Edição 2484 08/03/17

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Cidades Política Cultura Esportes Mundo Economia Tecno

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Brasileiras deveriam deixar de se declarar brancas. 4Pág. 03

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IBGE sente falta de mulheres pardas e negras

NESTA EDIÇÃO

Redes sociais aimentam sensação de solidão 4Pág. 05

‘Não acho que está recuperado”, diz mãe de Eliza Samúdio O receio já fez a família de Sônia mudar a rotina. 4Pág. 04

abc

Quarta-feira, 08 de março de 2017 Edição 2484 Ano XI

Delator reafirma que Temer pediu ajuda à Odebrecht

Queda de 3,6% do PIB de 2016 é ‘espelho retrovisor’, diz Meirelles O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta terça-feira (7) durante a abertura da reunião do chamado Conselhão, no Palácio do Planalto, que a queda de 3,6% no PIB no ano passado é “espelho retrovisor”.

Em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta segunda (6), Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente da Odebrecht, reafirmou que o presidente Michel Temer pediu “apoio financeiro” da empreiteira ao partido durante as eleições de 2014.

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Temer anuncia reforma tributária com início este semestre

DESTAQUE SQN

cultura Com prêmio maior, MasterChef Brasil volta mais estrangeiro do que nunca. 4Pág. 09

esportes Libertadores ignora critério da Champions e prejudica brasileiros.

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mundo Causa da morte de George Michael é concluída após 3 meses.

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ECONOMIA Informação foi divulgada nesta terça-feira (7) pela Presidência da República. 4Pág. 07

Escola da Cachaça quer ensinar a envelhecer a bebida e a fazer caipirinha. 4Pág. 14


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2 editorial

PASSANDO A LIMPO Foto: Divulgação

corrupção n Doze anos após as primeiras denúncias do ex-deputado e presidente

nacional do PTB, Roberto Jefferson, sobre um esquema de corrupção em Furnas, a Justiça estadual do Rio aceitou a denúncia e abriu ação penal contra o ex-parlamentar e outras seis pessoas por corrupção e lavagem de dinheiro na estatal de energia.

esquema n O ex-diretor da empresa Dimas Toledo, apontado pelo Ministério Públi-

co como o responsável por organizar o esquema que teria se instaurado nos moldes do que ocorreu na Petrobras, não foi incluído entre os réus, pois tem mais de 70 anos e as penas para ele já prescreveram.

documentação n “Com efeito, há indícios de autoria e materialidade, os quais decorrem

dos inúmeros documentos, depoimentos, laudos periciais e análises de contratos pela CGU e pelo TCU, compostos por mais de 1.600 páginas e aproximadamente 25 (vinte e cinco) caixas de documentos”, diz em seu despacho a juíza da 35.ª Vara Criminal do Rio, Daniella Alvarez Prado.

O balanço do Ministério do Turismo Foto: Divulgação

Balanço do Ministério do Turismo divulgado segunda-feira (6) destaca os números do carnaval em diversas cidades do país, desde destinos com festas mais consolidadas até aqueles em que a folia despontou com mais força nos últimos anos. Os dados apontam que a ocupação hoteleira em Salvador, por exemplo, chegou a 95% no período de carnaval, gerando 200 mil empregos temporários. A estimativa da Secretaria de Turismo da Bahia é de que 600 mil turistas tenham passado pela capital baiana, um aumento de 9% em relação a 2016. Destes, 10% são estrangeiros. Em todo o estado foram registrados cerca de 2 milhões de visitantes, que injetaram R$ 1,5 bilhão na economia baiana. Tradicionalmente, a festa tem maior duração na capital baiana e, neste ano, se estendeu entre os dias 23 de fevereiro e 2 de março. O balanço do Ministério do Turismo informa que, na maioria dos destinos nordestinos, os índices de ocupação hoteleira registraram

uma média de 90% no período do carnaval. Em Alagoas, 90% dos 31 mil leitos ficaram ocupados no feriado, mesmo índice registrado em Sergipe. Na Paraíba, 200 mil turistas foram responsáveis pela ocupação de cerca de 95%. O Ceará recebeu cerca de 112 mil turistas, injetando aproximadamente R$ 140 milhões na economia estadual. Em toda a cadeia produtiva do turismo cearense foram gerados R$ 230 milhões, um aumento de cerca de 10% em relação a 2016. A taxa de ocupação da rede hoteleira ficou na casa dos 84% durante o período. No Rio Grande do Norte, a média de ocupação no período foi de 89%. Em Recife, que fechará o balanço na próxima semana, a expectativa de ocupação hoteleira foi de 95%, com injeção de R$ 1,2 bilhão na economia pernambucana. Em São Luís, os cinco dias de festa criaram 1.450 empregos informais. Deste total, 950 atuaram nos circuitos oficiais da folia.

Rua José Versolato 111, Torre B- Conjunto 802 - SBC CEP 09750-730 Tel: 23791915

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Gosto de ser cheinha. Me sinto gostosa. Fabíola Gadelha, jornalista

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cidades

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estatística

‘Faltam’ 2,5 milhões de pretas e pardas no Brasil, apontam dados do IBGE

Faltam 2,5 milhões de mulheres pretas e pardas no Brasil. Esse é o número total de brasileiras que deveriam deixar de se declarar brancas para que, estatisticamente, os números retratassem a mesma proporção racial dos homens. Como é o próprio indivíduo que declara ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a cor de sua pele, os dados revelam que na verdade as brasileiras têm mais dificuldade em se identificar como pretas e pardas do que os brasileiros. Recorte feito pelo Estadão Dados nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) mostra que, historicamente, as mulheres declararam ser mais brancas que o sexo oposto. Essa diferença se manteve mesmo durante o impressionante crescimento do número de brasileiros que afirmava ser pardo ou preto na última década --a proporção subiu de 45% para 55% de 2001 para 2015, data da última pesquisa. Hoje, 53% das mulheres se declaram não brancas, ante quase 56% dos homens. Essa diferença de quase 3% pode parecer pequena, mas impressiona quando traduzida para números absolutos. Se as mulheres declarassem a raça do mesmo

jeito que os homens, seriam ao menos 2 milhões pardas e 500 mil pretas a mais na população brasileira. A estimativa é conservadora, pois, como a probabilidade de nascerem homens e mulheres é a mesma dentro de uma mesma raça e a mortalidade de homens não brancos é mais alta do que a de brancos, o esperado seria que a proporção de pretas e pardas entre as mulheres fosse ainda maior. “A comparação é interessante, e eu não conheço estudos que falem da diferença por sexo na classificação por cor ou raça”, diz o pesquisador da Coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE Leonardo Athias. Ou, em outras palavras: não há pesquisa suficiente no Brasil para conseguir entender exatamente por qual motivo as mulheres parecem ter tendência de se imaginarem, na média, mais brancas do que são. A literatura acadêmica sobre a declaração racial no Brasil ganhou corpo na última década, quando o número de brasileiros declarados não brancos aumentou de maneira consistente. O crescimento acentuado, principalmente em faixas etárias mais altas, deixou pouca dúvida sobre sua origem:

o que estava mudando não era a cor de pele dos brasileiros, mas sim como eles se veem e de qual raça dizem ser.

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ferente aos homens dessa escolaridade.

Questão cultural Outros dados da Pnad dão algumas pistas na direção de que a principal explicação para a diferença desse processo entre homens e mulheres é também cultural. Em Estados do Norte e do Nordeste como Rondônia, Piauí, Roraima e Bahia, é praticamente igual a proporção de brancos, pretos e pardos entre homens e mulheres. Já em alguns Estados do Sul e do Sudeste, como Santa Catarina, Paraná e Rio, há uma diferença bem maior entre raças que cada sexo declara.

Para entender melhor o processo de transformação na percepção da própria raça, o jornal O Estado de S. Paulo ouviu mulheres que viveram essas mudanças ou são símbolos para esse grupo e perguntou o que poderia explicar a diferença entre homens e mulheres na hora de declarar sua raça. A resposta foi praticamente unânime. “É difícil para a mulher assumir-se preta ou parda. Há um discurso cultural dominante, uma construção do padrão de beleza com base em um embranquecimento”, avaliou a jornalista Viviane Duarte, criadora do projeto Plano Feminino.

A diferença também diminui de acordo com a escolaridade. Quanto mais anos de estudo a mulher tem, maior a chance de ela se declarar não branca. A maior diferença proporcional entre mulheres e homens que se declaram brancos está justamente no grupo que não acabou o ensino fundamental: as brancas têm 3,2 pontos porcentuais a mais. Mas, entre a população com curso superior completo, o gráfico se inverte – 26% das mulheres declararam ser negras ou pardas, número que é superior aos 23% re-

“A mulher negra está na base da pirâmide social, por ser mulher e por ser negra. É natural que ela tente se afastar dessa imagem”, avalia a advogada Mayara Souza, fundadora do grupo Negras Empoderadas. “Ser mulher negra neste País é muito difícil. Entendo profundamente as pessoas que tentam se aproximar de uma realidade que não é delas”, comenta a atriz Taís Araújo, que já foi vítima de racismo e acompanha o movimento de mulheres negras em busca do reconhecimento da própria identidade.


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CIDADES

contexto

Mãe de Eliza Samúdio não acredita em recuperação do ex-goleiro Bruno Foto: Divulgação

A mãe de Eliza Samudio, Sônia de Fátima Moura, quer o goleiro Bruno de volta à prisão por temer ser, juntamente com o neto, a próxima vítima do goleiro. “Não acho verdade essa história de que está recuperado. Bruno é um dissimulado”, disse ela, que mora em Campo Grande com Bruninho, filho de Eliza com o atleta. O receio já fez a família de Sônia mudar a rotina. Na sexta-feira, 3, a advogada da mãe de Eliza, Maria Lúcia Borges Gomes, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o habeas corpus que o colocou em liberdade. Ao jornal O Estado de S. Paulo, Sônia afirma acreditar que não está segura com Bruno fora da prisão e destaca que

a ação judicial que levou ao embate entre Eliza e o goleiro – o pagamento de pensão alimentícia para o neto – está agora sob sua responsabilidade. “O que garante que a história da minha filha não pode se repetir comigo e meu neto?”, questiona. Hoje, trabalha com organização de festas. “Muitos acham que meu neto tem pensão. Não tem. Vivemos do nosso trabalho e com dignidade, porque o mais importante na vida é poder deitar à noite com a consciência limpa.” Para Sônia, a história só vai terminar quando ele disser onde estão os restos mortais de Eliza. “A Justiça que o colocou nas ruas deveria pressionar

para conseguir essa informação”, defende. “Se fosse verdade (a afirmação de que Bruno se recuperou), a primeira coisa que deveria fazer é revelar onde está o corpo de Eliza, para darmos a ela um enterro digno.” Cuidados Com medo, Sônia já mudou a rotina. “Avisei ao Bruninho (hoje com 7 anos) para não chegar perto do portão e não sair da escola com ninguém que não seja eu ou meu marido”, diz. “Ao que parece, o goleiro vai ficar solto e, nós, presos.” O menino sabe que a mãe morreu e que o pai estava preso por ter mandado matá-la. “Mas evitamos tocar

no assunto. Bruninho sabe que o pai deixou a prisão, mas nos últimos dias temos tentado manter a televisão desligada”, conta a avó. Ela também diz ser a favor do exame de DNA para saber se Bruno é pai do neto. “Mas desde que seja aqui, com material recolhido na cidade e acompanhamento de tudo pela família.” Bruno foi solto graças a liminar concedida pelo ministro Marco Aurélio Mello, que considerou o fato de o jogador estar preso havia quase sete anos sem que o júri que o condenou tivesse sido referendado em segunda instância. Agora, o habeas corpus terá de ser analisado pelo plenário do STF.


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cidades

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análise

Redes sociais aumentam sensação de solidão, diz estudo

Rede sociais estão fazendo com que nos sintamos mais solitários, aponta um estudo realizado por psicólogos americanos. A pesquisa, publicada no Periódico Americano de Medicina Preventiva, aponta que acessar sites como Twitter, Facebook e Snapchat por mais de duas horas por dia dobra a probabilidade de alguém se sentir isolado. Os cientistas argumentam que a exposição a representações idealizadas da vida de outras pessoas também

faz com que sintamos inveja delas. “Não sabemos o que veio antes - o uso de redes sociais ou a sensação de isolamento social”, diz a coautora do estudo Elizabeth Miller, professora de Pediatria da Universidade de Pittsburgh. “É possível que jovens adultos que se sentiam isolados socialmente recorreram às redes sociais. Mas pode ser que o uso cada vez mais intenso de mídia social levou eles a se sentirem isolados do mundo real.”

Interações Q uase 2 mil adultos com idades entre 19 e 32 anos foram entrevistados quanto a seu uso de redes como Twitter, Facebook, Instagram, Pinterest, Snapchat e Tumblr. O estudo sugere que quanto mais tempo uma pessoa fica online, menos tempo ela tem para interações no mundo real. A navegação pelas redes sociais também pode despertar sentimentos de exclusão - inveja, por exemplo -, como quando se vê fotos de amigos se divertindo em even-

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tos para os quais não se foi convidado. “É importante estudar isso, porque há uma epidemia de problemas mentais e de isolamento social entre jovens adultos”, afirma Brian Primack, da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh. “Somos criaturas sociais, mas a vida moderna tende a nos isolar em vez de nos aproximar. Apesar das redes sociais aparentemente criarem oportunidades de socialização, o estudo aponta que elas não têm o efeito que esperamos.”


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política

contexto

Delator reafirma que Temer pediu ajuda à Odebrecht

Em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta segunda (6), Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente da Odebrecht, reafirmou que o presidente Michel Temer pediu “apoio financeiro” da empreiteira ao partido durante as eleições de 2014. Melo Filho foi ouvido em Brasília por cerca de 45 minutos pelo ministro Herman Benjamin em meio ao processo de cassação da chapa Dilma Rousseff-Temer. De acordo com apuração da Folha, Melo Filho reiterou o teor da sua delação premiada em que descreveu um jantar ocorrido no Palácio do Jaburu em maio 2014. O vazamento do documento que continha a versão do ex-executivo aos procuradores da Lava Jato foi o que provocou Benjamin a convocar os depoimentos de delatores da empreiteira. Segundo Melo Filho, no encontro, Temer, que na época ocupava o cargo

de vice-presidente e pleiteava a reeleição, pediu apoio financeiro ao seu partido, mas não falou em valores. No jantar estavam Temer (então vicepresidente da República), Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo, e Eliseu Padilha, hoje ministro da Casa Civil. Segundo a delação, naquele encontro ficou definido o repasse de R$ 10 milhões da empreiteira ao PMDB.

Temer, mas sem mencionar valores. A quantia teria sido discutida, segundo o herdeiro do grupo, somente com Padilha. Alexandrino Alencar, ex-diretor da empresa, e Hilberto Mascarenhas, exfuncionário do setor de operações estruturadas, área de pagamentos ilícitos do grupo, também foram ouvidos.

“Eu participei de um jantar no palácio do Jaburu juntamente com Marcelo Odebrecht, Michel Temer e Eliseu Padilha. Michel Temer solicitou, direta e pessoalmente para Marcelo, apoio financeiro para as Campanhas do PMDB no ano de 2014”, diz trecho do documento de colaboração do ex-executivo.

O depoimento mais longo foi o de Mascarenhas, que durou duas horas e meia. Alencar e Melo Filho entraram pela garagem, no subsolo, para não serem vistos pelos jornalistas. Mascarenhas, o primeiro a chegar, seguiu pela portaria principal e usou uma pasta na tentativa de esconder o rosto. “Vai ser tudo bem”, limitou-se a dizer sobre as expectativas para a oitiva.

Também em depoimento ao TSE, na última quarta (1º), Marcelo Odebrecht deu versão semelhante, afirmando que discutiu doação com

Os advogados de Temer não foram localizados pela reportagem. Em nota sobre o assunto, o presidente afirmou que nunca pediu doações por meio de caixa dois.

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TENSÃO O terceiro dia de depoimentos no TSE foi marcado por tensão em relação aos vazamentos da semana passada, nas audiências anteriores. O ministro Herman Benjamin falou explicitamente sobre sua irritação com a quantidade de informações que foram veiculadas na imprensa e alertou para que não isso não se repetisse. Um dos depoentes, Alexandrino Alencar também abordou o tema e reclamou da exposição dos delatores. Diferentemente das outras oitivas, os ex-executivos da Odebrecht e seus advogados tiveram que deixar os celulares desligados durante todo o período de audiência. Eles também não puderam ter contato uns com os outros. Inicialmente, vários defensores que acompanhariam seus clientes foram impedidos de entrar para ouvilos. Posteriormente, no entanto, Herman Benjamin acabou liberando a entrada.


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política

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contexto

Temer anuncia reforma tributária com início ainda este semestre

O presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira (7) que a reforma tributária será fatiada e realizada por meio de medidas provisórias que serão enviadas à Câmara dos Deputados. A proposta explicada pelo peemedebista prevê o envio até o mês que vem de iniciativa que altera as regras da contribuição para o PIS. Na sequência, até o final do primeiro semestre, será encaminhada mudança na legislação da Cofins. Com as medidas provisórias, a intenção é acelerar a entrada em vigor e simplificar as regras dos dois tributos,

mas sem alterar a carga tributária, para preservar ao máximo a arrecadação. O anúncio foi feito durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão. O presidente também afirmou que o Palácio do Planalto pretende realizar mudanças no ICMS até o fim do ano. “O governo federal até concorda com a direção apontada pelos conselheiros. Até o fim de março, adotaremos medida provisória para simplificação do PIS. Até o fim do primeiro semestre, adotaremos em relação a Cofins. E, no segun-

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do semestre, será a vez do ICMS”, disse. Em 2016, o PIS representou cerca de 4% da arrecadação federal. A Cofins, 16%. Para evitar choques na arrecadação, a equipe econômica decidiu priorizar o PIS.

tivo vai se engajar no apoio a medida de emenda constitucional, que tramita no Senado, a qual estabelece regras para a segurança jurídica de investimentos feitos pela inciativa privada.

Hoje, existem cerca de 30 alíquotas para o PIS porque, desde 2002, quando ele sofreu uma reforma, diversos setores pressionaram o governo para recolher menos.

Em discurso, o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, José Carlos Rodrigues Martins, defendeu uma simplificação do PIS e Cofins e pregou também a criação de um IVA (Imposto sobre Valor Agregado) federal. A proposta, contudo, enfrenta resistência no núcleo econômico do governo federal, que considera mais viável realizar reformas do PIS e da Cofins.

O que está em estudo neste momento pela equipe econômica é a definição de duas novas alíquotas para substituir todas as outras. O presidente afirmou ainda que o Poder Execu-


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política

recessão

Queda de 3,6% do PIB de 2016 é ‘espelho retrovisor’, diz Meirelles

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta terça-feira (7) durante a abertura da reunião do chamado Conselhão, no Palácio do Planalto, que a queda de 3,6% no PIB (Produto Interno Bruto) no ano passado é “espelho retrovisor”. “O PIB divulgado hoje se refere ao ano passado, é espelho retrovisor. Os índices a seguir refletem o que está acontecendo agora”, afirmou o ministro, antes de citar indicadores da atividade econômica futura, como circulação de veículos leves nas estradas e vendas de papelão ondulado. Dados das vendas de supermercados, motos, emplacamentos de veículos e da confiança do consumidor também mostram reação,

disse Meirelles. “Isso tudo mostra já a retomada da atividade que vai aparecer lá na frente, disse. No início de seu discurso de abertura no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o ministro da Fazenda disse que o Brasil “está voltando ao normal”. “O Brasil hoje já é um país que volta ao normal, um país que aprova reformas fundamentais”, afirmou. “Eu recebo diversas áreas que mostram que sentimos ainda os efeitos da recessão, mas o país já começa claramente a crescer”. Meirelles afirmou que, no último trimestre de 2017, na comparação com o mesmo período do ano

passado, o PIB crescerá 2,4%, na previsão do Ministério da Fazenda. O ministro declarou ainda que a retomada da economia não foi tão rápida como se pensava. “A retomada no final do ano passado não foi tão rápida, de fato não foi. Hoje foi divulgado o PIB do ano passado, que é o resultado de uma série de políticas que levaram a economia brasileira a enfrentar a maior crise da sua história”, afirmou. Além dos indicadores de antecipação da atividade, Meirelles destacou que o nível de endividamento de consumidores e empresas está diminuindo. “É um processo difícil,

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mas é resultado da crise. Estamos passando para um segundo processo, de voltar a tomar empréstimo”. O ministro declarou ainda que, no futuro, o país sentirá os efeitos benéficos da aprovação do teto de gastos, que limita o crescimento de despesas à inflação do ano anterior, e da reforma da Previdência, que deve ser votada neste semestre no Congresso. Ele afirmou que, sem o teto, as despesas públicas passariam a representar 25,4% do PIB em 10 anos. “Com o teto, vamos a 15,5% do PIB. Ou seja, ganhamos 10% do PIB em termos de menor despesa pública”, afirmou o ministro.


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cultura

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na TV

Com prêmio maior, MasterChef Brasil volta mais estrangeiro do que nunca

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Menos de três anos após sua estreia na Band, MasterChef Brasil chegou ontem (7) à sua quarta edição cada vez menos fazendo jus ao “Brasil” de seu título: entre os 75 candidatos selecionados para encarar o júri nesta temporada, há um italiano, um tailandês, um paraguaio, um colombiano e um venezuelano. Todos disputam um prêmio de R$ 200 mil _até o ano passado, o ganhador levava R$ 150 mil. A presença de estrangeiros não é novidade no reality culinário: na primeira temporada, o israelense Shlomi Asaf foi o primeiro eliminado; na segunda, a chinesa Jiang Pu roubou a cena com seu jeito peculiar de falar e conseguiu a terceira colocação; e, no ano passado, o taiwanês Lee Fu Kuang ficou em sexto lugar. Ainda assim, a “invasão” internacional chama a atenção _especialmente quando é considerado que os chefs

Paola Carosella e Érick Jacquin são argentina e francês, respectivamente. A direção do formato também fica a cargo de um argentino, Patrício Diaz, o Pato. Para a apresentadora Ana Paula Padrão, a diversidade de participantes é uma das marcas do MasterChef Brasil. “O programa é um leque da sociedade brasileira, tem gente que vem de todos os lugares, com todas as personalidades possíveis”, aponta. Para manter o suspense da nova temporada, a Band não informa quantos dos cinco estrangeiros ficarão entre os 21 finalistas da edição. Desta vez, a seleção será feita de forma diferente: os 75 selecionados apresentarão seus pratos a Paola, Jacquin e o brasileiro Henrique Fogaça. Os jurados selecionarão 40 para seguir em frente. Os sobreviventes vão duelar entre eles,

sozinhos ou em duplas, com embates específicos. “Há o desafio da massa, da sobremesa, da cozinha caipira, oriental, entre outros”, adianta Pato, o diretor. Os 20 vencedores avançam, e um 21º será escolhido em uma prova de repescagem com os quatro melhores cozinheiros eliminados anteriormente. Os 21 serão conhecidos apenas no dia 20 de março. Nível profissional Depois de uma temporada com cozinheiros profissionais, Paola jura que voltar aos amadores não faz o nível da competição cair. Pelo contrário. “Eles apresentam pratos que nem eu faço na minha casa. Você imagina que um cozinheiro amador vai apresentar comida gostosa, caseira, mas levam comida de restaurante. Uns três pratos que nos apresentaram você não encontra nem em restaurante”, elogia a chef. Ana Paula con-

ta que, como o nível dos candidatos cresceu muito, a produção também elevou a dificuldade das provas. “Na primeira temporada, tinha tarefas mais simples, como preparar um peito de frango. Hoje, isso não basta mais”, conta ela. Jacquin confessa que consegue perceber o potencial dos participantes nos mínimos detalhes: “Você vê no jeito que a pessoa segura a faca, como fatia os legumes, até como veste o avental”. A apresentadora tem se surpreendido com o que vê nas gravações do programa: “Eu sou cozinheira de fim de semana, tenho minhas seis receitinhas que fazem sucesso com os amigos. No primeiro ano, eu via os pratos e pensava que conseguia repetir aquilo. Agora, eu não tenho ideia sequer de sobre o que eles estão falando (risos)”.


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10 esportes contexto

Libertadores ignora critério da Champions e prejudica brasileiros em cotas

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Ao mudar a Libertadores para aumentar seu valor de mercado, a Conmebol ignorou esse mesmo mercado na hora de distribuir cotas da competição. Não houve alteração na divisão igualitária e por classificação em política oposta a da Liga dos Campeões que valoriza os países que geram mais dinheiro. Os maiores prejudicados foram os clubes brasileiros, maiores fonte de receita da competição. A fase de grupos da nova Libertadores começou nesta terça-feira (7). A Conmebol vende os direitos de marketing e televisão da Libertadores em um pacote único, o que deve mudar para edição de 2019. Só que a rede de televisão que compra, no caso a Fox, tem como principal objetivo obter receitas no Brasil e na Argentina. O potencial econômico brasileiro é muito maior do que o do país vizinho tanto que a confederação sulamericana inflou para oito times

nacionais nesta edição. Ao mesmo tempo, manteve a cota fixa na fase de grupos: US$ 1,8 milhão para cada time, e prêmios crescentes por cada fase que as equipes avançam. Um time campeão pode chegar a US$ 8 milhões independentemente de qual seu país de origem. Na Liga dos Campeões, as cotas são divididas em 60% por valores fixos e premiações por desempenho, e outros 40% por mercado. Ou seja, os clubes do países que geram os maiores contratos de tv locais ficam com mais dinheiro. Para dividir esse montante de mercado entre os times de cada nação é usado um critério esportivo: metade por desempenho no campeonato nacional e metade dentro da própria Liga dos Campeões. No total, 507 milhões de euros serão divididos dessa forma na atual temporada. Na última edição encerrada da liga, 2015/2016, o Manchester City foi o clube que

mais arrecadou 83,9 milhões de euros, acima do campeão Real Madrid que ficou com 80,1 milhões de euros. Isso porque o mercado espanhol gera receita menor do que o inglês. Na Libertadores, de nada vale gerar mais dinheiro para a competição. ‘’Não tem nenhum mercado como o brasileiro (na América do Sul). A Libertadores se apropria, mas não traz nada para esse mercado’’, analisou o coordenador de curso de gestão da FGV/ Fifa, Pedro Trengrouse. ‘’A solução para Conmebol aumentar suas receitas seria expandir a competição para o mercado americano e canadense.’’ O consultor em marketing esportivo, Amir Somoggi, vai além e estima que metade do mercado da Libertadores é originário do Brasil. E dá um exemplo de que um jogo do Atlético-MG atinge uma cidade grande como Belo Horizonte, enquanto do outro lado muitas vezes estão

times de locais com pouco potencial econômico. ‘’O critério da UEFA é de mercado, pelo marketing pool. A Itália, por exemplo, não tem muita renda de jogo, mas gera bastante de televisão’’, contou. ‘’Desde que fundou a nova Liga dos Campeões, a UEFA considerou a meritocracia.’’ Ele atribuiu à falta de poder político dos clubes brasileiros o fato de a Conmebol não fazer o mesmo na América do Sul. ‘’No caso do Brasil, a diretoria não fala o mesmo idioma, a sede fica em um país de língua espanhola. A Conmebol dá mais atenção aos países de língua espanhola.’’ Lembre-se ainda que o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, não pode ir a reuniões da Conmebol com medo de ser preso pelo ‘’caso Fifa’’. Em resumo, na hora de arrecadar, a confederação sul-americana olha para o Brasil, mas, na hora de distribuir o dinheiro, pensa nos países vizinhos.


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esportes 11

após cirurgia

Gabriel Jesus caminha em piscina e mostra evolução de sua recuperação

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Tem sido comum ver Gabriel Jesus andando e sendo fotografado de muletas pelas ruas de Manchester. Nesta terça (07), no entanto, o jogador mostrou um vídeo em seu Instagram que deixa os torcedores do City mais animados.

Gabriel Jesus aparece fazendo trabalhos de fisioterapia dentro da piscina do centro de treinamento do clube. O atacante anda dentro d’água com atenção e calma. “Falta pouco #logoestareidevolta #fisioterapia”, avisou o atacante na le-

genda de seu post na rede social. Gabriel Jesus está fora dos gramados desde o dia 13 de fevereiro, quando quebrou o quinto metatarso do pé direito na partida do City contra o Bournemouth, pelo Campeonato

Inglês. Machucado, o atacante precisou passar por uma cirurgia no local. Não há uma data certa para o retorno do brasileiro ao futebol, mas a previsão do Manchester City é de que o brasileiro retorne entre abril e maio.


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12 esportes contexto

Torcida organizada cobra dirigentes e comissão técnica do Santos no CT

Diretoria e comissão técnica do Santos receberam membros de uma torcida organizada na tarde desta segundafeira, no CT Rei Pelé. Eles foram cobrar a postura do time no clássico contra o Corinthians no último sábado, em Itaquera. O grupo alegou que a equipe estava apática em campo e pediu para que os atletas sejam cobrados.

Os jogadores não participaram da reunião, que contou com pouco mais de dez integrantes da torcida organizada. Diferente da invasão do último dia 23, os torcedores foram autorizados a entrar e conversar com a comissão técnica. Não

houve

violência.

A

reu-

nião durou cerca de 30 minutos e aconteceu de forma pacífica. Os torcedores estão revoltados com a situação do time na temporada. Nos últimos cinco jogos, o Santos só venceu uma partida. Foram três derrotas, um empate e uma vitória. O time ocupa a terceira posição do Grupo D do

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Campeonato Paulista. Por conta disso, o técnico Dorival Júnior está ameaçado de ser demitido. Luxemburgo é uma das “sombras” do treinador. O Santos estreia na Copa Libertadores da América, diante do Sporting Cristal, do Peru, na próxima quinta-feira, às 21h45 (de Brasília), fora de casa.


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mundo

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contexto

Causa da morte é concluída após 3 meses e George Michael pode ser enterrado

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Depois de mais de três meses, o corpo do cantor George Michael finalmente poderá ser enterrado, já que não resta dúvidas sobre o que levou à sua morte, aos 53 anos, no dia 25 de dezembro de 2016. Segundo o legista Darren Salter, que investigou o caso e divulgou nesta terça-feira (7) o resultado, o artista morreu de “causas naturais”. Em termos médicos, Michael teve uma “miocardiopatia dilatada com miocardite e gordura no fígado”. É um mau funcionamento do coração que pode ter causa hereditária, genética ou estar associada ao consumo de álcool e drogas. Ao longo de sua vida, o cantor protagonizou vários episódios envolvendo o consumo de álcool e drogas. As doenças mencionadas --coronárias e hepática-no relatório final do legista podem ser o resultado do abuso das substâncias. Mas o médico afirmou que “não serão comunicadas mais novidades (sobre o caso)”.

Uma outra autópsia já havia sido realizada no corpo do cantor, em dezembro, mas deu resultados “não conclusivos” e, por isso, novos testes foram solicitados. George Michael estava em sua casa em Oxfordshire, na Inglaterra, e foi encontrado pelo namorado, Fadi Fawaz. O namorado chegou a ser questionado pela polícia se George temia morrer de overdose e como foram as últimas horas do casal. Ele contou aos policiais ter dormido no carro na noite em que o cantor morreu. O cantor trabalhava em uma edição de luxo do álbum “Listen Without Prejudice Vol 1” em celebração de seus 25 anos de lançamento. O álbum, que vendeu 8 milhões de cópias, foi responsável por uma briga dele com a gigante Sony Music, que ele acusou de escravizá-lo e de não divulgar o disco como merecia. Uma vida cheia de polêmicas Conhecido por hits como “Faith” e

“Freedom! ‘90”, Michael chegou a vender mais de cem milhões de discos ao longo de suas quatro décadas de carreira. Antes da carreira solo, ele criou, na primeira metade dos anos 1980, o duo pop Wham! com o amigo de escola Andrew Ridgeley. Juntos, lançaram hits como “Young Guns”, “Wake Me Up Before You Go-Go” e “Careless Whisper”.

pudor em um banheiro público de um parque. Já nos anos 1990, declarou publicamente sua homossexualidade e criou a música “Jesus to a Child” em homenagem ao estilista brasileiro e seu namorado Anselmo Feleppa, que morreu em decorrência da Aids. Mas, antes disso, teve namoros com mulheres, entres elas a atriz Brooke Shields (“A Lagoa Azul”).

Quando o Wham! estava ainda no auge, com sucesso internacional, Michael decidiu seguir carreira solo. Em 1987, lançou “Faith”, seu primeiro disco solo, que tinha ainda hits como “Father Figure” e “Kissing a Fool”, chegando a vender 20 milhões de cópias pelo mundo. Carregados de sensualidade, os videoclipes do álbum ajudaram a fortalecer a imagem de Michael como um dos grandes sex symbols do pop dos anos 1980.

Em 2011, Michael foi forçado a cancelar uma série de shows para tratar uma pneumonia. Segundo a BBC, o cantor chegou a ser submetido a uma traqueostomia para conseguir respirar e chegou a ficar inconsciente durante sua estada no hospital.

Na vida pessoal, o cantor foi conhecido por uma rotina de excessos, com prisões por porte de drogas e por atentado ao

Nada disso impediu que Michael continuasse a fazer planos na música. Recentemente ele chegou a anunciar que estava trabalhando em um novo álbum com o produtor e compositor Naughty Boy. Em março de 2017, planejava lançar um documentário batizado de “Freedom”.


quarta-feira, 08 de março de 2017

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14 economia empreendedorismo

Escola da Cachaça quer ensinar a envelhecer a bebida e a fazer caipirinha

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Você sabia que a cachaça pode ser envelhecida em barris de mais de 30 tipos de madeira? Para divulgar informações como essa, que pouca gente conhece sobre uma bebida tão brasileira, o empresário Leandro Dias, 34, está lançando o curso Escola da Cachaça. O curso é totalmente online, com aulas em vídeo que ensinam desde a história da bebida, como é envelhecida, em que copos deve ser servida até o preparo da caipirinha perfeita e outros drinques. Tem duração de cinco semanas e custa R$ 287, que podem ser parcelados em até doze vezes. Dias é fundador da Middas, uma cachaça com flocos de ouro comestível, voltada para a classe A. Com o curso, porém, ele busca atrair um público mais amplo. “É para o consumidor final, para quem

aprecia cachaça, mas só conhece as da prateleira do supermercado. Queremos mostrar que a cachaça de qualidade pode dar experiências de sabor muito superiores do que outros destilados, como o gin e o conhaque”, afirma. Quer faturar R$ 1 mi e lançar outros cursos A meta é faturar R$ 1 milhão, atendendo de 3.500 a 4.000 alunos no primeiro ano. “É uma meta ousada porque não há nada semelhante no mercado e o assunto desperta interesse”, declara. Além do curso, Dias e seu sócio, o jornalista e sommelier de cachaças João Almeida, dono do blog especializado Brasil no Copo, planejam o lançamento de um livro sobre a bebida no próximo mês, com um guia das 100 melhores cachaças brasileiras. “Há muita produção local, de boas cachaças que ficam

restritas a determinadas regiões”, diz. Depois de formar uma leva de alunos com conhecimentos básicos sobre a bebida, ele pretende lançar cursos mais avançados, sobre como fazer cachaça em casa e especialista em drinques, por exemplo. “Minha inspiração vem do conceito de ‘home distilling’ [destilação caseira], muito difundido em outros países, como nos EUA, desde a época da Lei Seca na década de 1920.” Interesse é crescente e produto é democrático A consultora do Sebrae-SP em Presidente Prudente Kate Cidrão diz que a cachaça é símbolo nacional e ocupa hoje lugar de destaque nas prateleiras e adegas de bares e restaurantes mais badalados do mundo, abrindo muitas oportunidades de negócio em diferentes nichos, como aposta o empresá-

rio da Middas e da Escola da Cachaça. “Da preferência popular aos paladares mais refinados, o interesse pela cachaça não para de aumentar, sobretudo a cachaça de alambique, fazendo surgir locais especializados na venda da bebida. São Paulo, Pernambuco, Ceará, Minas Gerais e Paraíba são os Estados que mais se destacam na produção, exportando também para vários países.” Ela diz que o maior consumo ainda é nas classes C e D, de aguardentes de cana-de-açúcar produzidas por grandes empresas, com embalagens e preços mais populares. Nas classes A e B, a tendência é por produtos artesanais, com preços mais elevados, maior qualidade e embalagens sofisticadas. Onde encontrar: Escola da Cachaça: www.escoladacachaca.com.br


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quarta-feira, 08 de março de 2017

economia 15

números

População brasileira empobrece 9,1% com recessão

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O impacto da recessão sobre a renda do brasileiro foi ainda mais profundo do que sobre a economia como um todo. Desde 2014, ano de início da crise, o PIB per capita (o valor total do PIB dividido pela população) caiu 9,1%, de acordo com o IBGE. É o maior tombo no indicador desde 2000, que che-

Enquanto isso, o PIB total cresceu 0,5% em 2014 e caiu 7,2% no acumulado de 2015 e 2016.

ao ano, em média.“É como se o bolo tivesse diminuído e mais pessoas quisessem comer. A fatia diminui”, diz Rebeca Passos, coordenadora de contas nacionais do IBGE.

ção de 3,9% já registrada em 2015. O aumento do desemprego em 2016 e do endividamento das famílias são as principais razões para o empobrecimento do brasileiro.

Isso acontece porque o cálculo leva em conta tanto a queda do PIB quanto a expansão da população, de 0,9%

De modo semelhante, o consumo das famílias caiu 4,2% em 2016, queda ainda maior do que a contra-

A média da taxa básica de juros, de 14,1% ao ano em 2016, foi superior à de de 2015, de 13,3%.

gou a R$ 30.407 no ano passado.


quarta-feira, 08 de março de 2017

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tecno

reciclagem

Linha de celulares Moto G5 chega ao Brasil por a partir de R$ 999

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Os novos celulares intermediários da Lenovo/Motorola, o Moto G5 e o G5 Plus, terão no Brasil os preços sugeridos de R$ 999 e R$ 1.499, respectivamente. Os valores foram confirmados pela empresa na manhã desta terça-feira (7), em São Paulo. Os dois modelos chegam ao país com 2 GB de memória RAM e 32 GB de armazenamento interno. Lá fora serão vendidas versões com 3 GB ou 4 GB de RAM e 16 GB ou 64 GB de armazenamento interno, que não deverão vir para cá. O Moto G5 Plus ainda contará com um carregador rápido de 15 W, que promete dar mais seis horas de uso médio de bateria em 15 minutos na tomada. O carregador do Moto G5 comum rende mais quatro horas de uso com os mesmos 15 minutos de carregamento. Além disso, no G5 Plus a bateria é fixa, mas no G5 é removível e chip telefônico fica na traseira do celular. A Levono/Motorola aproveitou a Mobile World Congress (MWC), principal feira de telefonia do mundo que ocorreu na semana passada em Barcelona, para atualizar a linha Moto G. Já na quinta geração, a linha ganhou o nome de Moto G5. Essa é a linha mais vendida no mundo e ajuda a marca em sua busca de ser a terceira maior do mundo -- no Brasil já é a segunda maior. O que tem de novo? A Lenovo tomou a decisão curiosa de

reduzir algumas configurações em relação à linha 2016. A tela ficou menor: nos Motos G4 e G4 Plus eram 5,5 polegadas, agora são 5,2 no G5 Plus e 5 no G5, ambas com resolução Full HD. Parece ser um indicativo que a tendência do retorno às telas menores, capitaneada pelo iPhone SE (de 4 polegadas), está crescendo. O tamanho da tela menor tem uma justificativa. Os botões “voltar”, ir para tela principal e “ver todos os apps abertos”, que antes tinham comandos na tela, são agora feitos no botão do meio. Deslize da direita para esquerda para voltar, da esquerda para direita para ver os apps abertos, e pressione o botão para voltar à tela principal. Os sensores das câmeras principais também caíram: de 16 MP (G4 Plus) e 13 MP (G4) no ano passado para 12 MP (G5 Plus) e 13 MP (G5) neste ano. Em compensação, a câmera do G5 Plus será Dual Pixel, isto é, receberá mais luz por cada pixel da foto, sendo 28% mais eficiente em luminosidade que a geração anterior. Além disso, o foco é 58% mais rápido que o do G4 Plus. Outro “downgrade” na linha Moto G é a bateria do G5, que terá apenas 2.800 mAh, enquanto o G5 Plus mantém os 3.000 mAh da versão 2016. No ano passado, tanto o G4 quanto o G4 Plus tinham baterias

de 3.000 mAh. Como as telas também reduziram e os processadores também foram atualizados --serão os Snapdragon 625 (G5 Plus) e 430 (G5)--, a empresa espera que a autonomia de bateria da linha seja mantida para um dia de uso médio. O corpo de ambos os modelos melhorou o acabamento: agora são em metal, enquanto as versões do ano passado eram em plástico. A silhueta também ficou mais arredondada e a câmera na traseira ganhou um visual circular, bem parecida com a da linha Moto Z. Lilian Ferreira/UOL Novo modo de ver lista de aplicativos, mais parecido com a do Android 7.1. Agora você não precisa tocar em um ícone para abrir a lista; basta passar o dedo de baixo para cima na tela Lilian Ferreira/UOL Câmera traseira da linha Moto G5 lembra a do Moto Z No mais, a linha manteve-se dentro do que se espera dos melhores intermediários atuais: Android 7.0 de fábrica, 2 e sensor de digitais em ambos --no ano passado só o G4 Plus tinha-- e o Moto Ações, recurso da Motorola que responde a gestos para abrir a câmera ou ligar a lanterna rapidamente.

A nova linha Moto G5 terá como principais concorrentes o Zenfone 3 e 3 Max (Asus), na casa dos R$ 1.150 a R$ 1.500, mas o 3 Max tem bateria de 4.100 mAh. Há ainda os Galaxy J5 Metal e J7 Metal (Samsung), por em média R$ 900 e R$ 1.100, embora estes tenham apenas 16 GB de armazenamento. Moto G5 Plus Tela: 5,2 polegadas Full HD Sistema operacional: Android 7.0 Processador: Snapdragon 625 octacore de 64 bits (2 GHz) Memória: 32 GB de armazenamento interno (cartão microSD de até 128 GB) e 2 GB de RAM Câmeras: 12 MP (principal) e 5 MP (frontal) Dimensões e peso: 150,2 x 74 x 7,9 mm; e 155 g Bateria: 3.000 mAh Moto G5 Tela: 5 polegadas Full HD Sistema operacional: Android 7.0 Processador: Snapdragon 430 octacore de 64 bits (1,4 GHz) Memória: 32 GB de armazenamento interno (cartão microSD de até 128 GB) e 2 GB de RAM Câmeras: 13 MP (principal) e 5 MP (frontal) Dimensões e peso: 144,3 x 73 x 9,5 mm; e 145 g Bateria: 2.800 mAh


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