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Peer Review ao Peer Learning: diferenças básicas e experiência na implementação

3 - Anchoring bias (viés de ancoragem):

É a falha em ajustar uma impressão inicial, apesar de receber informações adicionais posteriormente. Algumas atitudes úteis para evitar essa situação incluem: recuar com o intuito de olhar para o quadro geral ao interpretar um estudo; estar ciente desse viés e evitar a tendência de se ancorar em um diagnóstico estabelecido no início do processo. Exemplo: Paciente com lesão suspeita na mama, que poderia ser explicada por um histórico de manipulação cirúrgica porém com aspecto atípico.

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4 - Alliterative Bias (viés aliterativo):

Esta é a influência de relatórios de imagem anteriores no julgamento de um radiologista. Para evitar esse erro, deve-se considerar a revisão de relatórios anteriores somente após a interpretação. Exemplo: Calcificações pleomórficas com distribuição segmentar, classificadas como benignas em relatório externo e por este motivo, interpretadas como benignas.

Lembramos que existem outros vieses cognitivos e que, fatores outros como os relacionados ao sistema, falta de pessoal, distrações na sala de laudos, problemas de tecnologia da informação (TI) e artefatos também podem contribuir para os erros ocorrerem

CASOS

Seguem alguns exemplos de casos discutidos em reuniões de Peer Learning

CASO 1 (diagnóstico brilhante):

Caso clínico: Paciente de 62 anos realiza mamografia de rastreamento, referindo cirurgia prévia de inclusão de implantes.

(MLO) e craniocaudal (CC) com e sem manobras de Eklund (fig. 1 a 4) sem evidência de lesões.

O ultrassom (US) foi realizado, e um nódulo irregular e não circunscrito correspondente ao nódulo caracterizado na tomossíntese foi detectado. Foi realizada biópsia core guiada por US, com resultado de carcinoma ductal invasivo (CDI).

Pontos de ensino:

• Sempre analisar a tomossíntese sistematicamente e com cuidado, mesmo na ausência de achados na mamografia 2D.

• Achados ultrassonográficos sutis podem ser detectados quando realizados com cuidado.

CASO 2 (achado raro):

Caso clínico: Paciente de 76 anos com queixa palpável na mama direita e antecedente pessoal de neoplasia de cólon.

US: direita, identifica-se lesão não nodular com ecogenicidade mista, em correspondência à queixa palpável. ipsilateral, identifica-se linfonodo com características atípicas (globoso, com perda do hilo ecogênico).

Na tomossíntese com manobra de Eklund, visualizamos nódulo irregular associado a distorção arquitetural na união dos quadrantes superiores da mama direita.

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