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Celebração pela padroeira mobiliza grande número de fiéis em Bagé

Centenas de fiéis reservaram o dia para demonstrar sua fé no dia da co-padroeira de Bagé. As celebrações em homenagem à Nossa Senhora Auxiliadora mobilizaram os bajeenses em um dia de liturgias e a tradicional procissão luminosa. A data também marcou a celebração de 100 anos da colocação da pedra fundamental da igreja.

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Ao longo do dia, foram realizadas cinco missas - a última delas, às 17h, antecedeu a concentração para a procissão. Uma das devotas presentes na celebração é Olga Veiga, 85 anos. Ela conta que, desde 1956, participa das celebrações, tanto das missas quanto da caminhada luminosa. Além disso, mantém a chama da fé acesa através de orações matutinas diárias direcionadas à santa e na participação do Coral Auxiliadora. Inclusive, ela conta que a devoção passou de mãe para os filhos, que também são fiéis de Nossa Senhora Auxiliadora e costumam participar das celebrações.

O montador Luís Delmar Pereira de Mello, 53 anos, é morador da comunidade Nossa Senhora do Carmo, além de ser devoto da Santa. Contudo, como ele mesmo afirma, “todas as Nossas Senhoras são a mesma, a nossa Mãe” - então também presta respeito à Auxiliadora. Conforme explica, assim mantém sua fé, aprendida ainda na infância.

“Muitas graças eu alcancei, orando para as nossas mães, então sempre venho agradecer”, diz.

Após celebrar uma das missas da novena dedicada à Santa, o bispo Dom Cleonir Dalbosco participou da celebração de encerramento. Ele celebra a grande mobilização dos bajeenses na data. Segundo ele, uma das maiores dos últimos anos. “Tivemos uma participação e devoção popular impressionante neste ano. Acredito que tenha sido o ano mais vibrante depois da pandemia”, destaca.

A caminhada luminosa dos fiéis saiu da frente da Igreja Nossa Senhora Auxiliadora, seguiu pela Avenida Sete de Setembro até a rua General Neto, até voltou, através da Marechal Floriano, em direção ao ponto de partida, a Igreja Auxiliadora. Ao longo do caminho, os fiéis receberam reforço na homenagem à co-padroeira através das velas votivas acesas nas janelas das residências.

A tradição das velas votivas na cidade remonta ao período da Segunda Guerra Mundial. À época, o Exército Brasileiro enviou contingentes de soldados para Europa - muitos bajeenses entre eles. Preocupado pela vida dos combatentes, em 1943, o Padre Edgar Aquino Rocha pediu para que os bajeenses apagassem as luzes e deixassem apenas velas acesas nas suas janelas, no dia 24 de maio. Além de orar pelo fim dos bombardeios, o padre pedia para Nossa Senhora Auxiliadora que todos os bajeenses retornassem com vida para casa. Essa atitude tornou-se símbolo de devoção e é praticada até hoje, todo dia 24 de maio. jornalminuano.com.br

A coroação da estátua da Santa será realizada no dia 31, às 19h, na Igreja de Nossa Senhora Auxiliadora.

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