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Rastreamento por mamografia na rotina prática: estudo multicênctrico comparando a tomossíntese mamária com a mamografia digital
Considera Es
O câncer de mama é o câncer mais comum nos EUA, correspondendo a 30% dos novos casos de cânceres em 2021. Enquanto as taxas de incidência continuam crescendo em aproximadamente 0.5% ao ano, a mortalidade pelo câncer de mama diminuiu em 41% desde 1989, devido a melhorias na detecção precoce e tratamento.
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Apesar da redução de mortalidade, o câncer de mama segue como causa líder de morte entre mulheres com idade entre 20–59 anos, e quase 44000 mortes de mulheres por câncer de mama foram estimadas em 2021. Mamografia é o exame padrão-ouro para detecção precoce do câncer de mama, e reduz a mortalidade pelo câncer. Os dados de reconstrução tridimencionais da tomossíntese, por sua vez, melhoram a conspicuidade da lesão, permitindo melhor detecção, caracterização e localização das lesões.
A mamografia digital utilizando a técnica de tomossíntese mamária está substituindo a mamografia digital isolada como método preferencial, com estudos demonstrando menores taxas de rechamadas e maior taxa de detecção de câncer.
A mamografia, como outros métodos, tem suas limitações, incluindo falha de detecção de alguns cânceres (resultados falso-negativos), detecção de cânceres que nunca causariam mal (“super diagnosticados”), e detecção de anormalidades que resultaram benignas (resultados falso-positivos).
Interpretação inconsistente da evidência de riscos e benefícios da mamografia de rotina em subgrupos de paciente, incluindo as mulheres mais jovens e as mais velhas, levam a uma variabilidade nas recomendações de rastreamento mamográfico, segundo a Força de Tarefas Preventivas dos EUA, A Sociedade Americana de Câncer e o Colégio Americano de Radiologia. Exemplo: mamografia com tomossíntese foi superior a mamografia isolada na detecção de lesões em mulheres mais jovens, com mamas densas.
Até agora, muitos estudos avaliaram os benefícios potenciais da tomossíntese sobre a mamografia, conduzidos com foco em fatores de risco específicos, como densidade mamária, ou detecção de cânceres de intervalo. O propósito desse estudo é avaliar os resultados de rastreamento em uma grande coorte de mulheres dos EUA, que se submeteram a sua mamografia de rotina ou rastreamento por tomossíntese mamária.
Materiais E M Todos
Essa coorte de estudo retrospectivo incluiu mulheres entre 40 e 79 anos, que se submeteram a mamografia ou a tomossíntese digital entre janeiro de 2014 e dezembro de 2020. Resultados de taxas de rechamadas, taxa de detecção de câncer, valor preditivo positivo da rechamada (PPV1), taxa de biópsia, e valor preditivo positivo de biópsia (PPV3) foram comparados entre tomossíntese digital e mamografia digital, usando modelos de regressão logística multivariável.
Resultados
Um total de 2 528 063 mamografias de rastreamento de 1 100 447 mulheres (idade média, 57 anos ± 10 [DP]) foram incluídas. Na análise, as tomossínteses digitais mamárias (1 693 727 mamografias x 834 336 tomossínteses) demonstraram menor taxa de rechamada (10.3% [95% CI: 10.3, 10.4] para mamografia digital vs 8.9% [95% CI: 8.9, 9.0] para tomossíntese digital; P < .001) e maior taxa de detecção de câncer (4.5 de 1000 mamografias de rastreamento [95% CI: 4.3, 4.6] vs 5.3 de 1000 [95% CI: 5.2, 5.5]; P < .001), PPV1 (4.3% [95% CI: 4.2, 4.5] vs 5.9% [95% CI: 5.7, 6.0]; P < .001), e taxa de biópsias (14.5 em 1000 das mamografias de rastreamento [95% CI: 14.2, 14.7] vs 17.6 em 1000 nas tomossínteses [95% CI: 17.4, 17.8]; P < .001). PPV3 era similiar entre as coortes (30.0% [95% CI: 29.2, 30.9] para mamografia digital vs 29.3% [95% CI: 28.7, 29.9] for DBT; P = .16). Após o ajuste por idade, densidade mamária, local, idade, as associações permaneceram, respeitando a significância estatística.
Conclus O
Comparativamente com a mamografia digital, a tomossíntese mamária digital demonstrou menores taxas de rechamadas e maior valor preditivo positivo de rechamada, maior taxa de detecção de
EXEMPLOS DE TOMOSSÍNTESE MAMÁRIA X MAMOGRAFIA DIGITAL DA CLÍNICA MAMORAD: câncer e de biópsias, porém valor preditivo positivo similar nas biópsias. Dessa forma, mulheres submetidas a tomossíntese digital tem melhores resultados comparadas àquelas rastreadas com mamografia digital.
Sinal da tenda na mamografia, que a tomossíntese realizada na mesma ocasião demonstrou claramente a distorção arquitetural, que correspondia a um Ca ductal invasor.
Distorção arquitetural, detectada por mamografia e complementada com radiografia complementar focada e ultrassom. AP: Ca ductal invasor.
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Autores
Renata Brutti Berni e Radiá Santos