OEXPRESSO CRUZ ALTA - RS / SÁBADO / 19 de Agosto 2017 / EDIÇÃO N° 970 R$ 2,00
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IMPOSTO
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O EXPRESSO
Salários de julho dos servidores do Estado foram quitados neste mês
CARTÓRIO DO REGISTRO CIVIL
ÓBITOS NOME
NASC.
NERY DA SILVA MARI SANDRA DE O.MELLO JOÃO VELOSO DE SOUZA ORIDES JOSÉ KOEHLER BENJAMIN F. MARTINS SADI JOÃO BOFF MARIA D. DO AMARAL
OBTO.
04/05/1946 15/08/17 29/10/1952 11/08/17 13/05/1964 17/08/17 18/07/1951 15/08/17 18/06/1965 13/08/17 21/03/1951 11/08/17 15/03/1938 16/08/17
Cruz Alta, 19 de Agosto 2017
CARTÓRIO DO REGISTRO CIVIL RUA PINHEIRO MACHADO – 772 – SALAS 1 E 2 EDITAL DE CASAMENTO Nº 06/2017
Faço saber que se habilitam para casar: ANTONIO ALVAREZ ALVAREZ e MARIA APARECIDA RIBEIRO DE MOURA CRISTIAN COUTO DO AMARANTE e RENATA DA SILVA DESSBESEL LUIS EDUARDO TELOCKEN e CAROLINE FERST DE CAMPOS IGOR ALESSANDRO MELLO BADISSERA e RENATA JONER SOUZA EDERSON DE MELLO e MIRIAN DA SILVA LUIS ANTONIO MATOS DE MELO e RAQUEL LEONOR SANTOS DA SILVA
Cruz Alta, 19 de Agosto 2017 Udo Wegener Oficial Designado
Editora Cia de arte Ijui Ltda.
Sábado, 19 de Agosto 2017
ID 71 65 52 66 52 66 79 Os servidores ligados ao Executivo tiveram os salários de julho quitados na terça-feira (15). Os valores estarão disponíveis nas contas dos trabalhadores nas primeiras horas da manhã. Até o momento, o Estado pagou cinco parce-
las que totalizaram R$ 3.600, alcançando os vencimentos de 70% do funcionalismo. Para fazer o pagamento, o Piratini precisou de R$ 332,7 milhões, que entraram nos cofres a partir de aportes do ICMS da indústria e do comércio. A folha líquida de julho fechou em R$ 1,170 bilhão. Ainda faltam R$ 195 milhões referentes às consignações e tributos, que são encaminhados diretamente ao Banrisul e a entidades. A expectativa segue pessimista para agosto. A previsão é que a primeira parcela dos salários que será paga no dia 31 tenha valor semelhante à de julho, quando o Executivo depositou apenas R$ 650. A situação deve ser alterada apenas no final de 2017. Parcelas pagas - 31/07: R$ 650 - 1º/08: R$ 450 (total R$ 1.100) - 09/08: R$ 450 (total R$ 1.550) - 10/08: R$ 1.050 (total R$ 2.600) - 11/08: R$ 1.000 (total R$ 3.600) - 15/08: pagamento concluído Fonte:Cruz Alta Online
Núcleo Municipal de Arte e Cultura é realizado na Casa de Cultura Justino Martins “Primeira apresentação ocorrerá no aniversário de Cruz Alta”
O Núcleo Municipal de Arte e Cultura - NuMAC iniciou suas atividades no primeiro semestre deste ano. Na Casa de Cultura Justino Martins são realizadas aulas de dança para o público infanto-juvenil, que pode optar pelos turnos da manhã ou tarde, de segunda a quinta-feira. Atualmente o Núcleo atende em torno de 80 crianças e adolescentes e disponibiliza o aprendizado de Ballet Clássico, Contemporâneo e Jazz. A previsão é que em 2018 o núcleo seja realocado para um espaço próprio e seja viabilizado a inserção de outras atividades culturais, como as oficinas de artes plásticas, teatro, música e capoeira. Para o secretário interino de Cultura e Turismo Leandro Dal Forno, ações como essa são fundamentais para a formação educacional dos indivíduos, pois esses espaços garantem muito mais que o aprendizado da dança, desenvolvem também a capacidade de trabalho em equipe e disciplina. Os alunos do NuMAC, que participam desde a sua criação, na Semana de Aniversário do Município já vão colocar em prática o que aprenderam durante as aulas com as professoras Aline Bucco e Karen Costa. No dia 18 de agosto, a partir das 14 horas, a comunidade pode conferir a primeira intervenção artística, que acontecerá através de uma Oficina de Dança, em frente a Prefeitura Municipal, atividade que vai complementar a programação do aniversário de Cruz Alta. As turmas de dança ainda estão recebendo novos
alunos, portanto os interessados podem se inscrever na Casa de Cultura, na Av. General Osório nº 1415. A inscrição é gratuita e não há cobrança de mensalidade. Redação: Bárbara Lazzari Acadêmica de Jornalismo - Unicruz.
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Sábado, 19 de Agosto 2017
DANIEL MARQUES
Cartas
Nossos Deputados e Senadores possuem tempo e dinheiro para votarem leis absurdas e na maioria das vezes visando aumentar a arrecadação ou dificultar com burocracias inúteis, entretanto raramente agem promovendo a educação, o lazer e a saúde. É notória a ausência de políticas públicas para a disseminação de conteúdos educativos nas mídias brasileiras, enquanto a internet como mais abrangente ferramenta de informação é subutilizada por seus usuários que a utilizam para entretenimento ou a disseminação de inutilidades em redes sociais e ignorada pelo poder público como formadora de cidadãos atuantes. Acredito que seja fácil a criação de uma simples
lei obrigando todos os provedores de internet a disponibilizarem gratuitamente o acesso a conteúdo educativo, principalmente nas redes móveis que cobram por consumo de dados, tornando extremamente oneroso ao estudante de baixa renda o acesso aos conteúdos que necessita . Existem tecnologias que permitem distribuição por assuntos nos sites de internet, através dos provedores de acesso, basta vontade política para implementar. Lembro que as eleições já se aproximam e nossos deputados e senadores devem atentar ao fato de os eleitores já não mais se conformarem com o pão e circo e já estão fartos dessa atuação política deprimente, desprezível e indigna de comentários.
VI Circuito Regional de Corrida de Rua acontece no domingo “O evento faz parte da programação de aniversário do município”
A
Secretaria Municipal de Esporte e Lazer vai realizar no domingo (20), a partir das 9h, o VI Circuito Regional de Corrida de Rua. O evento que já está na sua 5ª etapa, está incluso no calendário anual do Município e nas comemorações dos 196 anos. A atividade é dividida nas categorias Mirim (600 metros) de 7 à 11 anos; Estudantil (2km) de 12 à 15 anos e Adulta (5km), a partir dos 16 anos. A taxa de inscrição é de R$ 10,00 reais por etapa para a categoria Adulta e de R$ 2,00 reais para a categoria Mirim e Estudantil. O evento conta com o apoio do Sec. A largada da corrida é em frente ao Ginásio Municipal. Redação: Djovana Souza – Acadêmica de Jornalismo - Unicruz VERSOS E IMPROVISOS DE ROGER BERNARD MACUGLIA
CRUZ ALTA 196 ANOS
Em 1698, Anton Sepp Von Rechegg Padre Jesuíta mandou erguer Alta Cruz. Ergueram a Capela Menino Jesus, religiosos missioneiros. Espanha e Portugal descobridores pioneiros, batalharam cortando o Continente de São Pedro no meio. Foi um marco a Alta Cruz que veio , tornar-se caminho cruzado de Viajantes,Tropeiros e Imigrantes que fizeram do marco um povoado.
A Cruz Alta tornou-se passada de Tropeiros sem porteiras. Uruguaios e Argentinos das fronteiras fizeram um caminho que nunca mais se apaga. Rumo á Feira de Sorocaba para comerciar animais , traçaram uma História Pioneira eternizado nos anais . O “Pouso da Cruz dos Tropeiros” precisava de um pouco mais de sorte. Mudaram mais para o norte, pouco antes de (1800) Mil e Oitocentos . O povoado em contínuo crescimento ,buscou outros indicadores, melhor água e localização para todos os seus moradores. Água das vertentes jorravam em fluxos caldiantes .Matava a sede dos viajantes e abastecia a vilinha. Era o `Arroio da Panelinha´, gerou -se uma lenda aos que essa água tomarem , saciando ali sua sede , á Cruz Alta um dia voltarem . A Resolução Imperial Poder Maior e Princípio, elevou a Vila á Município atendendo petição. Mil Oitocentos e vinte e Um era então (1821), a Promissora Cruz Alta se formava , chamada agora de Cidade , de Rio Pardo se desmembrava. Passou por revoluções ,Farroupilha e Federalista . Recebeu a Ferrovia , criou a Coxilha Nativista . Pintou seus campos com o Louro do Trigo , Terra abençoada pelo Altíssimo. Berço do criador da saga `O Tempo e o vento ´, seu filho Ilustre o grande escritor Erico Verissimo . PARABÉNS, MUI LEAL CIDADE DO DIVINO ESPÍRITO SANTO DA CRUZ ALTA PELOS SEUS 196 ANOS DE EMANCIPAÇÃO !
A palavra Mensagem:
Dom Adelar Baruffi Construir a família
A família é, no dizer de nosso Papa Francisco, “uma boa notícia” (AmorisLaetitia, n.1). Ela éum projeto de vida em construção. Essas duas perspectivas se completam. “O matrimônio cristão, reflexo da união entre Cristo e a sua Igreja, realiza-se plenamente na união entre um homem e uma mulher, que se doam reciprocamente com um amor exclusivo e livre fidelidade, se pertencem até a morte e abrem à transmissão da vida, consagrados pelo sacramento que lhes confere a graça para constituírem como igreja doméstica e serem fermento de vida nova para a sociedade” (AmorisLaetitia, n.292). Este o modo como a fé cristã compreende a realidade familiar. Aqui está o ideal. Ela está fundada no amor humano, que se entrega pelo bem do outro, e abençoado pelo amor divino. Ele permanece sempre válido, pois tem seu fundamento numa visão humana integral e na fé que parte da revelação cristã. Não podemos baixar o ideal por causa das pressões ou modas de uma sociedade “líquida”. Sabemos do seu lugar único e insubstituível na formação humana, psíquica e espiritual dos filhos. Nenhuma instituição social poderá realizar ou substituir os laços de amor entre os pais, destes com seus filhos e dos filhos entre si. É um verdadeiro santuário, espaço sagrado, onde a vida é acolhida e educada para formar personalidades sadias, cidadãos e bons cristãos. Porém, a idealização da família, por si só, não responde aos desafios que elas vivem. Como todas as realidades humanas, não são realidades prontas, mas a caminho. Um caminho num constante processo de amadurecimento na capacidade de amar. A vivência da caridade está sempre aberta a novas possibilidades de crescimento. Já São João Paulo II propôs a “lei da gradualidade” à realidade familiar, visto que o ser humano “conhece, valoriza e realiza o bem moral, segundo as diversas etapas de crescimento” (Familiares Consortio, n.34). Alguns, pelas suas circunstâncias estão bem próximos do ideal proposto, outros sabem que ainda precisam caminhar e crescer. Isto faz com que a vida seja uma positiva tensão entre o ideal desejado e o real vivido. Assim, é ilusão querer famílias perfeitas, cônjuge perfeito, filhos perfeitos. Como nos recorda o Papa: “É preciso pôr de lado as ilusões e aceitá-lo [o cônjuge] como é: inacabado, chamado a crescer, em caminho. Quando o olhar sobre o cônjuge é constantemente crítico, isto indica que o matrimônio não foi assumido também como um projeto a construir juntos, com paciência, compreensão, tolerância e generosidade.” (AmorisLaetitia, n. 218). Para que este caminho seja possível, não basta a vontade e determinação humanas, é preciso a força da bênção de Deus, no sacramento do matrimônio, com uma vida de oração.Com esta bênção, cada um dos cônjuges é instrumento de Deus para fazer o outro crescer. O “sim” dado um dia um ao outro foi o início de um caminho para juntos superarem os obstáculos. Enfim, não existem famílias prontas, mas sempre a caminho. Cada membro da família é responsável para fazê-la crescer. Concluo com as palavras encorajadoras de nosso Papa: “Avancemos, famílias; continuemos a caminhar! O que nos é prometido é sempre mais. Não percamos a esperança por causa de nossos limites, mas também não renunciemos à procura da plenitude de amor e comunhão que nos foi prometida” (AmorisLaetitia, n. 325). Parabéns a todos os pais pela passagem do seu dia! Nosso abraço e bênçãos de Deus! Dom Adelar Baruffi Bispo de Cruz Alta
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e e u t q a n t m s e e e D G EXPRESSO OOEXPRESSO
Ainda Repercutindo os 30 Anos de KORB PNEUS
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FELIZ ANIVERSÁRIO G AB R I E L
os n A 9
Comemora no dia vinte seus nove anos de vida o inteligente menino GABRIEL, filho de Paulo Cesar Hortensio dos Santos e Eliane Cardoso dos Santos. Dedicado aluno do Colégio Alberto Pasqualini, será alvo de homenagens por parte de familiares e colegas, e, em especial, do avô afetivo, Jornalista Paulo Pinto.
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Sábado, 19 de Agosto 2017
INFORMA: www.acicruzalta.com.br Av. Gal Câmara, 935 | Galeria Centauro 2° andar
Energia do ambiente empresarial foi tema de palestra na ACI Cruz Alta O
Projeto ACI Recebe promoveu na noite de segunda-feira (14) um encontro com o consultor ambiental e especialista em qualidade do ambiente Isnar Amaral. Ele palestrou sobre “A Energia do Ambiente Empresarial – Fator relevante para melhores resultados”. O palestrante explicou de forma científica como desmistificar o termo “energia do ambiente” mostrando de que forma ele interage com as pessoas, prejudicando ou beneficiando os resultados das atividades. O fato de não ver esta energia gera a dúvida da sua existência. Conforme Isnar ”A prova da sua existência é tão lógica que chega a surpreender”. O evento possibilitou aos empresários tomar conhecimento de como tudo se processa e o que pode ser feito para alinhar a energia sistêmica do seu negócio, gerando, assim, plenas condições para contribuição do desenvolvimento da empresa.
“Durante o evento, os participantes conheceram um sistema que promove a harmonização natural do ambiente empresarial e melhora o bem-estar dos colaboradores, a qualidade de vida e, consequentemente, a produtividade”, disse Isnar, ao enfatizar que este sistema promove a motivação e o comprometimento da equipe de forma constante. O evento recebeu alimentos não perecíveis como ingresso. Entre as duas últimas duas edições do Projeto ACI RECEBE 81 quilos foram arrecadados e destinados ao Banco de Alimentos de Cruz Alta.
Av. Pres. Vargas, 919
(55) 3322-1984
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ANGELINO ROGERIO
angelinorogerio@terra.com.br
O DESFILE Esses dias, vi umas fotos muito bacanas no face, publicadas no projeto “Nossa Velha-Nova Cruz Alta” do Alfredo Roeber. Nosso médico-historiador-fotógrafo tem dado contribuição valiosa para o resgate e preservação visual da nossa história. Muitos conterrâneos colaboram com o projeto, enviando fotos antigas, mas o Alfredo sai a campo buscar imagens raras da nossa bicentenária cidade. Graças a essa dedicação, temos registros raros e, ao menos nesse quesito, Cruz Alta acaba ficando bem no retrato. Mas voltando às fotos que vi, essas me trouxeram lembranças maravilhosas, de um tempo em que certas coisas tinham realmente valor e faziam enorme diferença na vida das pessoas, principalmente os jovens. São fotos de desfiles comemorativos. Numa época em que CIVISMO era um dos pilares na formação das pessoas, valor moral indispensável na consolidação do caráter, desfilar em datas como “Independência do Brasil”, “Semana Farroupilha” e “Dia do Município” era uma honra não só para os estudantes, mas para todos os segmentos sociais que compunham a sociedade. As escolas se prepa-
ravam o ano inteiro para isso, cada escola tinha sua “Banda”, caprichavam nos uniformes e ostentavam com orgulho seus brasões e bandeiras. Existia uma competição saudável entre as escolas, todos querendo ser os melhores do desfile, mas sem exageros, tudo dentro de suas condições e posses. Muitas vezes, desfilar com “garbo e altivez” superava até os favoritos, e isso fazia enorme diferença para a plateia que lotava as ruas para assistir os desfiles. Era emocionante ver as pessoas vibrando e aplaudindo, compartilhando o momento cívico evocado pelo locutor oficial . O Patriotismo era contagiante, as pessoas se
sentiam realmente felizes e orgulhosas pela “terra onde se nasce”. Tanto que, era comum após os desfiles, as pessoas estenderem as comemorações com almoço e celebrações em Clubes, Associações e CTGs. As datas festivas eram realmente uma “festa”. E como sempre, nessas horas sempre aparecia algum político, para um discurso rápido sobre a ocasião. Pois bem, estamos comemorando mais um aniversário de Cruz Alta e foi com certa nostalgia que vi a “Programação da Semana do Municipio”. Tem de tudo um pouco, desde palestras e peças teatrais até as re-
petitivas “mateadas”. Menos o tradicional desfile. São novos tempos, novas atrações, novas perspectivas de mundo e de convivência social, que aos poucos temos que nos adaptar, nós os “mais velhos”. Sem saudosismo, espero que esse dia festivo vá além de simples feriado. Não teremos bandeiras, alunos uniformizados e disciplinados “marchando” aos sons dos tambores da Banda, mas teremos a oportunidade de demonstrar boa convivência com todos a nossa volta. Quem sabe, até puxar um assunto antigo e quase esquecido, aquele sobre Valores Morais e Civismo.
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Sábado, 19 de Agosto 2017
A MATERNIDADE- I
de vereadores. E tudo funcionava a contento. O Presidente da República nomeava os governadores, na época chamados de Interventor Federal . E o Interventor nomeado os Intendentes (prefeitos). Nesse período, foi Interventor Federal na Província, o Cel. Cordeiro Farias, que havia sido integrante do movimento de trinta. O cel. Cordeiro tratou de dinamizara vida provincial. E Cruz Alta foi beneficiada com a ação governamental.
A MATERNIDADE – II
Pois, a data de aniversário da Aldeia do Divino transcorrido no dia dezoito, passou, simplesmente, “ em brancas nuvens.” Quando de minha atuação na Intendência, juntamente com uma comissão, tratávamos de organizar a “ Semana de Cruz Alta”, que se iniciava no dia onze, com solenidade na Praça Gen. Firmino , perante entidades, estudantes e povo em geral, e, claro, a participação da Banda de Musica do 8º RI (Depois 17 RI). Na ocasião, o Intendente declarava aberta a Semana de C.Alta, convidando o povo para participar da programação constante no programa, adredemente distribuído. Depois que deixei, por aposentadoria, as funções na Intendência, as festividades da Aldeia foram mermando até desaparecerem. Até o histórico Palanque oficial foi demolido. Até hoje, passados vários anos, não se sabe o porque da demolição. “São coisas...” como dizia o Maj. Marciano. Mas, inserido na História da Aldeia, está o Hospital São Vicente de Paulo, construído pelo Governo do Estado, e, sendo, portanto, propriedade estatal. O inicio do nosocômio deu-se com a construção do “Pavilhão São José” que foi o marco oficial da casa de saúde publica. Todo aquele vasto terreno pertenceu e pertence poder público estadual. E o hospital , por anos, foi prestando serviços e aumentando suas instalações até chegar ao amplo complexo de hoje.
O GOVERNADOR
Na década de trinta, com a Revolução chefiada pelo Dr. Getulio Vargas, instalou-se um novo período de governo na Nação, governo que se estendeu até o ano de 1950. Nesse período, a autoridade maior era o Presidente da República, eis que extintos o Senado, a Câmara, as assembléias e as câmaras
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Construídos pelo Governo do Estado, surgiram dois amplos e modernos pavilhões que mudaram o aspecto do São Vicente, transformando-o num grande estabelecimento hospitala. Esses pavilhões existem até hoje, frente a Rua Venâncio Aires, de arquitetura moderna e com fachada saliente, arredondadas na frente. Prédios de muita beleza arquitetônica. Num dos prédios, o da direita, foi instalada a primeira maternidade de Cruz Alta, que levou o nome de “Maternidade Avany Cordeiro de Farias, nome dado e homenagem a esposa do Governador (Interventor) que era de família local (Westphalen). A Maternidade Avany teve inauguração festiva com a presença de altas autoridades, inclusive o Interventor Federal, Cel. Cordeiro de Farias e esposa, dona Avany. Em toda a vizinhança, a Maternidade foi assunto, eis que a primeira a prestar serviços as parturientes. Na fachada do prédio onde passou a funcionar a maternidade, foi colocada um letreiro, de letras metálicas, amplo com nome da madrinha do local, Sra. Avany Cordeiro de Farias. Esse letreiro, bonito e imponente, permaneceu por décadas na fachada do prédio. Até que um belo dia, um administrador do hospital, um alienígena, resolveu tirar o letreiro sem motivo justificado. O letreiro, após anos, amanheceu e não anoiteceu. Esse mesmo cidadão, como Intendente recente, tratou de demolir, numa madrugada de domingo, o Palanque Oficial da Praça Gen. Firmino, local histórico, por onde passaram figuras de relevo da Nação e onde se realizaram comícios memoriais, como os do apoio popular a entrada do Brasil na II Grande Guerra. Também o mesmo cidadão, na mesma época. Demoliu o prédio da Central de Artesanato, na Praça Gen. Firmino, face da Pinheiro Machado e inaugurado pelo Prefeito Nilton Homercher. Tinha essa Alcaide a mania de destruir, como ocorreu com o calçadão, há trinta e oito anos na rua Pinheiro Machado. Voltaremos. Saude e Paz.
OS OITENTÃO Pois, apesar da Aldeia ser considerada terra de longevos, não são muitos os que aportam a idade antes chamado de “Gloriosa”, e, hoje de “melhor idade”, ou, seja, oitenta anos. Essa historia de “melhor idade” é uma belela, pois, com a chegados dos anos chegam, igualmente, os desgastes oriundos da maquina. A respeito, a ex-deputada Suely Oliveira, respondendo a uma entrevista e quando foi perguntada sobre a tal de “melhor idade”, replicou: “ Com oitenta e quatro anos, não aceito essa classificação, pois, em verdade, os que estão na “Melhor idade” são meus netos, cheios de vida, de energia, com planos futuros e vendo uma estrada ampla a ser trilhada.” No que coberta de razão foi a longeva educadora. “Não é verdade?” como dizia o compadre Briza. No tocante ao escriba, no dia sete de julho transato, completou 84 anos de jornada terrena. Nascido naquele dia, de madrugada, no casarão de meus avós maternos, teve como parteira a alemã Felipina Kontzen formada na Alemanha e que por aqui aportou e aqui se estabeleceu. Foi ela, também, que trouxe ao mundo o hoje médico Dr. Jorge Eduardo Reis Schmidt, também desfrutado da chamada “Melhor idade”. O casarão onde nasci se situava na Rua Cel. Lúcio Dias, e, aos fundos, tinha uma grande oficina de carpintaria e marcenaria, pois meu avô era construtor e mantinha uma oficina com muitos operários. A rua Lúcio Dias terminava na Gen. Osório, onde se iniciava o “Mato do Gurizinho”, que cobria toda aquela área. O seu Gurizinho, do Cadeado, era tio do Dr. Jorge Eduardo. Bueno, mas com o passar implacável do tempo, tudo foi se modificando e o escriba entrou na vida profissional, inicialmente no escritório da Madeireira Cruzaltense, depois no escritório do advogado Dr. Pedro Nunes e nesse período iniciou suas atividades na imprensa, do jornal fundado por Eurydes Castro, e, na época comandada por Prudêncio Rocha. Aí, então, desenvolvi ampla atividade, atuando em todos os setores da redação, numa época em que as condições técnicas não eram as de hoje. Mais tarde, atuei na Folha do Poco, fundada por Prado Jr., o mais brilhante plumitivo que por aqui passou. Resumidamente, isso.
OUTRO OITENTÃO No dia 14 do corrente mês, chegou a marca de oitenta e três anos de jornada terrena, eis que nascido no ano de 1934, Riograndino Abreu, hoje dirigindo o jornal fundado por Euclydes Castro e consolidado por Prudêncio Rocha. Esse jornal se constitui, atualmente, num dos poucos diários do interior do Estado e muitos dos antigos, como “A Razão” de Sta. Maria e “A plateia” de Livramentos não resistiram as novas tecnologias quando os meios de comunicação abundam. Aqui na Aldeia, para exemplificar funcionam cinco emissoras de rádio o que é um numero expressivo para uma comunidade de sessenta mil almas. São os novos tempos. Mas o oitentão em apreço aqui chegou, bem jovem, com a progenitora. Natural do distrito de Lagoão, perdeu o pai numa “carreirada” muito em voga na época. Aqui se estabeleceu e tratou de dar direção a jornada. Uma das primeiras ocupações foi na tipografia do Prof. Waldemar Cecil Rossler, um dos maiores estabelecimentos do gênero do interior, com máquinas já modernas para a época. Ali trabalhou e foi estudar na Escola Técnica de Comercio. Mais tarde, tomou novos rumos, e, dentro da escala da vida, consorciou-se dom a jovem Marlene Dell’Aglio, filha de importante família desta cidade., com ela teve um filho, de nome Dario, que, atualmente, coma com a mãe, no Rio. Atuou no comercio, com loja de louças, no sobradinho onde funcionou a Singer e a Swfitt. Atuou em outros setores como os de produtos para lavoura, tendo tratado de instalar uma fábrica, nos fundos do sobradinho, para produzir material para lavoura. Em segundas núpcias consorsiou-se com a jovem Uta Elizanbeth, e, da união, nasceram dois filhos, um casal já adultos. Esteve inserido nas atividades de calcário, e, na Estrada do Aeroporto, instalou uma indústria de moagem de calcário. Mais tarde, negociou a indústria com a Prefeitura que planejavam ali instalar a empresa de economia mista denominando Cidusa. Que não teve grande êxito. O seu ingresso na imprensa se deu por meu intermédio que, como diretor e sócio da Folha do Povo, proporcionou o negócio que resultou na atualidade. Voltaremos. Saúde e Paz.
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Auditório da Casa de Cultura Justino Martins é reinaugurado
Quatro anos, três meses e sete dias. Este é o tempo exato que os artistas da terra de Erico Veríssimo ficaram sem o principal espaço de Cultura em Cruz Alta. Finalmente, após duas empresas, idas e vindas, des-
caso e má gestão o auditório Prudêncio Rocha da Casa de Cultura Justino Martins foi reinaugurado na terça-feira (15) a partir das 18h30 com a apresentação da banda da AD3 e o stand up comedy “Show da Pop”, sucesso na Rádio Pop Rock FM. No total foram investidos R$ 411 mil oriundos do Ministério do Turismo, através de emenda do ex-deputado federal Luiz Noé (PSB-RS), recurso empenhado ainda em 2011. O projeto foi confeccionado em 2012 e em maio de 2013 teve início a reforma. Desde então foram modificados o palco com a ampliação, melhoria nos camarins, troca dos assentos, acessibilidade, iluminação, acústica e climatização. Para o secretário interino de Cultura e Turismo Leandro Dal Forno a reabertura é um compromisso deste governo assumido com a comunidade artística. “Estamos entregando o Auditório da Casa de Cultura de volta para a comunidade de Cruz Alta e para seus artistas. Este importante espaço que ficou mais de 4 anos fechado por não ter sido prioridade da Administração anterior, o que motivou um profundo retrocesso da nossa cultura. Reabrir a Casa de Cultura era um compromisso da nossa Gestão, e hoje estamos felizes por retomarmos mais está ação em prol do desenvolvimento da nossa arte, da nossa cultura e de nossa cidade”, afirma. Fonte:Cruz Alta Online