GENTE
BOA
PLAYBOY + BANHEIRO
A respeito da entrevista do editor da Revista PlayBoy (Ed. 40) posso garantir que eu compro a revista apenas para ler as matérias, faço isso no banheiro e fico lá por horas. ÁLVARO – POA
MATHEUS FREITAS
freitasmatheus33@gmail.com
CLAUDINHA FEZ HISTÓRIA
Quem lê Playboy não assiste RedTube. Na revista o nu é outra coisa: cultura. Cláudia Ohana que o diga. PAULO MACHADO – POA
THALES FEIJÓ
thalesfeijo@hotmail.com
PIADA
PRONTA
ALESSANDRA PINHEIRO
alessandra-espindola@hotmail.com
CROWDFUNDING PARA O MENSALEIRO CONDENADO
O petista Edmar Roberto Prandini quer, via crowdfunding, arrecadar dinheiro para José Genoino pagar a multa imposta pelo STF, em decorrência do julgamento no processo do Mensalão. O Supremo condenou Genoino a 6 anos e 11 meses de prisão e multa de R$ 468 mil em valores que ainda serão corrigidos.
DIZA GONZAGA
Fundação Thiago de Moraes Gonzaga
O clico da vida No próximo ano a Fundação Thiago de Moraes Gonzaga completa 18 anos de uma luta incansável pela preservação e valorização da vida. E como todo mundo, com a chegada do fim de ano, também fazemos nossa lista de desejos. O maior deles? Um dia poder fechar as portas da Fundação porque já não acontecem mais “crimes” de trânsito. O Vida Urgente nasceu para que jovens como meu filho Thiago não perdessem a vida em acidentes evitáveis. Isso só será possível quando conquistarmos um trânsito mais humano e seguro. Essa é uma longa caminhada... Em 2014 a vida continua! Continua para que mais nenhum jovem lindo tenha sua
vida interrompida. Continua para que pais e mães recebam seus filhos de volta. Continua para que governantes façam sua parte por um trânsito mais humano e menos violento. Continua para que as manchetes de segunda-feira sejam só de vida. Para isso acontecer é preciso que todos tenham consciência de que a vida é urgente e que é preciso preservá-la. Usar o cinto de segurança, respeitar limites de velocidade, não beber se for dirigir são algumas atitudes que precisam ser exercitadas por todos. E é preciso mais do que isso. Uma fiscalização eficiente e punição exemplar para que a
sensação de impunidade deixe de vigorar em nosso país. Mas, acima de tudo, é necessário que as pessoas amem viver. A mudança para o trânsito e para a sociedade precisa acontecer urgentemente e você pode fazer a diferença. O meu desejo para 2014 é que existam mais pessoas dispostas a fazer sua parte, começando por suas próprias atitudes. Conto com vocês para fazermos de 2014 um marco na diminuição de acidentes de trânsito e um ano que seja lembrado pelas muitas vidas que foram salvas!
MATHEUS MAIA BECK matheusbeck@uol.com.br
Foto capa: Haroldo Saboia
ANUNCIE: CONTEÚDO SEGMENTADO ALIADO À PLATAFORMAS MULTIMÍDIA + http://goo.gl/9KN9YD João Arthur Moraes comercial@jornalopa.com.br (51) 9282.0994
OPA COMUNICAÇÃO LTDA CNPJ: 12040043/0001-80 Publicação mensal dirigida ao público universitário de Porto Alegre e Região Metropolitana Correspondências: Rua Arabutan 724/302 Bairro Navegantes, Porto Alegre-RS CEP: 90240-470
E-mail: contato@jornalopa.com.br Twitter: @jornalopa Facebook.com/jornalopa Edição: Tuio Moraes > tuiomoraes@jornalopa.com.br Revisão: Leci e Luiz Erni Moraes
O MC´DONALDS RESPONDE: A CARNE É FRIBOI?
A REINVENĂ‡ĂƒO DA RODA - DA BICICLETA Quando vocĂŞ sai com a sua bicicleta uma mochila ĂŠ muito pouco para levar toda a sua quinquilharia? Seus problemas acabaram!!! TrĂŞs estudantes do curso de design de bicicleta – sim isso existe – da Universidade Georgia Tech, no EUA, desenvolveram um compartimento instalado na roda dianteira das bikes para levar os pertences dos ciclistas. O Transport Bike ĂŠ uma mistura de roda com bagageiro. Ele ĂŠ acoplado na roda da frente da bicicleta e tem capacidade para armazenar atĂŠ 11 quilos. + http://zip.net/bclGq2
“Por que os seus hamburgueres sĂŁo tĂŁo deliciosos? Qual ĂŠ o segredo?â€? Resposta do McDonald’s: “nullâ€? “A carne que vocĂŞs usam ĂŠ Friboi?â€? Resposta do McDonald’s: “Nossa carne ĂŠ fornecida pelas empresas JBS e BRF. Obrigado por sua mensagem.â€? â€œĂ‰ verdade que as vacas que vocĂŞs usam nĂŁo tĂŞm cabeças?â€? Resposta do McDonald’s: “NĂŁo, isso nĂŁo ĂŠ verdade.â€?
NĂŁo foi sĂł no Brasil que Justin Bieber quis mostrar que tambĂŠm tem fama de mau. O prefeito da cidade australiana Gold Coast pediu ao “popstarâ€? que limpe a sujeira que fez ao graďŹ tar o muro de um hotel. O gabinete do prefeito enviou um “kit de remoção de graďŹ teâ€? para Bieber no hotel, mas o cantor jĂĄ havia partido da cidade. “Essa monstruosidade nĂŁo tem lugar na cidadeâ€?, disse Ă Reuters um porta-voz do prefeito Tom Tate. Bieber, Bieber, monstros Ă parte.
“Na minha cidade os atendentes sĂŁo muito preguiçosos e pouco motivados. Quais sĂŁo as polĂticas de motivação?â€? Resposta do McDonald’s: “A empresa atua e treina continuamente todos os funcionĂĄrios dentro dos mais altos padrĂľes de qualidade, saĂşde e limpeza e estĂĄ dentro de todas as normas da vigilância sanitĂĄria. “Por que pagam mal seus funcionĂĄrios?â€? Resposta do McDonald’s: “Ressaltamos que seguimos os valores acordados com os sindicados locais, em conformidade com a legislação trabalhista brasileira e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).â€?
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JUSTIN BIEBER, O GRAFITEIRO
O MC´Donalds lançou uma plataforma este ano para os internautas tirarem suas dĂşvidas sobre a rede de fast food. ConďŹ ra algumas das perguntas e respostas mais sinceras entre a multinacional e seus clientes.
LIVRO SOBRE AS MANIFESTAÇÕES DE JUNHO SERÁ LANÇADO ESTE MÊS Historicamente nosso país tema triste tradição de esquecer rapidamente acontecimentos populares. As manifestações de junho e julho que ocorreram em Porto Alegre tinham que ter um registro, tinha que ter algo impresso, mesmo que fosse algo simples, pois assim teríamos uma prova real do que de fato aconteceu. O gigante acordou, agitou, adormeceu e sabe lá quando irá despertar novamente. Com a missão de um fotógrafo que tinha a missão de fazer registros do povo nas ruas e suas reivindicações, Jorge Leão, biólogo, professor e fotógrafo, trabalhou duro e agora todos podem conferir o resultado de noites históricas que cheiraram a gás lacrimogêneo. O livro “NaoDesaprendemosASonhar” é o testemunho de que existe um amanhã cheio de esperanças, mas, para isso, precisamos mostrar essa força que está registrada nas imagens do livro. Encontramos na obra a marca de um povo que está cansado de tanto ser explorado, roubado e penalizado por tantas injustiças de uma politicagem que impera no Brasil há muitos anos. E este povo decidiu ir às ruas clamando por um novo amanhã.
INTERNET QUE VEM DAS NÚVENS No futuro tentar furtar a wirelles do seu vizinho será coisa do passado, a internet virá do céu. Mas não pense que será disponibilizada por Deus ou algum Santo cheio de boas intenções. O Google quer tornar realidade o sonho de um mundo totalmente conectado – pelo menos esse é o sonho do Google. Para isso a empresa conta com a ajuda de Sameera Ponda, uma jovem engenheira nascida no Chile. Ela pretende colocar balões em todas as áreas da terra, incluindo as afastadas de centros urbanos com difícil acesso a internet. Os balões ficarão na estratosfera, a 20.000 metros do solo, acima dos aviões e das nuvens. Os balões terão uma série de antenas que, levados pelas correntes de ar, flutuam ao redor da terra. Aqui embaixo, na terra, serão colocadas outras antenas que se conectam com as dos globos para acesso à internet. Atualmente duas de cada três pessoas no mundo não têm acesso à internet. Mas calma, ainda falta muito caminho para ser percorrido. Parece que até mesmo no futuro existe muita coisa entre a terra e o céu.
A CIÊNCIA DE “MIJAR” MELHOR
Cientistas estão perdendo o seu tempo pesquisando as dinâmicas do “mijo” e querem descobrir a posição e direção que melhor evitam incômodos respingos - para os homens! Nas pesquisas, os cientistas simularam o jato saindo de uma pequena mangueira e o filmaram com uma câmera de alta-velocidade. A pesquisa já aponta alguns resultados, um deles foi obtido pela manobra de “sentar no vaso”, já que o emissor está bem mais próximo do “ponto de contato”. São os benefícios da ciência na vida moderna #soquenao.
SALVEM A BATATA FRITA DA BÉLGICA
A Bélgica quer que a batata frita de seu país receba, da UNESCO, a honraria de Patrimônio Imaterial da Humanidade. Por lá o produto é um símbolo da cultura belga e tem até uma semana de festejos dedicada inteirinha para ela, a chamada “Semana da Frite”. Segundo dados, 95% dos belgas consomem batata frita pelo menos uma vez ao ano e dois terços o fazem mensalmente.
O idioma como diferencial no mercado de trabalho Comunicar-se em um segundo idioma é um dos pré-requisitos básicos para quem quer se destacar no mercado de trabalho. Seja no Brasil ou em outros lugares do mundo, saber uma segunda língua tem se tornado uma exigência constante das empresas de pequeno, médio ou grande porte. Pensando no aumento da procura por capacitações nessa área, o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial do Rio Grande do Sul – Senac-RS, está com inscrições abertas para os cursos de inglês, francês, espanhol e LIBRAS – Língua Brasileira dos Sinais. Entre os diferenciais estão professores capacitados; recursos multimídia; flexibilidade de horários; turmas com poucos alunos; atendimento personalizado e metodologia com abordagem comunicativa. Para quem quer aproveitar o período de férias para se capacitar e ter domínio de uma segunda língua até a Copa do Mundo de Futebol, a opção são os cursos intensivos de verão, com aulas ministradas nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. Nesses cursos, o participante aprenderá a comunicar-se utilizando estruturas simples e integrando as quatro habilidades comunicativas (ler, escrever, ouvir e falar) nos seguintes contextos: apresentações pessoais, descrições, rotinas do cotidiano, expressão de gostos e preferências, habilidades pessoais, e família. + www.senacrs.com.br/idiomas
Filme que relata o romance entre duas meninas chega aos cinemas brasileiros este mês. POR MATHEUS FREITAS
Ao assistirem o filme francês Azul é a Cor Mais Quente, no 66º Festival de Cannes, ocorrido em maio deste ano, os jurados e telespectadores ficaram chocados com as fortes cenas de sexo entre as protagonistas. Porém, a obra, adaptada da HQ Le Bleu est une Couleur Chaude, também da França, recebeu o principal prêmio do evento: Palma de Ouro. Diretor da mesa de júri, o cineasta Steven Spielberg entregou a premiação máxima do festival ao tunisiano Abdellatif Kechiche, responsável por dirigir o longa, e ressaltou: “Magnífico, estamos enfeitiçados pelo filme e por essas atrizes maravilhosas”. Vivendo em uma família tradicional, Adéle, uma adolescente de 15 anos, está infeliz com sua recente vida amorosa. A jovem não se sente atraída por meninos, no entanto, para fugir da desconfiança de suas amigas e de seus pais, passa a sair com garotos. Mas tudo muda ao conhecer Emma, a moça de cabelos azuis que faz despertar sua paixão por meninas. Com personalidades diferentes, a garota de fios azulados quer mostrar a todos o relacionamento das duas, por outro lado, Adéle prefere esconder. E apesar de estarem apaixonadas, as diferenças entre elas podem atrapalhar o romance. O filme foi aclamado por quem assistiu e arrancou elogios de um dos maiores diretores de Hollywood. Entretanto, independente de toda a adoração conquistada, há controvérsias por parte da imprensa se o prêmio foi ou não motivado por um lado político. A produção recebeu a Palma de Ouro em um momento onde o mundo inteiro tem debatido sobre o casamento gay, principalmente na França. No país europeu, o assunto gera revolta e indignação entre religiosos e conservadores. No dia 21 de maio (no meio do Festival de Cannes, que aconteceu entre 15 e 26 do mesmo mês), o historiador de extrema-direita, Dominique
Venner, cometeu suicídio na catedral Notre Dame, em Paris, protestando contra o casamento gay. O francês se matou a tiros em frente a 1,5 mil pessoas. Apesar de toda a tensão envolvendo o assunto, a união entre pessoas do mesmo sexo foi aprovada, em outubro desse ano, pelo presidente François Hollande. Na mesma época já ocorreu o primeiro casamento gay na terra de Napoleão Bonaparte. Durante a cerimônia, cerca de dez manifestantes tentaram impedir o casório, mas foram detidos por agentes de segurança. Azul é a Cor Mais Quente chega aos cinemas dia 6 de dezembro.
A VEZ DELAS
CRÍTICAS A autora dos quadrinhos que deu origem ao filme, Julie Maroh, declarou em entrevista ao jornal britânico “The Guardian” que não apoia a direção que Abdellatif Kechiche tomou em determinadas cenas. “Como espectadora mulher e lésbica, percebi que as cenas mais pesadas do filme foram gravadas como realizações de fantasias de homens heterossexuais e não, de fato, como um romance entre duas meninas”, disse ela. Críticas à parte, “Azul é a Cor Mais Quente” é o primeiro longa
metragem adaptado de história em quadrinhos a vencer uma das principais premiações do cinema mundial. A HQ foi publicada em 2010 e já foi traduzida para o alemão e espanhol.2003 pela Universal Pictures, a Marvel Studios só conseguiu recuperar os direitos da HQ, graças ao fracasso do primeiro lançamento) e Homem de Ferro. Apresentando personagens individualmente em suas próprias estórias e, ao mesmo tempo, interligando todos eles através de easter eggs, além, também, de colocar a marca SHIELD no cenário cinematográfico, o estúdio dava um importante passo na história do cinema mundial: lançar o primeiro crossover de super-heróis nas telonas.
Em 2012, depois de quatro anos de espera e ter estreado cinco filmes, chegava a todos os cinemas do mundo um dos longas-metragens mais aguardados de todos os tempos: Os Vingadores. A chamada “Fase 1”, que encerrou com o lançamento do “supertime” liderado pelo Capitão América, fez tanto sucesso que a “Fase 2” já está em andamento com as estreias de Homem de Ferro 3 e Thor – O Mundo Sombrio. No próximo ano será a vez de Capitão América 2 – Soldado Invernal (11/04) e Guardiões da Galáxia (01/08). A continuação da equipe de superheróis, Os Vingadores – A Era de Ultron, chegará aos cinemas no dia 1 de maio de 2015.
O relacionamento entre mulheres no mundo cinematográfico existe há bastante tempo. O primeiro filme desse gênero a ser lançado foi o alemão “Mädchen Uniforme”, de 1931. A obra alemã também foi responsável pelo primeiro beijo entre duas meninas nas telonas. Produções desse gênero vêm ganhando espaço nos cinemas mundiais nos últimos anos e conquistando premiações importantes. Nem sempre por conta do próprio filme, mas sim por causa das atrizes que se destacam nos papeis principais. Como, por exemplo, os longas: “Meninos não Choram (1999)” e “Monster – Desejo Assassino (2003)”. No primeiro, a atriz Hillary Swank, no início de carreira e muito antes de comover a todos em “Menina de Ouro”, foi Teena Brandon. A atuação de Hillary a fez conquistar o seu primeiro Oscar. Já em “Monster”, outra artista conhecida foi premiada com a estatueta dourada: Charlize Theron. Charlize teve que engordar vários quilos e usar forte maquiagem para dar vida à protagonista Aileen Wouronos. Angelina Jolie também se aventurou por histórias com a temática lésbica. Em “Gia – Fama e Destruição”, de 1998, a atriz interpretou a personagem título. Jolie protagonizou cenas quentes com Elizabeth Michel (mais conhecida como Juliet Burke para os fãs de Lost). No começo da história, Gia aparece ainda criança e quem a interpreta é a atriz Mila Kunis. Anos mais tarde, em “Cisne Negro”, Mila iria interpretar, junto com Natalie Portman, uma das “pegações” mais faladas dos últimos anos do cinema.
> DOM JAIME SPENGLER ARCEBISPO DE PORTO ALEGRE A IGREJA, O PAPA, AS POLÊMICAS E OS JOVENS D
esde setembro a arquidiocese de Porto Alegre tem um novo arcebispo, Dom Jaime Spengler, que também é o arcebispo mais novo do Brasil, com seus 53 anos. Em entrevista, ele fala sobre os desafios da Igreja, sobre o novo Papa, a “debandada” de fies para outras Igrejas e as novas formas de se comunicar com os jovens – as redes sociais estão entre elas. POR TUIO MORAES JORNAL OPA! - Como se elege um arcebispo? DOM JAIME - Quando se sente a necessidade de um novo arcebispo, se levanta uma série de nomes de bispos regionais que podem ocupar o cargo. Arcebispos de todo o Brasil também são consultados para indicar nomes para o cargo. Os nomes são encaminhados para Brasília, para a Nunciatura Apostólica do Brasil. E lá se começa um processo de consultas, é enviado para os candidatos um questionário para uma avaliação. A partir das respostas se elabora uma síntese, e ali se vê os candidatos viáveis ou não, que têm condições para o cargo. Após uma seleção, os nomes são enviados para a Congregação dos Bispos em Roma. E lá, três nomes são escolhidos e enviados ao Papa e ele, pessoalmente, analisa e escolhe quem ele quer. JORNAL OPA! - Qual a função de um arcebispo? DOM JAIME - O arcebispo é aquele que está à frente de uma igreja metropolitana. O arcebispo metropolitano acompanha a província eclesiástica (grupo de dioceses próximas. Fazem parte da província eclesiástica de Porto Alegre as dioceses de: Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Montenegro e a diocese de Osório). JORNAL OPA! - Os arcebispos e padres são remunerados? DOM JAIME - Todos os padres e bispos do Rio Grande do Sul recebem por parte das dioceses uma pequena ajuda de manutenção pessoal. Hoje está em torno de R$ 1.200,00. JORNAL OPA! - Mas essa remuneração é apenas aqui no Estado ou é algo adotado em todo o mundo?? DOM JAIME - Os padres e bispos sempre têm uma remuneração. Agora o valor varia de Estado para Estado, de País para País. O nosso clero (conjunto de sacerdotes) aqui no Estado é muito pobre, simples e isso nos orgulha. JORNAL OPA! - Sobre a escolha do novo Papa, muitos dizem que é uma modernização da Igreja. Qual a sua opinião? DOM JAIME - Após a renúncia do Papa Bento XVI, os responsáveis pela sucessão foram chamados para um debate em torno das exigências da Igreja e os desafios que se apresentam. Isso foi um processo bonito. Os responsáveis tiveram bastante tempo para dialogar, discutir e estudar a situação interna da Igreja, os desafios da realidade de hoje e a tentativa de identificar alguns nomes que pudessem, de alguma forma, assumir esse ministério nesse tempo histórico que vivemos. E foi neste contexto que foram buscar alguém no fim do mundo (risos). Passada a surpresa da escolha de alguém que veio do fim do mundo, se percebe que ele, na simplicidade dele – e apesar da idade – está demonstrando e querendo um modo muito vigoroso de viver a fé e de aproximar a Igreja da sociedade. E isso tem encantado fies e não fies. Talvez, há muito tempo, não víamos, na sociedade em geral, uma presença tão positiva da Igreja como nesses meses que o Papa Francisco está à frente da Igreja Católica. JORNAL OPA! - O senhor falou que a intenção deste novo Papa é a aproximação da Igreja com a sociedade. O senhor acredita que a Igreja, de uma certa forma, se afastou da sociedade? DOM JAIME - Eu creio que a nossa referência tem que ser sempre o Evangelho e cruz. Então, quando nós olhamos o Evangelho nós deparamos com a pessoa de Jesus, que vai ao encontro das pessoas, que se faz próximo das pessoas, que participa da vida das pessoas – uma presença que faz a diferença para melhor. O modo de a Igreja se fazer presente na sociedade, hoje, não pode ser outra e distinta da que Jesus mostra no Evangelho. Daí a necessidade da autocrítica, da reavaliação, da revisão - e neste sentido o novo Papa nos dá um exemplo em primeira pessoa. E isso está repercutindo, não só na imprensa, mas na sociedade em geral, pois no fundo se trata de um modo de estar presente que nós sentimos como necessário. O que nós não podemos dizer é que antes a Igreja não tinha esse modo de ser. Recordamos a figura de João Paulo II. Ele arrastava multidões. Paulo VI é uma das figuras na história da Igreja que merece uma leitura e releitura, algo fascinante. Tivemos o Papa João XXIII, que era chamado de “Papa Bom”, o “Papa Simples”. Então, em cada momento da história, se busca uma pessoa que vai de encontro aos anseios e desafios deste mesmo momento da história. Neste contexto, isso vale muito para nós no Brasil, nós vivemos uma tendência muito grande para um individualismo. As pessoas se veem sempre mais ameaçadas pelo estranho, pelo diferente – nós vivemos com medo uns
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Então toda essa modificação deve nos levar a uma autocrítica. Onde estão as nossas deficiências? Por que não estamos conseguindo responder as necessidades das pessoas? Porque as pessoas buscam outras alternativas?
dos outros. Quando, de repente, chega uma figura que pede licença para entrar, um cafezinho, para que coloque mais água no feijão se necessário for, isso resgata em nós algo que é próprio nosso, de humanos, ali nasce uma espécie de simpatia, de proximidade muito bonita. JORNAL OPA! - – O senhor acredita que o novo Papa, nesta nova fase que estamos vivendo, e a Igreja vão querer debater assuntos polêmicos questionados pela sociedade, como o uso de métodos contraceptivos? O Papa vai colocar na mesa e vamos debater isso? DOM JAIME - Recentemente chegou para nós, e repassamos para todos os padres, um questionário tentando avaliar a posição da comunidade de fé em torno de vários assuntos que dizem respeito à vida familiar - são ao todo 38 questões que tocam todas essas questões polêmicas. Em torno desta situação a gente deve saber que existem posições da Igreja que ela jamais poderá abrir mão – são princípios que não são criação da comunidade de fé ao longo da história, mas são posições que nascem do confronto com o Evangelho. E nós não podemos ir contra aquilo que o Evangelho nos pede. Agora, existem aspectos da vida social que podem e devem ser considerados, debatidos e estudados. Essas situações polêmicas eu creio que merecem, antes de tudo, um estudo sério, não nos deixarmos levar por opiniões genéricas. Na verdade o que está em jogo hoje, atrás de não poucos temas que a sociedade gostaria de discutir, é que mundo nós queremos, que mundo nós queremos deixar para nossos filhos e netos. E aí nós precisamos de muita sensibilidade e muito trabalho intelectual. E nós, como comunidade de fé, temos de rezar e pedir para Deus que nos ajude a encontrar indicações que possam responder às exigências da sociedade.
“
JORNAL OPA! - Como o senhor vê a criação de novas Igrejas, novas religiões. Essa multiplicação de Igrejas e uma certa “debandada” de fies da Igreja Católica para estas Igrejas? DOM JAIME - A “debandada” tem lá seus fatores. Alguns deles podem ser aqueles que nunca se sentiram pertencentes à comunidade de fé. Ou que, em situações mil da vida não encontraram na Igreja Católica pessoas capazes de ser de auxilio num momento de crise, de dificuldade, de dor. Outro fator são as pessoas que se sentiram atingidas por posições por algum membro da Igreja e aí buscam uma outra opção. Outro aspecto seria de pessoas que não encontram na Igreja respostas para as suas necessidades espirituais, enfim, nós poderíamos elencar uma série de elementos. Uma outra situação que seja talvez muito marcante dessa multiplicação de igrejas é o individualismo exacerbado, onde o importante é que eu me satisfaça, eu tenho que estar bem, eu não concordo, então eu crio a minha igreja. Então esse individualismo é um fenômeno social que realmente preocupa os mais atentos. Então toda essa modificação da Igreja deve nos levar a uma autocrítica. Onde estão as nossas deficiências? Por que não estamos conseguindo responder as necessidades das pessoas? Porque as pessoas buscam outras alternativas? O Catolicismo tem uma tradição belíssima, tem uma história magnífica que marcou a história do Ocidente, não só no aspecto religioso, também em termos culturais. Com seus altos e baixos, com seus aspectos bonitos, mas também negativos ao longo da história. Existem valores nos aspectos Ocidentais indiscutíveis, conquistas realizadas a duras penas à sombra da Cruz. Quando nós desconsideramos toda a história, alguma coisa não está bem.
Hoje tudo acontece de uma forma muito rápida. Então a Igreja precisa de uma agilidade muito maior para ir ao encontro dos jovens. Há necessidade, também, de transparência, autenticidade.
JORNAL OPA! - – A juventude e a fé. O que o senhor espera da juventude? Os jovens vão se aproximar mais da Igreja, mais da fé? DOM JAIME - Antes disso, nós temos que considerar o humano. A estrutura do humano é composta de diferentes dimensões. Existe uma dimensão pessoal, uma dimensão psíquica, física, espiritual, afetiva, familiar, social, uma dimensão política, econômica e uma dimensão religiosa – tudo isso compõe o ser humano. E nós não podemos desconsiderar nenhuma dessas dimensões que constituem o ser humano. Na dimensão religiosa, o ser humano traz em si a necessidade da abertura com o transcendente. O transcendente faz parte da vida humana. Eu costumo dizer que a nossa juventude é boa demais. A nossa gurizada ela tem sonhos, projetos, utopia, e tudo isso precisa, de alguma forma, ser acompanhada, e na medida em que o tempo vai avançando, o próprio andamento da vida vai pedindo que nós nos foquemos sempre mais. A juventude, como parcela da sociedade, tem a sua necessidade espiritual. Não tenho dúvida de que a gurizada onde vê autenticidade ali ela se lança. Onde ela percebe seriedade, ela se aproxima. Hoje tudo acontece de uma forma muito rápida. Então a Igreja precisa de uma agilidade muito maior para ir ao encontro dos jovens. Há necessidade, também, de transparência, autenticidade. Mostrar que nós, como homens de Igreja, gostamos do que somos, que gostamos do que fazemos, e que a fé não nos tira, a experiência da fé nos dá. Nos dá sentido, nos dá esperança, nos dá horizontes, nos faz olhar para a frente. A igreja não deve ter medo ou receio de ir ao encontro da gurizada onde ela está, Seja nas escolas – os padres, por vezes se fecham com a aproximação da juventude porque a juventude questiona, critica, por vezes te coloca contra a parede – mas isso é bom demais. Precisaríamos também compreender melhor as redes sociais, pois é uma realidade que faz parte da nossa geração. Existe também, por parte da Igreja, uma dificuldade com a linguagem, como levar a fé numa linguagem acessível às novas gerações, sem negar aquilo que para nós é fundamental – esse é um grande desafio.
CARROS ELÉTRICOS E COMPARTILHADOS EM PORTO ALEGRE A
história da startup MVM Technologies começou
em julho de 2013 quando eu, Lucas André Paris, e meus amigos Cezar Reinbrecht e Gerson Scartezzini decidimos participar do programa de treinamento T2MA, promovido pela Universidade da California – Berkely, em parceria com a Intel norte americana. Este programa visou a oferecer um ambiente de treinamento e competição entre jovens de todo o mundo que tinham uma boa ideia mas não tinham experiência em empreendedorismo para torná-la um negócio. Nós participamos desta competição através de webmeetings, por dois meses e em outubro deste ano fomos selecionados para apresentar nossa ideia para uma banca de professores e um grupo de investidores no Vale do Silício, na Califórnia. Após retornarmos dos Estados Unidos, já com a ideia e um plano de negócios
bem amadurecido, decidimos criar a MVM Technologies. Nosso objetivo é oferecer uma opção de mobilidade urbana para as pessoas em Porto Alegre. Nossa ideia é prover o aluguel de carros elétricos para curtos períodos de tempo e curtas distâncias. Com o objetivo de incentivar as pessoas a deixarem seus carros em casa e utilizarem, de forma compartilhada, nossos veículos que, por serem elétricos, apresentam uma solução muito mais amigável ao meio ambiente. Além de incentivar o uso compartilhado, o que tende a diminuir o número de carros nas ruas, no futuro. Esta é a curta historia da MVM technologies. Somos uma empresa nova e pequena, mas que tem o grande sonho de ajudar a nossa cidade a se tornar um lugar ainda melhor. + http://zip.net/bclKKS
POR Lucas André Paris Sócio da MVM Technologies
A TRUPE REUNIDA
10 ANOS DA MÁGICA INDEPENDÊNCIA MUSICAL Trupe fez turnê durante o ano e mesclou os três álbuns produzidos na carreira independente. POR MATHEUS MAIA BECK
“Senhoras e sem dores” foi a primeira expressão dita no álbum “Entrada para Raros”, quando O Teatro Mágico veio ao mundo. Enquanto ecoava notas, separava o joio do trigo e passava vergonha falando sobre amor, os moldes circenses moldavam-se à cultura brasileira misturada com a esperança de instrumentos de corda, sopro e esperançosos. Com palavras certas escritas por linhas que se entrelaçavam, Fernando Anitelli liderava uma trupe que revolucionaria a cena musical do Brasil. Com ideias autênticas, a receita do desapego e a abolição do cover de si mesmo, Anitelli lançava um desafio que o forçaria a se reinventar a cada dia. Gostando ou não das poesias mescladas com danças, maquiagens mutantes, movimentos sincronizados e shows de luzes, O Teatro Mágico chega a 10 anos de carreira com mais de 1 milhão de cópias vendidas dos três CDs lançados. Além do primeiro citado, que iniciou os bailes da trupe em 2003, teve o “Segundo Ato” (2008) e “A Sociedade do Espetáculo” (2011). Com a exploração de universos diferentes, sempre em busca das novas combinações que as infinitas palavras possibilitam, a trupe também lançou três DVDs “Entrada para Raros”, “Segundo Ato” e “Recombinando Atos e Fragmentos” todos ao vivo em casas cheias de um público variado que acompanha a banda, principalmente pelas divulgações na internet, ferramenta que sempre fora uma das mais aproveitadas pela independente trupe. O Jornal OPA! aproveitou a passagem dos mágicos por Porto Alegre e conversou com o mentor de toda essa ideia, Fernando Anitelli.
JORNAL OPA! - Em um mercado comercialmente refém das grandes gravadoras como a trupe faz para se manter em evidência? FERNANDO - Tem que cuidar do projeto com muito carinho e responsabilidade,
apresentações com personalidade, músicas boas, textos bons, relação direta com o público, para estar linkado com eles, não simplesmente quando se vai fazer show. O povo quer a sensação de pertencer ao projeto a divulgar, crescer e se ampliar. A sensação de responsabilidade sobre tudo que estamos fazendo, pensando no projeto e sem ego. JORNAL OPA! - Tendo em vista o sucesso dos álbuns que tratam de assuntos críticos, politizados e com teor artístico e cultural, como o Teatro Mágico faz para se reinventar? FERNANDO - Isso é uma prática: a arte do desapego. Quando a gente lança um álbum, tem música, figurino e tudo diferente. Quando está tudo dando certo, para tudo, acaba e temos que lançar algo novo. Isso é uma constância. Como fazemos isso? Com pesquisa, estudo, acessando internet, documentários, buscando informações nas áreas musicais e tudo que envolve um projeto tem que estar buscando a renovação, com referências de fora e dentro do país. Agora a gente está acabando o show de 10 anos. Lançamos um DVD, tivemos uma turnê totalmente diferente, com tudo diferente. Agora vamos lançar outro no primeiro semestre de 2014.
JORNAL OPA! - Pensando na autenticidade da banda, quais foram as principais inspirações para que vocês desenvolvessem essa mescla cultural e artística resultando num produto até outrora desconhecido na cena musical do Brasil e qual a receita disso tudo? FERNANDO - Não existe uma receita, uma fórmula, senão eu seria um bilionário. “Senhoras e senhores, aqui está a receita do nosso sucesso” (disse Fernando cantando), tem que ter letra inteligente e um puta show. A lei do nazismo existe: uma mentira contada mil vezes, se torna uma verdade e temos que caminhar do lado oposto. Isso não dialoga com a realidade de milhares de músicos que têm inteligência, criatividade, performance boa, show bom, letra boa, material bom e conteúdo. Tem que ter esse espírito e se colocar na rede. JORNAL OPA! - Nesses vitoriosos 10 anos, quais foram as modificações e amadurecimento d’O Teatro Mágico? FERNANDO - As modificações foram gradativas mediante uma preparação de cada álbum. Cada álbum tinha um momento pra ensaiar, maturar e arranjar, se debruçar em cima de texto. E a parte performática saiu de uma coisa inocente para uma coisa cada vez mais madura. Então as mudanças foram acontecendo e cada álbum tem um aspecto bem pessoal, que é justamente esse momento de se reunir com o pessoal pra discutir os conceitos de cada edição. É um espaço que a gente se dedica trabalhando com critérios de cuidado e renovação pra modificar o que já foi feito. Muitas coisas nos ensinam. Várias são as referências que estão dentro desses 10 anos. A produção de cada álbum e turnê nos ajudou muito para amadurecer profissionalmente e pessoalmente com o trabalho e as pessoas que fui conhecendo.
A poesia prevaleceu em Porto Alegre Rostos pintados e trajes característicos. Os seis integrantes da itinerante trupe adentram ao Opinião, em Porto Alegre, no dia 8 de dezembro, com um espaço absolutamente lotado. Em busca da poesia, que, segundo o vocalista Fernando Anitelli prevalece, pais, filhos, casais, amigos e avôs se misturaram levando a homogeneidade de quem tem gostos em comum. Com um bolo enviado por uma fã, Anitelli pausou o espetáculo e, logo após, envolveu seu microfone com uma bandeira do Rio Grande do Sul. A identificação com seus fãs é gigantesca e um dos principais valores da banda. Ao lado da música levada por um violino, baixo, bateria, teclado e duas guitarras, artistas circenses apresentam-se suspensas por um cabo de aço aliando o show musical a uma peça teatral e resultando num espetáculo completo. Em momentos de críticas sociais, como a canção “Xanéu nº 5”, Anitelli fala que “enquanto algumas pessoas perguntam “por que”, outras pessoas perguntam “por que não?”” e é aplaudido pelos politizados fãs com responsabilidade social. Além do parabéns clássico ao show alusivo aos 10 anos da trupe, os gaúchos brindam-nos com o “parabéns gaudério” desejando saúde, felicidade e que a banda colha todo dia, paz e alegria na lavoura da amizade. Na primeira saída que antecedeu o “bis”, com pouco mais de uma hora de show, o mágico vocalista discursa com críticas as passivas compreensões da população e implantações absurdas de uma realidade brasileira. “Uma pessoa pode ser presa com 500 litros de vinagre, mas não é presa com 500 quilos de cocaína”, diz Anitelli antes de ouvir o grito de um fã ovacionado por todos que proferiu “Fernando presidente!”. O front man da banda respondeu com canções que acompanhavam as notas simples de um violão que o acompanhava enquanto a banda aguardava atrás do palco. Com pedidos de canções antigas com “Zazulejo”, Fernando respondeu com uma palhinha, seguida de “Separô” e “Camarada d’água”. “Tem hora que a gente se pergunta, por que é que não se junta tudo numa coisa só?”, proferiu a trupe na última canção que contou com a passagem do vocalista por entre o público, demonstrando a proximidade e valorização dos fãs. Com inúmeros agradecimentos, a banda se retira, com seus trajes intocáveis e aplausos que duraram minutos de uma mescla de crianças, jovens, adultos e idosos unidos pela magia do teatro de Anitelli.
Discografia Mágica
Entrada Para Raros (2003): Encantos circenses com a poesia explorada nas canções. Os destaques “Separô”, “Realejo”, “O anjo mais velho” e “Tudo é uma coisa só” são grandes sucesso até hoje. Quando Fernando Anitelli recorre a poesia de Fernando Pessoa, surge a canção brega e que fala de amor “Ana e o mar”. Eis a face da banda independente, onde os movimentos são aliados as canções. Segundo Ato (2008): Anitelli disse que o sucesso exige o desapego e foi uma reorganização da carreira da trupe do Teatro Mágico. Com canções mais politizadas, destaque para “Xanéu n° 5” com uma crítica pesada as programações da televisão, que, segundo o vocalista, trata-se de uma perfumaria. A analogia também representa a passividade da população. “Abaçaiado” e “Pena” foram outros grandes destaques desse álbum com um viés diferente. Sociedade do Espetáculo (2011): Resultado de uma mescla e amadurecimento da trupe, o último álbum da banda mistura as canções politizadas, desenvolvimentos poéticos e carrega consigo grandes hits. “Amanhã... Será?” é o principal destaque, mas “Eu não sei na verdade quem eu sou” traz a paz dos instrumentos clássicos e a suavidade da voz de Anitelli e “Nosso pequeno castelo” retoma a leveza romântica das canções analíticas e observadoras.
Flora Matos, Karol Conka e outras cantoras estão entre as responsåveis pela disseminação do Rap Feminino no Brasil.
POR ALESSANDRA PINHEIRO
C
om letras fortes e que exaltam a mulher de atitude, o rap brasileiro vem mostrando uma nova vertente. Com uma pegada street style e muita simpatia, as rappers brasileiras estĂŁo trazendo, cada vez mais, o pĂşblico feminino para esse mundo. Para a rapper brasiliense Flora Matos, isso se deve Ă
identiďŹ cação das fĂŁs com as letras das mĂşsicas. “Acho que as fĂŁs se identiďŹ cam porque sentem verdade no que estĂŁo ouvindo. O processo acontece com mais facilidade do que se programa.â€? – aďŹ rma Flora, que inicou sua carreira ainda na adolescĂŞncia. Com apenas treze anos de idade, foi ao seu primeiro show dos Racionais MC’s, onde o interesse pelas rimas começou a falar mais alto. De Gilberto Gil ĂĄ Shabba Ranks, nĂŁo faltam inuĂŞncias musicais no repertĂłrio da brasiliense. “Meu pai me ensinou muito sobre mĂşsica e tudo relacionado Ă arte. Conheci mĂşsicas de diversos ritmos atravĂŠs dele.â€? – confessa. AlĂŠm de Flora, a curitibana Karol ConkĂĄ tambĂŠm chegou mostrando todo o seu estilo. ApĂłs vencer um concurso escolar, Karol gravou sua primeira demo e usou as redes sociais como o MySpace para divulgar seu trabalho. Foi indicada em 2011 para o prĂŞmio “Apostaâ€? no VMB e acabou levando o trofĂŠu da categoria. Logo em seguida jĂĄ estava fechando parceria com o rapper Projota. Karol conquistou o pĂşblico com as mĂşsicas “Boa Noiteâ€? e “Gandaiaâ€?. Trechos como “Meu rolĂŞ, a lua vai clarear / Hoje, o meu nome ĂŠ gandaia /Com “azamigalokaâ€?, eu vou me jogar /Nessa vida louca, aproveitar!â€?, retirados da mĂşsica “Gandaiaâ€?, mostram que diversĂŁo e muita atitude dominam as rimas e o ritmo da rapper. Na internet, as mulheres tambĂŠm vĂŞm usando o espaço para mostrar suas rimas. É o caso da rapper Drik Barbosa, que atingiu mais de trinta mil visualizaçþes em seu canal no Youtube. Com rimas suaves e melodias para conquistar qualquer um, Drik recentemente fez uma participação especial na nova mĂşsica do rapper
Emicida, “Aos Olhos de Uma Criança.â€? AlĂŠm de Drik, diversas mulheres usam o canal para divulgar suas letras ou os covers de suas rimas preferidas, como a estudante Amanda Coronha, que atingiu mais de um milhĂŁo de visualizaçþes apĂłs publicar um vĂdeo em seu canal do Youtube, fazendo cover da mĂşsica “Mulherâ€? do rapper Projota. Segundo Flora Matos, ainda faltam mulheres no Rap. “Queremos conhecer novos nomes. Sinto falta de cantoras como Dina Di, mas infelizmente, como ela, sĂł existiu uma.â€? – aďŹ rma Flora, fazendo referĂŞncia Ă vocalista do grupo VisĂŁo de Rua, que foi considerada a primeira mulher a fazer sucesso no rap brasileiro. Para as cantoras que estĂŁo começando, a brasiliense aconselha que tem que ter pĂŠ no chĂŁo e muita humildade. “NĂŁo abaixar a cabeça ĂŠ uma postura importante em alguns casos, mas ĂŠ preciso equilibrar isso com o exercĂcio da humildade. Se essa ideia servir de meditação, acho positivo.â€? – reete Flora Matos.
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COISAS QUE POA FALA NO TEATRO 11/12 | TEATRO DO BOURBON COUNTRY
NANDO REIS
11 E 12/12 | OPINIÃO
MILTON NASCIMENTO
DAVE MATTHEWS BAND + SOJA
11/12| PEPSI ON STAGE
14/12| OPINIÃO | 21H
GLÓRIA
15/12 | OPINIÃO | 19H
NATIRUTS
18/12 | OPINIÃO | 22H30
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RODANDO O MUNDO - DE BICICLETA Conheça os Gêmeos da Bike que pedalando eles rodam o mundo e lutam para quebrar a barreira do uso da bicicleta como meio de transporte no Brasil A ligação entre os irmãos Robson e Rogério Machado vão muito além de serem gêmeos idênticos. A forte ligação entre os dois fez nascer, desde muito cedo, uma paixão em comum: andar de bicicleta. E não é simplesmente andar de bicicleta que os move. É desbravar novos lugares, viajar em duas rodas, conhecer o mundo pedalando. Agora, eles se preparam para uma nova jornada: pretendem percorrer mais de dois mil quilômetros, passando por sete países da Europa para conhecer melhor suas políticas de mobilidade urbana. Nos últimos 20 anos, eles já perderam a conta de quantas viagens já fizeram montados numa bike, mas acreditam que já percorreram mais 30 mil quilômetros na base das pedaladas. Mesmo não lembrando de todas as viagens, algumas ficaram marcadas.
A PRIMEIRA A GENTE NUNCA ESQUECE
A primeira aventura aconteceu aos 18 anos, quando percorreram um trajeto de 260 km, de ida e volta entre as cidades de Volta Redonda e Angra dos Reis. Na idade em que muitos jovens sonham com o primeiro carro, Robson e Rogério iniciaram uma trajetória com um veículo onde o motor é a força dos músculos deles próprios. “Foram vários percursos percorridos durante esse tempo. Alguns pequenos, outros maiores. Mas cada um deles significou muito para nossa paixão pela bicicleta. Das maiores viagens conseguimos fazer registros interessantes. Posso dizer que pegamos um vírus que fica encubado durante o ano todo e quando vai chegando as férias ele mostra a sua face e com isso somos obrigados por vezes abdicar de nossas férias em família por amor ao esporte”, declarou Rogério Machado. A viagem mais marcante, segundo os irmãos Machado, aconteceu em 2011. Foram mais de 3500 quilômetros percorridos entre França, Itália, Espanha e Portugal. As primeiras pedaladas no interior do Rio de Janeiro acabaram levando esses aventureiros ao outro lado do Oceano Atlântico. De lá, foi possível conhecer um novo mundo, novas culturas e uma relação com a bicicleta totalmente diferente do que a encontrada no país natal. Agora, passados dois anos da maior façanha da dupla, eles pretendem voltar ao velho continente para mais uma viagem em duas rodas. O projeto está pronto, mas os dois irmãos ainda correm para viabilizá-lo financeiramente. A ideia é passar de bicicleta por mais sete países: França, Luxemburgo, Bélgica, Holanda, Alemanha e Dinamarca. Desses, somente e terra de Napoleão já recebeu os Gêmeos da Bike. Nessa nova viagem, a expectativa dos dois ciclistas é percorrer pelo menos 2,2 mil quilômetros, entre vias urbanas, auto estradas e estradas secundárias. O planejamento prevê embarque da dupla para a Europa em agosto, com a viagem durando aproximadamente 40 dias. Para isso, eles correm atrás de parceiros. “No momento estamos tentando sensibilizar algumas empresas para que torne esse projeto uma realidade, mas temos a certeza que iremos conseguir. Queremos tentar ajudar um pouco a quebrar a barreira do uso da bicicleta como meio de transporte, seguindo exemplos de países como Holanda e Dinamarca. Sem contar os benefícios proporcionados pela prática do ciclismo. Não somos contra o automóvel, queremos apenas que se racionalize sua forma de utilização, inserindo outros modelos de transporte”, ressaltou Robson. Para essa nova empreitada, Robson e Rogério deixam de lado a figura do simples “cicloturista” para se embrenharem no papel de documentaristas. O objetivo será coletar o máximo de material em vídeo e fotos, que servirão de subsídio para a segunda etapa do projeto: transformar toda essa experiência em um livro contando com os países mais desenvolvidos tratam a mobilidade urbana respeitando os ciclistas e tendo a bicicleta como fator importante para a educação no trânsito. Juntamente com o livro, um outro material deverá surgir de todas essas experiências vividas pelos irmãos em 20 anos de pedaladas. A ideia é lançar uma cartilha sobre a conduta do ciclista e regras para o melhor convívio da bicicleta com os demais veículos. A cartilha será utilizada nas palestras que os Gêmeos da Bike costumam ministrar.
A proteína Whey continua a ser um dos suplementos básicos, que não pode faltar no plano de suplementação da maioria dos praticantes de atividades físicas. Uma equipe internacional de cientistas, realizou uma revisão das informações mais recentes acerca da suplementação com proteína Whey e concluiu: A maioria dos estudos mostrou que a suplementação com soro do leite (Whey) por si só, ou acompanhada com o carboidrato, imediatamente após o treino, pode aumentar a resposta da hipertrofia muscular ao treino de musculação. Alguns estudos também sugerem que a proteína Whey pode melhorar a recuperação do exercício intenso e, possivelmente, reduzir as dores e danos musculares. Portanto, continue usando o seu velho e bom Whey Protein, um dos poucos suplementos testados e comprovados, que resistiu ao teste do tempo e que é atualmente consumido por milhares de atletas e praticantes de musculação. A verdade é que a proteína Whey contém todos os aminoácidos essenciais e possui o melhor nível de qualidade de proteína e valor biológico das várias proteínas existentes. Quer seja um concentrado, um isolado ou um hidrolisado, poderá ter a certeza que estará a tomar um dos melhores suplementos atualmente disponível no mercado. Lembrando, que é sempre bom procurar o acompanhamento profissional de um nutricionista, para readequar a proteína, devido a sua demanda nutricional. Forte abraço galera! Obrigado.
Adriano Borges
Equipe Flex Nutrition. Fique por dentro seguindo: Instagram: @adrianoflex Email: adriano@flexsuplementos. com.br