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Perfuração de poços artesianos pode auxiliar a minimizar a falta de água

forme divulgado pela Fetag, a mobilização teve como enfoque trazer aos representantes de agentes financeiros uma pauta que foi levantada pelos produtores rurais como as mais urgentes para serem atendidas, pois a problemática da estiagem aprofundou, segundo ele, a descapitalização do público que é formado por agricultores e pecuaristas familiares.

O que pedem os mobilizados?

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- Prorrogar as operações de Pronaf e Pronamp custeio e investimento, vencidas e vincendas aos agricultores que tiveram perdas em sua produção agrícola ou pecuária;

- Conceder o rebate de 35% nas operações vencidas, vincendas e prorrogadas que não estiverem ampararas pelo Proagro Mais e Seguro Rural de 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2023 para todos os agricultores que estiverem em municípios com decretação de situação de emergência reconhecidos pela Defesa Civil;

- Flexibilizar a regra que impede a contratação quando há três acionamentos do Proagro Mais nos últimos 60 meses para a mesma cultura. Pois é necessário permitir que os agricultores oriundos de municípios com situação atípica de estiagem continuada nos últimos 3 anos possam contratar o custeio Pronaf sem prejuízo a recuperação e a segurança da sua lavoura.

- Fortalecimento dos estoques de milho do Progama de Vendas em Balcão (ProVB) e subsídio de 30% para o produtor adquirir o produto nos armazéns credenciados através da CONAB;

- Linha de crédito emergencial, com teto de financiamento de até R$ 50 mil por mutuário, prazo de reembolso de até 10 anos e bônus de adimplência de 30% para a reestruturação produtiva das propriedades.

Quem tem um poço comum ou artesiano em casa, pode garantir o abastecimento, neste período de racionamento. Quem ainda não tem, e sonha em minimizar o problema da água, pode buscar o serviço, que tem um custo alto, mas pode atender à demanda por abastecimento. Para a zona rural, a liberação para a perfuração é mais comum, mas para a cidade há uma série de exigências para construir estruturas do tipo.

Conforme informações do Departamento de Água, Arroios e Esgotos de Bagé (Daeb), quem quiser ter um poço em casa, precisa de algumas licenças. Uma delas é a liberação pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Proteção ao Bioma Pampa (Semapa). Outra exigência é não interligar o poço à rede, para não contaminar a água. Se for um sistema isolado e independente é possível utilizar a água do reservatório no imóvel.

Quem já tem poço em casa pode contratar o serviço de análise do Daeb, que é feito pela Estação de Tratamento de Água (ETA) e é um serviço que tem custo. Para análise de água bacteriológica, o valor é de R$ 132,09 e a análise de água físico química custo em torno de R$ 217,74.

Para a perfuração de um reservatório na zona rural é necessário uma anuência prévia feita por geólogos. De acordo com o técnico em perfurações de poços artesianos, Nilo Machado Rodrigues Filho, a empresa que trabalha tem o credenciamento junto ao órgão responsável pela liberação dos documentos e salienta que após todos os trâmites, a perfuração, dependendo da profundidade, demora cerca de um dia e meio.

Conforme Rodrigues, a estiagem faz com que a demanda aumente, mas salienta que, na região de Bagé, a empresa sempre está fazendo perfuração. “A cada ano que passa tem aumentado consideravelmente a demanda. São perfurados cerca de seis poços por mês nesta região”, relata.

O técnico informa que apesar do interesse dos produtores rurais em ter um poço, a condição financeira devido à própria estiagem fez com que muitos tivessem prejuízo e isso diminui um pouco a procura. “Dentro da área urbana, em alguns casos, conseguimos perfurar, com anuência prévia (licença para perfuração)”, pontua.

O técnico salienta que para a perfuração no ponto exato e que dará mais vazão é utilizado o mapa hidrogeológico, que faz imagens via satélite. Além disso, a experiência de 28 anos e o estudo da geofísica ajudam a definir o local mais apropriado para a perfuração.

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