Cidades Política Cultura Esportes São Caetano Mundo Economia Tecno
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Delator cita propina para Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo
NESTA EDIÇÃO
O administrador teria apontado notas fiscais
Atila cria o Poupatempo Animal em Mauá
forjadas para justificar as despesas. 4Pág. 08
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Ministério das Cidades vai financiar faixas de ônibus pelo Brasil ada uma delas pode receber verbas em torno de R$ 200 milhões. 4Pág. 05
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Sexta-feira, de de 2017 Quarta-feira,25 21dedeagosto outubro 2015 Edição 2606 2125 Ano XI IX
Morando consegue mudar Museu do Trabalho para Fábrica de Cultura
CIA. Barbixas de Humor em São Bernardo
Nos dias 25, 26 e 27 de agosto a CIA. Barbixas de Humor se apresenta no Teatro Lauro Gomes com Improvável.
O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, conseguiu, na quarta-feira (23), aval para a modificação do projeto que está paralisado do Museu do Trabalho e do Trabalhador para instalação de uma Fábrica de Cultura, programa idealizado pelo governo do Estado.
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Parque da Juventude de São Bernardo recebe projeto de Skate Solidário
DESTAQUE SQN
política Alckmin diz que quer ser candidato, mas decisão deve ser ‘coletiva’. 4Pág. 07
esportes Pedalada do bem deve reunir mais de mil pessoas em diversas cidades. 4Pág. 10
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economia Primeira parcela do 13º salário dos aposentados injeta R$ 477 mi no ABC.
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seu bolso Com apoio da Prefeitura, ação promoverá aulas de skate e de cidadania para 40 crianças da região. Parque também recebe o monumento “Eu amo SBC”. 4Pág. 04
Contas de luz poderão ficar mais baratas com a privatização da Eletrobras. 4Pág. 15
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2 editorial
A privatização da Eletrobras
PASSANDO A LIMPO
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valor fixo n A Câmara dos Deputados rejeitou na noite de quarta-feira (23) a pro-
posta de se estabelecer valor fixo para o novo fundo que pretendem criar para financiar as eleições a partir de 2018. A proposta do relator da reforma política, deputado Vicente Cândido (PT-SP), estabelecia que o fundo fosse abastecido com 0,5% da RCL (receita corrente líquida) do ano anterior à eleição. Com isso, em 2018, o fundo teria R$ 3,6 bilhões para financiar as campanhas.
repercusão negativa n Diante da repercussão negativa da proposta, todos os partidos orienta-
ram seus deputados a votar contra o estabelecimento do porcentual. Este trecho do relatório foi retirado por 441 votos, com apenas um voto a favor do porcentual. Se a rejeição se mantiver na votação em segundo turno na Câmara e nas duas votações no Senado, o valor do fundo será definido a cada eleição pela CMO (Comissão Mista de Orçamento) do Congresso, responsável por definir o Orçamento do governo para o ano seguinte.
votação n Na terceira tentativa de votar a reforma política em plenário, com direi-
to a bate-boca, os deputados chegaram aprovaram o fatiamento do texto de Cândido e a exclusão da proposta de estabelecer um mandato de 10 anos para tribunais com indicações políticas, como o STF (Supremo Tribunal Federal). Somente cinco horas depois de iniciada a sessão, os deputados começaram a discutir a rejeição ao 0,5%. A retirada do percentual não significa que o fundo eleitoral não será criado. O tema ainda será objeto de uma nova votação.
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Tiragem Auditada por CMH Comunicação Integrada Circulação Garantida
Apesar de todos os problemas de ordem ética e moral que assolam o governo de Michel Temer, é preciso reconhecer que a atual gestão tem feito um considerável esforço para reverter todo o estrago feito em 14 anos de lulopetismo, especialmente depois que a “nova matriz econômica” começou a dar as cartas sob Dilma Rousseff. O anúncio da privatização da Eletrobras – que pode ocorrer tanto por uma emissão de ações feita de modo a reduzir a participação da União na empresa quanto pela venda pura e simples de parte das ações de posse do governo federal – é uma atitude corajosa que deve ter impacto significativo e duradouro em um dos setores mais prejudicados pelo voluntarismo dilmista. Em setembro de 2012, Dilma assinou a Medida Provisória 579, uma atitude populista que desorganizou completamente o setor elétrico no país. Ela foi vendida ao público como uma forma de reduzir o preço da energia elétrica para o consumidor final, efeito que até foi conseguido em um primeiro momento. Mas o que a conta de luz não mostrava era a enorme insegurança jurídica criada com aquela canetada que praticamente chantageava as empresas: ou elas reduziam os preços ao consumidor, ou corriam o risco de perder concessões no futuro. A euforia com a redução das tarifas durou o suficiente para colaborar com a reeleição de Dilma, mas não foi além disso: no fim de 2014 os preços da energia, graças à necessidade do uso de termelétricas e do socorro do Tesouro às empresas que tiveram suas finanças desorganizadas, já estavam nos patamares anteriores aos da MP 579, e em 2015 o aumento foi de 51%. Só em 2016 as tarifas voltaram a cair, mas o consumidor ainda terá de arcar, até 2025, com
FRASES
“
indenizações bilionárias prometidas às companhias e que não tinham sido pagas. Também a Eletrobras sofreu com os desmandos petistas: a empresa perdeu R$ 19 bilhões em receita graças à MP 579 e acumulou quase R$ 32 bilhões em prejuízos entre 2012 e 2015. O setor elétrico é um daqueles em que a iniciativa privada pode perfeitamente assumir a gestão. Sem interferências políticas diretas, a Eletrobras, responsável por 31% da geração de energia e quase metade das linhas de transmissão do país, só tem a ganhar com mais profissionalismo e menos apadrinhamento em seus cargos de comando. Ao poder público, neste cenário, cabe muito mais um papel de fiscalizador e regulador, coibindo quaisquer abusos ou distorções de mercado, que de agente direto, como proprietário de empresas. E o Planalto não se limitou a anunciar a privatização da Eletrobras: nesta quarta-feira, divulgou ainda a notícia da concessão de diversos aeroportos, incluindo o de Congonhas, em São Paulo, bem como a venda da parte que a Infraero detém em Guarulhos, Confins, Brasília e Galeão – aeroportos já leiloados, mas segundo uma regra que obrigava os vencedores a aceitar a estatal como sócia. O pacote ainda inclui rodovias, a Casa da Moeda, blocos de pré-sal e terminais portuários. Um impulso desestatizante que pode até ser mais pragmático que programático – ainda que a “Ponte para o futuro” do PMDB denunciasse o gigantismo estatal, não se pode descartar a urgência em reduzir o gravíssimo déficit nas contas públicas –, mas que precisa ser aplaudido independentemente de sua motivação.
Eu gosto de bons momentos, às vezes não estou boa. Eu nunca tive um momento diva. Mariah Carey, cantora
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contexto
Atila cria o Poupatempo Animal em Mauá
A Prefeitura de Mauá garantiu um reforço de peso para a Defesa e Proteção Animal. A gestão Um Novo Tempo vai dispor, a partir da próxima quarta-feira (30), de um veículo adaptado para fazer atendimento veterinário de cães e gatos da cidade. Este é o Poupatempo Animal, instituído pelo decreto 8.335, assinado terça-feira (22) pelo prefeito Atila Jacomussi. “Um prefeito que tem compromisso com a causa animal precisa amar aos animais. Mauá é a primeira cidade da região a dar atendimento e cuidado com suporte e tecnologia. É mais respeito e compromisso à causa animal, aos nossos animais e aos protetores da nossa cidade”, destaca o chefe do Executivo.
O Poupatempo Animal é equipado para realizar atendimentos clínicos de baixa complexidade. Estará semanalmente nos bairros mais carentes de Mauá, dentro de calendário pré-definido pela Gerência de BemEstar Animal e divulgado oportunamente nos canais oficiais de comunicação da Prefeitura. Atenderá de segunda a sextafeira, das 9h às 18h, e aos sábados, das 9h às 13h, exceto feriados. Os chamados poderão ser feitos pelo telefone 4555-0957. Os cães e gatos precisam ter como tutores pessoas inseridas em programas sociais de baixa renda. O atendimento será realizado mediante a apresentação de documentos pessoais do tutor (CPF, Cédula de Identidade ou outro do-
cumento oficial com foto, e comprovante de residência). A unidade móvel contará com equipe composta por médico veterinário, assistente e outros profissionais. O veículo possui equipamentos de oxigênio, terapia e oximetria (para medir pulso), saturação de oxigênio e auxílio respiratório, além de medicação completa para dar o primeiro auxílio aos animais. A Prefeitura de Mauá garantiu um reforço de peso para a Defesa e Proteção Animal. A gestão Um Novo Tempo vai dispor, a partir de quarta-feira (30), de um veículo adaptado para fazer atendimento veterinário de cães e gatos da cidade. Este é o Poupatempo Animal, instituído pelo decreto 8.335, assinado terça-feira (22)
pelo prefeito Atila Jacomussi. “Um prefeito que tem compromisso com a causa animal precisa amar aos animais. Mauá é a primeira cidade da região a dar atendimento e cuidado com suporte e tecnologia. É mais respeito e compromisso à causa animal, aos nossos animais e aos protetores da nossa cidade”, destaca o chefe do Executivo. O Poupatempo Animal é equipado para realizar atendimentos clínicos de baixa complexidade. Estará semanalmente nos bairros mais carentes de Mauá, dentro de calendário pré-definido pela Gerência de BemEstar Animal e divulgado oportunamente nos canais oficiais de comunicação da Prefeitura. Atenderá de segunda a sextafeira, das 9h às 18h, e aos sába-
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dos, das 9h às 13h, exceto feriados. Os chamados poderão ser feitos pelo telefone 4555-0957. Os cães e gatos precisam ter como tutores pessoas inseridas em programas sociais de baixa renda. O atendimento será realizado mediante a apresentação de documentos pessoais do tutor (CPF, Cédula de Identidade ou outro documento oficial com foto, e comprovante de residência). A unidade móvel contará com equipe composta por médico veterinário, assistente e outros profissionais. O veículo possui equipamentos de oxigênio, terapia e oximetria (para medir pulso), saturação de oxigênio e auxílio respiratório, além de medicação completa para dar o primeiro auxílio aos animais.
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na próxima 3ª
Parque da Juventude de São Bernardo recebe projeto de Skate Solidário
O Parque da Juventude – Città di Marostica, na região central de São Bernardo, sedia na próxima terça-feira (29) o lançamento do projeto Skate Solidário, que promoverá aulas de skate e de cidadania para 40 crianças da região. A cerimônia de abertura da ação acontece a partir das 15h. Patrocinado pela ArcelorMittal Brasil e a Oi, o projeto da ONG Skate Solidário, também acontecerá em outros nove Centros Educacionais Unificados (CEUs) de São Paulo, atendendo um total de 440 crianças e adolescentes.
No projeto, as crianças participantes terão a oportunidade de aprender a andar de skate e desenvolver conceitos de cidadania, como socialização, convivência e fortalecimento de vínculos, além de aprimorar o convívio social com foco no respeito e cooperação, tendo como base o Esporte. A ação é realizada com incentivo da Lei Paulista de Incentivo ao Esporte através da Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude do Governo do Estado de São Paulo. Em São Bernardo, o programa terá duração de seis
meses, com oferta de aulas práticas gratuitas de segunda a quinta-feira pela manhã (das 9:30 às 11:30) e à tarde (das 13h às 15h e das 15;30 às 17:30), sempre no Parque da Juventude Cidade Marostica. As inscrições para o projeto podem ser feitas diretamente no parque, mediante preenchimento de ficha cadastral. As aulas serão ministradas por instrutores e ajudantes selecionados entre os moradores das comunidades próximas aos locais de aula e capacitados pela ONG Skate Solidário,
que contam ainda com equipe técnica. São fornecidos skates e equipamentos de segurança (capacete, joelheiras e cotoveleiras) para os participantes durante a realização das aulas. A Skate Solidário pretende, além de proporcionar o contato das crianças com o esporte e o desenvolvimento da cidadania, oferecer oportunidade de capacitação profissional e geração de renda aos jovens das comunidades beneficiadas pelo projeto, ampliando a perspectiva de inclusão social através do esporte. EuamoSBC
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O Parque da Juventude também é um dos cinco pontos da cidade que receberão o monumento “Eu amo SBC”, instalado para homenagear o município e dar oportunidade para que os moradores expressem seu amor por São Bernardo. As melhores fotos registradas nos monumentos ganharão destaque em ação da Prefeitura que será lançada em setembro. Para participar da ação EuamoSBC, basta curtir o Instagram e Facebook da Prefeitura e postar uma foto criativa do monumento nas redes sociais com a hashtag #euamosbc.
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cidades
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mobilidade
Ministério das Cidades vai financiar faixas de ônibus pelo Brasil Foto: Divulgação
O Ministério das Cidades deve lançar ainda nesta semana uma linha de financiamento para que os municípios brasileiros façam intervenções de baixo custo e rápidas para aumentar a velocidade dos sistemas de ônibus. Segundo informações do Secretário Nacional de Mobilidade Urbana, José Roberto Generoso, o financiamento vai contemplar cidades a partir de 250 mil habitantes. Cada uma delas pode receber verbas em torno de R$ 200 milhões dependendo do tamanho da população e da demanda de transportes públicos. Com isso, a velocidade média comercial dos ônibus deve ser ampliada, reduzindo assim o tempo das viagens. “Serão projetos de menor porte que aumentem a velocidade comercial dos ônibus nas cidades brasileiras e nós temos verbas de até R$ 200 milhões para cada município, dependendo do tamanho da cidade. Com o dinheiro, a cidade poderá fazer as intervenções de faixa exclusiva, bem vigiada, o que, por exemplo, deu muito certo no Rio de Janeiro, é o BRS [Bus Rapid Service], cujo custo é baixíssimo. Põe a faixa, põe radares ao longo e se o carro passa por dois radares sincronizados vai ser multado. Está funcionando muito bem Rio de Janeiro” O secretário deu exemplos da necessidade de os ônibus receberem prioridade em diversos locais do País. “Na Avenida Ibirapuera com Avenida Santo Amaro, em São Paulo, onde você tem aquele mar de ônibus que significa custo. O ônibus anda muito devagar. Se você for a pé, você chega antes porque o ônibus está parado. Brasília também é um absurdo. O ônibus vai para o centro do Plano Piloto e em frente ao Estádio Mané Garrincha ficam 500 ou 600 ônibus parados para não fazer a volta. É um absurdo, não tem ainda prioridade ao transporte público necessária para todo o sistema.” CIDADES SEM COMPETÊNCIA: Generoso se lamentou do fato de os municípios brasileiros não terem competência ou interesse para apresentarem projetos que poderiam melhorar a mobilidade das pessoas. O secretário afirma que existem alguns modismos. Foi a época do BRT
Bus Rapid Transit, dos monotrilhos e agora a moda é falar em VLT – Veículo Leve sobre Trilhos. A Lei de Mobilidade Urbana, de 2012, (Lei Federal 12.587/12) determina que cidades com mais de 20 mil habitantes tenham planos de mobilidade. O prazo inicial para a conclusão dos planos era 2015. Pouquíssimas cidades estabeleceram suas diretrizes que privilegiem transportes públicos e circulação não motorizada e o prazo foi prorrogado pelo Congresso Nacional para abril de 2019. Mesmo assim, com essa “colher de chá”, as cidades ainda estão tratando o tema com descaso. Levantamento feito pelo escritório brasileiro do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento – ITDP, na sigla em inglês, mostra que menos de 10% das cidades que deveriam seguir a lei apresentaram seus planos. O país tem 3325 municípios que são obrigados pela lei a apresentarem as diretrizes básicas. No entanto, em torno de 300, como as cidades de São Paulo e de Belo Horizonte, concluíram os planos. Segundo o chefe da Semob, muitas vezes os projetos que chegam ao Ministério das Cidades são inconsistentes e superdimensionados para as demandas de passageiros em determinados trechos. Generoso também comentou que logo depois do Pacto Nacional pela Mobilidade, anunciado pela então presidente Dilma Rousseff em 2013, logo após as manifestações em diversas partes do país contra as tarifas, várias prefeituras se apresentaram para abocanhar parte dos R$ 50 bilhões prometidos, mas o que o Ministério das Cidades viu foi decepcionante. “A prefeituras não têm capacidade. Quando se apresentou a propos-
ta, foi uma questão de mês naquela crise [das manifestações] que chegaram os municípios com projetos que, primeiro, estavam fora do valor real das obras, depois, estes projetos não conseguiriam se manter de pé, ou seja, as prefeituras não tinham projeto executivo efetivo. Os prefeitos não tiveram a capacidade de entrar com projeto para ser financiado. Olha a loucura, onde nós chegamos. Nós perdemos a capacidade de planejamento. Desmontou essa capacidade de se fazer um projeto pelas cidades brasileiras” O secretário classificou o Pacto Nacional pela Mobilidade, apresentado na época, como “puro marketing” por não ter liberado quase nada do que prometeu. Na verdade, o dinheiro anunciado sequer estava no Orçamento da União. “Essa também foi outra loucura. O Pacto pela Mobilidade foi de R$ 50 bilhões, mas não foi empenhado praticamente nada. [Este valor] estava fora do Orçamento. Quando se faz um contrato entre dois entes, você empenha o recurso, que neste caso não foi empenhado. Foi empenhado muito pouco, coisa de R$ 100 mil, vários projetos sequer foram empenhados. Era só um termo de compromisso. Era uma intenção de se fazer alguma coisa”, disse o secretário ao concordar com as perguntas dos jornalistas de que o Pacto pela Mobilidade foi um marketing. “Agora, com este novo programa, nós vamos empenhar [os recursos] desde que ele [o município] apresente o projeto executivo e este projeto executivo seja viável. Aí sim, vamos fechar o contrato”. O secretário disse ao Diário do Transporte, durante o evento, que o Ministério das Cidades deve até o final do ano criar mecanismos para ajudar os municípios a elaborarem
seus planos de mobilidade com ações diferentes de acordo com o porte das cidades. “Nós estamos tentando programas para criar regras que eles [os municípios] sigam. Os empresários de ônibus também podem ajudar as cidades nisso. Dá para ajudar a montar um projeto básico para fazer uma pavimentação [por exemplo]…. Para cidades até 100 mil habitantes, até o final do ano nós [Ministério das Cidades] vamos soltar uma cartilha de plano de mobilidade. Assim, o município sozinho vai conseguir fazer um plano de mobilidade. Para municípios acima de 100 mil habitantes, nós vamos financiar um plano de mobilidade” CIDE MUNICIPAL: Generoso defendeu como forma de dar justiça à ocupação do espaço urbano, o usuário do carro financiar ao menos parte dos custos de quem está no transporte público, isso porque, proporcionalmente, no carro cada pessoa ocupa mais área e gera mais poluição para se deslocar. Uma das formas é a criação de um imposto sobre combustíveis que seria destinado a subsidiar tarifas de ônibus, trens e metrô, seria a Cide Municipal. “Eu acho que hoje o primeiro que a gente deveria taxar é o usuário do transporte privado. O automóvel tem que pagar esse custo, via Cide Municipal, via IPVA. Eu não acredito em subsídio direto, baixar o preço do óleo diesel, por exemplo. Já houve muitos problemas antigamente, já fizemos isso [diferenciar o preço do diesel só para as empresas de ônibus] e tivemos um monte de problemas. Então tem que de tomar cuidado com a questão de subsídios, subsidiar desde que tenha eficiência” NOVA PLANILHA DOS TRANSPORTES:
José Roberto Generoso disse também que vê como positiva a iniciativa da ANTP – Associação Nacional de Transportes Públicos em lançar uma nova planilha nacional para cálculo de tarifas de ônibus em cidades de qualquer porte. A metodologia inclui custos que antes não eram contabilizados pelas atuais planilhas feitas com base na metodologia desenvolvida pelo Geipot – Grupo Executivo de Integração da Política de Transportes, hoje Empresa Brasileira de Planejamento de Transporte, que foi publicada em 1983 e revisada em 1991, 1994 e 1996. Generoso, entretanto, defende que haja um esforço das empresas de transportes e, principalmente do poder público, para reduzir os custos e, consequentemente, os valores pagos pelos usuários. “A planilha é boa porque esclarece os custos e tira essa impressão de caixa preta. Os custos são colocados de acordo com a realidade. Para reduzir tarifas é necessário reduzir custos. E como reduzir os custos? Tem que melhorar o sistema, não dá para reduzir os salários dos motoristas, tirar cobrador pode até, é uma redução de custo, mas no momento atual, reduzir emprego é sempre visto com maus olhos. Mas dá para trabalhar na questão do gerenciamento e melhorar o sistema. São duas questões fundamentais: a velocidade do ônibus e a integração entre sistemas. Não dá para você ter uma linha municipal junto de uma linha intermunicipal. Então são dois entes, o estado e o município fazendo um aumentar os custos do outro em vez de racionalizar. Essa racionalização passa por uma governança metropolitana. A metrópole deveria ser um comando único, seria feita uma rede única mais econômica.” TRANSPORTES METROPOLITANOS: Micro-ônibus intermunicipal da EMTU ultrapassa ônibus midi municipal de Santo André, em São Paulo, e trólebus articulados do Corredor ABD, da Metra. Três sistemas diferentes que dividem em diversas ocasiões o mesmo trajeto e que não têm comunicação nenhuma, não são integrados e têm padrões de qualidade bem diferentes.
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política
são bernardo
Morando consegue mudar Museu do Trabalho para Fábrica de Cultura
lava jato Condenação de Lula chega ao tribunal de segunda instância Foto: Divulgação
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O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, conseguiu, na quarta-feira (23), aval para a modificação do projeto que está paralisado do Museu do Trabalho e do Trabalhador para instalação de uma Fábrica de Cultura, programa idealizado pelo governo do Estado. A oficialização ocorreu em encontro no gabinete do ministro de Cultura, Sérgio Sá Leitão, em Brasília. Na oportunidade, o ministro destacou que a Fábrica de Cultura é uma iniciativa exitosa e que apoia a proposta da prefeitura em alterar o projeto. Ficou definido que a formalização se dará por meio de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a prefeitura, Ministério da Cultura e Ministério Público Federal (MPF). Morando comemorou o posicionamento do ministro e afirmou considerar o resultado da reunião uma vitória. “Retornou a esperança em ter esse espaço preenchido com aquilo que a cidade realmente precisa. Em
todas as reuniões que fizemos com outros dois ministros não obtivemos uma afirmação tão consistente como esta. Considero uma vitória o apoio do ministro para alterar o convênio e dar uma destinação digna para o local”, destacou De acordo com o prefeito, o modelo de TAC dará lisura e transparência ao projeto, uma vez que a licitação foi confirmada sem a presença das empresas envolvidas nos escândalos de corrupção. “Mudar o projeto nestas condições é um ganho para a sociedade, uma vez que a Fábrica de Cultura é uma ação espetacular. Além disso, vai justificar, de maneira positiva, os gastos com dinheiro público no local”, destacou o ministro. Museu O projeto de construção do Museu do Trabalho foi iniciado em 2012, com a promessa de conclusão em janeiro de 2013. Ao longo deste período, a obra foi abandonada. Além disso, a Construções e Incorporações
CEI, vencedora da licitação, envolveu-se em série de escândalos, como manter um eletricista desempregado em seu quadro societário. Erisson Saroa Silva, segundo a Junta Comercial, possuía R$ 10,4 milhões em cotas da empresa. Em dezembro do ano passado, o empreendimento foi alvo da Operação Hefesta, liderada da Polícia Federal (PF), MPF e Controladoria-Geral da União (CGU), culminando na prisão temporária de dois ex-secretários de São Bernardo, por suspeita de práticas irregulares e crime de corrupção. Estima-se que cerca de R$ 7,9 milhões foram desviados do projeto. Fábrica de Cultura As Fábricas de Cultura são espaços de acesso gratuito, os quais disponibilizam diversas atividades artísticas. Criados com o objetivo de ampliar o conhecimento cultural por meio da interação com a comunidade, os equipamentos oferecem programação cultural diversificada.
A sentença que impôs nove anos e seis meses de prisão ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está nas mãos do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Na quarta-feira (23), a condenação por corrupção e lavagem de dinheiro no caso triplex chegou à Corte de apelação. Lula foi condenado em 1ª instância pelo juiz federal Sérgio Moro em 12 de julho. Esta é a primeira do ex-presidente na Operação Lava Jato. Moro não decretou a prisão de Lula. O petista foi acusado pelo Ministério Público Federal pelo suposto recebimento de vantagens ilícitas da empreiteira OAS por meio do triplex no Guarujá (SP), no Solaris, e ao armazenamento de bens do acervo presidencial, de 2011 a 2016. O ex-presidente foi condenado no caso triplex e absolvido “das imputações de corrupção e lavagem de di-
nheiro envolvendo o armazenamento do acervo presidencial, por falta de prova suficiente da materialidade”. Lula foi condenado por um crime de corrupção passiva pelo recebimento de vantagem indevida do Grupo OAS em decorrência do contrato do Consórcio CONEST/RNEST com a Petrobras e por um crime de lavagem de dinheiro, “envolvendo a ocultação e dissimulação da titularidade do apartamento 164-A, triplex, e do beneficiário das reformas realizadas”. Defesa Quando ocorreu a decisão em 1ª instância, os advogados de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgaram nota na qual afirmam que o julgamento que resultou na condenação do petista foi “tendencioso” e “politicamente motivado”.
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2018
Alckmin diz que quer ser candidato, mas decisão deve ser ‘coletiva’
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, admitiu o desejo de concorrer à Presidência da República pelo PSDB nas próximas eleições, em 2018, mas reconheceu que esta não é uma decisão unilateral, e sim, “coletiva”. A declaração foi feita pelo tucano em vídeo publicado no Twitter, em resposta a questões enviadas por internautas. “Candidatura a cargo majoritário, como presidente da República, não é uma decisão pessoal. É uma decisão coletiva que começa pelo partido, tem que ouvir as alianças, a sociedade. Este é o bom caminho”, disse Alckmin. “Se você (internauta) me perguntar se quero ser [candidato], eu digo que sim e estou preparado para ser candidato. Não vai ser fácil
o futuro, mas o Brasil tem tudo para se recuperar”, declarou. O governador citou como prioridade para o País, em seu eventual governo, “uma boa política fiscal, que deixe espaço para investimento; juros, como o mundo inteiro é baixíssimo e até negativo; e câmbio que permita ao Brasil jogar o jogo do século 21, com uma grande inserção internacional e no comércio exterior”. Ainda assim, ele ponderou que a decisão sobre a candidatura é, de fato, coletiva e deve ocorrer no final deste ano. O modelo de financiamento de campanha também foi abordado por Alckmin em um dos vídeos. “Com 35 partidos políticos, não dá para ter financiamento público. Neste caso, é preciso ter financiamento
privado, mas com regras para campanhas muito mais baratas. Numa campanha majoritária, o mais caro é televisão, é a cena externa”, explicou o governador, que sugeriu um modelo menos apoiado em marketing. “Defendo uma campanha mais verdadeira, é o microfone e uma mesa: é estúdio. O candidato expõe suas ideias, sem marquetagem. [Campanha] Muito mais verdadeira e muito mais barata.” O financiamento público de campanha, como está sendo debatido na reforma política em tramitação no Congresso, é mais adequado, segundo Alckmin, no parlamentarismo. “Temos financiamento público geralmente no parlamentarismo, com poucos partidos e lista
partidária”, declarou o tucano. “O PSDB defende, no seu programa, o parlamentarismo. Ele dá estabilidade ao que deve ser estável, que é a chefia de Estado, e permite substituir, quando se perde a confiança, o chefe de governo. É um sistema que se adapta melhor a crises e tem bons resultados”, afirmou. Ainda assim, o governador lembrou que o modelo pressupõe partidos políticos com programas e fidelidade partidária, “coisa que o Brasil não tem hoje”. Neste sentido, Alckmin defendeu como necessária uma reforma político-partidária, para que depois seja discutida a transição ao modelo parlamentarista. Ele refutou que haja um racha no partido e considerou como salutar a di-
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vergência entre alas do PSDB, o que permite debate de ideias para que sejam apresentados projetos positivos ao País. Outra reforma defendida pelo tucano em uma das respostas na rede social é a da Previdência. “Ela é necessária e defendo um regime geral de Previdência, igual para o setor público e privado. A reforma da Previdência tem dois objetivos, o primeiro é justiça social e o segundo é acabar com o déficit”, declarou. Alckmin lembrou que já implementou o modelo geral no Estado de São Paulo em 2011, fazendo com que novos funcionários públicos dos três setores se aposentem pelo teto do INSS, de R$ 5 mil. “A partir daí, é capitalização individual, previdência complementar e facultativa.”
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política
investigação
Delator cita propina para Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo Foto: Divulgação
na rede Artistas fazem campanha na internet pela saída de Gilmar Mendes Um grupo de artistas está ajudando a divulgar nas redes sociais a convocação para um ato nesta quintafeira, em frente ao prédio da Justiça Federal do Rio em apoio ao juiz Marcelo Bretas, que coordena o braço da Operação Lava Jato no estado, e pelo impeachment do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A indignação contra o ministro começou a ganhar corpo nas redes sociais nesta semana depois que ele soltou o empresário Jacob Barata Filho, conhecido como “Rei do Ônibus”, por comandar o setor de transporte público do Rio, e outros três envolvidos na Lava Jato e mandados à prisão por Bretas. No caso de Barata, de cuja filha Gilmar foi padrinho de casamento, o ministro chegou a dar dois habeas corpus em menos de 24 horas – ele emitiu o primeiro, o juiz Bretas deu nova ordem de prisão ao empresário e Gilmar expediu novo habeas corpus para tirar o “Rei do Ônibus” da cadeia, o que acabou ocorrendo no último sábado de manhã.
O administrador Marcelo Maran, alvo da Operação Custo Brasil por suspeita de integrar um esquema de desvio de dinheiro em contratos de empréstimos consignados no Ministério do Planejamento, fechou acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Maran era era responsável pela contabilidade do escritório de advocacia de Guilherme Gonçalves, apontado como encarregado por supostos repasses irregulares à campanha
da presidente do PT e senadora Gleisi Hoffmann (PR), e ao marido dela, o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo. O administrador teria apontado notas fiscais forjadas para justificar as despesas das campanhas da senadora. O delator também teria revelado esquema envolvendo empresas do transporte público no Paraná. O advogado da presidente do PT, Rodrigo Mudrovitsch, negou que sua cliente tivesse contato com Marcelo Maran e disse que
A advogada Veronica Sterman, que defende Paulo Bernardo, informou que o cliente nega as acusações e que a Justiça julgue o caso com base em “provas concretas”.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em razão do episódio, entrou com um pedido de suspeição de Gilmar nos processos envolvendo Barata, mas a solicitação ainda não foi analisada pelo STF. Na internet, uma petição pelo impeachment do ministro já tem quase 1 milhão de assinaturas.
A advogada Regina Ferreira de Souza, que representa Guilherme Gonçalves, disse que não teve acesso ao conteúdo da suposta delação. A defesa de Marcelo Maran não se manifestou.
Entre os artistas que estão apoiando em seus perfis o ato contra Gilmar Mendes estão o cantor Caetano Veloso e sua mulher, a produtora Paula Lavigne, os atores Marcelo Serra-
não vai comentar “possível acordo de delação que sequer foi homologado”.
do, Luana Piovani, Leticia Sabatella, Maitê Proença e Vanessa Lóes e o guitarrista Andreas Kisser, da banda de rock Sepultura. “A Operação Lava Jato no Rio de Janeiro está ameaçada, e precisamos demonstrar apoio aos agentes que estão trabalhando para combater a corrupção no Rio e no Brasil. Poste, compartilhe, viralize, convide os amigos e compareça. Vamos mostrar que a Operação Lava Jato tem o apoio da sociedade”, diz o post publicado por Caetano na rede social Instagram, um texto padrão divulgado pelos organizadores do movimento. “Esse homem vai acabar com o pouco de esperança que nos resta! Ele vai soltar todo mundo que está envolvido nos escândalos, não sei qual o seu propósito ! Eu não ia mais falar nada de política por aqui, porém, a situação é mais grave do que a gente imagina e pela primeira vez vejo um consenso com todos os lados!! Rezemos”, escreveu Marcelo Serrado. Serrado toca num ponto que tem chamado a atenção nos protestos em relação a Gilmar Mendes: o ministro tem atraído a antipatia tanto daqueles que foram às ruas para pedir o impeachment de Dilma Rousseff (PT), como ele próprio e Luana Piovani, e outros que pedem a saída do presidente Michel Temer (PMDB) e têm um perfil mais de esquerda, como Caetano, Lavigne e Leticia Sabatella. Entre as hashtags usadas pelos manifestantes, está a #foraGilma, uma alusão ao slogan usado com sucesso nos protestos que levaram ao impeachment de Dilma (Fora, Dilma!).
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sexta-feira, 25 de agosto de 2017
cultura
9
agenda
CIA. Barbixas de Humor se apresenta a partir de hoje, em São Bernardo Foto: Divulgação
O Improvável foi criado em 2007 inspirado no programa de televisão britânico Whose Line is It Anyway? e nos espetáculos brasileiros de improvisação teatral Zenas Emprovisadas (ZE) e Jogando no Quintal. Neste espetáculo teatral, um mestre de cerimônias apresenta as regras dos jogos, a plateia sugere os temas e os atores improvisam as cenas na hora e sem nenhuma preparação prévia. Assim, nunca uma apresentação é igual à outra - fazendo com que o público retorne sempre. Diversos nomes do humor nacional e internacional já participaram do Improvável, entre eles: Fábio Porchat, Marco Luque, Rafinha Bastos, Oscar Filho, Marianna Armellini, Maurício Meireles, Gustavo Miranda (Colômbia), Jose Luiz Saldanha (México), Mario Bomba (Portugal), César Mourão (Portugal) etc.. O improviso exige muito treino de agilidade, raciocínio, interação entre os atores e a prática do trabalho em conjunto. Para isso, os Barbixas têm um profundo processo de pesquisa e de ensaios no qual são criados os jogos ou estudadas as mecânicas daqueles que já são praticados por grupos de improviso do mundo todo. Números improváveis Transformar o espetáculo em números o torna ainda mais surpreendente: nos últimos nove anos, o Improvável foi visto por mais de um milhão de pessoas em apresentações em inúmeras cidades do país e na capital paulista (Teatro Tuca), tendo batido o recorde de permanência de uma peça teatral em cartaz naquele espaço. Os Barbixas têm um canal no YouTube que soma cerca de 690 milhões de visualizações, com 2,6 milhões de inscritos e uma média de oito milhões de
acessos por mês. Os vídeos são publicados todas as terças e quintas-feiras. Em 2010, o canal dos Barbixas entrou para a lista das 100 webséries mais vistas do mundo. No Twitter, são cerca de 1,8 milhão de seguidores; no Facebook, 946 mil e, no Instagram, 77 mil seguidores. Cia. Barbixas de Humor A Cia. Barbixas de Humor foi concebida de forma tão improvável quanto o espetáculo do grupo. É uma longa e sincronizada história. Anderson, Daniel e Elidio estudavam juntos, na adolescência, no Colégio Jardim São Paulo, na Zona Norte da capital paulista. Perceberam que gostavam do mesmo tipo de humor: da série cômica inglesa Monty Python; do ator e comediante britânico Rowan Atkinson, famoso pelo seu personagem Mr. Bean; do grupo português Gato Fedorento; dos espanhóis do El Tricicle e da
dupla de australianos do Umbilical Brothers, entre outros. Pisaram juntos no palco pela primeira vez em 2001 com um cover do esquete History of the Joke, apresentado no intervalo do festival de música do colégio. Três anos depois, fundaram oficialmente a Cia. Barbixas de Humor. O nome do grupo nasceu igualmente de um improviso e foi, propositalmente, registrado com a grafia alterada: Barbixas. A “barbixa” virou marca registrada. “Apenas a tiramos ou deixamos a barba toda crescer quando estamos em férias. As pessoas sempre nos perguntam: Ué, não tá de barbicha? Ou seria de Barbixas?”, contam. Primeiros passos O primeiro improviso da carreira do trio de humoristas aconteceu em 2002 quando Anderson e Daniel frequentavam o mesmo cursinho prévestibular. Uma das professoras
decidiu que alunos retardatários “puxassem” uma daquelas olas tradicionais em estádios de futebol. Anderson e Daniel intencionalmente chegaram atrasados na semana seguinte só para receberem o castigo. Para tanto, escreveram um esquete que brincava com os professores. Foi um sucesso. Os alunos riram e aplaudiram. A professora gostou tanto que os escalou para apresentações semanais. “Foi nosso primeiro contrato verbal”, ironiza Anderson. A notícia se espalhou e outras salas passaram a assistir as apresentações. Em 2004, apresentaram Onde está o Riso?, no Teatro Jardim São Paulo. No ano seguinte, criaram o espetáculo chamado “3”, com cenas próprias, e participaram do festival “Nunca se sábado” que acontecia no Teatro Folha/SP. Em 2006, escreveram o espetáculo de esquetes Em Breves,
conhecido pelas cenas Santa Ceia (cerca de 9 milhões de visualizações) e Imitose (com 102 mil curtidas). Os Barbixas venceram o Campeonato Mundial de Catch (2010), uma forma de improvisação teatral desportiva, dentro do Festival Internacional de Teatro de Bogotá, um dos mais importantes do mundo. Em 2011, a Cia. foi convidada para participar do 16º Festival de Teatro de Improvisação de Amsterdã - um dos mais antigos e tradicionais da Europa. Nesse mesmo ano, realizaram a primeira turnê internacional do grupo com apresentações na cidade de Lisboa, em Portugal. Em 2016, a Cia. Barbixas ganhou o Prêmio Risadaria na categoria Melhor Espetáculo de Improvisação. Além dos palcos e da internet, os Barbixas foram os precursores brasileiros em espetáculos de improvisação na TV com os programas Quinta Categoria (MTV) e É Tudo Improviso (Band). Participaram ainda do programa Tomara Que Caia (TV Globo). SERVIÇO TEATRO LAURO GOMES Rua Helena Jacquey, 171 – Rudge Ramos – São Bernardo do campo 526 Lugares / Ar Condicionado / Datas: 25, 26 e 27 de agosto Horário: Sexta 21h / Sábado 19h e 21h / Domingo 18h e 20h Duração: 60 minutos / Indicação: 14 anos / Gênero: Improviso VENDAS *Bilheteria do teatro: a partir de 24/09 , de quarta a sábado das 14h às 19h, No dia da apresentação ate´ o horário do espetáculo, caso tenha ingresso. **Internet: a partir de 21/06 www.bilheteriaexpress.com.br PREÇOS DOS INGRESSOS *Pagamento apenas em dinheiro e cartão de débito* (aceito apenas no dia do evento opção débito)
sexta-feira, 25 de agosto de 2017
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10 esportes programe-se
Pedalada do bem deve reunir mais de mil pessoas em diversas cidades
Domingo é dia de levantar da cama e curtir o começo de uma nova semana. Para muitos, o dia 27 de agosto, será também um momento para refletir e gerar consciência e conhecimento a respeito da esclerose múltipla (EM). Oito cidades receberão o “Pedale por uma Causa – Esclerose Múltipla”, passeio ciclístico que tem como objetivo destacar a doença que é subdiagnosticada no País. “Estamos felizes em, mais uma vez, desenvolver esta ação que coloca em foco um tema sensível de forma leve e divertida. É uma oportunidade de dar voz à comunidade afetada pela doença e, ao mesmo tempo, conscientizar a população sobre os seus sinais, lembrando a importância do diagnóstico precoce”, afirma Gustavo San Martin, fundador da Associação Amigos Múltiplos pela Esclerose (AME), que promove o evento. Este ano, além de São Pau-
lo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS), o passeio será realizado também em Alfenas (MG), Pirassununga (SP), Santo André (SP) e João Pessoa (PB). “Com a campanha ampliada, a expectativa é reunir mais de mil pessoas”, explica San Martin. No ano passado, o evento reuniu cerca de 500 pessoas e arrecadou mais de 500 quilos de alimentos. Com exceção de João Pessoa, que será das 7h às 11h, todos os demais passeios serão no mesmo dia e horário – das 9 às 13 horas. Haverá ainda coleta de alimentos não perecíveis, que serão doados às entidades assistenciais locais. O “Pedale por uma Causa – Esclerose Múltipla” é aberto ao público, sem restrição de idade. O percurso varia de acordo com cada cidade. A inscrição pode ser realizada pelo site agostolaranja.org.br/. E o que é esclerose múltipla? Comum e ainda mal com-
preendida, a esclerose múltipla é uma doença autoimune, inflamatória do sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal). Crônica e ainda sem cura, pode levar a sintomas que são muito variáveis de uma pessoa para outra e no mesmo indivíduo ao longo do tempo. A EM ocorre mais frequentemente em jovens entre 20 e 40 anos e é duas vezes mais comum em mulheres. Embora não se conheçam as causas da patologia, o problema é mais comum em pessoas de pele branca que habitam em zonas temperadas. Muitos sintomas são possíveis na esclerose múltipla. Entre os mais comuns, estão fadiga, problemas de visão (diplopia, neurite óptica, embaçamento), problemas motores (perda de força ou função; perda de equilíbrio) e alterações sensoriais (formigamentos, sensação de queimação). Como não há um marcador
biológico, um exame específico que defina a doença, o diagnóstico se baseia no conjunto de informações clínicas, no exame neurológico do paciente e em exames complementares, como a ressonância magnética. Segundo San Martin, 80% da sociedade brasileira desconhece o que é esclerose múltipla. “É preciso conscientizar as pessoas. Precisamos trabalhar o conceito do diagnóstico precoce, que é importante para se conseguir um prognóstico melhor para o paciente”. A esclerose múltipla afeta, em todo o mundo, em torno de 3 milhões de pessoas. O tratamento consiste em atenuar os efeitos e desacelerar a progressão da doença. Doença invisível e preconceito – San Martin, que também é paciente de esclerose múltipla, acredita que a realização dos eventos possa também contribuir para a redução do preconceito em
Foto: Divulgação
relação à doença, que, por vezes, se se manifesta de forma invisível. “Um dos principais sintomas é a fadiga crônica, por exemplo. Imagine um adulto jovem com esse sintoma imperceptível em uma fila preferencial de um banco. Você imaginaria o quê?” San Martin já teve complicações que o levaram a perder força por três vezes do lado esquerdo do corpo, sem que a maioria das pessoas soubesse ou notasse o que estava ocorrendo. “Saber que a esclerose é uma doença invisível nos permite quebrar preconceitos”. Os ciclistas inscritos no “Pedale por uma causa”ganham camiseta oficial do evento e medalha de participação. Com inscrições gratuitas, os participantes apenas contribuem com a doação de um quilo de alimento não perecível, que será destinado a uma organização não governamental (ONG) das cidades-sede do passeio.
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sexta-feira, 25 de agosto de 2017
esportes 11
agenda
Diadema participará pela 1ª vez do JORI
Desde a última quarta-feira (23) até 27 de agosto, domingo, nove integrantes do Centro de Convivência Municipal da Pessoa Idosa (CCMI) de Diadema terão uma missão especial. Durante os quatro dias, eles vão representar o município nos Jogos Regionais dos Idosos (JORI), que acontecerá na Praia Grande. Davi do Espirito Santo é um dos participantes e expressa a sua confiança nos jogos de tênis de mesa. “Minha expectativa quanto à
competição é muito positiva. Vai ser uma festa alegre e acredito que vou levar esse troféu pra casa”. Diadema também participa das modalidades de buraco, dominó e damas. As modalidades que a cidade participará são jogos oferecidos no próprio CCMI e os competidores estão treinando desde o mês de junho. “Nos meses de junho, julho e agosto, os participantes treinaram e focaram nos estudos do regulamento
do JORI”, explica o gerontólogo e coordenador do CCMI, Tiago Nascimento Ordonez.
município. Cada um será representado por apenas uma equipe em cada modalidade.
Serão quatro dias de jogos na Praia Grande e havendo êxito nos resultados, Diadema disputará, no mês de outubro, em Sertãozinho, a final estadual.
O JORI tem como objetivo principal proporcionar aos idosos a socialização, integração, e participação em evento, competindo saudavelmente entre si, buscando a superação. A idade mínima para participar é de 60 anos.
Podem participar idosos moradores e atuantes em projetos sociais desenvolvidos, ou apoiados, pelo Fundo Social de Solidariedade de cada
JORI Os Jogos Regionais do Idoso é
Foto: Divulgação
um conjunto de eventos realizados no interior e na capital paulista. É promovido pelo Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo, junto das Secretarias da Juventude, Esporte e Lazer, Educação, Saúde e Desenvolvimento Social. Embora iniciado em 1994, a contagem dos jogos teve início em 1997, quando o Fundo Social assumiu a organização. Esse ano o JORI está na sua 21ª edição.
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12 são caetano teatro
Espetáculo ‘Pedro e o Capitão’ tem apresentação gratuita no domingo Foto: Divulgação
Em mais uma etapa do CTP (Circuito de Teatro em Português), São Caetano do Sul recebe neste domingo (27), às 19h, no Teatro Santos Dumont, o espetáculo “Pedro e o Capitão”, da Cia 3M e Fundação Sindika Dokolo de Luanda (Angola). A peça traz uma larga conversação entre um torturador e um torturado, na qual a tortura não está presente
de fato, mas se manifesta como a grande sombra que pesa sobre o diálogo. Apesar de o tema ‘tortura’ nortear a obra como um feito físico, ela não figura na cena. Como tema artístico, a tortura pode caber na literatura ou no cinema, mas no teatro torna-se uma agressão demasiada evidente para o espectador. O evento tem duração de
50 minutos e classificação etária de 16 anos. A entrada é franca e os ingressos devem ser retirados com uma hora de antecedência. Circuito A 11ª edição do CTP, um festival internacional de países lusófonos, com entrada franca, tem patrocínio da Caixa e do Governo Federal. O Circuito tem participação de companhias teatrais de
países de língua portuguesa, em uma programação que prevê também a realização de oficinas, debates e seminários. São 11 companhias envolvidas, 12 espetáculos, oito oficinas e dois seminários. A novidade da edição fica por conta do Circuitinho, que traz espetáculos para crianças. FICHA TÉCNICA Texto: Mario Benedetti.
Tradução e encenação: Meirinho Mendes. Dramaturgia: Rogerio Carvalho. Elenco: Meirinho Mendes e Correia Peliganga Adão. Técnica: Nuno Martinho. Cenografia e figurino: Meirinho Mendes. Produção: Meirinho Mendes/Net-Fs. Fotos: Marta Silva Mendes/ Divulgação.
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sexta-feira, 25 de agosto de 2017
mundo
13
eua
contexto
Show é cancelado na Holanda por ameaça terrorista
Cientista esconde mensagem em carta de renúncia a Trump Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Autoridades holandesas cancelaram nesta quarta-feira (23) a apresentação da banda de rock americana Allah-Las, em Roterdã, após um alerta de ameaça terrorista enviado pela Espanha. O cancelamento foi comunicado pela casa de shows Maassilo, onde ocorreria o evento, cerca de uma hora e meia antes do início previsto para a apresentação. “Devido a uma ameaça terrorista, o show da AllahLas não será realizado nesta noite por ordem da polícia.” A sala, com capacidade para mil pessoas, foi evacuada, os músicos foram levados a um local seguro, e as ruas próximas à casa de shows foram bloqueadas para o tráfego de pessoas e veículos. O prefeito de Roterdã, Ah-
med Aboutaleb, explicou que o alerta, enviado pela polícia espanhola, advertia sobre a “ameaça de um possível ataque” durante o show da banda californiana. Segundo o político, as informações eram “suficientemente sérias” a ponto de cancelar o evento. Mais tarde, Aboutaleb informou que a polícia local encontrou, cerca de duas horas depois do cancelamento, uma van com placa da Espanha transportando botijões de gás nos arredores da casa de espetáculos. O motorista, de nacionalidade espanhola, foi detido e será interrogado. Segundo o prefeito, no entanto, “ainda é cedo para tirar conclusões” sobre a relação da van com a possível ameaça. Agências de notícias interna-
cionais, citando fontes judiciais, afirmam que não há qualquer ligação entre o motorista espanhol e os atentados da semana passada na Catalunha. Autoridades na Espanha seguem investigando os ataques terroristas realizados com veículos na zona turística de Las Ramblas, em Barcelona, e na cidade costeira de Cambrils, que deixaram, ao todo, 15 mortos e mais de 120 feridos. Os investigadores descobriram que a célula terrorista por trás dos atentados estocava pelo menos 120 botijões de gás para realizar ataques na capital catalã. Segundo depoimento de suspeitos detidos, o grupo preparava um ato terrorista ainda maior, incluindo monumentos emblemáticos em Barcelona, como a igreja Sagrada Família.
Um dos três enviados científicos do Departamento de Estado dos Estados Unidos renunciou publicamente nesta quarta-feira após os mais recentes comentários do presidente Donald Trump sobre a violência provocada por supremacistas brancos em Charlottesville. Daniel Kammen, professor da Universidade da Califórnia em Berkley, disse em carta publicada em sua conta no Twitter que Trump fracassou em condenar os supremacistas brancos e neonazistas, parte de “um padrão mais amplo de comportamento que possibilita sexismo e racismo e desconsidera o bem-estar de todos os americanos, da comunidade global e do planeta”. Trump disse a repórteres na semana passada que “ambos os lados” eram culpados pela violência entre supremacistas brancos e contramanifestantes na Virgínia em 12 de agosto, e disse que havia “pessoas muito boas” entre
as que participaram na manifestação nacionalista branca. Em sua carta, Kammen também criticou a decisão de Trump de deixar o Acordo Climático de Paris e deixou uma mensagem oculta: as primeiras letras de cada parágrafo do texto formam a palavra “IMPEACH”, em referência a um pedido de impeachment do presidente. Kammen e a Casa Branca não responderam a pedidos de comentários de jornalistas. A porta-voz da Casa Branca Julia Mason disse que Kammen “tomou uma decisão pessoal de renunciar”. Os enviados científicos trabalham como voluntários não remunerados para o governo americano e se dedicam a projetos das áreas de ciência, tecnologia e engenharia. Também atuam mantendo relações e trocando experiências com autoridades científicas governamentais e não governamentais ao redor do mundo.
sexta-feira, 25 de agosto de 2017
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14 economia cenário
Primeira parcela do 13º salário dos aposentados injeta R$ 477 mi no ABC Foto: Divulgação
Começa a ser paga nesta sexta-feira (25) a primeira parcela do 13º salário a aposentados e pensionistas da Previdência Social. Serão injetados R$ 19,9 bi lhões na economia do país, dos quais R$ 477,1 milhões no ABC (2,4% do total). Há 29,2 milhões de benefícios – dos quais 497,4 mil nos sete municípios – com direito à antecipação de metade do abono de final de ano. Os valores serão creditados juntamente com o pagamento da folha de agosto, em calendário de liberação que segue até o dia 8 de setem-
bro (veja o quadro ao lado). No ABC, o valor é 11,1% superior aos R$ 429,3 milhões adiantados em agosto e setembro do ano passado – variação que se deve à correção dos vencimentos em janeiro e ao aumento na base de beneficiários. Na média, cada beneficiá rio da Previdência Social no ABC vai receber R$ 959 de adiantamento do 13º, montante superior à média pa ga no Estado de São Paulo (R$ 834) e no país (R$ 680). Os depósitos começam na sexta-feira para os segurados que recebem até um
salário mínimo e têm cartão com final 1. Aqueles que recebem acima do mínimo terão os benefícios creditados a partir de 1º de setembro. Em sua maioria, aposentados e pensionistas receberão 50% do valor do benefício. A exceção é quem passou a recebê-lo depois de janeiro. Neste caso, o valor será proporcional. Os segurados que recebem o auxílio-doença também recebem parcela menor do que os 50%. Isso ocorre porque há possibilidade de o benefício ser cortado antes do final do ano. Assim, o INSS faz um cálculo
proporcional até agosto. Por exemplo, um benefício iniciado em janeiro e ainda em vigor em agosto terá o 13º salário calculado sobre oito meses e o segurado receberá, portanto, metade deste valor. Em dezembro, caso ainda esteja afastado, o segurado receberá o restante. Se tiver alta antes, o valor será calculado até o mês em que o benefício vigorar e acrescido ao último pagamento do benefício. Por lei, quem recebe benefício assistencial (Loas) não têm direito ao 13º salário. Não haverá o desconto de
Imposto de Renda nesta primeira parcela. De acordo com a legislação, o IR sobre o 13º só é cobrado na segunda parcela da gratificação natalina, paga juntamente com o benefício de novembro. Desde 2006, o governo antecipa a primeira parcela do 13º salário dos aposentados na folha de agosto. O beneficiário pode verificar seu extrato de pagamento, com o valor do benefício e da parcela do 13º, no site meu.inss.gov.br, no link Histórico de crédito de benefício. Para isso, é necessário criar senha no próprio site.
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sexta-feira, 25 de agosto de 2017
economia 15
seu bolso
Contas de luz poderão ficar mais baratas com a privatização da Eletrobras
Na esteira do anúncio da privatização da Eletrobras, feito pelo governo na segundafeira, as contas de luz poderão dar alívio ao bolso do consumidor ao baratear no médio prazo. A expectativa é do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. Para Coelho Filho, a gestão privada deve trazer mais eficiência e redução nos gastos, o que pode puxar para baixo o custo da eletricidade. Segundo nota do ministério, não há espaço para a elevação de tarifas. “Não é mais possível transferir os problemas para a popula-
ção. A saída está em buscar recursos no mercado de capitais atraindo novos investidores e novos sócios.” A decisão, ainda segundo a Pasta, foi adotada após “profundo diagnóstico sobre o processo em curso de recuperação da empresa”, que acumulou deficit na ordem de R$ 29 bilhões nos quatro últimos anos. O governo não incluirá na privatização a Eletronuclear nem a usina de Itaipu. Para o coordenador do curso de Administração do Instituto Mauá de Tecnologia, Ricardo Balistiero, a estatal não tem saída na atual con-
juntura. “A ideia (de privatização) é tornar a empresa mais eficiente, o que no futuro pode incidir em contas de luz mais baratas ao consumidor.” Quem se manifestou contra a proposta de privatização da Eletrobras foi a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Na rede social Twitter, Dilma disse que a medida vai implicar o aumento na conta de luz para os consumidores. “Vender a Eletrobras é abrir mão da segurança energética. Como ocorreu em 2001, no governo FHC, significa deixar o País sujeito a apagões.” Para a ex-presidente, o governo irá vender as prin-
cipais hidrelétricas na “bacia das almas” para cumprir “meta fiscal irreal”. Na semana passada, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, anunciou aumento do deficit fiscal para o biênio 2017 e 2018 de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões. Para Balistiero, o processo não pode ser tratado como questão pontual. “Se a ideia for voltada somente para conter o deficit do governo, será ruim.” Questionadas a respeito da possibilidade de redução da conta de luz, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) disse que “não há que comentar, e
Foto: Divulgação
que é uma agência reguladora, e não uma empresa”. A Eletropaulo também afirmou que não há o que falar sobre o caso. Ontem, o mercado financeiro ficou eufórico com a notícia da privatização, e a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) encerrou o pregão aos 70.011 pontos – a última vez terminou acima dos 70 mil foi em janeiro de 2011. As ações da Eletrobras subiram quase 50%. Balistiero diz que o processo de valorização é natural. “O objetivo é salvar a empresa do buraco, o que sinaliza algo positivo aos investidores.”
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tecno
contexto
Sem ‘gemidão’ e com SMS: como se comunicam os brasileiros longe do WhatsApp, que são 9% dos internautas Foto: Divulgação
É fácil achar alguém disposto a conversar pelo WhatsApp. De cada 10 internautas do Brasil, 9 usam o aplicativo. Segundo o Ibope, é o mais popular do país. Mas e aqueles 10%?
então não precisa do WhatsApp. Só do meu número. Por isso, não vejo obrigação de ter WhatsApp. Todas as operadoras oferecem SMS gratuito hoje em dia.”
A reportagem falou com gente assim, que mal ouviu falar de “gemidão do WhatsApp”, das imagens com mensagens de “bom dia” e dos boatos e notícias falsas. Por outro lado, eles têm que fazer ligações telefônicas e mandar SMS para suprir a lacuna na comunicação.
Em busca de privacidade Usar o número de celular como forma única de cadastro no aplicativo do Facebook foi uma das motivações para Oliveira abandoná-lo em 2014. Para ele, isso colocava sua privacidade à prova e causava irritação. “Dormia em um grupo e acordava em 15. Número de telefone não é público.” Outra característica que o afastou do WhatsApp é a forma como os arquivos recebidos são armazenados no aparelho. A capacidade interna de seu smartphone sempre era excedida. Correntes, boatos e notícias falsas que sempre pipocavam em seu celular completam a lista de pe-
120 milhões em ação Nadar contra a corrente não é fácil. Dos mais de 1 bilhão de usuários do WhatsApp em todo mundo, 120 milhões deles estão no Brasil. Quando confrontado com a questão “Por que você não está no WhatsApp? Todo mundo está lá”, Oliveira responde: “Se para ter meu WhatsApp a pessoa precisa do meu número de celular,
culiaridades do WhatsApp de que ele não sente falta. Gemidão do WhatsApp Ser incluído em grupos sem sua permissão deixava Sancler Miranda desconfortável. “Quando acontecia de alguém me colocar em grupo, eu ficava sem graça. Sempre deixava no silencioso”, diz o empresário de 25 anos, que mora em Brasília. Já Wesley Henrique, analista de sistema de 22 anos, perdeu a paciência com o WhatsApp quando foi banido do aplicativo. Ele usou um serviço que modifica ou acrescenta funções ao batepapo, o que é punido pelo Facebook com suspensão ou exclusão da plataforma. Dependência Distantes do WhatsApp, eles criticam pessoas que não vivem sem o app. “O grande X da questão é que ele se tornou um ícone úni-
co. As pessoas ignoram o fato de que existem outras ferramentas mais úteis e completas”, afirma um estudante baiano de 20 anos que não quis se identificar. Sem usar o bate-papo há dois anos, ele diz se sentir “mais tranquilo, menos dependente de celular”. “Vivo minha vida bem, sou mais produtivo no que faço, pois, para o que eu fazia no WhatsApp, eu precisava de inúmeros aplicativos pra complementar qualquer ação”, continua. Ênio Oliveira comenta que a relação entre usuários e o aplicativo não parece ser saudável. “O histórico de bloqueio do WhatsApp mostra que as pessoas são totalmente escravas. Ficaram desesperadas”, comenta Oliveira. Desde 2015, quatro ações judiciais pediram a suspensão do app no Brasil e três
o tiraram do ar. Nos dias em que o WhatsApp não funcionou, houve “migração em massa” para o Telegram. Além de recorrer a SMS e ligações telefônicas, os entrevistados preferem outras plataformas, como Telegram e Twitter. Segundo a pesquisa do Ibope, que ouviu 2 mil internautas em junho deste ano, essas duas últimas plataformas são populares, mas ficam longe da popularidade do WhatsApp no Brasil. São usadas por 10% (Telegram) e 28% (Twitter). Ele ainda enumera outros modismos do WhatsApp de que não sente falta, desde que abandonou o app em janeiro de 2017: áudios de zoeira, GIFs de “bom dia” e mensagens “inspiradoras”. De algumas zoeiras que se popularizaram recentemente, ele sequer tomou conhecimento.