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Editorial Artur Bacelar. Jornalista, Director de Informação A passos largos caminhamos para a maior festa do ano: O Natal. Não sei se será das temperaturas anormalmente quentes para a época, mas o tempo passa a uma velocidade vertiginosa, aproximando cada vez mais, em termos meteorológicos, o Setembro do Dezembro. Certo é que já estamos de novo naquela época mágica para as crianças, de solidariedade para os adultos. O tempo vai passando e durante todo o ano, em especial nesta altura, devemos questionar-nos sobre o que andamos a
fazer, numa espécie de retiro espiritual, em que as nossas vidas e as que influenciamos, são passadas a pente fino. Esta é por excelência uma época de oportunidades. Oportunidades para nos estabelecermos de bem com a comunidade, emendar erros e ter o dom de perdoar, dar segundas oportunidades a quem juramos não o fazer, colocar de parte pequenas querelas que vão consumindo espaço nas nossas mentes que deveriam ser ocupados com a felicidade.
A felicidade é isso mesmo. É estarmos de bem connosco e com os que nos rodeiam. A felicidade não assenta em bens materiais. A felicidade muitas vezes assenta numas palavras ou num aconchegante abraço. A felicidade previne o arrependimento quando alguém parte e isso acontece todos os dias, sem hora e data marcada. Perante isto só nos resta desejar que sejam felizes e que gozem um Santo Natal e um óptimo ano de 2017.
Revista Especial Natal 2016 parte integrante da edição 409 de 16 Dezembro 2016 Ficha Técnica Edição Departamento de Edições Especiais do Jornal MaiaHoje Rua Pedro Julião, 114 - R/c Maia - Tel 22 406 21 26 geral@maiahoje.pt www.maiahoje.pt /maiahoje oficial
Coordenação Manuela Sá Bacelar Director Artur Bacelar Design & Paginação Cátia Soares José Machado
Reportagem e textos A. Maia Marques Domingos Silva Tiago Joana Marques Júlio Sá Ornelas Lília Andrade Manuel Jorge Costa Paulo Pinheiro
Rui Ribeiro Vitor Dias Comercial José Manuel Pinto Ferreira da Silva Impressão Publireferência - Maia Tiragem 10.000 exemplares
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Do simbolismo à concretude do Natal António Silva Tiago, Vice-presidente da Câmara Municipal da Maia
Chegados a esta quadra natalícia, somos habitualmente convocados para endereçarmos uns aos outros, palavras de afeto e aconchego. Na verdade, o espírito do Natal impele-nos à renovação e à partilha. Embora possa ser um lugar comum, desejarmos reciprocamente, bens tão essenciais como a Paz e a harmonia, o certo é que neste tempo tão especial, nos senti-
mos particularmente sensíveis ao significado simbólico dessas mensagens que o Natal nos propicia. Para mim que nasci no seio de uma família Cristã Católica, o Natal sempre foi um tempo de celebração e de festa, em que a solidariedade para com os mais desprotegidos, carenciados e enfermos, assumia uma concretude invulgar. Recordo que na minha infância, eu próprio
participava nos gestos que os meus pais e avós tinham para com aqueles a quem era preciso ajudar a combater a exclusão, a solidão e a carência. Estou hoje tão grato aos meus pais e avós, pela forma como me educaram, não apenas pela palavra, mas sobretudo pelo exemplo concreto dos seus gestos. Gestos de pessoas que olhavam a realidade à sua volta, com os olhos do coração. Creio que sem dispensarmos de modo algum, o calor de uma palavra amiga e terna, nunca devemos esquecer de dar concretude aos nossos sentimentos. E nesta quadra do Natal, como ao longo do ano inteiro, sejamos capazes de estar onde a nossa presença e os nossos gestos são úteis e reconfortantes para quem deles precisa. A todas as pessoas e famílias que integram a nossa comunidade concelhia da Maia, desejo um Santo Natal e um Ano Novo de 2017, pleno de boa saúde, muita Paz, harmonia e felicidades. Com um fraterno abraço de amizade.
ESPECIAL NATAL 2016 // 05 As aventuras do Jornalista André Loureiro
Aventura na Maia Quarto conto original de Zé Machado, pseudónimo de Artur Bacelar, jornalista.
André Oliveira Loureiro, português, jornalista de investigação do “The Yomiuri Shimbum”, jornal de Tóquio, Japão, fundado em 1874, tido como o que tem a maior tiragem do mundo, actualmente cerca de 15 milhões de exemplares, diários, em duas edições, matinal e vespertina, é um jovem de 30 anos, bem-parecido, atraente, sempre impecavelmente vestido, conhecedor da realidade mundial, dado que esteve em vários continentes em missões especiais da Nato, ao serviço dos fuzileiros portugueses. Com o posto de Capitão-tenente, o comandante Loureiro, como era conhecido, é especialista em luta corpo-a-corpo e um exímio “sniper”. Já como jornalista, em aventuras passadas, salvou a princesa Isabel Helena Garibaldi, do Mónaco, sendo agora sua noiva, de uma tentativa de assassinato (aventura em Longyearburn) e a Europa de uma guerra nuclear (aventura em Moscovo). Sem preocupações financeiras, dado que é multimilionário, o seu refúgio é a Quinta da Família em Mondim de Basto, onde passa férias, e usufruindo da calma do local, retempera baterias. A
sua habitação permanente é numa pequena Quinta situada no centro da calma e hospitaleira cidade da Maia. Estamos na manhã de 24 de Dezembro.O sol nasce radioso na cidade da Maia e André desperta com os primeiros raios de luz e mentalmente percorre a sua agenda para o dia. Sai-lhe um sorriso… é véspera de Natal, afinal o dia em que a família se junta para uma animada noite de celebração da vida, nada de especial para fazer. Depois do pequeno almoço, sai em roupão para o magnifico jardim, que percorre lentamente com um “expresso” na mão, apreciando o chilrear das aves que ainda habitam o centro da Maia. O sol, quente para a época, subitamente dá lugar a nuvens ameaçadoras, a temperatura desce abruptamente e nem o café quente já consegue aquecer André que volta rapidamente para dentro de portas. Enquanto se veste, assiste atónito pela ampla janela do seu quarto à anormal queda dos primeiros flocos de neve. - Humm parece que vamos ter um Natal nórdico! Sorriu a pensar nas crianças que já pulavam nas ruas em batalhas de neve.
A tempestade adensa-se e André fica preocupado pois tinha planeado ir de helicóptero de Vilar de Luz até à Quinta da família em Mondim. Toca o telefone… é do jornal. - André, algo se passa na Europa, subitamente uma frente polar avançou até África, de tal forma que já neva na Mauritânia, Arábia Saudita, Índia e em mais de metade da China. O que sabemos é que algo se passou em Rostov na Federação Russa, fronteira com a Ucrânia e que envolverá um ataque terrorista do ISIS que está a provocar tudo isto. Ainda tens condições para viajar? Questionou o director. - Bem, ainda estou em casa, mas a avaliar pela quantidade de neve e visibilidade, não conseguirei voar e duvido que o meu avião aguente tal viagem, disse André. - Ok. Vamos informando. Fica alerta e… Feliz Natal!, disse em tom de gozo. - Sim… desejamos (We wish)…, respondeu a sorrir. A temperatura baixou para os 4 graus negativos, a neve continua a cair, André chega à garagem e viu-se impedido de sair com o seu novíssimo Volvo S90, ao lado estava o outro “90” o XC de tracção
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integral que facilmente vence as dificuldades. Prepara-se para com o seu “smartphone” ligar o veiculo, aquecer antecipadamente o interior e programar as definições para enfrentar a tempestade. No sistema de som ouve-se um aviso da Protecção Civil Maiata, para que a população não saia de casa até nova ordem. O seu instinto de “fuzileiro” e sobrevivência, aconselha-o a equipar-se para o pior. Nestas situações, é sabido nos países onde estas tempestades são frequentes, que se deve equipar o veiculo com o máximo de combustível, mantas, água, bolachas, chocolates, pilhas, baterias, cordas, telefones, rádio CB, kit de enfermagem e tudo o que possa ser necessário para sobreviver dois ou três dias sem assistência. Reúne todo o material, baixa os bancos de trás e carrega o veículo com tudo o que tem disponível para prestar auxilio e sobreviver, tomando o rumo da sede da Protecção Civil. Já na rua tenta percorrer os cerca de dois quilómetros que o separa do centro da cidade e o cenário é desolador. Com alguma dificuldade graças à po-
tência do veiculo, consegue percorrer cerca de um quilómetro. Trânsito completamente parado, neve por todo o lado que supera a altura dos pneus e uma escuridão apenas cortada pelo brilho das luzes de presença dos veículos. André acompanha a evolução do tempo graças ao “tablet” com ligação satélite do painel do seu Volvo. - Raios! Isto está mau e vai continuar. As centenas de pessoas que estão na rua não vão resistir, não estão preparadas! Uma hora depois, a neve continua a cair. André sai fora da viatura, afunda-se literalmente na espessa neve e começa por verificar o carro da frente que tinha ficado subitamente sem luzes. Ao volante estava uma jovem desfalecida. Abriu a custo a porta e transportou-a para o seu veiculo. Após uns minutos de calor, a jovem acordou com frio e agradeceu. André estendeu-lhe uma caneca de chocolate quente que lhe veio colocar as faces rosadas. - Obrigado! Entrei em hipotermia sem dar por ela. Estava com muito frio e deixei de lutar. Quase senti um alívio e desfaleci, disse.
- Estava a ficar preocupado. O meu nome é André, sou jornalista e estava a caminho da Protecção Civil para saber em que podia ajudar e também fiquei preso. - Coincidência, disse a jovem já a sorrir, PUB
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estou de folga e pensei fazer o mesmo. Chamo-me Daniela e sou enfermeira. - Já tinha reparado pelo cartão que tem no casaco. Sorriu André. Sente-se melhor? - Quase a 100%. Meu Deus, dezenas de
pessoas aqui na rua devem estar a precisar de ajuda e nós sem podermos fazer nada! - Nada? Tem a certeza? Disse André olhando para os equipamentos e mantimentos na parte de trás. - Oh! Mas é fantástico! Disse a enfermeira tentando abrir apressadamente a porta do carro. - Calma! Primeiro vai vestir este macacão Polar para garantir que não vai voltar a desfalecer e depois vamos a isso. Cerca de 10 minutos depois André e Daniela vão, recolhendo um a um,os passageiros dos carros à sua frente e levam-nos para o interior de um prédio. No edifício Daniela prepara uma pequena triagem e André recruta, entre os já restabelecidos, para o ajudarem a transportar os materiais e fazer a ronda pelos veículos. A tarefa é hercúlea e umas dezenas de pessoas a salvo depois, André já tinha formado uma equipa que executa o salvamento na perfeição, deixando tempo para os mais desgastados descansarem. Uma equipa de reportagem do MaiaHojeTV, monta no prédio uma pequena base e utilizando os seus Drones per-
corre a área coordenando as missões de salvamento, chegando primeiro aos casos mais urgentes. Um pouco mais livre, André volta ao XC90 que, ao sinal emitido pelo smartphone, automaticamente voltou a ligarse e aqueceu o interior. Ligou o “Tablet” e pelas imagens satélites percebeu que a situação continua. Mesmo longe de Rostov, André não consegue desligar-se do trabalho e faz uma ligação satélite para um seu contacto Russo. - “Dobryy den'” (Bom dia) Maxim. Então vocês estão a invadir a Europa com o Clima, “moy drug” (meu amigo)? - “Net, nikto iz etogo” (Não! Nada disso!). O que se passou é que no Centro Europeu Experimental de Energia Magnética (CEMAG), que visitaste há alguns meses, uma das plataformas atómicas ficou descontrolada e enviou para a atmosfera uma grande quantidade de elétrons que uniram as nuvens e criaram esta supertempestade polar que replicou as nossas condições atmosféricas. Aqui, agora, pelo contrário, num raio de 50 quilómetros, estamos com um Sol radioso e temperaturas acima dos 30
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graus. Os cientistas estão a trabalhar, mas não conseguem inverter a polaridade com a potência necessária, disse Maxim. - “Drug” (amigo), conheço o António, um jovem investigador Português que está na Antártida a estudar a inversão de polaridades para os Italianos e acho que pode ajudar. Consegues colocar-me em contacto com o professor Malkovich, chefe da CEMAG, que eu faço a ligação com a Antártida? - “Konechno da” (claro que sim)… está aqui mesmo ao lado. Faça a ligação com o seu professor porque vou colocar em alta voz no Centro de Crise. André faz a ligação e estabelece uma conferência a partir do seu carro. A conversa desenrola-se, os Russos explicam o problema. André faz a tradução simultânea. Ouve-se uma sonora gargalhada oriunda da Antártida. - Mas é simples! Gritou o professor e André traduziu “No eto prosto!” - Já experimentaram desligar o equipamento? É que se desligarem, a carga negativa na atmosfera vai ser atraída pela carga positiva da terra e os sistemas vão se neutralizando obrigando a tudo voltar ao normal! Nada mais simples!, disse António. André traduziu, ouviu-se um profundo silêncio e depois um forte burburinho. - “Chto eto takoye?” (Que se passa?), questionou André. - “YA ne znayu” (Não sei), disse Maxim que continuou, o professor Malkovich saiu a correr e agora faltou a luz… Seguiu-se um novo silêncio. “Slava bogu” gritou Maxim. - André, o professor desligou o sistema, formou-se uma espécie de redemoinho, o céu está a ficar escuro e a temperatura
está a descer muito. “Nam udalos', Nam udalos'” (conseguimos, conseguimos)! Não parava de gritar Maxim no meio de uma festa aparente. “Spasibo moim druz'yam, portugal'skiye!” (obrigado meus amigos portugueses!). Através do sistema do carro André confirma que a tempestade terminou e nas zonas africanas já a neve derrete com muita intensidade e rapidez. Aproveita e faz a notícia para o “The Yomiuri Shimbum” que envia por email para o director. - “Kon'nichiwa direkutā” (olá director), recebeu o meu email? Disse André ao telefone. - “Subarashīdesu” (fantástico) André! Tu és mesmo incrível! - Claro, não se esqueça dessas palavras na hora de passar o cheque, brincou o jornalista. - Com todo o gosto! Ganhas mais que o teu Ronaldo, mas o nosso jornal não seria o que é sem as tuas histórias. A redacção curva-se perante o seu líder e deseja-te Feliz Natal (Merīkurisumasu), disse o director. - “Merīkurisumasu” também para vocês todos. - Na edição Internet do “Shimbum” lê-se nas parangonas “Exclusivo - Acidente Nuclear causa o caos no planeta, pelo jornalista André Oliveira Loureiro”. André olha em frente e vê a neve que continua a cair intensamente. Fecha os olhos por uns segundos, reflete, respira fundo e ao abrir de novo os olhos, a neve já não cai e ao longe como uma cortina a varrer o céu, as nuvens vão recolhendo e o sol começa a brilhar. O nosso jornalista sai do carro, vê a
equipa que treinou atarefada na missão solidária de salvamento e chega ao prédio onde dezenas de crianças já brincam alegremente. Daniela, a enfermeira que organizou o “hospital de campanha” abraçou André com muita força. - Não calculas as pessoas que acabamos de salvar! E tudo graças a ti que me ajudaste e que tinhas os materiais apropriados, disse Daniela. - Aprendi muito no meu trabalho e não fiz mais do que qualquer um de vocês. Fui o mensageiro de uma energia única, que existe apenas nesta época mágica. Ouve-se já o helicóptero da Protecção Civil Maiata que do alto avalia a situação e envia os meios necessários. Tudo correu bem e todos recuperaram. Ficaram com uma história para contar a netos e que passará de geração em geração na noite de Natal. Com isto, eram já 17 horas. André foi directamente para Vilar de Luz, de onde pilotou o seu helicóptero até à Quinta de Mondim. Ao chegar, já de noite, é recebido pela queda de pequenos flocos de neve, naturais para a época, que anima as inocentes crianças da família. O helicóptero pousa e Isabel, a sua noiva, recebe-o com um demorado beijo. - O que se passou hoje tem dedinho teu não é verdade? Depois contas-me ao jantar. Bem-vindo meu amor, disse a princesa. - Nem imaginas, respondeu André que caminha abraçado em direcção á famosa cozinha da Avó Emília, sua mãe. Feliz Natal, a magia continua!
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O Natal, a Norte, na segunda metade do século XIX.
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José Maia Marques, historiador
Quando falamos sobre o Natal corremos sempre o risco de sermos repetitivos. Ou porque é o Natal da nossa infância, ou porque é o espírito de Natal versus as compras de natal, ou porque é o Natal como festa da família, e por aí adiante. Este ano, para não maçar as leitoras e os leitores, resolvi socorrerme d’O Tripeiro, essa revista que é (foi?) um excelente repositório de usos, costumes, tradições, figuras, da história local, não só do Porto como da sua região. E encontramos aí vastas referências à quadra natalícia. Referências que dariam para várias destas crónicas. Por isso, tive de fazer uma escolha, e respigo aqui apenas duas referências. Em 1865, nas suas Crónicas Portuenses, Ramalho Ortigão falava da antiga ceia de Natal nos velhos costumes do Porto: “Como eram características, como eram típicas, aquelas clássicas guloseimas que a gente não tornava a comer em nenhum outro dia do ano! Os mexidos, as rabanadas, os bolinhos de bolina e as orelhas de abade… oh! As orelhas de abade principalmente, aquele gordo acepipe cujo título é a melhor recomendação do seu caráter suculento e sério”. “É que a ceia de Natal é apenas um pretexto para uma reunião solene em que se comemoram os fastos domésticos com uma simplicidade e uma singeleza já muito rara nesta era de vil e afetada prosa”. “Assentem no que quiserem, que eu para mim entenderei sempre que a árvore de Natal da Alemanha não vale a ceia de Natal portuguesa”. [O Tripeiro, V série, Ano VIII, pág. 279] Sousa Viterbo, em 1895, escrevia sobre o Natal do Porto. E referia a primazia do bacalhau: “No Porto – e dizer o Porto é dizer o Norte – o bacalhau é que triunfa. Manda-se de presente um costal de bacalhau como quem manda um casal de perus. A culinária transforma-o nos mais variados acepipes. Os mais pobres contentam-se com bacalhau cozido, ladeado pelos belos olhos de couves galegas e cebolas. Dias antes da festa todas as famílias se preocupam em lançar de molho o valoroso peixe da Terra-Nova. […] Era também usança tradicional no Porto armar-se no coração da cidade, na Praça de D. Pedro, uma feira sui-generis onde se vendiam os produtos mais genuínos da confeitaria popular: o pão de ló coberto, em forma de coração, com pombinhas e dísticos apropriados, a nogada, grosseira mas saborosa imitação do torrão de Alicante e uns bonecos de massa bastante dura, de formas originais, como esses que aparecem nas padarias lisbonenses mas cobertos de açúcar e dourados por partes, como as antigas estátuas de mármore”. [O Tripeiro, V série, Ano I, pág. 171]. Afinal, passados todos estes anos (150 num caso e 120 noutro), o caráter familiar, os doces, as preocupações, parecem as mesmas. Mas o «espírito de Natal», esse mudou radicalmente. E para pior. Bom Natal para todos.
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Josefa - Nome de esperança Sebastião Lapa Josefa andava muito apressada para despachar a lida de casa, é que logo depois do jantar, assim que deitasse os filhos tinha um compromisso ao qual sabia que não podia faltar. Após deitar o Zézinho, seu filho mais novo, agarrou uns sacos que já tinha à porta, fez algumas recomendações ao marido e saiu rumo ao salão paroquial, mesmo ao lado da Igreja Matriz de São
os sem abrigo, fazer perguntas ou atuar de forma a que pudessem sentir-se intimidados e desse modo afugentar as pessoas. Na verdade, Josefa ficou visivelmente impressionada com o estado daquela mulher, e esquecendo as regras do “modus operandi” da Mão Amiga, perguntou-lhe o nome e de quantos meses estava.
João da Boavista. Ao chegar, cumprimentou as pessoas que, entretanto, já a esperavam, e começou de imediato a organizar o trabalho. Daí a menos de meia-hora, estavam todos prontos para ir para a rua cumprir a outra parte da sua missão. Naquela noite o giro ia passar por uma das ruas mais problemáticas da cidade. Após as três primeiras paragens, Josefa reparou que no grupo dos indigentes que se acercavam da carrinha da Mão Amiga, havia uma cara nova que nunca tinha sido vista por ali. Josefa apressou-se a acolhê-la com uma palavra mais afável e terna, talvez sensibilizada pelo facto da jovem mulher estar grávida de vários meses. Embora a praxis da Mão Amiga não tivesse na sua forma de se relacionar com
Maria respondeu-lhe que talvez estivesse no fim do tempo. Aquela dúvida, aquele talvez, não deixou Josefa indiferente, pelo contrário, ficou ainda mais incomodada que antes, questionando Maria, sobre o lugar onde iria pernoitar e se estava a ter algum tipo de acompanhamento médico. Diante a resposta que recebeu de Maria, não hesitou um segundo e disse aos companheiros da carrinha da Mão Amiga, para seguirem com o resto do giro que ela depois daria notícias. A carrinha seguiu viagem, e Josefa ficou ali a conversar com Maria, para melhor compreender a sua vida. Maria, ainda que muito a custo, lá foi desfiando a sua história de vida. De uma vida capturada pelas dependências de drogas e de escolhas erradas.
Com uma serena suavidade, o decorrer da conversa deu para que Josefa percebesse que a família de Maria, o pai da criança que estava para nascer e toda a sociedade lhe viraram a cara e fecharam as portas. Por isso ali estava, só, abandonada e prestes a dar à luz. Calmamente, Josefa, foi convencendo Maria que o melhor estava para vir, e que ela não podia ficar ali na rua. Não apenas por ela, mas também pelo filho que trazia no ventre. A desesperança de Maria era grande, embora expressasse um misto de sentimentos contraditórios. E Josefa ao perceber isso, sabia que tinha de puxar pelos sentimentos mais positivos, ajudando-a a recuperar a esperança. Esperança que foi devolvendo a Maria, pela via da confiança. Uma confiança que Josefa rapidamente conquistou, porque as respostas que queria nunca lhe foram dadas em retorno a perguntas, e além do mais, nunca houve nenhuma palavra dela que pudesse soar a juízo de valor ou a recriminação. Ao contrário disso, Josefa fazia questão de expressar compreensão, acolhimento e conforto. Ligou para casa, pediu ao marido para avisar a mãe que tinha de sair e disse-lhe onde estava e esperou que ele as fosse buscar. Um quarto de hora mais tarde, António parou o carro junto a Josefa e a Maria e as duas entraram no carro. Josefa apresentou Maria ou marido, e ele sem fazer qualquer pergunta, foi tomando consciência da situação de Maria, disse a Josefa que no dia seguinte as levaria para o Hospital e falaria com uma colega obstetra para ver e acompanhar a Maria. Quando chegaram a casa, acomodaram Maria no quarto das visitas, deram-lhe um chá com uns biscoitos, depois dela ter tomado um reconfortante banho. Na manhã seguinte, ao pequeno-almoço, Josefa apresentou Maria aos seus cinco filhos, que ficaram entusiasmadíssimos com a ideia de ter mais uma pessoa à mesa.
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ESPECIAL NATAL 2016 // 11 À medida que a convivência ia evoluindo, Josefa e a família iam sabendo mais e mais acerca da Maria. Para grande surpresa de todos, Maria sabia tocar piano e tinha sido professora de Música durante alguns anos, até a sua vida entrar por um caminho errante. Como havia um piano lá em casa, onde o pai e duas das filhas tocavam regularmente, certo dia, quando Josefa entrou em casa ouviu uma música que nunca tinha escutado e pensando que o marido já tinha acabado as consultas no hospital, começou a chamar por ele. Para seu espanto, quando chegou à biblioteca, lá estava Maria a tocar um dos temas dos musicais de Natal da Disney. Josefa assim que Maria acabou, aplaudiu vibrantemente e elogiou-a, expressando a sua alegria por vê-la entusiasmada com a Música. De seguida, foram as duas para a cozinha e durante um agradável lanche, tiveram uma longa conversa, e Josefa começou a estimular Maria para abraçar uma vida nova, deixando muito claro que ela fazia já parte daquela família, tal era o carinho e amizade que todos lhe tinham, particularmente as crianças.
Josefa preveniu Maria, para que no dia seguinte, depois do almoço estivesse pronta, porque tinha combinado ir às compras para o bebé. Maria estava incrédula com tudo o que lhe estava a acontecer, e insistia que não era preciso tanto, pois só o facto de lhe darem guarida já era uma coisa extraordinária. Dali até ao Natal foi um saltinho de pardal. A meio da azáfama dos preparativos para a ceia de Natal, Maria que estava na cozinha a ajudar na confecção dos doces da época, deitou as mãos à barriga e frangiu o sobreolho. Josefa sempre muito atenta, apressou-se a serená-la. Mas as dores das contracções intensificavam-se, até que Maria disse que achava que lhe tinham rebentado às águas. Josefa, sempre com um ar tranquilo, ligou para António e confirmando que ele ainda estava no hospital, disse-lhe para aguardar que ia já para lá com a Maria, pois ela tinha entrado em trabalho de parto. A avó Efigénia, disse a Josefa que fizesse tudo o que tinha de ser feito e não se
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preocupasse com os miúdos que ela trataria de tudo. Maria deu entrada no hospital e foi direta para a sala de partos, embora a obstetra dissesse que estava um pouco demorado. Faltava meia hora para a meia noite, quando Maria deu à luz uma menina, nascida de parto natural. Josefa ligou para casa a dar a notícia, onde a criançada exultou de alegria, saltando, cantando e dançando como se lhes tivesse nascido uma irmã. Estavam tão felizes que nem se deram conta que aquela era a noite de Natal. Quando Maria foi para o recobro, António e Josefa foram dar-lhe uma palavra de aconchego e carinho e depois seguiram para casa, onde a família ainda os aguardava para a ceia e para a partilha dos presentes. Na manhã de Natal, Josefa e António vol-
taram ao hospital para ver Maria, que os recebeu já no quarto, com um sorriso rasgado, feliz com a sua menina ali mesmo ao lado, a dormir no berço. Dois dias depois, Maria regressou àquela que era agora a sua casa. Na noite de Reis, Josefa organizou uma ceia festiva. A avó Efigénia tinha sido a responsável pelos cozinhados. Cozinhados que não se confecionaram apenas nas panelas, porque alguma coisa de mais saboroso e extraordinário estaria para acontecer. António e os cinco filhos, mais a Maria e a bebé foram dar uma volta no parque ajardinado que havia ali perto de casa. Quando entraram em casa, de regresso do passeio ao ar livre, Maria foi para o quarto para cuidar da bebé, cujo nome tinha encarregado os amigos de escolherem, e a quem tinha convidado para serem os padrinhos de batismo da me-
nina. António disse ao filho mais novo, Zé Paulo, para ir chamar Maria ao quarto que o jantar ia ser servido. Entretanto, alguém toca à Campainha, e é recebido à porta pela avó Efigénia. Assim que Maria desce e entra na sala de jantar com a filha ao colo, depara-se com um casal mesmo diante de si. “mãe!... Pai!...”. “Minha filha!...” Os pais, filha e neta, com os olhos rasos de água, abraçam-se e beijam-se de uma forma tão emocionante que o pequeno Zé Paulo desata a dizer bem alto: - “…palmas, palmas, palmas”…”. Maria contou aos pais tudo o que se tinha passado, e com a voz embargada ia pedindo perdão aos pais pelo sofrimento que já lhes tinha causado, ao que eles retorquiam, que também tinham de lhe pedir perdão, por tê-la abandonado quando mais ela precisava do amor da mãe e do pai. Maria pergunta a Josefa se já tinha pensado no nome. Antes que a mãe respondesse, o benjamim da família nem a deixou respirar e disse: -“nasceu no Natal tem de ser…” A irmã mais velha, Margarida, antes que ele acabasse, exclamou: - “…não Zézinho, não, Natália não!...”. Zé Paulo que apesar do seu palmo e meio não se deixava ficar, disse-lhe: - “… não sejas tontinha… a filha da Maria vai chamar-se Josefa e pronto!...” Maria, acenou com a cabeça concordando com Zé Paulo, e expressou que dar o nome de Josefa à filha era a maior homenagem que podia prestar ao anjo que lhe apareceu naquela noite na rua, saída da carrinha da Mão Amiga, para lhe devolver a dignidade e principalmente a esperança. PUB
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A Utilidade dos Brinquedos e dos Valores Psicologia do Natal
Na época natalícia, cada família vive a celebração desta época, segundo a sua idiossincrasia, ou seja, cada família é única, especial, com características muito próprias, é autêntica e por isso tem os seus modos particulares e peculiares de viver esta altura, por isso mesmo, torna-se conveniente que cada elemento por si só, encontre um significado próprio nesta celebração familiar. Neste artigo de opinião, irei abordar a questão relacionada com os presentes e a sua importância nomeadamente dos brinquedos para as crianças, assim como, e essencialmente os valores transmitidos nesta época. Relativamente aos brinquedos e jogos sempre foram dos presentes mais pedidos pelas crianças, e se, o excesso destes presentes é contraproducente, uma
vez que se perde a validade do mesmo pela sua banalização, contudo, de forma regrada, o brinquedos/jogo permitem às crianças divertirem-se enquanto, ao mesmo tempo, as ensinam sobre um dado assunto. E neste campo é útil escolher um presente que a criança possa explorar e dedicar-lhe tempo, e se assim acontecer, saberá por esse feedback, que foi uma boa escolha. Brinquedos muitas vezes ajudam no desenvolvimento da vida social da criança, no seu crescimento psico-emocional, no desenvolvimento da sua criatividade, imaginação, especialmente aquelas usadas em jogos cooperativos, e porque não neste natal oferecer ao seu filho, afilhado, sobrinho, etc…, um brinquedo ou jogo em que essa parte lúdica possa ser desenvolvida através da inte-
ração entre todos os familiares, e neste campo, não será necessário grande despendido de dinheiro, uma vez que são vários os artigos disponíveis no mercado para o efeito, e que será possível encontrar artigos de acordo com as suas possibilidades. Numa fase em que a vida social das crianças esta cada vez mais destinadas às instituições (escola, ATL, salas de estudo, etc…), esta poderá ser uma boa altura, para pais promoverem junto das crianças laços afetivos mais securizantes, assim como, a partilha de valores,. Os brinquedos/jogos podem muito bem ser um veículo para essa promoção e interação. Posto isto, mais do que esbanjar a criança com brinquedos, tente escolher, aquele, ou aqueles que poderão contribuir para o seu desenvolvimento. Conhecer a criança e os seus gostos e preferências poderá ajudar a escolher uma prenda adequada à idade. Para promover o seu desenvolvimento social, e, porque não a criança poder participar na discussão e escolha do seu presentes permitindo deste modo aso pais poderem, estipular regras e limites, de acordo com o seu orçamento. Aproveite esta época natalícia para promover as suas relações familiares mais coesas e felizes, e muito provavelmente o presente certo e os valores partilhados dessa interação, irão ser condimentos para acrescentar “brilho”, a esta época natalícia. Feliz Natal, Paulo Pinheiro Psicólogo Clinico/Hipnose Clinica
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NA CEIA DE NATAL PELO MUNDO... Brasil - A Farofa Ingredientes - 3 colheres (sopa) de manteiga - 1 cebola média picada - 1 colher (chá) de sal - Farinha de mandioca pouco torrada (do tipo cru) Modo de preparo Derreta a manteiga. Acrescente a cebola picada e deixe fritar em fogo brando, até ficar dourada. Aos poucos, junte o sal e farinha de mandioca, mexendo bem. Acrescente mais farinha até obter uma mistura bem solta e seca. Dica: Se quiser variar a farofa básica, prepare uma destas sugestões: Acrescente 1/2 xícara (chá) de uvas passas sem sementes;
Junte ovos cozidos e picados ou ovos mexidos; Acrescente ameixas pretas secas, picadas; Acrescente 1/2 xícara (chá) de azeitonas verdes picadas;
Junte miúdos de frango, ou de qualquer outra ave, cozidos, temperados e bem picados; Adicione 1 lingüiça frita e picada; Junte cenoura cozida, couve picadinha ou quiabos fritos.
Acrescente o pimento, a ervilha, o polvo e o arroz, deixando fritar durante 2 minutos. Junte o caldo do mexilhão, o açafrão e o sal e leve a cozer, em lume brando, durante 10 minutos. Caso seja necessário, adicione um pouco mais de água.
Adicione a lula e os camarões médios, deixando cozinhar 5 minutos. Acrescente os camarões grandes e o mexilhão, tape e deixe cozinhar mais 5 minutos. Retire a paella do calor e sirva.
Espanha - A Paella Ingredientes: Para 6 pessoas ½ chávena (chá) de azeite extra virgem - 1 cebola - 1 chávena (chá) de ervilhas - 1 colher (sopa) de açafrão em pó - 1 pimento vermelho picado - 3 chávenas (chá) de arroz - 3 dentes de alho - 300 g de camarões - 300 g de camarões grandes - 300 g de lulas cortada em anéis - 300 g de mexilhão com concha - 300 g de polvo em pedaços - 4 chávenas (chá) de água a ferver sal a gosto Confeção: Cozinhe o mexilhão na água a ferver, durante 10 minutos ou até as conchas se abrirem. Retire os mexilhões cujas conchas permanecerem fechadas. Escorra o caldo e reserve. Aqueça o azeite e refogue a cebola picada e o alho amassado.
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ESPECIAL NATAL 2016 // 15
Posta de Bacalhau Ingredientes: 4 boas postas de bacalhau, de preferência do lombo com cerca de 200 gr cada - 1,2 kg de batatas - 2 cebolas descascadas - 3 dentes de alho descascados - 1 pimento - 600 gr de tomate maduro - 1 folha de louro - 1,5 dl de vinho branco - 2 dl de azeite sal, pimenta e colorau q.b. - 2 ramos de salsa Confecção: Corte as cebolas em rodelas finas, os alhos em lâminas e o pimento em rodelas, retirando-lhes as sementes. Lave o tomate, retire-lhes os pés e corte-os às rodelas. Descasque as batatas, corte-as em gomos e tempere-as com sal, pimenta e um pouco de colorau. Disponha, no fundo do tabuleiro, metade das cebolas, dos alhos, do pimento, do tomate, do louro e um ramo de salsa. Logo na camada seguinte,
disponha ao centro o bacalhau já demolhado e em volta as batatas. Por cima, espalhe os restantes ingredientes, regue com o vinho e depois com o azeite. Leve o tabuleiro ao forno a
170º. De vez em quando, vire as batatas e regue-as com o próprio molho. Estará assado ao fim de cerca de 50 minutos. Serve-se no próprio tabuleiro.
de salsa picada. Ligue com os ovos batidos e a aguardente e tempere com sal, pimenta e noz-moscada. Feche a abertura com agulha e linha e deixe ficar algumas horas. Coloque o peru num tabuleiro, regueo com a restante manteiga derretida e
leve a assar em forno médio (180ºC). A meio da assadura refresque o peru com um pouco de vinho branco. Depois de assado, retire-lhes as linhas com que foi cosido e sirva-o acompanhado com ervilhas salteadas, cenouras estufadas e agriões frescos.
Perú Recheado Ingredientes: - 3 kg perú - 1dl aguardente - 50 g azeitona(s) - 1 cebola(s) - q.b. leite - 2 limões - 3 c. sopa manteiga - q.b. noz moscada - 2 ovos - 100 g pão - q.b. Pimenta - 50 g pinhões - 250 g carne de porco picada - q.b. sal - 1 c. sopa salsa picada - 50 g toucinho - q.b. vinho branco - 250 g fígado de vitela Preparação: Prepare o peru e ponha-o de molho, em água fria com os limões em rodelas, de um dia para o outro. No dia seguinte enxugue o peru e recheie-lhe o papo com a seguinte mistura: pique a cebola, aloure-a com uma colher de sopa de manteiga e junte as carnes, os pinhões, as azeitonas sem caroço, o miolo de pão amolecido com um pouco de leite e a colher de sopa
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ESPECIAL NATAL 2016
Vinhos para a sua Ceia A escolha é Branco ou Tinto? A Ceia de Natal “obriga” à escolha acertada de um bom vinho. No clubevinhos.com encontramos entre tintos e brancos, algumas sugestões que irão certamente dar “vida” à tradicional consoada, entre 3 e 10 euros. Fique a saber quais. Herdade das Servas 2008 Este é um vinho tinto alentejano que combina muito bem com o bacalhau cozido e os legumes que são servidos na ceia de Natal. Ele é composto por uvas das castas Aragonês, Touriga Nacional, Alicante Boushet e Syrah e apresenta um teor alcoólico de 15%. Trata-se de um vinho forte de cor rubi escura, tem um aroma a frutos vermelhos e um paladar final agradável e persistente. Preço médio: 10 euros Grão Vasco Dão 2006 O Grão Vasco Dão 2006 é um vinho tinto excecional que combina muito bem com qualquer tipo de refeição. Tem um teor alcoólico de 13%, apresenta uma cor rubi e um aroma a fruta vermelha madura. Tratase de um vinho equilibrado com um sabor final suave e delicado. Preço médio: 3 euros
Monte Velho O Monte Velho é um vinho tinto alentejano que dispensa apresentações, uma vez que se trata de um néctar que pode ser usado em todas as ocasiões, como por exemplo na ceia de Natal. Ele é composto pelas castas Aragonês, Trincadeira, Touriga Nacional e Syrah e tem um teor alcoólico de 14%. O seu sabor final é ligeiramente robusto graças aos aromas de frutos do bosque envoltos em subtis notas de tosta. Preço médio: 4 euros Mazouco 2007 O Mazouco é um vinho tinto extraordinário proveniente da região do Douro. Tratase de um vinho jovem e frutado com um sabor muito intenso. Ele tem um teor alcoólico de 13%, apresenta traços de sabor de ameixa preta e cereja, o que faz dele uma boa escolha para pratos de bacalhau compostos, como o Bacalhau Espiritual, e pratos de carne, como os que são feitos no forno. Preço médio: 4 euros Mundus Branco Leve O Mundus Branco Leve é um vinho branco
corrente com um aroma muito suave que é produzido na região da Estremadura. Ele tem um teor alcoólico de 9,5% e combina muito bem com os pratos de bacalhau, como o bacalhau com todos, uma vez que é bastante equilibrado e distinto. Preço médio: 2 euros Fiuza Sauvignon O Fiuza Sauvignon é um vinho branco suave de excelência que apresenta 12,5% de teor alcoólico. É, sem dúvida, uma excelente opção para acompanhar o tradicional prato de bacalhau com batatas cozidas na ceia de Natal, mas também combina muito bem com todo o tipo de pratos vegetarianos. Preço médio: 6 euros Serras de Azeitão O Serras de Azeitão é um vinho branco suave e de aroma frutado a citrinos, ananás e pêssego com notas florais. Trata-se de um néctar com 13,5% de teor alcoólico que combina muito bem com as entradas de marisco ou com os pratos mais requintados como por exemplo o Polvo à Lagareiro. Preço médio: 3 euros. PUB
ESPECIAL NATAL 2016 // 17 PUB
O Moinho - Padaria e Confeitaria Antรณnio Moutinho da Silva Desejamos a todos os nossos Clientes, Fornecedores e Amigos um Santo e Feliz Natal !
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ESPECIAL NATAL 2016
Doces de Natal Bolo de Laranja Ingredientes: - 250 g de manteiga - 250 g de açúcar - 1 pacote de açúcar baunilhado - 1/2 colher (de chá) de canela em pó - raspa de 1 laranja - uma pitada de sal - 4 ovos - 250 g de farinha - 1 colher (de sobremesa) de farinha maisena - 1 colher (de sobremesa) de fermento em pó - 200 g de frutos cristalizados Cobertura: - 125 g de açúcar em pó - 2 colheres (de sopa) de sumo de laranja Preparação: Bata a manteiga até ficar cremosa, adicione-lhe os açúcares, a canela, a raspa de laranja e o sal e mexa
muito bem. De seguida, acrescente os ovos, um a um, batendo entre cada adição. Peneire a farinha com a maisena e o fermento e envolva-os no preparado. Corte os frutos cristalizados em pequenos cubos e junteos à massa, reservando alguns pedaços para a decoração. Transfira para uma forma rectangular e leve ao forno, à temperatura de 175° C, durante 1 hora. Depois, desenforme-o e deixe arrefecer sobre uma rede de cozinha. Misture o açúcar em pó com o sumo de laranja até obter um glace cremoso e coloqueo num cartucho de papel vegetal. Decore o bolo com fios de glace e os frutos que reservou e sirva. Dica: Se lhe sobrar bolo para o dia seguinte e ele estiver ligeiramente seco, esprema 2 laranjas e verta o sumo das mesmas por cima do bolo.
Receita de Fritos de Abóbora Ingredientes - 1 kg de abóbora descascada e limpa - 500 gramas de farinha - 50 ml de leite - 6 ovos - 2 laranjas - 50 gramas de fermento de padeiro - Água, sal, açúcar, canela em pó e óleo q.b. Preparação Iniciamos esta receita por colocar a cozer a abóbora em água com sal, durante 20 minutos. Entretanto raspamos a casca de 2 laranjas e reservamos. Bem cozida a abóbora, escorremos
bem, juntamos o fermento de padeiro e a farinha e amassamos bem. Acrescentamos o leite, os ovos, a raspa das laranjas e continuamos a amassar. Tapamos com um pano e deixamos levedar, até duplicar de volume. Por fim, fritamos colheradas de massa em óleo bem quente. Passamos por papel absorvente para retirar o excesso de gordura e logo de seguida passamos por açúcar e canela em pó. Estão prontos a servir! Bom apetite! Receita para 12 porções /1H30M
Receita de Azevias Para o Recheio das Azevias: - 200 gramas de amêndoa moída (opção) - 4 ovos - 1 casca de limão - 1 kg de açúcar - 1 kg de grão cozido Para a Massa das Azevias: - 1 ovo - aguardente q.b. - sal q.b. - 500 gramas de agua - 300 gramas de banha - 1 kg de farinha sem fermento Preparação: Iniciamos a receita por tirar a casca ao grão e juntar açúcar, casca de limão e pau de canela. Deixar ao lume durante mais ou menos 1 hora mexendo muito
bem para não deixar pegar. Depois retiramos do lume, juntamos as gemas e a amêndoa(opção) e levar novamente ao lume para cozer as gemas. Depois é só deixar arrefecer e ficamos com o recheio pronto. Entretanto vamos preparando a massa, amassando a farinha e a banha até estarem muito bem misturadas, juntando também aos poucos a agua, a gema do ovo, aguardente, ate obter uma massa bem misturada e homogénea. Pode demorar 45 minutos. Esticar a massa, colocar porções de recheio separas, do tipo rissol, e dobre, cortando depois com um corte do tipo almofada. Fritar em óleo bem quente e passar por açúcar e canela.
ESPECIAL NATAL 2016 // 19
Aletria Doce Ingredientes: - 75 gr de aletria - 100 gr de açúcar - 4 gemas - 0,5 litro de leite - 15 gr de manteiga - Sal - Canela - Casca de limão q.b. - Água q.b.
Preparação: Cozer a aletria em água e sal durante seis minutos. Retire do lume e deixe escorrer. Adicione o leite e a casca de limão à aletria escorrida. Leve ao lume até cozer. Adicione o açúcar e deixe levantar fervura. Retire do lume e junte as gemas, mexendo muito bem para não talharem. Distribua por pratinhos. Enfeite com canela, colocando tirinhas de papel sobre o doce.
Torta de Nozes Ingredientes: - 300 g de nozes - 300 g de açúcar - 100 g de manteiga ou margarina - 4 ovos - chantilly Confecção: Moa as nozes muito bem moídas. Bata à mão ou na batedeira o açúcar com a manteiga ou margarina. Vá juntando os ovos, um a um, batendo
sempre até assegurar uma mistura homogénea. Junte as nozes moídas, misture bem, e leve ao forno, bem quente, durante 30 minutos, em forma forrada com folha de alumínio, untada com margarina e polvilhada com farinha. Deixar arrefecer e cubra com chantilly (pode também cobrir com natas batidas com açúcar e um pouco de vinho do Porto ou bebida licorosa a gosto).
Mousse de Chocolate com Amêndoas Ingredientes: - 5 ovos - 125 gr de açúcar em pó - 125 gr de chocolate em barra - Raspa de 1 laranja (ou 1 colher de café) - 50 gr de amêndoas em palitos Preparação: Derreter o chocolate em banho-maria, se-
parar as claras das gemas, bater as claras juntando o açúcar aos poucos, até obter um merengue muito firme. Juntar as gemas ao chocolate mexendo rapidamente. Misturar as duas preparações cuidadosamente. Aromatizar com casca de laranja. Colocar a mousse em taças decorar com as amêndoas. Servir frio.
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ESPECIAL NATAL 2016
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Previna Incêndios, Queimaduras e Intoxicações. Conheça a Hipotermia. Conselhos da Proteção civil
A incorreta utilização dos equipamentos de aquecimento usados em períodos de frio, podem ser responsáveis por acidentes. Cuidados a ter - Se utilizar lareiras, braseiras, salamandras ou equipamentos a gás, mantenha a correta ventilação das divisões de forma a evitar a acumulação de gases prejudiciais à saúde (ex. monóxido de carbono); - Apague/desligue os aparelhos antes de se deitar ou sair de casa; - Evite dormir/descansar próximo dos equipamentos de aquecimento; - Não utilize fogão a gás, forno ou fogareiro a carvão para aquecimento da casa, nem utilize equipamentos de aquecimento de exterior em espaços interiores.
Proteção individual - Use várias camadas de roupa, em vez de uma única muito grossa, e não use roupas demasiado justas; - Proteja as extremidades do corpo (use luvas, gorro, meias quentes e cachecol); - Procure manter-se seco e evite arrefecer com a roupa transpirada no corpo; - Evite andar descalço no chão frio ou molhado; - Faça refeições mais frequentes encurtando as horas entre elas, aumentando o consumo de frutos e hortícolas; - Dê preferência a sopas e a bebidas quentes, (leite ou chá), e evite bebidas alcoólicas; - Mantenha a prática de exercício físico habitual mas em situações de frio intenso evite fazer exercício físico de esforço ao ar livre; - Se tiver de realizar trabalho com muito esforço, proteja- se com roupa adequada e vá doseando o esforço - Faça pequenos movimentos com os dedos, os braços e as pernas evitando o arrefecimento do corpo. Habitação - Mantenha a temperatura da sua casa entre os 18ºC e os 21ºC; - Se não conseguir aquecer todas as divisões da casa, tente manter a sala de estar quente durante o dia e aqueça o quarto antes de se ir deitar. Se viajar de carro - Se a previsão meteorológica incluir a queda de neve, leve roupas quentes e mantas, bem como comida e bebidas quentes, pois pode ficar bloqueado;
- Evite viajar sozinho de automóvel ou em situações de reduzida visibilidade; - Ligue o aquecimento do carro 10 minutos em cada hora e baixe um pouco os vidros para arejar; - Se o carro bloquear, ligue 112, prenda uma manta colorida na janela ou na antena do carro para chamar a atenção, cubra o corpo com mantas e mantenhase desperto. Hipotermia A Hipotermia é a situação mais grave relacionada com o frio Sintomas: - Sensação de frio; - Dor na parte exposta do corpo; - Tremores fortes; - Exaustão. O que fazer: - Chamar de imediato o médico (ligar 112); - Colocar a pessoa num local aquecido; - Remover a roupa molhada e aquecer a pessoa envolvendo-a com cobertores; - Dar bebidas quentes (sem cafeína e não alcoólicas), se a pessoa estiver consciente. O que não fazer : - Não tentar reaquecer a zona corporal afetada no local, mas tentar parar o arrefecimento dessa zona; - Não massajar a zona afetada para não danificar os tecidos afetados; - Não usar o calor de uma lareira, fogão ou radiador para aquecer a zona afetada porque esta está dormente e pode ser queimada.
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ESPECIAL NATAL 2016
Viagens de Natal e Fim de Ano Propostas em Lopes Viagens.pt
Madeira Voo+Hotel 4 dias /3 noites Hotel Dom Pedro Baia Club Alojamento e pequeno-almoço Desde 274 € com Transfers 388 €
Londres Voo+Hotel 4 dias /3 noites Hotel Huttons Alojamento e pequeno-almoço Desde 391 €
Paris Voo+Hotel 6 dias /5 noites Hotel Regina Opera Alojamento e pequeno-almoço Desde 443 € Alojamento e pequeno-almoço
Disneyland Paris Voo+Hotel 6 dias /5 noites Hotel Kyriad Disneyland Resort Paris Alojamento e pequeno-almoço Desde 506 €
Madrid Voo+Hotel 3 dias /2 noites Hotel Weare Chamartin Alojamento e pequeno-almoço Desde 236 €
Roma Voo+Hotel 4 dias /3 noites Hotel San Remo Alojamento e pequeno-almoço Desde 445 €
Barcelona Voo+Hotel 4 dias /3 noites Hotel Vincci Maritimo Só alojamento Desde 367 € com Transfers 388 €
Ilha Do Sal Voo+Hotel 8 dias /7 noites Hotel Murdeira Village Resort Alojamento e pequeno-almoço Desde 1 310 €
Sierra Nevada Forfait incluído Hotel + Forfait Pension Duquesa Desde 76€
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ESPECIAL NATAL 2016 // 23
Fim de Ano com estilo Estilismo maiato by Paula Telles O Jornal Maia Hoje propôs à estilista maiata Paula Telles, um desafio: criar um vestido especial cerimonial de fim de ano, produzido exclusivamente com jornais MaiaHoje. Com grau de dificuldade elevado dado tratar-se de um material sensível (ou não fosse o Maiahoje), o desafio parecia difícil de superar, mesmo para quem veste elegantemente as mulheres maiatas. Desafio aceite, a estilista colocou mãos à obra e da sua visão, produziu o fantástico original que exibe actualmente na sua montra. Desafio brilhantemente superado, ficamos a saber que Paula Telles não é dona somente do fantástico sorriso que contagia, mas também de uma grande capacidade de imaginação aliada a um “savoir fair” na arte de talhar e costurar. Deixamos aqui algumas propostas disponíveis no seu atelier. Bom fim de ano… com estilo!
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ESPECIAL NATAL 2016
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Saber lidar com o luto
A perda, em época festiva
A palavra luto quer dizer "dor" causada pela morte de alguém. "Fazer o seu luto" quer dizer literalmente: "passar através da sua dor". Para melhor compreender o processo do luto, é preciso lembrar que o ser humano é um ser afetivo. Um ser que cria ligações com as pessoas e a as coisas. Sem ligações, sem afetividade, a vida não é possível. É por isso que nós criamos com os seres queridos relações que são laços psicológicos e espirituais. Esses laços são de intensidade variável de acordo com o tipo de investimento afetivo em relação a outra pessoa. As 5 fases do luto: A negação- Surge a primeira fase do luto, é no momento que nos parece impossível a perda, em que não somos capazes de acreditar. A dor da perda seria tão grande, que não pode ser possível, não poderia ser real. A raiva – A raiva surge depois da negação. Mas mesmo assim, apesar da perda
já consumada negamo-nos a acreditar. Pensamento de “ porque a mim?” surgem nesta fase, como também sentimentos de inveja e raiva. Nesta fase, qualquer palavra de conforto, parece-nos falsa, custando acreditar na sua veracidade A negociação- A negociação, surge quando o individuo começa a por a hipótese da perda, e perante isso tenta negociar, a maioria das vezes com Deus, para que esta não seja verdade. As negociações com Deus, são sempre sob forma de promessas ou sacrifícios. A depressão – A depressão surge quando o individuo toma consciência que a perda é inevitável e incontornável. Não há como escapar à perda, este sente o “espaço” vazio da pessoa (ou coisa) que perdeu. Toma consciência que nunca mais irá ver aquela pessoa (ou coisa), e com o desaparecimento dele, vão com ela todos os sonhos, projetos e todas as lembranças associadas a essa pessoa ganham um novo valor. A aceitação – Última fase do luto. Esta fase
é quando a pessoa aceita a perda com paz e serenidade, sem desespero nem negação. Nesta fase o espaço vazio deixado pela perda é preenchido. Esta fase depende muito da capacidade da pessoa mudar a perspetiva e preencher o vazio. Devemos sempre valorizar o que temos, enquanto o temos. Pois não sabemos quando o vamos deixar de ter. Curiosamente muitas vezes só nos apercebemos da importância de determinada pessoa ou coisa, quando a perdemos, porque o valor dessas pessoas ou coisas dilui-se no valor das coisas que a rodeiam. A morte é essencialmente particular a cada pessoa, de maneira que ninguém pode substituir o outro nesse episódio da existência. Não podemos esquecer que a morte não é uma falha. Todos morremos. Faz parte do processo da vida. Quando morre alguém que amamos,o processo de luto leva no mínimo um ano. Assim conceda a si próprio esse espaço. É muito difícil atravessar todos aqueles períodos, as Festas, o dia do aniversário,o dia de Natal, pois este dia é dedicado à família e a todos aqueles que amamos e por vezes, quem amamos já não se encontra entre nós. Seja gentil consigo e permita-se a dor. Está certo desfazer-se em lágrimas quando alguém morre. Não é possível fingir que não dói. É preciso dar vazão aos sentimentos. Deixe sair tudo, caso contrário, mais tarde,vai ressentir no corpo. Cuide de si. Um Santo Natal. Rui Alexandre Ribeiro, Psicólogo Membro da ordem dos Psicólogos Portugueses
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ESPECIAL NATAL 2016 // 25 PUB
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Amor e Sonhos 24 de Dezembro. É véspera de Natal. A mesa está pronta, o bacalhau a postos, os doces à espera e a família a juntar-se. A agitação dos mais pequenos intensifica-se. Esperam aguentar até ao final da noite para o grande momento. Nas suas mentes surgem milhares de ideias. Sonham com oportunidades e possibilidades. Sonham. Têm o direito de sonhar, de criar, de imaginar, de viajarem por esse mundo sem saírem do lugar. As crianças sonham e os adultos suspiram por acharem que já não estão em tempo de sonhar. É como se “adultez” fosse antónimo de imaginação e de sonho… Chega a hora de partilhar afectos sobre a forma de presentes. Desta vez, são as crianças que começam por presentear os adultos. Caixinha a caixinha, estes vão descobrindo os seus presentes… Uns re-
cebem “tempo”, outros “esperança”, alguns “escuta activa” e os restantes “amor-próprio”. Em todas as caixinhas estão “amor” e “sonhos”. Num mundo tão duro e complexo são as coisas mais simples que têm o verdadeiro poder de transformar. Ao “cortarmos as asas” aos nossos sonhos estamos a dizer aos mais novos que não vale a pena criar, nem imaginar, nem lutar pelo que queremos. Ao corrermos de um lado para o outro estamos a dizer-lhes que não há tempo para ter tempo, muito menos tempo para pensar e sentir. Ao não cuidarmos de nós estamos a dizer-lhes que o amor-próprio é errado. Ao não lhes darmos atenção estamos a dizer-lhes que eles não são importantes. Ao não os escutarmos verdadeiramente, estamos a mostrar-lhes que as palavras não são importantes,
muito menos a sua visão das coisas. Estes adultos que acabaram de receber estes presentes finalmente perceberam que podem sonhar, imaginar, fazer acontecer, criar, inovar e renovar. Estes adultos podem sentir-se realizados e, assim, estarem disponíveis para amar, para estar, para ser e para continuar a criar formas de mostrar aos mais novos que, afinal, o sonho pode comandar a vida e que é no Amor (próprio e pelo próximo) que está a resposta. E assim, a esperança renasce, age e a mudança acontece! Feliz Natal! Lília Andrade Psicóloga e Hipnoterapeuta Clínica Directora Técnica na maisHipnose Espaço Psicoterapêutico
Como é que o Pai Natal se mantém em tão boa forma?
O Natal está a chegar e o Pai Natal já sabe os desafios que terá de enfrentar: as chaminés estreitas, os muitos presentes para transportar e as difíceis manobras para estacionar as suas renas nas cidades cheias de carros. Mas como é que consegue? Todos sabemos que o Pai Natal e os seus duendes trabalham arduamente na fábrica dos presentes. Começam
logo depois do Natal até à véspera de distribuir os presentes. Mas o que nem todos sabem é que estas figuras mágicas fazem Pilates Clínico durante todo o ano. É verdade! Na terra da Pai Natal os fisioterapeutas reúnem pequenos grupos de duendes, num máximo de 5, e praticam exercícios específicos para cada um, pois nem todos os duendes têm as mesmas dores. E o Pai Natal, esse, tem aulas individuais para um treino específico, pois isto de entrar pelas chaminés exige muita resistência e flexibilidade. Nestas aulas os exercícios são variados e a dificuldade vai aumentando à medida que os desafios vão sendo ganhos. Os exercícios com a
bola de Pilates e com as bandas elásticas tornam as aulas variadas e divertidas. Antes ou depois do trabalho, com as aulas de Pilates Clínico todos se sentem relaxados e mais felizes. E o Pai Natal sabe bem como a produtividade aumenta quando estamos mais felizes! Mas porque é que na Terra as pessoas não praticam mais Pilates Clínico? Possivelmente umas desconhecem, outras vão adiando e ainda outras já fazem outro tipo de exercício com o qual se sentem bem. Neste Natal, o Pai Natal gostava de desejar a todos uma vida mais saudável e activa e, porque não, começar por experimentar Pilates Clínico no Inspira?! PUB
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ESPECIAL NATAL 2016 PUB
Músicas de Natal Para animar qualquer Serão familiar Natal Branco Lá onde a neve cai sinos Festejam a noite de natal Os pinheiros brancos de neve São como torres de uma catedral Lá onde a neve cai sempre Por sob a lua tropical O natal é sempre oração Oração de paz universal. Estrela-guia Quem é que nunca esperou Numa noite assim tão bela Coração cheio de sonhos Sapatinho na janela Quem é que nunca chorou Quando vê o bom velhinho Mesmo que fosse o pai Todo cheio de carinho Quem é que nunca pediu Por um mundo diferente Pra trazer felicidade Embrulhada num presente Nessa noite em que ele vem
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Todo a gente é uma criança Toca o sino de Belém Enchendo o ar de esperança Nessa noite tão feliz, vem dar-me a tua mão Hoje o coração diz-me, vem cantar essa canção Vem brilhar Estrela guia, ilumina todo o céu Traga o amor e a harmonia, com o meu Pai Natal Menino Jesus O nosso menino Jesus Nasceu em Belém Nasceu tão somente Para querer o bem Nasceu sobre as palhas, O nosso menino Mas a mãe sabia Que ele era divino Glori, gloria in exeisix deo Bom Natal Quero ver você não chorar Não olhar pra traz, nem se arrepender do que faz
Quero ver o amor vencer Mas se a dor nascer, você resistir e sorrir Se você pode ser assim tão enorme assim eu vou crer Que o natal existe, que ninguém é triste Que no mundo ha sempre amor Bom Natal, Um Feliz Natal Muito Amor e Paz pra voces (toque o acorde apenas uma vez) Prá vocês. Que o natal existe, que ninguém é triste Que no mundo ha sempre amor Bom Natal, Um Feliz Natal Muito Amor e Paz pra voces (toque o acorde apenas uma vez) Prá você. Brilha, Brilha Lá No Céu Brilha, brilha, lá no ceu A estrelinha que nasceu. Logo surge outra ao lado Fica o céu iluminado. Brilha, brilha, lá no céu, A estrelinha que nasceu.
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Trabalhos Manuais Decoração de Natal por alunos do CCG
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Material para a árvore: lãs, cola branca, cone de esferovite ( tamanho à escolha), película aderente, pincel e purpurinas (opcional)
Envolver o cone de esferovite em película aderente.
De seguida, forrar todo o cone com as lãs escolhidas.
Usar bastante lã para que fique o mais compacto possível.
Com a ajuda de um pincel, humedecer muito bem a lã e deixar secar até endurecer ( cerca de 24 horas).
Quando estiver totalmente seco, retirar o cone de esferovite e a película aderente do interior.
Para elaboração da estrela, marcar os vértices da mesma com palitos em cartão ou esferovite.
Passar a lã por dentro e por fora dos palitos e preencher o interior de forma aleatória.
Humedecer muito bem toda a lã e colocar, por cima, purpurinas (opcional).
Retirar a estrela, logo que esta esteja completamente seca e endurecida ( cerca de 24 horas).
Para finalizar, colar a estrela no topo da árvore com cola quente.
Resultado final. Sugestão: poderá colocar uma série de luzes natalícias no interior.