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Carnaval de rua de SP vai receber patrocínio recorde de R$ 15 milhões
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O carnaval de rua começa no dia 17 de 4Pág. 09 fevereiro e vai até 5 de março.
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NESTA EDIÇÃO
Eike Batista doou R$ 12,6 milhões em campanhas eleitorais 4Pág. 06
Gabinete de Gestão Integrada de Mauá organiza primeira ação A largada foi dada na última quinta-feira (26).
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Sábado, 28 de janeiro de 2017 Edição 2457 Ano XI
Casos de febre amarela avançam no Brasil
Santo André lança programa de recuperação de pontes na Av. dos Estados Em menos de uma semana após o solapamento da ponte na Avenida dos Estados, próxima ao viaduto Castelo Branco, engenheiros da Prefeitura de Santo André e o DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) do Governo do Estado, concluíram laudo técnico que aponta o comprometimento irreversível da estrutura da ponte. Como isso, ações emergenciais e um grande programa de recuperação de todas as pontes da avenida foram anunciados pelo prefeito Paulo Serra.
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Para o diretor do departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Eduardo Hage, o que mais chama a atenção no surto deste ano é a velocidade de expansão.
Ribeirão Pires inicia regularização de pagamento a entidades sociais
DESTAQUE SQN
ECONOMIA
Conselho restringe uso do rotativo no cartão de crédito. 4Pág. 15
esportes Prefeitura de São Bernardo quer renegociar uso do 1º de Maio.
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são caetano Câmara aprova liberação de escola em São Caetano.
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Em reunião com instituições conveniadas ao Município, Prefeito Kiko anunciou a quitação dos repasses pendentes referentes ao exercício de 2016. 4Pág. 14
MUNDO Presidente do México cancela visita a Trump em meio a polêmica sobre muro. 4Pág. 13
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2 editorial
PASSANDO A LIMPO Foto: Divulgação
LAVA-JATO n O empresário Marcelo Odebrecht, preso da operação Lava-Jato desde
junho de 2015, foi ouvido na manhã desta sexta-feira numa audiência para confirmação da delação premiada do executivo. A oitiva durou cerca de duas horas e ocorreu na sede da Justiça Federal, em Curitiba. Marcelo chegou por volta das 8h30, escoltado pela Polícia Federal (PF), e deixou o prédio pouco antes das 12h. Quem conduziu a oitiva foi o juiz auxiliar Márcio Schiefler Fontes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O JUIZ n O juiz chegou ao prédio da Justiça Federal por volta das 8h40 sob es-
colta e não falou com a imprensa. Considerado braço direito de Zavascki, Fontes é catarinense e o mais antigo no gabinete, dentre os três auxiliares. Antes do depoimento de Marcelo Odebrecht, Valter Luís Arruna Lana, diretor superintendente da Odebrecht Sul, participou de audiência com o mesmo juiz para também confirmar o acordo de delação premiada. O executivo deixou a sede da Justiça Federal acompanhado de um advogado e não conversou com a imprensa.
DECISÃO n A audiência de confirmação da delação premiada é um procedimento
comum do acordo. Nela, o magistrado questiona aos delatores se eles prestaram as informações de forma livre e espontânea, sem coação por parte do Ministério Público Federal (MPF). As confirmações das delações premiadas pelos juízes auxiliares do STF foram autorizadas pela presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, que deve homologar os acordos a medida em que eles retornem ao STF. Da Odebrecht, são 77 executivos e ex-executivos que decidiram colaborar com a Justiça.
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Educação e resultados
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Em discursos e entrevistas, autoridades do governo federal vêm tentando transmitir aos chamados “agentes econômicos”, principalmente empresários e investidores nacionais e estrangeiros, mensagens de otimismo e de confiança na economia brasileira, com o objetivo de influenciar as decisões de negócios e de investimentos produtivos. O ambiente de confiança capaz de induzir empresários e investidores a executar projetos econômicos deve ir além da mera questão econômica e envolve, também, a estabilidade política e o equilíbrio financeiro do setor público. O problema começa no momento em que os discursos não encontram apoio nas evidências reais sobre a economia, a política e o sistema estatal. A recessão, a expansão exagerada do setor público e seus déficits, o inchaço da máquina estatal e a enorme confusão política que inclui impeachment, queda das receitas tributárias, desmoronamento de alguns esquemas de corrupção – como o mensalão, o petrolão e a rede de corrupção nos estados e nas prefeituras – e as incertezas sobre o destino do sistema político são alguns dos ingredientes que fazem as mensagens otimistas do governo caírem no vazio sem produzir os efeitos desejados sobre os agentes econômicos. O ambiente de incerteza tem início na previsão de recuperação do Produto Interno Bruto (PIB). Em meados de 2016, o governo vinha prevendo que o PIB cresceria 2% em 2017, equivalente a mais R$ 124 bilhões de produto e renda. Apesar de não ser algo extraordinário, seria um desempenho bom para interromper a recessão e ser o primeiro passo rumo ao crescimento. Entretanto, em face da realidade, o ministro da Fazenda optou por ser realista: a primeira revisão na estimativa reduziu a previsão de crescimento para 1,6%; depois, para 1%; em seguida,
para 0,5%; e agora já se fala em aumento do PIB em 2017 na faixa pífia de 0,2% – isto é, R$ 12,4 bilhões de produto e renda. Esse número é baixíssimo porque se refere ao produto bruto, antes de se calcular o desgaste do capital físico usado no processo produtivo, e por ser menor que a taxa de crescimento da população, que está em torno de 0,8%. Como a questão política continua instável e a rede de corrupção segue embrulhada nos processos judiciais, a soma de tudo isso cria a crença nos agentes econômicos de que o ambiente de incertezas continua, coisa que discurso algum tem o poder de modificar. O fechamento das contas de 5.570 municípios, 26 estados, Distrito Federal, União federal e empresas estatais confirmará um déficit bastante elevado em 2016, cuja consequência mais séria é a explosão da dívida pública. Com tais dados reais, é tarefa inglória tentar convencer os investidores com discursos otimistas. Na economia, a variável com a melhor notícia é a inflação, que foi de 6,29% em 2016 contra 10,67% em 2015 e, em 2017, deve convergir para o centro da meta de 4,5%. Mas essa é apenas uma das variáveis componentes do cenário geral da economia. Os últimos episódios de violência retratados nas rebeliões do sistema prisional mostram que o Brasil é um país com várias minas escondidas e prestes a explodir a qualquer momento, muitas das quais não são conhecidas em toda a sua dimensão catastrófica. Para temperar o ambiente de incertezas, o titular da presidência da República está submetido a um processo no Tribunal Superior Eleitoral sobre a validade ou não da eleição da chapa Dilma-Temer. Com tudo isso, a construção de um ambiente de certeza capaz de induzir os investidores a executar projetos empresariais no Brasil está fora do alcance das autoridades. As incertezas continuam.
FRASES
“
Os presos estão armados e se matando. Eduardo Franco, major e assessor de comunicação da Polícia Militar do Rio Grande do Norte
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cidades
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santo andré
Santo André lança programa de recuperação de pontes na Av. dos Estados
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ções emergenciais foram anunciadas pelo prefeito Paulo Serra
Em menos de uma semana após o solapamento da ponte na Avenida dos Estados, próxima ao viaduto Castelo Branco, engenheiros da Prefeitura de Santo André e o DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) do Governo do Estado, concluíram laudo técnico que aponta o comprometimento irreversível da estrutura da ponte. Como isso, ações emergenciais e um grande programa de recuperação de todas as pontes da avenida foram anunciados pelo prefeito Paulo Serra. “O laudo mostrou que o reparo seria inviável técnica e economicamente. Teríamos um gasto de R$3 milhões, com contrato emergencial, e cerca de 180 dias de tempo estimado para a conclusão dos trabalhos. Além disso, o projeto que temos aprovado com recursos do BID (Bando Interamericano de Desenvolvimento) já prevê a demolição desta ponte, daqui dois anos, e construção de
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novo viário sobre o Rio Tamanduateí. A construção de uma nova ponte no local seria, neste momento, desperdiçar dinheiro público ”, explica o prefeito.
e engenheiros da Prefeitura o início de um grande programa de manutenção e recuperação de todas as pontes da Av. dos Estados que atendem o município.
O estudo também calculou que cerca de 4 mil veículos trafegam diariamente na região e, para que os cerca de 4 mil motoristas não sejam afetados, a Prefeitura inicia neste final de semana um projeto com três rotas de desvio, que acrescentará até um minuto no trajeto do motorista. Para estas intervenções serão executados serviços de sinalização horizontal e vertical, com custo aproximado de R$107 mil, reprogramação semafórica e readequação viária, esta última que exige obra tem previsão para ser finalizada em até uma semana, após o início.
“A queda desta ponte abriu os nossos olhos, constatamos que faz muito tempo que essas pontes não recebem manutenção, e vamos assumir este problema que há anos é discutido entre as esferas de governo. Em uma semana mobilizamos o Governo do Estado com o DAEE, intensificamos a operação de trânsito na região afetada, tivemos a conclusão do laudo, criamos três rotas alternativas e definimos o programa de recuperação de todas as pontes da avenida. O documento apresentado na última quarta-feira (25) apontou que o risco de afunilamento da calha do Rio Tamanduateí é ainda maior caso seja executado alguma intervenção para recuperação ou reconstrução da passagem.
O Prefeito Paulo Serra definiu juntamente com o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André)
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CIDADES
contexto
Gabinete de Gestão Integrada de Mauá organiza primeira ação
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ção contará com apoio operacional, estrutural e com os aparatos necessários
A largada foi dada na última quintafeira (26) com a presença do prefeito Atila Jacomussi e do secretário de Segurança Pública do município, coronel Paulo Barthasar. A operação foi integrada com a Força Metropolitana, diretriz da PM para amparar os municípios vizinhos da Capital. Serão aplicados três tipos de abordagens: saturação, visibilidade e bloqueio. “Muitos gestores transferem a responsabilidade ao Estado, mas eu acredito que a responsabilidade é
de todos. Agradeço o compromisso da PM com Mauá e o empenho da GCM, que é um patrimônio da cidade. Essa ação é um grande desafio, pois vivemos um momento de embolia social. Desejo a todos estes homens um bom trabalho e que retornem em paz aos seus lares”, declarou o prefeito Atila Jacomussi. A administração municipal entrará com apoio operacional, oferecendo estrutura de viaturas, homens e aparatos necessários. “Toda a es-
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trutura municipal está à disposição da operação”, reforçou o prefeito. O GGIM é uma das apostas da nova administração de Mauá para combater a criminalidade e garantir o sossego público. O órgão que estava abandonado passou a ser responsável pela articulação de estratégias de Segurança. Além da GCM e da PM, a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros e representantes da sociedade civil organizada por meio do Conseg (Conselho de Segurança).
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cidades
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saúde
Casos de febre amarela avançam no Brasil
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Até quinta-feira, 26, foram confirmados 88 casos, com 43 mortes. Minas concentra quase a totalidade dos registros: 84 confirmações, com 40 óbitos. Além da explosão dos números, a infecção se alastra pelo País. Mato Grosso do Sul e Goiás, que este ano ainda não haviam notificado suspeitas, informaram quinta-feira, 26 dois casos sob investigação.
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Brasil vive o pior surto de febre amarela desde 1980
Desde 1980, o pico havia sido em 2000, quando foram confirmados 85 casos. Os registros em análise também subiram de forma expressiva. Em Minas, são 383. No Espírito Santo, Estado que até este ano nunca havia registrado nada, 32. Outros 6 estão em análise na Bahia. Contando casos de Mato Grosso do Sul e Goiás, são 423 suspeitas. Para o diretor do departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Eduardo Hage, o que mais chama a atenção no surto deste ano é a velocidade de expansão. Os primeiros registros foram em Minas, no início do mês. Depois disso, o governo mineiro já notificou 486 casos, em 51 municípios. Desse total, 19 foram descartados, 84 foram confirmados e 383 estão em análise. Hage afirma não haver uma explicação para a expansão de casos tão rápida. Ele avalia ser remota, por exemplo, a possibilidade de que o surto deste ano seja provocado por um vírus mais agressivo. “O vírus da febre amarela é bastante estável.” O diretor, no entanto, chama a
atenção para a localização dos primeiros casos: cidades mineiras onde as taxas de imunização contra a doença são consideradas baixas e municípios do Espírito Santo, onde até este ano não havia registro de casos e, justamente por isso, não tinham indicação para vacina. Tanto Mato Grosso do Sul quanto Goiás são Estados classificados como área de risco para febre amarela e, portanto, onde a vacinação contra a doença é feita de forma rotineira. Mesmo assim, foram enviadas para Goiás 30 mil doses extras de vacina. Para Mato Grosso do Sul, outras 25 mil. A vacina contra febre amarela é indicada para populações que residem em 18 Estados, além do Distrito Federal. A imunização pode ser feita a partir dos 6 meses de idade, desde que respeitadas contraindicações. Embora esteja no calendário vacinal de boa parte do território do País, a cobertura nacional é baixa: 65%. O recomendado é que pelo menos 95% da população da área de risco esteja imunizada contra a doença. Apesar de a baixa cobertura vacinal ser evidente, a prioridade, neste momento, será imunizar as áreas consideradas de maior risco: Estados onde há casos suspeitos e confirmados de febre amarela, municípios próximos das regiões atingidas e áreas com registros de morte de macacos. A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério
da Saúde, Carla Domingues, afirmou que somente passado o surto um esforço deverá ser feito para tentar melhorar a cobertura vacinal de Estados onde há recomendação da vacina, mas que apresentam indicadores considerados ruins. Também será discutida a ampliação da recomendação da vacina para todas as crianças do Brasil, e não apenas para as regiões consideradas de risco. Rio e São Paulo. O Ministério da Saúde tem afirmado que a produção de vacina no País é suficiente para atender o aumento da demanda. Na quinta-feira, 26, o governo do Rio solicitou uma segunda remessa, de 350 mil doses. O Estado já havia solicitado e recebido outras 350 mil doses, que começaram a ser distribuídas às prefeituras fluminenses na terça-feira. Em São Paulo, a vacina contra a doença está em falta na maioria das clínicas particulares da capital paulista, segundo levantamento da Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (Fehoesp). “Os lotes importados, do laboratório Sanofi Pasteur, terminaram por causa da grande procura”, disse a entidade, em nota divulgada na quinta-feira, 26. Questionada, a Sanofi Pasteur afirmou que a distribuição das doses da vacina “encontra-se dentro da normalidade no mercado privado brasileiro” e acaba de receber um novo lote do produto, que deverá começar a ser distribuído em todo território nacional no início de fevereiro.
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política
contexto
Eike Batista doou R$ 12,6 milhões em campanhas eleitorais
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Se Eike for para Alemanha, fica difícil trazê-lo, diz Artur Gueiros O professor de direito penal internacional da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e procurador regional da República Artur Gueiros considera que será “muito difícil” trazer Eike Batista, que tem dupla nacionalidade brasileira e alemã, de volta para o Brasil, caso ele vá para a Alemanha. Ele afirma que, dentro deste quadro, há o risco da não aplicação da lei penal brasileira pelo fato de ele estar fora do Brasil e ter nacionalidade alemã. Se ele realmente estiver nos Estados Unidos, a Interpol, que o incluiu na lista vermelha, pode prendê-lo e extraditá-lo. Agora, é uma corrida contra o tempo. É fundamental que evitem que ele vá para Alemanha justamente porque a Alemanha não extradita nacionais e, então, o governo brasileiro até poderia tentar uma extradição por vias diplomáticas, mas a repercussão negativa da situação carcerária no Brasil pode ser um elemento contra.
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uas contribuições somam R$ 12,6 milhões e foram distribuídas para 13 diferentes partidos entre 2006 e 2012
Com a prisão determinada na última quinta-feira (27), o empresário Eike Batista figura como um grande doador de campanhas eleitorais. Suas contribuições somam R$ 12,6 milhões e foram distribuídas para 13 diferentes partidos entre 2006 e 2012. A lista inclui candidatos a prefeito, deputado, senador e presidente. Em 2014 e em 2016 não foram identificados repasses eleitorais. As maiores doações irrigaram candidatos em Estados em que Eike possui negócios, como Rio, região petrolífera e sede de suas empresas, Minas e Mato Grosso do Sul, onde investe na exploração de minério, e no Amapá, em que além de negócios de mineração, o empresário também possuía licen-
ça de operação de linhas ferroviárias. Em 2010, Eike doou R$ 1 milhão para o comitê de campanha de Dilma Rousseff (PT) e a mesma quantia para o de José Serra (PSDB), além de R$ 500 mil para Marina Silva, na época no Partido Verde. Em 2006, a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também recebeu R$ 1 milhão em doações, enquanto R$ 100 mil foram doados para Cristovam Buarque, que disputava a Presidência pelo PDT. Em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no ano passado, o empresário afirmou que foi educado “com o conceito de comunidade”, fazendo doações “voluntárias” a diferentes partidos e candidatos.
Se ele for capturado, pode ser deflagrado um processo de extradição dele para o Brasil. Fora da Alemanha, ele não tem nenhuma proteção. Também há a possibilidade de a promotoria americana resolver instaurar uma investigação sobre os fatos da Lava Jato e abrir um processo criminal contra ele. É possível que haja esse interesse devido à dimensão dos seus negócios, inclusive internacionais. O pior lugar do mundo fora do Brasil para ele estar, neste momento, é os EUA, porque eles têm essa permissão de perseguir criminalmente práticas corruptas no mundo inteiro.
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política
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são bernardo
Greve afeta serviços na rede de Saúde em São Bernardo
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rabalhadores que estão com convênio médico atrasado fazem diagnósticos para UBSs e UPAs
Os trabalhadores da Labclim de São Bernardo, que prestam serviços nas UBSs (Unidade Básicas de Saúde) e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) de São Bernardo, rejeitaram a proposta apresentada pela empresa, e mantiveram a greve até a próxima segunda-feira (30), quando uma nova assembleia será realizada. A decisão de manter a greve foi tomada em assembleia realizada na última quarta-feira (25) em frente à sede da empresa. Diretores da Labclim, depois de se reunir com a Prefeitura de São Bernardo, apresentaram proposta de quitar os vales refeição e alimentação. Entretanto, deixou
em aberto os atrasos do convênio médico. De acordo com o SindSaúde ABC (Sindicato dos Funcionários dos Estabelecimentos Privados de Saúde e das Empresas que Prestam Serviços de Saúde), o salário em atraso no mês de dezembro foi quitado. Entretanto, ainda não foram realizados pagamentos dos vales refeição e alimentação e convênio médico. A Labclim também não deposita o FGTS e coloca os trabalhadores em férias sem efetuar os pagamentos devidos. De acordo com o SindSaúde ABC, os terceirizados na Labclim, que prestam serviço de diagnósticos, não estão trabalhan-
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do nas UBSs (Unidade Básica de Saúde) e parte da equipe cumpre atendimento nas UPAs (Unidade Básica de Saúde). A Prefeitura de São Bernardo não confirma a informação. “A empresa desconta o valor do convênio nos salários, mas não repassa à empresa conveniada, prejudicando todo mundo, inclusive gestantes, que não estão podendo fazer o seu pré- natal. Isso é safadeza”, denunciou o presidente do SindSaúde, Almir Rogério, o “Mizito”. A nova assembleia ficou marcada para a próxima segunda-feira (30), às 8h30, na sede do Sindserv São Bernardo (rua Caetano Zanella, 90, Ferrazópolis).
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política
contexto
“Ninguém deseja” substituir Teori como relator da Lava Jato, diz Gilmar Mendes
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ármen Lúcia ainda não decidiu quem será o novo relator do processo
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, disse nesta quinta-feira (26) que “ninguém deseja ser relator da Lava Jato” porque isso “tumultua a vida de todos”. Gilmar Mendes participava de uma palestra sobre Crise Política e Conflito entre Poderes, na Casa do Saber, em São Paulo, quando afirmou que ser relator de um processo como esse “desorganiza por completo o gabinete, que passa a ficar concentrado nesse tipo de matéria”. Mesmo que tenha feito tais declarações, Mendes evitou se posicionar sobre a relatoria do processo, que estava a cargo do ministro Teori Zavascki, que morreu no último dia 19 em um acidente aéreo em Paraty, no Rio de Janeiro.
“A presidente do STF, Cármen Lúcia, está fazendo essa avaliação e certamente tomará a deliberação tendo em vista exatamente a base do artigo do regimento interno. Ela, certamente, fará essa avaliação, discutindo com os colegas e produzindo talvez um consenso básico, um entendimento entre eles”, disse Mendes também evitou falar sobre o julgamento do processo de cassação da chapa de Dilma Roussef e Michel Temer. Questionado, disse não ter previsão se o processo será julgado ainda neste semestre. “Depende do que o relator traga a esse processo. Ele ainda está fazendo a instrução, o processo se alongou, como eu disse, porque nós consumimos um ano – todo o ano de 2015 – discu-
tindo sua admissibilidade. Portanto, houve uma demora involuntária. Por isso que estamos atrasados”, explicou. Ainda durante a palestra, ao lado do constitucionalista Carlos Blanco de Morais, o ministro do TSE falou sobre o conflito existente entre os poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário. “O ideal, mesmo nos casos de omissão do Congresso Nacional, é que encontremos uma base de diálogo, um elemento de caráter procedimental, que permita estimular um processo decisório, mas não tomar a decisão que o Congresso tem que tomar”, afirmou. Gilmar Mendes ressaltou, no entanto, que isso nem sempre é possível e que o Supremo acaba por assumir o ato de legislar em algumas questões.
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cultura
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agenda
Carnaval de rua de SP vai receber patrocínio recorde de R$ 15 milhões
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o ano passado, o carnaval de rua custou R$ 10,5 milhões para a Prefeitura
Após se tornar um dos maiores eventos de São Paulo, o carnaval de rua vai receber neste ano patrocínio recorde de R$ 15 milhões o triplo do que foi investido pelo setor privado em logística, infraestrutura e segurança dos blocos paulistanos em 2016. Com o valor, a gestão do prefeito João Doria (PSDB) espera não ter de desembolsar dinheiro público para bancar o evento. O carnaval de rua começa no dia 17 de fevereiro e vai até 5 de março. Ao todo, 495 blocos estão registrados na Prefeitura para desfilar pelas ruas da cidade, número 62% maior do que os 306 blocos que saíram no ano passado. Diante do crescimento, a gestão Doria estima que o número de foliões suba
de 2 milhões, em 2016, para 3 milhões neste ano, público semelhante ao da Virada Cultural, maior evento da cidade. A escolha do parceiro que vai organizar e financiar a folia nas ruas envolveu uma disputa entre quatro interessados, incluindo a Liga da Escolas de Samba de São Paulo, e se arrastou por meses. O desfecho deve ocorrer nos próximos dias, com a homologação da empresa Dream Factory, dona da melhor proposta e responsável pelas duas últimas edições do carnaval de rua paulistano e sete no Rio. “O processo até demorou um pouco mais porque a gente quis aumentar esse valor de patrocínio. A gente acredita que, com esses R$ 15 milhões, o
gasto da Prefeitura com o carnaval de rua seja zero ou muito próximo de zero”, afirma o secretário da Cultura, André Sturm. O dinheiro é usado, por exemplo, na montagem de palcos, aluguel de banheiros químicos e grades e contratação de seguranças e ambulâncias. No ano passado, o carnaval de rua custou R$ 10,5 milhões para a Prefeitura, dos quais R$ 5 milhões foram bancados por patrocinadores. Na ocasião, o maior patrocínio foi da cerveja Amstel, da Heineken, que tinha exclusividade nas vendas pelos ambulantes cadastrados. Neste ano, será a cerveja Skol, da Ambev. Em 2015, foi a Caixa Econômica Federal, com R$ 800 mil.
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10 esportes contexto
Jogo da amizade: Brasil vence a Colômbia por 1 a 0
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orcedores aplaudiram de pé todos sobreviventes do desastre aéreo
Desde que o Jogo da Amizade foi anunciando, no fim do ano passado, o técnico Tite vinha dizendo que o resultado do campo era o que menos importava. Havia um propósito nobre na partida entre Brasil e Colômbia - arrecadar fundos para os familiares das vítimas do voo da Chapecoense e agradecer o carinho dos colombianos em meio à tragédia. O aspecto solidário da partida foi alcançado, mas faltou torcida nas arquibancadas do Engenhão, na última quarta-feira (25) à noite, e um pouco de futebol dentro de campo. Ao todo, 18.695 pessoas foram ao estádio da zona norte do Rio assistir a seleção brasileira vencer a Colômbia por 1 a 0. Muitos clarões puderam ser vistos no remodelado estádio utilizado pelo Botafogo, algo bem diferente do que acontece nos jogos válidos pelas Eliminatórias da Copa, nos quais a torcida geralmente comparece em peso. O público presente fez sua parte. Antes do jogo, com as luzes do estádio apagadas e apenas com um grande símbolo da Chapecoense iluminado no gramado, os torce-
dores aplaudiram de pé os jogadores Alan Ruschel, Neto e Jackson Follman, do time catarinense, e o radialista Rafael Henzel, todos sobreviventes do desastre aéreo. Eles receberam uma homenagem dos chefes de delegação de Brasil e Colômbia e cantaram juntos os hinos nacionais. Quando a bola rolou, o que se viu foi uma seleção diferente da habitual e sem muita inspiração. Formado apenas por atletas que atuam no País, com um único treino preparatório e com jogadores ainda longe de sua melhor forma física, o Brasil foi um time burocrático, que optou por toques curtos e pouca verticalidade. Nem de longe foi o time que devolveu o encanto à torcida no segundo semestre do ano passado. Tite sabia que seria dessa forma, mas aproveitou a partida com a Colômbia para observar mais de perto o comportamento de jogadores que poderão fazer parte do grupo para as próximas partidas das Eliminatórias. Dois deles se destacaram. Lembrado por Tite em entrevistas no ano passado, o zagueiro gremista Pedro Geromel foi titular durante
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toda a partida e demonstrou a segurança habitual, além de dar qualidade na saída de jogo do Brasil. Mas o principal nome na partida foi o meia palmeirense Dudu. Jogando aberto pelo setor esquerdo, o jogador criou as melhores jogadas ofensivas do Brasil e foi o autor do gol da vitória, marcado de cabeça no primeiro minuto do segundo tempo. Na metade final do segundo tempo, Tite colocou Luan na vaga do mais que discreto Diego Souza, e Camilo na vaga de Dudu. O Brasil ganhou velocidade e passou a assustar o gol de González. O placar, contudo, não foi mais mexido. Nem precisava. Afinal, o próprio Tite sempre disse que o resultado era o que menos importava. Mas, independentemente do peso esportivo do jogo desta quarta, Tite ampliou para sete vitórias em sete jogos o seu ótimo início de passagem pelo comando da seleção brasileira, que voltará a jogar pelas Eliminatórias da Copa de 2018 em 23 de março, quando enfrentará o Uruguai, fora de casa, com o objetivo de ampliar ainda mais a sua liderança no qualificatório sul-americano para o Mundial.
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ESPORTEs 11
contexto
Prefeitura de São Bernardo quer renegociar uso do 1º de Maio
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rincipal time de futebol da cidade faz a manutenção do gramado
A Prefeitura de São Bernardo quer rever as regras de uso do estádio 1º de Maio pelo Tigre, que é o principal time de futebol da cidade. O poder público liberou a praça esportiva para o Campeonato Paulista, mas está em negociação para alterar o modelo atual. O São Bernardo Futebol Clube é responsável por cuidar do campo de jogo, em especial o gramado, e é assim desde que o clube aurinegro se profissionalizou. A nova gestão, porém, avalia que o custo de manutenção da infraestrutura do estádio é alto. “A Prefeitura está mantendo conversa com os responsáveis
pelo São Bernardo, previamente foi definido que o 1º de Maio continuará a receber os jogos do Campeonato Paulista, contudo há tratativas para modelar as condições de utilização deste espaço, em especial ao que se refere ao custo de manutenção da infraestrutura do local que é elevado e integralmente suportado pela municipalidade”, disse a Prefeitura, por meio de nota oficial. O presidente do Tigre, Thiago Ferreira, confirma que fez duas reuniões com o secretário de Esportes, Alex Mognon, e que não houve conversa para mudar o acordo de utilização da praça espor-
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tiva. Em pauta, o próprio gramado e informações sobre o clube. Apesar da surpresa com a posição recente da Prefeitura, o dirigente acredita que os dois lados vão se acertar sem problemas. “Renovamos no ano passado convênio em que fazemos a manutenção do gramado como contrapartida. O São Bernardo custeia todo o gramado, como a empresa que realiza o serviço e o maquinário, que é caro. Todo mês tem um custo”, enfatiza o presidente. “Não teria motivo para modificar a parceria que já é feito e pelas conversas acho que não teremos problemas”, acrescentou.
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12 são caetano contexto
Câmara aprova liberação de escola em São Caetano
A Câmara de São Caetano aprovou com 12 votos a favor, projeto de lei que viabiliza utilização da EMI (Escola Municipal Integrada) José Auricchio, no bairro Santa Paula. A votação ocorreu depois de levantamento do recesso parlamentar. O presidente da Casa, Pio Mielo (PMDB), não votou, embora tenha afirmado ser a favor da liberação. Quatro parlamentares se posicionaram contra o projeto: Chico Bento (PPS), Jander Lira (PP), Moacyr Rubira (PRB) e Ubiratan Figueiredo (PR). Outros dois se ausentaram, casos de Sidão da Padaria (PMDB) e Mauricio Fernandes (DEM). O texto regulamenta a instalação de postos de gasolina próximos a escolas. A partir de agora, esses es-
tabelecimentos poderão estar perto de repartições públicas, hospitais e colégios, mesmo se dividir parede. Ubiratan Figueiredo estava presente na votação original da lei, em 1973. À época, foi a favor de restrição. De acordo com a secretária de Educação, Janice Paulino Cesar, o posto não oferece nenhum tipo de risco às crianças que vão estudar na EMI José Auricchio. “A estrutura foi bem analisada. Especialistas não observaram riscos”, disse. Além da inspeção dos profissionais, vereadores foram avaliar o local, junto ao prefeito da cidade, José Auricchio Júnior (PSDB), e concluíram que a situação estava dentro dos padrões necessários. “Enquanto professor, eu me sentiria seguro
em lecionar nesta escola. Enquanto pai, eu me sentiria seguro de colocar meu filho na escola”, afirmou Pio. “É preciso haver fiscalização, um controle, para que nada ocorra.” A escola dispõe de oito salas de aula, sendo que, além delas, são mais 17 espaços que incluem playground e refeitório. A capacidade é de 400 crianças, mas a ideia inicial é de atender em período integral cerca de 230, cuja idade varia de 4 meses a 3 anos. Esta é a faixa etária com maior demanda na cidade, segundo a secretária. “(A prioridade é) Atender pais que trabalham fora.” A demanda para 2017 é de 1.200 alunos. Conforme Janice, metade desse número está encaminhada para escolas já existentes.
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Portanto, de acordo com a secretária, a fila de espera da cidade, atualmente, é de cerca de 600 alunos. Auricchio comemorou o resultado na Câmara e declarou que até a primeira semana de fevereiro encaminhará projeto de lei solicitando autorização formal para abertura da EMI José Auricchio. O plano, de acordo com o prefeito, é aproveitar o espaço no início do ano letivo, marcado para o dia 14. “A escola está bem conservada. Precisa de pintura, alguma manutenção elétrica e hidráulica. O mobiliário está sendo comprado e deve chegar logo. Faltam tirar o departamento de merenda (que funcionava na escola) e fazer reparos”, comentou o tucano. “Agradeço à Câmara, que permitiu o diálogo. Reunimos, expusemos, desfizemos ruídos.”
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sábado, 28 de janeiro de 2017
MUNDO
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contexto
Presidente do México cancela visita a Trump em meio a polêmica sobre muro Foto: Divulgação
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nrique Peña Nieto reitera interesse na cooperação com os Estados Unidos
O presidente do México, Enrique Peña Nieto, anunciou nesta quinta-feira (26) que cancelou sua viagem a Washington para se encontrar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Trump assinou ordem executiva determinando a construção de um muro na fronteira entre os EUA e o México. “Esta manhã informamos à Casa Branca que eu não vou assistir à reunião marcada para a próxima terça-feira (31) com o presidente dos Estados Unidos”, escreveu Peña Nieto no Twitter. O presidente mexicano, no entanto, manifestou interesse na coopera-
ção com os Estados Unidos “O México reitera sua vontade de trabalhar com os Estados Unidos para alcançar acordos em favor de ambas nações”. A decisão ocorre pouco mais de um dia depois que Peña Nieto criticou, em uma entrevista, a ordem executiva de Donald Trump autorizando a construção do muro. O mexicano lamentou a decisão de Trump de construir o muro da fronteira e insistiu mais uma vez que o México não pagará por isso. “Eu disse uma e outra vez, o México não vai pagar por nenhum muro”, disse.
Antes do anúncio de Peña Nieto, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou cancelar a reunião, em duas mensagens no Twitter. Na primeira, ele escreveu: “Se o México não está disposto a pagar pelo muro tão necessário, então seria melhor cancelar a próxima reunião”. Na segunda mensagem, Trump criticou o Tratado de Livre Comércio do Atlântico Norte (Nafta, na sigla em ingês), do qual o México e o Canadá fazem parte, como um “acordo comercial unilateral”, ou seja, para ele, os Estados Unidos não têm benefícios com esse acordo.
sábado, 28 de janeiro de 2017
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Ribeirão Pires inicia regularização de pagamento a entidades sociais
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m reunião com instituições conveniadas ao Município, Prefeito Kiko anunciou a quitação dos repasses pendentes referentes ao exercício de 2016
O prefeito de Ribeirão Pires, Adler Teixeira, recebeu na manhã da última quintafeira (26), nove das onze entidades sociais conveniadas à Prefeitura para falar sobre a regularização dos repasses de verba que não haviam sido pagos pela gestão passada nos últimos três meses de 2016. A Prefeitura se comprometeu a quitar o débito de R$ 140 mil referentes ao mês de outubro do último ano no mesmo dia. Os valores pendentes de novembro e dezembro serão pagos, de acordo com a disponibilidade orçamentária do Município, até março deste ano. No encontro, o chefe do executivo ribeirãopirense assumiu, ainda, o compromisso de efetuar em dia os repasses mensais às entidades sociais conveniadas à Prefeitura, seguindo cronograma que será estabelecido. “Nos comprometemos em manter parceria séria e leal com as entidades sociais
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de nossa cidade, pois sabemos da importância do trabalho que desempenham com a população”, afirmou Kiko.
social da Associação Santana, também falou sobre a importância de manter a regularidade dos repasses às entidades.
Maria Helena Fernandes, assistente social do Centro de Apoio Mão Amiga, acompanhou a reunião e relembrou as dificuldades enfrentadas pela entidade no último ano.
“A falta do repasse foi um agravante para o nosso trabalho, pois atendemos, em tempo integral, 20 jovens encaminhados pelo Judiciário. Sem isso, não garantimos a esses jovens os direitos deles”, declarou Celi.
“Achamos que iríamos fechar o serviço. Sem o repasse é complicado. Saber do compromisso da Prefeitura para nós é um alívio. Tiramos um peso das costas”, disse. O Centro de Apoio Mão Amiga atende famílias carentes de Ouro Fino Paulista. A entidade oferece oficinas culturais e esportivas, orientações, promove rodas de conversas, além de visitas domiciliares, a quase 700 moradores do bairro, de todas as idades. Celi Barreto dos Santos Fukui, assistente
A entidade atende pessoas com idade entre 12 e 18 anos e oferece serviços relacionados à alimentação, saúde, entre outras necessidades dos jovens. “Para nós, foi uma grata satisfação saber que em tão pouco tempo a Prefeitura irá regularizar essa situação”, finalizou. As verbas encaminhadas às entidades conveniadas à Prefeitura são provenientes de repasses dos governos federal e estadual, além de recursos próprios do município.
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sábado, 28 de janeiro de 2017
economia 15
crédito
Conselho restringe uso do rotativo no cartão de crédito
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edida permitirá que as administradoras possam cobrar juros menores para o cartão de crédito
A partir de abril, as administradoras de cartão de crédito não poderão mais financiar o saldo devedor dos clientes por meio do crédito rotativo por mais de um mês. O Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou na última quinta-feira (26) o prazo máximo para o consumidor ficar no sistema rotativo.
Hoje, uma vez em que o cliente entra no rotativo, não sabe quando vai pagar o saldo devedor. Isso cria uma incerteza que não existe no crédito parcelado, que permite às instituições adotarem um fluxo de caixa esperado das parcelas que vão entrar, dando maior previsibilidade e resultado em juros menores”, declarou.
Até agora, o consumidor que não paga a totalidade da fatura entra no crédito rotativo, que corrige o saldo devedor com juros altos, até conseguir zerar a dívida. Com a resolução do CMN, o crédito rotativo vigorará apenas até o vencimento da fatura seguinte. A partir daí, o saldo devedor deverá ser parcelado em linha de crédito a ser oferecida pela instituição financeira com juros mais baixos.
Segundo o diretor do BC, enquanto o crédito rotativo registra inadimplência de 37% para pessoas físicas e de 59% para empresas, o crédito parcelado tem inadimplência bem menor: 1,1% para pessoas físicas e 2,3% para empresas. Dos R$ 700 bilhões movimentados anualmente pela indústria de cartão de crédito no Brasil, explicou Damaso, R$ 37 bilhões estão no crédito rotativo. A medida vale para todos os tipos de cartão, exceto para os cartões de crédito consignado. Por envolver desconto nos salários dos clientes, o crédito consignado, explicou o diretor do BC, envolve riscos menores de inadimplência.
De acordo com o diretor de Regulação do Banco Central, Otávio Damaso, a medida permitirá que as administradoras possam cobrar juros menores para o cartão de crédito. Isso porque o crédito parcelado dá mais previsibilidade para as instituições financeiras e reduz o risco de inadimplência. “As condições do crédito parcelado são definidas pelas instituições financeiras dentro do perfil de risco dos clientes.
A limitação para o uso do crédito rotativo havia sido anunciada em dezembro pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, como parte das medidas de reformas microeconômicas. Na ocasião, o ministro tinha anunciado a intenção
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do governo de reduzir, de 30 para 2 dias, o prazo de pagamento das administradoras de cartão aos lojistas. A medida, segundo as administradoras, prejudicaria as pequenas empresas de cartões e favoreceria os grandes bancos. Na reunião de hoje, o CMN não apresentou decisão sobre o prazo de pagamento aos lojistas. O diretor do Banco Central não quis comentar se a autoridade monetária poderá editar alguma resolução sobre o tema na próxima reunião ordinária do Conselho Monetário, no fim de fevereiro. O presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, também se manifestou favoravelmente à decisão do CMN. “Não tenho dúvidas de que essa é uma contribuição efetiva do sistema financeiro para ajudar o país a ingressar em um ciclo de crescimento. O BB não só apoia essas medidas, como anunciou uma redução de até quatro pontos percentuais na taxa praticada no rotativo, o maior corte do mercado.” Para Caffarelli, o diálogo entre o sistema financeiro e o governo federal “é o caminho mais adequado para estimular o crescimento do crédito no país, com responsabilidade”.
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tecno
contexto
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Mais de um terço dos brasileiros não concorda em compartilhar dados pessoais Mais de um terço (34%) dos brasileiros não estão dispostos a compartilhar suas informações pessoais em troca de benefícios como descontos, bônus ou serviços diferenciados. A informação é de uma recente pesquisa global da GfK realizada em 17 países. No Brasil, foram mais de 22 mil entrevistados. Os participantes foram convidados a indicar, em uma escala de 1 a 7, o quanto concordam ou discordam da afirmação: “estou disposto a compartilhar meus dados pessoais (saúde, finanças, trajetos, uso de energia, etc) para obter vantagens como descontos ou serviços personalizados”. O Brasil aparece como terceiro país em que as pessoas se
dizem menos dispostas a compartilhar suas informações pessoais para obter benefícios ou vantagens, sendo que entre as mulheres brasileiras os índices de discordância são ainda mais altos, chegando aos 37%. Na média global, 27% dos consumidores concordam com a frase, enquanto 19% discordam. Na comparação entre os países Alemanha (40%) e da França (37%) encabeçam a lista dos países onde a população mais rejeita o compartilhamento. Na outra ponta da escala, os consumidores chineses (38%), mexicanos (30%), russos (29%) e italianos (28%), são que mais se dizem dispostos a compartilhar seus dados pessoais.
Banda larga fixa foi o único serviço de telecom que cresceu no Brasil A banda larga fixa foi o único serviço de telecomunicações a crescer no Brasil em 2016, de acordo com a Anatel. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações, os 1,104 milhão de novos contratos registrados no períodos representaram um crescimento de 4,33% no segmento em relação ao ano anterior. Merecem destaque os estados do Amapá, Maranhão e Rondônia, que registraram um aumento acima de 10% em 2016. No entanto, como aponta o levantamento da Anatel, houve uma queda de 0,58% no número de contratos novos na área no país entre novembro e dezembro do ano passado A TIM liderou esse aumento do setor, com 29,04% de crescimento no período, seguida de longe pela Sky, com aumento de 17,46%, que ficou um pouco à frente da prestadora Cabo, que viu sua base ser ampliada em 14,38%. A tecnologia DSL, mais antiga e que a estrutura da telefonia convencional para a transmissão de dados, manteve a liderança com 13,38 mi-
lhões de usuários. Em segudo lugar, ficou o cabo, com 8,58 milhões de usuários, bem à frente da fibra óptica, com 1,73 milhão de usuários.
tecnologias, a fibra óptica registrou o maior crescimento do setor, com um aumento de 33,61% na sua base de usuários.
Mesmo bem abaixo das outras
Por outro lado, a telefonia móvel foi
o serviço de telecomunicações com a maior queda no Brasil em 2016, conforme levantamento da Anatel. O setor perdeu 13,7 milhões de linhas, uma redução de 5,33%.