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BAGÉ, quinta-feira, 2, e sexta-feira, 3 de julho de 2020 - ANO XXVI Nº 6 539 | R$ 2,00

Bagé institui grupo para tratar sobre aulas

DIVULGAÇÃO

COMITÊ “CICLONE-BOMBA”

Ventania mantém região em alerta

CENTENÁRIO

Exposição virtual assinala 100 anos do Bagé

COE da Educação deve analisar planos de contingência para retorno gradativo

Coopersul registrou danos em redes de Candiota e Aceguá; Defesa Civil acompanha situação

Material elaborado por acadêmicos de Jornalismo da Urcamp está disponível no site do JM

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Pág. 15 SEÇÃO DE MEDIÇÃO DA AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS

ESPECIAL

A “RÉGUA” QUE DETERMINA O USO DA ÁGUA DO RIO NEGRO Reportagem especial destaca funcionamento de Estação Fluviométrica na Estância do Espantoso, em Bagé, que determina, dependendo do nível registrado – denominado de “regra da água” –, a autorização ou impeditivo para a captação de água do Rio Negro. Questão sobre uso do hídrico da bacia, que vai até o Uruguai, vem sendo debatido e uma regulamentação específica é estudada.

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CULTURA

Agenda com o Estado definirá uso de recursos da Lei Aldir Blanc Previsão é que Bagé receba pouco mais de R$ 825 mil; total regional é de R$ 1,3 milhão Pág. 3

LGBTQIA+

Reportagem analisa luta por direitos de comunidade em Bagé Atualmente, seis pessoas da região aguardam encaminhamento para hormonoterapia Pág. 13

Previsão do tempo

2ºC

10ºC

EMPREENDEDOR - Sicredi destaca edição do Dia de Cooperar

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Opinião

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BAGÉ, 2 E 3 DE JULHO DE 2020

João L. Roschildt

joaoroschildt.jornalminuano@outlook.com

Coxilha

Para pais verdadeiramente comprometidos com seus filhos, o simbolismo do amor pode se apresentar a qualquer momento. Talvez pela falta de maturidade ou por não terem sentido a sensação de nostalgia, filhos têm mais dificuldade em ver alguma mágica metafórica. Muito provavelmente uma mudança de visões só acontecerá quando se tornarem pais. Mas, para gerações inteiras que perderam a verdadeira noção do que é belo, qualquer comparação simbólica nas ações cotidianas, não faz sentido algum. Assim como suas vidas são desprovidas de significados profundos, tudo em seu entorno esmaece. Sem a exposição de uma fresta para a transcendência, nenhum ser humano perceberá o quão profundo podem ser os versos de “A espantosa realidade das coisas”, de Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa: “Por vezes ouço passar o vento; E acho que só para ouvir passar o vento vale a pena ter nascido”. A maioria sequer sabe o que é o vento. Há pouco tempo, eu e meu filho descemos de mãos dadas uma pequena coxilha, enquanto sua mãe, meu amor, descansava em uma bucólica casa de campo. As diversas plantas nativas que balançavam com o vento, prendiam a atenção de seus olhos e faziam com que ele apontasse incessantemente em suas direções. Era uma vasta extensão de novidades. Quase ao término do declive, meu filho aproveitou para ver algumas vacas e cavalos, animais que habitam seu imaginário de histórias infantis. Olhou para o céu, apontou para alguns pássaros. Aproveitou e acenou para a “dona Lua” que, mesmo sendo dia claro, já se mostrava. Provavelmente ela o tenha retribuído. Mas eu não consegui observar. Paramos por um instante. Ou-

vimos o vento, literalmente. E ouvimos o silêncio. Parado, ele apontou para uma porteira como que pedindo para ir até lá. Expliquei que estava muito distante. Ele ouviu e repentinamente começou a subir sozinho a coxilha para retornar ao nosso ponto de partida. Como estava com minha câmera fotográfica e dada a inclinação, aproveitei para registrar esse momento de contraste com o campo e com o céu. Suas perninhas compridas, protegidas por botas, equilibravam seu corpo com certa dificuldade para se manter em pé. Algo normal para quem tem um ano e seis meses de idade. No meio do trajeto, enquanto o fotografava, gritei: “Joaquim! Joaquim!”. Ele parou e virou o tronco em minha direção. Cansado demais para sorrir, preferiu me observar de forma séria. Estava longe, mas a lente me colocou em seus olhos. Havia carinho, cumplicidade e amor. Talvez ele tenha pensado: “Pai, estou bem, só estou subindo para ver a mãe”. E assim ele voltou a sua pequena “escalada”. No topo da coxilha, quando o contraste com o céu se tornou mais proeminente e fiz meu último registro fotográfico, entendi como os filhos são do mundo. E que os pais não são os donos do mundo. Até o meu último suspiro, espero que a vida me possibilite ver os esforços e vitórias de meu filho. Pode ser que ele tenha me deixado na parte baixa da coxilha para mostrar isso e o quanto é autônomo. E o quanto consegue se equilibrar em terrenos irregulares. E o quanto está apto para vencer um obstáculo enorme para alguém tão pequeno. No dia em que partir, espero me recordar com felicidade de tudo isso. Me ergui. Observei as fotos tiradas na tela da câmera. Escutei o vento novamente. Vi que era hora de subir a coxilha.

Professor do curso de Direito da Urcamp

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GERENTE COMERCIAL Adriana Robaina

EDITOR-CHEFE Felipe Valduga

Editor assistente - Sidimar Rostan • Reportagem - Viviane Becker - Cláudio Falcão - Melissa Louçan - Jaqueline Muza - Rochele Barbosa - Yuri Cougo Dias • Chargista - Cláudio Falcão • Repórter fotográfico - Tiago Rolim de Moura • Diagramação - Luís Mário Pereira - Vinícius Silva • Assistente comercial - Angelina Britto • Executiva de Contas - Dulce Dias • Distribuição - Marcos Goulart • Administrativo - Lidiane Selaje Marques • Colaboradores - José Carlos Teixeira Giorgis - Marcelo Teixeira - José Artur M. Maruri dos Santos - Jair da Silva - Dilce Helena dos Santos - Fernando Risch - João L. Roschildt • Impressão - Gráfica UMA (Grupo RBS) - Porto Alegre/RS Laboratório FACOS

Coordenador do Curso de Jornalismo

Glauber Pereira

Os artigos assinados não refletem, necessariamente, a posição do jornal. Por isso, a editoria não se responsabiliza pelas opiniões emitidas.

Luiz Fernando Mainardi

Nossa bandeira não será vermelha

Refiro-me, evidentemente, ao tema da Covid-19. Como todos sabem, o governo do estado instituiu um modelo de gestão da doença conhecido como Afastamento Controlado, que a partir de determinados critérios relacionados ao avanço da contaminação e à capacidade de atendimento do sistema de saúde, gera um indicador que determina se aquela região terá mais ou menos restrições de mobilidade. O indicador da bandeira vermelha é o que demonstra risco alto de contágio e, portanto, maior gravidade da doença. Acima dele, apenas a bandeira preta, que indica a necessidade de um lockdown, um termo em inglês que significa a necessidade de um fechamento total, com confinamento rigoroso dos cidadãos. Felizmente, nossa região se mantém, pela segunda semana, com um indicador amarelo, que não significa que estamos livres da Covid-19, mas que estamos em condições melhores, comparativamente, para enfrentar a doença. No que depender de mim, manteremos essa situação até a superação completa dessa pandemia, que tem impactado fortemente nossas vidas e a nossa economia. As previsões das instituições mais sérias, de âmbito mundial e nacional, é que nossa economia terá um decréscimo de quase 10% neste ano. Todos sabemos o que isso significa em termos sociais. E precisamos, evidentemente, nos preparar para enfrentar essa situação, que trará (e já está trazendo) desemprego e aumento de necessidades básicas da população. É verdade que já vínhamos em uma situação crítica, gerada pela política chamada de “hiper-liberal” do Paulo Guedes (banqueiro e ministro da economia do Bolsonaro). Sinteticamente, essa política do Guedes e do Bolsonaro acredita que o mercado é capaz de resolver todas as dificuldades econômicas e que o Estado atrapalha a economia. Para vocês terem uma ideia, essa política foi capaz de deixar mais de 1 milhão de brasileiros na fila de espera do Bolsa Família, retirar mais de R$ 20 bilhões do orçamento do SUS nos últimos três anos, através da chamada Lei do Teto, que estabeleceu limites de in-

vestimentos em saúde, e produzir uma reforma trabalhista e previdenciária que diminui pensões e retirou direitos dos trabalhadores. O resultado é que a pandemia nos pegou de “calças curtas”, com muitas pessoas necessitadas. Preocupado com esta situação, os deputados da oposição ao governo apresentaram a proposta do Auxílio Emergencial de R$ 600,00. Se fosse só essa a contribuição da oposição – na qual eu me incluo – ao enfrentamento da Covid-19, já estaria de bom tamanho. Hoje, a luta é por manter este auxílio até o final da pandemia, mas o governo quer estendê-lo por apenas três meses e com valores decrescentes de R$ 500, R$ 400 e R$ 300. No âmbito estadual, como líder da maior bancada da oposição, apresentei uma proposta para o governador, de uso da mecânica dos empréstimos subsidiados do Banrisul, que garantiria salário em dia para os servidores (com tudo o que isso significa em ativação da economia, principalmente dos pequenos negócios) e recursos para enfrentar a seca. Infelizmente, a ideia está parada nos escaninhos do gabinete. Também, como deputado estadual, protocolei dois projetos especificamente relacionados à pandemia que tramitam na Assembleia Legislativa: um, que garante proteção para os familiares de trabalhadores da saúde, através do pagamento de uma indenização e pensão especial em caso de falecimento em trabalho causado por contaminação do novo coronavírus; e outro que garante a ampliação dos prazos de validade dos concursos públicos, demanda de milhares de gaúchos, muito deles bajeenses. Mas a ajuda às pessoas neste momento difícil, passa, também, por iniciativas próprias e não apenas pelas coletivas. Eu, por exemplo, tenho uma tradição de ajudar ao nosso sistema de saúde local através da articulação e destinação de emendas do orçamento federal ao financiamento de nossa Santa Casa. Apenas neste ano, mobilizei cerca de R$ 1,5 milhão em recursos oriundos de emendas de parlamentares que são meus parceiros e sempre ajudaram Bagé. Cito-os, embora não tenham me pedido essa referência: Paulo Pimenta,

Dionilso Marcon, Maria do Rosário e o senador Paim. Esses recursos foram ou estão sendo investidos em melhorias e qualificação no atendimento no principal hospital da cidade. Devo fazer justiça: o deputado Afonso Hamm também destinou recursos para Santa Casa e isso é uma atitude que deve ser elogiada. Fiz mais. Articulei junto aos assentados do MST a doação de alimentos, através da Cáritas, instituição ligada à Igreja Católica, para milhares de pessoas que moram nas periferias de nossa cidade e, infelizmente, por conta da estrutura injusta de nosso sistema econômico, precisam de uma ajuda direta para enfrentar necessidades básicas de alimentação. Através da articulação com uma rede de costureiras das comunidades, distribuímos, também, centenas de máscaras para auxiliar na proteção e no afastamento necessário para quem não consegue deixar de circular por motivos de sobrevivência. Enfim, tenho feito a minha parte para que nossa bandeira não mude de cor, mas só em relação à Covid-19, como todos sabem. Elogio profundamente nossos trabalhadores da saúde (médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, motoristas de ambulâncias, administrativos hospitalares e tantos outros profissionais que trabalham na linha de frente do combate a esta pandemia) e também nossa população pelo entendimento e atendimento das condutas necessárias para enfrentarmos com cuidados a esta doença, que, como se sabe, só estará definitivamente controlada quando tivermos disponível a vacina ou uma medicação realmente efetiva. Concluo, sugerindo a todos os bajeenses que se unam em uma corrente do bem para que o nosso conterrâneo, o médico André Kalil, avance em suas pesquisas e nos traga boas notícias na Live que está sendo promovida pela Urcamp e por este jornal no próximo dia 7 de julho, às 19h. Eu estarei assistindo, torcendo, porque, saibam, tenho todos os dias, e nestes dias mais ainda, Bagé na cabeça e no coração.

Deputado Estadual

Esta coluna é oferecida a colaboradores que representam diferentes agremiações partidárias. As ideias nela contidas correspondem à exclusiva opinião ou versão de seus autores

Cláudio Falcão

Florêncio e o mel

Charge falcaobage58@gmail.com


Cidade

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RODRIGO SARASOL/ESPECIAL JM

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Reunião entre Estado e Secult definirá aplicação de auxílio financeiro para a cultura

TIAGO ROLIM DE MOURA

Distribuição da verba será definida esta semana

Papel do novo grupo é deliberar sobre retorno das aulas

Bagé institui Comitê de Operações de Emergência destinado à Educação

A Prefeitura formalizou, na terça-feira (30), em reunião, a criação do Centro de Operações de Emergência Municipal (COE), destinado para a educação. Com a criação do grupo, deve ser possível analisar os planos de contingência para um futuro retorno gradativo do ensino no município. Cada instituição terá um representante titular e suplente na composição do COE, em que serão deliberados e analisados os planos constitucionais das respectivas fundações. Mas, antes, fica a cargo da Vigilância em Saúde a responsabilidade de uma análise mais aprofundada e criteriosa dos planos, com um parecer prévio. De acordo com o último decreto, nº 135 de junho de 2020, por meio do artigo 4º, fica declarada a reabertura de cursos livres, como idiomas, esportes, música, profissionalizantes e similares. Conforme o prefeito Dival-

do Lara, esta é uma forma gradativa de retorno do ensino educacional. “No dia 18 de março, ficamos cientes do caso zero no município e, a partir desta data, tomamos as medidas certas para protegermos os bajeenses. Ficamos 21 dias com as portas fechadas do comércio. Quando reabrimos, muitos diziam que o coronavírus iria tomar conta da cidade. Hoje, 90 dias depois, somos uma das duas regiões do Estado a estar na bandeira amarela. De epicentro da covid-19, viramos referência no controle do vírus, sem ninguém nas unidades intensivas e nenhum óbito’’, salienta. Segundo a titular da Smed, Adriana Lara, após os cursos livres, será analisada uma possível retomada de cadeiras finais de Ensino Superior, aulas práticas de laboratório, entre outros. “Assim como foi possível retornarmos com o comércio de forma gradu-

al, precisamos dar mais este passo. Somos referência em medidas tomadas no combate à covid-19 e tenho a certeza que nosso prefeito irá continuar tendo êxito em suas determinações contra a pandemia”, explana a secretária. Os planos de contingência serão analisados por ordem de chegada e as reuniões do COE ocorrerão nas sextas-feiras, às 10h, via on-line. O encontro de terça-feira teve a presença do prefeito Divaldo Lara; das secretárias de Educação e Formação Profissional (Smed), Adriana Lara, e de Saúde e Atenção à Pessoa com Deficiência (Saúde), Deise Quadros; do titular da 7ª Coordenadoria Regional de Saúde (7ª CRS), Carlos Magno Henquer Cesarino; do coordenador da Vigilância em Saúde, Geraldo Gomes, e de representantes de 11 instituições particulares de educação do município, entre as quais a Urcamp.

A aplicação dos recursos da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, na segunda-feira (29), deve ser discutida em reunião agendada para esta sexta-feira. O projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional, estabelecendo ações emergenciais, prevê o pagamento de auxílio de R$ 600 mensais para artistas informais como parte de um pacote de R$ 3 bilhões para a área, que serão transferidos da União para estados, Distrito Federal e municípios. A Lei Aldir Blanc, como ficou conhecida, tem objetivo de ajudar profissionais e organizações culturais que perderam renda em razão da crise do coronavírus. O texto foi publicado no Diário Oficial da União na madrugada de terça-feira (30), com veto ao artigo que estabelecia prazo de até 15 dias para o repasse pelo governo federal. Conforme a secretaria de Cultura e Turismo de Bagé, Anacarla Oliveira, o município deve receber R$ 825.293,27. Ele explica que a pasta está construindo, junto com a Secretaria de Cultura do Estado, os mecanismos que serão utilizados. “Vamos nos apropriar dela para, a partir daí, delinearmos as diretrizes. Sexta-feira teremos uma reunião com Rubinho Oliveira, representante da Sedac, para alinharmos todas essas questões pertinentes a Lei Aldir Blanc”, relata.

Incluindo Bagé, outras cinco cidades da região devem receber, juntas, pouco mais de R$ 1,3 milhão. De acordo com projeção da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Dom Pedrito R$ 290.343,53, Candiota R$ 78.304,16, Lavras do Sul R$ 66.291,91, Hulha Negra R$ 62.272,60, e Aceguá R$ 51.567,77. A secretária de Educação e Cultura de Hulha Negra, Adriana Delabary, deve participar de uma web-conferência, no dia 7 de julho, com representantes da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), e da Sedac, para definir as diretrizes. Segundo o texto, os recursos devem ser aplicados em renda emergencial para os trabalhadores do setor, subsídios para manutenção de espaços culturais e instrumentos como editais, chamadas públicas e prêmios Os valores devem ser aplicados por meio dos fundos de cultura. Metade do recurso (R$ 1,5 bilhão) será transferido para os estados e o Distrito Federal, distribuído de acordo com a população (80%) e os índices de rateio do Fundo de Participação dos Estados (20%). A outra metade ficará com os municípios. A partilha seguirá regra semelhante. As cidades terão prazo máximo de 60 dias após o recebimento para destinar os recursos. Caso isso não ocorra, os valores serão automaticamente revertidos ao Fundo de Cultura do Estado.


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Campo & Negócios

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Consumo do mel e derivados aumentou durante a pandemia em Bagé

Mesmo durante a pandemia do novo coronavírus, apicultores registraram aumento na procura de mel e própolis na região. A elevação, conforme a Associação de Bajeense de Apicultores, pode chegar de 20% a 30% quando comparado ao que vinha sendo produzido antes do período de isolamento social. De acordo com o vice-presidente da Associação, Cláudio Schievelbein, a flexibilização da venda, a partir da portaria publicada pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Sepadr) autorizando o comércio intermunicipal de produtos de origem animal de agroindústrias registradas nos Serviços de Inspeção Municipal (SIM), auxiliou no aumento. Ele acredita que o principal motivo do consumo se dá devido ao alimento ser muito nutritivo e rico em vitaminas e, além disso, aumenta imunidade e tem ação antibiótica. “Por esses motivos, a comercialização teve um impulso maior”, disse. O produtor salienta que, na

região, são produzidos em torno de 400 a 500 toneladas por safra, entre os 100 apicultores. Ele ressalta que boa parte do produto é vendido para importadoras do Paraná e Santa Catarina em tonéis. Porém, agora, com a pandemia, muitos produtores estão embalando para vender no comércio local. “Temos também a venda direta. O cliente que comprava dois quilos, com a função da pandemia passou a comprar mais”, relata. Schievelbein destaca que o ano dos apicultores é contabilizado de junho a junho. Ele explica que a colheita de primavera foi tardia, devido à chuva intensa que ocorreu em outubro de 2019. “Começamos a colher em janeiro e depois veio a estiagem e, mesmo assim, foi uma safra razoável”, relata. A Casa do Mel, mantida pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDI), auxilia os apicultores na descristalização, filtragem, decantação, envase e rotulagem dos produtos para que

o produtor entregue no mercado. Conforme informações da Casa do Mel, o espaço processa, normalmente, em torno de 850 quilos do produto derivado da safra e em junho chegou a 1.400 quilos.

DIVULGAÇÃO

Flexibilização Para comercializar no Estado, as agroindústrias deverão apresentar e manter documentos que comprovem a regular inscrição no SIM. Os produtos e subprodutos de origem animal deverão estar identificados e rotulados, permitindo a rastreabilidade, e terão fiscalização nas condições de acondicionamento, transporte e procedência sanitária. A fiscalização será feita em conjunto Departamento de Defesa Agropecuária (DDA) da Secretaria da Agricultura e Setor de Alimentos/DVS/CEVS da Secretaria da Saúde. Caberá à Agricultura verificar o trânsito de produtos e subprodutos e sua procedência sanitária. A Saúde fiscalizará as condições de acondicionamento, o tipo de transporte e a comercialização. Produtos em

Valor nutricional é avaliado como propulsor das vendas no comércio local

desacordo serão apreendidos e inutilizados. A edição da portaria levou em consideração a pandemia da Covid-19 e seus impactos na economia, o decreto de calamidade pública no Rio Grande do Sul, a necessidade de isolamento social, com reflexos na tramita-

ção presencial de processos na Seapdr, e os riscos de desabastecimento com a redução da produção de alimentos da agricultura familiar. A medida tem caráter excepcional e vigorará durante a vigência do decreto estadual de calamidade pública com medidas contra a Covid-19.


Fogo Cruzado

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Sidimar Rostan

@sidimarrostan sidimar_frostan@hotmail.com

Eduardo Mendes Projeto de concessão do assume direção do Daeb aeroporto de Bagé ainda aguarda posição do TCU DIVULGAÇÃO

O engenheiro civil Eduardo Mendes assumiu a direção geral do Departamento de Água, Arroios e Esgoto de Bagé (Daeb) ontem. Mendes tem experiência em gestão pública, com passagens pelas secretarias de Habitação, Transporte e Circulação, Atividades Urbanas e Desenvolvimento Rural. Também foi coordenador regional de Obras, durante o governo de Antonio Britto, entre

1995 e 1998. O novo diretor do Daeb substitui Márcio Pestana, que pediu afastamento do cargo, por questões pessoais, na semana passada. Mendes é servidor público municipal e tem bagagem no terreno da execução de obras da área de saneamento básico, com projetos desenvolvidos para a Corsan e para a própria autarquia bajeense, na década de 1990.

Confirmado na direção do Daeb, pelo prefeito Divaldo Lara, do PTB, na tarde de terça-feira, 30 de junho, Mendes amplia a representação do Partido Liveral (PL) no governo muni-

cipal. O presidente do diretório bajeense do partido, Marcelo Nalério, responde pela coordenadoria do Serviço de Proteção ao Consumidor (Procon) desde janeiro.

Representatividade do PL

Terminal integra a sexta Rodada de Concessões Aeroportuárias do Programa de Parcerias e Investimentos

Com previsão de leilão para 2021, a sexta Rodada de Concessões Aeroportuárias vinculadas ao Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), que inclui o Aeroporto Internacional Bagé Comandante Gustavo Kraemer, ainda aguarda acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU). A posição sobre o projeto que abrange 22 aeroportos, reunidos em blocos, nas regiões Sul, Norte e Central do Brasil, antecede o lançamento do edital, previsto para o terceiro trimestre deste ano. Em maio, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, confirmou a intenção de realizar, até o dia 21 de março de 2021, a oferta de 22 aeroportos, hoje administrados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeropor-

tuária (Infraero), agrupados em três blocos regionais. O Bloco Sul inclui o Aeroporto Internacional Bagé - Comandante Gustavo Kraemer. A consulta pública da sexta rodada de concessão de aeroportos, segunda etapa do processo, foi concluída em abril. O projeto aguarda, agora, avaliação do Tribunal de Contas da União (TCU), na fase que antecede o lançamento do edital de leilão. Mantendo os cronogramas iniciais do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), no início do ano, o governo federal projetava realizar os certames no último trimestre de 2020. A fase de estudos é a primeira etapa do processo de concessão. No final do ano passado, o Ministério da Infraestrutura di-

vulgou as empresas autorizadas a apresentarem projetos, levantamentos, investigações e estudos técnicos que devem subsidiar a modelagem da concessão dos aeroportos, o que inclui o terminal de Bagé. O procedimento, porém, também está sob análise do TCU. O Tribunal apura denúncia de irregularidades nos procedimento levados à efeito no âmbito do chamamento público de estudos que tinha por objeto elaboração de projetos, levantamentos, investigações e estudos técnicos, para subsidiar a modelagem da sexta rodada do programa de Concessões Aeroportuárias, que abrange os 22 aeroportos dos blocos Sul, Norte e Central. O relator do processo é o ministro Vital do Rêgo.

Lelinho solicita estudo de viabilidade para retorno da gratuidade para idosos no transporte coletivo O líder do PT no Legislativo, vereador Lélio Lopes (Lelinho), apresentou requerimento solicitando envio de expediente ao Executivo, sugerindo a realização de estudo para verificar a viabilidade de retorno da gratuidade para idosos no sistema municipal de transporte coletivo. O governo ainda não recebeu o requerimento e também não se manifestou oficialmente sobre a demanda. De acordo com projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população bajeense de idosos supera a casa dos 20,4 mil. Em março, quando a gratuidade foi suspensa, cerca

de 14 mil idosos contavam com o benefício em Bagé. A suspensão foi doada como medida para conter a disseminação do novo coronavírus (Covid-19) e manter os idosos em casa. Lelinho reconhece a função da medida, mas destaca que muitos idosos não têm como arcar com as passagens e estão enfrentando dificuldades de locomoção. Como alternativa, o petista sugere a avaliação de retorno da gratuidade em horários alternativos, que não coincidam com horários de pico do sistema de transporte, e até limitações diárias de deslocamento com o benefício.


Empreendedor 06 Dia de Cooperar será celebrado no sábado

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BAGÉ, 2 E 3 DE JULHO DE 2020

Para o Sicredi, cuidar um do outro e pensar em todas as pessoas sempre foi uma realidade, mas, neste momento, em que o mundo enfrenta uma pandemia, o significado do cooperativismo ganha ainda mais força. E no meio de tudo isso, o Dia de Cooperar (Dia C), que nesse ano será realizado em 4 de julho, ganha um novo significado. A primeira edição do Dia C foi realizada em 2009, pelo Sistema OCEMG. E não demorou muito para que essa data passasse a integrar o calendário de outros sistemas cooperativos no Brasil. O objetivo desse dia é desenvolver ações voluntárias de responsabilidade social que colocam em prática os princípios do cooperativismo. Atualmente, o Dia C já é uma realidade em todos os estados brasileiros, beneficiando várias pessoas por meio de ações cooperativas e voluntárias, que transformam as comunidades e a sociedade.

Dia C 2020 Com o tema “Atitudes simples movem o mundo”, que já vem sendo usado há três edições, o Dia C 2020 quer mostrar que mesmo os gestos mais simples podem promover experiências que transformam a sociedade como um todo. Porém, devido às recomendações de isolamento social decorrentes da pandemia do novo Coronavírus, algumas adaptações foram feitas. A Sicredi Fronteira Sul RS, assim como em anos anteriores,

Supermercados Nicolini

DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

Após uma acirrada competição, a vencedora do concurso “Vovó do Nicolini” foi divulgada através das redes sociais da empresa. A escolhida foi a Vovó Maria Helena, 63 anos. Ela apresentou aos jurados uma típica receita de domingo em sua casa: rocambole de carne recheado com presunto, queijo e calabresa. O júri, formado pela confeiteira artesanal Rosane Fernandes e o chef Alessandro de Quadros, avaliou a receita das três finalistas, além da desenvoltura diante da câmera. E além de ganhar um Gostosão Card para aproveitar as compras na rede de Supermercados Nicolini, Vovó Maria Helena também será a apresentadora de um quadro mensal de receitas, nas redes sociais da empresa. A estreia acontece no dia 7 de julho. Em 2019, umas das atividades da cooperativa, relacionadas ao Dia C, foi a produção e entrega de sopas aos moradores de rua em Bagé

está mobilizando ações junto aos seus colaboradores e associados, respeitando todos os cuidados exigidos em virtude do Covid-19. Em todos os 11 municípios de atuação da cooperativa haverá atividades organizadas pelas equipes nas agências, que não necessariamente vão acontecer no dia 4 de julho, e sim ao longo do mês. Para saber quais são ações e como participar, os interessados, associados ou não associados, podem contatar a cooperativa através das redes sociais (@sicredifronteirasulrs), Facebook e Instagram, ou entrar em contato com a agência de seu município.

Novo Conselho Fiscal Na última terça-feira, dia 23 de junho, tomou posse o novo Conselho Fiscal da Sicredi Fron-

teira Sul RS, cuja chapa foi aprovada pelos associados em Assembleia Geral, ainda em abril. Os nomes que compõem o novo Conselho são: Cristiano da Silveira Moreira, José Carlos Garcia Cougo e Luiz Felipe Motta Meirelles, como conselheiros efetivos, e Walter Wall, Gerson Kommling Priebe e Rodrigo Vicente Teixeira Brasil, como suplentes. Dos conselheiros que ocupavam a chapa anterior à eleita, apenas Joaquim Antonio Lopes Blanco se despediu do cargo que ocupou nos últimos três anos. A nova composição do Conselho Fiscal atuará até 2023. O Conselho Fiscal tem por objetivo fiscalizar os atos e o cumprimento dos deveres legais e estatutários dos administradores da cooperativa, buscando esclarecimentos e informações necessárias.

Aniversariantes 2 de julho

Adelaine Nobre Arcelis Teixeira Saraiva Beatriz Santos Lemos Cândida Pereira Simões Cláudio Belmudes Fábio Louzada Soares Ieda Dias Barbieri Iraci Caravaca Ivanise Lucas de Brito Karine Leite Gonçalves

Ledo Portes Figueira Lélia Gonçalves Dias Marcos Vagner da Silva Kelsch Marcus Vinicius Pereira Paulo Fernando Brito Munhos Rodrigo Alves Rodrigues Rodrigo Barros Valtonir Pereira Gonçalves Vitor Almeida Bonete

3 de julho Alexandre Silveira Anderson Castro Gil Carlos José Ávila Rodrigues Catarina Nogueira Ferreira Diego Piñey Rua Dilce Helena da Silva Piccoli Joemir Benites Júlio César Pereira da Silva Leonara Azambuja Rodrigues Lidia Nogueira Tadeo

Loiraci Oliveira Alves Luiz Alberto Loguércio Maria Joaquina Silveira Mateus Stoll Belletti Nathili Aquino Ricardo Pinho da Silva Rosita Heineck Einfatt Sônia Soares Terezinha de Souza


Cidade

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Um rio sob o regime da régua por Sidimar Rostan

DIVULGAÇÃO/SEÇÃO DE MEDIÇÃO DA AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS

Com nascentes localizadas na região da Campanha gaúcha, Rio Negro abastece cidades e alimenta hidrelétricas em solo uruguaio

ANA emitiu mais de 30 autorizações de outorgas (identificadas com pontos verdes) para irrigação de lavouras de arroz desde 2008

Antes de atravessar o Uruguai, com força suficiente para abastecer cidades, irrigar lavouras e alimentar três hidrelétricas, o rio Negro se submete à denominada regra da régua. A norma simples, estabelecida para harmonizar a oferta de recursos hídricos com os usos em território gaúcho, na região onde nasce, não hesita em determinar a interrupção nas captações. A condição que auxilia na manutenção de atividades estratégicas para os dois países é determinada pelos níveis de uma estação fluviométrica instalada na Estância do Espantoso, em Bagé, e já foi deliberada 78 vezes, em cinco anos, de acordo com os registros da Agência Nacional de Águas (ANA). Com base na resolução 1310, de 2015, classificada como marco regulatório, quando o rio Negro registra nível inferior a 80 centímetros no ponto de medição, as captações diárias em propriedades rurais de Aceguá, Bagé e Hulha Negra, feitas diretamente no leito do rio, devem ser interrompidas. Com o nível superior a 110 centímetros, os usuários podem captar normalmente as águas, segundo as respectivas outorgas de direito de uso de recursos hídricos. A redução de 25% do volume diário outorgado vigora quando o nível está entre 90 e 110 centímetros. Se o nível fica entre 80 e 90 centímetros, as captações devem ser reduzidas em 75%. Esta redução, de acordo com a ANA, já foi estabelecida 136 vezes em cinco anos. A produção de arroz responde pelo uso preponderante das águas do rio Negro, em solo brasileiro. A área colhida em Aceguá, Bagé e Hulha Negra totalizou 17.682 hectares, na safra 2018/2019, segundo levantamento do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Apenas em Bagé, maior cidade da região, o cereal representou 6,5% das exportações, em 2019, quando a comercialização movimentou mais de 4,5 milhões de dólares, conforme balanço do Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Impres-

para o Uruguai é recorrente, principalmente em anos de verão mais seco que o normal. “A resolução (que estabelece a regra da régua, com os padrões de medição) serve, inclusive, para dar garantias aos habitantes do país vizinho”, pontua. O sistema permite representar a vazão disponível no ponto de medição, já considerando os usos a montante (acima da estação). A ANA define a normativa como um marco regulatório do rio Negro, salientando que a resolução define limites, condições e regras de uso dos recursos hídricos para quem capta água. “Orienta a emissão das outorgas de direito de uso de recursos hídricos, a alocação temporária de uso e a fiscalização do cumprimento do uso permitido”, salienta a Agência, por meio de nota. Para ampliar a fiscalização, hoje realizada a partir de denúncias de uso irregular, apresentadas por qualquer cidadão, entidade ou órgão público municipal, estadual ou federal, a ANA projeta a implementação de modelos já desenvolvidos em outras regiões, onde o controle também é feito a partir de dados que constam da Declaração Anual de Usos de Recursos Hídricos e de informações de monitoramento de captações de água enviados regularmente pelos usuários, assim como por meio de campanhas de campo previamente programadas. “Essas modalidades vêm sendo implementadas e intensificadas em diversas bacias consideradas mais críticas no país e devem abranger a bacia do rio Negro nos próximos anos”, adianta a Agência.

cindíveis para o setor, os empreendimentos de irrigação, que são submetidos a rigorosos procedimentos de licenciamento, dispostos em resoluções específicas do Conselho Estadual do Meio Ambiente, dependem basicamente da disponibilidade de água, o que reforça a importância do marco regulatório.

Parâmetro necessário A maioria das lavouras plantadas nos municípios que integram a bacia hidrográfica do rio Negro utiliza reservatórios que garantem a maior parte do suprimento de água. Em muitos casos, essas barragens, como observa relatório da própria ANA, estão localizados nos talvegues formadores dos arroios que contribuem para a calha do rio, com áreas de drenagem de poucos quilômetros quadrados. O manejo desses reservatórios, combinado com a época de cultivo do arroz, permite a divisão em dois períodos hidrológicos distintos, denominados de período de safra (entre os meses de outubro a março) e período de entressafra (entre os meses de abril a setembro). As estruturas, portanto, cumprem papel estratégico, ajudando a balancear a relação entre oferta e demanda de água, em uma região marcada por ocorrências de estiagens. Rios cujas águas são compartilhadas por dois ou mais países, a exemplo do rio Negro, são denominados transfronteiriços. Nestes corpos d’água, que são de domínio da União, a competência para emissão de outorgas é atribuída à ANA. O presidente do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Negro, Eduardo Condorelli, destaca que não existem conflitos pelo uso da água na região. “Como os empreendedores sabem que o regime pluviométrico no verão é muito adverso, buscam outras alternativas. Assim, fazem reserva no inverno, quando há abundância”, exemplifica, ao salientar que, mesmo diante desse contexto, o debate sobre a preocupação com a disponibilidade de água

Garantindo novas outorgas

O processo que resultou na definição dos parâmetros de captação do rio Negro foi aberto pela ANA, após questionamento apresentado pelo próprio Comitê, em 2015, relacionado à situação das outorgas para uso da água. Haviam sete autorizações em vigor e pelo menos quatro pedidos em tramitação quando a

discussão iniciou. Como a Superintendência de Regulação da Agência já havia constatado, em avaliação de disponibilidade hídrica para análise de novas solicitações, que o conjunto das outorgas vigentes poderia comprometer a vazão, restou aprovar, como caminho para a manutenção das atividades, a proposta de implantação da regra da régua. Antes da resolução, entre 2008 e 2013, a Agência havia emitido 14 autorizações para captação de água no leito do rio Negro, todas para irrigação de lavouras de arroz e com vigências de três anos. Os prazos de seis outorgas venceram em 2015 e as validades de cinco delas encerraram entre 2011 e 2013. Duas outorgas tinham prazo válido até 2016. Com as novas regras, a ANA aprovou 19 novas outorgas, também para irrigação de arroz, sendo três em Aceguá, duas em Hulha Negra e 14 em Bagé, todas com prazo de 10 anos. Sete outorgas foram aprovadas em 2016, oito em 2017, uma em 2018 e três em 2019. O engenheiro agrônomo Artur Barreto, que presidia o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Negro, em 2015, quando o colegiado buscava viabilizar novas outorgas junto à ANA, considera a regra da régua importante para manter um nível mínimo do rio, observando que também contribui para diminuir o impacto ecológico sobre a fauna e a flora. Ele avalia, entretanto, que a eficiência deste modelo de regulamentação pode ser ampliada quando o plano de gerenciamento da bacia estiver em vigor. O planejamento, inclusive, abre espaço para a discussão de outras demandas regionais, urbanas e rurais, atreladas à qualidade da água.

Planejamento em debate

A bacia hidrográfica do rio Negro abrange 70.714 quilômetros quadrados, dos quais 2,5 mil ficam no Brasil. Em território brasileiro, o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do

Rio Negro, criado em 2008, reúne representantes dos municípios de Aceguá, Bagé e Hulha Negra, além de Candiota e Dom Pedrito, cidades que não têm outorgas para captação direta do leito, autorizadas pela ANA. O grupo dos usuários é dividido em representantes do abastecimento público, esgotamento sanitário, resíduos sólidos, produção rural e indústria. O grupo que trata das demandas da população inclui membros dos legislativos estadual e municipal, clubes de serviços comunitários, instituições de Ensino Superior ou técnico, pesquisa científica ou extensão, associações de profissionais e organizações sindicais. A administração direta da esfera estadual e federal tem três representações. Condorelli explica que o plano da bacia, que não envolve a captação direta no leito do rio (pois a atribuição, neste caso, é exclusivamente federal), ainda está em fase de construção. “Chegamos a iniciar, mas faltaram algumas etapas, que seriam propostas pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura”, detalha. O planejamento, que deve dialogar com o marco regulatório da ANA, amplia debates sobre sistemas de controle da qualidade da água, em temas relacionados aos impactos ambientais, já tratados pelo colegiado. E a pauta regional, de acordo com Barreto, não inclui apenas a ampliação dos índices de saneamento básico, que registra avanços em Aceguá, Bagé e Hulha Negra. “O meio rural impacta através do transporte de solo pelas chuvas e por resíduos de pesticidas que vão para o rio”, reconhece. A disponibilidade e a qualidade da água também ocupam lugar na pauta de planejamento das autoridades uruguaias. A engenheira agrônoma Amalia Panizza de León, que atua na Secretaría Técnica del Consejo Regional de Recursos Hídricos, vinculada ao Ministério da Habitação, Ordenamento Territorial e Meio Ambiente, explica que o Uruguai possui uma rede de monitoramento da água do rio Negro desde 2009. A Comisión de Cuenca del Río Negro, no país vizinho, geograficamente cortado pelo rio, foi criada em 2018. A primeira agenda entre os dois comitês foi realizada no ano seguinte, em Bagé. “Em termos gerais, e quando se trata de bacias transfronteiriças, o objetivo é estabelecer um diálogo com todos os envolvidos, para melhorar a gestão conjunta da bacia, em geral, e da água, em particular”, justifica.


NEM TUDO FOI CANCELADO

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O SOL não foi cancelado As AMIZADES não foram canceladas O AMOR não foi cancelado OUVIR MÚSICA não foi cancelado DANÇAR não foi cancelado A ESPERANÇA não foi cancelada A IMAGINAÇÃO não foi cancelada # Blog Pitacos e Achados

Neisa Gourmet: "Comida com Há quase 30 anos, a produção de Neisa Budó é aclamada pelos paladares mais exigentes. Uma conquista pautada na vivência da gastronomia que une qualidade, excelência e sabor ao atendimento de uma equipe diferenciada. Falar em Neisa Confeitaria é dizer que esse é um dos espaços gastronômicos mais tradicionais e premiados de Bagé, consolidado como um templo de sabores surpreendentes. No final da manhã desta terça-feira, foram lançados o Neisa Gourmet e o Neisa Gourmet Linha Leve. A novidade surge para oferecer praticidade, boa gastronomia e refeição balanceada sugerida por duas profissionais que entendem do assunto. Trata-se de um almoço executivo, uma espécie de prato feito. O menu foi todo preparado com dicas da renomada nutricionista Cássia Medeiros. No cardápio, merecem atenção as comidinhas caseiras e balanceadas e também pratos mais leves, para atender todo tipo de público. O PF com toque gourmet começou a ser pensado em fevereiro, antes da pandemia e, agora, depois de alinhar todos os detalhes, será oferecido ao público a partir da próxima segunda-feira, dia 6.

Projeto une as expertises da nutricionista Cássia Medeiros e da empresária Neisa Budó

Refeições balanceadas O ato de lançamento foi apenas uma degustação para um pequeno número de pessoas, o qual tive o prazer de participar como representante da imprensa. A refeição inclui entrada (salada) e prato principal. O cardápio é harmonizado com um visual elaborado além de aromas e sabores surpreendentes. Por R$ 28,00, o cliente poderá aproveitar uma experiência completa com a qualidade que leva a excelência da tradição de Neisa e o conhecimento técnico de Cássia.

Segunda: salada tenra da estação com molho mediterrâneo, arroz carrot, filé mignon com toque malbec e mini batatas coradas no alecrim

Terça: Caesar salada, arroz com toque de cúrcuma, rolê de frango ao molho bechamel e quiche integral da horta

Os v espuma Cerros de Ga azeites Terra serão comple perfeitos re

Quarta: Br iscas de couv


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Vivi Becker

m arte e toque Nutricional"

vinhos e antes da aya e os a Pampa ementos para as efeições

rasileirinho - feijoadinha, entrecot, arroz, crips de ve, laranja e farofa

Variedade de sabores

A proposta visa aliar sabor a uma dieta saudável. É possível solicitar o prato pelo delivery ou saborear na estrutura física da Neisa que, além do piso térreo, também disponibiliza um amplo salão, no andar superior, que permite que a refeição seja feita com tranquilidade e o distanciamento social, necessário nos dias atuais. Um ponto forte do almoço executivo é que os pratos são renovados todos os dias, com cardápio definido de segunda a sexta-feira. São cinco sugestões, uma para cada dia da semana, para facilitar a vida de todos e, de quebra, variar o almoço ao longo da semana. Cássia explica que as refeições são balanceadas com produtos seccionais, valorizando também a produção local: é o caso do azeite Terra Pampa. "É para ter energia, sair satisfeito, se alimentando com sabor e de forma saudável. Segunda é o dia do filé; terça do frango; quarta um prato brasileiro com arroz e feijão; quinta, a refeição será com peixe; e, na sexta, haverá massa e carne de panela. As saladas terão sempre molhos saudáveis, que proporcionam mais prazer durante seu consumo", argumenta. Sobre a linha leve, a nutricionista comenta que haverá as trocas inteligentes. "Serão pratos com redução de 30% nas calorias, aumento de saladas e acréscimo de vitaminas, sais minerais e fibras, para quem quer cuidar da silhueta e da saúde, controlando a glicose e a pressão. Isso sem radicalismo. Desejamos que se alimentem com comida de verdade, com prazer e boa apresentação, mesmo com a oferta de comidas simples", ressalta.

Solicite a sua refeição

Outras opções de cardápio já começaram a ser pensadas para os próximos dias. O serviço estará disponível das 11h30min às 13h30min. De preferência, faça sua reserva no dia anterior pelo fone 3242-4423.

Quinta: sopa creme de ervilhas, purê de aipim, peixe na crosta de panko e castanhas e vegetais salteados

Sexta: salada sazonal acompanha molho de salsinha, nhoque artesanal com molho de carne de panela e suflê e legumes

B'Day

viviminuano@hotmail.com

Ontem, Bianca Malaman, filha do Carlos Eduardo e da Daniela, completou 11 anos. Teve festa também para Luíza Fetter Azambuja, Terezinha Deibler, Magda Gomes, Cristiane Coitinho e Natália Dias. Hoje, quem recebe os parabéns e o carinho dos amigos é Tatiane Cáceres, Ariane Oliveira. A sexta-feira será animada para Fábio Josende Paz e Ana Helena Netto Lahorgue.

Bagé - RS

Av. Sete de Setembro, 783 (53) 3241 1006


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Sarau Noturno apresenta novo roteiro em agosto

A celebração dos 13 anos do Sarau Noturno será diferente neste ano. Em 31 de outubro, além de um formato novo, adaptado ao tempo de pandemia, a atividade idealizada e coordenada pela professora Clarisse Ismério, apresentará novo roteiro. Clarisse explica que o roteiro trabalhado foi adaptado neste ano, versando mais sobre questões arquitetônicas e representação simbólica, a questão feminista, a relação social da arte cemiterial. A apresentação do Sarau será totalmente virtualizada, no dia 31 de outubro, data que celebra o aniversário da primeira apresentação do evento. Os ensaios também estão ocorrendo on-line, reunindo Clarisse e os estudantes que participam do projeto, acadêmicos dos cursos de Arquitetura, Ciências Biológicas, Psicologia, Nutrição, História e Direito da Urcamp. Coordenador do curso de Farmácia, o professor Guilherme Cassão Marques Bragança também participa da atividade como músico. “Estamos formatando o Sarau para que ele possa ser apresentado digitalmente e, depois, possa ser adaptado para apresentações presenciais. Está sendo

REPRODUÇÃO JM

bem revigorante. Estou com um grupo bem empenhado trabalhando”, analisa Clarisse. O novo roteiro será apresentado no dia 15 de agosto, junto à palestra com a professora Fernanda Pedrazzi, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que fala sobre “A importância dos cemitérios como guardiões do patrimônio cultu-

ral”. A atividade acontece através da plataforma Google Meet e a inscrição pode ser feita no link Eventos, no site da Urcamp. Além do novo roteiro, Clarisse também prepara um novo livro sobre o Sarau, com previsão de lançamento em formato e-book em 2021, com versões em português, espanhol e inglês, pelo selo Ediurcamp.

Mais de 19,4 mil contribuintes de Bagé declararam imposto de renda no prazo

Encerrou, no dia 30 de junho, o prazo de envio do Imposto de Renda Pessoa Física 2020 (IRPF 2020). Em Bagé, das 20.486 declarações previstas com base em 2019, 19.424 foram efetivadas. Na jurisdição da Delegacia da Receita Federal em Pelotas, que abrange 34 municípios da região Sul, já foram recebidas 174.317 declarações den-

tro do prazo. Na região, Aceguá previa 553 e foram declaradas 511. Candiota, das 1771 previstas, 1.537 foram entregues. Já Hulha Negra, que previa 448 declarações, foram entregues 397. No Rio Grande do Sul, 2.258.105 documentos foram declarados. A previsão, baseada em dados de 2019, era de 2,2 milhões. No país, até o fim do

prazo, o sistema da Receita Federal havia contabilizado 31.980.151 declarações. O volume esperado era de 32 milhões de documentos. Quem não entregou dentro do prazo, desde o dia 1º de julho, já está sujeito ao pagamento de multa mínima de R$ 165,74 e máxima de 20% do imposto devido.


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Jornalismo da Urcamp deixa legado em vídeo do pracinha João Francisco da Silva REPRODUÇÃO JM

Documentário está disponível no site do Jornal MINUANO

O amor pela bandeira brasileira e a devoção às Forças Armadas por João Francisco da Silva, 96 anos, estão registradas pelo curso de Jornalismo da Urcamp. O bajeense e ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira (FEB), na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), morreu nesta semana. Contudo, seus feitos estão registrados em documentário, que está disponível no YouTube e site do Jornal MINUANO. O material foi produzido pelas alunas Lívia Monteiro, Luana Soares, Milena Saraiva e Verônica Barboza; com mentoria do subtenente do 3º Batalhão Logístico (3º Blog), Sérgio Carlos, e orientação do professor Glauber Pereira. A ideia do registro com o pracinha surgiu no final do semestre de 2019, quando o 3º Blog cadastrou uma demanda na plataforma Sou I, relacionada à comunicação externa. “Eles queriam melhorar a comunicação externa, no sentido de mostrar para a comunidade o que o Blog faz. Assim, as alunas desenvolveram uma campanha de comunicação. E entre uma série de ações e releases (textos jornalísticos/institucionais), fizeram o documentário, que exibe o valor do Exército Brasileiro para defesa da democracia, mediante atuação na Segunda Guerra Mundial,

no combate contra o fascismo e nazismo. Seguramente, esse foi o último registro feito com o ex-combatente que, infelizmente, veio a falecer nesta semana”, contextualiza Pereira. Participante do projeto, Milena Saraiva ressalta o valor que o projeto teve para registro de um personagem histórico, não somente de Bagé, mas do Exército Brasileiro. “Quando nosso grupo escolheu a demanda, acho que nós não tínhamos ideia da dimensão que esse projeto teria. Antes do contato com o Blog eu não sabia que eles não tinham nenhum registro da história do seu João. A experiência foi muito boa, tanto tecnicamente (cuidado com a captação e edição da imagem, cenário, som, a preocupação em deixar o entrevistado a vontade pra falar), quanto na lição de vida que ele nos passou. A gente aprende muito mais do que apenas como fazer jornalismo de qualidade, aprendemos sobre a vida, sobre como funcionam outras áreas diferentes da nossa, sobre o mundo fora do nosso convívio. Na minha opinião, o projeto tem uma relevância enorme. Ele é um objeto de estudo, de memória, um registro da grande história de Seu João Francisco, de Bagé, do Brasil e do mundo”, enfatiza.

Uma vida dedicada ao Exército João Francisco morreu na noite de domingo (28), no Hospital da Guarnição de Bagé (HGuBa). Ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira (FEB), o 2° Tenente lutava contra um câncer de próstata. Ele era viúvo e deixa sete filhos. Segundo o livro “A Rainha da Fronteira – Fragmentos da História de Bagé”, de Cássio Lopes, o “pracinha” tinha 20 anos, em 1944, quando servia no 12° Regimento de Cavalaria de Bagé, atual 3° Batalhão Logístico, e resolveu ser voluntário para integrar a FEB. “O militar viajou de trem até a cidade de Rio Grande e de lá foi de navio para o Rio de Janeiro, onde permaneceu por três meses em treinamento. Ao fim da preparação, o então soldado João Francisco embarcou para a Itália, aportando em Nápoles, após 15 dias de viagem”, menciona trecho da obra. Em fevereiro de 2020, em cerimônia de comemoração aos 75 anos da Tomada de Monte Castelo, batalha travada ao final da Segunda Guerra Mundial, entre as tropas aliadas e as forças do Exército Alemão, que tentavam conter o avanço no norte da Itália, João Francisco da Silva recebeu a Boina Preta (símbolo do combatente blindado). A batalha de Monte Castelo foi travada entre novembro de 1944 e fevereiro de 1945, marcando a presença da FEB na guerra, com a tomada da elevação, que possuía grande importância tática por permitir o avanço das tropas em direção à Alemanha. O bajeense combateu nesse confronto, que teve, como saldo, 478 soldados mortos e 27 inimigos alemães aprisionados.

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Lazer

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Horóscopo

Palavras Cruzadas

Conjunção condicional Revê (a matéria)

Quarta letra do alfabeto

Que não está cozido 210, em romanos Código (abrev.)

Erasmo Carlos, cantor brasileiro Como fica a pessoa na solitária

Hiato de "beata"

Parte material do ser humano Sufixo de "doçura" Ocioso; vadio

Artigo retirado de revistas Poeira

(?) Niño: alterou o clima da Terra

Período mais seguro e propício para lidar com as finanças – terá força de vontade para batalhar por melhorias nos ganhos. No amor, vai se adaptar às circunstâncias. Paquera mais animada à noite e boas chances de conquista.

Consoantes de "maré" Os participantes da Última Ceia de Jesus (Bíblia)

ESCORPIÃO Você deve se posicionar com seriedade ao se expressar e filtrar os pensamentos. Pessoa que acaba de conhecer poderá despertar um talento seu. Na paixão, vai sentir segurança e vontade de curtir um envolvimento romântico com o crush.

(?)-line: conectado à internet

BANCO

Cheio de (?): presunçoso

Casa da Fortuna em caminhada contrária e recomenda cautela dobrada com os gastos: organize as contas e corte despesas supérfluas. ‘Brusinha’ nova? Nem pensar! Vai querer firmar compromisso e não economizará dedicação para alcançar o que pretende.

CAPRICÓRNIO O planeta da disciplina e das limitações retorna para o seu signo em movimento retrógrado e revela que é tempo de tomar decisões. É hora de olhar com mais atenção para as suas prioridades e resolver situações estagnadas.

AQUÁRIO

PEIXES Terá mais sorte e novas ideias para fazer seu dinheiro render. Procure dar mais valor às suas habilidades ao tratar dos interesses de trabalho e acredite no seu potencial para as coisas fluírem como espera.

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Solução

SAGITÁRIO

Na paquera, procure manter contato com pessoas que elevam a sua alegria: alguém interessante pode se tornar mais do que uma promessa de amizade. Na vida a dois, valorize os bons momentos com sua cara-metade.

Assim, em espanhol

Mama de vaca (Zool.)

Composição musical para piano

Loterias

Até a paquera pode ser alvo de altos e baixos, ainda mais se busca um novo amor. Pode sentir atração por pessoas mais velhas, mas terá que ser paciente e dar tempo ao tempo para o lance caminhar. Na união, saberá usar sua boa lábia.

Declarar perante o juiz

LOTOFÁCIL

LOTOMANIA

Sorteio: 1986

Sorteio: 2087

01 04 05 07 08

01 04 07 09 11 23 24 30 36 37 47 51 52 56 59 65 67 75 82 95

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DUPLA-SENA

MEGA-SENA

QUINA

Sorteio: 2098

Sorteio: 2274

Sorteio: 5301

08 11 17 33 40 55

29 68 69 75 80

1º- 11 26 28 30 36 44 2º- 01 06 14 23 26 30

E

VIRGEM

Garrafa de refrigerante Repetição de sons

Cheio de ódio

N

LEÃO Cuide-se melhor, evite se estressar, pagar de doida e capriche na prevenção. No amor, alguém que conhece pode te dar mais atenção. À noite, a fada sensata da Lua migra para seu paraíso, deixa seu carisma nas alturas e estimula a paquera.

Minha, tua e dele

R E S G A T E

CÂNCER Cautela com situações que podem gerar competição e divergências, pois aborrecimentos não estão descartados. No amor, seu charme vai estar tinindo e muita paquera deve rolar. Na vida a dois, é hora de reforçar o clima de lealdade e confiança.

Consoantes de "sapo"

E A

Mudanças serão bem-vindas no serviço e o período será produtivo. Expresse suas ideias com clareza e vai se entender bem com quem trabalha e convive. Você atrairá interesse com facilidade e lance com colega pode revelar boa química.

Papai (?), símbolo de Natal

D

GÊMEOS

É causada pelo HIV Divisões da idade

Raspador de alimentos Consumir (o jornal)

Época Às (?): à vista de todos

I

Reforce sua confiança, fé e ouça conselhos de pessoas mais maduras. Paquera recente pode evoluir para um lance mais sério. Na união, é hora de reacender a chama da paixão com o mozão: intimidade mais quente.

Exigência de sequestradores

Sorvete comum em praias

A S I

TOURO

LIBRA

Serviços de informação mais requisitados nos caixas eletrônicos Pôr do sol Mastiga feito o rato

S O R A C O L A I D S O O S S P E E E C C X O R T U R A A T E T O L O A S

ÁRIES Hoje você vai se sair bem em cursos online e treinamentos, só procure ter mais clareza na sua comunicação. Bom dia para se dedicar à vida familiar: seu jeito estará atencioso e generoso com seus parentes. Intensidade nos assuntos do coração.

© Revistas COQUETEL

Vitamina Fecho de antigripal calças Peça para compridas cavar

Z P R I M A P I R E L A R A E L N R A D O D S P O R R E C C P O O L A D R S P O S T O N A T

Fina Estampa - GLOBO - 21h Severino fica indignado ao encontrar comida vencida no freezer do restaurante. Daniel aconselha Rafael a pedir um emprego a Juan. Renê convida seus filhos para um jantar na casa de Griselda. Tereza Cristina destrata Fred. Antenor tenta se aproximar de Patrícia. Esther propõe retomar a sociedade na Fio Carioca, e Paulo se enfurece. Barinski desconfia que Pereirinha tenha roubado suas miniaturas. Chiara evita falar sobre sua doença para Fábio. Renê Junior se surpreende ao saber que o pai está namorando Griselda. Guaracy ouve Fred comentar sobre a reabertura do Le Velmont. Griselda afirma que Renê terá que descobrir qual de seus funcionários o traiu.

Duas espécies de moluscos frequentes em jardins Melhorar; aperfeiçoar

C A R A C O I S E L E S M A S

Totalmente Demais - GLOBO - 19h Germano elogia a apresentação de Fabinho e diz que está orgulhoso do filho. Cassandra tenta chantagear Rafael para tirar proveito do concurso, mas ele não se abala com suas ameaças. Eliza ouve Leila contar a Jamaica que beijou Jonatas (Felipe Simas). Cassandra revela a Germano que Lili e Rafael estão tendo um caso. Rafael confessa a Germano que está apaixonado por Lili e avisa que não desistirá dela. Rafael e Lili se beijam. Carolina oferece a Leila uma vaga na produção de conteúdo da revista. Arthur e Eliza se aproximam ainda mais. Ele dá um novo pôster a ela, e há um clima entre os dois.

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Novelas

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

Novo Mundo - GLOBO - 18h30min Jacira e Miss Liu lutam, e Piatã se desespera. Thomas percebe a aflição de Anna e Leopoldina tenta afastá-la dele. Sebastião descobre que Cecília é Rosa Branca. Dom Pedro e Isaura se beijam. Anna afirma a Peter que não fugirá sem Vitória. Piatã encontra Vitória. Elvira e Hugo procuram Quinzinho pelas ruas. Cecília e Libério são flagrados por Sebastião. Joaquim e Quinzinho se encontram com Anna. Jacira entrega Vitória para Anna. Elvira vê Joaquim e Quinzinho e tenta ir atrás deles. Thomas cerca Anna, Joaquim e as crianças.


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Mais de meio século de luta LGBT+ por Melissa Louçan

FOTOS REPRODUÇÃO JM

Panorama regional do encaminhamento para hormonoterapia

O Jornal MINUANO foi atrás de informações sobre a situação das pessoas LGBT+ em Bagé, principalmente em relação a saúde e políticas públicas. Rafaela O. Vitória, coordenadora de Políticas de Promoção de Equidade da 7ª Coordenadoria Regional de Saúde, explica que existe, no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, o Programa de Identidade de Gênero (PROTIG), que atende, atualmente, 496 municípios da região Sul do Brasil, para o qual Bagé também é referenciado.

O encaminhamento dos usuários para iniciar o processo de terapia hormonal é feito através do profissional que atender no posto de saúde para a especialidade “Saúde Mental e Transexualidade”. O usuário leva o encaminhamento juntamente com a cópia de seus documentos (cartão SUS, CPF, RG e comprovante de residência) até a Secretaria Municipal de Saúde onde será inserido no sistema GERCON para entrar na fila de espera para avaliação no PROTIG. Rafaela ressalta

que não é necessário ter um diagnóstico psiquiátrico no momento do encaminhamento, visto que no PROTIG o usuário passará por avaliação com equipe multiprofissional, com atendimentos individuais e em grupo. “Como o PROTIG é referência para muitos municípios, a espera pela primeira consulta pode demorar de 2 a 3 anos”, explica. Atualmente, seis pessoas da região estão na fila de espera, aguardando atendimento.

“O que estamos solicitando, e não é de agora, é mais atenção à população transexual do município” Dia 28 de junho foi celebrado o Dia Internacional do Orgulho LGTB+. A data é uma homenagem a um dos grandes momentos em favor dos direitos da comunidade, ocorrido em 1969, e, que, posteriormente, ficou conhecido como a “Rebelião de Stonewall”. Na época, o estado de Nova York ainda mantinha rígida legislação que criminalizava a relação entre pessoas do mesmo sexo. Na noite de 28 de junho daquele ano, a polícia invadiu o bar Stonewall Inn, um dos poucos lugares na cidade onde a comunidade LGTB era aceita, e prendeu alguns frequentadores da casa. Após uma noite de agressões e resistência, o evento deu origem à primeira onda de mobilização pelos direitos das pessoas da comunidade LGBT+. Exatamente um ano após o ocorrido, em 28 de junho de 1970, a comunidade se reuniu na primeira Marcha do Dia da Libertação, atividade que originou as Paradas da Diversidade, que hoje acontecem ao redor do mundo. Mais de meio século depois da Rebelião de Stonewall, a data ainda é celebrada, como uma ode às diferenças e clamor por respeito. Neste ano, contudo, a comunidade LGBT+ não pôde sair às ruas para marcar a data em função da pandemia de coronavírus. Mas a força e representatividade da data segue sendo lembrada,mais do que nunca, em um país líder no ranking de assassinatos de transexuais.

Moonlight foi o filme vencedor do principal prêmio do Oscar em 2017

O pedido é do coordenador do grupo Diversidade Sexual e Gênero, Murilo Delgado Jorge, 21 anos. Ele aponta que ocorreram avanços em relação aos direitos da comunidade LGBT+. Contudo, ainda não são suficientes para garantir qualidade de vida e segurança para a população. “Os avanços, por mínimos que sejam, já consideramos um passo bem dado, como a conquista do uso do nome social no cartão do SUS, no município. Quando fiz a solicitação pela primeira vez do cartão, antes da retificação total, aparecia o nome civil e como apelido aparecia o nome social. Através do DSG conseguimos recorrer e hoje temos garantido apenas o uso do nome social, sem o nome civil”, aponta. Delgado pontua, também,

que no momento é oferecido atendimento psicossocial através da Coordenadoria de Políticas Públicas para Mulheres, Idosos e Diversidade. Entretanto, aponta que um local específico para tratar da saúde da população transexual é uma necessidade urgente da rede pública de saúde na cidade. “Hoje não temos nem um local que nos permita conseguir o encaminhamento para o PROTIG, em Porto Alegre, o que, de fato, seria o mínimo a ser oferecido pela Secretaria de Saúde do município”, destaca. A maior necessidade, apontada por Delgado, é a atenção ao processo transexualizador “como maneira de evitar mais perdas e danos irreversíveis a nós, pessoas trans”, uma vez que, sem o tratamento correto, muitos acabam recorrendo ao uso de hormônios por conta, o

que implica em vários problemas de saúde mental ou física. “Deveríamos, pelo menos, ter a esperança de entrarmos na fila de espera. O Hospital de Clínicas de Porto Alegre atualmente está superlotado, as filas de espera duram, no mínimo, de três a quatro anos por pessoa, até conseguir ser atendido”, relata. Ele também conta que o encaminhamento para as primeiras consultas, anteriormente, era feito através do CAPS II, já que era necessário, à época, um laudo de um psiquiatra para atestar a transexualidade. Como agora o laudo não é mais obrigatório, a comunidade trans perdeu o acesso ao serviço.”Não temos onde conseguir o encaminhamento, então, além de não termos atendimento aqui, não conseguimos nem entrar na fila pra termos lá daqui há três ou quatro

ARQUIVO PESSOAL

Delgado é o coordenador do grupo Diversidade Sexual e Gênero

anos. O impasse com a saúde do município é o que mais nos preocupa. Costumam falar, fazendo a promessa de dar mais atenção e nunca saímos do lugar”, diz. De acordo com o levantamento do DSG, atualmente cerca de 25 pessoas aguardam a resolução do impasse para iniciar a terapia de hormonização.

Coordenadoria de Políticas para as Mulheres, Diversidade e Idoso quer conhecer perfil da comunidade

Responsável pela pasta na gestão municipal, Cândida Navarro aponta que está realizando um levantamento de dados sobre a população LGBTQIA+ da cidade a fim de travar conhecimento para a construção de políticas públicas para esta comunidade. “Queremos saber quem são, quantos são, a escolaridade, trabalho, profissão, renda, família, onde moram, com quem moram, se tem acesso à saúde, à Educação, Cultura, Lazer e Segurança”, explica. Para isso, buscam dados junto aos serviços como Cartórios, Sine/FGTAS, Coordenadoria Regional de Educação, delegacias, unidaQue tal aproveitar o tempo em casa durante o distanciamento social para aprender um pouco mais sobre a luta da comunidade LGBTQIA+? Davi Esther, responsável pela Assessoria de Políticas Públicas para Diversidade, enviou uma seleção de séries e filmes preferidos com essa temática para compartilhar como dica aos leitores do Jornal MINUANO. A maioria das obras está disponível nos streamings, como Netflix e Prime Video.

des básicas de saúde e assistência social. Ela destaca que com o levantamento em mãos, a pasta poderá trabalhar em políticas públicas que garantam a permanência na escola, nos bancos das universidades, a profissionalização, capacitação para competir no mercado de trabalho, além do “combate sistemático aos mitos que levam à violência e morte das pessoas LGBTQIA+”. Cândida reconhece que apesar da Coordenadoria possuir equipe técnica multidisciplinar, que atende a todos com agendamento, a maior necessidade, no momento, é um ambulatório médico com endocri-

nologista e atendimento psicológico para as pessoas trans. “A carência desse serviço oportuniza os tratamentos por automedicação, o que significa riscos inúmeros à saúde. O Brasil registra um percentual de 42% de suicídio entre pessoas trans e uma das causas é a depressão”, comenta. A inserção da pauta LGBTQIA+ na Coordenadoria, homologada em maio deste ano, é apontada por Cândida como o primeiro passo. “A partir daqui, o leque se abre, e com a força da lei, pois é política pública a serviço da população LGBTQIA+”, frisa.

One day at time - disponível na Netflix em três temporadas, a série fala sobre imigração, amor na terceira idade e descoberta da sexualidade na adolescência; Pose - leva às telas a história de um protagonista trans, com grande elenco também formado por pessoas trans, lança luz sobre os anos 80, retratando a cena em Nova York e a ascensão dos casos de HIV/AIDS; Moonlight - o longa-metragem, ganhador do prêmio de Melhor Filme no Oscar de 2017, traz a história de um homem gay ao longo da infância, adolescência e vida adulta nos subúrbios de Miami; Laerte-se - documentário brasileiro original Netflix, retrata a carreira e o percurso de identidade de gênero do cartunista Laerte; Stonewall - o filme retrata o episódio histórico de 1969 através da óptica de um adolescente, expulso de casa, que se união ao movimento em prol dos direitos da comunidade LGBT+.


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BAGÉ, 2 E 3 DE JULHO DE 2020

Óbitos ALCEU MALAFAIA BARRETO, 90 anos, médico cardiologista, casado com Olíria Terêsa Fonseca Malafaia Barreto. Residia na avenida General Osório. REINALDO FEIJÓ CANA, 47 anos, vigilante, solteiro. Residia na rua Alzir Schmiedel, bairro Boa Saúde, Novo Hamburgo/RS.

Ventania deixa Bagé e região em alerta Apesar da região ter sido um local considerado mais brando de incidência da ventania registrada entre o final de terça-feira e a madrugada de quarta-feira (1º/07), os ventos, em Bagé, atingiram velocidades de 55 a 64 quilômetros por hora, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Caçapava do Sul, por outro lado, registrou 75,6 KM/h. Conforme o coordenador da Defesa Civil de Bagé, Everton Kaupe, nenhum pedido de socorro foi solicitado pós-vendaval, mas com a previsão de tempo ruim, alguns moradores do bairro Balança, na zona leste, solicitaram auxilio, ainda na tarde do dia 30. “Realizamos um trabalho preventivo, com apoio da Secretaria de Assistência Social, Habitação e Direitos do Idoso (Smasi), colocando lonas e deixamos telhas à disposição para eles colocarem depois”, destacou. Kaupe frisou que o trabalho foi realizado, inicialmente, em sete residências. “Levamos cestas básicas para 24 famílias daquela comunidade”, complementou. De acordo com a

DIVULGAÇÃO

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Segurança

Colocação de lonas antecipou possibilidade de danos

assessoria da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), uma das únicas regiões no Rio Grande do Sul que não teve redes atingidas foi a de Bagé, sendo que, desse modo, não foram contabilizados danos. A assessoria de imprensa do Departamento de Água, Arroios e Esgotos de Bagé (DAEB) também não registrou problemas devido ao

vendaval. Na área de atendimento da Coopersul, por outro lado, dois problemas foram registrados, segundo a assessoria de imprensa. Um foi o rompimento de um cabo em Candiota e outro foi a queda de poste em Aceguá. Os estragos, contudo, segundo a Cooperativa, haviam sido consertados até o fechamento desta edição.

No RS No Estado, cerca de 1 mil pessoas e 800 residências foram afetadas por chuva, vento forte e queda de granizo, conforme levantamento divulgado pelo governo do RS. “Estamos atuando, monitorando e acompanhando a situação para reduzir os transtornos causados à população em decorrência do ciclone. Todas as equipes da Defesa Civil estão mobilizadas e, além disso, a CEEE trabalha no restabelecimento da energia elétrica e o Daer (Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem) faz as intervenções necessárias onde há interrupção de rodovias”, detalhou o governador, Eduardo Leite.

Brasileiros são deportados do Uruguai após entrar no país por Aceguá Seis brasileiros que tentavam entrar ilegalmente no Uruguai através de Aceguá foram deportados do país, no domingo, 28 de junho. Todos, de acordo com informações da jornalista Silvia Techera, da rádio La Voz de Melo, vinham de Florianópolis, Santa Catarina. As fronteiras ainda estão fechadas devido à pandemia de coronavírus (Covid-19). Em entrevista concedida à jornalista uruguaia, um policial informou que os brasileiros teriam entrado por uma rota alternativa em Aceguá. Na mesma conversa, o agente de segurança explica que o veículo com placas do Brasil foi parado em uma barreira sanitária em Rio Branco. No interior do carro haviam seis pessoas, sendo que cinco foram avistadas em um primeiro momento e a sexta só foi vista depois de uma revista, pois estava em baixo de cobertores, no porta-malas.

Os seis integrantes foram detidos na delegacia de polícia local. No veículo, havia também 14 gramas de maconha e um dispositivo que, segundo o policial uruguaio, servia para falsificar cartões de crédito. A Polícia Federal brasileira foi chamada e constatou que um dos integrantes do carro estava com documentação falsificada e os outros cinco tinham antecedentes criminais, por furto de veículos, explosão de caixas eletrônicos e tráfico de armas. O automóvel foi locado em

Florianópolis e, de acordo com o relato do policial, a ideia dos seis suspeitos era de vender o carro no Uruguai. O grupo desviou de uma barreira em Aceguá, outra em Noblia, e Melo, onde entraram e entregaram algum material. A polícia também informou que eles tiveram auxilio de um uruguaio que já foi identificado. O policial ainda destacou que segundo a Polícia Federal brasileira os suspeitos seriam integrantes de uma organização criminosa brasileira.

Espanhola também foi deportada Uma mulher, espanhola, residente em Aceguá, no Brasil, refugiada, foi impedida de entrar no Uruguai, no controle da alfândega em Noblía. Reportagem da TV Canal Doce Melo destaca que ela precisou descer do ônibus que a levava desde Aceguá.

A espanhola foi impedida de seguir viajando porque não possuía documentação para entrar no Uruguai. A polícia uruguaia informou à reportagem da TV Doce Melo que a mulher foi deportada para Aceguá, no Brasil, onde reside.


Esporte

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BAGÉ, 2 E 3 DE JULHO DE 2020

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A inesperada pandemia afetou diretamente às comemorações do centenário do Grêmio Esportivo Bagé, que será celebrado no dia 5 de agosto. Ainda mais que o clube programava um cronograma de eventos no decorrer do ano. Em busca de uma alternativa para resolver esse problema, o curso de Jornalismo da Urcamp e o Jalde-negro firmaram uma parceria, por meio dos projetos integradores, para realização de uma série de ações que contemplasse a histórica data. E a ação mais recente foi o lançamento de uma exposição virtual fotográfica, que pode ser acessada no site do Jornal MINUANO. A busca e montagem do acervo fotográfico foram realizadas pelos alunos Sharon Maia, Lucas Zacouteguy, Bianca Vaz e Camila Barbosa. A mentoria teve a responsabilidade de Dione Lemos. Conforme Zacouteguy, além de contemplar as comemorações do centenário, a iniciativa atingiu status de inovação, por suprir uma lacuna que existia no clube. “Articulamos a ação com o Dione, uma pessoa completamente apaixonada pelo Bagé. Depois, com o Carlos Alberto Macedo Ducos, que tinha um acervo pessoal muito rico. Pegamos fotos daqui e dali e conseguimos montar. Ao todo, foram 120 fotos. Selecionamos 74 para serem publicadas”, contextualiza. Segundo o acadêmico, a ideia de atender demandas do centenário Jalde-negro já tinha sido estabelecida ainda em março, quando as aulas eram presenciais. Com a invasão da covid-19 e, consequentemente, a virtualização do ensino, os alunos se adaptaram em meio ao contexto. Então, a exposição das fotos tornou-se digital. “É muito gratificante fazer parte disso, pois o Bagé não vai fazer 100 anos duas vezes. Foi um projeto totalmente inovador, pois o clube não possuía um acervo fotográfico. Realmente, me sinto muito

Reprodução JM

Exposição fotográfica virtual Ariel acerta com o destaca os 100 anos do Bagé Pelotas para Gauchão e série D do Brasileirão

Acervo foi obtido com dirigentes e torcedores

Material foi reunido pelos estudantes do curso de Jornalismo

feliz de poder ajudar a contar uma parte dessa história, de não deixá-la se perder com o passar dos anos. Infelizmente, o Brasil é um país que a memória se perde no esquecimento. E esse registro ficará guardado para as futuras gerações”, afirma. Professor e coordenador de Jornalismo na Urcamp, Glauber Pereira enfatiza o engajamento

que a proposta surgiu a partir de um diálogo com o então mentor Dione Lemos, que é responsável pelas mídias sociais do Bagé. “Estamos em plena pandemia, e o Bagé comemorando 100 anos justamente num momento em que ninguém pode se encontrar e ir ao estádio. Estamos auxiliando o Bagé a criar vínculos virtuais com as pessoas”, destaca.

Parado desde março, o atacante bajeense Ariel da Silva Marques, 24 anos, tem um novo rumo para o restante da temporada. O jogador acertou com o Pelotas para o restante do Gauchão e a série D do Brasileirão. A reapresentação do elenco está marcada para o dia 7 de julho, data em que serão realizados exames físicos e testes para covid-19. A cidade está na bandeira laranja, que permite somente treinos físicos, com 25% da capacidade do plantel por turno. No momento, o clube depende da liberação da prefeitura local. Vale lembrar que, no primeiro trimestre, Ariel jogou a série A goiana, pelo Jaraguá Esporte Clube. Até a parada do campeonato, a equipe ocupava a vice-liderança na classificação geral, com 20 pontos, somente atrás do Atlético Goianiense, 23. Com a pandemia, assim como os demais, o Goiano foi paralisado, e não há previsão para retorno. Ainda por

cima, o Jaraguá liberou todos os atletas. No Rio Grande do Sul, há um movimento para que o Gauchão retorne entre final de julho e início de agosto. Por conta disso, o Pelotas iniciou a reconstrução do elenco, a começar pela contratação do técnico Ricardo Colbachini, ex-Inter-B. E foi por intermédio dele que Ariel foi contratado pelo Lobão. “Ele foi meu treinador na época que joguei no Inter, e pediu minha contratação. O contrato será para o Gauchão e a série D nacional (previsão de retorno em setembro). Não sabemos como o mundo vai ser daqui para frente, com essa pandemia. Então, surgir uma proposta como essa, com contrato até o final da temporada, foi muito importante. Conversei com meu empresário e decidimos aproveitar da melhor maneira possível. Se Deus quiser vai dar tudo certo”, ressaltou ao Jornal MINUANO.


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Contracapa

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