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GE HealthCare 2023: independência e inclusão na Nasdaq
A GE HealthCare conclui spin-off e começa a negociar na Nasdaq desde o dia 4 de janeiro, sob o símbolo “GEHC”.
Com a conclusão do processo de “separação” entre os negócios da centenária GE, a GE HealthCare – especializada na produção de equipamentos e desenvolvimento de tecnologias, agora é autônoma de capital aberto, listada na Nasdaq. Líder em medicina de precisão, a empresa que carrega um legado de mais de 100 anos no segmento da saúde, tem um novo propósito: criar um mundo onde o cuidado com a saúde não tenha limites.
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A empresa nasce com um perfil financeiro atrativo apoiado pelo compromisso de acelerar o crescimento, expansão de margem e geração de fluxo de caixa livre por meio de investimento orgânico, otimização de negócios e alocação disciplinada de capital. Com mais capacidade para gerir seus planos, a GE HealthCare anunciou a compra da francesa IMACTIS, desenvolvedora de tecnologia de orientação intervencionista por tomografia computadorizada (CT) na semana seguinte ao spin-off.
Este é um marco significativo na jornada da empresa em um momento catalisador que terá um impacto positivo para clientes, investidores, parceiros e, principalmente, para o paciente. A saúde é a primeira empresa a ser criada no mercado enquanto a
GE se transforma em três empresas independentes. O foco é melhorar o acesso e a eficiência na área da saúde, fazendo com que todos esses esforços resultem em boas experiências a pacientes, durante sua jornada dentro de hospitais e clínicas, durante o diagnóstico e tratamento.
Segundo Rafael Palombini, Presidente de CEO da GE HealthCare para a América Latina, uma nova era começa agora. “A partir de 2023, começamos a escrever o novo capítulo dessa história. Somos uma nova empresa, com novos objetivos e uma nova marca. Estamos empolgados com os próximos passos que daremos daqui pra frente e seguiremos com o propósito de criar um mundo onde o cuidado com a saúde não tenha limites”, declara o executivo brasileiro. Na América Latina, a empresa ajuda a cuidar de mais de 70 milhões de pacientes, possui três fábricas e mais de 4.500 funcionários. “A região integra o bloco InterContinental, fundamental para a estratégia de crescimento da GE HealthCare. Seguimos convencidos do nosso potencial para apoiar os desafios da Saúde na América Latina”, detalha Palombini.
A empresa mudará sua imagem e incorporará o roxo compaixão, que representa a abordagem humana e os diagnósticos confiáveis da GE HealthCare, com o objetivo de oferecer o que há de mais tecnológico no seguimento ao maior número de pessoas, além de uma vida mais saudável. A empresa focará na inovação para gerar melhores resultados, acelerar a liderança de produtos e otimizar seu modelo operacional. Também promoverá a digitalização dos cuidados de saúde e buscará continuar com sua parceira de confiança.
A GE HealthCare está presente em mais de 160 países, contando com aproximadamente 51 mil funcionários em todo o mundo e atendendo a mais de um bilhão de pacientes por ano. A empresa ampliou em 20% seu investimento em P&D para este ano, que ultrapassará US$ 1 bilhão, e gera aproximadamente US$ 18 bilhões em receita, com uma base instalada que inclui mais de 4 milhões de equipamentos em seus quatro segmentos de negócios – Imaging,
Ultrasound, Patient Care Solutions e Pharmaceutical Diagnostics.
O redesenho da gigante General Eletric se concentrará em três negócios: cuidados de saúde de precisão, aviação e energia, que serão listados separadamente na bolsa de valores, em um processo a ser totalmente finalizado em 2024, com a independência dos negócios de aviação. Trata-se de uma estratégia mais focada, com alocação de capital sob medida e flexibilidade para impulsionar o crescimento. Eles têm uma classificação de grau de investimento e a primeira a abrir o capital na Nasdaq em janeiro foi a GE HealthCare, a divisão de equipamentos médicos da GE. Será seguido pela GE Vernova e GE Aerospace. A marca GE está avaliada em US$ 20 bilhões.
Maximizar a eficiência da dose de radiação para pacientes pediátricos é possível
Com uma combinação de tecnologia e expertise, a aquisição de imagens pediátricas tem se tornado cada vez mais eficiente e segura
Quando observava os raios catódicos que escapavam do tubo termiônico e iluminavam a superfície a uma certa distância do tubo, Wilhelm Conrad Roentgen notou propriedades distintas daquelas que os raios catódicos costumavam apresentar.
A radiação que estava diante dele produzia luminescência em certos materiais, sensibilizava chapas fotográficas, mas era invisível ao olho humano; não parecia sofrer refração, nem reflexão, nem polarização. Ao término de seus estudos, Roentgen havia descoberto a radiografia.
Ao longo de mais de um século, a técnica de uso de raios X foi largamente utilizada, em pacientes de todas as idades. No entanto, os efeitos acumulados das doses de radiação trariam consequências, principalmente para os pacientes que começaram a receber essas doses mais cedo, como é o caso das crianças.
Na época da descoberta de Roentgen, em 1895, a expectativa de vida era de aproximadamente 32 anos. Hoje, com os avanços em saúde, saneamento, urbanização, estima-se que um ser humano viva, em média, 77 anos — mais do que o dobro do que vivia quando a primeira aplicação da radiografia ocorreu. É preciso, então, levar em conta essa longevidade para minimizar os riscos acumulados.
As melhores práticas de aquisição de imagens radiográficas atualmente seguem o princípio de utilização da dose mais baixa possível (ou ALARA — as low as reasonably achievable). O propósito é equilibrar as necessidades do paciente (que precisa receber a dose mais baixa possível) com as da produção de uma imagem com qualidade adequada para a interpretação confiável do exame.
No caso dos pacientes pediátricos, é preciso levar em conta fatores como: sensibilidade de órgãos e ossos em desenvolvimento à radiação; ampla gama de biotipos apresentada entre os pacientes; e expectativa de vida prolongada. Dados esses fatores, não é adequado empregar as mesmas técnicas e os parâmetros de aquisição de imagens para crianças e adultos.
Capturar a imagem de raios-X com o receptor de imagem é a primeira etapa. Um dos desafios mais imediatos a ser enfrentado está relacionado ao posicionamento adequado do paciente em ambientes mais movimentados, assim como à dificuldade de manter a criança na posição correta para a aquisição da imagem. Para isso, a utilização de uma camada de cintilador de césio ajuda a garantir a melhor qualidade da imagem. O desenho praticamente elimina os problemas ligados à má posição — o que reduz a dificuldade especialmente com pacientes pediátricos.
O uso de um detector altamente eficiente também é essencial para abarcar toda a gama de biotipos pediátricos, e as técnicas de aquisição devem ser adaptadas ao tamanho e à idade de cada paciente. Se a aquisição de imagens for realizada de forma satisfatória, elas fornecerão delineamento suficiente para possibilitar uma avaliação mais precisa e permitir a redução da exposição.
No caso das aplicações com múltiplos disparos, o movimento do paciente costuma fazer com que o exame deva ser repetido. Novamente, um agravo comum em pacientes pediátricos. Este é outro fator relevante para a eficiência da dose seja maximizada, em decorrência do número repetições e da consequente exposição.
Uma das novas tecnologias que surgem frente a esses desafios é o Smart Noise Cancellation (SNC), da Carestream. Trata-se de uma técnica de redução de ruídos baseada em inteligência artificial, que visa a redução da dose em todos os pacientes em exames de radiografia, preservando detalhes espaciais finos. Quando o SNC é combinado com outros métodos de gerenciamento de dose, como a filtração, a eficiência é maximizada, permitindo uma redução de dose ainda maior. Este é o resultado de diversas pesquisas cuja finalidade é desenvolver técnicas aprimoradas de aquisição para pacientes pediátricos.
O uso da grade para gerenciar a dispersão de raios X durante o processo de aquisição de imagens é outro fator que exige aumento da dose, para compensar a espessura da grade. No entanto, avanços recentes eliminaram a necessidade da grade antidispersão, que passa a ser substituída por um software capaz de gerenciar a dispersão.
Um sistema de aquisição de imagens pode ser instalado e personalizado de acordo com as preferências da instituição em termos de exposição do paciente e resolução da imagem. O que assegura que o trabalho do radiologista que analisará as imagens seja facilitado, mas também mais acurado.
As particularidades da aquisição de imagens pediátricas exigem uma abordagem que assegure imagens de alta qualidade com a menor exposição possível para pacientes jovens. Quando a agilidade e a eficiência na conclusão dos exames são aprimoradas com segurança, os riscos de vivermos durante quase um século é que é minimizado.