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BAGÉ, terça-feira, 16 de novembro de 2020 - ANO XXVI - EDIÇÃO ESPECIAL | R$ 4,00 TIAGO ROLIM DE MOURA

COM 50% DOS VOTOS

DIVALDO É REELEITO

Mantendo uma tradição que se mantém desde a virada do século, Bagé reelegeu um prefeito. Desta vez, Divaldo Lara superou os seis concorrentes do pleito e garantiu um novo mandato. Em discurso após a vitória e em entrevista ao JM, o petebista projetou uma gestão de união para os próximos quatro anos.

Pág. 3

NA REGIÃO

Peti será o Folador voltará terceiro prefeito a comandar de Aceguá Candiota Candidato tucano mantém PSDB no comando da Administração Municipal Pág. 10

Após deixar PT, emedebista venceu sua terceira disputa ao Executivo Pág. 11

Machado ganha mais uma vez em Hulha Negra Em revanche, progressista supera confronto com Campani e é reeleito Pág. 12

CÂMARA

Ruben Salazar é o candidato a vereador mais votado Pág. 5 Previsão do tempo

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Eleições 2020 BAGÉ, 16 DE NOVEMBRO DE 2020

Editorial

Uma disputa incomum e a defesa da democracia 2020 não está sendo igual a nenhum outro ano. Pelo menos no que se refere à história recente. A pandemia, claro, é o principal motivador de uma série de costumes cada vez mais distintos dos habituais, pelo menos até pouco antes de março. Os cuidados, as adaptações de rotinas e emoções, às vezes, a flor da pele, nos modificaram.

A eleição realizada neste domingo, como bem era esperado, foi diferente. Incomum, melhor dizendo. A rotina do dia de votação, bastante modificada, alterou tradições que muitos seguiam a cada dois anos. Foi preciso alterar o horário, a forma de

deslocamento e, claro, o modo de interagir com os demais que dividiam espaços em áreas públicas e junto às seções. Tudo, claro, por um bem maior: garantir a saúde de todos e, desse modo, evitar que uma nova onda dessa longa pandemia se apresente logo ali em diante. Os resultados, contudo, só saberemos num futuro breve. A esperança é que nada demais surja e superemos a Covid-19.

Por outro lado, a aceitação para que uma mudança ocorresse tem um motivo: a democracia. Sim, aquela palavra tão defendida em décadas passadas e, claro, também nos dias atuais, vem sendo garantida em fun-

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Editor assistente - Sidimar Rostan • Reportagem - Viviane Becker - Cláudio Falcão - Melissa Louçan - Jaqueline Muza - Rochele Barbosa - Yuri Cougo Dias • Chargista - Cláudio Falcão • Repórter fotográfico -Tiago Rolim de Moura • Diagramação - Luís Mário Pereira - Vinícius Silva • Assistente comercial - Angelina Britto • Executiva de Contas - Dulce Dias • Distribuição - Marcos Goulart • Colaboradores - José Carlos Teixeira Giorgis - José Artur M. Maruri dos Santos - Jair da Silva - Dilce Helena dos Santos - Fernando Risch - João L. Roschildt • Impressão - Gráfica UMA (Grupo RBS) - Porto Alegre/RS Laboratório FACOS

Coordenador do Curso de Jornalismo

Glauber Pereira

Os artigos assinados não refletem, necessariamente, a posição do jornal. Por isso, a editoria não se responsabiliza pelas opiniões emitidas.

ção das eleições. Concordando com o processo, ou mesmo sendo contrário, é fundamental reconhecer que garantir a periódica ida às urnas serve de atestado para demonstrar que é o povo quem decide quem assume o comando de cada uma das cidades, como agora, ou mesmo quando envolve os executivos estaduais e federal. E foi assim que, mais uma vez, ocorreu.

A busca para que o processo eleitoral fosse realizado, mesmo diante de um momento totalmente adverso em termos de saúde pública, foi garantido e, claro, atendendo todas as exigências preconizadas pelos órgãos

Cláudio Falcão

de saúde internacionais. A eleição ocorreu, prefeitos foram eleitos, muitos reeleitos, e alguns caminham para um segundo turno. Câmaras foram renovadas, algumas com mais e outras com menos ênfase, mas se alterarão a partir de 2021. E, desse modo, a democracia progride para um novo amanhã.

Diante disto, essencial esperarmos que a exemplo da felicidade dos vencedores, sejam os frutos colhidos a partir desses novos rumos. Até porque, para todos, o mais importante é que os eleitos sejam exemplares e exitosos em seus mandatos. Assim, todos ganham. Inclusive a democracia.

Florêncio e as eleições

Charge falcaobage58@gmail.com

Eleições 2020 BAGÉ, 16 DE NOVEMBRO DE 2020

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Divaldo Lara, do PTB, foi reeleito prefeito de Bagé, neste domingo, pela coligação Bagé, Orgulho do Brasil, que reúne Republicanos, Progressistas, PTB, Cidadania, DEM, PV, PSDB, PL e MDB. Ele alcançou 50% dos votos válidos, ou 30.623 votos. O médico Mario Mena Kalil, que atuou como secretário de saúde na primeira gestão do petebista, foi eleito vice-prefeito.

Divaldo enfrentou seis candidatos, na maior disputa desde a redemocratização, vencendo o ex-prefeito Luiz Fernando Mainardi, do PT, que fez 24.218 votos (39,54%), o vice-prefeito Manoel Machado, do PSL, que fez 2.731 votos (4,46%), o empresário Uilson Morais, do Solidariedade, que fez 1.387 votos (2,26%), o empresário Beto Alagia, do Podemos, que fez 1.203 votos (1,96%), a professora Elenara Ianzer, do PDT, que fez 823 votos (1,34%) e o estudante Fernando Vargas, do PSOL, que fez 262 votos (0,43%).

Em entrevista após a apuração dos votos, Divaldo definiu a eleição com uma ‘superação’. “Fui acusado de coisas que nunca fiz na minha vida. Um ano atrás, eu estava afastado. Muitos diziam que eu estava morto (politicamente). Fico feliz pelo reconhecimento, pela nova votação expressiva. Quero ser prefeito para unir a cidade.

Acabou a eleição. Não tenho mais adversários. Meus adversários, agora, são os problemas do meu município”, garantiu.

Trajetória Casado com Priscila Fischer Lara, pai de dois filhos (Rafael e Gabriela), Divaldo, 41 anos, é filho de uma dona de casa e de um oleiro. O petebista foi vereador, em duas legislaturas, e presidiu o Legislativo, em 2016. Em entrevista ao Jornal Minuano, em 2014, revelou que começou a trabalhar com seu pai, na olaria, onde atuou até os 15 anos. Depois, passou a trabalhar com o irmão, Luís Augusto Lara, que à época era dono de uma casa de festas. Divaldo também trabalhou na loja de conveniência de um posto de gasolina.

TIAGO ROLIM DE MOURA

Divaldo Lara é reeleito para comandar Prefeitura de Bagé

Vitória de Divaldo também marca a terceira reeleição consecutiva de prefeito no município

O petebista afirmou respeitar ‘todos os eleitores dos demais candidatos’.

“São cidadãos bajeenses, exercendo sua plena e legítima escolha no voto. A par-

tir de agora, somos todos do mesmo partido, que chama-se Bagé. Só tenho a agradecer a Deus, à minha família, aos bajeenses, às pessoas sem pre confia-

O petebista trilhou os primeiros passos na política através da coordenação da campanha de Luís Augusto Lara, na disputa para uma cadeira na Assembleia Legislativa, e, posteriormente, na campanha da irmã, Adriana Lara, para vereadora. Divaldo começou a se preparar para a própria candidatura quando ainda trabalhava com Adriana.

Estudou gestão pública, coordenou outras campanhas, trabalhou na Assembleia Legislativa e, em 2008, se lançou como candidato ao Legislativo bajeense. Em sua reeleição, em 2012, foi o

vereador mais votado do município.

Divaldo foi eleito, em 2016, com 75,04% dos votos válidos (Fico, do PCdoB, alcançou 18,06%; Sapiran Brito, do PDT, alcançou 5,26%; e Chico Estigarribia, do PSOL, totalizou 1,63%). O petebista é o terceiro prefeito reeleito, em Bagé, desde a redemocratização, em 1985. Até então, apenas Mainardi e Dudu Colombo, ambos do PT, haviam sido reeleitos no município. A eleição de Divaldo também marca a terceira reeleição consecutiva de prefeito no município.

zou concurso e formalizou a criação da Guarda Municipal. O governo também iniciou o projeto de pavimentação da Zona Leste e realizou obras de pavimentação no Anel Rodoviário, nas avenidas Itália e Attila Taborda e no acesso à Unipampa. O processo licitatório que resultou na concessão do estacionamento rotativo, com a instalação de parquímetros, também foi realizado na primeira administração de Divaldo.

O governo petebista criou uma Casa de Hospedagem, em Porto Alegre, para acolhimento de bajeenses que realizam tratamento de saúde na capital, aderiu ao programa Saúde na Hora, do governo federal e estabeleceu Centro de Referência em Saúde.

Na área da educação, criou o Centro Municipal de Educação Mélanie Granier e implantou duas escolas cívico-militares.

Primeira gestão Em sua primeira gestão, Divaldo promoveu uma reforma administrativa, modificando a composição das pastas de governo. A estrutura administrativa passou a ser constituída por 12 secretarias e o Departamento de Água e Esgoto de Bagé (Daeb) ganhou nova denominação, passando a ser chamado de Departamento de Água, Arroios e Esgoto de Bagé.

A primeira gestão petebista reali-

ram, à própria justiça, que fez sua parte e me deu condições de estar onde estou”, pontuou.

Metas de governo Em entrevista ao Minuano, Divaldo elencou a manutenção de projetos de infraestrutura como prioridades, com destaque para a obra da barragem da Arvorezinha.

O petebista projeta a pavimentação dos bairros Santa Flora, Bonito, Ipiranga e Pedra Branca, com recursos já disponíveis.

A conclusão da obra da estação de bombeamento de esgoto está na lista de prioridades apresentadas por Divaldo. O prefeito reeleito adiantou, ainda, que a administração municipal deve apostar em novos projetos de revitalização, seguindo o modelo da Panela do Candal.

Em entrevista, no domingo, o petebista também adiantou a intenção de modificar a composição do governo para imprimir velocidade à gestão. “Serão necessários pequenos ajustes”, resumiu, ao elencar, como prioridade, o combate ao coronavírus “até que se tenha uma vacina”, e a construção de novas moradias populares.

BAGÉ, 16 DE NOVEMBRO DE 2020

Receitas de campanha aumentaram em Bagé

As receitas de campanha dos sete candidatos ao Executivo bajeense totalizam, juntas, pouco mais de R$ 1,3 milhão.

O maior valor foi declarado pelo candidato do PTB, Divaldo Lara: R$ 533.090,00. A quantia é parcial, mas já representa mais do que o montante de gastos declarados pelos cinco postulantes que disputaram o cargo de prefeito, em 2016, que totalizou aproximadamente R$ 508 mil.

A receita de Luiz Fernando Mainardi, do PT, em 2020, foi de R$ 484.860,00. Elenara Ianzer, do PDT, contou com receita de R$ 130 mil. Beto Alagia, do Podemos, declarou receita de R$ 99 mil, enquanto Manoel Machado, do PSL, apresentou receita de R$ 77.030,00.

Uilson Morais, do Solidariedade, declarou receita de R$ 27.684,50, e Fernando Vargas, do PSOL, contou com R$ 9.882,49 em recursos. Os valores podem aumentar, porque as declarações não são definitivas. Os candidatos podem prestar contas até dezembro.

Os postulantes ao Executivo bajeense podiam gastar até R$ 707.925,83, no pleito deste ano. O teto foi definido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em 2016, o limite, definido com base nos maiores gastos declarados na circunscrição eleitoral anterior, foi fixado em R$ 621.427,07. Os postulantes ao Legislativo puderam gastar R$ 118.540,67, em 2020, cerca de R$ 14,5 mil a mais do que o limite estabelecido para 2016.

Mais de R$ 3 milhões em recursos Em balanço parcial, atualizado no sábado, as receitas de campanha, considerando recursos destinados aos candidatos ao Executivo e ao Legislativo, totalizavam R$ 3.189.410,74. Alcançando R$ 2.113.079,73, os recursos públicos (do fundo de partidos ou fundo de campanha) representavam 66,25%.

O total de despesas pagas por candidatos, em Bagé, alcançava R$ 1.676.184,60. Os recursos públicos, que totalizavam R$ 1.102.959,00, representavam 65,80% do total. Os recursos privados alcançavam R$ 573.225,60 (34,20%).

Candidatos podem financiar campanhas com recursos próprios, com doações de correligionários ou de partidos políticos. A campanha também pode ser financiada pela venda de bens, pela realização de eventos ou ainda utilizando o Fundo Especial para Financiamento de Campanhas.

O financiamento de campanhas eleitorais por empresas foi declarado inconstitucional por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em ação ajuizada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), julgada em 2015.

Principais gastos As doações financeiras a outros candidatos ou partidos representavam o maior volume de gastos na parcial da prestação de contas de campanha, alcançando R$ 504.289,50 (30,09% do total). A produção de programas de rádio e televisão aparecia em segundo lugar, representando R$ 442.609,55 (26,41%).

O gasto com publicidade por materiais impressos totalizava R$ 385.184,67 (22,98%), enquanto a publicidade por adesivos alcançava R$ 62.948,08 (3,76%). As despesas com pessoal eram de R$ 35.350,68 (2,11%) e a despesa com impulsionamento de conteúdos nas redes sociais somava R$ 31.927,50 (1,90%).

Bajeense Pietra Simon foi a primeira mulher trans e surda a concorrer a cargo majoritário no Brasil Segundo levantamento da Aliança Nacional LGBTI+, esta eleição trouxe à vereança cerca 259 candidaturas LGBTI+ ou aliadas, mais 22 ao cargo de prefeito e sete a vice.

A estudante de Letras e ativista dos movimentos Feminista, LGBTQIA+ e da co-

munidade Surda, Pietra Jardim, também aparece como uma das 66 opções de candidatos e candidatas com diferentes graus de surdez que disputam cargos, este ano, em 61 cidades de diferentes regiões do país, considerado um recorde histórico.

JM - És a primeira e única candidata transgênero e surda concorrendo à vice-prefeita neste país? Como te sente, afinal, essa candidatura marcará a histórica política de Bagé?

Pietra - Me sinto muito realizada porque sempre fui fortemente representativa nas lutas pelos direitos dos LGBTQIAs e da Comunidade Surda. Ser a primeira candidata trans ao majoritário é um misto de alegria e de tristeza. Eu me sinto muito feliz, porque é uma vitória do movimento de travestis e transexuais, mas, ao mesmo tempo, me sinto muito triste porque o nosso país lidera assassinatos a transexuais e travestis. Sou, hoje, a primeira trans a se candidatar como vice-prefeita em Bagé e no Brasil. Sei que estamos em um momento da história em que é necessário educar a sociedade, educar o olhar das pessoas para o bem e para a liberdade, porque as pessoas precisam começar a conviver com os trans, estamos aqui e existimos. Uma vez que se convive com essas pessoas no âmbito do trabalho, da escola e da sociedade no geral, as pessoas vão desmitificando quem nós somos.

JM - Nestas eleições, as campanhas de pessoas trans estão presentes nos mais diversos partidos, desde os mais à direita, como o PSL, Republicanos e Patriotas, até os mais a esquerda como PT, PC do B e Psol. Como te sentes representando o teu partido?

Pietra - Acho necessário as pessoas transexuais e as pessoas surdas estarem ocupando os espaços políticos, porque temos capacidade. Um fato determinante é que a população trans vem entendendo que não adianta participar da política passivamente, temos que ser ativos, pois não somos só pessoas que tem aparecido nas eleições. Somos cidadãs e cidadãos brasileiros, exercendo direito civis que sempre nos foram negados. Somos ativistas, atuantes nas nossas localidades, no movimento social. Me sinto muito representa-

da pelo meu partido, que não se vende nem se rende, nunca teve escândalos e nem denúncias de corrupção. Lutamos pela pluralidade de ideias, pelas liberdades democráticas, pelo nosso direito de existir.

Bagé é marcada por ser uma cidade machista pelo enfoque cultural do povo da fronteira e também pelo conservadorismo político. É preciso ter coragem para se expor e lutar pelos teus ideais. Como surgiu a ideia e porque resolvestes encarar essa disputa ao pleito? Sei que Bagé é uma cidade muito conservadora, já fui inclusive, agredida algumas vezes, vítima de transfobia. O avanço do conservadorismo no país também faz com que as pessoas se sintam a vontade para nós humilhar, agredir e inclusive matar. Ser candidata foi uma maneira de protestar contra discursos falsos moralistas, transfóbicos e obviamente de ódio. Quando o meu partido fez questão de me convidar para compor a chapa, eu aceitei porque sabia que seria um grande desafio para mim, e uma oportunidade de me apresentar como uma porta voz das pessoas como eu. Eu represento a comunidade surda e LGBTQ+ nessa sociedade que tenta anular as nossas existências. Luto por uma cidade acessível e mais justa! Vamos mostrar ao mundo que a gente existe e que temos capacidade de trabalhar com o que quisermos, sermos o que quisermos, sem medo.

Mesmo com todo o desprezo que enfrentei na vida, consegui sobreviver. AS TRANSEXUAIS E SURDAS PODEM OCUPAR OS ESPAÇOS POLÍTICOS, SIM! JM - Sabemos que apesar da luta contra a discriminação, ela ainda existe. Como foi o processo de campanha eleitoral?

Pietra - Ainda há muita discriminação e preconceito, sim. No meu caso, até os meus 16 anos, sofria muito preconceito e bullying pelo fato de ser LGBTQIA+, quando tinha 18 anos eu assumi a minha identidade nas redes sociais, algumas pessoas se identificaram comi-

ARQUIVO PESSOAL

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Eleições 2020

Rompendo barreiras e fazendo história

go e comecei a ficar mais conhecida na comunidade. No processo da campanha, trabalhamos e dialogamos muito com os bajeenses. Sabemos que o jogo eleitoral não privilegia aqueles que vêm de baixo, como nós, mas acreditamos que podemos conseguir mudar as velhas estruturas de poder, e lutamos por isso. Sofri ataques por ser trans e surda, mas não me deixei abalar porque sei que é uma grande surpresa para eles que pessoas como eu sobrevivam e cheguem a disputar com eles.

JM - No atual cenário o Brasil chega às eleições de 2020 com um número recorde de pessoas trans em busca de um cargo no Legislativo. Como te sentes sendo uma representante e quais foram as tuas bandeiras? É uma grande vitória do movimento transativista. Me sinto muito representada pelas pessoas que como eu, se empoderaram. Nós queremos mostrar pra sociedade que nosso lugar é onde a gente quiser, e queremos uma sociedade mais aberta em relação a nossa existência. Fico muito feliz também pelo número das candidaturas surdas. Tenho esperança que possamos ser reconhecidos, e que nossos direitos sejam respeitados e garantidos por Lei. Minhas bandeiras não são somente sobre diversidade, também luto por uma educação justa e libertadora. Quero trazer uma central de intérpretes de Libras para Bagé, dando acesso para as pessoas surdas daqui, que são mais de 100, aos mais diversos lugares públicos.

Como uma pessoa surda vai ao hospital, banco, cartório e etc com o direito ao uso da própria língua negado? É preciso desenvolver políticas que garantam dignidade para o nosso povo.

Eleições 2020 BAGÉ, 16 DE NOVEMBRO DE 2020

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Eleição registrou Ruben Salazar é o vereador mais votado abstenção histórica em Bagé

Eleito com 2.635 votos, o médico Ruben Dario Salazar Arias, do PT, foi o vereador mais votado no pleito de 2020, em Bagé. Salazar foi vereador em três legislaturas e candidato a vice-prefeito, em 2016, na chapa encabeçada pelo médico Carlos Alberto Fico, do PCdoB. Quadro histórico do Partido dos Trabalhadores (PT), Ruben Salazar nasceu em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, em dezembro de 1953.

Naturalizado brasileiro, o médico atua como chefe da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica da Santa Casa de Caridade Bagé.

Entre os vereadores eleitores com maiores votações, Ruben é o primeiro, desde o pleito de 2008, a não ultrapassar os três mil votos. Em 1988, Antônio Fayad contabilizou o maior número de votos, totalizando 1.427. No pleito de 1992, Fayad ampliou a vota-

Mais de 25.454 eleitores (27,99% do eleitorado) dos eleitores bajeenses deixaram de comparecer às urnas no pleito de domingo. A abstenção é a maior desde o pleito do ano 2000, quando 9.515 eleitores (12,26% do eleitorado) não compareceram ao pleito.

A abstenção cresce a cada ano, representando 14,17% (11.615 eleitores), em 2004, avançou para 15,70% (13.278 eleitores), em 2008, e chegou a 18,50% (16.427 eleitores), em 2012. No pleito de 2016, 18.969 eleitores não compareceram às urnas, representando uma abstenção de 20,70%.

O crescimento da taxa de

DIVULGAÇÃO

Petista recebeu 2.635 votos

ção, alcançando 1.660, encerrando as eleições novamente como o mais votado.

Nas eleições de 1996, Luis Augusto Lara ultrapassou a marca dos dois mil votos, alcançando 2.147. Em 2000, a maior votação foi de Sonia Leite, que totalizou 1.923. No pleito de 2004, Dudu Colombo alcançou 2.731 votos. Adriana Lara

contabilizou 3.005, mas não foi eleito, por conta do quociente partidário.

Em 2008, Adriana foi novamente a mais votada, mas, desta vez, garantiu a eleição, com 4.085. A votação ainda não foi superada. No pleito de 2012, Divaldo Lara chegou perto, alcançando 3961 boto.

Ramão Bogado (Bocão) totalizou 3837, em 2016.

Demais eleitos Rodrigo Fialho (PTB) – 977 Ramão Bogado – Bocão (PTB) – 937 Omar Ghani (PP) – 806 Rodrigos Ferraz (DEM) – 681 Nego Zeca (MDB) – 675 Cleber Zuliani Carvalho (PP) – 667 Caio Ferreira (PDT) – 645 Flavius Dajulia (PT) – 631

Sávio Prestes é reeleito prefeito de Lavras do Sul DIVULGAÇÃO

Lélinho Lopes (PT) – 2130 Ronaldo Hoesel (PTB) – 1522 Graziane Lara (PTB) – 1358 Michelon (PTB) – 1303 Beatriz Souza (PSB) – 1207 Esquerda Carneiro (PTB) – 1160 Augusto Lara (PTB) – 1123 Caren Castêncio (PT) – 1016

abstenção, em 2020, está, em parte, associado à pandemia de coronavírus. Em resposta ao temor dos eleitores, a Justiça Eleitoral ampliou em uma hora o horário de votação, com foco na segurança dos eleitores, a fim de diminuir aglomerações nas zonas eleitorais, mas não conseguiu conter a abstenção.

O eleitor que deixou de votar e não justificou a ausência no dia da eleição, no primeiro turno (no domingo) poderá apresentar justificativa ou encaminhar o Requerimento de Justificativa Eleitoral (pós-eleição), à zona eleitoral em que for inscrito, até o dia 14 de janeiro de 2021.

Sávio Prestes, do PDT, foi reeleito prefeito de Lavras do Sul, com 2.631 votos (61,29%). Alfredo Borges, do Progressistas, totalizou 1.662 votos (38,71%)

Prestes encabeçava a coligação ‘Lavras não pode parar’, que reúne PTB, PSB, PT, DEM, MDB e PDT. O vice-prefeito é Sérgio Santos, do MDB.

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Empreendedor BAGÉ, 16 DE NOVEMBRO DE 2020

Empreendedor BAGÉ, 16 DE NOVEMBRO DE 2020

REPRODUÇÃO /JM

Sistema que facilita transferências passa a ser utilizado nesta segunda-feira

Gerente Regional de Desenvolvimento do Sicredi explica funcionamento e facilidades da chave PIX

A partir da próxima segunda-feira, 16, terá início uma revolução no modo de transferir valores, que pode acabar, até mesmo, com a força do papel-moeda ainda utilizado. Um dos assuntos mais comentados no segmento de economia nas últimas semanas, o lançamento do PIX ainda deixa algumas dúvidas nos usuários das instituições financeiras. Para explicar o que é o PIX e como funciona, a reportagem do Jornal MINUANO falou com Joamar Vieira, gerente regional de Desenvolvimento do Sicredi. É importante ressaltar que o PIX não é um aplicativo, e sim um sistema criado pelo Banco Central para facilitar e agilizar transações financeiras. Para o usar o PIX será necessário ter conta em alguma instituição financeira e ter uma chave de acesso (pode ser o número do telefone, e-mail, número do CPF, etc). De forma geral, Vieira explica que este sistema abre a possibilidade de transferir recursos de maneira rápida e fácil entre contas correntes ou conta poupança de qualquer instituição financeira. “O sistema foi desenvolvido para que as transferências ocorram em até 10 segundos, mas a média de transações tem ficado em três ou quatro segundos, conforme os testes do Banco Central”, explica.

Outro diferencial é a disponibilidade do sistema. Atualmente, os sistemas utilizados pelas instituições financeiras para transferência de valores (TED e DOC) funcionam apenas em horários pré-determinados, sem funcionamento em feriados e finais de semana. Com a chave PIX, o cliente terá a possibilidade de realizar a transferência instantaneamente, 24 horas por dia e sete por semana. “O PIX funciona a qualquer hora e isso facilita muito a vida das pessoas e das empresas”, aponta.

Neste sentido, uma das facilidades, tanto para pessoas físicas quanto pessoas jurídicas, é a possibilidade de substituir os pagamentos à vista, realizados com papel moeda ou cartão de crédito, pela transferência via chave PIX. “Vai abrir uma possibilidade muito maior de uso do QR Code. Por exemplo, um pequeno comércio, pode imprimir um QR Code da chave PIX e colocar na frente do caixa. O cliente, tendo sua própria chave PIX cadastrada, aponta o celular pro código e transfere o valor imediatamente para a conta da empresa”, explica.

Para pessoa física, é permitido a criação de até cinco chaves PIX diferentes diferentes instituições bancárias. Já para pessoa jurídica, é permitido o cadastro

de até 20 chaves PIX em diversas instituições. Mas Vieira ressalta que as chaves devem diferir umas das outras. O mesmo dado não pode ser utilizado em mais de uma chave por vez.

Contudo, para ter acesso a todas as funcionalidades, é necessário que os usuários, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas, tenham cadastrado a chave pix, que pode ser número do celular, CPF ou e-mail.O cadastro pode ser feito através do aplicativo da instituição financeira do cliente. Em alguns casos, é necessário realizar a atualização do aplicativo para disponibilização da área de cadastramento da chave.

Para testar o sistema e identificar potenciais problemas antes do lançamento oficial, o Banco Central abriu o PIX para uso de um número limitado de clientes durante esta semana.

Para os demais usuários, o PIX estará disponível a partir da próxima segunda-feira, 16 de novembro. Vieira projeta que, em um futuro próximo, até mesmo os governos poderão receber ou enviar recursos de maneira simplificada através das chaves PIX. Isso, conforme ele destaca, deve facilitar muito a vida do cidadão, eliminando boa parte da burocracia para o pagamento de tributos, por exemplo.

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Eleições 2020 BAGÉ, 16 DE NOVEMBRO DE 2020

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Marcus Peti vence e se torna o terceiro prefeito de Aceguá

O vereador e ex-secretário municipal de Educação, Marcus Vinicius Godoy de Aguiar (Peti), de 50 anos, venceu a disputa para a Prefeitura de Aceguá. Ele concorreu pela primeira vez, em substituição de Gerhard Martens, que desistiu da reeleição pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Antes mesmo de sair o resultado oficial, Peti que já havia computado os votos das 10 urnas da Princesa da Fronteira e realizou carreata pelas vias do municipio.

Aguiar salientou que pretende governar buscando a união da fronteira e tem o objetivo de trabalhar em parceria com o prefeito eleito de Aceguá/Uruguai e da Intendência de Melo. “Nosso governo será para todos”, disse.

O novo prefeito foi vereador por duas legislaturas consecutivas e presidente da Câmara de Vereadores, em 2016. De 2017 a 2020, estava à frente da Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer. O candidato é graduado em Análise de Sistemas e pós-graduado em Administração Pública e Gerenciamento de Cidades. Ele é filho da ex-vereadora (2005-2008) e ex-vice-prefeita (2009-2012), Marli Aguiar. O pai Armando Aguiar (falecido em 2007) foi

FOTOS DIVULGAÇÃO

candidato a vice-prefeito na chapa de Martens (Dr. Geraldo), na primeira eleição do municipio, em 2000. O produtor rural Pedro Anildo Ardenghi é seu vice.

Desenvolvimento do pleito Em Aceguá, nas primeiras horas da manhã, o pleito ocorreu de forma tranquila. Na sede do municipio, chegou a formar fila em uma das urnas da Escola Barão de Acegua. Por volta de 10h, a Brigada Militar foi acionada pelos fiscais para dispersar cabos eleitorais que estavam fazendo aglomeração em frente ao local.

Eleição histórica Cinco candidatos disputaram a Prefeitura de Aceguá, em um pleito histórico para a cidade da fronteira com o Uruguai. Marcus Peti é o terceiro prefeito eleito do municipio, que completa duas décadas de implantação em 2021. Aceguá foi criado em 16 de abril de 1996. A implantação do município, porém, aconteceu em janeiro de 2001.

Apenas dois prefeitos haviam sido eleitos desde 2000: Júlio Cezar Pintos, pelo MDB, e

Peti e o vice, Pedro Anildo

Gerhard Martens (Doutor Geraldo), pelo PSDB. Júlio Pintos, Doutor Geraldo e Glécio dos Santos Rodrigues, do PT, disputaram o primeiro pleito, em 2000, vencido pelo emedebista. O cenário de candidaturas se repetiu, em 2004, com nova vitória de Júlio.

Em 2008, com a legislação vedando a disputa pela segunda reeleição, do candidato do MDB, Doutor Geraldo, derrotou Rodrigues e garantiu seu primeiro mandato.

No pleito de 2012, Doutor Geraldo disputou a reeleição, mas perdeu o pleito para Júlio Pintos. Nas eleições de 2016, foi a vez de Júlio Pintos disputar a reeleição e perder para Doutor Geraldo. Na eleição, Danilo Pereira concorreu pelo Progressistas e Eraldo Seling pelo PT. O pleito de 2020, além de contabilizar o maior número de candidaturas desde a primeira eleição municipal de Aceguá, também marca a estreia de três partidos na disputa pela Prefeitura. Foi a

primeira eleição da cidade sem candidaturas de Júlio Pintos e Doutor Geraldo. O tucano, aliás, é o primeiro prefeito de Aceguá a abrir mão da possibilidade de disputar a reeleição para o cargo.

Além do prefeito eleito, participaram da disputa o vereador Edmundo Pichler pelo MDB, o produtor rural Willi Janzen pelo Democratas (Dem), vereador Alfredo Castillos de los Santos, pelo Partido Social Democrático (PSD), e Fernandinho Teixeira, pelo Partido Liberal (PL).

Vereadores eleitos Foguinho MDB

6,53% Pedro de Blanco PTB 5,79% Jair Ardenchy PTB 3,93% Kiko PSDB 3,54% Jacqueline PSDB 3,47% Renatinho MDB 2,88% Julio Cesar Lemos MDB 2,88% Dalmiro Almeida PP 2,88% Dr Alex Castillo PSD 2,46%

Novo prefeito foi felicitado pelo alcalde eleito de Aceguá/Uruguai, Javier Rodrigues

Votação foi calma, mas registrou filas

186 165 112 101 99 82 82 82 70

Eleições 2020 BAGÉ, 16 DE NOVEMBRO DE 2020

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Pela terceira vez, Folador comandará Candiota

Três disputas de pleito e três vitórias. Esse é o aproveitamento de Luiz Carlos Folador, 52 anos, do MDB. Eleito com 1725 votos (54,93%), ele comandará a Prefeitura de Candiota até 2024 e terá, como vice, Paulo Brum Correa (Paulinho), do PSDB. Dessa vez, como emedebista – as outras duas gestões foram desenvolvidas quando era filiado ao PT. E por falar nisso, na corrida do pleito, superou Adriano dos Santos, do PT, que fez 2205 votos (43,80%), que tinha sido seu sucessor quando cumpriu o segundo mandato. E em terceiro ficou José Giordâni

Dornelles (Pimenta), do PSOL, com 64 votos (1,87%).

Além de manter o 100% aproveitamento de vitórias ao concorrer pelo Executivo candiotense, a eleição de Folador também representa um marco partidário na cidade. Acontece que na Capital do Carvão há uma rivalidade histórica entre PT e MDB. Até este domingo (15), cada um dos partidos tinha governado Candiota três vezes.

Com a vitória de Folador, o MDB chega a quatro governanças e passa a ser o partido com mais vitórias no município.

MDB x PT: rivalidade histórica

Para fins de complemento dessa rivalidade, vale lembrar que, em 2012, os partidos polarizaram o pleito, com Folador, que buscava a reeleição, e Odilo Dal Molin, respectivamente (Folador estava no PT). Nas eleições de 2016, Adriano, representando a

sucessão de Folador, pelo PT, enfrentou Gildo Feijó, do MDB, e Betiollo, do PSDB. Este ano, PT e MDB retornam às urnas, com Adriano e Folador, que deixou o PT e assinou filiação ao MDB no ano passado, com o aval de Dal Molin.

Prefeitos eleitos 1992 – Odilo - MDB 1996 – Mirabeau - PDT 2000 – Odilo - MDB 2004 – Marcelo – MDB

2008 – Folador – PT 2012 – Folador – PT 2016 – Adriano – PT 2020 – Folador - MDB

JOÃO ANDRÉ LEHR / TRIBUNA DO PAMPA

DIVULGAÇÃO

Folador tem 100% de aproveitamento em pleitos para Executivo da cidade

Relação do vice com Bagé

Outro fato que merece atenção é o vice de Folador: Paulinho. O tucano, que disputou o

Um breve perfil

Nascido em Pinhalzinho (Santa Catarina), Folador é residente há quase 30 anos em Candiota. Na Capital do Carvão, foi prefeito em duas oportunidades (de 2009 a 2016). Paralelo às atividades do Executivo candio-

cargo de vice em 2016, pelo PSC, em chapa encabeçada por Betiollo, é filho do ex-vereador

de Bagé, Geolar Correa. Cabe destacar que o Progressistas também integra a coligação.

tense, Folador atuou como presidente da Federação das Associações dos Municípios do RS (Famurs) e o Consórcio Cideja.

Fora isso, Folador ocupou diversos cargos em âmbito da comunidade candiotense, como

secretário municipal e vereador. Em Brasília, desenvolveu atividades como assessor do Ministério da Agricultura.

Agora, vai para seu terceiro mandado não consecutivo em Candiota.

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Eleições 2020 BAGÉ, 16 DE NOVEMBRO DE 2020

Renato Machado é reeleito em Hulha Negra TRIBUNA DO PAMPA

REPRODUÇÃO TSE

Progressista assume terceira gestão

Carlos Renato Machado foi reeleito para comandar o Executivo de Hulha Negra por mais um mandato, desta vez de 2021 a 2024. Com 56,17% dos votos, o progressista garantiu a terceira gestão no município, junto ao vice, Igor do Canto.

A primeira eleição aconteceu em 2008 e a segunda após oito anos, na eleição de 2016.

Com a vitória nas urnas deste domingo, Machado alcança o recorde do pedetista Marco Antônio, eleito prefeito em três ocasiões.

No total, o município registrou 3.938 votos, 3.760 deles válidos. Deste total, 2.112 votos foram computados a Renato Machado, enquanto o candidato do PT, Fernando Campani, registrou 1.648, que representa 43,83% dos votos válidos.

Além disso, a abstenção chegou a 16,05% no município, além de 1,65% de votos em branco e 2,87% nulos.

Renato Machado foi presidente do legislativo de 1993 a 1996, gestão em que foi adquirido o prédio da Casa Legislativa.

De 2001 a 2008, Machado foi vice-prefeito de Hulha Negra e de 2009 a 2012 foi prefeito do município. Desde então, atuou nas secretarias de Obras, Saúde e Agropecuária.

Através da assessoria de imprensa, Machado se pronun-

ciou: “É um momento de agradecer a nossa comunidade, que confia em nosso trabalho. Estamos aqui para servir e não para ser servidos, e a comunidade sabe do nosso amor por Hulha Negra. A resposta veio na urna junto com a certeza de que o nosso compromisso é ainda maior.

A vitória é do povo de Hulha Negra. Fizemos uma campanha eleitoral diferente, em razão de estarmos vivenciando uma pandemia, foi uma campanha limpa e coerente onde prevaleceu a democracia”.

Após o encerramento das votações, o prefeito aguardou a apuração na sede do comitê central da coligação PP/PDT. Na sequência, saiu em carreta pelo zona central do município, para celebrar e agradecer a população.

O prefeito e o vice reeleitos discursaram em frente ao comitê, com a solicitação de que a população permanecesse dentro dos automóveis e que as máscaras fossem usadas.

Revanche nas urnas Este foi o segundo embate entre os dois candidatos. No pleito de 1996, que elegeu Campani, Machado também disputou a cadeira do Executivo. Mas naquela ocasião, o progressista fez 925 votos, 38 a menos que o candidato do PT.

ADRIANA QUADROS/ESPECIAL JM

Machado percorreu o município em carreata para agradecer a votação

Legislativo A gestão de Machado deve contar, novamente, com maioria na Câmara de Vereadores. Dos nove vereadores eleitos, cinco são da base aliada e quatro são de oposição.

Três edis do PDT garantiram

vaga – Getúlio Porto e Marcus Leitzke em reeleição, e o candidato mais votado, Jorge Coelho Coruja, que registrou 6,93% dos votos (265).Dos progressista, Ronaldo Pereira continua e Diego Rodrigues garante a primeira eleição. Da oposição três vereadores do PT

garantiram vaga na Casa Legislativa: Hugo Teixeira e Dalvir Zorzi, em reeleição, e Volnei Manfron, o segundo mais votado. Já o PTB elegeu a única mulher dentre os nove vereadores, Tanira, que foi a terceira candidata mais votada, com 5,73% dos votos.

Eleições 2020 Aos 81 anos, Pastor Raul foi o candidato a vereador mais velho de Bagé

O Pastor Raul Castro pode ser estreante dentro da disputa no pleito, mas, certamente, tem uma longa experiência de vida.

Pela legislação eleitoral brasileira, pessoas a partir dos 60 anos já não são mais obrigadas a votar, mas, na Lei, não há qualquer limite de idade para que elas possam, inclusive, se candidatarem. O candidato mais idoso de Bagé, em 2020, ele festejou seu 81º aniversário há uma semana, no dia 9 de novembro, e representou o Partido Social Democrático (PSD).

Essa é a primeira vez que ele disputou vaga à Câmara de Bagé. O pedreiro aposentado nasceu em Pinheiro Machado, mas se considera bajeense, pois mora há mais sete décadas em Bagé.

O desejo de ajudar o próximo fez com que o morador da Vila Malafaia entrasse na dis-

puta. Com lucidez suficiente para lutar pelos seus ideais e, principalmente pelo bem estar da população, o pastor compara os dias atuais, com os tempos áureos, quando Bagé estava em desenvolvimento e tinha indústrias como a de Guaraná, sabão e de fumo.

Ao longo dos seus 80 anos, nunca havia se envolvido em política, mas, desta vez, incentivado por amigos, resolveu disputar a vaga. O estímulo pelas inúmeras demandas pleiteadas e conquistadas para o bairro onde reside, como a linha de ônibus, bueiros e iluminação pública. À reportagem do JM, informou que fez uma campanha simples, com apoio da esposa, da família e dos amigos.

Há 16 anos, atua como pastor evangélico e conta que está sempre batalhando pelo melhor para comunidade. Apesar de se

Bagé tem o registro da primeira candidatura coletiva da sua história

Alex Sander, Renata Carvalho e Krisley Vargas se colocaram à disposição na eleição deste ano

Pastor concorreu à vaga na Câmara pela primeira vez

considerar com uma saúde privilegiada para sua idade, não toma nenhuma medicação, ele reconhece que essa é uma área que merece maior atenção e foi uma de suas bandeiras. “Quero o melhor para a cidade e para nossa população”, concluiu.

Arquivo Pessoal

possível trabalhar em prol da população sem pensar no salário/subsídio do vereador, que, em Candiota, é R$ 4.687,00.

“Vivemos em um sistema onde a pessoa se candidata pensando no salário, precisamos mudar essa mentalidade. Acredito que vereador não é uma profissão. Ele tem que trabalhar em prol da população. Precisamos atuar como um agente transformador e fazer de fato algo diferente”, frisa a candidata que já esteve a frente de um clube e associação de moradores. b“Quero trabalhar para as pessoas da comunidade, sem ganhar nada em troca.

Esse é um procedimento que já foi feito por deputados, prefeitos e vereadores, e estou trazendo esse bom exemplo para o meu município”, ressaltou ela antes do resultado eleitoral ser publicado.

Josuelem comenta que entende que estamos vivendo em um momento onde as pessoas não creem na política e, por isso, acredita que, desta forma, trará um pouco de esperança. “Quero servir de exemplo para outros políticos, pois

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Divulgação

A candidata que registrou em Cartório que abriria mão do seu salário No final de setembro, a microeempreendedora, com formação técnica em Gestão Ambiental e de Produção Industrial com ênfase em Administração, Josuelem Duarte Avila, do MDB, surpreendeu os eleitores do município de Candiota quando divulgou o termo de compromisso registrado em Cartório, com caráter irrevogável, que, se eleita fosse, doaria o valor integral do salário de vereadora.

Com o slogan “Não existe mudanças sem atitudes”, a candidata de 32 anos concorreu pela segunda vez. Na eleição anterior, ficou na suplência, faltando 20 votos para conquistar a vaga no legislativo. Após a última eleição, ela atuou como diretora administrativa da Câmara, por dois anos, e, neste momento, ficou ciente da realidade e dos horários e, assim soube que poderia conciliar o cargo de vereadora sem remuneração, com a sua função de micrroempreendedora, dando continuidade às suas vendas de roupas e joias.

O objetivo da candidata era mostrar, na prática, que é

Divulgação

BAGÉ, 16 DE NOVEMBRO DE 2020

Josuelem disputou vaga pela segunda vez

acredito que ainda há pessoas que querem fazer um bom trabalho, sem pensar no benefício próprio”, frisa.

A doação de 100% do salário, de acordo com a proposta, ocorreria mensalmente, com distribuição entre as instituições, entidades e associações de Candiota, que atuem em conformidade com a população.

No Rio Grande do Sul acredita-se que pelo menos 14 inscrições foram configuradas como mandatos coletivos. E Bagé teve uma delas.

De acordo com um levantamento do Centro de Política e Economia do Setor Público (Cepesp) da FGV, a partir de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as candidaturas coletivas e compartilhadas se multiplicaram nos últimos quatro anos. Passaram de 13, em 2016, para 257 registros em 2020.

“Essa é uma maneira diferente de fazer política porque rompe o personalismo, a ideia que uma pessoa só vai representar milhares de votos.

Consideramos um jeito mais democrático de fazer política, e, no nosso caso, somos três pessoas, mas viemos de um coletivo. Enquanto uma pessoa faria o mandato formal da câmara, esse trabalho estaria se multiplicando já que mais duas pessoas estariam atuando”, explicou a estudante de letras Krisley Vargas, de 22 anos, que uniu forças as ideologias da acadêmica de Jornalismo, Renata Carvalho, de 20 anos, e do prestador de serviços, Alex Sander, de 44

anos, todos militantes do PSOL e envolvidos com diversas causas.

O trio formalizou o registro da primeira candidatura coletiva da história de Bagé. Se eleitos fossem, eles pretendiam dividir o salário e atarefar o trabalho. “A ideia era fazer assembleias de construção do mandato promovendo a participação de outras pessoas, para que as decisões não fossem tomadas de portas fechadas”, ressaltaram. Sobre a aceitação em Bagé, eles consideraram boa, já que muitas pessoas reclamaram do trabalho dos vereadores que, depois das eleições, em parte, somem, deixando a desejar.

Entre as bandeiras e pautas levantadas pelo trio, estavam a defesa dos direitos humanos, das mulheres e, principalmente, da educação, do movimento negro, das lutas LGBTs, com um caráter progressista. “Levantamos sem nenhuma vergonha as bandeiras do feminismo, do antirracismo e do anticapitalismo, pois somos de um partido que é de esquerda radical e, pelo menos aqui em Bagé, não fez coligações”, declarou Kris.

Novidade no meio político O termo e a proposta ainda soam como uma novidade e, possivelmente, muitos leitores ainda o desconheçam. Mandatos coletivos são aqueles que, embora tenham um candidato principal, contam com mais pessoas por trás. Nesses casos, o vereador eleito compartilha as decisões do mandato com um grupo de pessoas. Esse novo modelo ainda não é previsto na lei e exige um acordo informal entre os integrantes.

De acordo com dados eleitorais, o PSOL é um dos partidos que mais estimula e lança esse tipo de candidatura, mas o propósito conquistou representantes de partidos alinhados à esquerda, há também partidos de centro e de direita.

Normalmente, essas candidaturas coletivas têm motivações idealistas, o que confirma o posicionamento deste grupo de Bagé. Kris, representando os demais parceiros, reforça que o mandato estaria a ser-

viço de combater as desigualdades.

“Pensamos em fazer o mandato coletivo, pois acreditamos nesse jeito diferente de fazer política, sem a ideia de construir uma figura pública sozinha, sem ideia de liderança, mas que seja de maneira democrática, servindo de megafone das lutas das pessoas, das mulheres e dos jovens.

Essa é maior característica do mandato, não queríamos fazer uma política tradicional, porque não somos políticos de carreira e nem vamos nos tornaríamos se fossemos eleitos”, declaram.

Como o TSE só reconhece um candidato, os grupos precisam sempre definir uma pessoa, que vai ser registrada no Tribunal e, oficialmente, será considerada a candidata. Caso seja vencedora, apesar de ouvir os demais, será a única oficialmente responsável pelo cargo.

O nome oficial na urna foi o de Renata Carvalho.

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Eleições 2020 BAGÉ, 16 DE NOVEMBRO DE 2020

Os impactos da pandemia na rotina de quem foi votar

Que a eleição municipal de 2020 seria atípica, em virtude dos efeitos da pandemia, todos sabiam.

Entretanto, a expectativa era de que a população tivesse mais planejamento e compreensão com as

regras exigidas. Uma das determinações divulgadas amplamente era de que, entre 7h e 10h, a preferência para uso das urnas seria dada para idosos, principal grupo de risco para contágio da Covid-19.

Porém, em várias seções eleitorais bajeense, o respeito pela determinação não foi o que se viu. Na sede da Prefeitura, na avenida General Osório, por exemplo, foram registradas longas filas na calçada do prédio. E vários eleitores se manifestavam indignados com o fato de idosos terem preferência para se dirigirem às urnas e “passarem na frente” dos demais cidadãos. Houve até xingamentos a fiscais e mesários por cumprirem com a regra

que, por sinal, antecipou para às 7h a abertura da votação.

Outro fato que gerou tumulto e aglomerações em volta dos colégios eleitorais foram as trocas de seções. Por mais que os prazos tivessem sido informados com antecedência, foi comum encontrar eleitores perdidos pela cidade, em busca da seção onde deveria votar. Alguns locais ficaram sobrecarregados, enquanto outros permaneciam praticamente vazios por vários instantes do dia.

Desrespeito com idosos

fotos: Tiago Rolim de Moura

Eleitores reclamaram de excesso de pessoas em seções

Sobrecargas de seções e santinhos

Primeiras horas foram registradas por divergências por preferências a idosos

Distanciamento social nas filas Quanto ao uso de máscaras de proteção, álcool gel e distanciamento social, pode-se dizer que tais normas foram cumpridas pela maioria dos bajeenses. É claro que sempre há as exceções daqueles que se opõem a estar sem máscara ou que, na primeira oportunidade que tem, tiram o tecido do rosto.

Já em relação ao distanciamento entre eleitores, nas filas das seções, o cumprimento se tornou, em alguns momentos, dificultoso. Mas, muito em razão da falta de estrutura de alguns colégios eleitorais, no que diz respeito ao espaço por metro quadrado oferecido para o número de eleitores das seções ali inseridas.

Na cobertura nas redes sociais do Jornal MINUANO, vários usuários reclamaram sobre as mudanças que, segundo eles, teria contribuído para várias das aglomerações que foram registradas pela cidade.

Quanto aos ‘derrames’ de santinhos, este é um problema que, infelizmente, já faz parte da rotina de qualquer tipo de eleição. Ao amanhecer é comum ouvir relatos de casos dos próprios casos despejaram centenas de santinhos nas ruas e calçadas.

Vários acessos a colégios eleitorais eram tomados pelos santinhos, contrariando toda e qualquer tipo de campanha que vise à população ambiental.

Porém, por mais que a cada pleito o poder das redes sociais, seja para disseminação de informação (ou de desinformação), se torne ainda mais forte, os ‘derrames’ de santinhos seguem com sua funcionalidade na hora do voto. É comum encontrar eleitores indecisos, de faixas etárias das mais variadas, que acabam escolhendo o candidato somente e exclusivamente pelo santinho que encontrou no chão. Mas independente da atitude ser certa ou errada, quem que nunca ouviu o relato de um amigo ou um familiar que já não fez isso?

Tradicionais santinhos estavam despejados nos acessos aos colégios eleitorais

Aumento das abstenções

Busca por álcool geral era constante nos locais de votação

Por fim, o número de abstenções é outro fator que merece destaque na análise sobre os efeitos da pandemia na eleição municipal. Os mais de 20 mil eleitores que não compareceram para votar refletem, direta-

mente, dois aspectos. O primeiro representa o medo de muitos cidadãos com os riscos de saúde com a pandemia, a partir das aglomerações nos colégios eleitorais, algo que já estava previsto antes do pleito. E o se-

gundo aspecto pode ser interpretado como uma rejeição aos candidatos, algo, aliás, que não se restringiu exclusivamente a Bagé, mas num contexto nacional como um todo e que vem aumentando a cada pleito.

Eleições 2020 BAGÉ, 16 DE NOVEMBRO DE 2020

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Juiz eleitoral avalia a eleição considerada inédita, em função do período de pandemia

fotos: Tiago Rolim de Moura

Após às 17h do domingo, dia 15, o juiz da 142ª zona eleitoral de Bagé e região, Humberto Móglia Dutra, destacou que essa eleição foi muito ‘diferente, inédita’, neste período de pandemia, segundo ele, porque foi organizada de maneira totalmente ‘pioneir’.

Dutra destaca que os mésarios, até o sábado, estavam informando que não estavam aptos a trabalhar e vários tiveram que ser substituídos. “Alguns com confirmação de Ccovid-19, outros suspeitos, então se tornou mais difícil de se organizar. Na manhã deste domingo, tivemos que substituir alguns faltosos, mas dentro da normalidade. Já estávamos prevendo isso e conseguimos fazer essas substituições”, contou.

Nas seções da Prefeitura, houveram reclamações no início da votação

“Iremos apurar essas situações de termos circunstanciados que chegaram”, garantiu Dutra

O juiz ainda frisou que a eleição foi muito polarizada, com muita discussão. “Tivemos muitas denúncias de boca de urna, muita conversa, mas, efetivamente, de prenderem, não foi um grande número de detidos, Iremos apurar essas situações de termos circunstanciados que chegaram até a Justiça Eleitoral”, garantiu.

Sobre adequações das urnas e seções,

Após 10 horas de votação, a primeira urna chegou para escrutínio ao Cartório da 7ª Zona Eleitoral às 17h10min. A presidente de mesa da seção 185 do colégio eleitoral Carlos Kluwe, Denise Caminha, informou que o índice de abstenção foi alto, cerca de 30%. Dos 401 eleitores aguardados, 277 participaram do pleito.

Óbitos NELSON SOARES DA COSTA, 75 anos, mecânico aposentado, casado com Helena Nunes da Costa. Residia na rua Waldemar Machado. Deixa os filhos Riliane, Nelson, Edenilson e Helenara.

ADRIANA PARODES BATISTA, 45 anos, técnica em enfermagem, solteira. Residia na rua Tenente Adriano Ferreira, bairro Passo das Pedras. Deixa os filhos Douglas, Célio e Maria Fernanda.

MAXUEL DE LIMA MAURENTE VEIGA, 35 anos, aposentado, solteiro. Residia na rua Martin Luther King, bairro Getúlio Vargas.

EDA DO COUTO SALIM, 86 anos, dona de casa, viúva. Residia na rua São Paulo, Centro, Erechim/RS. Deixa o filho Carlos Humberto.

LUIZ CARLOS ALBERDANHA BARRETO, 88 anos, trabalhador rural aposentado, solteiro. Residia na rua Reverendo Guimarães, bairro Popular.

MARA REGINA BARRETO VAZ, 73 anos, aposentado, viúva. Residia na rua Fernando Ferrari, bairro Estrela Dalva.

Deixa os filhos Alex, Márcio e Graciela.

Tiago Rolim de Moura

Primeira urna entregue para Cartório Eleitoral registrou alta abstenção

o juiz destacou que houve algumas denúncias de aglomerações. “Tivemos seções que tiveram, no ínicio, alguns problemas, mais filas, administradores de prédios não deixando os eleitores entrarem, mas depois veio a notícia de que foi organizado e fluiu.

As abstenções, sim, acreditamos que seria muito alta. Pelo que apuramos, por cima, ti-

vemos muitas abstenções”, ressaltou ele antes da conclusão da divulgação do resultado.

Dutra ainda comentou que duas urnas tiveram que ser substituídas, uma em Candiota e outra no bairro São Judas Tadeu.

“Temos urnas de contigência e foram rapidamente substituídas e o pleito transcorreu sem nenhum problema”, concluiu.

Candidatos a vereador são detidos em Bagé e região por crime eleitoral

Dois candidatos a vereador foram detidos na região, por crime eleitoral, pela Polícia Federal e Polícia Civil. Nas primeiras horas da manhã de domingo, um candidato a vereador, de 53 anos, foi detido na avenida Sete de Setembro.

De acordo com a PF, o homem foi conduzido até a Delegacia de Polícia Federal (DPF) de Bagé, em razão do crime previsto no artigo 39 da Lei 9.504/1997, o popular boca de urna. Consta que o candidato foi flagrado realizando a divulgação de propaganda de partido político e candidato. Foi formalizado termo circunstanciado e, após, o mesmo liberado.

Por volta das 13h, outro homem, de 45 anos, foi autuado em termo circunstanciado de ocorrência pela prática do crime em virtude de estar fazendo bandeiraço em frente ao colégio eleitoral do Centro Administrativo.

Seu veículo, que estava estacionado em fren-

te ao local, às 8h30min, ostentando quatro grandes bandeiras até o momento de sua abordagem no início da tarde.

Durante o dia foram registradas 48 denúncias, segundo o delegado federal Cícero Aguiar, tendo sido realizada várias diligências de fiscalização a aprtir das informações das denúncias. “A utilização do drone foi importante no auxílio das diligências, dando apoio as equipes nas viaturas policiais, além de ser uma ferramenta para fiscalizar as informações das denúncias. Foram realizados três procedimentos durante o dia, sendo dois relacionados a crimes eleitorais e um relacionado a crime comum”, complementou o delegado.

Já na região, em Dom Pedrito, segundo a Polícia Civil, um termo circunstanciado foi confeccionado também contra um candidato a vereador, no centro da Capital da Paz. Segundo divulgado, ele estava fazendo boca de urna e foi detido.

LÊDA BARRETO TEIXEIRA, 75 anos, dona de casa, viúva. Residia na rua Santo Antônio, bairro Getúlio Vargas.

Deixa o filho Rudinei.

JERÔNIMO COSTA HERNANDES, 25 anos, radialista, solteiro. Residia na rua Dario Brossard, bairro Santa Cecília.

CELY SEVERO BORGES, 102 anos, dona de casa, viúva. Residia na rua Rodrigues Lima. Deixa os filhos Leiba, Ricardo e Rinaldo.

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Contracapa

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