4 minute read
Deputada Federal Julia Zanatta visita Campos Novos e colhe demandas do município
from 1783
Parlamentar que já esteve na cidade no período de pré-campanha retorna após conquistar a sexta maior votação em Santa Catarina.
A região de Campos Novos foi o destino escolhido pela Deputada Federal Julia Zanata (PL/SC) para passar alguns dias do feriadão de Corpus Christi. A parlamentar que trabalha no Congresso Federal em Brasília, ficou hospedada na propriedade da Família Di Domenico e aproveitou a visita ao município para fazer uma agenda institucional, conversar com moradores, entidades e lideranças políticas, para ver como o seu mandato pode contribuir com o desenvolvimento da cidade e região.
Advertisement
Julia Zanatta é natural de Criciúma, é advogada e jornalista, já foi candidata à prefeita em sua terra natal (foi a terceira mais votada de sete candidatos) e está cumprindo o seu primeiro mandato como Deputada Federal. Em Campos Novos, a parlamentar obteve 268 do total de 111.588 votos nas últimas eleições, o que lhe permitiram alcançar a sexta maior votação para a função em Santa Catarina.
Em visita à Câmara de Vereadores de Campos Novos, a parlamentar concedeu entrevista à imprensa e abordou assuntos referentes ao desenvolvimento da região e estado, além abordar temas da esfera federal, como a sua relação com o Governo Lula, como veremos a seguir: uComo a parlamentar pode contribuir com a infraestrutura rodoviária de Santa Catarina?
É uma questão que há tempos preocupa os catarinenses, nós mandamos muito dinheiro para Brasília e recebemos pouco do pacto federativo, onde o próprio Presidente Lula diz que o Nordeste deve ser tratado da mesma forma que o Sul e o Sudeste, ninguém é melhor do que ninguém, mas o que mandamos é muito maior do que recebemos. Além de cobrar o executivo federal, a bancada parlamentar de SC tem tido reuniões junto com o Governador Jorginho Mello, que está fazendo essa relação institucional diretamente com o Ministério da Infraestrutura do Governo Lula. uQual a sua opinião sobre o Arcabolço Fiscal? uComo vê a relação do atual governo com o Agro?
A gente vai cobrar neste sentido, que seja dada atenção à Santa Catarina, independente do Governo que esteja lá, pois Santa Catarina merece mais. Em nenhum governo petista foi feito um quilometro sequer da BR-470.
O meu voto foi contrário para o Arcabolço Fiscal que vai nos colocar numa situação econômica bem complicada porque implica no aumento na carga tributária. Podemos até fazer a seguinte relação, em casa a gente ganha X e gasta dentro do X, não pode gastar mais do que a gente ganha, e o Governo está planejando exatamente isso, gastar mais do que arrecada, isso vai elevar a inflação, os juros, carga tributária. Com tudo isso eles estão anunciando investimentos na casa dos R$ 800 milhões para Santa Catarina, estaremos de olho.
Eu, uma deputada de primeiro mandato, fiz questão de fazer parte da frente parlamentar da agropecuária, sendo esta a maior do congresso nacional, e o meu primeiro embate foi com a suspensão dos financiamentos via BNDS para o AGRO. O que me preocupa muito são as falas do presidente da república, de que o AGRO é fascista, declarações que são desastrosas. A gente tem cobrado mais respeito para o produtor e repudiamos essa posição do Lula e de outros membros do governo dele. O Ministro da Agricultura é uma pessoa mais equilibrada, que tem aberto mais diálogo com a frente parlamentar agropecuária, diferentemente de boa parte do governo que faz a opção de partir para o ataque ao AGRO, e isso não é papel do governo. uO direito ao porte de arma para o cidadão de bem foi uma das suas principais bandeiras durante a campanha, teme que o Governo tire esse direito da população?
A minha pauta principal quando lembra Julia Zanatta é a questão da legítima defesa do cidadão de bem e isso chama muito a atenção por partir de um posicionamento de uma mulher. O Governo, na figura do Flávio Dino e Lula, quis criminalizar os colecionadores, atiradores e caça- dores, diziam que os CACs (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) estavam vendendo armas para o crime organizado, o que não tem cabimento. Por que um traficante que pode comprar uma arma ilegal vai passar pela burocracia de um CAC. Estamos na expectativa de sair um novo decreto, saíram duas datas e não cumpriram, não adianta esperar coisas boas de um governo desarmamentista, condena quem quer defender a família e propriedade, aliás, eles são contra a família e contra a propriedade, mas estamos aguardando esse novo decreto e acredito que não vai vir nenhuma maravilha, pois o governo é caçador de liberdade. uQual é o seu ponto de vista em relação ao Projeto de Lei da Fake News?
Vejo muitos pontos negativos nesta PL 2630, da forma que está apresentada é a PL da Censura. A começar pelo relator, Orlando Silva que é do Partido Comunista do Brasil, não tem como ser bom o negócio, o comunismo não defende a liberdade. Consideramos que foi a maior vitória da oposição a retirada do PL da Censura da pauta, o povo pressionou os deputados nas redes sociais e eles com medo acabaram recuando e falaram que votariam contra. A gente consegue muita coisa com o apoio popular e é justamente por isso que eles querem censurar as redes sociais. Já falamos abertamente que estamos dispostos a conversar, construir um novo projeto com amplo debate, não podemos passar um negócio tão sério como a regulamentação das redes sociais, sem debate democrático na Casa Legislativa. Contudo, esse assunto estagnou por enquanto, deu uma esfriada na discussão, mas com certeza estamos vigilantes. Eu não defendo que a Internet seja uma terra sem lei, antes de ser deputada eu já era atacada nas redes sociais pelos meus posicionamentos fortes, tem gente que gosta de mim e tem gente que me odeia, que me chama de nazista, que quer minha morte, ameaça minha filha e para isso eu uso a lei que já existe.