Jornal 08/03/2015

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Campos dos Goytacazes | domingo, 8 de março de 2015 | Ano 15 | Número 5.209 | www.odiariodecampos.com.br | R$

2 ,0 0

CARLOS EMIR

DEFENSORA PÚBLICA RITA BICUDO FALA SOBRE OS AVANÇOS ALCANÇADOS PELAS MULHERES NO PAÍS • entrevista P•11

Mundo Jovem Walterzinho Sepúlveda FOTO: MJ

CAMPOS PRIORIZA SAÚDE DA MULHER E É PIONEIRA NA VACINAÇÃO CONTRA HPV Trabalho é destaque nacional na luta contra o câncer de colo do útero • política P•3

NATÁLIA CARDOSO • Dmais P•3

PHILLIPE MOACYR

Candida Vasconcellos

• Dmais P•4e5

INUSITADO. Motoista não conseguiu subir a ponte e caiu da cabeceira com quatro caronas

• P.8

Mente Humana

Olhar sobre o cotidiano

LalinhaPaes

• P.4

Carro desgovernado cai da ponte da Lapa em edifício Motorista bateu em muro e invadiu condomínio Cinco pessoas saíram feridas, duas delas com gravidade, por volta das 7h30 de ontem, num acidente no mínimo inusitado, quando o motorista de um carro de passeio em alta velocidade na Avenida Francisco Lamego não conseguiu subir a cabeceira da Ponte da Lapa, em Guarus, Campos, e bateu no muro do estacionamento do Con-

domínio Dr. Bacellar, mais conhecido como "Balança, mas não Cai", desabando de uma altura de 2,5 metros na área da garagem. Os cinco ocupantes do carro foram socorridos ao Hospital Ferreira Machado (HFM). Já na Baixada Campista, também no início da manhã, um homem morreu ao atropelar um cavalo. • polícia P•7

MPF inscreve PM apreende Goyta goleia para estágio metralhadora e empolga os remunerado em baile Funk torcedores • Mercado aberto P•2

• polícia P•7

João Oliveira • Dmais P•6

Na batalha contra o câncer, Mariana Carvalho é mais um exemplo de mulher que não entrega os pontos e que, neste Dia Internacional da Mulher, merece todas as homenagens. "Não perco mais tempo com o que me desgasta", diz.

• esportes P•12

PATRÍCIA BUENO

• Dmais • Capa

O 'coro do mal'

• social P•9

Walnize Carvalho • Dmais P•6

As lições de Mariana

Érico Veríssimo define o boato como sendo “uma espécie de enjeitadinho que aparece à soleira duma porta, num canto de muro ou mesmo no meio duma rua ou duma calçada, ali abandonado não se sabe por quem; em suma, um recém-nascido de genitores ignorados”. “Elementar, meu caro Veríssimo”, diria o menos atento ao histórico de falácias que ganham os ares de Campos dos Goytacazes e são transformadas em refrão entoado por uma espécie de “coro do mal”. O “enjeitadinho” de Campos, diferente do que o escritor brasileiro mais popular do século XX descreve, tem filiação conhecida e se alimenta de solidários tão irresponsáveis quanto quem o trouxe à luz, no tempo real da Cidade que mais se desenvolve no interior do Estado do Rio de Janeiro. E com a tranquilidade de quem dá o máximo de si para exercer com responsabilidade a liberdade de expressão, O Diário alerta, sem nenhum constrangimento: Campos está sendo alvo de írus chamado boato que, como diz um anônimo, é gera-

do por incapazes e “se prolifera nos desavisados por conveniência”. O foco principal é o governo municipal, cuja prefeita (Rosinha Garotinho), ressalvados os problemas involuntários que atrasam ou comprometem determinadas ações administrativas, muda significativamente a realidade do município. O desrespeito à autoridade e à cidadã tem sido afrontoso e o beneplácito de segmentos da comunicação social preocupa e reforça uma conclusão bastante forte do saudoso dramaturgo e jornalista Nelson Rodrigues: “Nós, da imprensa, somos uns criminosos do adjetivo. Com a mais eufórica das irresponsabilidades, chamamos de ilustre, de insigne, de formidável, qualquer borra-botas”. Nem mesmo o momento de crise econômica nacional que reflete fortemente no Estado do Rio de Janeiro como um todo e leva o governo de Campos a adotar medidas equilibradas na tentativa de amenizar o quadro, sensibiliza o “coro do mal”. Os componentes (quem vestir a carapuça,

que atire a primeira pedra), nas falácias mais profundas, chegam a posar como se em um picadeiro rasteiro estivessem, para fazer piada, sem a mínima evolução moral, intelectual e, o que é grave, identificando-se como “paladinos da moralidade”. “Verás que um filho teu não foge à luta”. A prefeita Rosinha, pelo que tem demonstrado ao longo de sua trajetória de cidadã e na vida pública, é exemplo do que diz o Hino Nacional Brasileiro, ainda que possa ela eventualmente vir a reduzir o rítmo das atividades. E se a maioria da população aprova sua administração e dá brilho à sua popularidade, não será o “coro do mal” que irá conseguir inverter esses valores. Há muito a fazer ainda pelo governo municipal, porém, não ao ponto do que destilam por aí. “Cantar” que a prefeita Rosinha se prepara para deixar o cargo afugentada pela crise está fora do contexto. Parece humor negro. Aliás, Charlie Chaplin já dizia que “o humor nos permite ver, através do que parece racional, o irracional”.


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