7ª arte

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ANO 1 - NÚMERO 1 14 FEVEREIRO DE 20

Foto: Leo Lara / Universo Produções

Público vidrado na Mostra Saiba quais foram os filmes premiados na 17ª Mostra de Cinema de Tiradentes OFICINAS

HOMENAGEADO

SHOWS

Alunos têm a possibilidade de conhecer a 7ª Arte

Conheça quem é o ator Marat Descartes

Confira os shows que agitaram a Mostra de Cinema


EDITORIAL

Da película pro Brasil A Mostra de Tiradentes e sua missão para a 7ª Arte

minários, shows musicais, entre outros muitos meios de entretenimento. Prova da sua importância é a parceria feita com a Divisão de Promoção do Audiovisual do Ministério das Relações Exteriores para a concessão do

Por Joyce Andrade Foto: Sílvia Reis

A Mostra de Cinema de Tiradentes acontece anualmente na cidade histórica mineira, e este ano o evento apresentou a sua 17ª edição. O festival cinematográfico tem como objetivo difundir filmes de novos cineastas, com espaço para críticas e debates envolvendo o público e especialistas no assunto. O evento possibilita qualquer produção nacional se inscrever, porem as inscrições passam por uma seleção onde apenas os aprovados serão exibidos. Em todas as edições do evento, os produtores escolhem um ou mais artistas para serem homenagiados. Este ano o escolhido foi o ator paulista Marat Descartes, que tem se destacado em sua formação teatral interpretando diversos personagens em obras brasileiras. A Mostra mobiliza a região devido a sua grande importância cultural e de tradição. Atualmente um grande entretenimento para o público de todas as idades, a Mostra além da exibição de filmes, oferece oficinas, debates, se-

premio Itamaraty, no valor de R$50 mil, para o vencedor da Mostra Aurora. O prêmio é atribuído ao melhor diretor em início de percurso - incentivo aos novos talentos de cenário cinematográfico nacional. O evento se torna um incentivo a produção do cinema nacional e a interação do público com a sétima arte da nossa humanidade.

PÚBLICO ASSISTE ao documentário “Cidade de Deus - 10 anos depois”, filme exibido durante a 17ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes

EXPEDIENTE A Revista 7ª Arte é uma produção dos alunos do curso de Comunicação Social - Jornalismo da Universidade Federal de São João del-Rei, cujo tema é a 17ª Mostra de Cinema de Tiradentes, evento realizado em Minas Gerais que visa dar destaque a novos talentos do cinema independente. REVISÃO: Frederico Reis; REPÓRTERES: Silvia Reis, Brunno Pereira, Joyce Andrade, Frederico Reis, Helsinara Piassi Salatiel; EDITOR DE ARTE: Bruno de Oliveira

Alunos da disciplina de Planejamento Visual Gráfico do curso de Comunicação Social da UFSJ; Prof. Dra. Alessandra de Falco

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ABERTURA

O grande homenageado da noite A 17ª Mostra de cinema de Tiradentes prestou homenagem ao ator paulistano, Marat Descartes, 39 anos, que atua tanto no cinema como na televisão (em minisséries e telenovelas) e no teatro. O ator cursou letras e artes cênicas na USP, onde conquistou grandes amigos, começou sua carreira no teatro em 2004 e em 2007 enveredou pela sétima arte. A homenagem a Marat, foi prestada pelo ator e amigo Gero Camilo, que entrou cantando na sala de projeção ao final do vídeo, em que amigos apresentaram depoimentos sobre Marat, emocionando a todos os presentes na sala de projeção. Respeitado e admirado por fãs e colegas de profissão, o ator, subiu ao pal- O ROSTO DA MOSTRA Na tela, o rosto de Marat Descartes, ator homenageado co acompanhado da família, amigos e colegas de trabalho. Segundo Marat que já passou por muitos festivais - a “Já tive momentos de grandes atmosfera daquele momento era única. emoções na minha carreira; “Já tive momentos de grandes emoções já estive no tapete vermelho na minha carreira; já estive no tapete vermelho de Cannes, de Gramado, mas de Cannes, de Gramado, mas nenhuma foi como essa, porque aqui nenhuma foi como essa, porestá reunido tudo que é importante pra que aqui está reunido tudo que mim: a minha família e os meus amigos”. é importante pra mim: a minha Após receber o troféu barroco pela família e os meus amigos” mãos de Gero Camilo, Marat o dedicou Marat Descartes a sua família, que o acompanhou durante a exibição do longa de pré-estreia nacional, Quando Eu Era Vivo, protagonizado pelo homenageado da Mostra. la “A Vida da Gente” (Globo, 2011). Descartes estará participando ainda da minissérie “A Teia”, atualmente no ar Trabalhos do ator pela Rede Globo de Televisão. No ciRecentemente, Marat Descartes nema, dentre os filmes que atuou, estão atuou em projetos de destaque na te- “É proibido fumar” (2008), “O Tempo levisão e no cinema nacional. Na te- e o Vento” (2013) e “Quando eu era ledramadurgia, atuou na minissérie vivo” (2014), seu trabalho mais recei- COM A FAMÍLIA Marat Descartessss “Maysa” (Globo, 2009) e na telenove- tes no cinema brasileiro. >> recebe o troféu de homenageado

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Foto: Sílvia Reis

Por Sílvia Reis

Foto: Sílvia Reis

A homenagem feita ao ator Marat Descartes foi o destaque da abertura da Mostra


Histórico da Mostra de Tiradentes

Conheça um pouco sobre a história do festival e os artistas já homenageados Por Sílvia Reis A Mostra de Cinema de Tiradentes surgiu em 1998, sob a Coordenação Geral de Raquel Hallak, que permanece no cargo. A primeira edição do evento consistia em apenas 21 sessões de cinema, número praticamente duplicado no ano seguinte. O festival, cuja programação é totalmente gratuita, continuou a crescer nos

Contudo, a Mostra de Cinema de Tiradentes não consiste somente em exibições de filmes. O evento promove oficinas, debates, seminários, exposições, lançamento de livros, teatro de rua, shows musicais, performances e homenagens a convidados. Vários nomes, consagrados do cinema brasileiro, já passaram pelo tapete vermelho do festival.

anos seguintes, em qualidade e números, e atualmente está entre os mais importantes do país, são exibidos mais de 100 filmes nos formatos longas, médias e curtas. Nesses 17 anos de mostra, vários filmes que são sucesso, nacional e internacional, foram apresentados em Tiradentes, como por exemplo, “Cidade de Deus”, de Fernando Meireles.

QUEM JÁ FOI HOMENAGEADO NA MOSTRA DE TIRADENTES 1998

Carla Camuratti (cineasta) e Paulo José (ator)

2000

Carlos Reichenbach (cineasta)

2002

Júlio Bressane (cineasta) e José Lewgoy (ator)

2004

NelsonPereiradosSantos(cineasta) ePauloCésarPereio(Ator)

1999

Denoy de Oliveira (cineasta) in memorian, Helvécio Ratton (cineasta) e Patrícia Pillar (atriz)

2001

Ana Carolina (cineasta) e Odete Lara (atriz)

2005

Walter Lima Jr.(cineasta) e Cao Guimarães (videomaker)

2006

RuyGuerra(cineasta)e EderSantos(videoartista)

2007

BetoBrant (cineasta),MatheusNachtergaele (ator) LázaroRamos(ator)eFábioCarvalho (vídeo)

2008

RosanneMulholland(atriz) eJoãoMiguel(ator)

2009

José Eduardo Belmonte (cineastra)

2012

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2013

2011

Paulo Cezar Saraceni (cineasta) Foto: Site da Mostra de Cinema

SeltonMelo (ator)

Foto: Site da Mostra de Cinema

2010

Foto: Site da Mostra de Cinema

KarimAïnouz (cineasta)

Foto: Site da Mostra de Cinema

2003

Gianfrancesco Guarnierie (ator) e Eduardo Coutinho (cineasta)

Simone Spolatore (atriz)


OFICINAS

O aprendizado da 7ª Arte

As oficinas oferecidas na Mostra de Cinema Tiradentes são mais um dentre os muitos atrativos do festival. Todo ano, a cidade acolhe os visitantes da mostra durante uma semana. Os visitantes saem de todos os cantos do país não apenas para assistir a filmes, shows, mas também para participar das oficinas promovidas pelo evento. As oficinas ocorreram durante a semana e no sábado de encerramento da Mostra é realizada a cerimonia de entrega dos certificados aos participantes. Durante a 17ª edição do evento, foram oferecidas 7 oficinas para o público adulto: Realização em curta digital, Branded Content (conteúdo audiovisual e oportunidade de negócios, Formatação de projetos para TV, Cineclube e produção audiovisual na escola, Roteiro cinematográfico, Direcão de não-atores e #eufaçoamostra com criatividade. Além das oficinas para os adultos, aconteceram 4 oficinas voltadas para o público infanto-juvenil, são elas: Interpretacão e criação de personagens para atores, Por trás da câmera, Uma história, muitas imagens…, Mágicas e técnicas de animação. O público infantil se mostrou entusiasmado, Camilla, 12 anos, fez a oficina “Uma história, muitas imagens…” ministrada por Daniella Penna. Ela diz ter gostado, pois além de muitos desenhos, fez novos amigos. Normalmente, as oficinas não exigem pre-requisitos, porém são direcionadas àqueles que almejam trabalhar, ou aperfeiçoar o conhecimento sobre

OFICINA “Por trás das câmeras” direcionada para alunos durante a Mostra dos candidatos. De acordo com o site do evento, uma das oficinas mais procuradas é a de “Roteiro Cinematográfico”, ministrada pelo roteirista, Di Morette. A oficina teve todas as vagas preenchidas e agradou o publico imensamente. De acordo com um dos participantes, que planeja neja fazer um curta-metragem, “foi super legal participar, o Di é uma pessoa fantástica e super didática. Acredito que todas as sugestões dadas durante nossos encontros, serão de grande valia no processo de construção do roteiro do meu filme”. A opinião dos participantes das oficinas foi majoritariamente positiva, não apenas pelo conteúdo, mas também pelo contato com pessoas partilhando o mesmo interesse pelo cinema. As oficinas ocorreram durante a semana e no sábado de encerramento da Mostra é realizada a cerimonia de entrega dos certificados aos partici- DI MORETTE Roteirista ministrou a oficina de Roteiro Cinematográfico pantes.

Foto: Sílvia Reis

Por Sílvia Reis

Foto: Nereu Júnior / Universo Produções

Oficinas oferecidas na 17ª Mostra atraem jovens para o mundo do cinema

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Foto: Leo Lara / Universo Produções

CAPA

Os vencedores da Mostra de Cinema Por Sílvia Reis A 17ª edição da Mostra de Cinema, na cerimônia de encerramento, apresentou ao público o vencedores do Troféu Barroco. Os filmes contemplados desta edição foram: “A Vizinhança do Tigre”, “Branco Sai Preto Fica”, “Cidade de Deus -10 Anos Depois”, “E”, “Coice no Peito”, “Quinze” e “Diários Daltônicos”. A Mostra de Cinema Tiradentes movimentou a cidade. Durante os nove dias do evento, diversos atores, diretores, roteiristas, críticos, bem como cinéfilos passaram por Tiradentes. Mais de 100 projeções cinematográficas foram feitas com o burburin-ho ao final de cada filme a respeito de quem levaria o Troféu Barroco. Havia muita expectativa, alguns dos filmes listados entre os favoritos reuniram um intenso número de pessoas e superlotaram as salas de exibição. O longa-metragem e documentário, “Cidade de Deus - 10 Anos Depois” (RJ), dirigido por Cavi Borges e Luciano Vidigal, exibido no Cine BNDES na Praça, foi premiado pelo júri popular como o melhor na sua categoria. Pessoas que assistiram ao filme relataram não ter se surpreendido como o resultado. “Imaginava que ele venceria, a praça estava cheia e todo mundo gostou muito. Eu adorei”, afirma Janaina, moradora da cidade. Luciano Vidigal, também mencionou em depoimento no site do evento o

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Foto: Leo Lara / Universo Produções

A 17ª Mostra de Cinema e os filmes que se destacaram nas premiações do festival CIDADE DE DEUS - 10 ANOS DEPOIS foi eleito o melhor filme pelo Júri Popular na 17ª Mostra

A VIZINHANÇA DO TIGRE foi o filme premiado pelo Júri Jovem e da Crítica

Ao todo, mais de 100 projeções cinematográficas foram feitas com o burburinho ao final de cada filme a respeito de quem levaria o Troféu Barroco.

que, segundo ele, foi uma sala cheia “A gente está muito feliz, foi a melhor sessão do filme. Temos um carinho, uma parceria com o festival que é singular. A praça lotada de gente pra ver o filme foi lindo, uma experiência inesquecível.” Agora, “A vizinhança do tigre” (MG), de Affonso Uchôa, primeiro filme a ser exibido na competição da Mostra Aurora, foi premiado pelo júri da crítica com o Prêmio Itamaraty (R$ 50 mil), além de ter recebido serviços e equipamentos cinematográficos dos parceiros do evento. O filme relata o cotidiano de cinco jovens da periferia de Contagem, Belo Horizonte. Pontos considerados polêmicos tanto pelo público quanto pelos críticos


A categoria curtas-metragens também foi avaliada pelo Júri da Crítica, que apontou “E” (SP), de Alexandre Wahrhaftig, Helena Ungaretti e Miguel Antunes Ramos como o melhor curta desta edição. O mesmo júri concedeu menção honrosa a “Coice no Peito”, de Renan Rovida (SP). Agora, o Prêmio Canal Brasil (R$ 15 mil), foi para “Quinze” (MG), de Maurílio Martins, que retrata a relação entre duas mulheres, uma delas próxima de completar 15 anos de idade. O escolhido pelo Júri Popular foi “Diários Daltônicos” (SC), de Patrícia Monegatto: um documentário que descreve o olhar daltônico de seus 5 personagens sobre o mundo colorido. Após a cerimonia de premiação, da 17ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes, que fez da cidade palco para a sétima arte, o músico Túlio Mourão encerrou o festival exibindo uma seleção única de músicas.

Foto: Leo Lara / Universo Produções

“E” De nome curto, filme ganha como melhor curta-metragem na 17ª Mostra Foto: Leo Lara / Universo Produções

O longa-metragem e documentário, “Cidade de Deus - 10 Anos Depois” (RJ), dirigido por Cavi Borges e Luciano Vidigal, exibido no Cine BNDES na Praça, foi premiado pelo júri popular como o melhor na sua categoria.

QUINZE foi o filme premiado pelo Júri Canal Brasil na 17ª Mostra de Cinema Foto: Leo Lara / Universo Produções

foram debatidos após a sua exibição, e assim foi a semana, que com tantas discussões levou o filme a vencer o Troféu Barro. Entretanto, o longa-metragem “Branco Sai Preto Fica” (DF), de Adirley Queirós, mostrou-se um grande rival para “A vizinhança do tigre”, tanto que o júri premiou o filme de Adirley Queirós com uma menção honrosa.

BRANCO SAI PRETO FICA ganhador da Menção Honrosa pelos Júris Crítica e Jovem

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Cena musical

SHOWS Foto: Nereu Júnior / Universo Produções

Apresentações musicais agitaram a 17ª Mostra de Cinema de Tiradentes Por Helsinara Piassi

SHOW DELAS

Foto: Nereu Júnior / Universo Produções

Celinha Braga e Marina Machado durante apresentação musical

TIZUMBA

Foto: Nereu Júnior / Universo Produções

apresentando seu som para o público na Mostra de Cinema de Tiradentes

GRAVEOLA E O LIXO POLIFÔNICO Banda de BH se apresenta na Mostra

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A Mostra de Cinema – Tiradentes, realizada no período de 24 de janeiro a 01 de fevereiro, em Tiradentes, Minas Gerais, teve como proposta principal difundir estilos musicais e contribuir para a promoção e divulgação da música e da cultura local. Apresentando-a não apenas como um destino turístico repleto de atrações naturais, mas também como uma comunidade que aprendeu a agregar qualidade de vida tão como cultura a sua rotina. A curadoria do Festival optou por artistas mineiros da cena contemporânea e promoveu encontros musicais inéditos. Artistas nacionais passaram pelo Cine Tenda Bar Show do Festival durante os nove dias, estimulando a surpresa e a criatividade. Abrindo o Festival, o grande entusiasta da influência afro nas artes Maurício Tizumba, mantém, em seu trabalho, a herança africana em suas mais diversas manifestações. Quer seja na música, dança, teatro ou cinema (atividades exercidas com desembaraço pelo artista), percebe-se uma grande inventividade e espontaneidade, aliadas à mais forte e genuína tradição. Influenciado por familiares que lutaram para manter viva na cultura brasileira algumas das celebrações africanas tradicionais, o artista tornou-se capitão da Guarda de Moçambique, um dos muitos grupos que celebram o Congado, uma manifestação religiosa de origem africana que envolve a pantomímica derivada dos festivais de coroação africanos com elementos de dança e customização europeus. Essas celebrações envolvem os participantes com canto, dança, tambores, além de procissões de rua e festejos em laço de um grupo com os demais e a comunidade. Com um estilo humorístico, que lhe é peculiar, o músico, cantor, ator


e compositor, é um dos mais populares e completos artistas da atualidade. Alegre e carismático, dono de uma técnica atípica e original em tudo o que faz, o artista desenvolve uma arte multifacetada, com coerência e persistência, sempre fiel às suas crenças. A criatividade ilimitada torna-o um artista genuinamente brasileiro, que atinge a universalidade da arte através de sua força, sinceridade e avidez em preservar suas raízes e disseminar sua arte pelo mundo. No segundo dia, Celinha Braga prestou sua homenagem a Carmem Miranda e convidou Marina Machado ao palco. Canções estimadas pelo grande público como “Aquarela do Brasil” de Ary Barroso, “Vatapá” e “O que é que a Baiana tem?” ambas de Dorival Caymmi, foram interpretadas por Celinha Braga e os músicos por ela convidados. Juntas encantaram o público com balangandãs e largos sorrisos. O grupo mineiro Graveola e o Lixo Polifônico – foi a atração mais esperada. Criada há cerca de dez anos, em Belo Horizonte (MG), a banda ficou conhecida como uma reunião de estudantes hippies que misturava MPB e Indie Rock à lá Los Hermanos, mas o rótulo “desbotou” com o tempo. Aliás, mudanças não faltam para o grupo mineiro: Os shows acústicos começaram a ganhar elementos mais elétricos, a própria formação se metamorfoseou de trio para sexteto hoje formado por José Luis Braga (voz, guitarra e violão), Bruno de Oliveira (contrabaixo), Luiz Gabriel Lopes (voz e guitarra), Luiza Brina (voz, percussão, escaleta e cavaquinho), Ygor Rajão (trompete, teclado e escaleta) e Yuri Vellasco (bateria). A riqueza de timbres e de arranjos, a construção das letras, as apropriações de temas alheios e a técnica dos músicos são alguns dos pontos que justificam o fato do Graveola ser uma banda adorada pelo público cuja empatia aflora nas baladas; que dança e se perde nas quebras de ritmo, mas mesmo assim continua o movimento; que grita histericamente demonstrando a relação sentimental com a banda e que repete o maior clichê da geração

Foto: Frederico Reis

TULIO MOURÃO atrai a atenção do público durante sua performance musical

palco, pular e abraçar uns aos outros. Uma das principais características que se mantêm é a “colagem musical”, ou seja, eles recriam sucessos a partir de um novo olhar para o que já existe. A música instrumental de Túlio Mourão se apóia numa consistente construção melódica. O exercício e a vivência como premiado autor de trilhas sonoras lhe permite criar temas que estão muito longe de meros pretextos para improvisação. Túlio busca um perfil pessoal e original dentro da música instrumental brasileira, metabolizando elementos que vão da música erudita aos cânticos religiosos da tradição sacra e popular de Minas Gerais. O pianista exercita um perfil mais brasileiro e rítmico através de uma estimulante dinâmica entre a mão esquerda e direita, resultando numa síntese batizada de jazz mineiro.

Outro encontro musical concorrido no sábado dia 01 de fevereiro, reuniu Erika Machado e Fernanda Takai no palco Cine BNDES na praça. Érika prepara seu novo trabalho, um CD infantil com previsão de lançamento para setembro de 2014. Para o evento, a cantora mineira convidou a colega Fernanda Takai, relembrando algumas das canções já gravadas em seus dois álbuns já lançados e algumas de suas novas canções. Também se apresentaram Gustavo Figueiredo e trio, e suas instigantes colagens musicais, o talentoso Ricardo Nazar e seu irresistível cover de Chico Buarque, a banda Transmissor e o cantor Lucas Avelar, que apresentou seu novo disco “Coisa de Cinema”. Os DJS Amplis e Carou completaram a festa das noites da 17ª Mostra de Cinema de Tiradentes com muita música e um espírito agitado.

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MOSTRINHA

Diversão para a família toda

PÚBLICO LOTA Mostrinha de Cinema, evento para crianças da 17ª Mostra

NO CINE TENDA Crianças são animadas durante o filme “Tainá - A origem”

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Foto: Beni Júnior / Universo Produções

Foto: Beni Júnior / Universo Produções

Evento durante a 17ª Mostra de Cinema de Tiradentes divertiu crianças e adultos Por Sílvia Reis

A 17ª Mostra de Cinema de Tiradentes traz diversão para a família toda. Durante o evento foram exibidos 10 filmes que encantaram a garotada. Entre os filmes mais esperados pelo público infantil estavam “Tainá - A Origem”, com direção de Rosane Svartman e a animação “A floresta é nossa”, do diretor Paulo Munhoz. O primeiro longa-metragem brasileiro, “Tainá - A Origem”, conta a vida da pequena índia Tainá e sua luta contra os piratas da biodiversidade. “A floresta é nossa”, sequência do filme “Brichos” de 2006, narra história dos habitantes da Vila dos Brichos, que precisam decidir o futura da sua cidade, ameaçada de perder sua floresta. Além das projeções cinematograficas, mais um atrativo uniu o público infantil durante a sessões de cinema: a Turma da Pipoca. Famosa entre a garotada, a Turma da Pipoca agitou os pequenos cineastas durante a apresentação do filme. A Turma é composta pelos personagens: Pipoca, Lúcio, o Lanterninha, Maria, a Baleira, Juca, o Projecionista e o Dudu - os guardiões do cinema, e o diretor Nando, a produtora Fefa, o ator Jorge e a atriz Lia e a assistente Flor - os protagonistas do cinema. Os personagens estiveram presentes nas sessões de cinema interagindo, divertindo e informando o publico infantil. De acordo com as crianças entrevistadas, “o mais divertido é que você assiste ao filme ao lado de algum destes personagens”.


Outra atração destinada ao público infantil foi o show na praça da Érika Machado e da Fernanda Takai. Reconhecida pela crítica desde o primeiro trabalho Érika Machado, prepara um novo trabalho dirigido ao público infantil. No show as artistas animaram a tarde das crianças com muita música e diversão. Os pais também disseram ter gostado muito da apresentação musical, “ este é um momento único, minha filha está super feliz”, afirmou Josiane ao ver a filha impolgada com as músicas da cantora. A Mostrinha proporcionou ao público infantil momentos de descontração e diversão durante a 17ª Mostra de Cinema de Tiradentes, momentos esses que não voltam, mas podem ser proporcionados de novo nas próximas edições da Mostra.

Foto: Leo Lara / Universo Produções

BRICHOS - A FLORESTA É NOSSA turminha animou as crianças na Mostra Foto: Leo Lara / Universo Produções

A Mostrinha proporcionou ao público infantil momentos de descontração e diversão durante a 17ª Mostra de Cinema de Tiradentes.

Foto: Beni Júnior / Universo Produções

Um estilo humorístico, que lhe é peculiar, o músico, cantor, ator e compositor, é um dos mais populares e completos artistas da atualidade. Alegre e carismático, dono de uma técnica atípica e original em tudo o que faz, o artista desenvolve uma arte multifacetada, com coerência e persistência, sempre fiel às suas crenças. A criatividade ilimitada torna-o um artista genuinamente brasileiro, que atinge a universalidade da arte através de sua força, sinceridade e avidez em preservar suas raízes e disseminar sua arte pelo mundo.

CRIANÇAS SE DIVERTEM durante a apresentação de “Brichos” na Mostra

TAINÁ - A ORIGEM Foto tirada durante a apresentação do filme na Mostrinha

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FOTO Foto: Sílvia Reis

NA FILA DA ARTE Espectadores aguardam a cerimônia de abertura da 17ª Mostra de Cinema de Tiradentes


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