz da candura dos que estão “contra tudo isso que está aí”. Noves fora a platitude, trata-se, evidentemente, de uma falácia. Se não pelas biografias dos candidatos que se apresentam – revelando um prolífico histórico de participação política, seja ela partidária ou não – ao menos pela afronta à própria noção de política em seu mais elevado significado. A Constituição de 1988 caracteriza a democracia brasileira como uma democracia representativa do tipo partidário, ou seja, nenhuma candidatura a cargo político, seja para mandato no Poder Executivo, seja no Legislativo, é admitida a não ser por intermédio de partidos políticos legalmente constituídos. O Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa admite o anglicismo e define outsider como a “pessoa que não pertence a determinado grupo; estranho, intruso, forasteiro, leigo”. Ora, o fato de filiar-se a um partido político e pavimentar o caminho de sua candidatura pela legenda já inviabiliza no nascedouro a proclamada antipolítica do postulante. Fossem permitidas as candidaturas avulsas no Brasil, estas, sim, dariam azo aos arroubos aventureiros que por definição distinguem um outsider. Mas não. Da forma como rege a Constituição brasileira, a “antipolítica” não passa de uma narrativa – para usar uma palavra da moda – tão política como o mesmo discurso que esses candidatos pretendem desconstruir. Vejamos o que ocorreu nas duas cidades citadas. Em São Paulo, o candidato eleito para a Prefeitura em primeiro turno, João Doria Júnior, há 13 anos está à frente do Lide – Grupo de Líderes Empresariais –, cuja atuação envolve, entre outras atividades, a promoção da integração entre entidades privadas e o poder público a fim de viabilizar projetos sociais. Quem há de dizer que isso não caracteriza

uma atividade eminentemente política, ainda que apartidária? A política também está presente na vida do novo prefeito de São Paulo pela história de seu pai. João Agripino da Costa Doria Neto foi eleito deputado federal pelo Partido Democrata Cristão (PDC) da Bahia nas eleições gerais de 1962. Teve o mandato e os direitos políticos cassados pelo Ato Institucional n.º 1, de abril 1964. Por fim, mas não menos importante, cabe dizer que João Doria Júnior chegou à Prefeitura de São Paulo pelo PSDB, partido que governa o Estado há mais de 20 anos. No Rio de Janeiro, o caso é ainda mais escalafobético. É preciso uma dose excessiva de ingenuidade para classificar a vitória do prefeito Marcelo Crivella como o triunfo da antipolítica. Eleito senador pela primeira vez em 2002, Crivella foi reeleito em 2010 e logo ocupou a liderança da bancada do Partido Liberal (PL). Em 2005, fundou o Partido Republicano Brasileiro (PRB) com o vice-presidente da República, José Alencar. Foi o líder deste partido na Casa até sua recente eleição para a prefeitura do Rio. No governo da ex-presidente Dilma Rousseff, Crivella foi ainda o ministro da Pesca. Outras candidaturas autodenominadas “antipolíticas” já começam a se alvoroçar com vistas às eleições gerais de 2018. Devem ser recebidas com a prudência que a boa administração pública requer. São muitos os efeitos deletérios do mau exercício da atividade política. Os danos tangíveis são percebidos pela sociedade na má gestão do erário, na corrupção e na consequente precariedade da prestação de serviços públicos. O mais grave, no entanto, não pode ser mensurado. Trata-se justamente da descrença na política como o meio civilizado de consecução do bem comum e da garantia da paz social. Não há saída democrática fora da política. Aqueles que se autodenominam antipolíticos estão, na melhor das hipóteses, mal informados. Fazem do próprio despreparo um trunfo para operar em um ambiente que, de pronto, demonstram não conhecer. No pior cenário, travestem-se de um manto ilusório que visa tão somente a servir de subterfúgio para chegar ao poder negando aquilo que, na verdade, almejam desde o princípio.

FRASES

Há nove anos eu era uma atleta gordinha, pesava 15kg a mais. Hoje estou com 51kg. Tatiele de Carvalho, melhor representante do Brasil na 92ª São Silvestre

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cidades

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contexto

Produtos Perigosos: Subcomissão do ABC promove treinamento

A Subcomissão Regional de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Emergências Ambientais com Produtos Químicos Perigosos da Região do Grande ABC (SRP2R2 ABC) promove, em 19 de janeiro, seu primeiro treinamento para gestão de riscos envolvendo produtos químicos perigosos nas sete cidades. Durante o evento, realizado na sede do Consórcio Intermunicipal Grande ABC,

a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) apresentará os procedimentos do seu manual para atendimento a emergências com produtos perigosos. A SRP2R2 ABC conta com representantes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Corpo de Bombeiros, polícias Ambiental e Rodoviária Federal e Estadual, Comitê de Fomento

Industrial do Polo Grande ABC (Cofip), Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), além de integrantes dos Grupos de Trabalho (GTs) Defesa Civil, Mobilidade Urbana, Segurança Pública, Meio Ambiente e Saúde, entre outros. A Subcomissão Regional já planeja a realização de novos treina-

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mentos, por meio dos outros integrantes do grupo, de acordo com a coordenadora do Grupo de Trabalho Defesa Civil do Consórcio, Débora Diogo. “A ideia é que cada um dos setores possa apresentar seus procedimentos de gestão de riscos, possibilitando o compartilhamento de informações e maior eficiência na prevenção de acidentes com produtos químicos na região”, afirmou.


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CIDADES

contexto

Investimentos promovem aumento na segurança em Diadema

Em decorrência dos investimentos feitos durante o ano de 2016 pela Secretaria de Defesa Social na Guarda Civil Municipal de Diadema, como a contração de novos 39 GCMs e a capacitação da equipe, as rondas se intensificaram, melhorando a segurança na cidade. Só nos últimos sete dias do ano, a GCM participou ativamente de 37 ocorrências, sendo as principais: auto abandonado, homicídio, furto e porte ilegal de arma. Alguns dos resultados dessas ações são a recuperação de uma moto que havia sido rouba-

da em novembro e, neste mês, foi devolvida para o proprietário. Prevenção A Secretaria de Defesa Social desenvolve outros trabalhos preventivos no combate ao crime. Uma delas é o contato permanente com os comandantes do 24º Batalhão (Diadema) e do Grande ABC para discutir a questão da segurança pública na cidade. A Polícia Militar de Diadema e a Secretaria Municipal de Defesa Social realizam levantamentos e estudos dos pontos críticos da cidade.

Uma das ações em conjunto com a PM que a Secretaria de Defesa Social desenvolve é a Ronda Cidadã, implantada em 2014. Viaturas da GCM ficam posicionadas em 14 locais da cidade, levantados por meio de ocorrências policiais realizadas em conjunto pela GCM, Polícias Civil e Militar e denúncias da população. Ao mesmo tempo, rondas da GCM e da Polícia Militar circulam o município, que é dividido em quatro setores, enquanto a Polícia Civil realiza diligências e investigações

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para o combate à criminalidade. Auxílio popular Um dos pontos importantes para auxiliar o trabalho da Guarda Civil Municipal é a necessidade de a população fazer Boletim de Ocorrência ou ligar para o telefone 190 após o crime. O Observatório de Segurança Municipal coleta os dados dos B.O.s dos quatro distritos policiais de Diadema, e assim, com base nas informações, é possível planejar as ações de modo preciso por saber as áreas da cidade onde há maior incidência de atos infracionais.


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política

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diadema

Michels toma posse e diz que primeira missão é revisar contratos O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), iniciou domingo (1) seu segundo mandato e afirmou que entre suas primeiras medidas está a revisão de contratos. “Como primeira grande medida vamos rever os contratos para esta nova gestão. Também já pedi para os secretários trazerem os planos visando aos cem primeiros dias de governo”, destacou. Michels também afirmou que ainda esta semana anunciará outros secretários. “Estamos fechando algumas pastas nas composições políticas e também vendo a questão de ser técnico, para unir as duas coisas e também para agregar a base aliada, que participou da nossa vitória. É hipocrisia não falar da base que me ajudou a chegar até aqui, até porque o povo escolheu essa base e ela vai participar do governo”, pontuou, afirmando que o anúncio dos novos integrantes

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do primeiro escalão trará surpresas. O prefeito reafirmou que vem promovendo a renovação do secretariado, conforme prometeu durante a campanha eleitoral. Segundo Michels, a troca chega a 60%, englobando a nomeação de novos chefes para as pastas, as mudanças de secretários de área de atuação e de pessoal. “Mesmo que você apenas mude o secretário de pasta é saudável para o poder público. Para a pessoa não se sentir dona daquilo que está fazendo. Mexi em pastas, troquei pessoas e secretários. Também tem nomes novos, como o coronel Soffner na Defesa Social e o (Luiz) Claudio Sartori, na Saúde. Ainda tem diversas secretarias que vamos anunciar amanhã, como a de Cultura e a Florestan Fernandes. Estamos pegando onde houve reclamações e ajustando neste segundo mandato”, afirmou.

Com chapa única, Marcos Michels é eleito presidente da Câmara da cidade Foto: Divulgação

O vereador Marcos Michels (PSB) foi eleito também no domingo (1) novo presidente da Câmara de Diadema, em chapa única. Segundo Michels, o diálogo foi essencial para consenso com aliados. Após as eleições, PPS e DEM, para pressionar o governo por mais espaço, iniciaram diálogo com a oposição (PT e PRB), a fim de indicar Revelino Teixeira da Silva, o Pretinho do Água Santa (DEM), como candidato à presidência da Mesa, gerando atritos. “Houve recuo de todos os lados. Com reuniões na última semana, fomos mostrando todo o trabalho que estava sendo realizado e a importância de cada um. Vários vereadores cederam e conseguimos consenso. Também tentamos conversas com o PT e o PRB, mas não foi possível até pelo tempo. Véspera de ano novo. Protocolamos a chapa no último minuto”, pontuou, ao destacar que foi “uma grande vitória do governo a indicação de chapa única”. Questionado sobre a reconcilia-

lativo, para evitar que os projetos cheguem em cima da hora”, afirmou. Gastos Segundo o novo presidente da Câmara, serão tomadas medidas para contenção de despesas. Michels afirmou que apesar de a Câmara ser bem estruturada, serão revistos salários, número de assessores, uso de carros e celulares, entre outras medidas. “A Câmara não gera receitas. Quem paga é a população. Se conseguirmos economizar (o que é repassado para a Casa), podemos aplicar em benefício dos munícipes”, pontuou.

ção com o PPS e o DEM na última semana e a governabilidade neste segundo mandato, o prefeito Lauro Michels (PV) se limitou a dizer que “política é que nem nuvem: uma hora está aqui e outra está lá”. Marcos Michels afirmou que pretende manter diálogos contantes com

vereadores, tanto da situação como da oposição, para que todos possam ter seus pleitos ouvidos. “Pretendo chamar nas reuniões de governo também os vereadores que hoje se dizem da oposição, para mostrar os projetos que precisam ser aprovados. Também vamos coordenar melhor a relação Executivo – Legis-

Além de Marcos Michels, a Mesa Diretora será formada pelo primeiro vice-presidente, Salek Aparecido Almeida (DEM), e Paulo César Bezerra da Silva (PV), como segundo vice-presidente; Pretinho do Água Santa foi eleito primeiro secretário, Audair Leonel (PPS), o segundo secretário, e Sérgio Ramos da Silva, o Companheiro Sérgio (PPS), como terceiro secretário.


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política

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posses

‘Não esperem um prefeito populista’, diz o prefeito Paulo Serra

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O prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), alertou a população neste domingo (1), durante solenidade de posse, que não espere um prefeito populista, em uma crítica aos antecessores Carlos Grana (PT) e Aidan Ravin (PTB). “Não dá pra fazer igual ao que estava antes. Nasceu uma semente que mostra que a política pode voltar a ser uma grande ferramenta. Faremos um governo do diálogo”, disse o tucano, que garantiu ainda que será um “prefeito gestor”. Ainda segundo Serra, a intenção é que seu governo imprima valores de ética e moral, já que a eleição foi um “divisor de águas” e revelou que as pessoas querem mudança não apenas de partido, mas de postura dos políticos. A cerimônia de posse terminou por volta das 14h, na Câmara Municipal. A transmissão de cargo, além da confirmação dos secretários, que também tomaram posse neste dia 1º, aconteceu no Teatro Municipal.

Em Ribeirão, Kiko garante3: ‘chega de andar de cabeça baixa’ O prefeito de Ribeirão Pires, Adler Kiko Teixeira (PSB) disse neste domingo, durante seu discurso de posse, que pretende dar aos moradores da cidade motivos para se orgulharem. “Vamos dar amor e felicidade para nossa cidade. Chega de andar de cabeça baixa. Vamos levantá-la e falar com orgulho que moramos em Ribeirão Pires”, pregou. Kiko disse ainda que não irá se acovardar, em referência aos ataques sofridos durante e depois da campanha por parte dos adversários e do ex-prefeito Saulo Benevides (PMDB). A cerimônia de posse teve início por volta das 11h, com pouco mais de uma hora de atraso, no Ribeirão Pires Futebol Clube, no Centro da cidade.

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política

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posses

Morando diz que população sentirá mudanças na cidade em 100 dias Foto: Divulgação

O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), acredita que, em 100 dias, a população poderá sentir a mudança na administração municipal, por meio da melhoria dos serviços públicos. Para isso, o tucano aposta na implementação de um programa de zeladoria urbana, o Nova São Bernardo, nos primeiros dias de seu governo – iniciado neste domingo (1) com sessão solene na Câmara, onde foi empossado. “Garanto que, na zeladoria, a população vai perceber claramente nos 100 primeiros dias que a cidade tem novo prefeito e nova postura. Em outras áreas, como a merenda escolar, há necessidade de processo licitatório e contratação”, afirmou Morando, durante entrevista coletiva concedida após a sessão que lotou o plenário. O programa prevê a realização de serviços de limpeza, poda de árvores, sinalização, tapa-buraco, entre outros.

uma cidade complexa, com problemas de todo tipo: obras paradas e outras investigadas na Justiça, a rede de Saúde precarizada. A partir de amanhã (segunda) esta responsabilidade passa a ser minha e, por isso, temos de dar solução para os problemas”, prosseguiu Morando.

to de seu plano de governo. Entre as primeiras ações citou o corte de cargos comissionados e de carros oficiais, a renegociação de dívidas deixadas por seu antecessor, Luiz Marinho (PT), e a análise de contratos com organizações não governamentais (ONGs).

“O que me move como prefeito de São Bernardo é por em prática as mudanças de que a população precisa. Trata-se de

O tucano pediu compreensão para medidas “indigestas, mas necessárias” que terá de tomar para o cumprimen-

Morando destacou que a população da periferia terá preferência nas ações da nova administração, a despeito da

promessa de austeridade fiscal, “porque usa UBS (Unidade Básica de Saúde), usa escola pública e transporte público”. “Vamos cortar o desperdício e transformá-lo em eficiência”, destacou, citando a meta de gerar superávit de R$ 100 milhões no primeiro ano de governo. O prefeito anunciou também a mudança no sistema de aquisição do material escolar. A ideia é dar um cartão no nome da mãe com crédito para que compre o uniforme e o material escolares. “Preferencialmente, as pessoas poderão adquiri-los no comércio da cidade, o que vai aquecer a economia local”, disse Morando, destacando que o objetivo é adotar o novo modelo ainda este ano. Emocionado Em um discurso de 22 minutos, Morando relembrou sua trajetória política e se emocionou ao falar da família. Após a sessão solene – durante a qual também foram empossados o vice-prefeito Marcelo Lima (SD) e os 28 vereadores –, Morando deu posse aos secretários em cerimônia realizada no Teatro Lauro Gomes.

Pery Cartola é eleito presidente da Câmara de São Bernardo Foto: Divulgação

Com maioria tranquila na Câmara, o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), teve neste domingo (1) nova sinalização de que não terá problemas de governabilidade no Legislativo, ao menos pelos próximos dois anos. Com 25 dos 28 votos, Pery Cartola (PSDB) foi eleito presidente e terá a companhia, na administração da Casa, de outros três vereadores governistas: Pastor Zezinho (PSDB, vice-presidente), Juarez Tudo Azul (PSDB, primeiro secretário) e Ivan Silva (SD, segundo secretário). Cartola terá como primeira missão resolver o imbróglio em que se transformou a definição do número de assessores do Legislativo. No último dia 15, o desembargador Carlos Augusto Lorenzetti Bueno, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), determinou o afastamento de 90% dos comissionados da Câmara, acolhen-

em um momento em que não poderemos descansar”, disse Cartola. O tucano garantiu que, apesar de ser aliado de Morando, o Legislativo terá independência sob sua gestão. “Seremos um braço auxiliar (do Executivo), mas teremos nossa autonomia”, disse Cartola, prometendo ainda um “choque de gestão” na Casa, com revisão de todos os contratos.

do ação movida pelo procuradorgeral de Justiça, Gianpaolo Poggio Smanio, chefe do Ministério Público. Na prática, a decisão extinguiu dez dos 11 cargos de cada gabinete. Três dias depois, porém, o próprio TJ-SP suspendeu a decisão por 90 dias, mas a Casa trabalha com possibilidade de julgamento do méri-

to logo após o retorno do Judiciário do recesso, em 20 de janeiro. “Precisamos resolver essa questão o mais rápido possível. Conversamos e entendemos o sentimento dos vereadores, mas vamos observar pareceres técnicos que nortearão a elaboração de um projeto de reforma que contemple o MP e o TJ-SP. Estamos

PT Segunda maior bancada da Câmara, com cinco vereadores, o PT não foi contemplado na eleição para a mesa diretora e vai integrar apenas duas das 15 comissões permanentes da Casa. As principais estão nas mãos de parlamentares governistas: Constituição, Justiça e Redação, com Toninho Tavares (PSDB), e Finanças e Orçamento, com Martins Martins (PHS).


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política

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são caetano

Durante posse, Auricchio critica gestão de antecessor

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O prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), fez discurso bastante crítico contra seu antecessor, Paulo Pinheiro (PMDB), na manhã deste domingo (1), durante sua posse na Câmara Municipal. A cerimônia, prevista para as 10h, terminou por volta das 11h40. Auricchio disse que Pinheiro não realizou o processo de transição e que as informações que foram solicitadas não foram repassadas. Assim, o tucano disse que assumirá o Paço “de olhos vendados”. O atual prefeito criticou ainda a falta de abono dos educadores e citou a mudança repentina de convênio médico os servidores públicos. Logoapósaposse,Auricchioseguiuparaa Prefeitura,ondedeuposseaossecretários.

Em Mauá, Atila diz que será ‘pai do povo’ O prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), afirmou na manhã deste domingo, durante cerimônia de posse na Câmara Municipal, que será “o pai do povo”. “Quero governar como um pai de família. Serei o pai do povo, para que eu possa resolver os problemas e desmandos sofridos na cidade. Serei o mesmo Atila que fui quando vereador, o filho de Mauá. Trabalharemos com muito suor, lágrimas e alegria”, disse Atila. O atual chefe do Executivo afirmou ainda que pretende ser um prefeito revolucionário, “que traga a modernização e devolva o orgulho do povo de dizer que é mauaense”. Nomeado pelo pai, o vereador reeleito Admir Jacomussi (PRP), Atila fez a assinatura de seu mandato para os próximos quatro anos por volta das 11h. Em seguida, por volta das 11h40, teve início a cerimônia de entrega de chaves na Prefeitura. Logo após ocorreu a eleição para a presidência da Câmara mauaense.

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cultura

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prepare-se

Veja o que a música promete em 2017

Celulares ao alto, canções entoadas em uníssono e delírio de fãs. A atmosfera de um show, independentemente do gênero musical, é única. E se depender do calendário dos espetáculos internacionais que virão ao País em 2017, principalmente em São Paulo, opções não vão faltar para ter essa sensação e se divertir a valer nos próximos meses. A começar por janeiro, que no dia 26 terá apresentação do cantor norteamericano Jason Mraz no Citibank Hall (Avenida das Nações Unidas, 17.955). Os fãs se emocionarão ao som dos seus inúmeros sucessos, entre eles I’m Yours, Won’t Give Up, Lucky, entre outros. Os ingressos custam a partir de R$ 220. Em março, a agenda é de ‘responsa’: no Lollapalooza Brasil, que será nos dias 25 e 26 no Autódromo de Interlagos (Avenida Senador Teotônio Vilela, 261), terá Metallica, The Strokes, The Weeknd, The XX, Duran Duran, entre outros. O ingresso para o dia custa a partir de R$ 540. E não é mentira: no dia 1º de abril, o fenômeno pop Justin Bieber fará a Purpose Tour, no Allianz Parque, em São Paulo. Lançado no fim de 2015, o disco que dá nome à turnê tem novos e antigos sucessos,

como What Do You Mean?, Sorry e Love Yourself. Ingressos a partir de R$ 250 (R$ 125 meia-entrada). Cinco dias depois será a vez de Elton John e James Taylor se apresentarem também no palco do Allianz Parque. Os ingressos custam a partir de R$ 250 (R$ 125 meia-entrada). E, ao que tudo indica, depois de tanto os fãs pedirem, a cantora Adele deverá mostrar, pela primeira vez, sua bela voz ao vivo para os brasileiros. Há expectativa de que sua turnê seja em abril – em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre –, mas a cantora ainda não anunciou datas nem os locais das apresentações. Ainda em abril, nos dias 28, 29 e 30, o cantor canadense Bryan Adams fará sua nova turnê, Get Up, no Citibank Hall. Quem quiser vêlo cantando o clássico Have You Ever Really Loved a Woman?terá de desembolsar a partir de R$ 80. No segundo semestre, mais precisamente em setembro, a expectativa fica pelo Rock in Rio, que será nos dias 15, 16, 17, 21, 22, 23 e 24 na Cidade do Rock (Avenida Salvador Allende), no Rio de Janeiro. No se-

tlist já tem nomes como Aerosmith, Maroon 5, Red Hot Chili Peppers e Bon Jovi, que devem atrair milhares de fãs.Os ingressos, que custam R$ 435 (R$ 217,50 meia-entrada) por dia, estão esgotados, mas logo deve abrir novo lote de vendas no site rockinrio.ingresso.com. As entradas dos demais shows estão disponíveis no ticketsforfun.com.br. Canais abertos terão novidades em janeiro Ficar em casa não quer dizer que não haverá entretenimento. Se depender da programação dos canais abertos, opções não vão faltar. No dia 8, por exemplo, o The Voice Brasil Kids, liderado por André Marques, tem seu programa de estreia. Os técnicos serão os mesmos da primeira edição: Ivete Sangalo, Carlinhos Brown e a dupla Victor e Leo. No dia 23, Tiago Leifert faz sua estreia à frente do Big Brother Brasil, que está em sua 17ª edição. Pedro Bial, que até então foi o apresentador oficial, agora terá um talk show, ainda sem data para ser lançado, mas que deve ocupar o horário do Programa do Jô. No dia 24, logo depois do BBB, terá início a 4ª temporada do Tá no Ar: a TV na TV, com Marcius Melhem,

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Marcelo Adnet e Mauricio Farias. E, no dia 26, Fernanda Lima volta a apresentar o Amor & Sexo. A novidade da edição é o humorista Eduardo Sterblitch, que chega para dividir a bancada com Mariana Santos, Otaviano Costa, José Loreto, Regina Navarro Lins e Dudu Bertholini. SOBREVIVÊNCIA A partir do dia 4, às 22h30, a Record estreia a série Sem Volta. Dividida em 13 capítulos, transmitidos de segunda a sexta, vai mostrar a história da luta pela sobrevivência de 11 montanhistas, com idades entre 16 e 50 anos, em um ambiente difícil e em um clima hostil, eles se perderão ao escalar a Agulha do Diabo, na Serra dos Órgãos, perto de Teresópolis, no Rio de Janeiro. Por falar em desafio, o chef Erick Jacquin, jurado do MasterChef, ganhou um grande: salvar restaurantes que estão à beira da falência. Ele fará isso no programa Pesadelo na Cozinha, da Band, com estreia prevista para o dia 26 de janeiro, às 22h30. Paola Carosella, também jurada do MasterChef, deve estrear seu programa voltado para documentários no segundo semestre.


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esportes

mercado da bola

Clube da China vai oferecer R$ 322 milhões por Diego Costa

Os milionários clubes de futebol chineses não param de oferecer valores estratosféricos para contratar os melhores jogadores do mundo. O próximo atleta a receber uma oferta tentadora é o brasileiro naturalizado espanhol Diego Costa. Segundo o jornal inglês The Sun, o Tianjin Quanjian prepara uma oferta de 80 milhões de libras (R$ 322 milhões) para tirar o atacante do Chelsea, da Inglaterra. O jogador, ainda de acordo com o tabloide, receberia R$ 1,9

milhão por mês. É a segunda vez em um mês que o Tianjin Quanjian tenta contratar Diego Costa. A primeira oferta de 50 milhões de libras foi recusada pelos ingleses. O atacante, que vive grande fase, é o artilheiro do Campeonato Inglês, com 14 gols, e se transformou em um dos principais jogadores da equipe comandada pelo técnico Antonio Conte. O Tianjin Quanjian conseguiu o acesso à primeira divisão do futebol chi-

nês neste ano. Até 2016, o time foi comandado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo, que foi substituído pelo italiano Fabio Cannavaro. No Tianjin, jogam os brasileiros Jadson, exCorinthians, e Geuvanio, ex-Santos. Propostas tentadoras Na semana passada, o empresário de Cristiano Ronaldo revelou que o astro do Real Madrid recebeu uma oferta de R$ 1 bilhão para se transferir ao futebol chinês. Segundo Jorge Mendes,

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que também é empresário de Diego Costa, a proposta incluía ainda um salário de mais de 100 milhões de euros (aproximadamente R$ 343 milhões) por temporada. Cristiano Ronaldo, no entanto, disse que continua no Real Madrid. Já o argentino Carlitos Tevez não resistiu às ofertas tentadoras. O atacante foi confirmado como novo reforço do Shanghai Shenhua. Tevez, que estava no Boca Juniors, ganhará R$ 38 milhões por temporada e terá o maior salário do mundo do futebol.


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esportes

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tigre

Jogadores comentam estilo ‘professor durão’ de treinador

O apito soa e o treino para. Não há tempo para silêncio, porque logo uma voz firme ecoa pelo Estádio do Baetão: “assim, não, meu filho”. Após a bronca, a atividade recomeça, mas logo acontece nova paralisação. “O que eu falei para vocês?”, grita. Este é o estilo enérgico e durão do técnico Souza, que mais uma vez estará à frente do São Bernardo para a Copa São Paulo de Futebol Júnior. Lidando com jogadores a partir de 16 anos, ele tem missão mais complexa do que treinar, mas ensinar e controlar o ego dos meninos. Sua exigência, entretanto, é elogiada pelos atletas, que já dizem estar acos-

tumados ao perfil do treinador. “Ele quer nos ensinar quando a gente erra, porque com os erros aprende. Estamos acostumados, todo dia ele é assim”, disse o meia Samuel. “Levo como conselho. Está sempre orientando a gente e tenho certeza que é para o meu bem”, completou o lateral-direito Messias. Porém, mesmo sabedores desse perfil do comandante, nem todos os atletas assimilam as chamadas de atenção. “O Souza pega bastante no pé mesmo. Às vezes a gente fica chateado, mas sabe que é para o bem. Alguns jogadores não aceitam a cobrança, isso é normal. Não vai agradar a todos, porque todo

mundo quer jogar. Antes estava com muita briga, mas está melhorando”, comentou o volante Alex. “Às vezes o garoto acha que está melhor que o outro, mas isso fica para nós decidir”, posicionou-se o próprio Souza. Apesar de jovens, os jogadores demonstram personalidade, como o zagueiro Nicolas – um dos alvos preferidos de Souza nas broncas –, ao falar sobre o treinador. “O professor é bem exigente, mas isso é bom para a gente. O cara que não é cobrado quer dizer que não pode dar mais, ou seja, eu ficaria triste se não gritasse meu nome. Fico feliz porque ele sabe

Foto: Divulgação

que posso melhorar. Erro, porque sou humano, mas também posso dar mais. É sempre bom ser lembrado.” Segundo Souza, trabalhar com os jogadores no último degrau antes de partirem à profissionalização é um desafio. E ter esse estilo é necessário. “Precisa cobrar para que não cheguem ao profissional e tenham de corrigir tudo de novo. Então procuro passar tudo para eles, em termos técnicos, táticos, maneira de se postar em campo, para quando subir só dar a sequência natural”, contou ele, que também encontra tempo para sorrir. “A gente procura, além de cobrar, descontrair também o ambiente”, concluiu.


terça-feira, 03 de janeiro de 2017

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12 são caetano cotidiano

Em transição de Governo, gestão garante que fechou no azul

Paulo Pinheiro entregou a Prefeitura de São Caetano para o novo prefeito José Auricchio Junior no último sábado e garante que a situação da cidade “está no azul”. No sábado (31), foram publicados na Imprensa Oficial os demonstrativos contábeis do exercício de 2016. “Os resultados demonstram o grande esforço de saneamento das finanças do município, feitos numa conjuntura econômica extremamente adversa. Para que se tenha uma ideia, a receita da Prefeitura, que em 2015 foi de 1 bilhão e 130 milhões de reais, caiu em 2016 para 1 bilhão e 17 milhões, o que representa uma queda nominal de 10,02%. Se considerarmos o efeito da inflação, essa queda quase dobra”,

ressaltou o chefe do Executivo no último dia de mandato. “Recebemos do prefeito antecessor uma dívida de curto prazo no montante de R$ 264 milhões, do qual pagamos R$ 191,2 milhões, restando um saldo de restos a pagar, referente ao ano de 2012, de R$ 72,8 milhões. Porém, a disponibilidade de caixa em 31/12/2012 era de apenas R$ 13,2 milhões”, completou o secretário municipal da Fazenda, Jorge Alano Silveira Garagorry. “Estamos deixando restos a pagar da nossa gestão de apenas R$ 77,6 milhões, dos quais R$ 70,6 milhões são constituídos em empenhos liquidados. No entanto, em caixa, uma quantia suficiente para cobrir os restos a pagar liquidados. A disponibili-

dade de caixa em 29/12/16 é de R$ 70,5 milhões. A esse montante deve ser acrescida a receita do último dia útil, a qual inclui uma transferência feita pelo Governo Federal de aproximadamente R$ 3,6 milhões, de forma que estamos deixando caixa positivo de R$ 74,1 milhões”, explicou. Paulo Pinheiro também destacou o superávit orçamentário de 2016 de R$ 38 milhões diante do déficit de R$ 199,7 milhões em 2012 e ainda que São Caetano obteve um significativo superávit primário, enquanto que em 2012 ocorreu um déficit primário de R$ 198,3 milhões. Com relação ao Fundo Social de Solidariedade, o saldo bancário em 31/12/12 era de apenas R$ 7.673,04, enquanto que

Foto: Divulgação

em 31/12/16 é de R$ 1.565.688,36. “Isso mostra a responsabilidade com os recursos públicos que defendemos ao longo dos quatro anos da gestão. Quero deixar registrado o meu agradecimento a todos os funcionários públicos que nos ajudaram a atingir esse grau de excelência. Feliz 2017”, concluiu o prefeito. Abono Sobre o abono aos professores da Educação, do Esporte e da Cultura, o Governo Federal repassou R$ 3,6 milhões de repatriação para São Caetano na sexta-feira (30). Estava previsto para o dia 29 de dezembro. Assim, o valordeveriaestarnocaixadaPrefeitura para pagamento desde ontem (2).


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terça-feira, 03 de janeiro de 2017

MUNDO

13

contexto

‘Fui mantida presa como escrava sexual por 13 anos e meus bebês eram vendidos’

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A britânica Anna Ruston (nome fictício) tinha apenas 15 anos quando foi sequestrada e mantida em cativeiro como escrava sexual, em uma casa na região central da Inglaterra. Agora, aos 44 anos, ela acaba de lançar o livro Secret Slave (Escrava Secreta, em português), no qual conta o seu drama - ela passou 13 anos presa - e como sobreviveu. O caso tem ecos da história da austríaca Elizabeth Fritzl, que foi mantida por 24 anos no porão da casa de seu pai, Joseph Fritzl, que a estuprava sistematicamente. Até hoje, passados 16 anos, Anna tem medo e não identifica o sequestrador - um motorista de táxi asiático a quem deu o nome de Malik. Ela relatou seu caso a Samantha Haque, repórter do programa Today da BBC Radio 4. Sequestro e estupro Anna conta que era rejeitada pelos pais, e que conheceu o taxista Malik em 1987. Ele era bondoso com ela, ficaram amigos e, um dia, ele a convidou para conhecer sua família e tomar um chá. Malik morava com os irmãos, suas mulheres, filhos e a mãe. Depois do chá, insistiu para que ela passasse a noite na casa. Começava o inferno da jovem, que foi estuprada nessa mesma noite. “Eu imaginava que um dia ele ia entrar no quarto e dizer: ‘Calce os sapatos e vamos’. Mas isso nunca aconteceu”, diz Anna.“Ele me chamava de ‘escória branca’ e dizia: Faça tudo o que eu mando ou você sabe as consequências”, continua. A garota era sistematicamente estuprada e sofria abusos e maustratos também dos parentes e amigos do sequestrador, que a oferecia como prostituta. Anna teve quatro filhos que foram entregues a desconhecidos. Ela lembra o nascimento do primeiro bebê: “Segurei meu primeiro filho, tão pequeno... Os dias foram passando e quando eu vi que ele havia sido circuncidado e estava com a cabeça raspada, soube que nunca mais o veria novamente”. “Nunca me deixaram amamentar, trocar fralda, mudar roupinha. Simplesmente mantinham o bebê longe de mim”. Isso se repetiu com os outros três filhos de Anna no ca-

tiveiro. “Tiraram todos eles de mim”. Tentativas de suicídio Anna foi parar no hospital várias vezes por causa de surras e tentativas de suicídio depois de fugas fracassadas. Durante as internações, ninguém desconfiava da sua situação e ela admite que se sentia incapaz de escapar de Malik. “Havia sempre três ou quatro pessoas comigo. Eu nunca ficava sozinha com os médicos e não podia falar com eles. Só balançava a cabeça”. “Eu torcia para alguém sair da sala para eu poder dizer ao médico: preciso de ajuda, estou em cativeiro, tenho que sair. Mas eles nunca saíam do meu

lado”. “Se eu ia ao banheiro, iam junto ou ficavam na porta. À noite, dormiam perto de mim e diziam que estavam cuidando de mim”. A tortura continuou até que um dia Malik anunciou que Anna iria com ele e a família para o Paquistão. “Quando ele disse isso, pensei que só tinha duas saídas: me matar ou fugir. Eu sabia que não estava indo para uma festa e achava que provavelmente eles iam me apedrejar até a morte”. A fuga Anna conta ter conseguido passar um bilhete pedindo socorro para uma assistente social que tinha ido visitar seu quarto filho. A

mulher concordou em ajudá-la. Durante as preces do Ramadã, o mês sagrado dos muçulmanos, Anna finalmente conseguiu fugir. “Eles rezavam no quarto ao lado e eu vi que a chave estava na porta. Desci, abri a porta, senti o ar fresco e corri, corri muito até o carro da assistente social, que esperava na esquina”. A polícia tentou interrogá-la, mas Anna se negou a ajudar, pois até hoje teme pela sua vida. “Ele tirou tudo de mim. Eu me sentia péssima, suja. Espero que as pessoas não me julguem e que seja feita justiça por tudo o que esse homem me fez passar”, conclui.


terça-feira, 03 de janeiro de 2017

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14 economia seu bolso

IPTU e IPVA: vale a pena fazer empréstimo para pagar à vista?

Mal começa o ano e grandes despesas começam a chegar. prestações do Natal, material escolar, férias, IPVA e IPTU. No Estado de São Paulo, o IPVA começa a ser cobrado na segunda-feira (9), para os carros que têm placa final 1. Os boletos do IPTU devem começar a chegar na segunda quinzena do mês. O diretor-executivo da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel Ribeiro de Oliveira, e o educador financeiro André Massaro indicam que, para quem economizou e tem dinheiro aplicado, a melhor opção é pagar à vista, para aproveitar os descontos. Quem não tem dinheiro para pagar tudo de uma vez precisa avaliar se vale parcelar ou pegar um empréstimo no banco para quitar à vista. O mais importante é não se endividar no cheque especial, pois as taxas de juros estão altíssimas. Dicas Pague à vista: Em São Paulo, vale a

pena pagar IPVA e IPTU, mesmo se tiver de tirar dinheiro de investimentos.

Então, vale a pena tirar o dinheiro da aplicação para quitar os débitos à vista.

Quem pagar o IPVA à vista tem desconto de 3%. Um imposto de R$ 1.000, por exemplo, sai a R$ 970. A outra opção é pagar em até três vezes. Fazendo as contas, Ribeiro de Oliveira diz que isso significa uma taxa de juros de 3,13% ao mês.

“As taxas de juros estão em queda, o que significa que o rendimento vai cair mais ainda. Vale muito a pena pagar o IPVA à vista e, apesar da pequena diferença entre as taxas, também vale a pena quitar o IPTU, se tiver dinheiro”, diz Oliveira.

Se for pagar IPTU na cidade de São Paulo, o desconto é um pouco maior: 4%. Nesse caso, o imposto de R$ 1.000 fica, à vista, por R$ 960. Ou dez parcelas de R$ 100. Se parcelar em dez vezes, os juros são de 0,92% ao mês. Para saber se vale a pena retirar o dinheiro do investimento e pagar à vista, é preciso comparar os juros da prestação e a rentabilidade das aplicações. Segundo Oliveira, fundos DI estão rendendo cerca de 1,13% ao mês, sem descontar os impostos e taxa de administração. Quando desconta tudo isso, o rendimento cai a 0,87%. A poupança tem um rendimento ainda menor: 0,68% ao mês.

Parcelamento ou financiamento?: Se não tiver o dinheiro à vista, será melhor pegar um empréstimo ou pagar parcelado? Aqui também é preciso fazer as contas e comparar os juros cobrados pelos bancos com aqueles cobrados pelos governos.

Foto: Divulgação

menor, será vantagem tomar o empréstimo e quitar o IPVA à vista, pois os juros em São Paulo, são de 3,13%. Se for um empréstimo pessoal, não vale a pena, pois a taxa é mais cara. O mesmo não vale para o IPTU. Como os juros nesse caso são de 0,92% ao mês, vale a pena usar o parcelamento da prefeitura. Quem está no vermelho: Quem já está endividado, precisa pagar o imposto, mas não pode entrar no cheque especial ou no rotativo do cartão de crédito, cujas taxas de juros estão, respectivamente, em 12,56% ao mês e 15,43% ao mês. É preferível fazer um empréstimo pessoal ou consignado, que têm juros menores.

Segundo Oliveira, a taxa média dos juros do empréstimo pessoal está em 4,62% ao mês, enquanto a taxa do consignado está, em média, 2,30%, segundo pesquisa de juros da Anefac em novembro.

A punição para quem não paga o imposto é bem amarga. A multa é de 20%, além de juros cobrados pela taxa Selic, que hoje está em 13,75% ao ano.

Nesse caso, se o consumidor conseguir um empréstimo consignado a juros de 2,30% ou a uma taxa ainda

“Não pagar não é opção. A multa é muito cara e o risco é alto de a pessoa ainda ter o carro apreendido”, diz Massaro.


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terça-feira, 03 de janeiro de 2017

economia 15

contexto

Salário mínimo fica R$ 9 abaixo do previsto e sobe para R$ 937

Foto: Divulgação

O salário mínimo vai aumentar dos atuais R$ 880 para R$ 937 a partir de 1º de janeiro de 2017. O novo valor entrou em vigor já neste domingo (1) e foi publicado na edição do sábado (30) do “Diário Oficial da União”. Por lei, o reajuste tem de ser feito com

base na inflação apurada no ano anterior e na variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Em 2015, a economia encolheu 3,8% e, portanto, esse indicador não é considerado na conta. O reajuste deve injetar R$ 38,6 bilhões na economia do ano que vem, o equi-

valente a 0,62% do PIB, de acordo com projeção do Ministério do Planejamento. O reajuste ficou menor do que o projetado pelo próprio governo. Em outubro, quando enviou a Lei Orçamentária Anual (LOA) ao Congresso, a União estimava que o salário mínimo em 2017 seria de

R$ 945,80. A projeção considerava uma inflação de 7,5% neste ano. “Em virtude da inflação menor em 2016, o reajuste será menor do que o previsto na LOA”, informou o Ministério do Planejamento. Neste ano, o mínimo teve reajuste de 11,6%, passando de R$ 788 para R$ 880.


terça-feira, 03 de janeiro de 2017

16

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tecno

Informe publicitário

2017 marcará o início da era dos robôs?

Foto: Divulgação

“Seus ossos vão virar areia e, sobre essa areia, um novo deus andará.” A frase é da robô Dolores, personagem da série de ficção científica Westworld. A realidade pode não ser tão ruim assim - mas certamente um muro, uma fronteira ou um novo esquema de permissão de trabalho não serão capazes de detê-los: a ascensão dos robôs pode ser o grande acontecimento de 2017. É bem verdade que desde a quebra do primeiro tear pelos ludistas, no auge da Revolução Industrial, em protesto contra a industrialização e as novas tecnologias, a mecanização vem tirando o trabalho das pessoas. Mas o processo está caminhando cada vez mais rápido, acelerando o tempo todo. E a próxima onda pode arrebentar logo - e perto de você. Temos hoje uma grande diversidade de novas tecnologias aplicadas à robótica avançada e à criação de computadores mais rápidos, melhores e mais brilhantes. Ainda não se trata da chamada “inteligência geral”, que vai conseguir atingir objetivos complexos em ambientes tão complexos quanto com poucos recursos computacionais e que pode levar ao enigma ético (e até agora fictício) sobre a consciência das máquinas. Mas equipamentos cada vez mais elaboradas estão realizando mais e mais trabalhos que antes exigiam o cérebro humano e substituindo também a força física. Impressoras 3D eliminaram vagas de emprego na manufatura. Carros sem motoristas estão bem próximos de virar realidade, assim como os caminhões que não exigirão ninguém atrás do volante - o que não deixa de ser um pouco assustador se pensarmos que o motorista de caminhão é um dos trabalhos mais comuns em muitas partes do mundo, por exemplo. Uma pesquisa recente da Universidade de Oxford, no Reino Unido, sugere que cerca de metade dos postos de trabalho existentes hoje nos EUA serão automatizados até 2033. Datilógrafos e escriturários já foram extintos há algum tempo. Os próximos podem ser pessoas com boa formação que trabalham em Marketing, Medicina, Direito e, sim, até no Jornalismo. E lembrem-se dos bancários. Em um artigo recente publicado pela agência Bloomberg, o presidente do banco State Street, de Boston, Michael Rogers, afirmou que atualmente emprega cerca de 30 mil pessoas, mas acredita que até 2020 uma em cada cinco delas será substituída por um algorítmo. O escolhido de Donald Trump para as-

sumir o Ministério do Trabalho, Andrew Puzder, presidente de uma empresa que controla redes de lanchonetes nos EUA, está feliz em ter menos funcionários e é adepto dos serviços automatizados de atendimento ao consumidor. “Eles são educados, sempre fazem vendas melhores, nunca tiram férias, chegam atrasados ou ficam doentes e nunca cometem discriminação por idade, sexo ou raça.” Se você acha que já leu essas previsões todas antes, está certo. Especialistas vêm falando há alguns anos sobre a quarta ou quinta revolução industrial, a terceira onda da globalização e a tecnologia disruptiva. Mas então por que desta vez é diferente? Por conta do contexto político - a questão é essa. A política O que deve significar esse novo impulso econômico, chegando aos bastidores da revolta do Cinturão da Ferrugem, região industrial americana que impulsionou a vitória de Trump e um polo dos esquecidos? Você deve ter percebido que 2016 foi um ano e tanto nos Estados Unidos. E tudo leva a crer que o clima deve continuar intenso em 2017 na Europa, com as eleições na Alemanha, França, Holanda e, provavelmente, Itália. Joe Biden diz que a classe política não tem respostas para a automatização do trabalho Muitos veem isso como nada menos que um aumento dos desprivilegiados. Se há temas recorrentes, alguns deles são sobre nacionalismo e identidade. Mas também os deslocamentos econômicos e o crescente sentimento de desigualdade. O professor Richard Baldwin, economista do renomado Instituto Graduate, de Genebra, afirma que isso deve piorar. Segundo as previsões dele, “alguns quartos de hotéis em Londres poderão ser limpos por pessoas conduzindo robôs diretamente do Quênia ou de Buenos Aires e de outros lugares por menos de um décimo do preço praticado na Europa”. E ele tem uma visão simples sobre a reação política das pessoas a este

cenário: “Elas vão ficar com raiva”. Alguns políticos reconheceram que 2016 marcou o início dessa raiva. O problema é que, entre paredes e barreiras comerciais, eles têm poucas opções para lidar com o aumento da desigualdade. E o mesmo acontece entre pensadores e legisladores. O ex-consultor de economia do vicepresidente dos Estados Unidos Joe Biden escreveu recentemente: “Para sermos honestos, precisamos admitir que nenhum dos lados - democratas ou republicanos - tem um plano robusto e convincente para recuperar os postos de trabalho em comunidades que perderam muito da base manufatureira”. E admite: “Eu mesmo estudei esse problema durante vários anos e não cheguei nem perto de uma resposta”. A economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, defende o uso de políticas para impulsionar as pessoas a novas vagas de emprego. Mas, para isso, as vagas precisam existir. E nada garante que elas existirão. Soluções exóticas Há décadas se fala sobre a importância das habilidades e da formação - e não parece que a indústria britânica seja tão bem sucedida ou dinâmica nesses quesitos. Ao contrário: está aquém das mais básicas e óbvias habilidades, dos pedreiros à tecnologia da informação. Vamos considerar um cenário: o Reino Unido está com déficit de clínicos gerais, e muitos médicos em hospitais são estrangeiros. Apesar disso, há uma grande competição para se tornar médico - somente os alunos mais brilhantes e aplicados, com as melhores notas, têm alguma chance. A conta não fecha. Mas talvez seja hora de ser otimista. Algumas soluções são bastante exóticas: uma das que mais me chamou atenção é o movimento conhecido como FALC (Fully Automated Luxury or Leisure Communism ou “comunismo de luxo e lazer totalmente automatizado”). O argumento básico dos apoiadores desse movimento é que tudo o

que precisamos logo vai ser tão barato que nós poderemos ter muito - isso, claro, se os atuais proprietários não ficarem com o lucro só para eles. Alguns pensadores da esquerda são muito mais pessimistas e alertam que essas tendências podem terminar com uma guerra entre os pobres - o extermínio dos trabalhadores, literalmente. “Robô” - termo usado pela primeira vez por um autor de ficção científica - é apenas a palavra tcheca para “servo”. Com a lógica do FALC, todos nós seríamos donos do fruto do trabalho dos robôs, como proprietários de escravos sem culpa. Algo como “o dinheiro é pobreza”. As sociedades pós-escassez não precisam disso. Mas tudo isso depende de quem serão os proprietários dos robôs. Isso também poderia significar uma revolução na forma como nós encaramos o trabalho. Uma versão menos radical de tudo isso poderia ser o salário dos cidadãos, uma renda básica universal. Isso significa que todos receberiam essa quantia mínima, estejam trabalhando ou não. Em uma entrevista recente à revista “Wired”, o presidente Barack Obama já disse que a discussão sobre a renda universal básica é inevitável nos próximos anos. Mas isso vai na contramão do espírito da época. A raiva dos eleitores com as circunstâncias econômicas está frequentemente atrelada com a reclamação de que a elite está paparicando aqueles que não fazem por merecer, sejam os beneficiários domésticos ou os trabalhadores imigrantes. Claramente um projeto para aumentar drasticamente os benefícios sociais a todos e sem distinção - dos bilionários fúteis aos trabalhadores da base da pirâmide - pode não conquistar tanto apelo político da população. E também não há nenhuma certeza de que uma vida mais “básica” seria mais satisfatória, enobrecedora ou menos dividida e desigual que a vida com benefícios do governo como o seguro-desemprego. Parece que não há soluções fáceis ou óbvias nem para a revolta do Cinturão de Ferrugem nem para a ascensão dos robôs. Mas uma boa resolução de Ano Novo pode ser uma promessa de procurar por soluções, sejam elas cinzentas, otimistas, pessimistas, estranhas, manjadas ou otimistas. Demorou tempo demais para que os políticos acordassem para o fato de que o fim da velha era industrial teria consequências graves para todos. Melhor que não leve o mesmo tempo para pensar em um futuro que está ali, dobrando a esquina.


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