Edição 2440 05/01/17

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Cidades Política Cultura Esportes São Caetano Mundo Economia Tecno

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Risco é decorrente de proposta do prefeito da Capital, João Dória. 4Pág. 03

MEC reabre sistema de renovação do Fies

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Transportes: usuários do ABC sob ameaça

NESTA EDIÇÃO

Desconto para pagamento à vista está em discussão 4Pág. 14

A nova etapa refere-se aos contratos do 1° semestre de 2017. 4Pág. 04

abc

Quinta-feira, 05 de janeiro de 2017 Edição 2440 Ano XI

Paulo Serra congela dívidas e limita comissionados de Sto.André

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O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), lançou, na última terça-feira (3) pacote de medidas fiscais para conseguir reverter a situação dos cofres públicos.

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O prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), antecipou na última terça-feira (3) o conteúdo de dois decretos que deverão ser publicados nos próximos dias nos atos oficiais do município e que, juntos, deverão gerar economia de mais de R$ 30 milhões anuais aos cofres públicos. A primeira medida anunciada prevê a redução de 40% dos gastos com funcionários comissionados, diminuindo a despesa dos atuais R$ 2,7 milhões para perto de R$ 1,6 milhão mensal.

Morando quer reduzir custos em R$ 150 mi

Mariana Aydar canta sucessos no Sesc Santo André

DESTAQUE SQN

cidades Municípios receberão R$ 20 mi para combate ao Aedes aegypti. 4Pág. 05

esportes Felipe Melo deve ser o sexto reforço do Palmeiras neste 2017.

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são caetano Conheça os 18 secretários que atuarão na gestão de Auricchio (PTB).

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Cantora se apresenta nesta sexta-feira (6), a partir das 21h. Veja nesta edição como adquirir os ingressos. 4Pág. 09

mundo O que esperar de 2017 na política internacional. 4Pág. 13


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2 editorial

PASSANDO A LIMPO Foto: Divulgação

Defesa de austeridade

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indicação n Eleito presidente da Câmara de São Caetano, Pio Mielo (PMDB) con-

vidou o homem-forte do governo do ex-prefeito Paulo Pinheiro (PMDB), Nilson Bonome (PMDB), para ser secretário-geral da Casa, um dos principais cargos do Legislativo. A indicação de Bonome tende a estremecer a relação entre a nova mesa diretora e o prefeito José Auricchio Júnior (PSDB), que tem Bonome como rival político.

articulador n Como secretário de Governo de Pinheiro, Bonome foi um dos principais

articuladores para que a Câmara, em 2015, mantivesse o parecer contrário do TCE (Tribunal de Contas do Estado) à contabilidade de 2012 da Prefeitura, último ano do segundo mandato de Auricchio. A decisão do Legislativo complicaria a candidatura do tucano na eleição de outubro – poderia enquadrá-lo na Lei da Ficha Limpa –, mas Auricchio alegou à Justiça comum que não teve amplo direito de defesa no processo do TCE e conseguiu derrubar qualquer empecilho ao seu projeto político.

votação n Pio foi eleito com dez votos no domingo pela chapa da oposição a

Auricchio, com auxílio de Bonome nos bastidores. Porém, no discurso, prometeu ter relação harmoniosa e refutou rótulos, dizendo que havia independência de poderes com postura respeitosa sem comprometer a governabilidade de Auricchio na Câmara.

Rua José Versolato 111, Torre B- Conjunto 802 - SBC CEP 09750-730 Tel: 23791915

www.jornalhojelivre.com.br Publisher: Luciana Sereno Diagramação: Natália Sabino comercial.hojelivre@gmail.com redacao.hojelivre@gmail.com ANUNCIE: 950600843

Circulação: SCS, SBC, Santo André, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e RGS TIRAGEM E VEICULAÇÃO: 30 MIL EXEMPLARES

Tiragem Auditada por CMH Comunicação Integrada Circulação Garantida

Não foi, claro, coincidência prefeitos assumirem com um discurso único em defesa da austeridade, entre eles Marcelo Crivella, do Rio. A maior crise fiscal de que se tem notícia na história republicana do Brasil decerto não deixaria incólumes as menores unidades da Federação, muito dependentes de repasses da União e dos estados. Não apenas porque se trata de boa prática de quem assume cargo no Executivo, as promessas de economia nos gastos e o anúncio de cortes de despesas feitos no domingo, pelo país afora, são mesmo imprescindíveis para o momento. O desafio se estende aos vereadores, que precisam estar à altura das exigências de austeridade. Os de Belo Horizonte, a quem o prefeito empossado Alexandre Kalil aconselhou “juízo”, aproveitaram o último dia de 2016 para reajustar os salários deles mesmos e do prefeito. Há na Federação comportamentos irresponsáveis idênticos. No Rio de Janeiro, são os deputados estaduais, subjugados pelas corporações que, de forma irresponsável, se negam a entender a necessidade de ajustes nas contas fluminenses. Trabalham, assim, para o colapso dos serviços públicos. Pois, de forma correta, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reforça que não haverá apoio da União sem contrapartidas dos estados. Esta é uma queda de braço ingrata para governadores, porque, se ceder, o Planalto se desmoraliza e perde as condições políticas de avançar na instalação do pilar de sustentação do

ajuste: a reforma da Previdência. Quanto a Crivella e seu conjunto de propostas feitas na posse, resta esperar a execução do discurso bem afinado de aperto de cintos. De fato, a cobrança do IPTU em apenas 40% dos imóveis é uma distorção a ser sanada: quanto mais contribuintes, mais baixa pode ser a alíquota do imposto. E as reduções de cargos comissionados e no número de secretarias são mesmo fontes relevantes de economias. Rever contratos em busca da meta de um corte de 25% pode, também, contribuir para as contas municipais. Falta, porém, avaliar, pelo lado dos gastos, qual impacto terá no Orçamento o plano de Crivella de municipalizar UPAs (atendimento médico), o Teatro Municipal e o Maracanã, este historicamente usado pelo clientelismo político quando era do estado. Crivella e demais prefeitos de 2017 não são os primeiros a assumir cargo público sob o lema “é proibido gastar”. A questão é saber se a determinação se tornará realidade. Entre as 79 medidas que anunciou, Crivella incluiu auditorias nas contas de Eduardo Paes, atitude clássica de adversário político. Pelo atestado que a administração de Paes recebeu de estudos independentes, Crivella não deverá ter surpresa desagradável. Que assim seja, para que a população carioca não tenha de padecer, além da falência dos serviços estaduais, também com um colapso municipal.

FRASES

O programa Pânico perdeu a identidade. Ceará, humorista e ex-integrante da equipe

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cidades

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transporte

Proposta de prefeito da Capital pode colocar usuários do ABC sob ameaça

Especialistas projetam sérios prejuízos a cerca de 556 mil passageiros de ônibus intermunicipais do ABC caso a proposta de reorganização no sistema de transporte público que tem sido discutida pela equipe do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), se efetive neste ano. A proposta de reorganização no sistema de transporte público, que tem como um dos principais objetivos dar subsídios à administração da Capital para manter o congelamento da tarifa em R$ 3,80 para os ônibus que circulam no município neste ano, tem sido alvo de críticas por parte de especialistas por envolver mudanças drásticas no atual sistema. A principal delas envolve uma possível restrição de acesso de linhas intermunicipais, atualmente controladas pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) no território da Capital. Segundo a proposta em estudo, usuários do ABC, assim como de toda a Região Metropolitana de São Paulo, que hoje utilizam o serviço, seriam obrigados a descer em terminais localizados no extremo de São Paulo para fazer baldeação automática com uma linha de ônibus municipal da Capital, o que na prática iria gerar receita financeira aos cofres públicos de São Paulo, algo que não existe hoje. O estudo projeta ainda readequação na tarifa para compensar a mudança. “A princípio o que dá para

dizer é que esse estudo não passou por uma aprovação popular, pois ao obrigar o passageiro a fazer essa baldeação, tirando dele esse direito de ir somente como uma única linha, você diminui a qualidade do serviço e, para agravar, deixa menos atrativo”, avalia o professor de Engenharia da FEI (Fundação Educacional Inaciana) Creso Peixoto, especialista em Transportes e Mobilidade Urbana. A alteração que, se concretizada, irá afetar passageiros de 55 linhas intermunicipais das 112 que circulam em municípios do Grande ABC se assemelha a outra mudança feita no transporte público da região, que foi colocada em prática sem qualquer aprovação por parte de usuários. No fim de 2011, a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) diminuiu o trajeto da Linha 10-Turquesa, responsável por atender usuários do ABC. Na época, os trens que saíam de Rio Grande da Serra, passando por Ribeirão Pires, Mauá, Santo André e São Caetano passaram a ter como parada final a Estação Brás. Antes da mudança, as composições realizavam o trajeto até a Luz. Na ocasião, o governo estadual indicou que a alteração no ponto final foi necessária em virtude do significativo crescimento da demanda de usuários na Estação Luz. No entanto, após série de reclamações por parte de usu-

ários, em especial de passageiros que embarcavam em estações da região, o governo estadual prometeu desfazer a mudança neste ano com a inauguração do Expresso ABC. Porém, um mês após o serviço ter sido inaugurado a proposta ainda não foi colocada em debate. “Esse fato só reforça que os municípios do ABC, assim como de toda Região Metropolitana, devem iniciar de maneira urgente a discussão da integração tarifária em suas respectivas áreas. Não podem ficar dependentes do Estado”, relata Peixoto. Na análise do professor Luiz Vicente Figueira de Mello, especialista em Mobilidade Urbana e coordenador do curso de Engenharia do Mackenzie Campinas, mais do que pensar no sistema de integração de ônibus entre municípios é necessário também colocar em pauta o suporte da iniciativa privada. “Essa discussão não deve ficar presa somente ao Estado. Municípios precisam expandir esses projetos e pensar no apoio de instituições privadas. O atual modelo precisa ser revisto.” Embora tenha adiado por diversas vezes a discussão da integração do transporte de ônibus municipal da região e, por consequência, ter uma parcela de culpa na fragilidade do atual sistema oferecido, o Consórcio Intermunicipal Grande ABC fez duras críticas à proposta apresentada por João Doria. “(A entidade) Con-

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testa a proposta cogitada pelo prefeito de São Paulo, visando vetar a entrada de ônibus intermunicipais na Capital. Tal medida, se adotada, estará em direção oposta ao debate construído na região, que resultou no Plano Regional de Mobilidade e, mais recentemente, às propostas formalizadas pelo Consórcio, juntamente com as prefeituras de São Paulo e Guarulhos, como contribuições do Plano Diretor Metropolitano.” Segundo a entidade, “o único resultado dessa suposta ‘reorganização’ no curto prazo será o prejuízo aos usuários” do ABC, “ao mesmo tempo em que não será resolvido o problema de integração física, operacional, modal e tarifária da região”. Em nota, a EMTU informou que “desconhece qualquer estudo para reorganizar o sistema de arrecadação do transporte intermunicipal por ônibus na Capital, assim como nos demais 38 municípios da Região Metropolitana de São Paulo”. De acordo com a empresa, a “racionalização do sistema de transporte sobre pneus tem sido objetivo permanente da EMTU.” Já a assessoria de imprensa do prefeito João Doria ressaltou que “vai reestudar todo o sistema municipal de Transportes e, se for o caso, estabelecer diálogo com o governo do Estado com vista a eventuais readequações do sistema intermunicipal”.


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CIDADES

agenda

educação

MEC reabre sistema de renovação do Fies na 2ª

‘Teatrinho na Praça’ em Diadema

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O Ministério da Educação (MEC) vai abrir o Sistema Informatizado do Financiamento Estudantil (SisFies) a partir de segundafeira (9). A nova etapa refere-se aos contratos do 1° semestre de 2017. De acordo com a pasta, a medida tem o objetivo de evitar problemas na conclusão do processo antes do início das aulas. Dessa vez, já no início de janeiro, as instituições de ensino superior poderão iniciar os processos de renovação que, posteriormente, deverão ser validados pelos estudantes. O prazo vale somente para contratos formalizados até 31 de dezembro de 2016. As novas inscrições estão previstas para fevereiro, segundo processo de seleção conduzido pela Secretaria de Educação Superior (Sesu), do MEC.

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Lazer

Esporte e férias

Personagens da literatura infantil, música, efeitos visuais, além de cenografia e figurinos de encher os olhos são os recursos para transportar a garotada a uma divertida viagem ao universo do faz de conta. O Teatrinho no Praça acontece sempre aos domingos, às 16h, com entrada gratuita. Dia 8 a atração é o Show de Mágica.

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Atrium anima férias com Pinguim Pororó Em uma área especialmente montada no Piso Térreo e coordenada por monitores, a garotada poderá participar gratuitamente de várias atividades: exercitar o intelecto com o Jogo da Memória, brincar na piscina de bolinhas, expressar-se colorindo desenhos do Pinguim Pororó e seus amigos e divertir-se assistindo filmes com o personagem.

De 10 de janeiro até 10 de março, os hoverboards, ou skates elétricos como são conhecidos, prometem fazer a diversão de crianças, jovens e adultos no Atrium Shopping.

infantil e, sua habilidade de divertir e educar”, comenta Vanessa Nery, gerente geral do Atrium Shopping. Transmitido em mais de 130 países, Pinguim Pororó é uma animação produzida na Coreia do Sul e que trata de forma divertida e construtiva questões do mundo real.

Além destas brincadeiras, no dia 28 de janeiro haverá uma tarde animada com a presença do Pinguim Pororó para fotos com o personagem.

Entre os temas presentes na série estão a amizade, o amor, a inquietação, a liberdade de criatividade, o senso de compreensão, a perseverança e as habilidades básicas da criança.

“A escolha deste personagem para protagonizar as férias no Atrium Shopping deu-se em virtude da sua popularidade com o público

No Brasil, Pinguim Pororó é transmitido pela TV Cultura, Netflix, TV Rá-TimBum e canal Discovery Kids, além de ter episódios disponíveis no YouTube.


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CIDADES

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diadema

aedes aegypti

Cidades receberão R$ 20 mi para combate

Fábrica de Cultura vai atrasar um mês

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A Fábrica de Cultura em Diadema será entregue com pelo menos um ano de atraso. As obras, tocadas pelo governo do Estado, eram para ser concluídas em julho do ano passado, mas o novo prazo agora é junho deste ano. O projeto é de responsabilidade da ECG Engenharia Construções e Geotecnia. O valor do contrato foi fechado em R$ 13,58 milhões e assinado em 30 de maio de 2014. Houve dois aditamentos, que elevaram o custo da obra para R$ 14,3 milhões – 5,23% a mais – e que estenderam o tempo de conclusão dos serviços. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou no começo de 2014 a instalação da Fábrica de Cultura em Diadema, em parceria com o prefeito Lauro Michels (PV), seu aliado político. O verde escolheu a antiga Praça Camões, situada na Avenida Fábio Eduardo Ramos Esquível, no Centro, para abrigar o projeto cultural. Lauro usou a instalação da Fábrica de Cultura – a primeira fora da Capital – com um dos pilares da campanha eleitoral de outubro, quando foi reeleito no segundo turno.

Os 645 municípios de São Paulo receberão R$ 20,3 milhões do Ministério da Saúde para usar nas ações de enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, vírus zika e febre chikungunya. No total, o governo federal vai repassar R$ 152 milhões a todos os municípios brasileiros e ao Distrito Federal para o combate ao mosquito. O recurso foi garantido em portaria publicada na última semana e deverá ser liberado aos municípios em duas etapas. Para o Estado de São Paulo, a primeira parcela corresponde a R$ 12,1 milhões. A segunda parcela será repassada a partir de resultados dos levantamentos de índice de infestação, que indica quais

municípios têm mais chance de surto das doenças causadas pelo mosquito. “A necessidade de realização de levantamentos de índices de infestação será uma ferramenta fundamental para qualificar as ações de prevenção e controle do mosquito”, disse, em nota, o ministro da Saúde, Ricardo Barros. O último Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), divulgado pelo Ministério da Saúde, em novembro de 2016, apontou que 855 cidades encontram-se em situação de alerta e risco de surto de dengue, chikungunya e zika. Isso representa 37,4% dos municípios pesquisados, enquanto 62,8% dos municípios (1.429) estão em situação satisfatória.

Casos em 2016 O Brasil registrou, até 10 de dezembro, 1.487.673 casos de dengue, segundo informações do ministério. As regiões Sudeste e Nordeste registraram o maior número de casos: 855.425 e 323.558, respectivamente. Em seguida estão as regiões CentroOeste (197.033), Sul (73.196) e Norte (38.461). Já no caso da zika, foram registrados 211.770 casos prováveis de febre pelo vírus em todo o país, até o dia 10 de dezembro, o que representa uma taxa de incidência de 103,6 casos a cada 100 mil habitantes. A região Sudeste teve 90.625 casos prováveis da doença, seguida das regiões Nordeste (75.733); Centro-Oeste (31.707); Norte (12.749) e Sul (956).

Estrutura O espaço terá 4.500 metros quadrados divididos entre dois blocos: edifício com salas de aula, ateliês, administração, biblioteca (com acervo com 2.000 livros) e sala multiuso e outro com o teatro (com capacidade de 300 pessoas) – haverá cursos de iniciação artística em diferentes linguagens culturais. Até agora são 11 unidades da Fábrica de Cultura, todas em São Paulo: Vila Curuçá, Sapopemba, Itaim Paulista, Parque Belém, Cidade Tiradentes (bairros da Zona Leste), Brasilândia, Capão Redondo, Jaçanã, Jardim São Luís, Vila Nova Cachoeirinha e Luz (zonas Norte e Sul). Foto: Divulgação


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política

contexto

Em Santo André, Paulo serra congela dívidas e limita comissionados

O prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), antecipou na última terçafeira (3) o conteúdo de dois decretos que deverão ser publicados nos próximos dias nos atos oficiais do município e que, juntos, deverão gerar economia de mais de R$ 30 milhões anuais aos cofres públicos. A primeira medida anunciada prevê a redução de 40% dos gastos com funcionários comissionados, diminuindo a despesa dos atuais R$ 2,7 milhões para perto de R$ 1,6 milhão mensal. A medida inclui ainda a revogação temporária de todas as funções gratificadas da prefeitura – cargos em comissão ocupados por funcionários concursados – e revisão de cada um dos postos. “Vamos rever caso a caso, com uma meta de reduzir es-

sas funções em 30%. É uma tarefa que já foi passada para os secretários”, disse Serra. A diminuição das funções, sozinha, deverá resultar em economia de R$ 18 milhões anuais. O segundo decreto, por sua vez, estabelece a criação de uma Comissão de Saneamento das Contas Públicas, que reunirá servidores das pastas de Administração, Finanças e Jurídico, para reavaliação da dívida flutuante inscrita em retos a pagar. Na prática, a ação prevê o congelamento da dívida herdada do ex-prefeito Carlos Grana (PT) pelo prazo de 90 dias. Após o período, os valores devidos entrarão em negociação junto aos credores. Segundo Serra, a dívida deixada pela antiga administração ultrapassa R$ 300 milhões, sendo R$ 255 milhões

relativos ao ano passado e outros R$ 51 milhões de exercícios anteriores. “Todos os serviços prestados até 31 de dezembro de 2016 não serão pagos nos próximos 90 dias. Vamos fazer um estudo pormenorizado dessa dívida e uma auditoria em cima disso. A partir de janeiro, as contas passam a ser pagas em dia e com isso, colocamos a prefeitura para funcionar de novo”, destacou o prefeito. Cofre zerado Além do valor devido, Serra afirma ter assumido o comando do Paço com os cofres municipais zerados. O único valor disponível (cerca de R$ 300 mil) foi depositado em conta corrente nesta terça-feira, em forma de repasse do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Servi-

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ços (ICMS). “Não se trata de buscar culpados, mas essa é uma situação que está colocada. Santo André está completamente falida e requer ações inéditas e inovadoras para contornar essa situação”, ressaltou o tucano. Além das ações já anunciadas, o prefeito promete lançar novas medidas de contenção de despesas, como reavaliação do pagamento de horas extras de servidores, revisão de contratos, remanejamento de cargos, além da reforma administrativa que deverá ser enviada à Câmara no final do mês – o tucano descartou suspender o recesso do Legislativo para apreciação da proposta. Há ainda estudo em curso sobre possível contingenciamento do Orçamento de 2017, considerado superestimado pelo novo prefeito.


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política

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R$ 150 mi

Morando lança pacote fiscal e projeta reduzir custos

O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), lançou na terça-feira (3) pacote de dez medidas de redução de custos com o qual pretende restabelecer o equilíbrio fiscal da prefeitura, abalado por dí­vidas deixadas por seu antecessor, Luiz Marinho (PT). Com os ajustes, o tucano projeta economizar R$ 150 milhões neste ano. Na última segunda-feira (2), durante apresentação de balanço financeiro, Morando revelou a existência de restos a pagar deixados pelo governo de Marinho no valor total de R$ 143,4 milhões. Porém, o tucano informou que o montante – levantado em caráter preliminar – cresceu ontem para mais de R$ 200 milhões, com a descoberta de carta em que o Consórcio Centro Seco – responsável pela construção do piscinão do Paço – cobra o pagamento de R$ 64 milhões. “Não faço isso (lançar medidas de austeridade) por prazer, mas para cumprir a legislação e garantir a continuidade dos serviços públicos essenciais e a

folha de pagamento dos servidores”, disse Morando, reafirmando sua indignação com a situação fiscal da prefeitura. “Meu antecessor usou de profunda irresponsabilidade com as finanças da cidade, como se não houvesse outro dia.” Medidas Entre as medidas – que serão implementadas por meio de decreto ou de ato administrativo – figuram a análise de todos os pagamentos pendentes relativos a serviços prestados em 2016; a convocação, pela Secretaria de Finanças, de fornecedores com pagamentos pendentes para renegociação e parcelamento dos valores; e a revisão de contratos vigentes. Com essas medidas, Morando espera economizar R$ 112 milhões. “Nenhum pagamento das dívidas que herdamos será feito sem auditoria e sem que tenhamos a certeza de que o serviço foi executado. Além disso, vamos negociá-las de forma a obter parcelamento e desconto mínimo de 50%”, disse o prefeito.

Pacote O pacote contempla ainda a redução de 30% no número de cargos comissionados de livre provimento – atualmente há 600 postos com essas características na prefeitura, além de 400 ocupados por funcionários de carreira. A expectativa é de economia de R$ 20 milhões. O tucano também vai reduzir em 100% as horas extras a partir de 1° de fevereiro. As demais medidas são a redução de 80% dos imóveis locados pela administração e a realocação em espaços públicos ociosos (R$ 2,7 milhões); a implementação do Programa Uso Racional da Sabesp para redução de despesas com o fornecimento de água (R$ 1,7 milhão); a suspensão das subvenções concedidas às escolas de samba (R$ 1,2 milhão) e a suspensão do contrato dos carros oficiais para prefeito, vice-prefeito e secretários municipais (R$ 2,5 milhões). Segundo Morando, atualmente a prefeitura aluga 35 imóveis, mas parte deles não beneficia a administração

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– são usados por cartórios eleitorais, delegacias de polícia, entre outros. “Não vamos desalojar ninguém, mas vamos oferecer próprios públicos para que essas repartições sejam realocadas”, disse Morando, destacando que as locações custam R$ 3,3 milhões. Sobre o fim da subvenção às escolas de samba, o tucano disse anunciar a medida “com muita tristeza”. “Nunca imaginei que, ao assumir a prefeitura, tivesse de tomar essa decisão. Porém, entre manter um hospital funcionando e pagar subvenção às escolas de samba, eu fico com a primeira opção”, argumentou. Contingenciamento Morando também anunciou a aplicação de redutor de 40% no orçamento de 2017, o que representa um corte de R$ 650 milhões na previsão de receitas. “Estamos ajustando à realidade o orçamento deixado pelo meu antecessor, que é uma peça de ficção”, alegou Morando.


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política

lava jato

BNDES reabre empréstimo no exterior para empreiteiras O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta terça-feira que liberou um empréstimo de 145 milhões de dólares para financiar uma obra executada pela construtora Queiroz Galvão, na primeira operação do tipo para uma empresa investigada pela operação Lava Jato desde maio. Em comunicado, o banco de fomento afirmou que o empréstimo, liberado em 28 de dezembro, será para a construção do Corredor Logístico que liga Puente San Juan I a Goascorán, em Honduras. “Este é o primeiro financiamento da car-

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teira de exportação de bens e serviços de engenharia e construção que volta a receber recursos do banco, após a suspensão temporária de desembolsos, ocorrida em maio de 2016”, disse o banco. Segundo o BNDES, a liberação levou em conta critérios anunciados em outubro passado, incluindo percentual de avanço físico da obra, participação de outras instituições no financiamento e a assinatura de um termo de ‘compliance’ no qual a Queiroz Galvão e o governo de Honduras se comprometem a cumprir a finalidade da aplicação dos recursos financiados pelo banco.

Dória anuncia corte em contratos e de cargos comissionados

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Após a primeira reunião com os secretários municipais, o prefeito de São Paulo, João Dória, anunciou uma série de medidas para os primeiros meses de governo. Todos os contratos de fornecedores e prestadores de serviço sofreram corte de 15% nos valores, com exceção das áreas de saúde, educação e transporte. “Entendendo que esta redução não vai prejudicar nenhum contrato, nenhuma ação. Significará, sim, uma readequação e medidas de gestão das empresas que prestam serviços à prefeitura de São Paulo. Também não vai provocar redução de serviço. É reduzir valor mantendo serviço. Cada empresa faz o seu esforço de readequação na realização dos seus serviços”, enfatizou Dória durante a entrevista coletiva. Austeridade Com relação a redução de gastos, o prefeito anunciou que a frota da administração municipal será reduzida em 1,3 mil veículos, entre carros próprios que devem ser leiloados e os alugados que serão devolvidos. A medida vai promover, segundo Dória, a economia de R$ 10 milhões por mês. “Considerando os custos dos veículos de locação, de motoristas, combustível, seguros e despesas para manutenção, como pneus”, acrescentou. Estão

de fora da redução de frota as áreas de segurança pública, da saúde e do trânsito. Todas as pastas da prefeitura devem reduzir o número de cargos comissionados em 30%. A nova administração não definiu os cargos que serão cortados e qual será a economia feita com o fechamento das 3 mil vagas. Creches Dória estabeleceu o prazo de 12 meses para acabar com o deficit de 66 mil vagas em creches na capital

paulista. Para contornar o problema, o prefeito pretende expandir os atuais contratos com organizações sociais (OS) e contar com a ajuda de instituições financeiras. A ideia é pedir aos bancos que estão fechando agências na cidade para que destinem alguns desses imóveis para serem usados como creches. “Nós pedimos a essas instituições que destinem alguns desses imóveis para a implantação de creches da prefeitura de São Paulo. Os imóveis maiores que possam ser adaptados.

E os ajustes e as adaptações também deverão ser feitas pelas instituições financeiras”, disse o prefeito. Com isso, será possível, de acordo com o secretário de governo municipal, Júlio Semeghini, atuar justamente nas áreas onde há maior carência de serviço. “A maior necessidade delas [creches] é na zona sul, uma região em que é difícil fazer novos investimentos em construção. Por isso, a necessidade destas OS e estas parcerias, e utilizar prédios que já estejam prontos”, ressaltou.


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cultura

agenda

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Mariana Aydar canta sucessos no Sesc Santo André amanhã

Nesta sexta-feira (6), às 21h, a cantora Mariana Aydar apresenta seu repertório ao longo de mais de 10 anos de carreira. A paulistana canta o repertório de seus quatro discos, Kavita 1, Peixes Pássaros Pessoas, Cavaleiro Selvagem Aqui Te Sigo e Pedaço duma Asa, com influências do forró, samba e MPB. Em 2006, Mariana lançou seu primeiro disco Kavita 1, produzido por Bid e Duani. A música “Deixa o verão” entrou para trilha sonora da novela Malhação, da Rede Globo. Tendo o forró como sua maior influência, seu som, sofisticado e contemporâneo, possui raízes na MPB. O samba também é um ritmo importante para a sua carreira, e a cantora tem a “benção” de diversos sambistas, começando pela madrinha Leci Brandão, passando por Alcione, Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho. Elogiada pelo talento de interpretar e revisitar músicas de grande sucesso, Mariana ganhou o Prêmio da Revista Veja de Melhor Cantora em

2007. Nesse ano também concorreu ao Prêmio MTV de Melhor Sambista. O segundo disco, Peixes Pássaros Pessoas, veio em 2009, produzido por Kassin e Duani com 13 músicas inéditas de compositores de sua geração e marcando a estreia de Mariana como compositora. Considerada um elo entre o novo e a tradição, em 2011 lançou o terceiro disco Cavaleiro Selvagem Aqui Te Sigo, com produção do maestro Letieres Leite (da Orquestra Rumpilezz) e seu fiel parceiro Duani. A cantora buscou uma sonoridade experimental e ousada, com forte influência afro brasileira e nordestina, voltando às suas origens no forró e atuando mais decisivamente como compositora. Fez turnê pelo Brasil com esse show, inclusive tendo participado do Rock in Rio. Em 2014 dirigiu, com Joaquim Castro e Dudu Nazarian, um documentário sobre o músico Dominguinhos. O filme concorreu como melhor do documentário em festivais como Bacifi,

na Argentina, É Tudo Verdade, no Brasil e 54th Krakow Film Festival, na Croácia. Em agosto de 2015, lançou o quarto disco Pedaço duma Asa, em parceria com o artista plástico Nuno Ramos. Hoje, com 10 anos de carreira, a artista se sente madura e inspirada para entrar no estúdio para elaborar seu quinto disco, após o nascimento da sua primeira filha. Sua trajetória musical começou em 2000, aos 20 anos, quando começou a cantar profissionalmente como backing vocal de Miltinho Edilberto, cujo repertório era basicamente de forró. Logo depois, comandou sua primeira banda, Caruá, também de forró, durante três anos. Foi backing vocal no trio elétrico de Daniela Mercury, no carnaval de 2004. Em paralelo, integrava a banda do compositor paulistano Dante Ozzetti. Nesse período, cantou ao lado de músicos como Seu Jorge, Elba Ramalho, Dominguinhos, Arnaldo Antunes, João Donato,

Ivan Lins, Emílio Santiago, entre outros. Serviço Show Mariana Aydar Dia 6 de janeiro de 2017, sexta-feira, 21h No Teatro (302 lugares) Ingressos: R$ 30,00 (inteira), R$ 15,00 (aposentado, pessoa com 60 anos ou mais, pessoa com deficiência, estudante e servidor de escola pública com comprovante), R$ 9,00 (trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc e dependentes). Venda limitada a 6 ingressos por pessoa e CPF. Ingressos à venda pelo Portal Sesc SP e nas bilheterias da Rede Sesc Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 12 anos. Sesc Santo André - Rua Tamarutaca, 302 – Vila Guiomar – Santo André Telefone – (11) 4469-1200 Estacionamento para o show (vagas limitadas): Credencial Plena: 6,00. Outros: 11,00


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esportes

mercado da bola

Felipe Melo deve ser o sexto reforço palmeirense neste 2017

O volante Felipe Melo, 33, chegou a São Paulo na terça-feira (3) e realizará exames no Palmeiras nos próximos dias. Caso tudo ocorra sem imprevistos, o anúncio de sua contratação será feito até amanhã. Na Inter de Milão desde 2015, Melo só tinha mais seis meses de contrato, mas chegou a um acordo amigável para antecipar o final do vínculo. O volante não era titular e sua saída foi indicada ao ficar fora da viagem para uma semana de treinamentos na Espanha. Revelado pelo Flamengo em 2001, o jogador pode retornar ao Brasil após 12 anos no exterior. Depois que defendeu o Grêmio, em 2004, Felipe Melo nunca mais deixou a Europa. No continente, teve passagens por clubes como Juventus, Galatasaray e Inter de Milão. Caracterizado pela força física e personalidade forte, que lhe rendeu apelido de “Pitbull”, Melo acumulou polêmicas por onde passou. Sua forma de jogar agradou ao extécnico da seleção brasileira Dun-

ga, que o convocou para a Copa do Mundo da África do Sul, em 2010. O volante fazia uma participação segura no Mundial até cruzar com a Holanda, nas quartas de final. Após dar o passe para o gol de Robinho, Melo se atrapalhou com o goleiro Júlio César e marcou um gol contra, o de empate dos holandeses, que viraram a partida depois. Em seguida, Melo ainda foi expulso após pisar em Robben. Desde então, o jogador nunca mais foi convocado para a seleção brasileira. No ano seguinte à Copa da África do Sul, Felipe Melo se transferiu para o Galatasaray, onde virou ídolo e protagonizou uma cena inusitada na Turquia. Em um confronto contra o rival Besiktas, o volante recebeu cartão vermelho nos minutos finais da partida. Ao sair do gramado, tirou a camisa e provocou a torcida adversária. A atitude irritou os rivais, que retiraram os assentos das arquibancadas e invadiram o campo atrás do jogador. Melo chegou a tempo no vestiário antes de sofrer agressões.

Foto: Divulgação

Pelo terceiro ano consecutivo, clube alviverde supera rivais em contratações O Palmeiras caminha na direção de superar seus rivais paulistas como o clube que mais contrata reforços pelo terceiro ano seguido.

de futebol ousado ajudam a explicar por que o time contrata mais do que seus rivais.

Santos e São Paulo vêm logo atrás com 25 contratações O alviverde acumula 43 no- cada neste período. Ambos vos jogadores no período. confirmaram quatro reforPara a temporada 2017, o clu- ços até agora para este ano. be já acertou a vinda de cinco atletas e está próximo do Já o Corinthians fechou com sexto nome, o volante Feli- 22 desde 2015. Para a atual pe Melo, da Inter de Milão. temporada, o alvinegro anunciou apenas dois reforços. Patrocínios, aumento na arrecadação com programa de sócio- A disparidade pode ser explitorcedor e com o novo estádio, cada, principalmente, pela inalongamento de dívida com jeção de recursos no clubes empréstimos do ex-presidente nos últimos anos e pelo acerto e a contratação de um diretor de patrocínio com a Crefisa.


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esportes

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contexto

ABC está pronto para receber 48ª Copa São Paulo Júnior

Pela primeira vez na história da Copa São Paulo de Futebol Júnior, o ABC terá três sedes. Os Estádios Anacleto Campanella (São Caetano), Baetão (São Bernardo) e Inamar (Diadema) receberão, a partir de amanhã, compromissos do torneio sub-20 que começou ontem. E o trio já está pronto para receber ao menos 18 partidas em apenas seis dias – referentes à primeira fase. Informações não confirmadas pela Federação Paulista dão conta que a região pode ter jogos até a semifinal, dependendo do desempenho do quarteto Santo André, São Bernardo, São Caetano e Água Santa, que estreou ontem (4). Conhecedores de suas casas, os ti-

mes do ABC esperam utilizá-las como trunfo. Até mesmo o Ramalhinho, que integrará o Grupo 30, em Diadema – juntamente de Netuninho, Criciúma-SC e Porto-PE –, quer tirar proveito da proximidade de casa para ter grande torcida a favor nas arquibancadas do Estádio do Inamar.

de chuva – situação comum para esta época do ano. Mesmo com o gramado sintético, que não é unanimidade entre jogadores, técnicos e dirigentes, o Água Santa quer tirar proveito de seu estádio. “Vai ser muito bom jogar com nossa torcida em nossa casa”, disse o atacante Gabriel Duarte.

Aliás, o local – que pela primeira vez sedia a competição – se mostrou muito bem preparado para receber a Copinha. Em dezembro, durante jogo beneficente do atacante Neílson, o sistema de drenagem da praça esportiva diademense provou estar pronta para suportar grande volume

O Anacleto Campanella, após quase 25 anos, vai ser casa de São Caetano, São Bento, Flamengo-RJ e CentralPE. E o Azulinho espera comprovar a força dentro do estádio, onde jogou 12 jogos no Paulista Sub-20, venceu sete e empatou cinco. “Jogar em casa nos impõe responsabilida-

Foto: Divulgação

de maior de classificação e de fazer boa campanha. Mas também tem o lado que ficamos invictos em casa no Paulista, o que nos traz confiança grande para fazer bom campeonato”, destacou o técnico Márcio Griggio. O Baetão, por fim, não agrada a todos no Tigrinho, mas também deve ser usado como carta na manga frente a Bahia, Trindade-GO e Fast-AM. “A gente trabalha aqui de manhã, tarde e noite. Os meninos conhecem bem. Até dormimos aqui. Não sou muito favorável a esta grama (sintética) e às vezes temos jogado melhor em gramados naturais. Mas é a nossa casa”.


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Conheça os 18 secretários que compõem a gestão Auricchio

O prefeito eleito José Auricchio Júnior (PSDB) anunciou os nomes dos 18 Secretários que irão compor a base do seu governo a partir de 2017 em São Caetano do Sul. Os anúncios foram feitos em 3 etapas. Do total de secretários, oito mulheres foram escolhidas. Outra novidade foi à extinção da Secretaria de Comunicação, que fará parte do governo.

Veja a lista completa dos novos secretários, a partir de 2017: – SAÚDE: Dra Regina Maura Zetone – EDUCAÇÃO: Janice Paulino Cesar – SEGURANÇA: Elaine Biasoli – ESPORTES, TURISMO E JUVENTUDE: Beto Vidoski – GOVERNO: Rodrigo Toscano – CHEFE DE GABINETE: Marisa Catalão

– CULTURA: João Manuel Costa Neto – SERVIÇOS URBANOS: Iliomar Darronqui – PLANEJAMENTO E GESTÃO: Silvia de Campos – ASSISTÊNCIA E INCLUSÃO SOCIAL: Erica Zygmunt – OBRAS E HABITAÇÃO: Enio Moro Junior – FAZENDA: Jefferson da Costa – MOBILIDADE URBANA: Filinto

Foto: Divulgação

Teixeira – DEFICIÊNCIA E MOBILIDADE REDUZIDA: Cristiano Gomes – PROCURADORIA GERAL: Marceli Munari – CONTROLADORIA GERAL: Mylene Gambale – SECRETARIO JURÍDICO: José Luiz Toloza – DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO: Silvio Minciotti


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MUNDO

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contexto

O que esperar de 2017 na política internacional Foto: Divulgação

Como será 2017? É difícil adivinhar, mas alguns eventos de 2016 indicam que poderá ser um ano muito difícil para o Ocidente, em meio a uma crescente dificuldade de determinar as regras que governam o jogo global. “Acabou a era do pós-Guerra Fria marcada por um processo de globalização liderado por países ocidentais, pela predominância dos Estados Unidos e por um domínio confortável dos valores liberais internacionais”, diz Simon Fraser, que chefiou o serviço diplomático britânico entre 2010 e 2015. O general americano Stanley McChrystal, que comandou as tropas da OTAN no Afeganistão em 2009 e 2010, argumenta que “as atuais tensões na ordem mundial que conhecemos desde o fim da 2ª Guerra Mundial refletem a descentralização ou fragmentação do poder em diversos níveis”. Entre alguns eventos chaves do final de 2016, estão: - O suposto uso pela Rússia de informações hackeadas na eleição americana; - A repressão a rebeldes em Aleppo oriental, na Síria, e a seus apoiadores internacionais, envolvendo o uso em larga escala de armas banidas em muitos países; - A decisão da China de ignorar a decisão da Conferência da ONU sobre Leis Marítimas contrária à posição de Pequim em uma disputa territorial com as Filipinas; - A decisão de alguns países, entre eles Rússia e África do Sul, de se retirarem do Tribunal Penal Internacional; - As ameaças a alguns acordos de comércio internacional, como o anúncio feito presidente eleito Donald Trump de que os Estados Unidos abandonará a Parceria Transpacífico. O que vem acontecendo na Síria sinaliza o fracasso dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos - em chegar a um acordo sobre como acabar com essa crise. Na verdade, desde que a ONU foi criada, em 1945, as grandes potências raramente se uniram durante uma séria crise internacional e nunca fizeram isso quando interesses vitais de um membro permanente estavam ameaçados. O endosso da ONU em 1991 à guerra contra Saddam Hussein liderada pelos Estados Unidos é um exemplo excepcional e efêmero do apoio do Conselho de Segurança a um conflito. Nossa noção atual da ordem internacional “é baseada em um nível atípico de domínio americano, que sempre esteve fadado a acabar”, acredita Patrick Porter, professor de Estudos Estratégicos da Universidade de Exeter, na Inglaterra. “Essa ordem está se desmanchando

de fora para dentro, conforme a transição do poder econômico do Ocidente para o Oriente torna mais difícil que o Ocidente imponha suas vontades.” Claro que muitos saudarão o fim deste superpoder americano e de sua dominância global, que prosperaram por muitos anos após o colapso do comunismo, e o surgimento de um mundo muito mais multipolar. Em muitos países africanos e asiáticos, também há um sentimento de empoderamento conforme uma geração de líderes educados em universidades ocidentais dá lugar àqueles com uma visão de mundo própria. No caso da África do Sul e alguns outros países africanos que estão deixando o Tribunal Penal Internacional, isso é resultado de uma percepção de injustiça, com o ministro de Informação de Gâmbia dizendo que a corte foi usada para “perseguir africanos e seus líderes”. Rússia e China também questionaram recentemente a competência da ONU para interferir em disputas territoriais que lhes são muito caras. Se regras antigas vistas como tendo sido criadas por “colonizadores” ou potências ocidentais agora parecem ser menos relevantes em muitas partes do mundo, elas representam ao menos um sistema de credo com o qual muitos países estavam dispostos a se comprometer por décadas, ao menos nas aparências. Ideologias que vêm emergindo com força - seja o pós-comunismo chinês, a noção russa de que há um destino para sua nação criada a partir de influências ortodoxas orientais ou as diferentes ideias islâmicas que baseiam as políticas sauditas ou iranianas - têm um apelo para seus próprios cidadãos, mas ninguém além disso. A rejeição do status quo internacional é na verdade chave para muitas dessas narrativas nacionais e religiosas. Gru-

pos não nacionais, como o Hezbollah ou o Boko Haram, para citar apenas dois, também representam desafios. Em questões de segurança, finanças ou tecnologias, agentes de quebra do padrão são uma grande ameaça à ordem estabelecida, acredita o general McChrystal, e “é tentador pensar em uma visão pós-apocalíptica em que sobreviverão os mais fortes”. Enquanto esses grandes desafios espreitam do lado de fora, há também o que Porter considera ser um “colapso interno”. Há hoje no Ocidente uma série de divergências. A eleição de Donald Trump gerou, por exemplo, receios de novas guerras comerciais. Se o presidente eleito dos Estados Unidos cumprir suas diversas promessas, “estaremos nos dirigindo para um período de duras políticas internacionais: mais transacionais, com mais confrontos, impulsionadas por poderes e interesses nacionais, em vez de valores ou conceitos relativos a uma comunidade internacional”, diz Fraser. Provavelmente, haverá mais ênfase em uma diplomacia bilateral (entre pares de Estados) do que em uma multilateral - e isso pode fazer com que as relações internacionais se pareçam mais com o que havia no século 19. Porter argumenta que “estamos nos movendo desconfortavelmente e despreparados para uma diplomacia mais ‘normal’ historicamente, em que grandes potências competemecolaboramsimultaneamente”. A relação entre os presidentes turco, Reccep Tayip Erdogan, e russo, Vladimir Putin, é um exemplo interessante desta fase pós-ideológica dos assuntos de Estado. Ele passaram de um estágio de confronto e sanções econômicas após a Turquia abater um jato russo para uma coopera-

ção estratégica na Síria em 2016, depois de um encontro para aparar as arestas entre os dois países realizado na Rússia. Pequim ignorou uma decisão da ONU sobre uma disputa territorial com as Filipinas no Mar da China Meridional Mas conseguirão os países europeus e os Estados Unidos, com sua tradição democrática e grupos de interesses conflitantes, ser tão ágeis quanto líderes com poderes autocráticos? Fraser acredita que “leis, organizações, tratados e outras ‘regras do jogo’ continuarão a ser essenciais, mas tomarão novas formas, em contínua mutação dentro dos parâmetros geralmente aceitos por boa parte do mundo para que tenham alguma credibilidade”. Na situação atual, as sociedades ocidentais estão em ligeira desvantagem: elas respeitam decisões internacionais, enquanto Rússia e China dizem que podem ignorá-las, como o Kremlin fez com a crise na Crimeia, além de Pequim na disputa com as Filipinas. Em muitos casos, suas forças armadas renunciaram ao uso de bombas e minas - armas amplamente usadas pela Síria e a Rússia nos últimos meses; e a habilidade do Ocidente de responder à altura a ataques cibernéticos russos ou com qualquer caráter político é limitada, e, de qualquer maneira, seria um uso questionável se aplicado contra países em que há um amplo controle sobre a mídia. Acrescente isso às tensões criadas pela estagnação econômica, o protecionismo e a retórica populista e você terá de se perguntar seriamente se os clubes internacionais nos quais nossa noção de “Ocidente” está baseada, como a OTAN e a União Europeia, serão capazes de sobreviver a 2017 da forma como existem hoje. Uma série de eleições na Itália, na Holanda, na França e na Alemanha podem representar um grande teste para o bloco europeu e, especialmente, o euro. Quanto à OTAN, Trump já sugeriu que proteções conferidas pelos Estados Unidos no futuro dependerão de os aliados europeus aumentarem sua contribuição financeira. E, deixando claro que as ressalvas à garantia de ajuda de outrora não é unilateral, a chanceler alemã Angela Merkel indicou que qualquer cooperação futura com os americanos dependerá do “respeito” de Washington “à lei e à dignidade humana”. Nesse período de mudanças, haverá oportunidades e perigos. A questão agora é se países ocidentais podem tirar proveito disso e comandar o desenrolar dos eventos ou se simplesmente ficarão a mercê deles.


quinta-feira, 05 de janeiro de 2017

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14 economia seu bolso

Compra à vista em dinheiro dependerá de lojista para ser mais barata

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O presidente Michel Temer autorizou que os lojistas cobrem preços diferentes para um mesmo produto de acordo com a forma de pagamento (cartão de crédito, dinheiro, parcelamento etc.). A Medida Provisória 764 foi publicada no Diário Oficial da União na semana passada. Na prática, a MP legaliza os descontos nas compras à vista ou pagas com dinheiro em espécie. Antes, era proibido por lei cobrar um preço diferente para quem paga à vista, em cheque ou parcela a compra no cartão de crédito. As compras feitas no cartão de crédito em uma única parcela eram consideradas pagamento à vista. A medida já havia sido antecipada pelo governo e confirmada pelo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, na semana passada. Agora oficializada, ela já está em vigor. Na ocasião do anúncio, o Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o objetivo da MP é estimular a competição

entre os diversos meios de pagamento e reduzir os juros do cartão de crédito. “Essa é uma medida vantajosa para o consumidor, que vai poder pagar menos à vista. Além disso, a medida regulariza uma prática do pequeno comércio, que já faz isso”, declarou Meirelles. A Proteste (entidade de defesa do consumidor) disse que é contra o desconto para pagamento à vista ou em dinheiro porque considera que o consumidor tem um custo de anuidade com o cartão, enquanto o lojista economiza ao ser dispensado de fazer a análise de crédito do cliente. “É uma luta longa da Proteste, para que todos os pagamentos tenham o mesmo desconto”, diz Henrique Lian, gerente da entidade. Governo aposta em ‘pauta positiva’ No dia 15 de dezembro, o governo anunciou propostas para tentar estimular a economia e tirar o país da crise. Muitas dessas medidas ainda

estão em estudo e não têm prazo determinado para entrar em vigor. O desempenho da economia continuou ruim no segundo semestre deste ano, o que colocou em xeque o otimismo visto com a mudança de governo (Michel Temer assumiu interinamente a Presidência em 12 de maio).

1.Legalização do desconto para pagamento à vista

O anúncio de medidas consideradas positivas também acontece num momento em que o governo tenta reverter um desgaste de imagem, após a cúpula do Palácio do Planalto --incluindo o próprio presidente-- ter sido citada em delação premiada da Odebrecht, no âmbito da operação Lava Jato.

4. Corte gradual de parte da multa do FGTS paga por empresas em demissões (mas sem afetar os 40% dos trabalhadores)

2. Estudo para cortar juros de cartão de crédito 3. Mais rentabilidade para o FGTS (renderia como a poupança)

5. Refinanciamento de dívidas de empresas e pessoas 6. Incentivo ao crédito imobiliário

Para especialistas, o “minipacote” divulgado neste mês é “positivo, mas não resolve”. A principal crítica é que as propostas não têm relação entre si, parecem um “catadão de medidas”, e devem ter quase nenhum impacto na retomada da economia. O que já foi anunciado?

7. Desburocratização de pagamento de impostos e obrigações trabalhistas (de empresas) 8. Melhora no cadastro de bons pagadores e redução no ganho dos bancos (spread)


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quinta-feira, 05 de janeiro de 2017

economia 15

contexto

Em 20 anos, tabela do IR acumula defasagem de 83% Foto: Divulgação

A tabela do Imposto de Renda acumula defasagem de 83,12% desde 1996, segundo análise do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco). De acordo com o levantamento, se a tabela fosse corrigida pelos índices de inflação acumulados no período, a faixa de isenção para o Imposto de Renda seria de até R$ 3.460,50. Atualmente, os isentos são todos aqueles que possuem renda tributável mensal inferior a R$ 1.903,98. Em nota divulgada à imprensa, o sindicato diz que a diferença de R$ 1.556,52 penaliza as camadas de mais baixa renda que estariam na faixa de isenção. A defasagem repercute também sobre as demais faixas de contribuintes. Entre 1996 e 2016, a inflação registrada (283,87%) foi mais que o dobro da correção realizada pelo governo na

tabela do IR (109,63%).Nesse período, apenas cinco reajustes da tabela superaram a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Os contribuintes que têm rendimento tributável de R$ 4 mil se veem obrigados a um recolhimento mensal de R$ 223,41 a mais do que se a tabela fosse corrigida. Ou seja, valor 547,84% acima do que haveria caso fossem aplicadas as reposições inflacionárias. Em contrapartida, os contribuintes com renda mensal tributável na casa de R$ 10 mil pagam a mais 62,03% do que deveriam. Assim, verifica-se em números que o ônus de não corrigir a tabela recai mais sobre os que ganham menos, afirma o sindicato. O estudo levou em consideração a estimativa de 30 de dezembro do Boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, para o fechamento do IPCA de 2016 em 6,36%.

Material escolar tem diferença de preço de até 457%, revela pesquisa do Procon-SP A boa e velha pesquisa de preços continua sendo uma ferramenta importante na hora de adquirir o material escolar. Levantamento realizado pela Fundação Procon de São Paulo (Procon-SP) encontrou diferenças de até 457,14% nos valores de um mesmo produto.

Foto: Divulgação

O produto com a maior diferença é o lápis preto, que custa R$ 0,35 em um estabelecimento e R$ 1,95 em outro. A pesquisa, feita entre os dias 6 e 8 de dezembro passado, abrangeu 214 itens, em dez lojas de todas as regiões da Capital. Segundo a Fundação Procon-SP, após a comparação de 168 produtos escolares comuns entre a pesquisa deste ano e a feita no final de 2015, foi constatado em média acréscimo de quase 13% nos preços, enquanto o Índice de Preços ao Consumidor de São Paulo (IPC-S) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), referente ao pe-

ríodo, registrou variação de 6,65%.

casa e se estão em condição de uso.

Material usado “O Procon-SP orienta que, antes de ir às compras, o consumidor verifique quais produtos da lista já possui em

Promover a troca de livros didáticos entre alunos que cursam séries diferentes também garante economia e reaproveitamen-

to de recursos”, diz a entidade. Ainda segundo o Procon, as escolas não podem exigir na lista de material a aquisição de itens de uso coletivo, higiene pessoal e materiais de escritório, de higiene ou limpeza.


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tecno

Informe publicitário

‘Carro voador’ de Israel está perto de chegar ao mercado Foto: Divulgação

Após 15 anos de trabalho, uma empresa de tecnologia israelense está otimista que, finalmente, conseguirá colocar no mercado até 2020 o seu drone de passageiro de 1,5 tonelada. O Cormorant, chamado de carro voador, pode transportar 500 kg e viajar a 185 km/h. Ele completou seu primeiro voo solo automatizado em novembro. O preço é estimado em US$ 14 milhões. Os desenvolvedores da Urban Aeronautics acreditam que o drone verde escuro, que usa rotores internos em vez de hélices de helicóptero, poderia retirar pessoas de ambientes hostis ou permitir acesso

seguro a forças militares.“Basta imaginar uma bomba suja numa cidade... e este veículo pode entrar roboticamente, pilotado de forma remota, numa rua e descontaminar uma área”, disse o fundador e presidente da Urban Aeronautics, Rafi Yoeli. Yoeli criou a empresa

em 2001 para criar o drone, que ele diz ser mais seguro do que um helicóptero, pois pode voar entre edifícios e abaixo das linhas de energia sem o risco bater uma hélice. Ainda há muito trabalho a ser feito antes que o veículo autônomo chegue ao mercado. O Cormorant, do

tamanho de um carro familiar e anteriormente chamado de Air Mule, ainda não cumpriu todas as normas da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos e um teste em novembro viu pequenos problemas com dados conflitantes enviados por sensores de bordo. Um especialista da indústria disse que a tecnologia pode salvar vidas. “Poderia revolucionar vários aspectos da guerra, incluindo a evacuação médica de soldados no campo de batalha”, disse Tal Inbar, chefe do centro de pesquisa de UAV do Fisher Institute for Air and Space Strategic Studies.

Empresas criam ‘arsenal’ contra drones bisbilhoteiros

Foto: Divulgação

Uma explosão nas vendas de drones tem incentivado a criação de uma série de empresas de tecnologias voltadas a tirar do ar os veículos que voem onde não deveriam. Dezenas de empresas iniciantes estão desenvolvendo técnicas, que vão desde uso de aves de rapina a disparos de gás por meio de bazucas, para tirar do ar drones que estejam transportando drogas e bombas ou que estejam espionando linhas inimigas ou incomodando áreas públicas.A corrida armamentícia contra os drones é alimentada pela lentidão de governos na regulamentação destes veículos aéreos. Na Austrália, por exemplo, diferentes agências regulam drones e tecnologias de combate a eles. “Há questões sobre privacidade ao se pilotar uma aeronave remotamente, mas o papel da Autoridade de Segurança na Aviação Civil (Casa, na sigla em inglês) está restrita à segurança. A privacidade não é nossa atribuição”, informou a agência. “Há um pouco do fator medo nesta questão”, disse Kyle Landry, analista da Lux Research. “O alto volume de drones e regulamentações que não conseguem acompanhar o ritmo criam necessidade de uma tecnologia contra drones”, afirmou. O mercado de drones de consumo deve representar US$ 5 bilhões até 2021, segundo a empresa de pesquisa Tractica. Um drone nos Estados Unidos custa, em média, mais de US$ 500 e tem uma série de recursos desde câmeras de alta definição e posicionamento por satélite.

Autoridades australianas relaxaram a regulamentação sobre drones em setembro, permitindo que qualquer um opere equipamentos que pesem até 2 kg sem treinamento, seguro, registro ou certificação. Pelo mundo, milhões de consumidores estão operando drones sofisticados, incluindo traficantes de drogas, quadrilhas de criminosos e insurgentes. Drones estão sendo usados para transportar celulares, drogas e armas para prisões, o que já chegou a criar rebelião em um caso. Um diretor de prisão dos Estados Unidos tem uma prateleira cheia de drones confiscados pelos guardas. Grupos armados no Iraque, Ucrânia, Síria e Turquia estão cada vez mais usando drones de varejo de consumo para reconhecimento ou como dis-

positivos para transporte de bombas, afirma Nic Jenzen-Jones, diretor de Serviços de Pesquisa de Armamentos, uma consultoria sobre armas. Em outubro, um drone equipado com uma bomba e lançado por militantes do Estado Islâmico matou dois combatentes Peshmerga curdos e feriu dois soldados franceses perto de Mosul. Combate A polícia nacional da Holanda recentemente adquiriu várias aves de rapina de uma empresa iniciante chamada Guard From Above para derrubar drones indesejados do céu, afirmou o presidente-executivo da companhia, Sjoerd Hoogendoorn. Outras táticas incluem ataques por drones maiores ou mesmo por armas

que disparam uma rede e um paraquedas por meio de gás comprimido. A alemã DeDrone optou por uma técnica menos intrusiva ao usar uma combinação de sensores - câmera, acústica, detectores de sinal WiFi e scanners de radiofrequência - para monitorar drones em áreas específicas. Outras empresas, entretanto, estão se concentrando em invadir protocolos de transmissão de dados via rádio usados para controlar a direção de drones para assumir o comando deles e impedir a transmissão de vídeo. Engenheiros da TeleRadio, de Cingapura, estão usando radiofrequência no dispositivo SkyDroner para acompanhar e controlar drones. Enquanto isso, a DroneVision, de Taiwan, usa uma arma antidrone, que se parece com um rifle com dois canos grandes ligado a uma mochila, que bloqueia os sinais de GPS dos drones e a transmissão de vídeo, forçando as máquinas a voltarem para o ponto de partida. Os clientes, afirmam as empresas de combate a drones, incluem desde agências de inteligência a redes de hoteis. A DroneVision, por exemplo, afirma que ajudou a polícia local a derrubar 40 drones que voavam ao redor do Taipei 101, um dos mais altos edifícios do mundo e um ímã para usuários de drones, em um único dia. No Oriente Médio, hoteis de luxo estão conversando com pelo menos duas empresas sobre bloqueio de drones que tentam obter imagens de celebridades nas piscinas ou na privacidade de seus quartos.


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