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O iceberg da segurança nas escolas

Circula nas redes uma imagem que me pareceu a melhor forma de entender um pouco a onda de ameaça às escolas que tomou nosso país. É a imagem de um iceberg - na parte visível está o bullying, a desatenção de famílias e a falta de segurança dos prédios escolares; abaixo da superfície está aquilo que a sociedade ignora: a vulnerabilidade dos jovens diante de discursos extremistas, plataformas online sem restrições, disseminação dos discursos de ódio, organização de células neonazistas, aumento do acesso a armas de fogo e a própria espetacularização por parte da mídia.

A metáfora do iceberg mostra a complexidade do tema e, portanto, o simplismo de algumas medidas adotadas. Em Bagé, a Prefeitura anunciou botão do pânico nas escolas. Não é preciso nem atuar em escola para imaginar a ineficiência da ação. Isso nem sequer dá conta do problema da insegurança dos prédios, imagina dos problemas profundos que fazem a escola ser vítima da violência da sociedade. Botão de pânico é medida paliativa,

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