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03 JUL EDIÇÃO ESPECIAL 2015 Ano XV | Nº 373 Director: Artur Bacelar

edição oferecida pelos anunciantes PUB

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Festas do Concelho 2015

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sexta-feira 03 de julho de 2015

Página dois editorial \\ artur bace|ar director

As Festas da Maia

Em 2013 e 2014, alertei neste mesmo espaço a Comissão de Festas para o facto de ignorarem a Comunicação Social, principalmente local, o que voltou a acontecer. A Comissão de Festas devia ter prestado atenção ao único jornal editado no Concelho há mais de 15 anos, e que chega, só em papel, a mais de 50.000 leitores estimados! De facto já há alguns anos que não sabemos oficialmente qual o programa das festas pelo que, para quem pretende que estas festividades sejam uma tradição para continuar, esquecer-se do mais antigo jornal em publicação, o que tem mais leitores, o mais lido electrónicamente e mais divulgado nas redes sociais, é grave, diria mais, de uma irresponsabilidade absoluta. No entanto, a devoção que leva à inconsciência para alguns, a nós, leva-nos a trabalhar para que a tradição se mantenha e, se possível, cresça. Com esta edição especial, muito participativa pelos comerciantes e industriais que nela viram uma oportunidade única de desenvolver o seu negócio, editamos, de forma gratuita, 10.000 exemplares que além de encontrar nas bancas será distribuído, não só no Centro, mas por vários locais do Concelho, em especial na Feira do Artesanato, onde marcaremos presença com o nosso departamento de Fotografia. Pode ser que à quarta venha a ser de vez, desta vez com pedido expresso ao bom despacho de Nossa Senhora.

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Mensagem do presidente da Câmara Municipal da Maia

As festas do concelho da Maia A Romaria em Honra de Nossa Senhora do Bom Despacho é uma tradição com raízes muito profundas que remontam, tanto quanto os documentos nos revelam, aos meados do século XVIII. A carga simbólica da dimensão religiosa, cultural e social que esta herança do passado nos legou fez com que a Câmara Municipal da Maia, a seu tempo, tivesse institucionalizado esta secular Romaria, como Festas do Concelho. Esse facto transformou estas festividades no acontecimento que é um dos maiores cartazes turísticos e culturais, a nível Concelhio e Regional, atraindo à Maia milhares e milhares de romeiros e forasteiros que têm a oportunidade de participar no cerimonial religioso e fruir de um vasto conjunto de bens culturais e actividades de entretenimento disponibilizados pela Câmara Municipal e pela Comissão de Festas da Paróquia da Maia, entidade que tem a difícil e mui nobre missão de organizar este evento grandioso. As Festividades em Honra de Nossa Senhora do Bom Despacho têm um significado especial para nós, que acreditamos em Maria, nossa Mãe. É à mãe que recorremos sempre que temos um problema na nossa vida e é nos momentos difípub

ceis que mais precisamos de ajuda, a fim de conseguirmos superar as dificuldades do dia-a-dia. A Câmara Municipal da Maia reconhece o trabalho voluntário e abnegado dos homens e mulheres que integram a Comissão de Festas e presta-lhes homenagem pelo espírito de serviço à comunidade que se tem revelado, desde sempre, do maior interesse público. Na minha qualidade de Presidente da Câmara Municipal e representante de todos os Maiatos é meu desejo que as Festas do Concelho da Maia, em Honra de Nossa Senhora do Bom Despacho, a Padroeira da Maia, continuem a ser uma manifestação de Fé e de veneração a Nossa Senhora e que, fazendo jus à tradição, sejam igualmente um momento de comunhão para toda a comunidade.

O Presidente da Câmara Municipal da Maia António Gonçalves Bragança Fernandes


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sexta-feira 03 de julho de 2015

Especial

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HISTÓRIA

Mais de 280 anos de Festa

Romaria N. Sra. do Bom Despacho Sabe-se que o culto a Nossa Senhora do Bom Despacho é muito antigo. Documentos mostram-nos que cerca de 1680 já ele estava activo em Barreiros. Bom Despacho porquê? Despacho pode ter vários significados, de uma simples nota que um juiz lança num requerimento, à nomeação para um cargo oficial. Pode significar rapidez na execução de trabalhos ou negócios. A diplomacia chama despacho à carta ou ofício que um ministro envia a outro contendo resoluções de interesse público. Despacho pode ser também o acto de expedir uma mensagem ou encomenda. Despachar, conjugado reflexamente, pode ser sinónimo de dar à luz. O sentido de Despacho aplicado a Maria é porém radicalmente diferente! Trata-se de conseguir a graça da conversão para quem vive em pecado, ou o alcançar de graças difíceis, a pedido de fervorosos devotos. Deus ”despacha“ as preces de Maria em favor de quem implora pela salvação dos pecadores, pois foi para livrá-los da condenação que Cristo nos remiu. A devoção a Nossa Senhora do Bom Despacho, além de antiga foi sempre abrangente. Para além de funcionar como “advogada” das causas difíceis dos seus fiéis, como já vimos, e de aparecer associada a outras invocações, como Nossa Senhora do Ó, da Anunciação e da Boa Hora, ela era do mesmo modo protectora da «fertilidade», sendo por isso muito da devoção das gentes do campo, mas era também, e sobretudo, protectora daqueles que andavam no mar. A multissecular Romaria da Senhora do Bom Despacho foi em tempos uma das maiores do Grande Porto. Para aqui convergiam romeiros de todos os concelhos limítrofes e até de bem mais longe. Vou transcrever de seguida, com grafia do século XXI AAO (anterior ao acordo ortográfico), uma notícia da Revista da Maia de Outubro de 1883, isto é de há quase 130 anos, retratando a Romaria desse já longínquo ano: “Em 8 de Julho realizou-se em Barpub

reiros a grande romaria da Senhora do Bom Despacho. Esta festa esplêndida, que se realiza todos os anos no segundo Domingo de julho, foi desta vez extraordinariamente concorrida; e, na verdade, essa concorrência justifica-se. A romaria do Bom Despacho, como abreviadamente lhe chamam, não tem outra igual. O povo da beira-mar, que a ela concorre em enorme quantidade, com seus trajes grotescos e a capricho, com suas incessantes danças, com seus alegres folgares, imprime-lhe uma feição característica! […] Muitos cavalheiros distintos da cidade do Porto estiveram aqui este anno, e alguns, com quem falámos, levaram gratas impressões”. Na mesma Revista da Maia, mas do ano seguinte, 1884, e sobre a Romaria desse ano, dizia-se: “Esteve esplêndida a romaria da Senhora do Bom Despacho, que se realizou em Barreiros no dia 13 de julho. A concorrência foi enorme. Não devemos errar muito se afirmarmos que vieram aqui uns 200 veículos, e que o número dos forasteiros regulou por 5.000 (números notáveis para a época). [Segue-se o enumerar de muitas personalidades que aqui estiveram, desde comerciantes e industriais a políticos e autoridades, incluindo muitos estrangeiros]. Não é para admirar tamanha concorrência. Parece-nos ser o natural resultado do carácter alegre e pouco vulgar da romaria do Bom Despacho, da pouca distância a que Barreiros está do Porto e da beleza e amenidade do local. Para esta freguezia, dotada de muitos melhoramentos e cortada por três estradas, vêem muitas famílias passar a estação calmosa, já porque a posição topográfica, as boas águas, os vastos arvoredos e a ausência de focos de infecção garantem a Barreiros a máxima salubridade [...]”. Mas mais atrás ainda, em 1733, escrevia o Pároco Luís de Oliveira Alvim: “A Igreja ricamente se armou e se compuseram perfeitamente os Altares

de Damascos. Fez-se à Senhora nove dias com todo o asseio novena de tarde, com sua prática, a Ladainha e outras devotas orações, descarregando-se em todos os nove dias várias roqueiras de fogo [...]; no dia pela manhã esteve o Santíssimo Sacramento exposto no altar-mor na mão da mesma Senhora do Bom Despacho como se tem feito muitas vezes, foi orador dos milagres e prodígios da dita Senhora o padre Mestre Pregador Frei Francisco Xavier Gramaxo da esclarecida Ordem do meu Seráfico São Francisco que pregou sermão de acção de graças com o seu costumado engenho e elevada erudição e de tarde estava preparado para fazer o mesmo, se não se temera o faltar tempo para se fazer a vistosa, asseada e custosa procissão [...]. Constava a dita procissão de nove bem vistosos e compostos andores; um era do Príncipe e Glorioso Arcanjo São Miguel padroeiro desta Igreja [...] era outro do glorioso São Roque [...] era outro que eu dei do meu seráfico São Francisco [...] O outro era do invicto mártir São Sebastião [...] outro era de Santa Bárbara [...] o outro era de Nossa Senhora do Bom Despacho que deu o reverendo Vicente Gramaxo [...] De fora era São Faustino padroeiro da Igreja e freguesia de Gueifães [...] Era outro da freguesia de São Tiago de Custoias o Menino Jesus [...] e era outro o padroeiro São Mamede da freguesia da Ermida de Infesta [...]”. Depois de descrever a organização da procissão, com seus anjinhos, figuras alegóricas, de entre as quais Roma, Barreiros e Fama, montadas em garbosos cavalos, tal como São Miguel, ele mesmo, o Padroeiro, traça o percurso do cortejo - Barreiros, Souto, Viso, Estrada, Brandinhães, Barroco, Outeiro e Recamunde. De notar que incorporaram a procissão “mais de sessenta insígnias entre guiões, estandartes e cruzes”. O pálio, de tela branca tecido a ouro, veio de São Salvador de Moreira. O povo, esse, acorreu de todas as zonas da Maia e do Couto de Leça e ainda de distintas partes como São João da Foz, Matosinhos, Cidade, e de outros remo-

tos lugares. Bem mais perto de nós, há precisamente sessenta anos, escrevia Álvaro do Céu Oliveira no Almanaque da Maia para 1952: “No Norte, as festas do Bom Despacho têm cartel feito. Não precisa, pois, de grande reclame porque o povo de há muito que lhe dedica especial deferência. Rainha da «gente do mar» reúne no seu velho templo multidão enorme de poveiros que ali vão agradecer, anualmente, as graças recebidas ou invocar a sua protecção. E a romaria torna-se num quadro pitoresco e sugestivo. Misturam-se as preces com a alegria popular enquanto que em recintos especiais bandas de música, das mais afamadas do Norte do País, deliciam os romeiros com consertos consecutivos e as barracas de diversões albergam os curiosos, sempre prontos a aplaudir a habilidade dos «artistas». De momento toda a algazarra parou. Vai passar a procissão da Senhora do Bom Despacho. O rico andor,

majestoso e imponente, é transportado aos ombros de 16 pescadores que desde manhã cedo disputaram a honra de o levar. Na frente já mal se distinguem os guiões, as bandeiras, as cruzes paroquiais... Passaram os andores de S. Miguel, de Nossa Senhora de Fátima e da Padroeira de Portugal, precedidos de dezenas de figuras alegóricas. [...]. Mas a romaria continua. O povo não se cansa de cantar e dançar. E à despedida faz promessa de para o ano cá voltar – assim a Senhora lhe dê vida e saúde...”. Assim era, pelo menos desde há 280 a festa em honra da Senhora do Bom Despacho. Hoje? Hoje é outra coisa. São também outros tempos e por isso serão também outras vontades. Excelentes Festas para todos os leitores do Maia Hoje. José Augusto Maia Marques Historiador


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sexta-feira 03 de julho de 2015

Especial

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ENTREVISTA

Padre Domingos Jorge em entrevista ao MaiaHoje no ano (2003) da coroação de N.Sra. do Bom Despacho

«Foi o dia maior que N. Sra. teve desde que cá está» «se a coroa é para mim um sinal, se eu sou capaz, não de deduzir o material que está lá, mas de deduzir aquilo que deve simbolizar do melhor de mim mesmo, então foi feliz a coroação»

Num momento histórico para o Concelho, o Maia Hoje ouviu o Padre Domingos Jorge, responsável pela paróquia da Maia e um dos principais obreiros da coroação da de N. Srª do Bom Despacho como padroeira do Concelho da Maia. Natural de Arouca, o Padre Domingos Jorge vem para a Maia em Novembro de 1989. Passados 14 anos, participa no momento que elege como o mais importante de sempre da N. Srª do Bom Despacho. Uma coroação que vê com grande alegria, pois representar «grande comunhão e união» e significar «um caminho para muita gente». Maia Hoje - Como se desenrolou este processo de coroação da Nossa Senhora do Bom Despacho? Padre Domingos Jorge - A coroação surgiu numa conversa com o Prof. Dr. Vieira de Carvalho. Ele pediu para verificar se seria possível que a Nossa Senhora do Bom Despacho fosse proclamada Padroeira do Concelho. Conversámos longamente e dei-lhe a minha opinião afirmativa, sobretudo pela devoção que ela tem nas Terras da Maia, segundo os documentos antigos. Entretanto, por altura de um almoço das festas da Sr.ª do Bom Despacho, foi por ele dito que seria bom que a N. Sr.ª fosse coroada com uma coroa de ouro, que seria oferta da Câmara e que eu deveria fazer diligências nesse sentido. Pretendia-se uma coroa como a de N. Sr.ª de Fátima. Fez-se uma diligência num ourives da Póvoa. O próprio Prof.

Vieira de Carvalho que manifestava muito amor à Sr.ª do Bom do Despacho e ocupou-se também da coroação. Fez diligências neste ourives, mas entretanto adoeceu e dado que a coroação iria ser dispendiosa, parámos aqueles meses todos. Ainda estava no Monte da Virgem no Hospital e já queria falar comigo sobre a coroa da Sr.ª do Bom Despacho. Quando foi para casa, voltou a falar da coroa, quase morreu a falar da Sr.ª do Bom Despacho. Deuse o falecimento e no funeral disse ao Sr. Bispo que o Prof. Vieira de Carvalho tinha a intenção de coroar a N. Srª do Bom Despacho. Ficámos legados da vontade de alguém, que toda a gente sabia. Mas era preciso ter o consenso da Câmara porque sem isso era um bocado difícil. O Eng. Bragança Fernandes concordou e então falámos-lhe de um ourives no Porto, bastante conceituado em peças sacras, Manuel Alcino. O ourives fez uma maqueta e perguntou se era isso o pretendido. Ao oferecer, tem de ser uma coisa que se torne mais preciosa ao longo do tempo, não em termos materiais, mas por ser muito digna. O que interessa é que seja feita uma coisa como deve ser. A execução da coroa foi assumida pela Câmara e a Sr.ª do Bom Despacho foi coroada a 13 de Julho, com toda a solenidade. Foi o dia maior que a Sr.ª do Bom Despacho teve desde que cá está. Porque não só foi coroada aqui na Igreja da Maia, como também foi coroada com Padroeira de todo o Concelho.

MH - Como entende este acto de coroar a Nossa Senhora do Bom Despacho como Padroeira do Concelho da Maia? PDJ - A coroação, no meu entender, não é só coroar uma imagem, mas é também dar sentido à devoção do povo, que se ia fazendo sentir ao longo dos anos, até pela participação de quase todas as paróquias na procissão da Sr.ª do Bom Despacho. É um dia muito significativo para as pessoas. O feriado da Sr.ª do Bom Despacho é uma coisa já do passado e se foi proclamado é porque era importante. Podemos dizer que a coroação representa a nobreza de cada paróquia. O valor material não é muito, dado que representa a sensibilidade e a grandeza do coração de toda esta gente e obviamente, também a coroa da sua padroeira. E daí, este acto ser importante. Não é descontextualizado de uma História. Não é para dizer: "agora acabou". Como dizia noutro dia alguém: "Sr. Padre agora foi a maior festa da Sr.ª do Bom Despacho". Mau é se para o ano, a festa da Sr.ª do Bom Despacho não é maior. Mas não é uma questão de grandeza, porque se a gente não a vir no interior, não vamos fazer nada. Não vamos coroar mais, mas a nossa dignidade, a nossa devoção pela Sr.ª do Bom Despacho, essa é que tem de continuar a crescer. Senão, a coroação era apenas material. Mas aquilo há-de ser um sinal. Um sinal que há-de levar mais ao seguimento de Maria ao encontro de Cristo. Maria é uma figura preeminente, mas é humana. Foi chamada por Deus, revestida por Deus, mas é da nossa natureza humana. Ora, se a coroa, de facto, é para mim um sinal, se eu sou capaz, não de deduzir o material que está lá, mas de deduzir aquilo que deve simbolizar do

melhor de mim mesmo, então foi feliz a coroação. Se só fosse materializar, para o ano comemorávamos o 1ª ano da coroação, mas não. Ela tem que ser uma coisa digna. MH - Qual a importância da coroação para o Concelho da Maia? PDJ - Eu penso que trás comunhão e união. Um cristão deverá ver isso melhor do que outro, porque lhe diz mais. Mas mesmo que não seja cristão, há-de-se interrogar perante uma coroação assim e há-de tentar descobrir que isto não é fruto duma emoção qualquer. Isto tem um passado histórico muito grande e tem um valor futuro muito grande. Que nós saibamos dar luz também para isso. Porque dá um sentido de comunhão e de unidade. Há outras coisas que se poderão fazer. Noutras freguesias deveria haver um sinal também da Sr.ª do Bom Despacho. Não só na catequese, mas também nas escolas do Concelho. Há-se ser motivo de conversa, explorado no sentido positivo, mesmo para quem não é crente. Mas desde sempre foi assim, e não é por nós termos uma coroa. Ela é nossa, foi oferecida à N. Sr.ª do Bom Despacho, mas tentámos fazer com que seja de toda a gente. Tanto que nós a tornámos padroeira do Concelho. E, como alguém disse, para o ano é que podem ser mesmo as festas do Concelho, no dia da Sr.ª do Bom Despacho. Deu-se mais um salto para que elas sejam mesmo festas do Concelho. «Dizer que somos da mesma padroeira quase que apaga as barreiras entre paróquias» MH - Acha que foi o momento certo para levar a cabo a coroação de Nossa Senhora? PDJ - Eu penso que sim. Podemos dizer que não foi muito estudado no passado, mas foi o chegar de um caminho feito. Foi possível, porque foi a 1ª vez, em trinta e tal anos, que o Sr. Bispo cá pôde vir, porque neste dia tem calhado sempre o dia das orde-

nações. Este ano foi importante até porque foi a primeira vez que a procissão teve todas as paróquias. Quer quem estava a fazer a procissão, quer quem estava a ver, que foram milhares, todos tiveram um respeito extraordinário. Nós continuamos a ter o padroeiro S. Miguel da paróquia, mas agora a N. Sr.ª do Bom Despacho é padroeira do Concelho e à luz dela nós podermos criar muita comunhão. Dizer que somos da mesma padroeira quase que apaga as barreiras entre paróquias. Também no aspecto civil, dá um sentido de unidade ao Concelho, até porque na procissão estavam os Presidentes de Junta todos. MH - Nestes anos que está à frente da paróquia da Maia, como tem sido a evolução da devoção à Nossa Senhora do Bom Despacho? PDJ - Tem aumentado. Isso vê-se no seguinte; foi-me entregue um Igreja cujo Padroeiro é o S. Miguel, mas eu sentia e via que a Igreja era marcada sobretudo pela Sr.ª do Bom Despacho. Fomos evoluindo na maneira de ser e de estar e a Sr.ª do Bom Despacho ocupou o lugar principal. Acho que a adoração da Sr.ª do Bom Despacho tem que partir do interior e da Igreja. A N. Sr.ª pode ter mil nomes, conforme aquilo que sentimos. Pode ser N. Sr.ª da Saúde, do Bom Despacho, de Fátima, algumas são mais habituais, mas as outras também são importantes, porque precisamos delas num momento, porque Ela os alivia, nos ajuda. E foi-se compreendendo. MH - Como vê o acto da coroação para o futuro? PDJ - Vejo com muita alegria, como padre. Não a nível exterior, mas no que isto pode significar de caminho para toda a gente. Há que traduzir agora isto, na forma como eu devo ser, de como a paróquia deva ser. Que o Concelho da Maia descubra toda a grandeza deste acto. Que veja para além do imediato e que reflicta sobre aquilo que os olhos viram, o coração sentiu e a fé lhe disse. pub


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sexta-feira 03 de julho de 2015

Especial

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No Parque Central da Maia

19ª Feira de artesanato da Maia O Parque Central da Maia recebe entre os dias 4 e 13 de julho, a “19ª Feira de artesanato da Maia”. A inauguração oficial será amanhã, pelas 15h, no Maia Welcome Center com a abertura da Exposição “A Mulher da Maia”. Ao longo de dez dias, a Maia será o ponto de encontro para duzentos artesãos vindos de diversas regiões de Portugal, os quais trazem consigo a arte e tradições da sua terra mãe, algumas de tradição secular e outras plenas de contemporaneidade. O público poderá provar e comprar os seus produtos, contribuindo para a animação da cidade. Com acesso rápido, devido à existência de transportes públicos, autocarro e metro, em 2014 este evento recebeu mais de 210 mil visitantes. A destacar, os dias dedicados à família e à criança que terão lugar amanhã e no dia 11 de julho entre as 15h e as 18h, sendo preenchidos por um conjunto de atividades como, ateliers, insufláveis, pinturas faciais, mascotes, olá voltinhas, teatro infantil, atuações de academias de dança, entre outras animações. Para além do artesanato, esta feira privilegia também música tradicional portuguesa, a qual se fará ouvir todas as noites a partir das 21h30. Os diversos concertos serão distintos, abrangendo diferentes estilos musicais, tendo apenas como ponto comum a música tradicional. Durante estas noites poderão ser escutadas as músicas produzidas por, Estúdio 34 – Coro Gospel, União Salsera, Tuna de Medicina da Universidade do Porto, Los Mariachis, Acusticôco, 4 Claves, Joana Andrade, Raízes do Minho, Coração Minhoto e a finalizar esta feira será prestado um concerto de Tributo à Música Portuguesa. A juntar a tudo isto não vão faltar os tradicionais stands com petiscos e doces tradicionais.

A - CASA DA GINJA - SANGUINHAL 1 - S. C. DA MISERICÓRDIA - MAIA 2 - ESPAÇO ABERTO À DIFERENÇA - MAIA 3 - ICM - INST. CULTURAL DA MAIA 4 - ROSA KUBE - MATOSINHOS 5 - MIMA-TE - BARCELOS 6 - AGOSTINHA - PAREDES 7 - AMARELO TOSTADO - VALONGO 8 - ARTES. MOREIRAS - GONDOMAR 9 - ARTGUS UNIQUE STYLE - VN GAIA 10 - KIKA JEWELS - PORTO 11 - ASDROVIA ARTES. - GONDOMAR 12 - CARLA RESENDE - GONDOMAR 13 - DO FLORIANO - MATOSINHOS 14 - GABRIEL RIBEIRO - MATOSINHOS 15 - ROSÁRIO MORAIS - PORTO 16 - OURIVESARIA LISBOA - MAIA 17 - ISABEL DEL'PINO - MATOSINHOS 18 - J. A. BRANCO - ÉVORA 19 - LOUÇA BARRO PRETO - VN POIARES 20 - MANNUS ARTES - V. CASTELO 21 - WONATUR - SERRA DA ESTRELA 22 - SÍTIO DAS MARIONETAS - MAIA pub

23 - FÃO DOCE - ESPOSENDE 24 - JESUITAS E LIMONETES - STO. TIRSO 25 - PÃO DE LÓ CARDOSO - OVAR 26 - MANUELYNE PAST. FINA - MAIA 27 - MEMÓRIAS DE BOCA - MAIA 28 - CASA DE ENCOSTURAS - CAB.BASTO 29 - IRMANDADE DA CERVEJA 30 - PRAZERES DA TERRA - CHAVES 31 - FLOCOS DE MEL - MAIA 32 E 33 - TABERNA "D.PERNIL" - MAIA 34 - SABORES D'AVÓ CELESTE - MAIA 35 E 36 - MAIOR - LEITÃO À BAIRRADA 37 - ANTÓNIO JORGE - GONDOMAR 38 - C. M. GONDOMAR 39 - D.V. ARTESANATO - SINTRA 40 - CHIC DOLLHOUSE - MATOSINHOS 41 - CARLOS RIBEIRO - MATOSINHOS 42 - TEAR E TRAPOS - MIR. DO CORVO 43 - MIMA'RTES - PENELA 44 - CAPIM DOURADO - MATOSINHOS 45 - CALÇADO ARTES. - PÓVOA STA. IRIA 46 - MARINH'ARTE - MATOSINHOS 47 - LAROCA - MAIA

48 - PLANETA ZORG - OVAR 49 - RENDAS DE BILROS - V. CONDE 50 - MARIA HELENA SILVA - MAIA 51 - ARTESANATO PEREIRA - VIATODOS 52 - FORMIGAS E COMP.- MATOSINHOS 53 - I'M SO BEAUTIFUL - MAIA 54 - ATELIER AZULAR - AVEIRO 55 e 56 - OR.JOIAS - GONDOMAR 57 - MARIA FORMIGA - OLIV. AZEMÉIS 58 - ARNALDO SANTOS - MAIA 59 - JOÃO.G.FERREIRA - BARCELOS 60 - CELSO FERNANDES - SEIA 61 - ENTRELINHAS - MAIA 62 - M.MARTINS E C.QUINTÃO - STO. TIRSO 63 - TREE ART - PORTO 64 - CANTO DOS CHEIRINHOS - S. M. FEIRA 65 - LUÍS LIMA - V.N. FAMALICÃO 66 - ADRIANO MESQUITA - MAR. GRANDE 67 - HENRIQUE DAS LEVADAS - FRAZÃO 68 - TANOARIA MAIA - SEROA 69 - CANTINHO DA GUI - MAIA 70 - BBELA ARTES. - MATOSINHOS 71 - JOAQUIM SILVA - PONTE DE LIMA

72 - AGOSTINHA PRATES - ALCANENA 73 - LOURDES FERREIRA - MAIA 74 - ARTESAVE - VILA DO CONDE 75 E 76 - ECOEMOTION - MAIA 77 - PATRÍCIA CUNHA - GONDOMAR 78 - PAULA CRUZ - PENAFIEL 79 - JOSÉ DA ROSA - MAIA 80 - JOÃO TEIXEIRA - PORTO 81 - SM CROCHET- SANTO TIRSO 82 - AMÊNDOA DOCE - PORTIMÃO 83 E 84 - DOÇ. MAROTA - ODIVELAS 85 - DOCES CONV. DE TENTÚGAL 86 E 87 - DOCEMÊNDOA - BRAGANÇA 88 E 89 - CACO ORIGINAL - V.N. GAIA 90 E 91 - ALHEIRAS DE MIRANDELA 92 E 93 - SABORES DOS AÇORES 94 E 95 - BÍSARO SALS. TRAD.- BRAGANÇA 96 E 97 E 98 - SABOR SERRANO - SEIA 99 E 100 - TAB. LAGARELHOS - BRAGANÇA 101 E 102 - PÃO CASEIRO DO MARCO 103 E 104 - COMP.DAS BIFANAS - MAIA 105 - IGUARIAS SILVESTRES - S.M.FEIRA 106 - MAGIC’ART - MAIA

107 - BAÚ COLORIDO - TROFA 108 - PORTUGAL ENLATADO - MATOSINHOS 109 - TERESARTEMVIDRO - V. CONDE 110-SOLDADINHOSCHUMBO-MATOSINHOS 111 - STYLE & ART PM JEANS - GONDOMAR 112 - PERFUMEU - MAIA 113 - VELA VOTIVA - BRAGA 114 - ARTUR & MILA - SEIXAL 115 - MUNICÍPIO DA TROFA 116 - PAULA VILELA - V.N. FAMALICÃO 117 - MÃOS E ART - MAIA 118 - TRAPOS E TRAPILHOS - MAIA 119 - ARTESANATO JOANA - BRAGA 120 - CARMA - MAIA 121- CRIARTE - S. JOÃO DA MADEIRA 122 - MONTES DE CORES - PINHAL NOVO 123 - MAOBJECT - MAIA 124 - FRIENDS PROJECT - MAIA 125 - TEATREE - MAIA 126 - A LUA DA ANA - V.N. GAIA 127 - CRUZ VERMELHA - DEL. MAIA


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sexta-feira 03 de julho de 2015

Especial

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LITERATURA

De 4 a 13 de julho na Praça do Doutor José Vieira de Carvalho

X Feira do Livro A Biblioteca Municipal da Maia promove, de 4 a 13 de Julho, a X Feira do Livro da Maia, na Praça do Doutor José Vieira de Carvalho. A iniciativa apresenta um vasto programa ligado à literatura, com-

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plementado com a presença de autores, palestras, apresentações de teatro, poesia, oficinas e horas de conto que, entre outras atividades, potenciam a “figura” do livro e a importância da literatura no quoti-

diano de adultos e crianças. A X edição da Feira do Livro da Maia conta com a representação de mais de 30 editoras, disponibilizando aos visitantes cerca de 5 mil títulos que abrangem a vasta temá-

tica da literatura, orientada para as diferentes preferências e faixas etárias. Para António Bragança Fernandes, presidente da Câmara Municipal da Maia, «a feira do Livro é uma

evidenciar a sua qualidade dúbia de país neutral. Isto porque no teatro de guerra africano continua a lutar-se o inimigo alemão enquanto na frente europeia os únicos combates com marca portuguesa são feitos por voluntários “alistados” nas tropas aliadas. Nesta nossa reflexão continuaremos a dar atenção ao palco de guerra africano e aos esforços portugueses em manter a integridade dos territórios africanos, não perdendo de vista os contornos da política interna cujas implicações atingem o esforço de guerra. Público-alvo: comunidade em geral

"Quem esta máscara usar, em outra pessoa se vai transformar. Pensa em alguém, e esse alguém serás também." Público-alvo: Infantojuvenil 21h - Apresentação do livro "O pijama da gata" de Pat R O Pijama da Gata segue o encontro de Jonah e Crystal Philips, num ambiente nostálgico da Jazz Age. Os dois conhecem-se em Paris, quando Jonah decide ver a peça Cat’s Pajamas, protagonizada pela magnífica atriz. De volta a Nova Iorque e deslumbrado com a sua beleza, desenvolve uma obsessão que rapidamente o começa a assombrar. A expetativa e o desejo de um futuro idealizado, que nenhum deles realmente prevê, consome-os no seu presente. A atração instintiva dos dois condu-los a um quarto de motel, que começa a adquirir as características visuais da sua paixão, marcada por uma sensação de efemeridade que se vai arruinando progressivamente até ao declínio final". Público-alvo: comunidade em geral

iniciativa com a qual os maiatos já se encontram identificados, tornando-se numa oportunidade única para reforçar os hábitos de leitura junto da população do concelho».

PROGRAMA

4 de julho | Sábado 16h00 - Inauguração 16h30 - Lendas de Portugal - Trupilariante Companhia de Teatro Circo No seu castelo a Maria e o Zé do futuro brincam às suas aventuras onde tudo é possível! Até viajar no tempo! Decididos, resolvem partir à aventura pelas “Lendas de Portugal”! Acreditem é muito mais divertido que jogar consola. Juntem-se a estes dois amigos nesta divertida aventura pelo fantástico mundo das nossas lendas e conquistas, porém para conseguirmos chegar ao fim e regressar novamente aos nossos dias vamos precisar da ajuda de todos. Do “Milagre das rosas” ao feito heróico de “Martim Moniz”, sem esquecer a audácia da “Padeira de Aljubarrota” e de “Deuladeu Martins”, os Trupilariante apresentam um espetáculo lúdico/didático, num ambiente animado e colorido, a fazer lembrar o teatro de robertos da época medieval, dando a conhecer aos mais novos, algumas das mais célebres Lendas de Portugal, num espetáculo dinâmico e interativo com o público. Público-alvo: comunidade em geral 21h - Tuna Sénior do Instituto Cultural da Maia As melodias voltam a animar a Feira do Livro. “Pretendo que os alunos da nossa tuna // Não sintam o peso das depressões // Nem de qualquer outra patologia. // O meu lema é diversão, // Entretimento e afastar a nostalgia // Nosso vocal instrumento // Ensaiar com alegria // P'ra levar bem longe o produto // Das vozes d'ouro e de prata // E o nome do Instituto // Da nossa terra Maiata.” // In. Irene Lamolinairie

Público-alvo: comunidade em geral

5 de julho | Domingo 17h – Apresentação/encontro – “Ana Cristina Silva, cartografia de uma obra singular” Este encontro com a escritora Ana Cristina Silva tem como objetivo central dar a conhecer os contornos de uma obra profundamente singular na literatura portuguesa, partindo do corpus bibliográfico constituído pelas obras da autora. Nesta nossa viagem ao interior da obra, daremos especial atenção a alguns marcos bibliográficos, representativos e ilustrativos da qualidade e características da escritora. Público-alvo: comunidade em geral 21h - Palestra "Portugal em África na Grande Guerra: Máscaras de uma neutralidade ficcionada" pelo Dr. Jorge Silva. 1915 antecede a entrada de Portugal na Grande Guerra, continuando a

6 de julho | segunda-feira 15h - Apresentação do livro "Os outros" de Isabel Magalhães Almiro era um menino triste. O seu maior sonho era ser outra pessoa. Adorava ser… outro. Achava sempre que era feio, mau, baixo, antipático e rude. Os outros não! Até que um dia, descobriu uma máscara com a seguinte inscrição:

7 de julho | terça-feira 15h - Apresentação do livro "Girafritz aprende uma lição" - Manuela Mota Ribeiro Este livro aborda o tema do bullying de uma forma muito divertida e, ao mesmo tempo, com uma grande sensibilidade e proximidade àquilo que é o dia-a-dia das crianças no contexto familiar e escolar. São muitas as gargalhadas que a história de Girafritz provoca aos mais pequenos, não deixando de passar uma mensagem importante, que, apesar de lúdica, é muito atual e educativa. No final, são fornecidas pistas para reflexão e diálogo, dirigidas aos pais e outros educadores. Público-alvo: Infantojuvenil 21h - Conferência/oficina – “Ler - do aprender ao fazer” - Teresa Guimarães (Cerra Livros) Aprender a ler exige um esforço que na idade adulta temos como adquirido não nos obrigando a refletir sobre o pub


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processo. A verdade é que a aprendizagem da leitura (e da escrita) envolve mecanismos e desenvolvimento cognitivo que difere de criança para criança e ao longo dos diversos estádios da vida. Entre tradição e contemporaneidade: Qual a importância da oralidade no processo de aprendizagem da linguagem escrita? A relação entre leitor e livro constrói-se ou é inata? Que estratégias existem para fomentar o gosto pela leitura literária? Estes serão os tópicos da Conferência-Oficina “Ler – do aprender ao prazer”! Público-alvo: comunidade em geral

res - Pé no charco (Teatro oficina JF Cidade da Maia) Confissões curtas, secas e diretas, por vezes muito violentas, outras com uma certa beleza poética e galhofeira, feitas por quem praticou um crime contra a vida de alguém. Crimes de todo o tipo, por envenenamento estrangulamento, etc., em que se constata não só a grande perversidade humana, mas também uma inacreditável ingenuidade. Uma comédia negra a não perder... Público-alvo: Comunidade em geral

10 de julho | sexta-feira 8 de julho | quarta-feira 15h – Espetáculo de animação da leitura Quem não gosta de ouvir uma história bem contada? Os livros são um transporte para mundos imaginários, em que se viaja de forma prazerosa… A partir de incríveis leituras para toda a família… fica instalada a diversão… Público-alvo: Infantojuvenil 21h – Espetáculo - As obras completas de Gil Vicente em 45 minutos (Nuno Meireles) Num concurso televisivo um concorrente tem que responder a questões de cultura geral cada vez mais difíceis e passar vários desafios para receber o grande prémio. A última prova é uma missão impossível: fazer as obras completas de Gil Vicente em 45 minutos. Daqui nasce uma corrida imparável por comédias, farsas, tragédias e alegorias, um best of de todas as peças de Gil Vicente, em tempo recorde e por uma só pessoa, prova impossível de superar. Será? É ver para crer. Público-alvo: comunidade em geral

9 de julho | quinta-feira 15h - Apresentação do livro "Vanina, a estrelinha do mar" - Rosa Cruz Há, nas profundezas do mar, um sítio tão especial e tão belo que se torna quase impossível poder descrevê-lo com exatidão. Nesse pequeno mundo, onde tudo é majestoso e sublime, vive uma estrelinha do mar chamada Vanina. A estrelinha Vanina é simpática, inteligente, gentil e, por isso, acarinhada por todos os habitantes desse mundo subaquático. Público-alvo: Infantojuvenil 21h – Espetáculo - Crimes exemplapub

15h – Apresentação do livro – “O anjo Gabriel, o Miguel e o livro de papel” - Isabel Santos Moura No aniversário do Miguel, o seu pai oferece-lhe um tablet mas depressa o Miguel se apercebe das suas desvantagens (avaria, é preciso pô-lo a carregar, etc). Até que o e-book avaria e tem de ir para reparação, ficando o Miguel sem aquele que se havia tornado o seu melhor amigo. Então, surge o Anjo Gabriel, o seu anjo-da-guarda, que vendo-o muito triste, o leva a viajar no tempo até uma biblioteca, com a qual ele fica fascinado. Assim, o livro em papel passa a ser o seu melhor amigo pois, ao contrário do e-book, nunca o deixa sozinho. Esta história tenta ser um apelo à leitura, à preservação do livro em papel e das bibliotecas e, acima de tudo, tenta demonstrar que, apesar de ter as suas vantagens, o e-book nunca terá as mesmas qualidades, principalmente aprazíveis, do livro em papel. Público-alvo: Infantojuvenil 21h - Espetáculo/Dança - Conto de fadas do século XXI As escolas de dança “Slave Dance”, “Tribal Dance”, “Razões do corpo”, “Academia Pedro Sousa” e “Academia Agra Club” juntam-se para apresentarem um espetáculo de dança eclético intitulado “Conto de fadas do século XXI” orientado pelos Professores Né Marques e Diogo CC. Público-alvo: Comunidade em geral

11 de julho | sábado 16h - Tertúlia poética "Asas de poesia" O Grupo Asas da Poesia, para além do seu amor à poesia, tem por objetivo cativar o interesse do povo Maiato e do povo da Junta Metropolitana do Porto,

pela elevação da palavra dita e escrita, projetar e surpreender contando para isso com nuances de elevação poética, sem protagonismos ou ambições pessoais. Público-alvo: Comunidade em geral 21h – Espetáculo - Balaio de histórias - Clara Haddad Com uma bela trama bem trançada de palha fazemos um balaio, com fios de palavras trançamos histórias! Assim como uma aranha fiandeira... um pássaro fazendo ninho.... um artesão que tece tapetes voadores. Clara Haddad vai contar e “tecer” histórias, entrelaçando enredos, costurando ideias e tramando infinitas emoções que podem ir longe... Como quem conta um conto acrescenta um ponto podemos trançar sem parar… Só assim encheremos nosso balaio. Afinal num balaio cabe de tudo. Até gatos! Público-alvo: comunidade em geral

12 de julho | domingo 19h - Espetáculo - Animais como nós (Margarida Fernandes) Animais como Nós é um álbum de família pois um animal doméstico acaba por se tornar um parente muito especial na casa de cada um de nós. Animais como Nós é um olhar divertido sobre as semelhanças entre os bichos e os respetivos donos. Através de ilustrações que evocam a fotografia, a relação única de cada personagem e o seu animal de estimação é revelada pelas características físicas partilhadas por ambos. Uma pequena história contextualiza cada retrato e, com a ajuda da narradora, se ficarão a conhecer amizades únicas que transpõem a barreira das espécies. Público-alvo: comunidade em geral 21h - Apresentação do livro – Memórias de tempos idos - Padre Joaquim Antunes de Azevedo (Clube Unesco da Maia) O Padre Joaquim Antunes de Azevedo nasceu em Vilar de Pinheiro, Sangemil, ao tempo, Terras da Maia, filho de José Antunes de Azevedo e de Joaquina de Jesus, da Casa do Talho, Vermoim. Paroquiou a freguesia de Vila Nova da Telha, onde escreveu o célebre Manuscrito, Memórias de tempos idos, organizado por ordem alfabética, género dicionário, como era uso ao tempo. O Clube UNESCO da Maia reuniu todo o documento em 3 volumes e

torna agora público o III, concluindo assim a translineação de um documento de valor incalculável. Conhecer este Manuscrito é conhecer um dos Notáveis da Maia, Joaquim Antunes de Azevedo, pois, como diz S. Lucas, Pelos seus frutos conhecereis a árvore. (S. Lucas, 6.44.) Público-alvo: comunidade em geral

13 de julho | segunda-feira 16h – Biblioteca Viva – “Não julgues um livro pela sua capa” A Biblioteca Viva funciona exatamente como uma biblioteca normal onde os leitores se dirigem para pedir um “livro” por um período limitado de tempo para “ouvir” a sua história. Há apenas uma diferença: os livros da Biblioteca Viva são seres humanos, e livros e leitores entram em diálogo. Os livros do catálogo desta biblioteca são pessoas que representam grupos frequentemente confrontados com os preconceitos e estereótipos, e que são frequentemente vítimas de discrimina-

ção ou exclusão social. “Não julgues um livro pela sua capa”. Público-alvo: Comunidade em geral 21h - Conferência "São Rosendo e a reorganização do monaquismo no Noroeste hispânico, entre os séculos X e XI", pelo Prof. Doutor Luís Amaral Entre os séculos X e XI operou-se um conjunto de mudanças no seio das comunidades monásticas ibéricas, que muito contribuiu para a receção do monaquismo beneditino de tradição cluniacense, no último quartel do século XI. Personagem maior desta verdadeira reorganização foi Rosendo de Santo Tirso ou de Celanova, membro da mais destacada aristocracia do Noroeste peninsular. Bispo de Dume e, sobretudo, abade do Mosteiro de Celanova, liderou um importante movimento que abriu as portas dos cenóbios hispânicos às influências e tradições oriundas do universo franco e carolíngio. Público-alvo: Comunidade em geral


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HISTÓRIA O que o Maiahoje testemunhou no dia da coroação de N. Sra. do Bom Despacho

A Padroeira do Concelho \\

Escrevia em 2003, o nosso saudoso jornalista António Armindo Soares

Foi

concretizada

uma "velha" aspiração de José Vieira de Carvalho, a coroação de Nossa Senhora do Bom Despacho como a Padroeira da Maia. Na cerimónia, presidida pelo Bispo do Porto, D. Armindo Lopes Coelho, teve como ponto alto, na igreja matriz, a entrega da coroa em ouro, com mais de dois quilos de ouro, cravejada com muitas pérolas,

esmeraldas

e

safiras, uma oferta da Câmara Municipal da Maia. A tradicional procissão reuniu muitos milhares de fiéis, uma das maiores expressões de público durante um desfile do tipo.

arquivo mh 4/7/2000

Depois da cerimónia da coroação de Nossa Senhora do Bom Despacho como Padroeira da Maia, durante a missa celebrada pela manhã de domingo, na igreja matriz, a procissão, ao fim da tarde, fez afluir às ruas muitos milhares de pessoas. Aquando da passagem pela entrada principal da Câmara Municipal, o presidente da Edilidade, leu a proposta de voto de congratulação e de regozijo pela Coroação e pela proclamação de padroeira, que foi aprovada por unanimidade em reunião do Executivo, no dia 7 de Julho. Bragança Fernandes leu a acta da proposta que refere que um dos grandes impulsionadores recentes destas Festas, «senão o seu maior crente e defensor, já não se encontra entre nós, tendo sido chamado para junto de Deus, após ter dedicado toda a sua vida ao serviço dos seus conterrâneos. O Doutor José Vieira de Carvalho, católico praticante e profundo crente e conhecedor da vontade e das tradições das Gentes da Maia, sempre procurou enaltecer e enriquecer a importância do culto a Nossa Senhora do Bom Despacho, manifestando um sonho que, infelizmente, já não o pôde ver em vida». O ancestral culto e devoção à Nossa Senhora do Bom Despacho, que remonta a meados do Séc. XVII, é um importante elemento do rico património cultural das gentes da Maia, constituindo-se como uma peça importante da nossa memória colectiva. Mais tarde, o culto a Nossa Senhora do Bom Despacho ganhou forma e passou a abranger a vinda de peregrinos de toda a Região Norte do País, que em sua honra vinham agradecer as graças concedidas ou invocar a sua protecção, nomeadamente, no que às comunidades piscatórias dizia respeito. Ainda hoje, cerca de quatro séculos volvidos desde aquela data, o culto a Nossa Senhora do Bom pub


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Despacho atrai milhares e milhares de peregrinos, «em busca da felicidade e do apoio que necessitam para o seu dia a dia». A Câmara Municipal da Maia, desde muito cedo, reconheceu a importância e o significado do culto a Nossa Senhora do Bom Despacho, como imaginário religioso e cultural da grande família maiata. No entanto, este sonho foi igualmente partilhado pelo Reverendo Padre Domingos Jorge e pela Comissão de Fábrica da Paróquia da Maia, que se empenharam nesta tarefa de contribuir para o engrandecimento das nossas raízes culturais e religiosas. A esta oferta da Câmara Municipal e de todos os maiatos a Nossa Senhora do Bom Despacho, apenas um limite se impunha: «que esta peça de ourivesaria fosse tão bela, que pudesse resplandecer toda a sua grandiosidade na nossa querida e bela imagem da Nossa Senhora do Bom Despacho. Assim se fazendo, assim se cumpriria o sonho daquele que nos antecedeu e que mais contribuiu para que este dia fosse possível». Para a Câmara Municipal, esta

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coroação e proclamação representa um «grande orgulho que podemos ver assim o sonho transformado em realidade, cumprindo-se a vontade de um Homem e de um Povo há muito desejada». Bragança Fernandes frisou ainda que este «Era o desejo da população maiata. É uma santa procurada por muita gente até de fora do concelho. As pessoas crêem muito na santa. Foi muito bom para as pessoas católicas maiatas. A coroa, da autoria de Manuel Alcino, conceituado joalheiro do Porto, pesa dois quilos e 700 gramas de ouro, cravejada com muitas pérolas, esmeraldas e safiras. A valiosa peça está avaliada em 125 mil euros, e por segurança, ficará guardada numa instituição bancária. A exemplo dos anos anteriores o desfile religioso saiu da igreja de nossa Senhora do Bom Despacho, depois de estar parada mais de trinta minutos na Praça José Vieira de Carvalho. Participaram na procissão as 18 paróquias do concelho, todas com os andores alusivos à sua freguesia e ao seu padroeiro.

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HISTÓRIA Devoção de centenas de anos em Portugal e no estrangeiro

Devoção em Portugal e no Estrangeiro

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ORAÇÕES A NOSSA SENHORA

Deus, Pai Santo, Fonte de todo o bem, que na vossa benigna Providência quisestes que vosso Filho Jesus Cristo assumisse verdadeira carne humana no seio da Virgem Maria, concedei-me que, por intermédio de Nossa Senhora do Bom Despacho, alcance a graça que Vos imploro. Amen. Ave Maria -----------------------------------------------------------------------------------------

Segundo alguns relatos, esta veneração à N. Srª do Bom Despacho tem origem no Norte de Portugal, onde existem alguns locais de culto idêntico: Cervães em Braga, Maia e Gominhães em Guimarães. Embora não haja uma data oficial para o início da veneração à Virgem do Bom Despacho, aqui na Maia, alguns relatos apontam a data da construção da capela em sua homenagem, em 1670, como a altura das primeiras festas e romarias em honra desta divindade no nosso concelho. Na Maia, os primeiros devotos são os homens do mar. Era vulgar, além das tradicionais velas e objectos em ouro, oferecer quadros de navios, em cumprimento de promessas dos pescadores. Um sinal das gentes marítimas em reconhecimento do poder de intervenção da N. Srª, nas suas viagens. Nossa Senhora do Bom Despacho era também objecto de devoção e de culto, designadamente, das mulheres grávidas de toda a região que hoje constitui a Área Metropolitana do Porto. O título de Nossa Senhora do

Bom Despacho é uma das várias designações que assume a original Virgem Santa. Segundo o historiador Frei Agostinho de Santa Maria, este título foi dado à Nossa Senhora porque foi no "despacho" da Encarnação que se viu o prestígio de Maria perante Deus. Em Portugal, existem cerca de 200 invocações a Nossa Senhora, distribuídas por mais de um milhar de igrejas paroquiais. Das invocações mais comuns temos a N. Srª de Fátima, do Carmo, dos Remédios e outras mais peculiares, como N. Srª da Escada, do Sorriso ou da Gaiola. Outra razão para o grande numero de devoções e igrejas a Nossa Senhora foram as guerras aos Mouros, que motivaram inúmeras promessas. O próprio D. Henrique, pai de Afonso Henriques, dedicou uma Igreja a Santa Maria, hoje conhecida como N. Srª da Oliveira, em Guimarães. N. Srª do Bom Despacho é também venerada fora de Portugal Além fronteiras, existe também uma forte devoção à N. Srª do

Bom Despacho. Padroeira dos pescadores rebeldes e dos gentios chamados à fé cristã, no Brasil, o culto situa-se principalmente na Paragem do Picão, actual cidade de Bom Despacho, no Estado de Minas Gerais. Pode-se também encontrar outra capela em honra da Virgem, em Cachoeira do Campo, Distrito de Ouro Preto. A existência de uma capela à N. Srª do Bom Despacho na freguesia de Campanário, na Ilha da Madeira, contribuiu também em larga medida para a expansão desta devoção, pela forte emigração que se registou no século XX. Tendo como principais destinos a Venezuela e a África do Sul, os emigrantes passaram a ser também devotos desta Nossa Senhora, dadas as graças pela protecção e o sucesso nestes países. Por esse motivo, grande parte dos devotos que acorrem à Ilha por altura destas festas, são precisamente emigrantes ou comerciantes bem sucedidos.

Ó Virgem e Senhora do Bom Despacho,confiante em vossa infinita bondade recorro a vós,que sendo Mãe de Deus acolheis,piedosamente a minha prece... Protegei todas as mulheres que no cumprimento da sua missão desejam ardentemente ter filhos,ou que já carregam no seu seio o fruto do amor e aquelas que também querem guiar os seus filhos no caminho do bem,traçado pelo vosso Menino Jesus. Vinde,ó Senhora do Bom Despacho,acolhei-me debaixo do vosso amparo Vós que,antes durante e depois do parto,fostes favorecida pela Graça do Espírito Santo e da Divina Misericórdia,concedei-me,ó Mãe,vos suplico, a vossa proteção e as graças desejadas na situação em que recorro a vós ( faça aqui o seu pedido). Lembrai-vos,ó Senhora,de que quando Nosso Senhor Jesus Cristo se encarnou em vosso ventre,pela Graça do Divino Espírito Santo,fazendo-se vosso Filho,também Vos fez Nossa Mãe,para que por vosso intermédio alcançássemos, com o perdão dos nossos pecados,os vossos preciosos favores. Nossa Senhora do Bom Despacho,atendei-nos! Nossa Senhora do Bom Despacho,socorrei-nos! Nossa Senhora do Bom Despacho,amparai-nos! ----------------------------------------------------------------------------------------Gloriosa pura imaculada Conceição Maria do Bom Despacho, vós sois mais brilhante que as estrelas mais claras que a lua mais elevada no Céu. Sois nossa mãe nossa advogada perante o tribunal Divino e aqui nas nossas dificuldades sois a nossa protetora, a luz no caminho da verdade, da caridade. Do amor ao próximo. Nossa Senhora do Bom Despacho, com o coração cheio de amor, despachei todo mal para onde for os designos de Deus, para que nos não caiamos em pecado, vícios e perigos. Dai aos nossos corações e as nossas mentes força, energia para seguir a nossa missão com a igreja, com serenidade ao Vosso Divino Filho e a Nossa Senhora e a vós mãe e aos nossos irmãos para sempre. Amém. Pai Nosso e Salve Rainha

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12 LEGENDAS DOS LOCAIS PAC FDA PVC CMM FRM GIM TEN HIP FDL PMM TDIA GCO PAV PDC MER SAN PAL PIS FUG -

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Programa

PARQUE CENTRAL FEIRA DE ARTESANATO PRAÇA VIEIRA CARVALHO CÂMARA MUNICIPAL FÓRUM DA MAIA COMPLEXO GINÁSTICA COMPLEXO MUNICIPAL TÉNIS HIPÓDROMO SILVA ESCURA FEIRA DO LIVRO (PRAÇA) PAVILHÃO MUNICIPAL MAIA EVENTO TODO O DIA GINÁSIOS DO CONCELHO PARQUE DE AVIOSO PARQUES DO CONCELHO MERCADO MUNICIPAL (VISC.BARR) SANTUÁRIO N.S. BOM DESPACHO PALCO DAS PIRÂMIDES PISCINAS GUEIFÃES FUNDAÇÃO GRAMAXO

\\ PROGRAMA das

FESTAS 28 DE JUNHO - DOMINGO 10:00 Maia pelos Caminhos de Santiago | Caminhada ............Mosteiro de Vairão 3ª etapa: VAIRÃO - S.PEDRO RATES. TDIA Finais do Torneio de Veteranos da Escola de Ténis da Maia.................CMT TDIA Finais Jogos Desportivos da Maia .PMM

TDIA Andebol Party ...............................PMM TDIA Derby Atrelagem / Camp. Reg.NorteHIP

29 DE JUNHO - SEGUNDA TDIA Férias Desportivas Municipais .......GCO De 28 de junho a 28 de agosto.

30 DE JUNHO - TERÇA 10:00 Caminhada Sénior no Parque ........ PAV Evento a decorrer das 10:00h às 12:30h.

1 DE JULHO - QUARTA 10:00 Férias Desp.Seniores .....Praia Memória Evento a decorrer das 08:30h às 13:00h, de 1 a 31 de julho.

3 DE JULHO - SEXTA 21:30 Inauguração Festas do Concelho....PVC Fogo-de-artifício Inauguração das Iluminações Desfile Equestre Rumo ao Bom Despacho 21:30 Fernando Pereira ...........................FRM Concerto Lua Nova

4 DE JULHO - SÁBADO 10:00 Exposição de Motas........................PVC Patente das 10:00h às 20:00h 10:00 Festa Entrega Prémios Jogos Desportivos da Maia.....................CMM 15:00 Inauguração Feira de Artesanato....PAC De 04 a 13 de julho. 15:00 Exposição “Memórias da Maia” .....PAC No Turismo de 5 julho a 31 agosto 15:00 Dia da Família ................................PAC Atividades Infantis 16:00 Inauguração da X FDL .....................PVC Feira patente de 04 a 13 de julho 16:00 Aladim - música ou teatro infantil ..FDA 16:30 Espectáculo Lendas de Portugal .....FDL Trupilariante - Comp. Teatro de Circo 20:00 BTT - Rumo ao Bom Despacho........PVC

Raid Nocturno 20:00 Gala do Complexo Ginástica...........GIM 21:00 Tuna Sénior Inst.Cultural da Maia...FDL 21:30 Estúdio 34 ......................................FDA Concerto de Coro Gospel.

5 DE JULHO - DOMINGO 09:00 Maia Verão Ativo ............................PDC Das 9 às 12h, dias 5, 12, 19 e 26 de julho. 10:00 1º Peddy Paper Bom Despacho.......PAC Com partida junto ao Turismo da Maia 16:00 IV Concentração Automóvel............PVC Desfile de viaturas antigas e clássicos pelas ruas da cidade 17:00 Apres./Encontro Ana Cristina Silva .FDL Cartografia de uma obra singular 21:00 Palestra “Portugal a caminho da Guerra”FDL Máscaras de uma neutralidade ficcionada, com Jorge Silva. 21:30 Concerto de Música Coral “Redescobrir a Música” .....................Igreja N.S.Maia Orfeão de Gueifães Cidade Maia, Orfeão de S. Mamede, Coro N. S. da Maia. Participação do Coro Infantil da Filarmonia de Vermoim 21:30 União Salsera .................................FDA Concerto Musical

6 DE JULHO - SEGUNDA 15:30 Apresentação do livro“Os Outros”..FDL Isabel Magalhães. 21:30 Tertúlia Poética “O Pijama da Gata” .FDL com Pat R.L 21:30 Tuna de Medicina da Univ. Porto ....FDA

7 DE JULHO - TERÇA 15:30 Ap.livro “Girafritz aprende uma lição” FDL com Manuela Mota Ribeiro 21:30 Oficina “Ler do Aprender ao Fazer”.FDL com Teresa Guimarães (Cerra Livros) 21:30 Mariachis........................................FDA Concerto Musical.

8 DE JULHO - QUARTA

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15:00 Espetáculo de Animação da Leitura ..FDL 15:00 Espetáculo "As Obras Completas de Gil Vicente em 45 minutos" .................FDL com Nuno Meireles. 21:30 Acusticôco ......................................FDA Concerto Musical.

9 DE JULHO - QUINTA 15:00 Tert.Poét. “Vanina, a estrelinha do mar”FDL com Rosa Cruz. 19:00 Inaug.Tasquinha Com.Festas.........MER A “Genuina Sande de Leitão” 21:00 Espetáculo “Crimes Exemplares”....FDL “Pé no Charco" c/Teatro Of. JF Cid. Maia 21:00 Gala do Desporto............................TEN Das 21h às 00h00. 21:30 Amigos da Concertina ...................MER Animação de Rua 21:30 4 Claves ..........................................FDA Concerto Musical. 22:00 História da Romaria .......................SAN Caminhada noturna, interativa e comentada, pelas ruas da cidade da Maia.

10 DE JULHO - SEXTA 15:00 Apres. livro "O Anjo Gabriel, O Miguel e o livro de papel” ................................FDL com Isabel Santos Moura. 18:00 3ª Mostra Agrícola da Maia............MER Várias espécies de animais, máquinas agrícolas e produtos hortícolas. 20:00 Aber.Rest.Solar das Tílias..Lar de Nazaré 20:30 Zés Pereiras .................Praça Santuário Animação pelas ruas da cidade da Maia 21:00 Berg ................................................PAL Concerto Musical.Banda EKUS na abertura 21:30 Conto de fadas do Século XXI .........FDL 21:30 Maia Fashion 2015..........................PVC Desfile de Moda 21:30 Joana Andrade ................................FDA Concerto Musical. 22:00 IV MaiTunas....................................PVC Festival de Tunas Académicas com 4 pub

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Tunas a concurso + Tuna convidada 22:00 Inaug. Tômbola ..............................SAN 22:30 Zés Pereiras ...................................SAN Concerto Musical dos grupos presentes.

11 DE JULHO - SÁBADO 09:00 Jogos do GUINFAS ...........................PIS Das 9:45 às 11h e das 15:30h às 18:45h. 10:00 Romaria “Bom Despacho”...Ruas Concelho Todo o Concelho a caminhar rumo ao Bom Despacho, com animação (aula de Zumba) 10:00 Pingo de Leite................................MER Prova de leite diretamente dos animais em exposição 11:00 Inauguração da Requalificação da pista de atletismo, campo de treinos e courts de ténis cobertos............................PVC No âmbito do Centro Alto Rendimento. 15:00 Inaug. "Maia, Vinhos e Sabores" ...FUG Provasvinhos/Animação/PalestraseWorkshops 15:00 Dia da Criança.................................PAC Atividades infantis (ateliers, pinturas faciais, póneis, mascotes, “Olá Voltinhas”) 16:00 Tertúlia Poética "Asas de Poesia" ..FDL 16:00 Academias de Dança ......................FDA Espetáculo de dança. 17:00 Visita Guiada à Mostra Agrícola.....MER Apresentação da Mostra Agrícola 19:00 Missa Ação de Graças..Igreja N.S. Maia À celebração presidirá o Reverendíssimo Padre Domingos Jorge. Coro da Catequese. 20:00 Corrida de Galgos Noturna .............HIP Das 20h às 00:00h. 20:30 Cantares ao Desafio e ConcertinasRuas Cidade Animação de Rua 20:30 XI Show de Ginástica da Maia ........GIM Das 20h30 às 23h. 21:00 As Canções do meu País.................FUG Concertos pelo Coral Infantil Municipal “Pequenos Cantores da Maia” e pelos “Amigos da Música”. 21:00 Espetáculo Bailado de Histórias .....FDL Com Clara Haddad. 21:30 Raízes do Minho .............................FDA Concerto Musical. pub

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Programa 21:30 Percurso pela Música de Órgão .....SAN Concerto Musical, pelo organista Bruno Baptista. Estilos Mús.: Alemã, Francesa, Italiana, Espanhola e Portuguesa 21:30 B. Mar. Gueifães/B. Mus. Moreira..SAN Concerto Musical 22:00 XXXVII Fest.Folclore da Maia...........PAL Org. Rancho Folcl. S.Cosme Gemunde. 22:00 MaiDance .......................................PVC Danças de Salão c/ abertura ao público 00:00 Fogo de Artifício..............................MAI

12 DE JULHO - DOMINGO 09:00 Concurso de Equitação/CCE ............HIP Das 9h às 12h e das 15h às 18h 10:00 Pingo de Leite................................MER Prova de leite diretamente dos animais 10:00 Missa Solene Campal.....................SAN Celebração presidida pelo Reverendíssimo D. Manuel Linda (Bispo Forças Armadas) 14:30 B. Mar. Gueifães/B. Mus. Moreira..SAN Concerto Musical. 16:00 Celeb.Mariana - N.S.Bom Despacho ..SAN Procissão das paróquias do Concelho, representadas com Andor 19:00 Espetáculo Animais como Nós ........FDL com Margarida Fernandes. 20:30 Cantares ao Desafio e Concertinas ...Ruas Animação de ruas da Cidade 21:00 Maia Fashion 2015 ..........................PAL Desfile de Moda 21:00 Apres.Livro "Memórias de Tempos Idos".FDL Pe. Joaquim Antunes de Azevedo (Clube UNESCO da Maia) 21:30 Percurso pela Música de Órgão .....SAN Concerto Musical, pelo organista Bruno Baptista. Estilos Mús.: Alemã, Francesa, Italiana, Espanhola e Portuguesa 21:30 Coração Minhoto ............................FDA Concerto Musical 21:30 The ArtGym Company .....................PAL Espectáculo com os maitos vencedores do GOT TALLENT RTP 2015 22:00 Cortejo Etno. Terra Maia ...............Ruas Pelas ruas da Cidade da Maia

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22:00 Festival de Danças Urbanas ............PAL Espetáculo de Dança

13 DE JULHO - SEGUNDA (FERIADO) TDIA Dia Funcionário ..............................PAV Dia comemorativo, dedicado aos funcionários da Câmara Municipal da Maia. 09:00 Missa de Ação de Graças................SAN À celeb. pres. Rev.Pe. Domingos Jorge. Coro Nossa Senhora do Bom Despacho. 09:00 Missa Solene ........Sede dos Escuteiros À celeb. pres. Rev.Bispo D. Manuel Martins. Com o Grupo Coral Nossa Senhora da Maia. 16:00 Inaug. Ecocaminho..Sede dos Escuteiros Requalificação das Vias Paralelas e da Zona Industrial da Maia I. 16:00 “Não julgues um livro pela sua capa”..FDL Biblioteca Viva. 16:00 Dia do Agricultor da Maia ..............MER Aprenda a fazer Queijo Artesanal fresco. 16:30 Concurso de Cestos .......................MER Concurso c/produtos Hortícolas da Maia 21:00 São Rosendo e a Reorganização do Monarquismo no Noroeste Hispânico entre os Séculos X e XI....................FDL Com Prof. Dr. Luis Amaral (Clube UNESCO) 21:30 B. Mar. Gueifães/B. Mus. Moreira..SAN Concerto Musical. 21:30 Percurso pela Música de Órgão .....SAN Concerto Musical, pelo organista Bruno Baptista. Estilos Mús.: Alemã, Francesa, Italiana, Espanhola e Portuguesa 21:30 Tributo à Música Portuguesa..........FDA Concerto Musical. 22:00 Os Azeitonas ...................................PAL Concerto Musical 00:00 Fogo Piro Musical ..............Céu da Maia Espetáculo de pirotecnia

18 DE JULHO - SÁBADO 21:30 "As Mãos de Eurídice"...................FRM Com Pedro Bloch

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sexta-feira 03 de julho de 2015

Especial

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HISTÓRIA Estudo Antropológico

As Festas e a Maia \\

“Chega a Páscoa e a Primavera, e Portugal inteiro entra no ritmo da festa, até aos primeiros anúncios do Outono. Ritmo que aliás, apenas abranda durante os meses de Inverno”. PierreSanchis Dizem que nós os antropólogos temos a tendência dar voltas e voltas sobre as coisas e nunca esclarecer nada. Tenho receio de que isso me aconteça aqui, mas vou procurar evitá-lo. Sobretudo no Verão, da mais recôndita aldeia à grande metrópole, todo Portugal é, como afirma Pierre Sanchis, tomado pela festa. A aldeia em festa mobiliza populações de regiões inteiras. Sabemos todos que vir à aldeia para participar da “sua” festa, aquela de que se conserva a memória de infância, de que se lembram os cheiros, os sabores, os movimentos rituais, onde quiçá se ensaiou o primeiro arremedo de namoro, é o grande desejo dos emigrantes, velhos ou novos, residindo em Paris ou Newark, em Lisboa ou no Porto. Enquanto celebração, a festa pode ser vista como uma exaltação colectiva da liberdade, do cortar das amarras com o quotidiano monótono e cíclico. Enquanto subversão, a festa permite a desregulação, a fuga à regra, a oposição à lógica, o caos versus ordem. Já enquanto ritual, como alguém disse, é a consagração do princípio religioso da religere, isto é, da re-ligação, do revigorar, da reciprocidade, da reafirmação dos elos que unem o grupo social. Ela é também, como dizia Angel Aguirre, uma vivência grupal: a gente encontra-se, as manifes-

tações exteriores são colectivas, tudo se desenrola em função dos outros. Mas não deixa de ter facetas curiosas. É um palco de exposição identitária, sobretudo se tiver cobertura mediática (há Terras que nós apenas conhecemos porque têm uma festa). É também uma afirmação de prestígio familiar (cargos públicos, pertença a confrarias e instituições, representação). Também se reveste de carácter de integração social (voltam os emigrantes, reúnem-se pais e filhos, reencontram-se grupos de colegas). E não deixa de ser igualmente uma manifestação de estética social (o trajar, o engalanar, os espectáculos). A festa, de essência civil, pagã, muito embora em muitos casos cristianizada, tem como que um contraponto na romaria, de essência religiosa, sem dúvida na maior parte dos casos uma manifestação de religiosidade popular. De forte cumplicidade entre o ente sagrado a que ela é dedicada e as questões, frequentemente materiais, que se colocam ao romeiro e que originam a promessa e o respectivo pagamento. Normalmente as romarias compreendem missa festiva com sermão, frequentemente seguida de uma procissão que tem lugar no dia maior da festa, e no local de culto principal. Às manifestações religiosas propriamente ditas colam-se acções muito mais profanas, que constituem os chamados «divertimentos», sendo comuns os espectáculos musicais, os «carrinhos», as barracas de comes e bebes e de brinquedos, a que se juntou, mais recentemente, uma «horda» de vendedores esporádicos de tudo, de estatuetas indígenas a roupas para todos os gostos, passando pelos cd’s e dvd’s piratas. Ah, e não esqueçamos que, em muitos locais,

sobretudo do interior norte montanhoso, coexiste ainda uma terceira categoria de eventos, relacionados com a religiosidade popular, a magia, o curandeirismo, as medicinas alternativas. Mas para mim, como Xavier Marín Torné, a festa encerra em si uma característica fundamentais para explicar o nosso quotidiano e para a preparação do dos vindouros. A festa é uma escola. Uma escola onde aprendemos a idealizar a vida. Uma escola que nos mostra a possibilidade de superar o mundo da experiência imediata e, por sua vez, nos oferece os meios para construir um mundo diferente noutro sentido. É condição necessária de toda a existência que

se queira propriamente humana. A festa é o campo onde podemos conceber um colectivo com um relacionamento quase perfeito; o objectivo da festa é que as pessoas estejam bem. Por outro lado é uma escola poderosa de humanidade. Nas festas geram-se novos ideais que por algum tempo nos orientam; é muito graças a elas que aprendemos a acomodar, a compartilhar, a conhecer o valor da gratidão, da hospitalidade, da alegria, da paz interior, da serenidade, do entusiasmo, da euforia, da vontade de viver. Claro está que isto é válido para as festas que mantiveram um perfil tradicional. Aquelas que se descaracteri-

zaram, que se transformaram em «grande feira de tralha avulsa», que perderam o seu carácter quer no aspecto sagrado quer no profano, aí a realidade é outra. Essas «festas» tornaram-se num híbrido que não é carne nem peixe. Viraram supermercado de brinquedos e de guloseimas ao ar livre. Do churro espanhol à arte marroquina. Também aqui se substitui o primado do ser pelo do ter. E está o caldo entornado. Mas se este tema vos interessa, talvez possamos voltar a ele um dia destes. Entretanto, boas festas de verão em geral e boa Romaria do Bom Despacho em particular. José Maia Marques

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Especial

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CURIOSIDADES

Padroeiros das antigas freguesias

Padroeiros dos maiatos ÁGUAS SANTAS Padroeira: Sra. do Ó Representa o culto à Expectação do Parto. A imagem de Nossa Senhora do Ó sempre apresenta a mão esquerda espalmada sobre o ventre avantajado, em fase final de gravidez. BARCA Padroeiro: S. Martinho São Martinho é padroeiro de diversas profissões (antigas e modernas): curtidores, alfaiates, peleteiros, soldados, cavaleiros, restauradores (hotéis, pensões, restaurantes), produtores de vinho. Também é o padroeiro dos mendigos. FOLGOSA Padroeiro: Divino Salvador GEMUNDE Padroeiro: S. Cosme S. Cosme - crê-se que foi médico, e sua santidade é atribuída pelo motivo de ter exercido medi-

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cina sem cobrar por isso, devoto à fé. GONDIM Padroeiro: Divino Salvador GUEIFÃES Padroeiro: S. Faustino Aquando do seu nascimento e vida toda a península itálica se achava dominada pelo Império Romano, que havia torturado e condenado à morte Jesus Cristo. Foi neste ambiente hostil que se dedicou a espalhar a doutrina de Cristo. Ocupava-se a visitar os fiéis que se escondiam dos perseguidores. MAIA Padroeiro: S. Miguel Miguel é citado especificamente como “arcanjo”. Era percebido como um anjo de cura, e como protetor e líder do exército de Deus

contra as forças do mal. MILHEIRÓS Padroeiro: S. Tiago Pouco tempo depois da morte de Cristo no ano 33, o Apóstolo foi enviado à região onde se localizavam os reinos que formam a actual Espanha, para pregar a doutrina cristã- evangelização da região.

SÃO PEDRO FINS Padroeiro: S. Pedro Pedro (Simão) teria conhecido Jesus quando este lhe pediu que utilizasse uma das suas barcas, de forma a poder pregar a uma multidão que o queria ouvir. O nome de Pedro sempre encabeça a lista dos discípulos de Jesus.

MOREIRA Padroeiro: Divino Salvador

SILVA ESCURA Padroeira: Sta. Maria O anjo Gabriel apareceu a Maria, anunciando que Deus a escolheu para ser a mãe de Jesus

NOGUEIRA Padroeira: Sta. Maria O anjo Gabriel apareceu a Maria, anunciando que Deus a escolheu para ser a mãe de Jesus PEDROUÇOS Padroeira: Sra. da Natividade Celebra o nascimento da mãe de Jesus

S. PEDRO DE AVIOSO Padroeiro: S. Pedro Pedro (Simão) teria conhecido Jesus quando este lhe pediu que utilizasse uma das suas barcas, de forma a poder pregar a uma multidão que o queria ouvir. O nome de Pedro sempre encabeça a lista dos discípulos de Jesus.

STA. MARIA DE AVIOSO Padroeira: Sta. Maria O anjo Gabriel apareceu a Maria, anunciando que Deus a escolheu para ser a mãe de Jesus VERMOIM Padroeiro: S. Romão Vendo que um prefeito romano entrava numa igreja para a destruir, foi-lhe cortada a língua para que não continuasse a exortar à conversão dos pagãos. VILA NOVA DE TELHA Padroeira: Sra. do Ó Representa o culto à Expectação do Parto. A imagem de Nossa Senhora do Ó sempre apresenta a mão esquerda espalmada sobre o ventre avantajado, em fase final de gravidez.


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Especial Apresentado pela Seiva Trupe

TEATRO

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23 de julho, no Fórum da Maia

"As Mãos de Eurídice" LOL - Percebemos Bué de Internet! A Seiva Trupe apresenta, no Grande Auditório do Fórum da Maia, no dia 18 de julho, pelas 21h30, "As Mãos de Eurídice" de Pedro Bloch. As desventuras do escritor Gracindo Tavares, que decide abandonar a família e fugir com Eurídice, uma jovem bela e ambiciosa. Após sete anos de ausência, decide voltar ao lar mas, entretanto, a realidade mudara, já muita água tinha corrido debaixo das pontes. Trata-se de um dos textos em língua portuguesa mais representados por esse mundo fora, tendo vindo a obter um assinalável êxito, não só pela temática como também

pelo envolvimento dos espectadores. Bilhetes à venda ao preço único de 5€ nos seguintes locais: Fórum da Maia (segunda a sexta-feira 9h13h/14h - 18h, e uma hora antes de cada espetáculo). Biblioteca Municipal da Maia (segunda-feira: 18h-22h30, terçafeira a sábado: 9h30-22h30). Maia Welcome Center (todos os dias entre 9h e as 19h). On-line: http://forummaia.bilheteiraonline.pt/

LOL é um espectáculo ao vivo quem tem como base vídeos da internet e a sua dissecação. O apresentador do programa Curto Circuito, da SIC Radical, João Paulo Sousa. No sofá dos convidados estarão: Joel Rodrigues, Standup Comedian e Youtuber, que será o VJ (Video Jocker); Carolina Torres que depois de se dar a conhecer no programa “Ídolos", a bela e irrever-

ente maiata apresenta agora o "Curto Circuito" e o "Milkshake"; e Paulo Sousa, concorrente do Factor X que terá a difícil tarefa de juntar música pimba e vídeos do youtube num medley improvável. O espetáculo inicia com standup e acaba com uma actuação musical. Bilhetes à venda ao preço único de 5€ nos seguintes locais:

Fórum da Maia (segunda a sexta-feira 9h13h00/14h-18h, e uma hora antes de cada espectáculo). Biblioteca Municipal da Maia (segunda-feira: 18h-22h, terça-feira a sábado: 9h30-22h30). Maia Welcome Center (todos os dias entre 9h e as 19h).

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ARTESANATO

Maiata com trabalhos certificados e com participação em diversas exposições

Maria Helena Silva bordadeira da Maia

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Especial

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EXPOSIÇÃO Relíquias conhecidas pelos mais idosos que a juventude tem a oportunidade de conhecer

“Alfaias Agrícolas – A Ruralidade” e “O Escudete da Terra da Maia” para ver no Museu de História e Etnologia da Terra da Maia. No âmbito do ciclo "Na Fronteira do Esquecimento", o Museu de História e Etnologia da Terra da Maia apresenta a exposição "Alfaias Agrícolas - A Ruralidade", até 31 de dezembro. A Terra da Maia e a sua situação geográfica de suaves declives, possuidora de terras húmidas e férteis, proporcionaram aos seus habitantes o manuseamento da terra, originando elevada produção de produtos agrícolas, que os levou a subsidiar a cidade do Porto e arredores. A existência de um número razoável de alfaias agrícolas era evidente e, felizmente chegaram até nós bons exemplares, fruto de uma investigação e da boa vontade dos proprietários que as cederam ao município. A coleção de Etnologia que se apresenta foi recolhida entre os anos oitenta com o objetivo de divulgar a vida rural da Terra da Maia. Esta coleção integra atualmente o Fundo Antigo do Museu, ilustra a ocupação humana da Terra da Maia destacando a antiguidade desta região e as formas de ocupação, gestão e aproveitamento da terra que pelo seu equilíbrio, foram

transmitidas de geração em geração até muito recentemente, isto é, desde o século XVIII ao século XX. Os objetivos da vertente Etnologia do Museu são a divulgação e estudo da coleção etnográfica e realizar recolhas da alfaia agrícola tradicional da Maia, tendo como base de estudo a Casa (explicar) de onde provêm, assim como o estudo e recolha de objetos relacionados com as profissões desaparecidas e atividades extintas que tiveram lugar no concelho. As alfaias agrícolas expostas, retratam a vida rural na Terra da Maia, tais como: Mobilização da terra, corte e manuseio de forragens, monda, sacha e rega, sementeiras, colheitas, debulhas e armazenamento do grão. Com entrada gratuira, a exposição pode ser visitada de terça a domingo das 9h às 13h e das 14h às 18h. “O Escudete da Terra da Maia” No âmbito do ciclo "Na Fronteira do Esquecimento", o Museu de História e Etnologia da Terra da Maia tem patente a exposição "Escudete", até 31 de dezembro.

A Terra da Maia, outrora possuidora de uma extensa área geográfica, terra fértil e húmida, proporcionou já do tempo da romanização, o desenvolvimento demográfico da região e, por consequência o desenvolvimento da habitação através dos tempos. A existência de um grande número de casas agrícolas, com os seus portões e arcos de cantaria, não dispensam o ”Escudete”. «Para além do seu valor intrínseco e do interesse estético que despertava e desperta, a concepção decorativa destas materializações visava também a integração, na sua estrutura formal e compositiva, de elementos com ancestral carga simbólica. Daí que a função ornamental se associasse algo de carater mágico»(in Sérgio Sá, Aspectos Decorativos, nos Portais das Casas de Lavoura da Antiga Terra da Maia, ed. de Autor, Maia, 2007, p. 95). Para proteção dos maus agoiros e superstições, a simbiose de elementos simbólicos é notória. A presença de corações e outros elementos decorativos gravam a importância da família e a sua ostentação e riqueza. Associado ao escudete, existe a

“Aldraba”, peça em metal, de vários tamanhos e feitios, com ou sem elementos decorativos e, por vezes cunhavam a data de fabrico, geralmente pendurada na parte exterior do portão, em comunhão com o Escudete. A sua utilidade primeira serve de batente, quando acionada produz um forte som que facilmente é escutada pelo dono da casa, sinal que alguém se faz anunciar. Assim sendo, esta exposição te-

mática sobre o “Escudete”, mostra aos munícipes da Maia, verdadeiras relíquias sobejamente conhecidas pelos mais idosos e que a juventude terá a oportunidade de conhecer esta realidade tão usada pelos seus ancestrais. A exposição é de entrada gratuita e pode ser visitada de terça a domingo 9h às 13h e das 14h às 18h.

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maiahoje GASTRONOMIA

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Pescada no Atlântico e Mediterrâneo

Conhece a Sardinha Portuguesa? \\

Por estes dias é o peixe mais desejado. “Quente e boa”, pinga sobre o pão. Convém, por isso, saber puxar a sardinha à nossa brasa.

A sardinha é peixe de água salgada cuja área de distribuição é muito ampla, mas a que se encontra no mercado Português é maioritariamente pescada no oceano Atlântico e no Mediterrâneo. Geralmente, são peixes de pequenas dimensões (10-18 cm de comprimento) que se alimentam de plâncton (minúsculos crustáceos encontrados em águas superficiais) e formam grandes cardumes. Informação nutricional A sardinha grelhada tem 12,3 % de lípidos, composta principalmente por ácidos gordos polinsaturados, nomeadamente os omega 3, sendo assim classificada de peixe gordo. É um bom fornecedor de proteína (25,0 %) de bom valor biológico. Além disso, tem quantidades apreciáveis de vitaminas A, niacina, B6 e B12 e diversos minerais, como o cálcio, ferro, fósforo, magnésio e sódio. O teor de colesterol é relativamente baixo. Apesar da composição apresentada ser relativamente comum no grupo dos peixes gordos, a sua composição varia consoante a espécie em questão e existem mesmo diferenças dentro da mesma espécie. A composição nutricional da sardinha é variável consoante a frescura e época do ano da captura. A melhor época é no Verão, quando apresenta um crescimento e teor de gordura corporal adequado às expectativas do consumidor. Noutras alturas do ano, o teor de gordura é mais baixo mas o sabor não é tão apreciado. A sardinha é normalmente consumida assada na brasa. A sardinha frita é outra forma de

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consumo deste peixe, mas é necessário ter em atenção que tem um teor bastante elevado de lípidos. Veja na seguinte tabela a composição nutricional da sardinha de Verão (gorda) grelhada e frita. Vantagens e desvantagens O consumo regular de peixe é essencial a uma alimentação saudável. Os ácidos gordos insaturados, predominantemente os ómega-3, da sardinha são benéficos para a saúde cardiovascular. Estes ajudam a baixar os níveis de LDL-colesterol (“mau colesterol”), elevar os níveis de HDL-colesteol (“bom colesterol”), intervém ainda na tensão arterial, coagulação sanguínea, resposta imune e reacções inflamatórias. Assim, os ácidos gordos polinsaturados ajudam a diminuir o risco de doença cardiovascular e hipertensão. A proteína do peixe é de bom valor biológico e fácil digestão, pelo que ajuda a satisfazer as necessidades proteicas de uma forma mais eficaz e saudável. A vitamina B12 é importante para o crescimento e divisão das células e, em conjunto com o ácido fólico, ajuda na formação de glóbulos vermelhos. O ferro da sardinha, por se apresentar na forma “heme”, tem uma boa disponibilidade e é importante para a formação dos glóbulos vermelhos, transporte do oxigénio no sangue e produção de componentes essenciais, como hormonas e colagénio. O zinco é benéfico para o imunitário e função reprodutiva e participa no metabolismo de inúmeros componentes no organismo.

No entanto, os peixes gordos são desaconselhados para pessoas que sofram de níveis elevados de ácido úrico no sangue (hiperuricemia) ou gota, devido ao seu elevado teor em purinas, que no organismo são transformadas em ácido úrico. Se a sardinha viver em águas poluídas, a gordura armazena alguns contaminantes que, a longo prazo, podem ser prejudiciais à saúde. Como comprar e conservar Seja exigente ao comprar sardinhas! A qualidade da sardinha depende da sua frescura e uma observação atenta do aspecto seu ajuda-o a estimar a frescura. O peixe fresco tem… * Guelras bastante vermelhas e sem muco * Corpo de consistência firme * Olhos salientes e brilhantes * Escamas brilhantes e bem fixas * Odor suave a maresia Como se deterioram com facilidade, deverá consumi-las no próprio dia ou no dia seguinte à compra. Compre-as no final do dia antes de ir para casa e prepare-as para o jantar! Se só puder consumir no dia seguinte, retire as vísceras, lave-as e coloque-as no frigorífico na zona mais fria do frigorífico, normalmente na prateleira superior. Não deve congelar as sardinhas porque altera a gordura e modifica o sabor e a textura.Fonte: Nestlé Preparar e Assar - A sardinha deve ser salgada uns 20 minutos antes de ir às brasas. Regra geral basta um pouco de sal grosso diretamente

na guelra; - A grelha onde vai ser colocada a sardinha deve estar o mais limpa possível. Caso seja nova convém “queimá-la” na chama do carvão durante alguns minutos; - Escolha um carvão de boa qualidade. Ele será fundamental para umas boas brasas. Estas devem estar quentes no ponto. Ou seja, não demasiado para evitar queimar o peixe e eliminar os óleos gordos contidos na pele, tidos como bons para a saúde; - O carvão deve queimar 30 minutos antes de receber as primeiras sardinhas; FICHA TÉCNICA

PUBLICAÇÃO QUINZENAL EDITADA POR

Publireferência, Lda. RUA PEDRO JULIÃO, 114 - R/C 4470-349 MAIA REGISTADA NA 2ª CRPC MAIA CONTRIBUINTE NÚMERO 509 316 620

Depósito legal 147209/00 ERC nº 123524 Tiragem 10.000 exemplares DIRECTOR DA PUBLICAÇÃO: Artur Bacelar TPJ 6262 artur@maiahoje.pt REDACTORES: Rita Santos, TPJ 9973 rita@maiahoje.pt Luís Filipe Azevedo, TPJ CO1322 luis@maiahoje.pt Ferreira Silva, TPJ CO850 silva@maiahoje.pt Francisco José Bacelar, TPJ CO592 francisco@maiahoje.pt Manuela Sá Bacelar TPJ CO711 manuela@maiahoje.pt ASSISTENTES DE REDACÇÃO: Ana Luisa Azevedo, analuisa@maiahoje.pt COLABORADORES FOTOGRAFIA: Edgar Alves, TPJ CO708 Manuel Jorge Costa, TPJ CO710 CORRESPONDENTES: Ainhoa Carrasco Robles (Espanha) Catarina Almendra, TPJ CO1321 (Lisboa) João Diogo (Brasil) Williams James Marinho (EUA)

- Por outro lado, a grelha, sobre as brasas, deve estar bem quente no momento de receber o peixe, para evitar agarrar a sardinha; - Nunca juntar qualquer tipo de óleo ao peixe antes de o assar. Não verter óleo na grelha; - A sardinha assa pouco tempo. Há que evitar deixar o peixe muito seco. Basta assar cinco minutos cada face. Acompanhe sempre a assadura, evitando chamas sobre as brasas (o óleo que pinga da sardinha pode atiçar o fogo). Se tal acontecer afaste a grelha do carvão até a CRONISTAS HABITUAIS: Agostinho Silva (sociedade) António Neto (política) Deco Norte (defesa do consumidor) Fernando Pedroso (poesia) Joaquim Armindo (sociedade e religião) Mário Lopes (sociedade) Nelson Azevedo Ferraz (sociedade) Orlando Leal (política) Paiva Netto (sociedade e religião) Pedro Ferreira (política) Ricardo Filipe Oliveira (sociedade) Rogério Gonçalves (sociedade) Vitor Dias (sociedade) DESIGN / PAGINAÇÃO: Luís Filipe Azevedo DEPARTAMENTO COMERCIAL: António F Silva silva@maiahoje.pt SEDE/ REDACÇÃO / D.COMERCIAL Rua Pedro Julião, 114 - R/C 4470 - 349 Maia Telefone 22 406 21 26 • Fax. 22 406 21 25 IMPRESSÃO E EMBALAGEM: Empresa do Diário do Minho - Braga Os artigos de opinião são da responsabilidade de quem os assina, não reflectindo nem vinculando a opinião dos proprietários, editores, redacção, ou director do Jornal. A direcção de informação do Jornal é defensora da plena liberdade de expressão, reservando-se no entanto a não publicar artigos de opinião que prejudiquem deliberadamente a imagem e liberdade de outros. É política do Jornal o pluralismo e isenção nos assuntos tratados. MEMBRO HONORÁRIO Corpo de Voluntários de Protecção Civil da Maia desde 24/11/2007


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Irmandade da Coroa de Nossa Senhora do Bom Despacho, de 1730 deu lugar em 1944 à:

Confraria do Santíssimo Sacramento, Nossa Senhora do Bom Despacho e Almas Num dos parágrafos do Prólogo dos Estatutos (folha 6), justifica-se a superioridade da invocação da Senhora do Bom Despacho sobre todas as outras. Assim, o autor – que, ao que tudo indica, terá sido o P. Luís de Oliveira Alvim – fundamenta esta devoção na eficácia da intercessão de Maria enquanto ministra do homem: Muitas mas sam as figuras ou retratos que os escriptores com o fino pinsel de sua penna retrataram a Maria Santíssima, porém entre todos os retratos miraculozos o mais singular e prodigioso foi o da vara, na qual Isayas a retratou (...) por nessa se figurar Maria com o soberano títolo de Bom Despacho, pois se a vara he insígnia de ministro, na qual apenas pegando com ella administra os despachos dos homens, assim Maria Santíssima, apenas pegou da vara (...), logo se constituio ministra do homem e floreceo com bons despachos para as creaturas (...) É interessante verificar que a expressão bom despacho não aponta, nesta invocação, para as situações de parto ou morte, como

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acontece noutras com o mesmo nome, mas para uma atitude semelhante a um acto administrativo, em que Maria defere os pedidos que os crentes lhe fazem, despachando-os independentemente do tipo da situação de aflição que os motiva. No mesmo Prólogo (p.12) é louvada a misericórdia de Maria, que, sob a invocação de Senhora do Bom Despacho, atende as preces de todos os que a ela se dirigem: ... he Maria sol que sem attender a merecimento, ilumina com seos resplandores assim a justos como a peccadores. Deste modo, afirma-se que um dos principais objectivos da criação desta Irmandade é unir, sob a protecção de Nossa Senhora do Bom Despacho, huns e outros irmaons em o vínculo de amor e charidade. Mais adiante, no capítulo A dos referidos Estatutos (p.15), é lembrado aos moradores de Barreiros o grande bem que para as almas he o estares unidos e viverem todos como irmaons conformes com o amor de Deus, esta união será certamente conseguida

com o patrocínio da Mae do mesmo Deos, Raynha dos Anjos e advogada dos pecadores, a Virgem Sanctíssima Senhora Nossa... O texto justifica a veneração de que nossa Senhora é alvo, sob a invocação do Bom Despacho, numa freguesia cujo orago é S. Miguel. Este esforço de explicação e conciliação das duas devoções deixa adivinhar um provável desagrado dos devotos do ancestral padroeiro de Barreiros – S. Miguel – que o viam já destronados face ao crescente culto da Senhora do Bom Despacho. Assim refere-se que os irmãos de uma confraria são semelhantes a vassalos na sua atitude de veneração; esta vassalagem só se justifica onde houver uma Rainha e um Príncipe que possam ser servidos pelos fiéis: ... só onde assiste o Princepe e a Raynha he que deve haver vassalos decretados para os sirvirem. Pincipe [das milicias dos anjos], he S. Miguel, Raynha he N. Snr.ª do Bom Despacho (...) que ambos estejam nesta Igreja (...) Se nam vejam: quando houve no Ceo aquella grande pelleja como Prin-

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cepe (...) mas tambem hua Mulher coroada como Raynha (...) E quem era essa Mulher Senam Maria Santíssima Senhora do Bom Despacho? A festa de Nossa Senhora do Bom Despacho sempre se celebrou, na freguesia de Barreiros, no segundo domingo de Julho. Nos estatutos da irmandade refere-se que teve sempre por custume esta freguesia fazer a festa a N. Snrª do Bom Despacho em o segundo Domingo do mez de Julho (folha 23v.). Podemos, por isso, afirmar que esta celebração se realiza nesta data desde há, pelo menos, cerca de trezentos anos. Esta calendarização foi sendo mantida porque os fiéis já estavam a ela acostumados: ... e como he o dia de que o povo tem já noticia, por isso ordenamos que nelle se faça... . No mesmo texto são dadas indicações precisas aos irmãos da Confraria quanto ao comportamento e indumentária a adoptar durante as cerimónias: ... em cujo dia esperamos assistam todos os irmãos o mais luzidos que puder

ser, assim para nelle se confessarem e comungarem como para assistirem na procissam com as suas medalhas, e da mesma sorte as mulheres (...) e achando-se presente o Juiz, sendo nosso irmã, hirá com a sua medalha, vara e demais ornato necessário e se fará a festa com a pompa possível... . Através da leitura dos documentos do Arquivo Paroquial, apercebemo-nos da importância crescente que a Irmandade assumiu, não só pelo contributo que deu à vida espiritual da freguesia mas também pela hegemonia temporal que foi adquirindo e que estará certamente na origem de certos atritos que se adivinham nas entrelinhas dos referidos textos, como acontece, por exemplo num texto de 1768, Na sequência da relação dos bens da Igreja de S. Miguel, feita pelo Padre João José Cardozo de Noronha, então pároco de Barreiros, o mesmo inventaria também os bens da confraria e irmandades existentes na paróquia (fl. 82 do Livro dos Capitullos da Igreja de S. Miguel de Barreiros), começando pelos Bens de que


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tenho notícia são da Confraria e Irmandade de Nossa Senhora do Bom Despacho dos quais seus confrades não quizerão dar conta, por serem da jurisdição secullar. Passa de seguida à relação dos objectos em causa, dentre os quais se destacam hua croa de pratta e hum resplendor, tinteiro e penna da promessas feitas à Senhora do Bom Despacho: tranças de cabelo, velas, mortalhas, quadros de navios (ex-votos), peças de ouro. Tal como a Igreja de S. Miguel, esta imagem foi custeada por Domingos Luís Barreiros, residente no Brasil, que foi autorizado a reservar para si e para a sua família uma sepultura ao fundo do corpo da Igreja, em frente ao mesmo altar. Também na capela-mor se observa a pedra que cobre o túmulo do Rev.º Vicente Gramaxo. O culto de Nossa Senhora do Bom Despacho parece assim ter raízes muito antigas em S- Miguel de Barreiros. Nos Estatutos da Irmandade da Coroa de Nossa Senhora do Bom Despacho, de 1730 – livro manuscrito abundantemente decorado, conservado no Arquivo Paroquial – é referida a profunda devoção dedicada a esta invocação de Nossa Senhora, quer da parte dos naturais da freguesia, quer de outros fiéis, nomeadamente marinheiros e pescadores, que ocorriam à Igreja Paroquial de Barreiros para agradecer as graças recebidas: (...) e por isso sempre foi venerada esta imagem soberana, mayormente pelos

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homens maritimos como dos moradores de Maçareloz, Sam Joam da Foz e Mathozinhos e mais circumvezinhos do mar de villas, e cidades que a esta Igreja continuamente concorrem, e vem tributarlhe, e renderlhe as graças pelos despachos concedidos nas suas súpplicas, e offerecerlhes suas dadivas (...) (fl.9). No mesmo documento referem-se os prodigiosos despachos e excelentes milagres que esta Soberana Imagem de Maria tem obrado depois que a colocou o R. do António Rodriguez de Carvalho Abbade que foi desta Igreja que Deus tenha em sua santa gloria, que haverá pouco mais de sincoenta anos que a colocou (...) (fl.9). A importância deste culto esteve certamente na origem da primitiva Confraria, criada em data desconhecida e, a avaliar pelo que é afirmado no documento de 1730, sem estatutos próprios: (...) cuja Senhora supposto tenha já seo modo de Confraria a quem servem dous moradores desta freguesia que p.ª isso se elegem em cada hum anno, cõtudo como the qui nam tenha statutos approvados p.ª por elles se guovernarem (...) (fl.16). O P.e Luís de Oliveira Alvim, pároco de S. Miguel de Barreiros entre 1729 e 1747, juntamente com um grupo de paroquianos, reformou em 1730 a referida Confraria, erigindo a Irmandade da Coroa de Nossa Senhora do Bom Despacho e redigindo os respectivos estatutos. No manuscrito dos referidos es-

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Especial tatutos podemos ler um texto em verso, ao estilo da devoção popular, a que o autor – não identificado – chamou Romance, e que é dedicado a esta invocação de Nossa Senhora:

Com títulos muito heróicos se exalta neste universo, com a coroa do Bom Despacho novamente aqui a temos.

Neste Paiz mui florido vale ameno de Barreyros onde sam flores abismos onde abismos sam portentos

Da May de Deos os despachados sam infinitos e imensos os que veneram o Rosário os alcançam manifestos.

Se consagra à pura Rosa de Maria mais que imensos cultos jamais nunca vistos lá nos pretéritos séculos.

Porem estes seos irmaons que a veneram com excesso apelando para a coroa terão melhor provimento.

Que Maria Venerada fosse sempre em outros tempos, com timbres do Bom Despacho já com diadema a temos.

Pois quem busca esta Senhora com este título supremo em seo favor os despachos serão milhares de centos.

Pois da Coroa a Irmandade, erecta com tanto obséquio, se lhe dedica à Senhora nova coroa, novo veptro. Misterioso he o titulo de Bom Despacho por certo com este novo da Coroa não vai fora de mistério Se sabemos que a Raynha desses tronos pre excelsos he bem lhe dêmos a coroa Ca neste globo terreno. Donayre lhe tributa o sol, majestade o firmamento, Diana a seos pés rendida lhe offerta luzente império.

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como deixa perceber a Nota Histórica que antecede os estatutos de 1944: O amos às coisas passadas e a lembrança de que foi outrora esta freguesia, fizeram nascer no espírito do zeloso Pároco, José Pinheiro Duarte, o desejo de levantar, da cinza em que jazia, a Confraria de Nossa Senhora do Bom Despacho, e elevá-la às alturas da sua antiga fama. Assim esta associação religiosa voltou, a partir de 1944, ao seu papel de organismo importante na vida da paróquia em que foi erigida, passando a designar-se Confraria do Santíssimo Sacramento, Nossa Senhora do Bom Despacho e Almas. Maria Artur In www.paroquiadamaia.net

Desta mui nobre Irmandade este statuto fizeram, Confraria de aplauzos, compromisso de obséquios. Para terem Maria despacho de gozo eterno, em Templo de S. Miguel esta Irmandade fizeram. Mesmo que quotidianamente tem a Senhora e o Menino Jesus dos brassos, bem como huma capa da Senhora de seda branca matizada com ouro e outra ditta de matizes de cores. Apesar da vitalidade inicial atestada em documentos anexos aos estatutos, a actividade da irmandade deve ter decaído ao longo dos anos,

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sexta-feira 3 de julho de 2015

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PALAVRAS CRUZADAS - ESPECIAL FESTAS

HORIZONTAIS 1. PADROEIRO DE GEMUNDE 6. CONSTRUÇÕES EM HONRA DE S.JOÃO LEVADAS A CONCURSO 7. LEGUME MUITO RICO EM VITAMINA C USADO NO S.JOÃO 8. IGREJA Nª SRª BOM DESPACHO OU DE.. 11. FESTAS DA MAIA CORRIDA NOTURNA DE 14. PÃO FEITO A PARTIR DE FARINHA DE MILHO, CENTEIO E MALTE 15. NUMERO PAGINAS JORNAL MAIA HOJE FESTAS 19. RAMO DE....PARA POR NA CARA DOS HOMENS NO S.JOÃO 22. PELO S.JOÃO A SARDINHA PINGA NO 24. PADROEIRO DE SILVA ESCURA 25. PADROEIRO DE SÃO PEDRO FINS 29. PEIXE APRECIADO NO S.JOÃO 30. MISSA SOLENE FESTAS PRESIDIDA POR 32. PADROEIRO DE BARCA 34. PADROEIRO DE GUEIFÃES 35. O SEU JORNAL 37. PADROEIRO DE SÃO PEDRO DE AVIOSO 38. SECULO IGREJA DE Nª SRª BOM DESPACHO 39. DOMINGO DE CELEBRAÇÃO Nª SRª DO BOM DESPACHO

SOLUÇÕES HORIZONTAIS: 1. SÃO COSME; 6. CASCATAS; 7. PIMENTO; 8. SÂO MIGUEL DA MAIA; 11. GALGOS; 14. BOROA; 15. VINTE E QUATRO; 19. CIDREIRA; 22. PÃO; 24. STO ANTÓNIO; 25. SAO PEDRO FINS; 29. SARDINHA; 30. BISPO DOM MANUEL MARTINS; 32. SAO MARTINHO; 34. SÃO FAUSTINO; 35. MAIAHOJE; 37. SÃO PEDRO; 38. DEZOITO; 39. SEGUNDO. VERTICAIS: 2. SÃO TIAGO; 3. STA MARIA; 4. SRA DO Ó; 5. MARTELO; 9. DEZ; 10. JARDIM DAS FONTES; 12. ANTÓNIO; 13. SÃO ROMÃO; 16. DIVINO SALVADOR; 17. RANCHO DE SÃO COSME; 18. BALAO; 19. CABRITO; 20. SRA DA NATIVIDADE; 21. PASSOS; 23. CALDO VERDE; 26. BERG; 27. TREZE DE JULHO; 28. OS AZEITONAS; 31. ALHO-PORRO; 33. MANJERICO; 36. BARROCO. pub

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VERTICAIS 2. PADROEIRA DE MILHEIRÓS 3. PADROEIRA DE NOGUEIRA 4. PADROEIRA DE ÁGUAS SANTAS E VN TELHA 5. BRINQUEDO RUIDOSO UTILIZADO NO S.JOÃO 9. NUMERO DE FREGUESIAS DA CIDADE DA MAIA 10. LOCAL FOGO DE ARTIFICIO FESTAS DA MAIA 12. S PEDRO S JOÃO E SANTO 13. PADROEIRO DE VERMOIM 16. PADROEIRO DE FOLGOSA E DE MOREIRA 17. RANCHO ORGANIZAÇÃO FOLCLORE FESTAS DA MAIA 18. OBJETO LANÇADO AO AR NO S.JOÃO 19. CARNE APRECIADA NO S.JOÃO 20. PADROEIRO DE PEDRUÇOS 21. PROCISSÃO DO SR. DOS ... 23. SOPA TIPICA DO S.JOÃO 26. VENCEDOR FACTOR "X" EM ESPETACULO NA MAIA 27. DIA DO FUNCIONÁRIO - MAIA 28. BANDA ROCK ALTERNATIVO NAS FESTAS DA MAIA 31. PLANTA USADA PARA BATER NA CABEÇA 33. PLANTA PERFUMADA TIPICA DO S.JOÃO 36. ESTILO DA FACHADA DA IGREJA NªSRª DO BOM DESPACHO pub


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