DICIONÁRIO DE TERMOS DA INTERNET E INFORMÁTICA
Evandro Veras
DICIONÁRIO DE TERMOS DA INTERNET E INFORMÁTICA
API - sigla para Application Programming Interface, ou Interface de Programação de Aplicativos. É um conjunto de rotinas e funções pré-compiladas e prontas (normalmente na forma de dll' s) que realizam uma tarefa comum. Estas interfaces foram concebidas para padronizar recursos do sistema operacional utilizados pelos aplicativos. Entre as API' s mais utilizadas, temos a API do Windows, de correio eletrônico (MAPI) e de vinculação de objetos (OLE). Aplicativo - é todo arquivo executável que possa rodar sob um sistema operacional. O aplicativo realiza uma tarefa por si só, ou seja, não depende de outros programas para funcionar. Por exemplo, o arquivo winword.exe é o Microsoft Word, aplicativo utilizado para edição de textos. Os arquivos de extensão *.doc, por sua vez, são os documentos criados pelo Word, e não realizam uma tarefa por si só. Sendo assim, arquivos *.doc não constituem um aplicativo. Applet - é como se fosse um tipo de "mini-programa", que executa algumas tarefas bastante específicas e depois é descarregado da memória. Esta prática é bastante utilizada na Internet: quando você carrega páginas sofisticadas, são disparados diversos applets (normalmente em linguagem Java) para, por exemplo, tocar sons, emitir mensagens, animar imagens etc. Após cumprido o seu papel, o applet é simplesmente descartado da memória. Arquivo - é um agrupamento de bits que formam uma unidade lógica que possa ser interpretada pelo processador do PC. Na verdade, os arquivos são tudo que compõe o software do computador. O sistema operacional, os aplicativos e os documentos que são manipulados pela máquina são compostos de milhares de arquivos. Cada arquivo é definido por um nome e uma extensão. A extensão é um código universal que determina o tipo de arquivo em questão. Combinado com o nome, identifica exclusivamente o arquivo dentro de um mesmo diretório. Até 1995 (antes do lançamento do Windows 95), todos os arquivos eram obrigados a adotar a notação 8.3. Isto é: nome com no máximo oito dígitos e extensão com no máximo três dígitos, separados por um ponto. Além disso, não eram permitidos alguns caracteres especiais nem espaços para definir estes componentes. Com o advento do Windows 95, esta notação passou a ser mais flexível, sendo agora conhecida como 255.8: nomes com até duzentos e cinquenta e cinco caracteres (incluindo espaços) e extensões com até oito caracteres. Alguns tipos de arquivos conhecidos são: .exe: são os arquivos executáveis, ou seja, arquivos binários que executam alguma ação específica e produzem algum resultado. Exemplos: notepad.exe (bloco de notas), sol.exe (paciência), deltree.exe (executável do DOS utilizado para excluir diretórios). .com:têm a mesma função dos arquivos .exe, mas ficam carregados diretamente na memória durante todo o tempo em que o computador estiver ligado. Exemplos: command.com (interpretador de linha de comando do DOS; é praticamente o DOS em si), win.com (núcleo do Windows).
.txt: ao contrário dos dois tipos de arquivos acima, os arquivos-texto não são compostos por números binários, e sim por caracteres ASCII. Sendo assim, eles não executam nenhuma ação, servem apenas para armazenar dados. .bat: os arquivos de lote nada mais são que arquivos-texto que contém uma série de comandos DOS em sequência. Seria uma forma "primitiva" de programação, uma maneira de automatizar operações para facilitar a vida do usuário. Uma exceção é concedida ao arquivo AUTOEXEC.BAT, particularmente importante para PC´s que utilizem DOS e Windows 3.x. Este arquivo de lote é necessário para que o sistema operacional funcione corretamente, uma vez que ele executa uma série de operações essenciais na inicialização do computador: carregar drivers de configuração de teclado e vídeo, carregar TSR´s (programas residentes na memória, como anti-vírus ou compactadores de disco rígido), definir variáveis de ambiente, etc. .dll: sigla em inglês para dynamic link library, ou biblioteca de vínculo dinâmico. Imagine este arquivo como sendo um "pedaço" de um arquivo executável. A maioria dos aplicativos escritos para Windows executam algumas funções comuns, como abrir e salvar arquivos, configurar impressoras, gerenciar cores do vídeo, tocar sons, etc. Se cada aplicativo abrigasse tais funções em seu próprio arquivo executável, o tamanho de tal arquivo seria enorme, o que consumiria rapidamente o espaço disponível no HD, além de tornar penoso o processo de instalação do mesmo em outros micros. Convencionou-se então de "quebrar" o executável em várias partes menores, e as partes que executassem funções comuns seriam armazenadas num diretório acessível a todos os aplicativos. Tais partes foram então chamadas de dll´s, e o diretório comum aos aplicativos é conhecido como \WINDOWS\SYSTEM. O próprio Windows já oferece uma grande quantidade de dll´s com várias funções úteis, simplificando a vida do programador, padronizando o sistema e diminuindo o tamanho final do aplicativo. .drv, .vxd: são conhecidos como drivers de dispositivos e drivers virtuais. São arquivos que permitem que o sistema operacional se comunique com os componentes de hardware de seu computador. .tmp: extensão adotada para definir os problemáticos arquivos temporários. Alguns aplicativos muito complexos (como o Microsoft Word e o Microsoft Visual Basic) precisam trabalhar com alguns valores binários e configurações simultaneamente à operação do próprio programa para o seu bom funcionamento. Em certas situações, tais valores gerados pelos aplicativos são enormes, o que inviabilizaria o uso da memória RAM como meio de armazenamento. Adotou-se como solução a utilização de arquivos temporários, que seriam criados no HD do usuário, armazenariam todas as informações necessárias ao funcionamento do mesmo e seriam excluídos quando o programa fosse descarregado da memória do computador. Acontece que, se o aplicativo for mal escrito e não excluir todos estes arquivos quando for finalizado, ou se o micro travar durante a execução do mesmo, os arquivos temporários podem continuar gravados no disco rígido do usuário indefinidamente, ocupando um espaço desnecessário. Assíncrono - um processo é considerado assíncrono se não depende de outros para funcionar. Por exemplo, se algum aplicativo oferecer uma opção para ativar a calculadora do Windows, ele não ficará suspenso até o usuário fechar a calculadora; pelo contrário, os dois programas funcionarão paralelamente, fora de sincronia, um não dependendo do outro. Veja também: Multi-tarefa e Síncrono.
@ - o arroba teria sido criado na Idade Média. Naquela época, era normal a invenção de símbolos que substituíssem letras mais comuns, já que o papel era escasso e muito caro. O @ seria a junção gráfica das letras "a" e "d", que em latim significa "em" ou "junto a". Isto se encaixa perfeitamente na definição de e-mail. Partindo da convenção usuário@provedor, é fácil perceber que o símbolo significa que usuário está "em" provedor. E, por incrível que pareça, sua tradução em português corresponde a uma medida de peso muito usada na agropecuária, equivalendo a 15 kg. Se alguém souber porque diabos o símbolo foi traduzido assim, por favor me conte! (Colaboração de Emmanuel Peralta)
BIOS - o Sistema Básico de Entrada e Saída (Basic Input and Output System) é o programa mais elementar existente no computador. Através da configuração do BIOS (BIOS Setup), podemos gerenciar todas as configurações de hardware da máquina, como tamanho e tipo de disco rígido, tipo e quantidade de memória RAM, interrupções e acesso à memória (IRQ´s e DMA´s), hora e data do relógio interno, o estado de todos os periféricos conectados e muito mais. Além disso, ele permite configurar senhas e a sequência de inicialização (boot) do micro. Todas estas informações são armazenadas em um chip especial, o CMOS. O BIOS é independente do fabricante da placa-mãe do computador, sendo que a American Megatrends Inc. (AMI) é a empresa mais tradicional do ramo.
Bit - A definição formal de bit é: "Um bit é um dígito binário, a menor unidade de informação de um computador. Um bit pode assumir apenas um entre dois valores: 0 e 1." Traduzindo em algo mais palpável: o processador central do computador (seja ele Intel, AMD, Cyrix, etc.) é no fim das contas nada mais que um amontoado de milhões de pequenos transistores. Os transistores são chaves elétricas minúsculas, que assumem apenas dois estados: ligado (o circuito está fechado e passa eletricidade); ou desligado (o circuito está aberto e a eletricidade não passa). Quando aplicamos uma corrente elétrica em uma das extremidades do processador, o resultado que sairá do outro lado depende do estado de todos os transistores presentes. Mas isto é a parte física da coisa. É necessário haver uma tradução lógica das correntes elétricas, algo que possa ser interpretado em uma linguagem compreensível ao ser humano. O bit é a representação lógica do estado de um transistor do processador, e isto fica fica bem óbvio pelos valores que ele pode assumir: Bit com valor ZERO: o transistor está desligado, o circuito está aberto. Bit com valor UM: o transistor está ligado, o circuito está fechado.
Então você pergunta: e daí??? Daí que esta unidade de informação pode representar muitas coisas: um pixel aceso ou apagado para compor uma imagem de um monitor; uma gota de tinta que pode ou não ser espirrada no papel para realizar uma impressão; um número, que pode ser convertido em uma letra, que pode fazer parte de uma palavra presente no documento que você digitou em seu processador de texto (na verdade, são necessários oito bits para representar um número , vindo daí o conceito de byte); parte de uma operação aritmética; e por aí vai. Enfim, o bit é a menor partícula de informação processada em um computador; é a interface entre a parte física e a parte lógica da máquina. Browser - do inglês, "to browse" significa passear, navegar. Sendo assim, o Browser é um aplicativo voltado à Internet cuja função é navegar pelas páginas da www (World Wide Web, ou Teia Mundial); é a parte multimídia da Internet. Os programas com esta função mais conhecidos são o Microsoft Internet Explorer e o Mozilla Firefox. Eles são responsáveis por exibir as imagens, sons e textos disponíveis na Internet. Basicamente, o Browser apresenta três partes principais: a barra de ferramentas, que contém todos os comandos que permitem navegar e configurar a maneira como se acessa o conteúdo da Web; a barra de endereços, onde o usuário pode informar o nome do Site que deseja ir; e a janela principal, onde são exibidos todos os objetos (sons, imagens, texto, links etc.) disponíveis na home-page acessada. Bug - Grace Hopper (1906-1992) foi uma das grandes pioneiras da programação. Em sua época, trabalhou no primeiro computador conhecido (o ENIAC), desenvolveu vários compiladores e criou o precursor da linguagem COBOL. Num dia quente de verão de 1945, Grace estava ajudando na construção do computador Mark II, cujo objetivo era calcular o ângulo de inclinação dos novos canhões anti-aéreos da marinha americana. A equipe de engenheiros estava trabalhando temporariamente em um prédio sem ar condicionado, e como o calor estava muito forte, todas as janelas estavam abertas na tentativa de arejar o ambiente. De repente, sem qualquer razão aparente, a máquina parou de funcionar. Olhando dentro do computador, eles descobriram que uma mariposa havia pousado sobre um circuito condutor, sendo imediatamente fritada. Como consequência, o circuito parou de funcionar. O referido inseto ("bug", em inglês) foi cuidadosamente removido do Mark II e colado com fita adesiva no diário da equipe de engenheiros. Grace escreveu que a partir daquele dia ninguém mais iria consertar um computador, e sim "debugá-lo".
Veja abaixo uma foto do que é considerado o primeiro bug da história:
Bug passou então a indicar qualquer mal-funcionamento que ocorresse com sistemas computacionais, tanto problemas físicos (superaquecimento do processador, incompatibilidade de hardware, etc.) quanto lógicos (aplicativos mal-escritos). Em português, a palavra mais utilizada para traduzir o conceito de bug é "pau", mas cá entre nós, seria muito pouco elegante alguém falar que, por exemplo, "a empresa X está tendo problemas com o PAU do ano 2000"... (GRANDE colaboração de Augusto Silva). Byte - A definição formal de byte é: "a abreviação de binary term (termo binário). Um único byte é composto de 8 bits consecutivos capazes de armazenar um único caractere." Em outras palavras: apesar do bit ser a menor unidade de informação interpretável pela linguagem do computador, são necessários 8 deles juntos para que possam exprimir algo interpretável pela linguagem humana. Cada byte representa um dígito. Um ou mais dígitos representam um número. Um ou mais números representam uma letra.
CMOS - o circuito integrado de Óxido Metálico Semicondutor Complementar (Complementary Metal Oxide Semiconductor) é o chip responsável por armazenar todas as configurações de hardware do computador. Estas configurações são alteradas através do BIOS Setup, que é um programa trabalhoso e complexo para se operar, principalmente por usuários inexperientes. Portanto, as informações de configuração devem ser mantidas mesmo com o micro desligado. Para isso, o CMOS (que nada mais é que um pequeno circuito de memória RAM) é ligado à uma bateria de longa duração, normalmente daquelas que encontramos em relógios digitais. Estas baterias têm uma vida útil de aproximadamente 5 anos e, se o relógio do computador começar a atrasar ou as configurações do BIOS começarem a se perder, é sinal de que precisam ser substituídas.
D Disco Rígido - também conhecido como Winchester ou HD (hard disk), o disco rígido tem a função de armazenar fisicamente os arquivos de seu computador. Ou seja, ao contrário da memória RAM, os dados armazenados no HD não são eliminados quando o computador é desligado. Eles ficam guardados indefinidamente, até serem manualmente excluídos (deletados), ou até o fim da vida útil do periférico (estima-se que um disco rígido de qualidade dure em média 5 anos ). O funcionamento de leitura de um HD pode ser grosseiramente comparado ao de um pré-histórico toca-discos de vinil (ou vitrola, para os saudosistas...). No caso do toca-discos, a agulha passa sobre a superfície do LP, que é composta por trilhas dispostas em uma espiral que se inicia na extremidade externa no disco e termina próximo ao centro. Estas trilhas são cheias de ranhuras que causam vibrações na ponta da agulha do toca-discos, e o aparelho converte estas vibrações em música. No HD, as ranhuras das trilhas são substituídas por partículas magnéticas microscópicas. Estes diminutos ímãs geram campos magnéticos que são facilmente detectados por circuitos elétricos posicionados na ponta da leitora do winchester (que corresponderia à agulha do toca-discos). Os campos magnéticos são convertidos em bits, que podem então ser interpretados pelo processador do PC. É interessante ressaltar que as partículas magnéticas são aderidas ao disco rígido de forma a ficarem móveis, permitindo que sejam reposicionadas facilmente. Assim funciona o procedimento de gravação no HD: a própria cabeça de leitura se transforma num ímã e rearranja as partículas configurando um novo arquivo. Dial up - a rede ou conexão Dial-Up é a porta de comunicação entre o computador e a Internet via linha discada. É composto por uma série de funções e protocolos (principalmente o TCP/IP) que permitem ao computador entrar em rede e conversar com a Net através de um modem. Informando um número de linha discada de um provedor pago e um endereço da Web, o usuário pode facilmente conectar-se à rede mundial através de alguns cliques do mouse. Download e Upload - uma conexão com a Internet é um caminho de duas vias: na maior parte do tempo recebemos informações da Web (como por exemplo, ao acessar uma homepage), mas também enviamos informações, toda vez que clicamos em um link, ou preenchemos um formulário de cadastro, ou enviamos um e-mail. O ato de navegar pela via
desta "estrada digital" na qual ENVIAMOS informações é conhecido como UPLOAD. O caminho inverso, ou seja, o ato de RECEBER informações vindas da Web (seja acessando um site, recebendo e-mails ou copiando um arquivo para nosso disco rígido) é conhecido como DOWNLOAD.
E E-Mail - a Internet é uma rede mundial com diversas facetas. O recurso mais conhecido é a interface de imagens e sons que conhecemos como World Wide Web, mas esta representa apenas uma pequena porcentagem de tudo que a Internet pode oferecer. Pela rede mundial podemos, por exemplo, conversar com outras pessoas em tempo real (ou seja, você digita uma mensagem aqui e imediatamente ela aparece no monitor de outra pessoa no outro lado do mundo) num processo conhecido como CHAT; podemos baixar ou enviar arquivos para um servidor, utilizando um protocolo conhecido como FTP; ou podemos enviar mensagens para outras pessoas que podem acessá-las a hora que quiser, como numa espécie de correio eletrônico, ou do inglês eletronic mail, ou E-MAIL. Para poder enviar ou receber e-mails, é necessário contratar os serviços de um provedor de acesso à Internet, que fornecerá um endereço eletrônico. Este endereço eletrônico é muitas vezes confundido com o próprio conceito de E-Mail (você nunca ouviu alguém dizer, por exemplo, "Eu vou te mandar o meu e-mail"?), mas é na verdade uma forma de identificação exclusiva de um usuário da Internet, atribuíndo-o um nome único. Esta identificação é da forma apelido@provedor, onde o apelido é um nome que escolhido pelo usuário (contanto que obviamente tal nome já não exista, pois acabaria com o conceito de identificação única), provedor é o nome da empresa contratada para gerenciar a conta de correio eletrônico do usuário, e @ (arroba, ou "em") é um símbolo que indica que o usuário determinado pelo apelido pertence à empresa determinada pelo provedor. Por exemplo: meu apelido é ibp (de Ivan B. Prado); meu provedor é o Terra (http://www.terra.com.br/); sendo assim, meu endereço eletrônico é ibp@terra.com.br. O correio eletrônico funciona mais ou menos da seguinte maneira: você envia suas mensagens para o provedor; este armazena as mensagens enviadas em seus computadores; e de tempos em tempos ele distribui as mensagens a seus respectivos destinatários pela Internet. Para receber mensagens, o processo é exatamente o inverso: o provedor capta todas as mensagens enviadas pela Internet; armazena em seus computadores; e, de tempos em tempos, envia-as para você.
F Formatação - Quando um disco rígido é produzido, os fabricantes esperam que ele possa servir para diversos sistemas operacionais. Cada sistema grava os dados do computador de uma maneira diferente. Sendo assim, os HD´s são fabricados como "fitas virgens", ou seja, eles precisam ser preparados para receber os dados processados pela máquina do usuário. Basicamente, esta preparação consiste em identificar cada pedaço do HD (conhecido como setor) e atribuir um endereço a ele. As posições de cada setor são armazenadas no começinho do disco rígido, em uma região conhecida como Tabela de Alocação de Arquivos (em inglês, File Allocation Table, ou FAT). Esta tabela identifica fisicamente cada pedaço do disco rígido, e isto facilita ao sistema operacional a tarefa de gravar, ler, apagar ou alterar os arquivos. Hoje em dia, empresas como a IBM estão conseguindo fabricar Winchesters com mais de 150 GB de capacidade (isto é uma enorme quantidade de informação; poderia armazenar, por exemplo, um texto com mais de 150 BILHÕES de caracteres). Agora, imagine se o sistema operacional tivesse que vasculhar o disco do começo ao fim até encontrar o começo do texto; mesmo na velocidade dos elétrons, isto poderia demorar muito. Sendo assim, em um disco formatado, o sistema simplesmente busca na FAT o endereço que determina o começo do arquivo, e aponta a cabeça de leitura do HD diretamente para esta posição, economizando portanto alguns minutos de pesquisa. Acontece que cada sistema operacional constrói e entende a tabela de alocação de arquivos de uma maneira diferente. Como os discos rígidos são "virgens", existe uma liberdade de configurá-los de acordo com cada um destes sistemas. É este processo de configuração e preparação do HD que é conhecido como FORMATAÇÃO. Nos computadores da plataforma PC, existem pelo menos três maneiras de montar esta tabela, cada uma atribuída a uma geração diferente de sistemas operacionais: - FAT 16: é a organização referente aos S. O. (sistemas operacionais) de 16 bits: DOS/Windows 3.x, assim como as primeiras versões do Windows 95; - FAT 32: é uma organização mais elaborada, que consegue entender o dobro de informações que a FAT 16. É suportada pelas últimas gerações do Windows; - NTFS: é o esquema mais sofisticado de todos, utilizado para configurar servidores de rede local. É a formatação nativa do Windows NT, 2000 e XP. Frame - os frames são subdivisões da janela principal do navegador (ou browser). Cada subdivisão funciona como uma pequena janela, exibindo conteúdos independentes. Os
criadores de sites da Web utilizam este recurso quando é necessário exibir muitas informações de uma só vez. Normalmente eles montam um frame à esquerda da página funcionando como um índice, enquanto o frame da direita exibe o conteúdo relacionado ao link do índice que o usuário selecionou. Se você acessar alguma home-page onde consiga deslizar o conteúdo de uma parte da janela e a outra parte permanecer fixa, pode ter certeza de que a página foi montada utilizando frames. Link - a leitura de um livro é considerada linear. Abrimos na primeira página, lemos seu TEXTO, vamos à página seguinte e aí por diante até o epílogo. Na Internet, a maneira de adquirir informações é não-linear. A partir de uma página inicial, utilizamos mecanismos que permitem alternar entre os diversos conteúdos de um site sem uma ordem definida. Podemos ir de uma à pagina à outra, pular parágrafos de uma mesma página, voltar à página inicial e até acessar outros sites utilizando estes mecanismos. Este tipo de exibição de informações é denominado HIPERTEXTO. Um dos mecanismos utilizados para realizar esta navegação não-linear é denominado hiperlink, ou simplesmente link (ligação, em inglês). O link utiliza uma palavra-chave para ligar o conteúdo em exibição a uma região de uma mesma página ou mesmo para outros endereços da Internet. Esta palavrachave é destacada do resto do texto, e normalmente o ponteiro do mouse se transforma em uma mão (ou outros símbolos) para indicar que o usuário está clicando sobre um hiperlink. Existem diversas maneiras de se destacar um link do resto do texto. As palavras-chave costumam aparecer sublinhadas e na cor azul, mas isto não é regra. Podem ser utilizadas palavras não sublinhadas, imagens e até botões para definir um hiperlink.
M Multi-tarefa - é um recurso do sistema operacional que permite que vários aplicativos rodem ao mesmo tempo numa mesma máquina. Não se aplica ao ambiente do MS-DOS, onde um processo precisa ser finalizado para que outro possa começar. Este recurso só foi possível com o ambiente de janelas do Windows, onde o usuário pode alternar entre os diversos aplicativos operando em multi-tarefa com simples cliques do mouse. Existem dois tipos de multi-tarefa: a Cooperativa (ou Não-Preemptiva) e a Preemptiva. Em ambientes de multi-tarefa cooperativa, como o Windows 3.1, cada aplicativo ocupa seu próprio endereço de memória e recursos do sistema. Sendo assim, cabe a cada processo liberar voluntariamente a utilização do processador para que outro processo possa rodar.
Isto pode causar sérios problemas, pois aplicativos mal-escritos podem requerer para si 100% da utilização da CPU, causando o congelamento de todo o ambiente cooperativo, inclusive do sistema operacional. Ou seja, dá a impressão que o Windows "travou". A multi-tarefa preemptiva foi adotada a partir do Windows NT e 9x. Neste caso, é o sistema operacional que gerencia o uso do processador, evitando que as aplicações malcomportadas reclamem para si todos os recursos do computador.
Ploter - são dispositivos especiais de impressão destinados a emitir plantas e desenhos técnicos gerados por programas do tipo CAD/CAM (Desenho Assistido Por Computador), como o AutoCAD da AutoDesk. Normalmente, os plotters têm a forma de uma mesa curta e larga que permite a utilização de folhas desde o tamanho A4 (o mais comum) até o A1 (que tem uma área muito maior, e é usado em desenhos mais complexos). Ao contrário das impressoras comuns, a impressão nos plotters não é contínua. Ou seja, a folha pode ser movimentada para os dois lados graças a um rolete posicionado na parte inferior da mesa que fica em contato permanente com o papel. Além do rolete, o plotter apresenta um carrinho que corre sobre um eixo disposto transversalmente por toda a largura do dispositivo. Este carrinho é utilizado para prender a pena, que nada mais é que um tipo de caneta hidrográfica especial responsável por traçar os desenhos no papel. Existem penas com pontas de várias espessuras, e elas podem ser inclusive substituídas por lápis e lapiseiras exclusivas. Combinando o movimento horizontal do rolete com o movimento transversal do carrinho, o plotter consegue traçar os mais complexos desenhos com uma rapidez e eficiência surpreendentes e que nenhuma impressora comum conseguiria alcançar. Sendo assim, é um equipamento caríssimo, voltado para a área de projeto industrial ou firmas de engenharia. Protocolo - é uma linguagem definida que permite que vários computadores troquem informações entre si. Linguagem, pois pode ser traduzida para várias plataformas de hardware e sistemas operacionais diferentes; definida pois segue uma série de regras e padrões que devem ser respeitados para garantir a integridade e a capacidade de traduzir as informações que trafegam entre os computadores. Um ótimo exemplo seria o protocolo TCP/IP da Internet, que permite a conexão entre computadores totalmente diferentes, como um servidor rodando o sistema operacional UNIX transmitindo informações para um computador Macintosh rodando MAC OS (sistema operacional da Apple).
S Síncrono - tal processo aguarda a finalização de um processo anterior para ser executado. Num ambiente de multitarefa preemptiva (Windows de 32 bits) este tipo de processo praticamente não existe, ao contrário dos processos assíncronos que são muito mais eficientes, já que vários deles podem ser executados ao mesmo tempo. Mesmo assim um processo síncrono pode ser forçado se depender de dados gerados por um processo anterior para funcionar corretamente.
T Tempo Real - este termo normalmente se aplica a videogames ou programas de desenho. Gráficos em tempo real são gerados "na hora" utilizando-se os recursos matemáticos (principalmente vetores) dos processadores da máquina. Normalmente são mais lentos e pouco definidos que as animações pré-renderizadas conhecidas como CG´s (Computer Generated, ou gerados por computador). As animações em CG são criadas previamente em estações gráficas de milhares de dólares, gravadas em disco e executadas como se fossem multimídia (imagem e som conjugados). A necessidade de gráficos em tempo real se justifica principalmente nos games, onde há a necessidade de você controlar e interagir com o que está acontecendo (movimentando um personagem, efetuando comandos, alterando opções etc.). As animações pré-renderizadas servem para enriquecer o produto, já que no final não passa de um "filminho" sobre o qual você não tem qualquer controle.
U URL - esta sigla corresponde a "Uniform Resource Locator", ou Localizador Uniforme de Recursos. Os sites da Internet estão espalhados por milhões de servidores em todo o mundo. Para que um navegador consiga encontrar uma certa página em um certo computador, é necessário que a localização desta página esteja muito bem definida. Esta localização é determinada pelo seu ENDEREÇO IP. Este endereço consiste em um código exclusivo (na verdade, um número de até 12 dígitos). Acontece que é praticamente impossível para um usuário decorar o endereço IP de um site. Imagine se um vendedor chegasse para você e falasse: "Quer ver o catálogo dos meus produtos? Acesse o site 200.235.37.66." Você iria dar as costas pro indivíduo e ir pra casa dormir. Estes números malucos simplesmente acabariam com a popularidade da Internet!
Para contornar este problema, utiliza-se um mecanismo que transforma os endereços IP dos sites em nomes amigáveis, de fácil entendimento e memorização. Este mecanismo se denomina URL e, como os endereços IP, atribui um nome exclusivo, compacto e universal para um determinado site. O URL de um site é normalmente composto por 5 extensões: 1. O protocolo utilizado: http://, ftp://, gopher://, mailto://, etc; 2. O código www (alusão a World Wide Web, a Teia Mundial); 3. O nome específico do site: .sti, .uol, .ivox, .terra, .osite, etc; 4. A natureza do conteúdo do site: .com (comercial), .org (governamental), .edu (educacional), .eng 5. (engenharia), etc; 6. O país de origem: .br (Brasil), .jp (Japão), .uk (Inglaterra), .ko (Coréia), etc. Veja como a situação se simplifica. O endereço da página do provedor indica que: 1. O protocolo utilizado para que o computador do usuário e o servidor se comuniquem é o Protocolo de Transferência em HiperTexto, ou HiperText Transfer Protocol (http//); 2. O site pertence à parte multimídia da Internet, a World Wide Web (www); 3. O nome específico do site é STI (.sti); 4. O caráter do site é comercial (.com); 5. O site está hospedado no Brasil (.br). Bem mais fácil, não? USB - trata-se das iniciais de "Universal Serial Bus", ou "Porta Serial Universal". É um recurso disponível para os PC´s que permite a conexão de diversos periféricos distintos (impressoras, monitores, scanners, câmeras digitais, etc.) em um mesmo local. A vantagem deste tipo de porta é a uniformização (vários aparelhos diferentes se comunicam usando um só padrão) e a velocidade (a comunicação entre periféricos conectados ao computador por uma porta USB é bem mais rápida que pelas portas seriais e paralelas comuns).
V Variáveis de ambiente - são atributos do sistema operacional definidos logo após a inicialização da máquina, e cujos valores persistem durante toda a sessão do sistema. Em outras palavras, são valores e definições que não mudam e ficam ativos durante todo o tempo em que o micro estiver ligado. Normalmente, as variáveis de ambiente são definidas utilizando-se o comando SET no arquivo AUTOEXEC.BAT (no caso do Windows 3.x/9x), ou durante a própria inicialização (no caso do Windows NT/2000/XP). Para se entender melhor, vamos citar algumas destas variáveis mais utilizadas: TMP - é a variável de ambiente que define onde o Windows deve gravar os arquivos temporários. Normalmente, esta variável aponta para o diretório WINDOWS\TEMP. WINDIR - determina o diretório (pasta) onde se encontram os arquivos do Windows. Normalmente, aponta para C:\WINDOWS. NUMBER_OF_PROCESSORS - ao contrário do Windows 9.x, o Windows NT/2000/XP consegue aproveitar o poder de computadores que utilizem dois ou mais processadores funcionando paralelamente. Esta variável de ambiente define o número de processadores instalados na máquina quando o sistema é inicializado. Vírus - são progamas de computador desenvolvidos por pessoas desocupadas e malintencionadas com o "simples" objetivo de destruir toda a informação contida em seu computador. Este tipo de programa foi batizado assim pois, como seu correspondente biológico, o vírus de computador: •
multiplica-se: um único programa destes pode contaminar de um a TODOS os arquivos de seu PC. Entende-se por contaminar o ato de reescrever o conteúdo de um arquivo no seu nível mais elementar (os bits), causando mau funcionamento ou alterando sua função inicial;
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precisa de um hospedeiro: o PC com seus milhares de arquivos é um prato cheio para a contaminação dos vírus;
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ataca em situações pré-determinadas: alguns vírus entram em ação imediatamente após instalarem-se no computador; outros, no entanto, ficam em estado ocioso aguardando a ocorrência de um determinado evento gerado pelo sistema para atacar. É o caso do famigerado "Sexta Feira 13", que só contaminava o PC se o calendário interno indicasse que a máquina havia sido ligada em uma sexta-feira e no dia 13 de qualquer mês e ano;
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procura se esconder: muitos vírus são disfarçados em arquivos comuns, sendo impossível detectá-los simplesmente vasculhando os arquivos do PC. Além disso, alguns vêm com nomes atraentes, como "Carta de amor.txt", "Feiticeira Nua.jpg", etc.
Os primeiros vírus eram criados na forma de arquivos executáveis (*.exe ou *.com). Hoje em dia, encontramos também vírus na forma de macros do Microsoft Word ou Excel, rotinas em JScript ou VBScript (*.js ou *.vbs) e também como outros programas classificados de Cavalos-de-Tróia, que se instalam em seu PC e permitem a invasão (monitoramento ou controle) por hackers através da Internet. Antigamente, as únicas maneiras de ter o seu computador contaminado por um vírus eram através de disquetes ou troca de arquivos via rede local. Hoje em dia, a principal responsável pela disseminação destes programas destruidores é a Internet, principalmente através da troca de e-mail´s. O vírus de computador é uma espécie de praga em franca expansão, e enquanto existirem pessoas mal-intencionadas com conhecimentos de computação, nunca poderá ser eliminada. Mas é possível se prevenir. Veja como: •
Sempre (SEMPRE!) mantenha em seu computador as versões mais atualizadas dos melhores programas anti-vírus do mercado.
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Nunca abra arquivos anexos a e-mail´s recebidos de pessoas que você não conhece. Evite sequer ler seu conteúdo, excluindo-os imediatamente.
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Mesmo os disquetes ou e-mail´s recebidos de amigos devem ser vasculhados pelos anti-vírus. Se o computador de seu colega não possuir um destes, ele pode estar contaminado e não sabe.
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Não possua um comportamento "promíscuo", evitando instalar todo programa que passe pelas suas mãos ou acessando sites suspeitos pela Internet.
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Finalmente (esta é para usuários avançados que utilizem Windows 95, 98, ME, NT, 2000 ou XP): desative a opção "Ocultar extensões de tipos de arquivos registrados (ou conhecidos)" em "Opções de Pasta" do Windows Explorer. Se algum dos arquivos anexos a e-mail´s que você receber apresentarem as extensões *.exe, *.com, *.js ou *.vbs, EXCLUA-OS imediatamente!
Bit (simplificação para dígito binário, “BInary digiT” em inglês) é a menor unidade de informação usada na Computação e na Teoria da Informação, embora muitas pesquisas estejam sendo feitas em computação quântica com qubits. Um bit tem um único valor, 0 ou 1, ou verdadeiro ou falso, ou neste contexto quaisquer dois valores mutuamente exclusivos. Embora os computadores tenham instruções (ou comandos) que possam testar e manipular bits, geralmente são idealizados para armazenar instruções em múltiplos de bits, chamados bytes. No princípio, byte tinha tamanho variável mas atualmente tem oito bits. Bytes de oito bits também são chamados de octetos. Existem também termos para referir-se a múltiplos de bits usando padrões prefixados, como kilobit (kb), megabit (Mb) e gigabit (Gb). Fisicamente, o valor de um bit é, de uma maneira geral, armazenado como uma carga elétrica acima ou abaixo de um nível padrão em um único capacitor dentro de um dispositivo de memória. Telecomunicações ou volume de tráfego em redes de computadores são geralmente descritos em termos de bits por segundo. Por exemplo, “um modem de 56 kpbs é capaz de transferir dados a 56 kilobits em um único segundo” (o que equivale a 7 kilobytes, 7 kB, com B maiúsculo para mostrar que estamos nos referindo a bytes e não a bits, em caso de dúvida, b tem o significado de bit). Ethernet transfere dados a velocidades que variam de 10 megabits por segundo a 1000 megabits por segundo (de 1,25 a 125 megabytes por segundo). No Sistema Internacional (SI), os prefixos kilo-, mega-, etc às vezes têm o significado modificado quando aplicados a bits e bytes: para explicação,